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Ie eee eer ene ate er Te Coe RE eMC OMO aC eu arg tuamente de suas descobertas, principalmente CUCU ee RC a RCC ey COMO e rie et ta ea Ieee Ce Rec ure emt ed CUI CM aes eee Pe mee Cele el COR eRe ona gases rarefeitos e de radioatividade. PEE GUE We eet eT Dee EC Ue el Pee es eee eee OL COM eee erie tetas Creu tata CapiTULo1 Carga elétrica © método de copiar um documento nas fotocopiadoras uma interessante forma de se entender a aplicacao dos pro- cessos de eletrizacao. Nas fotocopiadoras analégicas, inicial- mente, o cilindro fotocondutor (que permite a passagem de corrente elétrica quando nele incide luz) é eletrizado com cargas negativas por indugao. Quando o original é fortemen- te iluminado pela lmpada, a luz é refletida pela parte branca ou vazia do documento e absorvida pela parte escura ou que Possui o contedido a ser reproduzido. Um sistema de lentes € espelhos direciona os raios de luz provenientes do original para o cilindro, Nas regides onde houve reflexao da luz, oma- terial fotocondutor torna-se neutro; onde houve absorcao da luz, permanece carregado negativamente, © préximo passo consiste na deposicao do toner sobre 0 cilindro carregado. © toner é um pé formado por particulas de plastico e possui carga positiva. Como cargas opostas se atraem, ele é atraido para a regio negativamente eletrizada do cilindro. © papel que sera a cépia é eletrizado por um pro- cesso semelhante ao que sofreu o cilindro fotocondutor. As- sim, o toner é transferido do cilindro para o papel pela forca de atragao eletrostatica. Por iltimo, o toner € aquecido até seu derretimento e se fixa ao papel. E por isso que quando recebemos a cépia ela ainda esta quente R Maquinas fotocopiadoras monocromstieas. Na ‘miquina da direita 0 painel frontal ests aberto ‘maostrando o cartucho que armazena o toner. PARA INICIAR A CONVERSA, Flo queacontece quando aproximamos ‘objetos carregados com cargas elétricas de sinais opostos? E com cargas de mesmo sinal? fanto o cilindro fotocondutor quanto ‘© papel que recebe a cépia sao eletrizados pelo mesmo proceso. Como se chama esse processo de eletrizagio eno que ele difere dos outros processos? P Seo fotocondutor funcionasse de forma oposta, ou seja, nao permitisse a passagem de corrente quando nele incide luz, como ficariam impressas as cépias no papel? UNIDADE 1 CaMPo E POTENCIAL ELETRICO 1.1 Eletrizacao Neste capitulo iremos iniciar 0 estudo da Eletricidade, isto vamos analisar e procurar entender uma grande variedade de fe~ menos, muito ligados a nossa vida diria, denominados fend- menos elétricos. A todo instante estamos nos relacionando com fatos dennatureza elétrica e nosso modo de vida depende acentua~ damente de técnicas e aparelhos elétricos modernos (rtcura 2.1) O nosso curso de Eletricidade serd desenvolvido em trés eta- pas, correspondentes 8s unidades 1, 2 € 3. Na unidade 1, capftu- los 1, 2€3, analisaremos situacSes nas quais vamos encontrar as, cargas elétricas geralmente em repouso. Por esse motivo, essa etapa é habitualmente denominada Eletrostatica, Naunidade 2, capitulos 45, estudaremos as cargas elétricas em movimento, isto 6, as correntes elétricas e as propriedades dos circuitos elétricos que sao percorridos por essas correntes, Na Giltima etapa, unidade 3, capitulos 6, 7 e 8, faremos uma analise dos fendmenos magnéticos que, como veremos, S80 cau- sados, por exemplo, por cargas elétricas em movimento. Essa par- te da Eletricidade, envolvendo relagdes entre as cargas elétricas e (08 fendmenos magnéticos, é denominada Eletromagnetismo. E sicuna:.s, Nossa vida est intimamente relacio- no capitulo 9, apresentaremos nocoes da Fisica contemporanea. "ada coms fendmenos de natureza elécica, As primeiras descobertas das quais se tem noticia, relacionadas com fendmenos elé tricos, foram feitas pelos gregos, na Antiguidade, O filésofo e matematico Tales, que viveu na cidade de Mileto, na Asia Menor, no século VI a.C., observou que um pedaco de Ambar’, ap6s ser atritado comuma pele de animal, adquiria a propriedadedeatrait Saaiar~ ama pasa ‘objetos leves (como pedacos de palha e sementes de grama) aimaelada, que se ong ‘Somente cerca de 2 mil anos mais tarde & que comecaram a ser feitas observagdes "2Ps‘eslizcioderes- sistematicas e cuidadosas de fenémenos elétricos, destacando-se os trabalhos do mé- — yoreddemadelia macht, dico e cientista inglés William Gilbert. Ele observou que varios outros objetos, ao serem atritados, se comportavam como o ambar e que a atracao exercida por eles se manifes- tava sobre qualquer outro objeto, mesmo que este nao fosse eve. ‘Como a palavra grega correspondente a mbar é eléctron, Gilbert passou a usar 0 termo “eletrizado” ao se referir aqueles objetos que se comportavam como o ambar, surgindo assim as expressdes"eletrizacio’,"eletricidade’, etc. Atualimente, sabemos que todas as substncias podem apresentar comportamento se- methante ao ambar, isto é, podem ser eletrizadas ao ser atritadas com outra substancia. Por exemplo: uma régua de plastico se eletriza ao ser atritada com seda eatrai uma bola de iso- por [stcura1.2.a]; um pente se eletriza ao ser atritadonos cabelos de uma pessoa eatrai esses cabelos (ricura 1.2.8] ou Um filete de Agua [eicuna 1.2.<|; uma roupa de nailon se elettiza 20 atritar com nosso corpo; um automével em movimento se eletriza pelo atrito com oar, etc. i F Il Ib lel Q\, conan. ualquersubeen- Caos ss setands esr Seals com on caPfroLe 1 Canea ELETRIEA B (CARGA POSITIVA E CARGA NEGATIVA. Realizando-se experiéncias com varios objetos eletrizados, verificou-se que eles podem. ser separados em dois grupos distintos: + 12 grupo: constituido pelos objetos que se comportam como uma barra de vidro atritada com seda. Verifica-se que todos os objetos eletrizados dese grupo repelem- ~se uns aos outros, Diz-se que esses objetos estao eletrizados positivamente ou que, ao serem atritados, adquiriram uma carga elétrica positiva [ricuna 1.3) + 22 grupo: constituido pelos objetos que se comportam como uma barra de borracha atritada com um pedaco de a Verifica-se também que todos os objetos desse grupo repelem-se uns aos outros, mas atraem os abjetos do grupo anterior. Dizemos que os objetos deste 22 grupo estao eletrizados negativamente ou que possuem carga elétrica negativa (rtcuna 23) vidro a a a i i i cues. Quando uma bara de ido €atada com seis, nove Quando uma barra deBorraeha éatrada com de mesmo nome (mesmo sinal) se repelem e as cargas de nomes contrarios (sinais contrarios) se atraem js:cusas 15 1.6) Ficuna 1.5. Objetos eletrizados com carga de nomes (sinais) contrérios se atraem ede nomes {sinais) iguais se repelem. fal [bl ricuRa 1.6. Os bales, apés serem atritados com nii- Ion, s20 aproximados um do ‘outro [a]. Ao serem abando- nados, eles se repelem [b]. 4 UNIDADE 1 CaMPo E POTENCIAL ELETRICO | Existem dois tipos de cargas elétricas: positivas e negativas. As cargas elétricas POR QUE UM OBJETO SE ELETRIZA © famoso politico e cientista americano Benjamin Franklin, apés realizar um grande némero de observacées experimentais, constatou que, quando dois objetos sao atrita- dos um contra o outro, se um deles se eletrizar positivamente, o outro, necessariamen- te, iré adquirir carga elétrica negativa. Por exemplo: quando uma barra de vidro & ri tada com seda, o vidro adquire carga positiva e a seda fica eletrizada negativamente (rGURA 1.7) Procurando uma explicacio para esse ato, Franklin formulou uma teoria segundo a qual os fendmenos elétricos eram produzidos pela existncia de um fluida elétrico que estaria presente em todos os objetos. Em um objeto nao eletrizado (objeto neutro) esse fluido cexistiria em“quantidade normal’ Quando dois abjetos eram atritados entre si, ha- veria transferéncia de parte do fluido elétrico de um para 0 outro. © objeto que recebesse fluido ficaria eletrizado positivamente e aquele que perdesse fi- caria eletrizado negativamente. Dessa maneira, se~ gundo as ideias de Franklin, nao haveria criagdo nem destruigao de carga elétrica, mas apenas trans- feréncia de eletricidade de um objeto para outro, isto 6, a quantidade total de fluido elétrico perma- neceria constante Atualmente sabemos que a teoria de Franklin era, pelo menos, parcialmente cor reta. De acordo com as descobertas realizadas no século XX, sabe-se que realmente © processo de eletrizacao consiste na transferéncia de carga elétrica entre os obje- tos que se atritam. Entretanto, essa transferéncia nao é feita através do fluido elé- trico imaginado por Franklin, mas sim pela passagem de elétrons de um objeto para outro. Amoderna teoria atémica nos ensina que toda matéria é constituida, basicamen- te, pelas particulas denominadas prétons, néutrons ¢ elétrons?, Os prétons pos- suem carga positiva, os néutrons nao possuem carga elétrica e os elétrons possuem carga negativa, Em um objeto neutro (nao eletrizado) 0 niimero de prétons é igual ao ntimero de elétrons. Ao atritarmos dois objetos entre si, hd transferéncia de elétrons de um obje- to para o outro, Aquele que perde elétrons apresenta-se com excesso de protons, isto é, fica eletrizado positivamente, £ claro que o outro objeto ficard eletrizado negativamente, pois apresenta-se com excesso de elétrons Podemos, entao, destacar Um objeto em seu estado normal, nao eletrizado, possul um numero de prétons igual ao ntimero de elétrons. Se esse objeto perder elétrons, estara com excesso de prétons, isto é, se apresentara eletrizado positivamente. Se ele receber elétrons, possuira um excesso dessas particulas e estara eletrizado negativamente. ricura 1.7, Quando ‘uma barra de vidro é atritada com seda, 0 vidro adquire carga positiva e a seda fica ‘letrizada negativa- TTaafamente a mat dliversidade de particulas elementares, “descrias pelo. modelo-padria na Fisica, No capitulo de Fr se comempertne, tl - encontrar mais infor magées sobre 0 mundo dor muito pequen caPfroLe 1 Canea ELETRIEA 6 ComeNTARIOS 2) Devemos odservar, no processo deeletrizacdo, que o niimero total de pistons eelétronsnao sealte- £2, havende apenas uma separacao das cargas elétricas. N30 hs, portanto, criagdo nem destruicae de carga eétrica, sto 6 a carga total conservace, como pensava Benjamin Frandln 2) Os prétons eo néutronsestao localizados no mticleo do tome e nto podem ser deslocados de suas posigdes pelo simples atrito de um objeto com outro, Peo atrto, apenas os elétons podem se tro- cados entre os dols objetos. 3) © atrito entre os objetos & uma maneira de fazer com que eles se aproximem bastante para que os tomas de um possaminteragircom os Stomos do outro, Prders elétrons 0 stomo que exercer menor orca sobre o létron, ‘Assim, um mesmo objeto poders se eletrizar positiva ou negativamente, dependende do objeto com o qual or aritado. Por exemple: a seda, que atritada com video adquire carga negativa (por que retcaelétrans do video), quando atrtada com borracha adquie carga positiva(perde elétons para a borracha). A titulo de curiosidade apresentamos, na zassa 1.3, algumas substncias, ordenadas de cima para baixo, de tal modo que qualquer uma delas adquire carga positiva quando atritada com as substancias que a segue e adquire carga negativa quando atritada com as que a precedem Benjamin Franklin (1706-1790) Plexiglas viero arf ig Madeira Papel Seca Enafie INascido em Boston, Franklin teve uma infancia cfcl e aos 412 anos jétrabalhava coma impressor. Mais tarde tornou-se Jomalista, ampliou suas atividades e em 1748 comecoua se ‘edicar ao estude da ciéncia. Embera tenha se dedicado a essas atividades durante pouco tempo, pols lago passouase preocupar com a politica, deve-se a Franklin a invengao de varios aparelhos, entre eles o paravraios. VERIFIQUE 0 QUE APRENDEU 1. Duas folhas de um mesma tipa de papel s80 atritadas entre si. Eas ficardo letrizadas?E se atritarmos duas barras feitas de um mesmo tipo de pléstico? Explique. 2, Considerando a figura 1.4, responéa: 2) Opedace dela ficou eletrizado? b) Qual sinal da carga no pedaco de a? ©) Qual dos dois objetos recebeu elétrons? 1) Qual dos dois objetes ficou com excesso de protons? 3. No processo de eletrizacio mostrado na figura 1.7, onmero de elétrons em excesso na seda médulo da carga na seda) é maior, menor ou Igual ao nimero de prétons em excesso no vidro (quantidade de carga ne vidro)? 4. Um pedaco de marfim é atritado com uma folna de papel 2) Qual o sinal da carga elétrica que cada um adquire(consultea tabela 1.1)? b) Qual dees perceu elétrons? 5. Uma barra de plexiglas é atritada com um pedaca de ae uma pedra de enxofre é atrita- dda com uma folha de papel. Consultando a tabela 1.1, responda se a barra de plexiglas vai atrair ou repelir a) afelha de pape! ) a pecra de enxofre 16 UNIDADE 1 CaMPo E POTENCIAL ELETRICO 1.2 Condutores e isolantes O QuE £ UM CONDUTOR DE ELETRICIDADE Conforme ja foi enunciado na seco anterior, os abjetos sdo constituidos de éto- mos eestes possuem particulas eletrizadas (prétons e elétrons). Quando varios atomos se reGnem para formar certos sélidos, como os metais, os elétrons das érbitas mais externas nao permanecem ligados aos respectivos atomos, adquirindo liberdade de se movimentar no interior do sélido, Esses elétrons sao denominados elétrons livres (ricuna 1.8) elétrons livres S iguana 1.8, Nos metais, os elétrons das 6 bitas mais externas nio permanecem gados a0s Stomos e sie denominados elé- trons livres. Representagio sem escala, em cores fantasia, Nos sélidos que possuem elétrons livres, I que a carga elétrica seja trans- portada através deles; porisso, dizemos que esses materiais so condutores de eletri- cidade. Por exemplo: se ligarmos 0s polos de uma bateria por meio de um fio metalico {ricura 1.1, 05 elétrons livres do metal entrardo em movimento, deslocando-se de um polo para o outro. Assim, as cargas elétricas estarao se deslocando através do fio, consti- tuindo uma corrente elétrica (que estudaremos posteriormente). mento de el, oc rons os s metal Ficuna 1.8. Quando 0s polos de uma bateria ‘io ligados por meio de um fio metilico, 08 clétrons livres no interior do fioentram em Os sélidos que possuem elétrons livres em seu interior permitem o destocamento de carga elétrica através deles, senda, por esse motivo, denominados condutores de eletricidade. caPfroLe 1 Canea ELETRIEA ” © que é uM piELérrico Ao contrario dos condutores, existem sélidos nos quais os elétrons esto firme- mente ligados aos respectivos atomos, isto 6, essas substdncias nao possuem elé- trons livres (ou 0 nmero de elétrons livres é relativamente pequeno). Assim, na.seré passivela deslocamento de carga elétrica através desses objetos, que, portanto, sao denominados isolantes elétricos ou dielétricos. A porcelana, a borracha, 0 vidro, © plastico, o papel, a madeira, etc. s20 exemplos tipicos de substancias isolantes. As- sim, na sicura 1.9, S@ usAssemos qualquer uma dessas substncias para ligar os polos da bateria entre si, nao seria observado nenhum movimento de cargas elétricas nessa ligacao, isto é, nao haveria corrente elétrica através da substancia. COMENTARIOS 1) Considere um objeto metalico,carregado negativamente, apoiado em um suporteisolante [rcuRa 2.10.A}. Suponha que esse objeto sejaligado & Terra por meio de um condutor, por exemple, um fio de cobre (observe, na ricuaa 1.20.4, como se representa a ligacdo & Terra em diagramas elétrico). Nessas condicoes, os elétrons que estao em excesso no objeto metalico escoarao para a Terra atra~ \és do conduter,fazendo com que o abjeto perca sua carga negativa, passando ao estado net. Na ricura 1.10. mostramos.o que acontecera seo objeto metélicoestivesseeletrizado positivamen te: elétrons livres da Terra passariam através do condutor até que a carga positiva do abjeto metlico {osse neutralizada. vemos, portanto, que, em ambos 0s casos, oabjeto metalico eletrizado, a0 ser ligads & Terra por meio de um conduter, perde sua carga, tornando-se neutro. 2) Na ricura 1.20, se em lugar o fio condutorfosse usado um fio isolante (de pstico, por exemple) para estabelecera ligacio com a Terra, nao haveria movimento de elétrons através desse fio. Dessa mmaneira,o objeto metdlico nao se descarregaria, permanecendo elettizado. 3) Ainda na ricuaa 1.10, seo suporte solante que sustenta o objeto metalicofosse de viro, esse objeto poderia se descarregar mesmo que no estvesse ligado Terra pelo fio condutor. isso ocorre poraue, {geralmente, uma camada de vapor de Sgua se forma sobre a superficie do vidro. Essa camada, sende condutora, estabelece a contato elétrico do objeto metélico com aTerrae,porisso, ele se descarrega, be maneira geral, em regides de cima timido, um abjeto metalico eletrizado. mesmo apoiado por isolantes, acaba se descarregando depois de certo tempo. Embora.o ar atmosférico sea isolante, a presenca de umidade faz com que ele se torne condutor. Assim, 0 objeto elerizado perde sua carga para aTerra através do ar. i (I isolante—| 1g isolate —| 40 ser ligado 3 Terra por meio de i elétrons — létrons tum condutor, perde sua carga, i tornando-se neutr Terra Terra 6, Sade-sequeocorpo humanoécapazdecondu _¢) Esse fato no & comum em nosso clima, VERIFIQUE 0 2ir cargas elétricas. Expique, entao, por que Por qua? | QUE APRENDEU —_UTADESoa,segurancoumabara meccaem Pare evar a fermacao de centelhas rica suas mos, ndo consegue eletrizila por atrito 7. Um 6ribus, em movimento, acquire carga elé- ‘rica em virtude Go atrto com o ar. a) Seo clima estiver seco, o dnibus permane- cerd elesrzaco? Explique, ) Ao segurar nesse Gribus para subir nele uma pessoa tomar um choque, Por qua? 0 caminnées transportadores de gasolina costumam angar com uma corrente metalica arrastando-se pelo chao. Explique 9. Nas indtstrias de tecido e papel, esses mate- Tiais estao em constante atrito com as pecas das maquinas. Para evitarincéndios, o ar am- biente € constantemente umedecido, Qual a razao desse procedimento? 1B UNIDADE 1 CaMPo E POTENCIAL ELETRICO 1.3 Inducao e polarizacgao O Que £ INDUGAO ELETROSTATICA Consideremos um condutor AB, no estado neutro (nao eletrizado), apoiado em um suporte isolante, Aproximemos do condutor, sem tocé-lo, um objeto, |, eletrizado positi- vamente (rtcura 1.1]. Os elétrons livres, existentes em grande quantidade no condutor, sao atrafdos pela carga positiva do objeto J, acumnulando-se na extremidade A, Como consequéncia desse desiocamento das cargas negativas para A, a extremidade 8 apresentard um excesso de cargas positivas, como mostra a ricura 1.1 Observe que a aproximacao do objeto carregado provocou, no condutor, uma separa- cdo de cargas, embora, como um todo, ele continue neutro (sua carga total é nula). Essa separacio de cargas em um condutor, provocada pela aproximacao de um objeto eletr zado, é denominada indugao eletrostatica. 0 objeto | que provocou a indugao é denomi- nado indutor, eas cargas que aparecem nas extremidades do condutor sao denominadas cargas induzidas. conduter s q isolate Tana Ta, Ae apron : 3 im abjets eietiad de un co tor uma separacio de cargas. ELETRIZAGAO POR INDUCAO Suponha que, mantendo o indutor fixe em sua posicao, liguemos & Terra, por meio de uum fio metélico, o condutor que sofreu a inducao eletrostattica (ricura 1.2). Essa ligagao fara com que elétrons livres passem da Terra para o condutor, de maneira semelhante a0 ‘que est mostrado na ricuaa 1.10.2. Esses elétrons neutralizardo a carga positiva induzida localizada na extremidade B do condutor etcura 1.12) Se desfizermos a ligagdo com a Terra e, em seguida, afastarmos o indutor, a carga negativa induzida, que estava localizada na extremicade A, se distribuird pela superficie do conduter, como mostra a ricuaa 1.13. Observe, entdo, que o condutor adquire uma carga negativa, isto é, uma carga de sinal contrério ao da carga do indutor. Esse, porsua vez, ndo perde nem recebe carga durante o processo. Essa maneira de eletrizar um con- dutor é denominada eletrizagao por indugao. la 8 e A 8 raouna 1.22. Ao sr lgado Tere, 0 con- | ”s Autor que sofreu indugio fica eletrizado negativamente, porque elétrons livres — da Terra passam para ele neutralizando — a carga positiva repelida pelo bastio. caPfroLe 1 Canea ELETRIEA sicuRa 1.33, A carga negativa, induzida no condutor, distribui-se pela sua superficie, 19 PoLARIzACKo DE UM ISOLANTE Como voce deve ter estudad em seu curso de Quimica, algumas substéncas | (como a Agua, por exemplo) apresentam moléculas denominadas moléculas polares Nessas moléculas, o centro das cargas positivas nao coincide com o centro das cargas, negativas, havendo, portanto, uma assimetria na distribuicéo de cargasna molécula, |! e@ como procuramos ilustrar na ricuna .14.. AS substancias cujas moléculas possuer aS gicuna a.aa, Represen- cargas elétricas distribuidas simetricamente so denominadas apolares {ricura1.x4.8]. _tagio de uma molécu- Considereros um deérico AB, no eletrizadocujas moléulas so poles, afastado pl [ede uma rmalécula apolar de influéncias elétricas externas. Nessas condiges, as moléculas dessa substancia esto distribufdas ao acaso, como esta representado na sicura 1.1s.a. Aproximando-se desse die- létrico um objeto eletrizado (por exemplo, com carga positiva), a carga desse objeto atua~ r& sobre as moléculas do isolante, fazendo com que elas se orientem, alinhando-se da maneira mostrada na ricusa 1.1.x. Quando isso ocorre, dizemos que o dielétrico esta polarizado. Observe, na ricuna 1.15.2, que o efeito final dessa polarizagao é fazer apare- cer, na extremidade A, uma carga negativa e, na extremidade B, uma carga positiva, ‘Aricuna.as.c esta representando esse efeito final da polarizagao. Ib} Ficuna 1.15. A polarizagio no dielétrico faz apareeer cargas de sinais contrérios em suas extre- midades |e] Devemos notar que, embora a carga total no dielétrico seja nula, a polarizacao faz aparecer cargas elétricas de sinais contrérios nas extremidades A e 8, de maneira seme- Ihante ao que ocorria na indugao eletrostatica de um condutor, Seo dielétrico AB fosse constituido por moléculas apolares, o mesmo efeito final seria observado, pois, com a aproximacao do objeto eletrizado, as moléculas se tornariam polares e, consequentemente, se alinhariam da maneira mostrada na ricuna as. 20, Uma barra eletrizada negativamente é cok a) Havera movimento de elétrons livres no VERIFIQUE 0 cada pronina de um osjeta metaioAB(n30 objeto AB? tletizado, como mostra figura aban b) Deserve que se passa com as melécles QUE APRENDEU desse dielétrico (faga um desenho em seu ‘adernoilustrando sua resposta) ©) Entao, quale sinal da carga elétrica que apa- Fecena extremidade Ado isolante? E ern &? @) Como se denomina esse fendmeno que ocorrenodielétrico AB? 12. Considere novamente o objeto metalico mos a an a) Para onde se deslocam os elétrons livres trado na figura do exerccio 10, Suponha quea ddesse objeto metalico? extremidade B desse objeto seja igada 8 Terra ) Entio, qual osinal da carga que aparece em por meio de um fio condutor. MEM e a) Descreva o movimento de cargas que ocor- ©) Como se denomina essa separacio de car- Feri emvirtude cessaligacio. gas que ocorre no objeta metalico? ) Desfazenda-sealigacio de AB coma Terra e 11, Suponina, agora, que 0 objeto AB do exerci- afastando-se oinduto, 0 objeta metilicof- cio anterior seja um dielétrico, ‘ard eletrizado? Qual 60 sinal desua carga? 20 UNIDADE 1 CaMPo E POTENCIAL ELETRICO APLICACGES DA Fisica PINTURA ELETROSTATICA A PO Uma técnica aplicada na inddstria desde a década de 1980 para colorir metais & a pintura eletrostatica, Apesar dea ideia por tras de seu funcionamento ser bastante sim- ples, 0 principal desafio no proceso de pintura é conseguir a aderéncia do pigmento ao material a ser pintado. Diferentemente do que ocorre com as tintas Iiquidas, que utili- zam solventes a base de éleo ou qua para fazer a aderéncia, a pintura eletrostatica usa a propriedade de atracao entre cargas elétricas opostas, No caso das pecas metalicas, apds estarem limpas e secas, carrega-se eletricamente a peca a ser pintada, por exemplo, a porta de um carro ou de uma geladeira, ea seguir utiliza-se uma pistola para borrifaro pé sobrea pega [ricuaa1.as].As particulas sélidas de tinta que saem da pistola esto carregadas com cargas de sinal oposto ao da pega, Com isso, as particulas s6lidas sao atraidas para o material e aderem facilmente a superficie, inclusive nos cantos muito dificeis de ser alcancados. Posteriormente, a peca é aquecida para que as particulas de tinta, que sao consti- tuidas de diferentes tipos de materiais plasticos, derretam e permanecam unidas super- ficie do material. Com essa técnica de pintura, é possivel obter camadas mais espes- sas Sem que ocorra o aparecimento de gotas, como as que surgem quando se aplicam tintas liquidas QUESTGES 11 As impresoras e copiadoras com tecnologia laser utilizar um sistema semelhante ao da pintura ele- {rostética para odesenh ea aderéncia dotonerno papel. Com seus colegas, pesquise ofuncionamen- to da tecnologia laser explique quals sdo as ciferencas esemelhancas entre esses do's sistemas. 2. Pesquise as vantagens que a técnica da pintura eletrostética possul em comparagdo com a técnica tradicional de uso de tintasliquidas. FICURA 2.16, Porta de ‘carrona cabinade pin- ura cletrostitica pé, A atragio entze 0 pi ¢ a pega reduz as perdas durante o processo de pintura. 2 1.4 Eletroscépios POR QUE UM OBJETO NEUTRO £ ATRAIDO POR UM OBJETO ELETRIZADO ‘Vimos que um dos primeiros fendmenos elétricos observados consistia na atracao de um objeto eletrizado (Ambar atritado) sobre objetos leves nao eletrizados (peda~ 0 de papel, por exemplo). Poderemos entender por que isso ocorre analisando a rreura 17. Nessa figura, um bastao eletrizado, 8, é aproximado de um pequeno objeto isolante, C, nao eletrizado. Como estudamos na secdo anterior, a presenca da carga em B provoca polarizaco do objeto C, isto 6, em extremidades opostas do dielétrico C aparecem cargas positivas e negativas, da maneira mostrada na ricuna 1.27. ‘Assim, haveré entre o bastéo Be a extremidade negativa de C uma forga de atracao, representada por F,, e entre B e a extremidade positiva de C, uma forca de repulsao F,, Como a extremidade negativa esta mais préxima do bastao, o valor de F, é maior do que ode, e, consequentemente, o isolante C serd atraido para B. Se 0 objeto C nao for muito pesado, ele se deslocard, entrando em contato com o bastio 8. Quando isso ocorrer, 0 objeto C poderd perder sua carga negativa para o bastao, neutralizando parte da carga positiva de B. Nessas condicées, os objetos B eC possuirdo cargas de mesmo sinal e, ento, o dielétrico C ser repelido pelo bastdo B Irtcura 7.8] Uma analise semethante nos permite concluir que, se o bastao B estiver eletrizado negativamente, 0 objeto C sera, da mesma forma, atraido por ele, podendo ainda ser repelido apés entrar em contato com o bastao. Se 0 objeto C fosse condutor (um pequeno pedaco de metal, por exemplo), os mesmos fendmenos seriam observados. Deve-se apenas salientar que a separacao de cargas mostrada na ricura 1.17.4 eria, nesse caso, provocada por inducao eletros- tatica (movimento de elétrons livres) e no por polarizagao (como acontece com oisolante) lal [bl ricuaa 127. Quando lum objeto cletrizado 6 aproximado de um ppequeno objeto iso- lante, este se polariza eatratdo pelo objeto letrizado, 2 UNIDADE 1 CaMPo E POTENCIAL ELETRICO O gue £ uM ELETROSCéPIO O eletroscépio & um dispositive que nos permite verificar se um objeto esté eletrizado. Um tipo de eletroscépio muito simples é constituide por um pequeno objeto leve (uma bolinha de isopor, por exemplo) suspenso na extremidade de um fio. Esse eletroscépio costuma ser denominado péndulo elétrico. Se aproximarmos do eletroscépio um objeto eletrizado, seja positiva ou negativamente, este atrairé a bolinha suspensa [rrovra 1.18], como aca- bamos de estudar. 0 fato de a bolinha ser atraida pelo objeto nos mostra que ele esté eletrizado, embora no possamos determinar qual é 0 sinal de sua carga elétrica Para que pudéssemos determinar, com esse eletroscépio, o sinal da car- ga de um objeto, seria necessério que a bolinha estivesse eletrizada com uma carga de sinal conhecido, Por exemplo: se a bolinha estiver eletrizada positivamente e for repelida por um certo objeto, podemos concluir que esse objeto esté eletrizado também positivamente, mas, se ela for atrafda, 0 objeto estaré carregado negativamente ELETROSCOPIO DE FOLHAS Outro tipo de eletroscépio muito comum é 0 eletroscépio de folhas. Esse aparelho consiste essencialmente de uma haste condutora tendo, em sua ex- tremidade superior, uma esfera metalica e, na extremidade inferior, duas fo- thas metalicas leves, sustentadas de modo que possam se abrire se fechar li vremente fricura 1.19.4 Esse conjunto costuma ser envolvido por uma caixa protetora (totalmen- te de vidro, ou metélica com janelas de vidro), apoiando-se nela por meio de um isolante Aproximando-se da esfera do eletroscépio (ser tocé-la) um objeto C eletrizado positivamente, haverd indugao eletrostatica na parte metélica do aparelho: os elétrons livres serdo atraidos para a esfera, fazendo apare- cer nas folhas um excesso de cargas positivas. As duas folhas, estando ele- trizadas com cargas de mesmo sinal, se abrirdo em virtude da forca de re- pulsao entre elas. Portanto, a abertura das folhas do eletroscépio, quando aproximamos um objeto de sua esfera, nos indica que este esté eletrizado. Ao afastarmos objeto C, 0s elétrons da esfera serao atraidos para as folhas, neutralizando a carga positiva af existente e fazendo com que elas se fechem, Se 0 objeto C estivesse eletrizado negativamente observariamos, da mes- ma forma, uma inducao eletrostatica no eletroscépio e, consequentemente, as folhas também se abririam (ambas, agora, eletrizadas negativamente). Entdo, 0 fato de as folhas se abrirem indica apenas que o objeto Cesta eletri- zado, mas nao nos permite determinar o sinal da carga nele. Para que isso seja possivel, & preciso que o eletroscépio esteja previamente eletrizado com uma carga de sinal conhecido, como veremos a seguit. caPfroLe 1 Canea ELETRIEA nicusa Las, Um eletzoscépio simples € constitufdo por uma pequena esfera leve, suspensa por um fio isolante o® ‘solante wy 2-0: ricuna 1.19, Em [al eletroscépio de folhas, Em [b| eletroscépio feito com um frasco de vidro, uma rolha de borracha, uma barra metdlica e duas finas fo- Ihas metilicas, Ib] 2B i ComENTARIOS, Podemos eletrizar um eletroscapio de duas maneiras: por inducao eletrostatica ou por contato com um objeto eletrizado. 11) Para eletrzaro eletroscdpio por induc, devemos proceder da maneira descrita na seqao 1.3: um abjeto eletrizade é aproximade da esfera, em seguida o eletroscépio éligado a Terra, finalmente, sendo desfeita essa ligacio e afastando o objeto indutor,o eletrascé- pio ficardeletrzado com uma carga de inal contréri 8 desse indutor, 2) Acletrizacao por contato é obtida encostando-se um abjete eletrizado na esfera do ele- troscépio, Por exemplo: seo objeto C da ricuna 1.20.afor encostado na esfera, os el alpresentes serdo transferidos para C, neutralizando parte da carga postiva desse objeto. Como o eletroscépio perde elétrons, ele cara eletrizado positivamente, Afastando-se 0 ‘objeto, verfica-se que a carga positiva, que estava locaizada nas folhas, se cistibui pelo letroscépio. Observe que o eletroscdplo fica eletrizado com carga de sina igual 8 do obje- ‘icuRa 1.20. Quando um objeto ele- ttizado positivamente é encostado ina esfera do eletroscépio, este tam- ‘bém fica eletrizado positivamente. ‘to com oqual entrou em contato, consequentemente, suas folhas apresentam uma cer ta abertura [ricuaa 1.20.3] 3) Vejamos, agora, como podemos usar um eletroscépio carregado com carga de si= nal conhecido para determinar qual éo sinalda carga existente em um objeto ele- trizado. Suponha um eletrosc6pio carregado positivamente, como mostraa Ficu- RA 1.21.4. Se, 20 aproximarmos um objeto C de carga descanhecida da esfera do eletroscépio, observarmos que as folhas (que estavam abertas) se aproximam, dessa forma podemos concluir que a carga do objeto Cé negativa, De fato, sendo negativa a carga deC, elétrons livres da esfera serao repelidos ese deslocardo para a folhas. Esses elétrons neutralizardo parte ca carga positiva al existente e, por 1ss0, oafastamento entre as folhas diminuir[e:cuna 1.21.2). Com racioctnio ans- logo podemos concluir que, se 0 afastamento das folhas for aumentado pela sora 121, f possivel determinar 0 ‘inal da carga de um objeto aproximan- doo de um eletrosespio carregado. aproximacao do objeto C, 0 sinal da carga nesse abjeto serd positivo 113. Suponha que, na figura 1.17, 0 bastio 8 esti- vvesse eletrizado negativamente, a) Facaum desenho em seu caderno mostran- do as cargas que apateceriam nas extremi- dades do objeto Cem virtude da aproxima- ‘0 do bastio eletrizado negativamente. ) Qual extremidade de C seria atraida por & Qual seria repelida? ©) OobjetoC seria atraide para a? Por qua? ) Descteva o que ocorreria com o objeto C pbs tocar obastio 14. Um objeto eletrizado com carga pasitiva & aproximado da bolinha de um péndulo elétrico (eletrasc6pio). a) Sea bolinha for atraida pelo objeto, pode- ‘mos concluir que ela estdeletrizada negati- vamente? VERIFIQUE O QUE APRENDEU b) Sea bolinha for repelida, podemas concluir ‘que ela possui carga positiva? 125. Na figura 1.20.a, suponha que e objeto Cesti= ‘yesse eletrizado negativamente, a) Qual éo sinal da carga que apareceria na ‘esfera do eletrosc6pio? E em suas olhas? b) Asfolhas do eletroscépio se abririam? ©) Descreva a transferéncia de cargas que ‘ocorteria seo objeto Cencostassena esfera ©) Afastando-se a objeto C, qual seriaosinal da ‘carga que ficaria distribulda no eletroscépio? 1216. Um eletroscépio de folhas encantra-se eletri= zade negativamente. Aproximames da esfera esse eletroscépio um bastao eletrizado 8. a) Severifiarmos que as flhas do eletroscé- pio tém sua separagio aumentada, qual sera osinal da carga no bastao 8? Explique. b) Sea carga de 8 fosse positiva, o que ocorre- ria com a separacao entre as folhas do ele~ troscépiot Por qué? UNIDADE 1 CaMPo E POTENCIAL ELETRICO 1.5 Lei de Coulomb MEDIDA DA CARGA ELETRICA Vimos que, quando um objeto esté eletrizado, ele possui um excesso de prétans (carga positiva) ou um excesso de elétrons (carga negativa). Por esse motivo, ovalor da carga de um objeto, qlie vamos representar por Q ou g, pode ser medido pelo ndimero de elétrons que ele perdeu ou ganhou. Entretanto, essa maneira de expressar o valor da carga nao é pratica, pois sabe-se que, em um processo comum de eletrizacao (atri- to, por exemplo), 0 objeto perde ou ganha um ntimero muito elevado de elétrons. Assim, os valores de Q ou q seriam expressos por ntimeros extremamente grandes. Na pratica, procura-se entao usar uma unidade de carga que seja mais apropriada. No Sistema internacional (S1)a unidade de carga elétrica é denominada 1 coulomb = 1.C, em homenagem ao fisico francés Charles Coulomb. Esse cientista, analisando as forcas de interacao entre cargas elétricas, chegou a uma importante lei, que estudaremos nesta secao. Quando dizemos que um objeto possui uma carga de 1 C, modernamente, apés 0 estabelecimento do valor da carga fundamental, entendemos que esse objeto perdeu ou ganhou 6,25 x 10" elétrons, (ricura 1.2], isto & 1 C corresponde a 6,25 x 10" elétrons em excesso (sea carga do objeto for negativa) ou em falta (se a carga do objeto for positiva). Na Eletrostatica, geralmente lidamos com cargas elétricas muito menores do que 1 C. Nesse caso, costume expressar 0s valores das cargas dos objetos eletrizados em mC (AmC = 1070) ouempe (1 uC = 10). SelCtem 6,25 x 10" elétrons, qual é a quantidade de carga de 1 elétron? SEED a ed capfroro 1 Canes ELETRIEA oulamb nasceu em Angouléme, na Fran- fa, © dedicouse as Pesquisas clentificas, tendo inventado a ba langa de Coulomb, cis: positive quetthe permi- ti medir as forcas elétricas com enorme precisio, levando-o a estabelecer a célebre lei que ficou conhecida como"tei de Coulomb” rcunA 3,22, CSleulo da carga clementar do clétron, 25 A Forca ELETRICA £ PROPORCIONAL As CARGAS Consideremos dois objetos eletrizados com cargas Q, e Q,, separados de uma distancia r, como mostra a sicuna 1.23. 2 Q eo. AQ scone un, Foren de ateagio entze duas cargas puntuais, de sinais con- L-—|_ttitios, separadas pela distancia r Vamos supor que 0 tamanho desses objetos eletrizados seja muito pequeno em relacdo a distancia rentre eles. Nessas condicdes, consideramos as dimensdes desses objetos despreziveis e nos referimos.a eles como cargas puntuais. Uma carga puntual é aquela que est distribuida em um objeto cujas dimensées sao despreziveis em comparacao com as demais dimensdes envolvidas no problema. No século XVIII, Coulomb realizou uma série de medidas cuidadosas das forcas entre duas cargas puntuais, utilizando uma balanca de torcao semelhante aquela sada por Cavendish para comprovar a lei de gravitacdo universal (descrita no capi- tulo 6 do volume 1). Por meio dessas medidas, Coulomb chegou a algumas conclu- sdes (validas tanto para forcas de atracao quanto para forcas de repulsdo), que ana~ lisaremos a seguir. iPl iel @ ar 2S é cn Ea é ps FrouRA 2,26, A forga de interagio entre duas cargas puntuais, separadas por uma distancia r, & diretamente proporcional ao produto dessas cargas. Na ricuna 1.23, designamos por £0 médula da forca entre as cargas Q, € Q, Coulomb verificou que, se a carga Q, for duplicada (ou triplicada, quadruplicada, etc.), o valor da forca entre as cargas também duplicara (ou triplicara, quadruplica~ ra, etc.), como esta mostrado na yma 1.24.4. Entdo, ele concluiu que o valor da for- a € proporcional a carga Q,, isto é. — FQ, Como era de esperar, se o valor de Q, nado fosse alterado ¢ 0 valor de Q, fosse du- plicado (ou triplicado, etc), 0 médulo da forga também duplicaria (ou triplicaria, etc.), como esté representado na ricura 1.24.1. Entdo, podemos escrever que tam- bém se tem: FQ, Logo, como F Q, eF «Q,, ven F« Q,0,, ou Seja: A forca de interagao entre duas cargas elétricas puntuais é proporcional ao produto dessas carga: — ‘Assim, supondo, por exemplo, que o valor de Q, fosse duplicado e o de Q, fosse triplicado, o valor da forca entre essas cargas se tornaria 6 vezes maior {ricua 1.24. 26 UNIDADE 1 CaMPo E POTENCIAL ELETRICO A FORGA ELETRICA DEPENDE DA DISTANCIA ENTRE AS CARGAS © fato de que a forca entre objetos eletrizados diminui quando aumentamos a dis- tancia entre eles & conhecido hé muitos séculos e jé nos referimos a ele neste capitulo. Entretanto, o estabelecimento da relacao quantitativa entre a forca F (que uma car- ga puntual exerce sobre outra) e r (distancia entre as cargas) s6 veio a ser feito por Coulomb em suas experiéncias coma balanga de torgao. Ele verificou que + duplicando r— Ftorna-se 4 vezes menor; + triplicando r Ftorna-se 9 vezes menor; + quadruplicando r-> F torna-se 16 vezes menor, etc ‘Assim, Coulomb observou que, quando a distancia r multiplicada por um ndmero, a forca Fentre as cargas fica dividida pelo quadrado desse niimero (ricuna 3.25 4 : ron vas eid inverse fo quaeado ds diana ¢ IF observada nas foras elétri- Qc AatTaGIoerepulss Fa A forsa, F, de atracao ou repulsao entre duas cargas puntuais, é inversamente proporcional ao quadrado da distancia, r, entre elas, isto é 1 Fed r LEI DE COULOMB Como ja vimos que entre a forca Fe as cargas Q, ¢ Q, existe a relacdo: Fx 2,0, e que entre essa mesma forca ea distancia rtem-se a Sabemos que essa relacao podera ser transformada em uma igualdade introduzin- do-se nela uma constante de proporcionalidade adequada. Consideremos, inicialmen- te, as cargas Q, e Q, situadas no vacuo, Nessa situacao, vamos designar por k, a cons- tante de proporcionalidade a ser introduzida na relacao anterior. Teremos, entao, para as cargas no vacuo: Chegamos, assim, & expresséo matematica da lei de Coulomb para o vacuo. O valor da constante k, pode ser obtido experimentalmente. No SI, em que F é medida em newtons, 2, €Q, em coulombs erem metros, o valor de k, & Nem® ae 9,0 x10" capfroLe 1 Canes ELETRIEA 7 INFLUENCIA DO MEIO Suponhamos, agora, que as cargas Q, @ Q, fossem colocadas no interior de um meio material qualquer (agua, dleo, etc.). Verifica-se, nesse caso, que a forca de in- teracao entre elas sofre uma redugao, maior ou menor, dependendo do meio. Esse fator de redugdo denomina-se constante dielétrica do mei , representada por K, A rroura z.26ilustra a rede cristalina do cloreto de sédio; porém, quando o sal é coloca~ do em qua, a forca elétrica entre os fons torna-se muito fraca (80 vezes menor) e, por isso, a rede cristalina se desfaz FrourA 1,26. A intensidade das forgas elétricas res- ponsiveis pela estrutura cristalina em sélidos iéni- os como 0 cloreto de s6dio (NaCl) sofre reducio em presenca de Sgua, Por esse motivo, os sélidos 0s sio facilmente dissociados em Sgua, Represen- tacio sem escala, em cores fantasia. A caneia 1.2 apresenta os valores da constante dielétrica, K, para alguns meios materiais. Observando a tabela, podemos concluir que valor da forga entre duas cargas praticamente nao sealtera quando elas passam do vacuo para o ar. Por outro lado, seelas forem mergulhadas em leo, por exemplo, a forga toma-se 4,6 vezes menor, Deve-se destacar 0 elevado valor da constante dielétrica da agua: se mergulharmos Q, € Q, nesse Iiquido, a for- a de interacao entre elas enfraquece acentuadamente, tornan- do-se 81 vezes menor do que no vacuo Em resumo, podemos entao apresentar a lei de Coulomb do seguinte modo: Ler pe Coueme: Duas cargas puntuais, Q, @ ©,, separadas por uma distancia r, situadas no vicuo, se atraem ou se repelem com uma forca F dada por: QQ Jem que k,, no SI, tem 0 valor: k= 9,0 x 10°N- m/c Se essas cargas forem mergulhadas em um meio material, © valor das {orcas entre elas serd K vezes menor, em que K é a constante dielétrica dese meio. 28 Vator Mare RES DE K PARA ALCUNS MEIOS RIAIS Meio material ‘Constante dielétrica(K) a Benzeno 23 Ambar 27 vide a5 lee 46 wi 3a leern #8 ga a UNIDADE 1 CaMPo E POTENCIAL ELETRICO ExempLo Uma carga puntual positiva, Q, = 0,23 uC, é colocada a uma distdncia outra carga também puntual, negativa, Q, = =0,60 wC [rcona 1.27 3,0cmde F1cuRA.1.27, Para oexemplo da seeio1.s. a) Supondo que Q, € Q, estejam no ar, calcule o valor da forca F, que Q, exerce sobre Q,. Como a forga entre duas cargas elétricas situadas no vcuo ou no ar é praticamente a mesma, o valor de, sera dado por: QQ F, em que se tem, no SI: k,= 9,0 x10" N- mic? 0, =0,23nC=2,3x107C ox1orc 0,60 nc = =3,0cm =3,0x10?m Substituindo esses valores na expressao da lei de Coulomb, obteremos o valor de F, (nao é necessério levar em conta o sinal das cargas, pois, como jé sabemos qual ¢ 0 sentido da forca, desejamos calcular apenas 0 seu médulo). Teremos, entao’ (2,3 x 107 x 6,0 x 1077) f= 9.0% 10x Box 102 F,=138N b) Ovalor da forcaF, que Q, exerce sobre Q, é maior, menor que o valor de, ou igual aeler Pela terceira lei de Newton sabemos que, se Q, atraiQ,, essa carga Q, atrairéacargaQ, com uma forca igual e contréria. Em outras palavras, as forcas Fe F, mostradas na wouaa 1.27 Constituem um par de aco e reacdo e, portanto, seus médulos sao iguais, isto 6, F, = 1.38N ©) Seas cargas Q, ¢ Q, estivessem mergulhadas em benzeno, qual seria o médulo da forga de atracao entre elas? (© médulo da forca de atragao tornar-se-ia, como sabemos, K vezes menor, sendo Ka constante dielétrica do benzeno. Pela rastta 2.2 Verios que, nesse caso, temos k = 2,3. Entao, no interior do benzeno, Q, ¢ Q, se atrairiam com uma forca F cujo médulo seria: caPfroLe 1 Canea ELETRIEA 29 Fisica NO CONTEXTO INTERPRETAGRO MICROSCOPICA DA CONSTANTE DIELETRICA DE UM MEIO ‘Acabamos deer que. forgaelétrica entre duas cargas,colocadasno vacuo, Sofre uma reducio quando essas cargas séo mergulhadas em um meio mate- rial. A constante dielétrica do melo, K, representa 0 fator de reducao da forca ‘Vamos apresentar, aqui, um modelo microscépico que nos permite entender por que se observa essa redugio. Em outras palavras, vamos procurarinterpre- titlaanalisando as alteragSes que ocorrem nos atoms ou moléculas do meio. Tomemos duas placas metalicas, A e8,situadas no vEcuo,carregadaseletr- camente com cargas igus ede sinais contrarios, como mostra a sicuka 1.28 Colocando-se uma carga q entre essas placas, uma forea F, atua sobre ela em FrouRA 1.28. Carga q entre duas placas me- ‘lieas, no vieuo, earregadas eletricamen- {e-com cargas iguais e de sinais contritios. Viewude das cargas nas placas. ‘upondo, agora, que essasplacas seam mergulhadas em um meio dilétrico (como agua, por exer- Plo),j& sabemos que ese deltrcoficarépolarizado, As moléculas desse melo estardo, entéo,orientadas ealinhadas da maneirarepresentada na ricuna 9. £m virtude dessa polaieagio, as superfices do dielé- ‘rico proximas as placas Ae B ficardo eletrizadas, como esta mostrado na FIcuRa 1.30. AS CarGaS QUE “aparecem nas superfcies do dielétrco sio denominadas cargas de polarizagéo. Na ricuna 3.30 pode-se perceber que a carga g colocada entre as placas, icard sob aagio de duas forcas: a forcaF,, devida as cargas nas placasA eB, ea forsa f, de sentido contrario a F,, devida as cargas de polarizacdo. Entdo, a forcaelétrica F que estars atuando sobre a carga q ers a resultan- tedeFeF, Seu médulo sers, evidentemente: 57 F, L090: F resukana —>( orga normal) aa (Geeta) elétrica entre ‘da conformacao angular ddamolécula de Sgua <______— éaorigemfsica > (eres) a ‘tomas dal (qavereors) daatragio entre prétens ‘eelétrons cenparamene formam (gas tigagdes metlica) andmaloetensSo superfcialda $908) 56 unem por das ligagdes inicas (atomes_) FicuRa 2.24, A presenga da forga elétrica no nosso dia a dia, PESQUISE E RESPONDA 2. Faga uma pesquisa na internet para descobrir: + amassa do elétron; + amassa do préton, + oralo do atomo de hidrogéni 2, Calcule a forga de atrasao elétrica entre o proton e oelétronne stomo de ‘ d 3. Calcule a forga de atragdo gravitacional na situagdo anterior. kg cios 2 3 e decida qual deles t@m real importncia para manter unidos 0 préton eo elétron ne tomo de hidrogénio. VEJA NO PROXIMO INTEGRANDO. ‘Atelagio entre o gerador de forcaeletromotrizea pilha de Daniel 33 3 PRATIQUE Fisica ‘Onservacho Antes deiniciaras experéncias seguints, voc deve veriicar 560s ebjetos que vao ser ulizados estao bem limpos esecos. Essa éuma concighonecessivia para que eles seeletrizemeconservern sua carga.Se voc® perceber que isso ndo esta ocorrendo, procure limpar secar os objetos colocando~os préximos de um dispositive aquecido (tenha euidade!), como um forno ou uma limpada acesa. Além disso, em dias Gmidos, para que as experiencas possam dar bons resultados, eas devern ser realzadas no inte- fior de uma cara em que o gra ce umidade seja bastante reduzido, Pode-se conseguir esse ambien- te, proprio para experincias de Eletrostitica, man- ‘endorse uma lampatla ou um secadorligado dur rantealgum tempa no interior da cab. 1. Pegue um pente de pisticoepasse-o algumas vezes em seus cabelos (que devem estar impos secos)Ele se eletrizara, como vocbjé sabe 14) Aproximeo pente de ebjetosleves, como pequenos pedacos de papel ou de isopor. 2) Deixeescorerumfetede agua deumator neiraeaproxime dela o pente eletrizado. Observe e descreva © que acontece em ambososcasos. Tenteexplicaro que acon- tece com as pedagos lves de papel e com 2 Agua. E se utilizassemos pedacos mais pesados de papel, aconteceria 2 mesma coisa? Por qué? 2. usando papekalumini aga uma pequenaes- {era e pranda-a na extremidade de um fio de linha de costura, Suspendenco a outraextre- rmidace desse fie em um suparte isalante (no alto do batente de madeira de uma porta ou melhor ainda, em uma placa de isoper) voce odtém um eletroscdpio simales, que, como saberos, € denominado péndule elétr eletrizando um pence, damaneiradescritana experiéncia anterior, aproxime-o da boliaha do eletroscépio. Observe que a bolinhaé, in almente, atraida pelo peate. Entretanto, apés encostar nele, ela érepelida Respond as sequintes questoes 23) A bolinha estava iniialmente eletrzada? Entdo, porque ela € atraida pelo pente? 0) Porque, apésencostarnopente, abolinhaé repelia po ele? 4. Procure obter um pedaco de plsticoleve, des- ses usados na fabricagdo de saquinhos para embalagem de roupas ou alimentos, Corte das tras desse plistco, cada uma com cerca de cm de largurae 25 cm de comprimento, 19) Att esas tras com um pedaco del ou com suas prépras mos. Suspenda as t+ 133 da maneia mostrada na figura desta experénca observe que eas serepelem, Explique por qu 29) introduc, entre as tras, um pente at tada:os cabelos, Observe o qe ocorree explique 3) Inttodza, agora, entreas tras, um objeto qualquer (80 eletrzado, como uma flha de papel, por exemplc). Explique 0 que voct observa lembrando-se de queo obje- to introuzido entre astra sofreinducio (ou polarizacao). Retire o objeto e veja o cue acontece comastiras. xplque Em diversas situasdes,princpalmente quando ambiente esti bem seo, €possve odserar roupas (de nfilon ou de outros tecidossntéti os) se eltrizarem no contato com determina- co objeto ou emfuncio doatritocomoar- Esse fenémeno émalsfrequente em cidades afasta as do mar, curanteo inverno ou em ambien ces cimatizados Emm quart escur, procure escutaros pecue- 10s estalos e observar as pequenas centelhas ue ocorrem quando trams 3 roupa fia com esses tecidos (sss estalosecentehas ocorrem cuando a carga eltria o ecco salt dupa para noso corp). Orientando-se pela descricao feita na secao1.4e pela figura abaixo, procure construir um eletros- cpio defolhas. Nao seescuesacelimparesecar bem todas pecas que constituem oaparelna Usandooeletroscépio que voc constr, faca as exericias descritas na sec801.4 -—ssferametita lh aramemetitico vidrocuplistio ——‘alnasceatuminio UNIDADE 1 CaMPo E POTENCIAL ELETRICO PROBLEMAS E TESTES 1. Sejam Fe, as forcas de atracso ou repulsio entre duas cargaselétsicas E correto afirmar que os sentides das orcas, eF; 2) serio opostos somente quando as carga tiverem sinals opostos. 1) serdo iguais somente quando as cargas tiverer sinais iguats ©) sero opestos somente quando as carga tiverem sinais iguats 4 serfo iguais somente quando as cargas tiverem sinais opostes. 6) serB0 sempre opostes, quaisquer que sejam os sinais das carga. 2. Considere quatro objetos eletrizados, A, B, Ce D. Verifi case que A repele 8 e atrai C. Por sua vez, C repele D. Sabendo-se que D esta elecrizado positivamente, qual é fo sinal da carga de 8? 3. Tr@s blocos metélicos, A, 8 €C, encontram-se em cantato, apolados sobre uma mesa de material isolante. Dois bas- 1045, P,e,, elettizados positivamente, sao colocados pré- ximos 3s extremigades dos blacos A @ C, come mastra a f- dura abairo. Ae ic isolante Uma pessoa (usando luvas isolantes) separa os blocos en ‘esie, em seguida, afasta os bastoes eletrizades. a) Descreva 0 movimento de elétrons livres nos blocos, causadlo pela aproximacio dos bastdes Pe, ») Diga qual é 0 sinal da carga de cada bloco apés serem separados. 4.2) Usando a lei de Coulomb, determine a unidade em que deve ser expressa a constante k,, 10 SI. b) Para se certificar de que 1 Ccorrespondea uma unidade decarga muito grande, calculeaforca entre duas cargas untuais, de 1 C cada uma, separadas, no ar pela dis- sAncia de 1m, ) Qual seria a massa de um objeto cujo peso fosse igual & {orca calculada em bi (Considere g = 10 mis") capfroLe 1 Canes ELETRIEA 5, Seja Fo médulo da forga entre duas cargas puntuais, sepa- radas de uma distancia r. Entre os gréficos mostrados na figura deste problema, ingique aguele que melhor repre- senta arelagao entre Fer. ar. OF Da ar - Duas cargas elétricas puntuals estio separadas por uma distancia de 4,0 x 10” m e se repelem com uma forca de 27 x 10 N. Suponha que a distancia entre elas tena siéo aumentada para 12 x 10m, a) Quantas vezes tornou-se maior a distancia entre as cargas? b) Aforga entreas cargas aumentou ou diminuiu? Quantas @ Entdo, qual éo novo valor da farea de repulsao entre as cargas? figura deste problema mostra duas cargas puntuais, Q, € 2, ambas positivas e tals que o médulo de Q, & maior do queodeg,, Q a Deseja-se colocar uma carga q também puntual,nareta que passa por Q, € Q,, de tal made que ela fique em equilirio. Paraisso, acarga deve ser colocaca: a) desquerda deo, b) noponto médio entre@, €@,, 9 entre 2, €0, mais préxima de Q,, 4) entre 2, €0, ¢ mais préximadeQ, ©) Adireita deg, - No problema anterior, indiqueaalternativa que seria corre- tase, fosse postivaed, fosse negativa(considere ainda, queomédule deo, émaiordo que ode). 35, (cPS-SP) Um condutoreletrizado positivamente ests isola 0. Ao ser gado & Tera, por meio de um fo condutor, ele se cescarrega emvirtude a subida cas seguintes particulas pro- venients dessa igacéo, a) protons. ) neutrinos, b) neutrons. @) elétrons, ©) quar. 110. (UERGS-RS) Um aluno recebe um bastae de vidro eum pe- aca de seda para realizar uma demonstracao ce eletriza- 80 por atrito. Apés esfregar a seda no bastéo, o aluno constata que a parte atritaga do bastio ficou carregada positivamente, = esse caso, duranteo pracesso de atrto, cargas elétricas: a) posters foramreransteriha a sets PaTeT Taste ) negativas foram transferidas do bastao paraa seda, )_negativas for bastio. @_negatvas foram destrudas no bastao pelo caloegerato pelo atrte ©) positivas foram criadas no bastiopelacalorgerede-peto atrte 211, (Urat) Um estudante dispde de um kit com quatro placas metilicas carregadas eletricamente. Ele observa que. ‘quando aproximadas sem entrar em contato, as placasAe Ce atraem, as placas Ae 8 serepelem, easplacasCeD se repeler. Se a placa D possui carga elétrica negativa, ele concluiqueas placase& sio, respectivamente 2) positiva epostva ») positiva enegativa 0) negativaepostiva egativa enegativa ©) neutraeneutra 112, (OBF) Duas esferas condutoras de alas R, #8, estdo care gadas com cargas Q, €,respectivamente. AD conectélas porum fo condutor fino correo afirmar que a) suas cargas seraoiguais. b) aesfera de menor raio ters maior carga. ©) as cargas nas esferas serdo proporcionais ao inverso de ©) a dferenca de potencial entre as esferas sera nula ©) opotencial é maior na esfera de raio menor. 413. (PUCR) Dois objetos metilicos esféricos idénticos, con tendo cargas elétricas de 1 Ce de SC, s20.colocades em con- tatoe depoisafastados a uma distancia de 3m, Considerar oa constante de Coulomb k= 9 x 10° Nrv/C, podemos dizer que a orca que atua entre as cargas apés 0 contato é a) atrativa e tem médulo 3 x 10°N. ) atrativa etem médulo 8 x 10°N. ©) repulsiva e tem médulo 3 10° W. €) repulsiva etem modulo 9 x 10° N. ©) zero, as. (PUCSP) Considere quatro esferas metslicasidanticas,se- paradas eapoiadas em suportes isolantes. nicalmente as esferas apresentam as seguintes cargas: Q, = 2. Q, = Q/2, Q.=0(neutra)ed, =-2 A Boo o Aistribuigao inicial das caraas entre as esferas Faz-se, entio, a seguinte sequéncia de contatos entre as esferas: |. contato entre asesferasAe BeesferasCeD.Apésosres- Pectivos contatos, as esferas sAo novamente separadas; Ia seguir, faz-se o contato apenas entre as esferas Ce. ‘Apso contato, as esferas S40 novamente separadas; I finalmente, az-se o contato apenas entreas esferas Ae CC.Apés © contato, as esferas sao separadas. Pede-se a carga final na esfera C, apés as sequléncias de contatos descritas 70 -2 a® 02 922 De ) 22 -2 °F (UFLAMG) Duas esferas condutoras descarregadas Iguais 1 ¢ 2 esto em contato entre si e apoiadas numa superficie isolante. Aproxima-se de uma delas um bast3o eletrizado positivamente, sem tocé-la, conforme figura a seguir. Em seguida as esferas sao afastadas eo bastao ele- trizado 6 removido, i i t E correto afirmar que: a) as esferas permanecem descarregadas, pols nao ha transferéncia de cargas entre bastio eesferas. ) aesfera 1, mais proxima do bastao, fica carregada posi- tivamente ea esfera 2 carregada negativamente. ©) asesferas cam eletrizadas com cargas iguais ede sinais opostos. 4) as esferas ficam carregadas com cargas de sinaisiguais fe ambas de sinal negativo, pois o bastdo atrai cargas opostas. 36 UNIDADE 1 CaMPo E POTENCIAL ELETRICO

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