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FLUIDOS A modita que wm mverenthudr avanga em rofindidade na gna. a forga exerci por ela en seu corperauaneate de forme conserve mesmis pve merges refaiivanente reso, cma no finde piscina nurture, em 1975, usando cquipumente de respira com tna amistur especial de gees, Wiliam Rhodes ‘energie tr vpn gue estava cas S90 mb] AO ps) de prcfanidee re Gel “do Mevica e, nadindo em direc cs funda. ‘ating 0 recov de cerea de 870 (1.148 (9h, Eiubore parece eatriho, at smerguthador amalor pratcanuo em una ovina pode estar correndo mir peri dea ‘que Rhodes, deve dforcasexerchde pele ‘aqua em seu convo. Merguthadoree maddest veses mortem por Subestinnar tal feto. Qual ¢ esse rise posencialnente mortal? 16-1 Fluidos e o Mundo ao Nosso Redor Fluidos — uma nomenclatura que inclui liquidos e gases —desempentiam um papel central na nossa vida didria. NOs os respitamos e bebemos, um fluido vital circula no siste- ma cardiovascular humano. Existem 0 fluido dos oceanos. os daatmosfera e— nas profundezas da Terra— o magma fuido, ‘Num carro. existem fluidos nos pneus. no tanque de ga- solina, no radiador, nas cimaras de combustao do moter. nos pistons, na bateria, no sistema de at-condicionado, no reservat6rio do limpador de péira-brisa, no sisterma de Iu- brilicagao ¢ no sistem hidrdulico. (idrdulico quer dizer ‘operado através de um tiquido.) Da préxima vez que voce cexaminar uma escavadeira, cante os cilindros hidréulicos {que permitem & mquina executar o seu trabalho, Os gran- ‘des jatos uilizam também esses cilindros, em grande quan- tidade. Usamos a energia cinética de um fluido em movimento ‘em moinhas de vento, € a energia potencial gravitacional Dewsidute (hghn") Espagoimerestelar| 0 Melhor vicue de laborasrio mi? An 20°C e J atm 12 20Ce Sat 05 Espuma pew Agus: 20°C 6 1 am 0.998 x 10" -20Ce 50 300 1.000 X 10" goss do mat: 20°C ¢ | ato 14028 x 10" Sangue 160 > 10° Gelo OMIT x 10° Fer 19X18 Mercirio 136 x 10" A Terra: média x10 ‘cleo 5% 10° exusta Bx 10" © Sof: ria Lax 10 ricleo Nox 108 Exel anb hranca (nice 10" Niiclev de unio 3e10" Fatreta de néutcons (eteo) to Buraco negro (de | massa scar) a Na eid. an ohjo com muss igual do Si wana se ena vm BES sagro, O line inferr de masya. dexcaberto pelo tisico indians 8. CandrosAhae Prd Nobel, de 14 mes sls, N do} redor daquele pontoe medimos a massa Aim do fluido con- tido mo elemento. A densidade €, portanto, ‘Teoricamente, a densidade em qualquer ponto de ur flui- do € 0 limite dessa raziio, quando o elemento AV tende a zero, Na prética, consideramos que uma amostra de fluido é grande comparada &s dimensdes do stomo e, assim, € “lisa” {com densidade uniforme), em vez de “granulosa”, como seria, se pudéssemos observar os stomos. Esta supo- sigdo nos permite escrever a Eq, 16-1 na forma p = mil, ‘onde me V sto a massa e o volume da amostra, Densidade € uma grandeza escalar, sua unidade no SI © quilograma por metro ctibico. A Tabela 16-1 mostra a densidade de algumas substncias e a densidade média de alguns objetos. Note que a densidade dos gases (veja Ar na tabela) varia consideravelmente com a pressio, mas a dos Ifquidos nao (veja Agua). Isso €, gases sdo facilmente compressiveis, lquidos ndo. Pressio Deixemos um pequeno aparetho sensor de pressio suspenso em um recipiente contendo um fide, como mostra a Fig. 16-14, O sensor (veja Fig. 16-14) consiste em um pistom Fig. 16-1 («) Un esipiente cheio de Nuido contée um sensor de pes 20, eur detathes io eostrados em (b). pressfo.é medi pels po. sigSo relativa-do pistom no sensr, im qualquer locals. a pres Sindependente da erientagao do sensor de dren AA deslizanclo dentro de um cilindro bem encaixa- doe pressionando a mola, Um arranjo de leitura exterior nos permite observar de quanto a mola (calibrada) é com primida ¢, assim, a magnitude da forga AF que age sobre 0 pistom. Definimos a pressio exercida pelo fluido sobre 0 pistom como, ‘Teoricamente, a pressdio em cada ponto do Mluido é dada pelo Timite desta raze, quando a area AA do pistom., cen- tralizado naquele ponte, tende a zero. Entretanto, xe a for- ca sobre a drea plana A é uniforme, podemos eserever a Eq, 16-2 como p = FIA, Descobrimos, por experiencia, que a pressio p definida pelag, 16-2 tem o mesmo valorem um dado ponto de um Auido em repouso, nao importando como esteja orientado ‘o-sensor. Pressao é uma grandeza escalar, niio tendo pro priedades direcionais. E verdade que a forga agindo no pis tom do nosso sensor € um vetor, mas a Eq. 16-2 envolve apenas a magnitude da forea, uma quantidade escalar. ‘A unidade de pressav no S1é 0 Newton por metro qua- drado, que recebe-o nome especial de pascal (Pa). Em pa- {ses que usam o sistema métrico decimal, calibradores de [pnetts usam quilopascal como tnidade de medida. O pascal € relacionado a outras unidades usuais (no do ST). como se segue’ atm = 1.01 x 108 Pa = 760 torr 4.7 Ib/pot® A atmosfers (atm) é, como 9 nome sugere, a pressio mé- dia aproximada da atmosfera ao nivel do mar. Q que agora chamamos torr (em homenagem a Evangelista Torvicelli, que inventou 0 bardmetro de merctrio em 1674) correspon de Adesignagdo antiga de milimetros de mercirio (msm Hg). Tudela 162 Abgumas Presses Presse (Pa) Cen do Sol Cento da Terra Pressio mais alta obida em lahoratério Fess acednice mais profuda Presse dos slog alos de sapatos ‘sobre uma pista de ngs Pheu de automover “Atosfera wo nfl da mae Pressiosangtines nore Som mais ito tlcrivels= Som mais Baixo deectavel Melhor vicwe de laboratory "Pisin gue ear rosin "rsa inthica,comespondende 2120 te de peeslo manamtrica a9 med ber wa pots mec Peso mo nna. FOU He, FLUIDOS 83 A libra por polegada quadrada € freqlientemente abrevia- dda por psi. A Tabela 16-2 mostra algumas presses EXEMPLO 16-1 Um sala de estar tem piso de dimenstes 3.5 me4.2 miealurade 2.4 m. 8. Qual 6 peso do ae no interior a Sala? Solugdo Temos. onde Vé 0 volume da sla e p é a densidad do 268 ‘atm (ver Tabola 16-1), Pa mg= ove = 1.21 kg/en (35 mx 42m x 24 m}19.8 m/s") = 41a N~ 4Q0N. ‘Respostay {sco &cencade 94 Ib, Voos esperava que © ar em una sas posasse tan- b, Que forga.a atmovfera exerce no chia de sala? Solugao A forga & X (88 mx 42m) = 15 x 108N. (Resposts) sta fora (170 tones) & 9 peso de uma colma de ar cubrindo 0 piso e se estendendo até o topo ds almosfera. Els é igual # fora exerck dang chao, se (na auséncia de umostera) a sala estivesse chess de mer= ‘iio a um profundidade de 30 pol. Por que essa enorme lorca ni (qucbea piso? 16-4 Fluidos em Repouso A Fig. 16-24 mostra um tangue com égua — ou outro liquido — aberto a atmosfera. Como todo mergulhador sabe, a pressio aumenta com a profundidade abaixo da interface ar-dgua. A profundidade do mergulhador. de fato, € medida por um sensor bastante parecido com 0 da Fig. 16-16. Como qualquer alpinista sabe, a pressio diminui com a altitude. As pressdes encontradas pelo mergulhador ¢ pelo alpinista séo uswalmente chamadas, de presses hidrostdricas, porque sa0 devidas a fluidos estéticos (em repouso). Estudaremos a principio o aumento de pressdo com 4 profundidacle abaixo da superficie da gua. Colocamos um eixo vertical y.com a sua origem na interface digua-are seu sentido crescente para cima, Considere uma porgio de digua ‘contida em um cilindro citcular reto hipotético de rea da base A, sejam y € ¥3 (ambos mimeros negativas) as pro- fundidades das faces superior e inferior docilindro, respec- tivamente abaixo da superficie. ‘Fig. 16-26 mostra um diagrama de forgas para a égua no cilindro. A porgdo de gua se encontra em equitfbrio, seu peso (para beixo) sendo cxatamente contrabalangado pela diferenca entre a forga F, = pA, atuando para cima 84 GRAVITAGKO, ONDAS E TERMODINAMICA We mg By o Fig. 16:2 (0) Us porgpo de gua se encontra em un eilindtohipow 10, de sites de Base A.) O dggrama de forges agin sobre agua. Els estéem equilibeinesttico, seu peso seadecontrakalangade poko empae pra cima que atuanela: veja Ey. 16-3 na face inferior, ¢ a forga F, = pA atuando para baixo na face superior. Assim, Fore w © volume V do cilindro € A(y,—y,). Ass gua no cilindro é pA(y,~y). onde p & a densidade da égua O peso Pé entio pAgty,—y.). Substituindo este valor de P na Eq, 16-3, obtemos BoA = MA + DAR n — ye). ‘Se quisermos achar a pressio p 2 uma profundidade h abai- ‘xoda superficie, designaremos nivel {a superticiee nivel 2a distancia h abaixo dela, como na Fig. 16-3. Representando a pressdo atmosférica por 7 substituiremos entio n=O Mh © heh pomp ig. 163.8 pressdop aumenta com a profundidade h absixo da super Fok da gua: veja Ep. 16-5 a Bg, 16-4, que se tomard ‘Como era de se esperar, a Eg. 16-5, se reduz a p = py para 1h = 0, Comia voce verd na Sexo 16-5, 0 termo pgh na Eg 16-5 € chamado pressito manométrica: é a diferenga en- tre a pressio p e-a presstio atmosférica py, ‘A presso a uma dada profundidade depende desta, mas fio de alguma dimensio horizontal. Assim, a pressao na base de um dique depende da profundidade da 4gua alt, mas é independente da quantidade de égua represads ou da pro- fundidads em qualquer outro lugar. Olago Mead. porexem- plo, se estende por muitas milhas atras do digue Hoover e tem uma profundidade de 700 pés na face do dique. Este teria de ser constru(do forte o suficiente para represar ape- ‘tas poucos milhares de litros de dgua, como em ume pisci- na de igual profundidade! AEg, 16-5 € valida para qualquer recipiente, na im- portando sua forma, Considere a Fig. 16-4a, que mos- fra um tubo em forma irregular imerso em um tangue com agua. A vilvula conectada ao tubo esté aberta de forma que este possa se encher livremente. Vocé nao du- vidaria que a Eq. 16-5 fornece corretamente a pressio, ig, 1604 (a) Urn ua esta submerso-em um tangue com gus, com a vslvuta abera. A pressdo 90 nivel 44 6 ada pela Eq. 16-5.(b) A wilvalaé fechadie 6 tangue € resnovido.A pressio em AA € ainda dada pela Bg. 16-5, em todos os pontos em qualquer nivel horizontal como, AA, nao importando se 0s pontos se encontram dentro, 1 fora do tubo. Agora, feche a vSivula; esta ago ni causa alteraydo da pressio em ponto aigurn. Com a valvula fechada, retire 0 tanque, deixando o tubo no higar como na Fig. 16-40, De novo, esta ago no causa alteragdo de pressio na égua dentro do tubo, que ndo tem mais contato com a égua do tangue desde que fechamos a valvula. Particularmente, a press da égua no tubo ao nivel AA na Fig. 16-46 mantérn seu valor dado pela Eq, 16-5. Tudo 0 que importa ¢ a dis- tGncia vertical h abaixo da superficie livre A pressdo diminui 20 ascendermos na atmosfera acima da superficie do liquido na Fig. 16-3. A Eq. 16-5, no en- tanto, néo é mais valida, pois, sendo o ar atmasférico um _gés € portanto bastante compressivel, encontra-se mais comprimido perto da superficie da Terra, porque esta ca- ‘mada suporta o peso das camadas superiores da atmosfera. Em outras palavras, a densidade do ar nao € constante & medida que subimos na atimosfera, sendo agora urna fun- go decrescente de y. Na dedugio da Eq. 16-5, foi utiliza- daa suposigdo de que p ndo depende de », @ que é sem ddvida, uma excelente aproximagao pata liquidos. que so praticamente incompressiveis. A dependéncia da pressio com relagde a altitude na atmosfera & dada por uma expres ‘io mais complicada que a Fq, 16-5. Com um barémetro de bolso de boa qualidade, pode-se detectar a variagao da press atmosférica (cerca de 0,1%), encontrada a0 se st bir alguns poucos lances de escada, A pressao atmosférica cai para a metade de seu valor ao nivel do mar, a uma alti- tude de aproximadamente 5.500 m, EXEMPLO 1622 a. Um mergulhador raciovina que, s¢ um respiador ‘6 20cm funciona, um de 6.0m também foncionaria Se ele incense ‘mente utilizar um tubo como esse (Fig 16-5), qual seria diferenga de ressdo Ap ene a presso extera sace ele 2 pressio do ar em seus pulmses? Por que ele se encontra em peigo? ‘Solugo Primero, consider o mergulhador a uma profurdidade L = 6,0 rmsemo respira. A presaio externa sobre cle € dada pela Ea. 165 P= fot pal. Fig. 16-5 Exemplo 16-2. NAO TENTE FAZER ISSO. Como a pressso ‘externa (gua) em seu pete & muito mato do que x pressSo interna dow). voed pode ndo ser capae de expandir sous pulmGes para Insp FLUIDOS 85 Seu corpo se ajusta a essa pressio containdovseligeiramente ax que a Presuoiteraesteja em equitbrio com a extema, Ea particular, pres ‘fo samgiinea media aumenia es pressio média do arm seus pulmoes se iguela ap. ‘Se usar 0 ubo de 6,0 m para rsprar. ur pressurizado em seus pal- sndes seri expelido através do tubo poroaamosiora a pressdo em seus, pulrades card rapidamente para p,(pressboatmosférea) Pressupondo gue ele se encontca em gua doce, a diferenga de presslo Ap atvando Sobre ele sera P= 9 Pum asl. 1.000 kg/m) (9.8 m/s8)(6.0 m) 5.9 X 10" Pa espostad ssa diforenga de pressto. cerca de (6 alm, € sufciente para aruinat ‘os poles, focando 0 sangue pressurzado para dento dees, proces. 0 conheeidn como compressie dos pulmndes. ». Un aprendiz de mergutho,praticando com nque de ar em uma gis- na enche seus pulmoes com ar de seu tangue antes de subir 4 super Cie. le ignora as instrugses endo expieaenquanto sabe Quando alge superficie, a diferenca de presto entre «pressto extema sobre ele 2 Dressdo do ar em sevs puinnies€ de 70 corr. De que profundidade ele ‘somegou? Que perigo poteneialnente mtal est eortendo? ‘Solucdo Quando ence seus pulttbes ama profundidade La presséoex- rena sob ele (ea presso ea seus pulmaes) ¢ dada pe Ey. 16-5 coma 20> Pot pele Enquanto cle sobe, a pressinexterna decrescesté que sja almostérica ‘yi superlicie. Sta press sanguinea também decresee até fear nor ‘mal. Mas. 4 n30 ser que expire. 9 pressio em seus pulines no se alte- 1a. Na supeice, a diferenga de pressdo entre o ar de seus pulmdes.¢ 0 ar fora de seu corpo € dada por ADS Po Pe pele ‘da qual encontramnox zntt Pe . 20 tore (O00 kg/m) (BB m7 = 0.95 m. 01 x 108 ) Fp torr (Resposta! Adifereng de pressio de 70 torr eerea de 9% da presso atmosférica) p00 P< Pr. EXEMPLO 16-4 colon de mercio de um artnet em altura {t= 74.34 men. A tempecatun é ~5.0°C,e nesta temperatura a densi dildo ere € 12608 % 10" kg, 4 aeelerago de que 0 lag do berdmetro¢ 9.7835 mis Qual apres aumosterica em posal (or? Solugo Pela Ba, 166, mos foo pak = (1.9608 x 10° ¥g/m) (9.7835 m/s4) (0.74035 mm) 8566 X 10" Pa (Respostay A ltrs do harémetr ¢normalmente fit i torr, oe tne & 4 pessio exerida po ua coun de merci de | im de alt. 7 local ance tha 0 valor pads de 9 50665 mes uma tempers: tue (20°C), em que # merctio tem densidade 1.38985 2 30" kph, Asim dd Ea, 166, 2 tore © (1,35955 % 104 kg/m’) (980665 m/s) xx 10-9m) = 193,326 Pa. Aplicanda esse lator de eonversti para a pressbo atmustérica registra. {pa hard. fy = 9.8566 « 108 Pa = 799,29 torr. (Respostay FLUIDOS 87 ‘Note que a presto em tor (739, 29 for) é numesicamente prima — mac por out lad dilere signfieaivamente — da altura coluna de mercrio express ery ram (740,35 em), 16-6 0 Principio de Pascal Quando voce espreme um tubo de pasta de dente, assiste 420 ptineipio de Paseal em agio. Este principio é também 4 base para a manobra de Heimiich, em que um surtento agudo de pressio propriamente aplicado ao abdome & trans- imitido & garganta, ejetando uma particula de comida que tenha se alojado ali. O principio foi proposto pela primeira vez, em 1652. por Blaise Pascal (que teve seu nome asso- cciado & unidade SI de press): ‘Uma mudanga na pressdo aplicada em um fluido conli- nado € transmitida integratmente para todus as porgdes do fluido e para as paredes do recipiente que o contém, Demonstranda o Principio de Pascal Considere o caso em que o fluido € um liquide incompres- sivel contido em um cilindro alto, como mostra a Fig. 16- 9. O cilindro & fechada por um pistom deslizante sobre 0 ‘qual se encontra um recipiente com balas de chumbo. A atmosfera, o recipiente ¢ as balas exercem uma press0 p. no pistomn ¢ assim a0 liguido. A presstio p em qualquer ponto P do liquide ¢ enti P* Peat PBh. (16-8) Adivionemos um pouco mais de balas de chumbo ao pis- tom para aumentat ?.. de uma quantidade Ap,,.. As quan- ra ; Pes Fig. 16-9 0s pesos eolocaden no piston eriam uma presto sobre 0 Iiguido inccenpressivel) tidy no reeipiente. Sep, for aumeniida, por adigie de pesos, «pressio aurnentar cm igual valorem todos os pon tos dente do liquide, 88 GRAVITACAO, ONDAS E TERMODINAMICA tidades p. ¢ € h na Eq, 16-8 nao se alteram, assim, a mu- danga de pressio em P é AP Dew (16-9) Essa unudanga de pressdo é independemte de h, enti tem de valer para todos 0s pontos dentro do liquido, convo diz © principio de Paseal 0 Principio de Pascal e 0 Elevador Hidraulico A Fig. 16-10 mostra como o principio de Pascal pode ser a base de um elevador hidréulico. Consideremos uma forga externa de magnitude F, sendo exercida para baixo no pis- tom da esquerda (ov emrada) cuja afea é A,.. Um Kiguido incompressivel no aparetho exerce, entdo, uma forga para ‘cima de magnitude F, no pistom direito (ou safda) cuja dea €A,, Para manter o sistema em equilibrio, una carga ex- tema tem de exercer uma forga para baixo de magnitude F, no pistom da saida. A forga F, aplicada na esquerda e 4 forca F, exercida pela carga produzem uma mudanga Ap na pressio no Iiguide, dada por Assim, 16-10) AEG, 16-10 mostra que a tonga de saida F, exercica na carga temde ser maior do que a forga de entrada F, se A, >A,.como Eo caso da Fig. 16-10. Se movermios.o pistom de entrada para baixo de uma tncia d,,« pistom de saida se moverd de uma distancia d,, Fig. 16-10 Um aparetho hidrulice vsado para ehiplica a frga FO (exbatho realizado por F, eaictano, ne se aera e €0 mesmo pura as Fowgasma enrada e ma sai de forma que o mesmo volume V de liquide incompre: vel seja deslocado para os dois lados. Entéo, Ady. (on) Isso mostra que, s¢ 4, > A,(como na Fig. 16-10). 0 pistom de safda se move de uma distancia menor do que © de en- trada, Das Eqs. 16-10 € 16-11 podemos dedhzir o trabalho de satda come vera-(18)( que mostra sero trabalho W. realizado no pistom de entra da pela forga aplicada, igual a0 trabalho W realizado pelo Pistom de saida levantando a carga sobre ele. Vemos aqui que uma dada forca, que destoca seu ponto de aplicagao de uma dada distncia, pode ser ransformada ‘em uma forga maior que provoca um deslocamento menor. ‘© produto da forga pela distancia permanece inalterado, de forma que € reatizado 0 mesmo trabalho. Entretanto, fre- uentemente hi grande vantagem em poder exercer uma, forga maior. A maioria de nés, por exemplo. no pode er guer um automével e aceita bem a disponibilidade de um ‘elevador hidréulico, apesar de termos de mover a manive- Jade uma distancia muito maiordo que aquela que o auto- ‘mével sobe, Neste aparelho, 0 deslocamento d,é consegui- do ndio com urn toque tinico, mas com uma sucessto de vé- rios. 4) =r 16-12) 16-7 0 Principio de Arquimedes A Fig. 16-[ mostra uma estudante em uma piscina, mani- pulando uma bolsa plastica fina cheia d’égua. Ela percebe que a bolsa esta em equilibrio estético, nao tendo tendén- ‘cia nem de afundar nem de subir. Mas a dgua da botsa tem Fig. 16-11 Uma bolsa plistica fina. com gua, © encontta em equi brio em uma piscina, Seu peso tem de ser contabangalo por uma for (8 pra cima. exergids subve aholsa pela igus a0 seu rede, w o © Fig. 16.12) A sgus vizinha ao vario exence forgas sobre su fren ‘ng, a esollante debs sendo oempuxe para cima que atua em qualquer ‘vis que o preenchs, (D) Para ums peda de volume igual ao do vazio, fo pesod malor que © empuro. (c) Para um peda de madeira ds mes- ta volume, @ peso é menor que @empuxo. peso — e por esta raziio — deveria afundar, Seu peso tem de ser equilibrado por uma forga para cima de igual mag- nitude. Esse empuxo F, para cima é exercido na égua na bolsa pela dgua em volta dela, Esta forga de empuxo existe por- ‘que — como ja vimos — a pressio na jgua aumentacom a profundidade absixo da superficie, assim, a pressiio no fun {do é maior do que a existente na parte superior da bolsa. Removamos. bolss. A Fig, 16-12u mostraas forgas atu- ando no vazio, onde anteriormente estava a bolsa. Oempt- Xo € a soma vetorial de todas essas forgas. Coloquemos no vazio da Fig. 16-13a uma pedra com cexatamente as mesmas dimiensies deste, como mostra a Fig. 16-12h. A mesma forgade empuro que ctuava na balsa ati- ard na pedra. Entretanto. como esta forca & muito peque- na para equilibrar o peso da pedra, a pedra afundard, Mes- mo afundando, a forga de empuxo da agua reduz seu peso aparente, fazendo com que seja mais fécil carregar a pedra enguanto ela estiver dentro d'égua Se colocarmos um bloc de madeira de iguais dimen- ses no vazio da Fig. 16-12a, como na Fig. 16-12c, a mes- rma forga de empuxo para cia atuarié na madeira. Desta vez, entretanto, a forga para cima serd maior que 0 peso da madeiea e esta, entao, subird em diregao a superticie, Po- demos resumir esses fatos enunciando o principio de Arquimedes: ‘Um corpo completa ou parcialmente imerso em um fh do receberd a agao de uma forga para cima igual ao peso do luido que 6 corpo desloca. Vejamos como esse principio pode explicar a flutuagao. Quando o pedago de madeira da Fig. 16-12c sobe o bas- lanic até aflorar na superticie, passa a deslocer menos dgua 4do que quando estava submerso, De acordo com o prine’ pio de Arquimedes, a forga de empuxo decresce. A madci racontinuard a subir até que o empuxo diminua para 0 va- lor exato do peso da madeira, Atinge-se, ento, 0 equill- brio esttica: 6 corpo futua FLUIDOS a9 0 Equilibrio de Objetos Flutuantes ‘Ocasionalmente, barcos 2 vela ou navios de guerra sio mo- dificados pela adigio de mastros mais altos ou armas mais ppesadas, de forma que se tornam pesados na parte de cima € tendem a emborcar em 4guas moderadamente agitadas. Icebergs Ireqiememente rolam enquanto derretem. Tudo isso sugere que torques desempenham algum papel no equi- librio dos objetos flutwantes. ‘Como ja vimos, o peso de um objeto flutuante (atuando ‘para baixo) & exatamente contrabalangado pelo empuxo (atuando para cima), Entretanto, essas dua forgas nem sem- pre se aplicam no mesmo ponto. O peso atua no centro de massa do objeto flutuante, enquanto oempuxo atua no cen- 1ro de massa do vazio na agus, wm ponto chamado de cen- tro de empuxo, Se um compo flutuante gira deslocando-se ligeiramente de seu ponto de equilfbrio, a forma do vaziona agua muda, da mesma forma muda a posi¢o do ventro de empuxo. Par que tal objeto esteja em equilibrio estavel, seu centro de empuxo tem de se mover de tal forma que o empuxo (atu ando para cima) € 0 peso (attando para baixo) fonegam um sorque rexiaurador que tenda a calocar @ corpo de vol- tana sua posigio original. Se o torque agir no sentido opos- Fig, 16-13 Una cdpsula de pesquisas (FLIP) utlzada para eestadode ‘nds em 4guas profundas. Ea ebacada para o local de estado fot ‘and horizontatmencee.entso, bombei eu para seus tapgues dle for mma. girs para a posigae mesa, 90 GRAVITAGAO, ONDAS E TERMODINAMICA to. © corpo Mlutuante se afastard cada vex mais da posigie de equilfbrio e poders, eventualmente. emborcar A Fig. 168 mostra uma capsula de pesquisa incormum, © Laboratério Instrumental em Plataforma Flotuante (FLIP), que tem duas posigbes de equilibrio estivel. Ela pode fluttar “normalmente” na superficie ou, bombeando {Sgua para dentro de seus tanques de pops. assur posigd0 ‘mostrada na figura. Ness posigo, se estende If m acima «du superficie e 60:m abaixo, fomecendo umta plataforina ins- trumental estivel para o estudo de ondas oceanic. EXEMPLO 16-5 A "porta do iceberg” ‘ums pequena trad visivel de alumi cosa que est. em sus maiey pot {eescemalida, Para icebergs reais. qual € e550 fraga0? rlingwagein popular, express ‘Solugo O peso de um iceberg do volume total ¥, P= aes ‘onde p, = 917 ky’ €a densidade Jo gol, ‘0 peso da dgua do mar deslocada, que & 0 empuno F..& Rene aMg ‘nie p, = L024 kgim*é0deasidade dn Aus do mare ¥, €0 volume de Sigua dkslocuda, que € também o volume submerso do tccbere. Pata eoherg Marmanle, esas dus fora so Ieuais. ou Pie = 0.¥. essa equayo, encomtramos que a Fag que procurames fine = 1% ’ ey = Bagi ToRe kg/m’ = 010 ou 108. (Roxposta) EXEMPLO 16-6 Um balio esfrico choio de helio tom urn raio R de 12,01. O hal, 0s cabos de sustentagao ea cesta tm massa m Je 196 carga méxima M aue 0 bao pode caregar? Consider Py "7 Solugio 0 pesc'do ar deslocado, que € w empusxo, €0 peso-do cia 0 hale sie Poe. VE © Pe nel ‘onde V(= 4 RS) € 0 vohume do bio, Em equilibrio, pelo principio de Arquimedss Te = Fae tone + Me M = GRO D, ~ Aye) — = (4m) (12.0 m)31.25 kg/mm ~ 0.160 kg/mo8) = 198g 7.690 kg. (Resposta Um corpo com essa massa pesaria 75.362. N ao nivel do mat 16-8 Fluidos Ideais em Movimento Em segdes anteriores, 28 ¥ezes propiinhaamos um problema e ressaltivamos: “desconsidere © atrito”. Essa era uma presse posicio ticita de que, se inclufssemos o arto. o problema fi- aria dificil demais, Bste 60 caso agora. O movimento de flui- dos reais € complicado. nio sendo ainda inteiramente com preendido, Discutiremos, em vezdisso, omovimento de fui- dos ideas, que é mais simples de se tratar matematicamente Apesarde nassos resultados io concordarem completamente comn'o comportamento dos fluids reais, serio suficientemnente apraximados para ser dels, Fazemos aqui quatro considera es sobre o fluid ideal: L. Escoamento uniforme. No fluxo uniforme ou funinar. a Velocidad do fluido em qualquer ponte fixo no muda ‘como tempo. em magaiitude ou diregdo e sentido. O fluxo de dgua perto do centro de um riacho calmo & uniforme: jé em uma correnteza nao & A Fig, 16-14 mostra a furmaga do cigarro subindo, ou seja, a transigdo de um escoamenta uniforme para um ndo-uniforie ou turbulento, A veloc dade das particulas de fumaga aumenta enquasto ela so- beme, a uma certa velocidade critica, o escoamento muda sas caracteriticas de uniforme para ndo-uniforme: 2, Escoamento incompressivel. Pressupomos, cor ja fi- ‘zemos para os fluidos em repouso, que © nosso fluid ide~ al é incompressivel. Isto & sua densidade € constante. 3. Escoamento nao-siscoso. Grosseiramente, a viscosida- ‘ede umn Nuido éa medida de sua resist2ncia ao escoumen- to. Por exemplo, @ mel escoa com mais dificuldade que gua, assim, dizemos que o mel é mais viscose que a dgua. ‘A viscosidade nos liquids & andloga aw arito entre os s6- Fig. 16-14 A cena stra, « escoamento do gis aquecide que sobe de lum cigar aceso muda de uniforme para irbulent lidos. Ambos so mecanismos pelos quais a energia ci tica dos objetos em movimento ¢ transformada em energi térmica, Na auséncia de atrito, um bloco poderia deslizar por uma superficie horizontal a uma velocidade constante, ‘Da mesma forma, um objeto se movendo através de um fluido ndo-viscoso nio experimentaria qualquer forga vis cosade arrastamenta, 04 sea, nenhuma forga resistiva de- vido a viscosidade. Lorde Rayleigh chamou a atengao para © fato de que, em um fluido ideal, um propulsor de navio no funcionaria, mas por outro Jado, um navio (uma vez em movimento) no necessitaris de um propulsor! 4. Escoamento irrotacional. Apesar de nto haver necessi- dade de nos preocuparmos muito com esse aspecto, tam- ‘bém pressupomos que 0 escoamento nio é rotacional. Para testar essa propriedade, deixemos um pequeno grito de potira se mover com o fluido. Em um escoamento nj0- rotacional, o corpo de teste nao girard em torno de um eixo «que posse por seu centro de massa. Para fazer uma analo- ¢giu simplificada, dizemos que o movimento de wma roda- igante € rotacional: o movimento de seus passageiros € inrotacional. 16-9 Linhas de Corrente e a Equagio da Continuidade AFig. 16-15 mostra as linhas de corrente descritas por tin- tainjetada em um fluido em movimento: a Fig. 16-16 mos- tra tragos similares revelados, por fumaga. Uma linha de corrente é 0 caminho tracaddo por um pegueno elemento de fluido, que podemos chamar de “particula” de fluido, Enquanto esta se move, sua velocidade pode variar em medulo e diregao, Como mostra a Fig. 16-17, seu vetor velocidade em qualquer ponto ser sempre tangente 2 li- tha de corrente naquele pono, Linhas de corrente munca se cruzam, Se o fizessem. mma particula de fluido a0 pas- sur pela imtersegdo teria de assumir duas velocidades dife- rentes simultaneamente. 0 que é impossivel ne de um vido er toone de um aro evelado por um rastézadoreologido. FLUIDOS 91 SO ig. 16-16 A famasa revel. inka de escoumento do a pasando por tun automdvol, om um tinel de vento Em escoamentas como aquele das Figs. 16-15 ¢ 16-16. podemas isolar um tteho de corrente cujos limites so deti nidos por linhas de corrente. Tal tubo funciona como um ano, porque nenhuma particula de fluido pode escapar atra- ‘vgs de suas paredes; se assim 0 fizesse, recairfamos no caso do cruzamento de duas linhas de corrent. A Fig. 16-18 mostra duas segdes transversais, de reas A\€ As, de um tubo de comrente, Fagamos nossas observa- ‘des em Be monitoremos 0 fluido, que se move com velo- cidade 1s, por um pequeno intervalo de tempo At. Durante este intervalo, uma particula de fluido se movers da pequena distincia v, Are um volume AV de fluido, dado por AV = Ayu A wssard através da drea A, EO fluido © incomprestivel € no pode ser eriao nem destruido, Assim, no mesmo intervato de tempo, 6 mesmo volume de fluido tem que passar por C. logo abaixo no tubo de comrente, Sea velocidade em € € 1, isto signitica que AV = Ayu At = Ayu At, ou Ayo, = Agta. Fig. 16-17 Ua particula do Nui F raga uma inh de corrente ao des. craver's sua tjetéria. A velocidad ds panticula€ tangents Finha de ceorrente em cada ponte. 82 GRAVITAGAO, ONDAS E TERMODINAMICA. Fig, 16-18 Um tubo de cosrene detinido pela Hinhas de comrente que odlimitam. A vazo 06 Mui tem de sera mesma para tos ase5se transvetstis do tubo de corente Assim, ao longo do tubo de corrente, encontramos onde R, cuja unidade no ST é metro etibico por segundo, € a taxa de escoamento volumétrica (vazio). A Eq. 16-13 € chamada de equacao de continuidade para um cscoa mento de fluidos, Ela nos diz.que 0 escoamento ¢ mais ri- ‘pido nas partes mais estreitas do tubo de corrente, onde as linhas de corrente sdo mais proximas. como na Fig, 16-19. ‘AEg. 16-13 € na verdade uma expresso da lei de con- servagio da massa em uma forma til para a mectinica dos fluids. De fato, se multiplicarmos R pela densidade (cons- tante) do fluide. obteremos a quantidade Aup. que € 2 taxa de escoamento de massa, cuja unidade no ST é quilogra- rma por segundo. A Eq, 16-13 nos diz, efetivamente, que a massa que flui através do ponto B na Fig. 16-)8 a cada se- _gundo, fem que ser igual & massa que flui através do ponto Cacada segundo. EXEMPLO 16-7 A érea A, dase vansveral da aorta (muir até ue ‘eanerge do.corago} de ums peso noma en repouso é 3m a veloidade ‘do angie € 30 cnvs Unexpilaripice diese de ~ 6 wm) erm ua ea sega tanverst igual a 3% 1D" mye uma velocdae de excoamenio vvde 05 em. Quantesceplaresessa pessoa possi? Solugie Todo o sangue que passa pelos capilares tem de ter pasado pela aorta, entao, pela Eq. 1613. temos Agty adv, Fig. 16-19 Quando um canal. assim como um cano. se ania as fins de flaso se proximam, indicando sim aumento da velockide de Ri ‘do. A sets indica a diego dy esceameno Veja “Lie a" de Seven Voge, can Ler Pres! ete Faced ppl nena de as eke Fig, 16-20 Exempla 16-8, Enguanto cal de ume torneiea, a velocidade agua aumena, Como a aoren desera mesma das Seg transverais,o filet tem de after, cond no mimern do cupilres.Retolvendo 2 equago par (3.cm' (30 ers) TROT an} (O05 cmp = 6 x 1009 6tilhoes ce av ‘Resposta) ‘Vocé pose faciimente mosear que asirea traversal dos capilares com. tinada cerca de 400 vezes maior de que a fea do aorta, EXEMPLO 16-8 A Fig. 16-20 mostra com um filete do gua saindo sie uma tomeira se afina enquante ea. A sea da se;30 transversal Ay Bem! e635 cm. Os dois nives so separados por uma distin vomical = 8 ayn A que taxa a igs fl ds toracira? Solugho Pela equagdo da contnuidade (a. 16-13), temas Ant © AM, es) ‘nde tye wso 08 velocidaes da gus nos niveis eomespondentes. Da Eq. 2-21 podemos também escrever, porque a dgua este queds livre com aceerasio g. ad + Beh ‘liminando ventre as Eqs. 16-146 16-15. resolvendo para, obtemce 6-15) Hea Bae GAMA, zene = 0,986 m/s = 28.6 em/s. os A vazio RE, entto R= Ay = (1.2-cmP) (28.6 exn/s) = St emt, Respostah ‘Acssa aa, em cerca de 354 passive encher um recipient de 100 riL.

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