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BRASILIA - DF - BRASIL
botelho@unb.br
APRESENTAÇÃO ORAL
Resumo
Abstract
The objective of this article is to know the current characteristics of international market
of biofuels: ethanol and biodiesel. This is an explorative research to verify the
importance of the institutional markets in the countries involved with biofuels
production, consumption and trade.
1. Introdução
Ao longo das últimas décadas, vários fatores têm contribuído para que os
governos busquem alternativas para uma mudança deste perfil, entre elas os requisitos
de auto-suficiência com relação ao petróleo, os efeitos econômicos advindos da
elevação dos preços do petróleo no mercado internacional, o ambiente de instabilidade
política que enfrentam os países produtores do petróleo, e a preocupação ambiental e
ecológica onde o Protocolo de Quioto figura como delineador das políticas que visam
reduzir emissões de CO2.
2. Marco teórico
3. Metodologia
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Rio Branco – Acre, 20 a 23 de julho de 2008
Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
considerando a Lei n.º 11.097 de janeiro de 2005, na qual se estabelecem os
percentagens mínimos de adição de biodiesel ao diesel convencional.
4. Resultados e Discussão
A. Etanol
B. Biodiesel
A. Etanol
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a) O curto prazo
Unidade de
Produto Tamanho Datas de vencimentos
negociação
Milho 5.000 bushels Centavos/bushel Dezembro, março, maio, julho,
setembro.
Soja 5.000 bushels Centavos/bushel Setembro, novembro, janeiro,
março, maio, julho, agosto.
Óleo de Soja 60.000 libras Centavos/libra Outubro, dezembro, janeiro, março,
agosto, setembro.
Etanol 29.000 galões Centavos/galão Todos os meses.
Álcool* 30 metros cúbicos Reais/metro cúbico Todos os meses.
(30.000 litros)
Açúcar* 270 sacas de 50 US$/saca Fevereiro, abril, julho, setembro,
quilos líquidos novembro.
* Contratos da BM&F.
Fonte: CBOT, BM&F.
Número de Quantidade.
Produto
Contratos Em mil.
Milho 234.360 29.764
Soja 134.872 18.343
Óleo de Soja 59.127 1.799
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Etanol 65 1.885
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Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
Fonte: Cbot.
No que se refere aos preços, nota-se a influência das políticas dos Estados
Unidos para o etanol, na medida em que se criou uma expectativa nos compradores de
milho com relação ao avanço da demanda projetada para os Estados Unidos. Quanto às
demais commodities as variações dos preços apresentam níveis pouco significativos.
b) O longo prazo
As projeções feitas pela USDA (2007) indicam que nos Estados Unidos a
produção de etanol deve se expandir até o ano 2009-10, como reflexo da construção de
usinas em resposta aos fortes incentivos fiscais. A maior parte desta expansão utilizará o
milho como matéria-prima e, até 2009-10, o uso do milho para este fim representará, em
média, 30% do cultivo total deste grão.
Etanol 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Produção 4.856 7.123 9.792 11.501 12.207 12.323 12.290 12.269 12.315 12.436 12.595
De milho 4.692 6.910 9.522 11.190 11.870 11.958 11.875 11.751 11.639 11.602 11.602
De outras m-p 165 213 267 298 310 311 308 305 302 301 299
Celulose 0 0 3 13 27 53 107 213 373 533 693
Consumo 5.370 7.297 9.911 11.684 12.453 12.611 12.594 12.578 12.627 12.750 12.912
Net Trade -679 -237 -286 -288 -295 -300 -306 -311 -316 -322 -327
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Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
Fonte: FAPRI 2007 Agricultural Outlook
1
Um galão equivale a 3,78 litros.
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Outras estimativas presentes no mesmo documento consideram para 2013 um
consumo doméstico de 6,6 milhões de galões de álcool, dos quais 32% como álcool
anidro e 68% como álcool hidratado. O documento indica o uso de estimativas feitas
pela ÚNICA (2007) e considera que, em 2010, estarão circulando 6,32 milhões de
carros “flex fuel” que, somados aos 16,1 milhões de carros a gasolina e aos 560 mil
carros a álcool em circulação, deve elevar o consumo de álcool carburante a 4,79
milhões de galões por ano, o que significa um incremento de 40.0 % na demanda de
álcool em relação ao consumo atual.
No Brasil, a demanda interna do etanol nos últimos anos teve uma mudança
favorável impulsionada pelo crescimento das vendas de veículos bicombustíveis
(gasolina e etanol). Segundo o relatório feito pelo MAPA-IICA (2007), os veículos flex
fuel foram lançados ao mercado em março de 2003 sob a expectativa de expandir a
demanda interna de etanol. Na Tabela n° 9 pode se observar que a produção de carros a
gasolina diminuiu enquanto a produção de carros flex fuel aumentou, passando de quase
858 mil unidades em 2005 a 1,93 milhões em 2007. A produção de veículos
exclusivamente a álcool em 2007 é praticamente nula.
Com este antecedente, observa-se que a introdução do carro flex fuel teve
destacada participação na aceitação e demanda por parte dos consumidores finais,
reduzindo a incerteza referente a continuidade da oferta de etanol decorrente da falta de
produto dos anos passados como explicado anteriormente.
A inserção do carro flex fuel deve também ser analisada desde o ponto de vista
dos preços, entendendo-se que o consumidor tem a possibilidade de escolher entre a
utilização de gasolina (que já inclui 25% de etanol) ou de etanol, dependendo do valor
final no posto.
B. Biodiesel
16.000
14.000 A B A B A B
12.000 Produção 7.123 8.741 12.207 12.413 12.436 16.339
10.000
8.000
De milho 6.910 8.601 11.870 12.258 11.602 15.100
6.000 Celulose 0 0 27 33 533 1.104
4.000 Importações
2.000
0
Netas (álcool 237 406 295 540 322 1.450
etílico)
07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17
4.3. Os preços
a) Os preços do petróleo
80
70 6 0 ,8 5
7 2 ,3 4
60
4 3 ,3 6 6 1 ,0 6
50
40 3 1 ,2 1
2 5 ,9 2 5 ,7 6
30
1 7 ,6 5 3 2 ,5 1
______________________________________________________________________
20
10 1 9 ,5 4
2 6 ,7 2
1 9 ,9 6
1 2 ,1 4
0 Rio Branco – Acre, 20 a 23 de julho de 2008
Sociedade
1 9 9Brasileira
5 1 9 9 6 1 9 9 7 de
1 9 9Economia,
8 1 9 9 9 2 0 0 0 2Administração
0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0e
4 Sociologia
2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 Rural
07 2008
2008 (janeiro)
Fonte: U.S. Energy Information Administration.
50
40
30
20
10
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Fonte: USDA.
b) Os preços de equilíbrio
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Preço do Óleo Cru Preço Equibrio Etanol USA Preço Equibrio Etanol BRA Preço do Óleo Cru Preço Equibrio Biodiesel BRA
200,00
VARIAÇÃO
150,00
100,00
50,00
0,00
2003 2004 2005 2006 2007
1000,00
VARIAÇÃO
800,00
600,00
400,00
200,00
0,00
2003 2004 2005 2006 2007
Figura n° 7: Variação dos preços da soja, óleo de soja e diesel. (Base 2003).
250,00
200,00
VARIAÇÃO
150,00
100,00
50,00
0,00
2003 2004 2005 2006 2007
Produto 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Milho (1) 159 163 163 163 162 161 159 156 155 153 152
Soja (2) 288 305 318 318 314 310 307 301 296 292 288
Óleo de Soja (3) 645 721 779 798 799 796 795 798 804 813 820
Açúcar (4) 453 514 503 500 497 489 484 475 474 465 466
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Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
Fonte: FAPRI 2007 Agricultural Outlook
Como se pode observar dos dados da Tabela n° 10, o preço do milho cresceu em
2006-07, quando chegou a US$ 159,44/t métrica, aumento provocado pelo avanço da
produção do etanol e das pressões da demanda decorrentes do contínuo crescimento da
demanda do setor pecuário. Este incremento da demanda leva a uma expectativa de
crescimento contínuo do preço até 2009-10, US$ 162/t métrica. Para os anos seguintes,
a projeção apresenta uma tendência de queda no preço do milho, cotando em 2016 um
preço de US$ 152/t métrica. No que se refere à relação entre os preços do etanol e os
preços do milho verificam-se que, depois do incremento de 22,5% em 2006, os preços
mundiais do etanol caem em 16,2% chegando a US$ 1,51 por galão em 2007, devido a
redução das importações líquidas dos Estados Unidos. O preço mundial do etanol
continuará em queda até US$ 1,35 por galão em 2016. FAPRI (2007).
5. Conclusões
Na análise referente aos preços do petróleo foi constatado que o cenário atual é
favorável, existindo possibilidades de se intensificar um mercado internacional para o
etanol. A posição do Brasil dentro deste mercado, segundo os cenários projetados, seria
a de um país superavitário na produção de etanol, enquanto os Estados Unidos ficariam
na posição de deficitário para este produto. No caso do biodiesel a expectativa da
demanda abrange principalmente o mercado interno.
6. Bibliografia
COASE, Ronald H. 1937. The Nature of the firm. Economic, 4: 386-485. 1972.
Industrial Organization: a proposal for research, in “The firm, the market and the Law”,
The University of Chicago Press:1988, v.V, p. 57-74.
FAPRI. Food and Agricultural Policy Research Institute. U.S. and World Agricultural
Outlook. Janeiro, 2007. Disponível
http://www.fapri.iastate.edu/Outlook2007/text/OutlookPub2007.pdf. Acesso em: 1 de
setembro de 2007.
______ U.S. and World Agricultural Outlook. Janeiro, 2007. Disponível em:
http://www.fapri.missouri.edu/outreach/publications/2008/FAPRI_MU_Report_03_08.
pdf. Acesso em: 1 de setembro de 2007.
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Informação Tecnológica. 2006.
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MAPA/SPA – IICA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de
Política Agrícola. Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura. Análise da
Competitividade das Cadeias Agroindustriais Brasileiras: AGROENERGIA. Disponível
em: www.agricultura.gov.br. Acesso em: 5 de fevereiro de 2008.
______ The Importance of Preserving the Secondary Tariff on Ethanol. Disponível em:
www.ethanolrfa.org Acesso em: 22 outubro 2007.
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Rio Branco – Acre, 20 a 23 de julho de 2008
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WESCOTT, P.C. U.S. Ethanol Expansion Driving Changes Throughout the
Agricultural Sector. Set. 2007. Disponível em: www.ers.usda.gov/amberwaves Acesso
em: 20 de outubro de 2007.
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