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METODO PRATICO Lhe e LA ila ghe ens eed? Para SAXOFONES Reprodugao Proibida por Lei Obra Registrada no Escritério de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional Ministério da Cultura Joao Dias de Almeida Todos os Direitos Reservados Rua Rita Lima ,325-Remanso Campineiro ° SHEE VEL AU © Método Pratico para Saxofones foi desenvolvido com o objetivo de colocar a disposigéo dos professores deste instrumento , um método didatico e como 0 proprio nome ja diz, ter ‘a praticidade de desenvolver varios tipos de exercicios numa sequéncia progressiva , que permitiré. a0 aluno assimilar 0 dominio do instrumento sem grande esforgo . ‘Alm dos exercicios técnicos , criteriosamente dosados , 0 método dispée desde o inicio de exercicios melédicos , onde o aluno ira executar de forma recreativa , os conhecimentos adquiridos, nas_primeiras ligdes,, incentivando—o a manter o entusiasmo sempre crescente pelo instrumento Escrito em Portugués , este trabalho destinado aos alunos iniciantes no instrumentos , tem a base necesséria para ajudar 0 professor nesta tarefa sempre ardua e de grande responsabilidade de guiar os primeiros passos do aluno © método € dividido em cinco médulos , cada um desenvolvendo um avango técnico © musical em cada item especifico .Cada médulo divide-se em trinta fases © aprendiz estudara todos os médulos simultaneamente , por fases, que sao todas as ligdes descritas em cada linha horizontal na tabela da pagina cinco, as quais sendo estudadas sem interrupgo , 0 aluno terd um desempenho satisfatério Avvirgula , colocada sobre a pauta é para indicar as respiracées . Certifique-se de obter tompo para respiracdo na nota precedente ; para evitar atrasos ao ataque seguinte [As indicagées metronémicas so: baseadas para cada nivel de dificuldade . Sugere-se a utilizago de um metrénomo para sincronizar a marcagao dos tempos como pé , que deve ser sern exageros . Os pontos onde tiver dificuldades devem receber maior empenho e néo serem deixados para tras A paciéncia € necesséria Para atingirmos nossos objetivos musicais , precisamos nao s6 de muito estudo , mas também também de uma organizagao do nosso tempo de pratica, de forma que cada hora renderé © melhor possivel. Ganhe © seu proprio tempo ! C 0 Instrumento © Saxofone - Ao contrario de quase todos os demais instrumentos de misica, 0 saxofone hao tem antecessores . Foi inventado pelo artista belga Adolphe Sax ( 1814 - 1894) , que herdou do pai 0 oficio e a arte de fabricar instrumentos . Em 1834, termina 0 aperfeigoamento em clarineta - baixo (clarone) ; talvez dai viesse a idéia de fabricar ‘um novo instrumento , com o formato do clarone, mas 0 corpo de metal, que Ihe deu mais flexibilidade e poténcia. Nasceu 0 saxofone - baixo , a partir deste, Sax criou 0 restante da familia, por volta de 1849 Em 21 de margo de 1846, registrou sua primeira patente de ~ um sistema de instrumentos de sopro chamado saxofones “’. Fabricado em cobre, com a fnrma de cone parabélico, tem para a embocadura uma boquilha com palheta simples. A digitagdo ¢ como a da flauta e da clarineta. Em 1857, Adolphe Sax assumiu a classe de saxofone reservado aos alunos militares , associada ao Conservatério de Paris. Formou 130 saxofonistas Com a imaginagéio sempre viva, Adolphe Sax nunca deixou de estudar , inventar ou aperfeigoar Assim aperfeigoou , engrandeceu e completou as familias de quase todos’ os instrumentos de sopro, metais ou madeiras. Viria a registrar 26 patentes . Morreu exausio em total ruina A familia dos saxofones atualmente em uso consiste de : Soprano em Sib Alto (ou contralto ) em Mib Tenor em Sib Baritono em Mib Quiros , no considerados comuns , mas em outros tempos alé populares : Sopranino em Fa e Mib , Soprano em Dé, Mezzo-Soprano em Fa, Melody em Dé, Baixo em Sib e Contra-Baixo em Mib. Todos os membros da familia dos saxofones tem © mesmo conceito de produgéo de som | o mesmo sistema de digitagio ¢ a mesma escrita. De um para 0 outro, a mudanga de embocadura exige ajustes . pois as boquilhas, assim como o instrumento, também mudam de tamanho e conseqientemente a sua fessitura Os saxofones sio instrumentos transposilores, ou seja, a nota escrita 6 diferente da nota que soa (som real). A seguir a tessitura de cada um em sons reais Hse an tas ae Soy Reais wenn HS ineaae SS 6 pS bet Conselhos Werals ‘A_Boquitha é uma pequena camara onde junto com a palheta constitui 0 gerador do som do insirumento . Fabricada em varios materiais como madeira , cristal , acriico , metal e ebonite . © material de melhor resuitado e 0 mais ullizado pela maioria dos saxofonistas @ 0 ebonite , pois nao soite influéncias climaticas ,@ bastante resistente ¢ possui timbre proximo ao da madeira. De um modo geral, as boquilhas que acompanham os instrumentos novos , apesar de serem feltas de ebonite , 40 indicadas apenas para o uso em fase inicial ou amadora. Existem no mercado , industiias © profissionais especializados na fabricagdo de boquilhas de diversos modelos para varias indicagdes . Elas possuem variagdes de medidas em sua abertura (distancia entre @ ponta da boquiiha ea ponta da palheta), no ponto de curvatura ( onde inicia a curva que separa a palheta da boquilha) , Angulo da inclinagéo onde se apéia os dentes superiores , além de pequonas ¢ importantes diferengas da parte interna como cistancia das paredes © formato do palato etc Uma boa boquilha dara seguranga numa boa qualidade de som e afinagao - A Palheta -a beleza do som esta esiritamente ligada a qualidade da palheta, pois mesmo a melhor das boquilhas juntamente com uma boa bragadeira se tornam indteis diante de uma palheta de ma qualidade. Uma vez dofinida a abertura da boquilha, € importante que a numeragdo da palhela coincida com esta aberiura: para _boquilhas fechadas , palhetas mais duras (4, 5) ; para Boquilhas abertas , palhetas mais moles (1 Ye, 2%); para _boquilhas médias , palhetas de forga mésia (3.3%). As palhetas sao feitas de matéria organica (bambu ), sujeitas a constante mudangas ndo havendo portanto duas palhetas exatamente iguais .Ao abrir uma caixa de palheta . deve-se escolher as melhores , com coloragéo amarelo-dourada , verniz brifhante na casca , boa estrutura do fibras © xilemas (fios fino ), descartando as empanadas, de um lado mais fino do que © oulfo, cantos quebrados, rachos , etc. € aconselhavel criar um rodizio de ou 4 palhelas, prolonganco a vida ttl de cada uma. Embocadura: termo usado pelos instrumentistas de sopro para definit a posigao com que Conjunto de masculos da boca adquirem para tocar, desenvolvida lentamente através de estudos Ela deve funcionar como valvula de ligagdo da coluna de ar sobre pressdo constante , a0 jnstrumento sem nenhum desperdicio , garantindo a vibragao da palheta . Deve-se dobrar 0 labio inferior sobre os dentes , evitando o contato direto dente / palheta @ apoiar os dentes superiores na parte superior da boquilta (ise! ), comprimindo os cantos da boca em diregdo da soquilha Gonservagdo: Um instrumento em bom estado de conservagao 6 fator primordial para’ uma ‘boa execugdo. Vazamentos e maus tralos fazom com que 0 musico tenha que se esforgar além do necessario A limpeza deve ser feila somente com flanela ou tecido macio para eliminar a Umidade . Retirar a boguilha do tudel e tirar a palheta, para secalos ¢ manter a higiene.Pode-se também limpar o tudel ¢ a boquilha lavando-os com agua e sabao neutro. Uma vez por més, tnte a corliga do tudel com vaselina, para evitar que esta fique ressecada e a cada sels meses, coloque uma gota de dleo fino “éloo Singer” em cada paratuso das chaves A_Posig&o do busto do_executante deve ser reta,, desde o primeiro dia ; pois é inaispensével tanto para estética como para o sistema respiratorio . Nao inclinar a cabaga . A mao esquerda coloca-se ha parte superior do instrumento ea direita ocupa a parte inferior , sendo 0 polegar , colocado na parte oposta aos outros dedos . que sustenta o instrumento . J amte-brago nao deve ficar éncostado no corpo , mas levemente levantado , para faciltar @ respiracao BEEBE YY Si tUMLUY 1 - Escala Cromatica 2- Exercicios Progressivos e de Mecanismo 3- Escalas e Arpejos 4- Intervalos 5 - Estudos Melddicos Pag. 6 Pag. 17 Pag. 32 Pag. 40 CabeladasFases fica | Progressives Feet] ‘coma [Frames] tna ass | ineras Inerpretaean 1 70] H@) 41] @® 2 11 | OM ai] 3 2/A@ [sl OO [331 @@ [41] @ 4 |os| ® [zl @ [rel SO [sl A [al @ 5 os] OO [12| @® [| R@@{s4] © 42| 6 [os| & [12] & [20| MWdo |35[ OH [22] @ C7 [os] @ [2] @ [2lanaae [se] @ [asl & 8 oa} @ [13] (s) [22fasasae [s6| Gy [44] @ 9 fos; @ [13] eo ah OD Esta € a digitacdo basica da escala cromatica de toda a familia dos saxofones OO Bh De SES FTIMOOC DDD hd Soho Ona) ee <3 @ <3 @ <3 @ : 2 © Tee 250 “Fee ogo <0 o95 || Foo 390 aes Fos nS a7 os @ os @ oe 0 3 © Tee eco oo “eo ooo ne Wee Soo oll Tee oo Aa =o ao 7 ="5 a ="o HH} ——___ 1 os _@ os _@ @ ol @ ivea ses! Bevo 32, Sl eos toa] Boss a5 a= gl - ="5 <3 @ 3 @ <3 _@ <3 © b = roe cee 00 050 Wee Seo oll “Feo S50 a= | za =s a= Py ==5 - Q ceo <3 _® <3 _@ QI <3 @ RO ee eee I) | ao ooo Tee coo aod =Fo0 oo @naey a= P53 ol Pp S55 pee A awit ii os @ 2 <3 @ <3 © 0 ieee eee + ie ese CO wre eo ol Fre ose a =a aaa r= 5 a ="o ee os @ 3 _@ <3 _@ 3 @ 0 edo 164) 5 Doses 1e2¢4=m) Debs 1.263 1.2e3+chave3 > sinile DUAS MAOS simile FF SARK EL SD » ) JVOC IOC LE FD ) ICE ES 2 DOK Ll? MO eT SONS AGUDOS Odedithado , para a Jo dos sons do registro superior ou agudo, é idéntico ao do registro inferior. Obtem-se a emissdo desses sons abrindo com o dedo polegar da milo esquerda a chave n° 11, chamada bs de registro agudo . ) 70) ) > SSGSUGEG SS SSIS LGA AS SIU S 5 SSS sini site —s = a a 1 SSS SSS ae IS. = sinite ee sina c OC YOMOKK YT LI YCOCK LT Ss yD.) x 17. oe simile com variacées de Tonalidades e Articulagées Temos a seguir as doze escalas maiores com suas relativas menores melédicas , procedide dos arpejos de cada tonalidade Cada escala tem uma articulagio diferente , aumentando o nivel de dificuldade gradativamente (tonalidade , valores articulagées ) Comu unr bua lembranga, sempre comece sua pratica didria com um roteiro de escalas @ arpejos . Isto no serve somente para um exercicio de aquecimento, como também aumentara sua facilidade para a extenséo dos registros. Este exercicio poderia ser chamado de um expansor de limites . O limite 6 definido somente pelo misico e pela relevancia da pratica , pois com ele o misico conseguira uma técnica perfeita capaz de vencor qualquer dificuldade que Ihe possa deparar . Nao 6 pratioo escrover todas as variagdes e articulagdes repetidas , pois isto sobrecarregaria a Partitura, entéio a indicagdo “ simile" recomenda repetir as articulages até o final do exercicio . 7 ef com variagées de Articulagao Escalas e Arpejos em D6 Maior J=60 simile simile Escala e Arpejos em L4 menor a as & u es C C Me ae b yc MOCK LT P ye simile Escala e Arpejo em Ré menor MLL LL Lsscalas © Arpejos em Sol Maior site A Escala e Arpejo em Mi menor simile simile 13. = —— — Sas Escalas © Arpejos em Si menor site Escalas e Arpejos em Dé menor sinile x simile sinile , 2 OIC yOOCX TX MIL LL d CXXELR? Escalas e Arpejos em Fa # menor sine 25. sinile 26. ae sate a7 be ei a es erry rele eer =F sinite Escalas e Arpejos em Fa menor sinite OOK ») YOVOCL ) WAKE LDI II IIIA LI Escalas e Arpejos em D6# menor simile 2 oe ae Sass 2. (eS pe aa SS aes “3 th aye es) ae, yO HRD IS OOOCLK LF DEFER EPS TANOOEEE ETS” FOI Escalas e Arpejos em Fa # Maior Escalas e Arpejos em Dé # Maior S OCW X rr 3 DO JOWELL 2 PCXALL com Sincopas e Contratempos Toda composig&o 6 formada por escalas e intervalos . esludo dos intervalos para 0 desenvolvimento da afinagéo e do uso do diafragma nos sallos , sobretudo os mais distantes . Portanto deve - se ter 0 cuidado com os saltos (com ou sem ligadura) , para a emisséo da nota com preciséo, sem falhas das notas . Quando duas notas sucessivas de diferentes graus so produzidas, é necessério que cada nota esteja afinada com a outra, relativa ao intervalo que esta sendo tocado . Assim , 0 misico devera desenvolver ¢ treinar seu ouvido para que a diferenga de graus seja distinguida . Aproveitando os exercicios de intervalos , foi introduzido variagdes ritmicas com sincopas e contratempos . Nolas sincopadas pedem uma acentuagao ao iniciar e um desprezivel afilado do som depois do ataque . Certifique - se de evitar um acento secundario ou i \chagao da nota , quando o som deve normalmente cair.Ex.: Toque de um sino Intervalos e Exercicios Relativos Intervalos de Segunda simile » YOY KS Intervalos de Terea simile Bs x YOO IE ) MEKV II 5 Sy Se: Intervalos de Quarta site P= =a co » te eg BAROCCY coce £ OSC re oO Q KD ) sinile CORTE XIOUCCT TAT ANIC Ca TIMOOSCCCCTTXA) 3 0b dD00 VD0OID00 Intervalos de Sétima See CL Cracow TLIRRIOOC CLC TXMIOGOC CC IIT xxXX Estudos Melédicos com Expressdo Temos aqui uma variedado de estudos, com mudaneas de tonalidades , modos , andamentos , arliculagées @ qualidades ritmicas apropriadas para aperieigoar a execugo , aumentando o nivel de dificuldade gradativamente . Também é importante que 0 estudante acostume a empregar com seguranga e distingdo a oscala {otal de dindmica, do pianissim ao fortissimo . Os estudos om conjunto sao muito importante para o aluno desenvolver a percepeai , comparando: Seu som com do companhoiro .O professor deve nverter a execugao das vozes nos estudos, Sendo 0 saxofone um instrumento transpesitor , dove-se obedecer a linha escrta para a afinagao do instrumento ( Sib ou Mib ). Como descrito na pagina 2, a escrita para toda a familia de saxotones 6 em clave de Sél, Porém numa composigo a quatro vozes, escreve- se 0 tenor @ 0 baixo em clave de Fé na 4? linha . Por isso, nos estudes do quatro vozes(4,5,9,10614), colocamos as partes de tenor e baritonos em Clave de Fa, para o aluno treinar a leitura. 1. Estudos Melédicos sobre a primeira série de notas site simile : 3.Estudo Melédico em D6 Maior Moderato s . ui lexato 4 ) eC ew PE ee ee ode ee d MD ys OIL oD soprano F¢ Hartono | ‘ 4 A ; ; q Tempo di Minueto LULLY if Andanie 4 o.wotuuy ei COLUTLO Grwcioso ‘TRADICIONAL, a Sax! Alo Miby Sax 2 At. Mi bf P Andante Soprano legato Conteato LY Tega Tenor FE = Tegato Baritone BEETHOVEN aN — try - i= a | oe simile Andante 3 TCHAIKOVSKY Sax 1 Alto Mib Sax 2 Alto Mib Sax Tenor Sib Melodia sib Melodia Mib| Acempantameto St ‘Acompankamento Mid Andante 0 Seprano Baritone D.Cal fine Sax | Alto Mib sax 2 Ano FZ Mib Sax Tenor] Sib Allegro Moderato SSS Se nf dlee P crese. P crese, eee tempo 220 x YIDILX CHL YL VOC MKL LY PD rye A a w @ & & A Allegro SCHUMANN > gpd avs uowuy cur Cunyuuy ~ aeuuurcoyue Allegreto DVORAK ‘ See 1 Ali . Mid) a ub Six 2 Aho Yu Mib c Sax Tenor e sib 4 HO K KL y¢ Ley Nuces ue Piya oe MOZART Aninnat Don Giovanni Andante MOZART yVEVC ICL xe yy >) 3 © ) £5 Ce y Ey oe me ey ne ee cow gy won eee e Sugesiao de Métodos Complementares Technique: saxophone volume | Technique of the Scale studies Joseph Viola Berkioo prose H. KLOSE Méthode camplete pour tous lés saxophones Edition Musicales Alphonse Leduc Herbert L. Clarke - Clarke's Technical Studies Agradecimentos Agradego a Deus por me conceder a oportunidade de participagao deste projeto, onde através do Dom da Misica que Ele nos deu, podemos cooperar para a divulgagao da beleza desta arte . A minha querida esposa, ao meu irmao Ronaldo e & toda a minha familia, pelo apoio, incentivo e a grande contribuigao para a realizagao desse trabalho, E por fim, obrigado a todos os meus mesires e amigos misicos pelo apoio a essa realizagao, ressaltando, meu professor Marcos Pedroso, uma vez que seus ensinamentos me serviram como alicerce na minha vida musical Joao Dias de Almeida Impressao: GRAFICA PINHELLI Rua Julio Bocaretti , 138 - Pg. Valenga | Fone: 3261-2600 ~ Campinas - SP

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