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Coppight © 2009 tas aor Todos os dros dats ego teservadon 4 aicon Conteto (Editor mage despa Waldomir SantAnna, Grae exerende, 208 produzido plo arts espeilmens prs Moncagem de cape diagram ‘Gastao 8, Vis Boas Prparagi de reoe Tilia Asin Tadic pa clog temic |. Leia eerie Educa 370.14 iy Lda) eo sobre el), cops7014 Introd UGB sone 1 Falae escrita saree Gost Be NO Fa Fela eescrita: duas modalidades em um continuum 3 Coracteristicas da linguagem falada e da linguagem escr 2 Marcas de oralidade na escrita.... Questo da referencia Repetigoes 7 2 Uso de organizadores textuais continuadores tipicos da fala: entdo, (dai entdo, ete... 2B Justaposigao de enunciados, sem qualquer marca de conexao explicita.. Discurso direto... Segmentacgo grafica Escrita e interagao..... 3 O que é escrita? Escrita: foco na lingua Escrita: foco no escritor 33 Escrita: foco na interacao. z 34 Escrita e ativagao de conhecimentos...... . ” Conhecimento linguistico. Conhecimento enciclopédico. Conhecimento de textos lingua situadamente 180, 0 dizer e o redizer. Nas palavras de Graciliano Ramos: sma maneita como as lavadeiras ld de Alago- S$ comegam com uma primeira lavada, molham a lagoa ou do riacho, torcem 0 pano, Deve-se escrever da as fazem seu oficio. El roupa suja na beita di ovamente, voltam a torcer, fenxdguam, dio mis uma molhada, agora jog na pedra limpa, € ‘nao pingar do pano uma s6 gota, tudo isso € que elas dependuram a roupa lavada screver devia fazer foi feita para e har como ouro, falso: a palavra foi feita para dizer.” (Rawos, Graciliano, 2008). a com a mao. Batem o pano ni 3 Escrita e praticas comunicativas Géneros textuais: 0 que sao? Para que servem? ico deste capi 10 desenvolvimento Texto 1 sguenteronm | guessea) ae , conforme veremos mais a contato com os textos da vida Forte: © Estado de sPal, 15 fev. 2006 ‘Texto 3 (1992), © pensador russo que deu géneros, Nas tirinhas, notamos que a produgio escrita foi denominada dle ho- F6scopo (texto 1), bilhete (texto 2) ¢ difirio (texto 3). De nossa part, estranh tulacao”, uma vez que essas priticas Visto que as esferas de amd as, também os géneros apresentam grande heterogeneidade, ea 5‘ , Baxi a0 conhecimes ‘ssa competéncia que nos air textualmente nas neros textuais, caracterizacao e funcao. 8 a escolha adequada do distingue os géneros primarios dos secundarios. Enquat Pr ativas de que participamos (didlogo, carta, situagdes de interacao face a face) sao const io, nem cantamos hino do nosso 10] em uma conferéncia académica; nem fazemos prelegdes de bar. ndo-os, apresentam-se fi Géneros textuais em perspectiva atual Recentemente incorporados & agenda de trabalho de muitos pesqui- adores situados no campo da Linguistica Textual, os estuclos sobre os os textuais vem contribuindo significativamente para ampliara com- Preensio do processamento cognitivo do texto (recepcio ¢ produgio). indo da concepcao bakhtiana segundo a qual os géneros sio ‘ciados relativamente estéveis em cuja constituigio entram ele- referentes ao contetido, composigao e estilo, Mancuscit (2002) impossivel pensar em comunicacao a nao ser por meio de (quer orais, quer mente constituidas com pr coneretamente em textos. Por sua vez, Koc (20042) defencle a ideia segundo a qual os indivi. hvolvem uma competéncia metagenérica que lhes possibilita tagir de forma conveniente, na medida em que se envolvem nas di- Praticas sociais. F essa competéncia que orienta, por um lado, a © a compreensio de textos, ¢, por outro lado, a produgao escrita bém oral). Para pensar um pouico mais sobre essa questio, vamos TO texto a seguir: os), enter os como priiticas pésito comunicacional configuradas Gora que rata Gara que sho LA No rowao P (Goren que esac Gore que xio Gora Que sos No rcapio j Gora ue coe Gora Que rasa Ge Gorn ue ence Gots que io Gorn que ras. 4 QUE VA omar Campos Ynes Es, 6 anes Escola Peri Regr, wura, nao temos dificuldade alguma de re- wn 6 ma de es: m poema, ndo 56 por sua for + get etl e fungi, Do ponto de vista da que © texto ao como também por seu aducao do poema? . Baers. Para responder a essa questo, respaldamo-nos em Baxs Ia ou de escrita sempre exige do 2), para quem 4 atividade de fala 0 ° oie pecttos “uma forma padre relativamente estvel eae de wn todo, que constitu neo repertrio dos snes turagio de . discurso orais (e escritos)”. Ainda segundo 0 autor, eae ‘0s géneros com seguranga € destreza, mas podem anon ti existencia tegrica”. Em outras palavras, aprendemos ceed mold nbém a nossa fala) “as formas precisas de ge as vezes mais maledveis, mais sm nossas priticas comunicativas usamos almente as vezes padronizados € estereotipados, plisticos e mais criativos’, poi uurso € se nao os domindssemos, se z no proceso da fala, se tiv primeira ve% tivessemos de 1s de construir eros textuais: composicao, conteudo e estilo mm genero pode, pois, ser assim caracterizado: consciéncia disso, Assim sendo, subjazem as nossas atividades de proctucio escr les pressupostos forma de composici por exemplo, no género base em “modelos” construidos so= modo geral, nao temos dific postal Post CARD A nAed Amie, gotOs Qu Em UM Muyos ve wiwe LABS EM Tobe os UT DOS. ME SUN Te Reawe. NA Com “CANTA GwAuDERS FER Com TATA Oho, 1s € do linguisticamente, portanto, en nter-relacionada 8 sua Fonte: esta Duty Woe. 2 dimentos de organizacao e acabamento sobressaem em sua cor verbal, bem como de moc inf composi tetido tematico e pelo estilo, generos distinguem-se pelo con- © contetido tematico diz respeito em destaque € o estilo esta wvras de Baximy (1992), o estilo > tema esperado no tipo de pro- nculado ao tema € contetido. Nas elmente vinculado a verbal (relagio com 0 ouvinte, ou n 0 discurso do outro, etc.) Na pritica, isso significa dizer que, exemplo, em termos de conte Se tratamos do género contrato, por do de ckai a que o i _[am explorarmos mais um pouco os element tetido temtico ¢ estilo) que entram na cons vamos ler a tirinha a seguir os (composigio, cor ha, @ personagem dos Namorados para 5 em Calvin esté escrevendo um cartio de Dia ‘mode Produgio de cartio que temos (no caso, de Dia dos es gis Dis dos Namorados) nos dliz.que essa produgao deve conter aczio de amor, em mensagem breve ¢ estilo intimo, informal , passa por Nossit Jos Namorados cujo contetido, ao invés de amor, seja \cdo de édio. Como vemos, 0 autor da tirinha, no ilimo o, rompe com 0 esperado e, ao fazé-lo, reforca “o modelo" que 108 socialmente sobre a tematizaco que orienta a producao de Je Dia dos Namorados. dtc, o conjun- to dos participantes ¢ a vontade enunciativa ou intengio do locutor. De acordo com Scunevwny (1994), os géneros podem ser considera- \ ferramentas, na medida em que um sujeito ~ 0 enunciador ~ age usivamente numa situagio definida — a acio ~ por uma série de ‘metros, com a ajuda de um instrumento semidtico ~ 0 género. A cscolha do género se dé sempre em fungio dos pardimetros da situagao \e guiam a aco e estabelecem a relacio meio-fim, que € a estrutura Inisica de toda atividade me Dominar um género consis rprio dominio da situagio comu- va, dominio esse que se pode dar por meio do ensino das aptidbes exigidas para a produgao de um género determinado. O ensino dos gi heros seria, pois, uma forma concreta de dar poder de atuacao aos edu- cadores e, por decorréncia, aos seus educandos. Isso porque a maestria textual requer~ muito mais que os outros tipos de maestria ~ a intervencio ativa de formadores e o desenvolvimento de uma didatica especifica. ‘Ao comunicar-se socialmente, o produtor escolhe no intertexto o g@- nero que Ihe parece adequado, O intertexto & constituido pelo Conjunto de géneros de texto elaborados por geracdes anteriores € que podem ser utilizados em cada situacdo especifica, com eventuais transformagoes. Seria uma espécie de “reservatério de modelos textuais” portadores de lores de uso determinados em uma certa formagio social. Acescolha do género deverd, portanto, levar em conta, em cada caso, 08 objetivos visados, 0 lugar social € os papéis dos participantes. Alem disso, o agente deverd adaptar “o modelo” do género a seus valores particulares, adotando um estilo proprio, ou mesmo contribuindo para a constante transformagio dos modelos. Pensar em praticas relativamente fica contemplar nessa definicao um espago para a instabili- ile, que pode ocorrer em se tratando: + ch auséncia de uma das categorias previstas na composigio do texto (pensemos, por exemplo, que, a0 produzir uma carta, geralmente © fazemos em termos de cabecalho, saudagio inicial, mensagem, lagio final ¢ assinatura). No entanto, as vezes, € produzida carta sem assinatura, passando a ser considerada “carta anénima”, mas, ainda assim, uma carta; + da imertextualidade entre géneros que ocorre quando aquele que escreve produz um género em formato de outro, mantendo, con- tudo, a fungao do texto-base, conforme abordado no capitulo 5, Scinveuwty & Dotz (5/d) desenvolvem a ideia de que o género € 0 meio de articulagao entre as priticas sociais € os objetos escolares, particu- mente no que diz respeito ao ensino da producio e compreensio de textos, escritos ou orais. Uma agio de linguagem consiste em produzir, compreender, interpretar €/ou memorizar um conjunto organizado de 8 s de linguagem podem ser relacionadas, no ensino, por meio dos géneros — vistos como formas relativ madas pelos enunciados em situagdes habin intermediarias que permite estabilizar os elen das priticas de linguagem. Os géneros ligados a cada uma dessas prit cas sao um termo de referéncia intermediario para a aprendizagem, uma “megaferramenta” que fornece um suport para a Je nas situagdes le comunicacao e constitui uma referéncia para os aprendizes. Sequéncias textuais De acordo com as postu ‘Apa (2008), Scunev fendem que todo texto € formado de sequéncias, esquen ny & Dotz de- 5 linguistics wreeuone 63 ispontveis ~ descritiva, narrativa, injunti va, rentativa, dialogal — a que The parecer mais adequada, tendo em \ 08 parimetros da situacao. A par da famil 10 com 05 géneros, € possivel levar o aluno a preender, entre determinadas sequéncias ou tipos text sctitivas, expositivas, etc. — um conjunto de caracteristicas comuns, ni termos de estruturacao, selecao lexical, uso de tempos verbais, ad- (de tempo, lugar, modo, etc.) € outros elementos déiticos, que item reconhecé-las como pertencentes & determinada classe. Segundo Beaucanpe & Daesstex (1981), € pela comparacao dos tex- SS a que se acham expostos os falantes no meio em que vivem, € pela subsequente representacio na memsria de tais caracter modelos mentais tipolégicos especificos, a que Van Dux 1983) denomina superestruturas, os quais vao Ihes permitir construir © reconhecer as sequéncias dos diversos tipos. As superestruturas mais requentemente estudadas sao a narrativa, a descritiva, a injuntiva, a expositiva ¢ a argumentativa (siricto sensu). ‘As sequéncias narrativas apresentam uma sucessdo temporal/causal de eventos, ou seja, ha sempre um antes ¢ um depois, uma situago inicial © uma situacio final, entre as quais ocorre algum tipo de modificagao de um estado de coisas. Ha predominancia dos verbos de aga rado (Wanner, 1964), bem como de adverbiais temporais, causais e, também, locativos. f frequente a presenga do discurso relatado (direto, indireto € indireto livre). Predominam nos relatos de qualquer espécie, em noticias, romances, contos, ete. Como exemplificagao, apresentamos os dois textos a seguir = narrat tempos do mundo nar- no presente, de um relato. Predominam 3 exemplo € 0 texto a seguir: ‘ui I i i! InscrigSes abertas Texto 2 © Al mameracla Lolal,” ho rem porte ole vile, a mullin total oleue eg ee oe a ce sala cle x Me gle re e Ae oh oe ive & homem. 7 pe eee ee eee Texto 1 (taccammarger bare. Porgmc de plantas, mnite contal nf Aste cota pay exe poi Ps poe ser mir, dependon quan de confitos part distibuir ou injustica: para administra entre 0s muito Pobtes pelos omic mas aelte deses times sa ee sve pln que os aos Mews gecuss cm at ponte sa ram de antemao os mara a SER istas mais antiges © conservadores; le- faz tempo que € assim, meio imoral, moderno que o vel : uma tropa. de honestas ou. duvidosas, di let me ns tp ec th ete. Nao. pei dar conden acs slides tas toda mat de win moo que 0 fonts mitre eg com um Rokexem eu pulses crlaues top

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