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\ Nature and Conservation 0 Mala Ago 2019-v.12-n.2 susthnaz Percep¢Go da arborizagao urbana pelos moradores de duas zonas do municipio de Santarém (PA) plntioemersede treres ro arbcrs ute, Ocrexineradearderado des dees vouavirin problemen eshte ected da edo de programas de eucaroambintal que sino taro ble e mal planaamart em ela a aroreg3o aera chav: Stra usans; Pcl ables eucare rbena An analysis of the intensity of capital market rationality in intraday “rs platings understood the larg and manaperant of ass nthe urban envronmert The dared owt fies has ldo vaious robles and oes frety appears a abe aterntve tos redatin, binging several benets tote psa and ntl Neth ofthe poplin. This work was onsite in Satan (Aas abject to ana he porception of he population of the Nor Zone ar South Zane, conducting 260 tens. Me (he seer of Stren ae sort al cute, nh mango a bare, 2d there We ato rapurted for ew slings hate wa 3 Peed 10 cass ends: Ua forestry: vzormera payne iormerta eduction. “Topic: Planejamento, GestBo Publica e Pliicas Ambientals Received: 09/06/2019, pprovec: 11/08/2019 Reviewed anonymously in the proces of bling pee. Fablsson Renan Nunes Alves Renata Sousa Tendrio® Jones Lucas dos Santos © ‘Unters rede do Gest do Pa, Bast ernest ra Arann (hersiada dara do Ot oP, ‘Sitsonmnestmatcan : rear ont toca x nds /26rse2ta6ts22 ‘Maina ails Cardoso de Aino ‘mnabtnara@outiekcom n/a arefanD 00-2876 Unvensse reser oo se core ra ce mn tn/fatescoone/aleaeenzassisat ton ome ds Neves va stesacudosotgnacont aver Octet ‘anda Pou de One Fuers ates ran bases GR nnersiage Fedora co Gest Pr Atay fn ests © faneteneanecog@mnalcon et tents none 2871020511510 sracimay da tvs oreo © ‘Standetgueraghornsicom ered a 002 8995 98 Unversente acral rae imazén, ‘savannas shot om ‘iaes oon hu hasrsvesszea fatissonses@enalcon . Referencing this: AIVES, FR. AQUINO, MG. Gi: MAESTRL ML Pa TENORIO, RS SILVA.1.J. Ni CARNEIRO, FS SANTOS, JL: FIGUEIRA E. P.O. Percepso da arborizagio urbane pelos moraderes de duas zones do ‘municipio de Sancarém (PA). Nature and Conservation, v.22, 12, 6076, 2019. DOL: htp//co.og/10.5008/C8PC2318- 283, 2019.001.0007 oI: 10.6008 /C8PC2318-2881.2019.002.0007 e209 *companhia Brasileira de Producto Cientifica llrightsreserved. Percept do arborzaso urbana pelos moradors de duas zonas do municipio de Santarém (PA) 'ALVES, FR. Ns AQUINO, ML GC; MAESTR, M..; TENORIO. RS SILVA, JN; CARNEIRO, ; SANTOS. JL FIGUEIRA,E..O intropucao O surgimento e rdpido crescimento das cidades se tornaram um novo desafio ao ser humano, pois 05 problemas que antes estavam restritos as alteracGes feitas pelo ser humano ao meio rural, agora, também, aparecem no préprio espago antrépico (MAZZETO, 2010). Sao exemplos: a poluigao sonora, do ar e dos recursos hidricos, impermeabilidade do solo urbano, construcdes irregulares, retirada de vegetacio remanescente com recorrentes crimes contra 0 ordenamento e meio ambiente urbano causando, dessa forma, sérios prejuizos & satide fisica e mental da populacao (COSTA ET AL., 2011) Como estratégia para amenizar esses impactos temos na arborizaco urbana, sendo a implantagao € ‘9 manejo de drvores no meio urbano, uma solucio para melhorar os aspectos ecoldgicos, estéticos, fisicos e bioldgicos que influenciam na qualidade de vida da populacio dentro das cidades (CEMIG, 2011). Se adequadamente planejada, promove beneficios como fixacdo de pequenas particulas sblidas em suspensio @ gases téxicos, manutencao da temperatura e microclima, facilita a infiltragdo da égua no solo, fltragem de ‘éguas pluviais e absorcio de grande parte da poluico sonora, além da producao de flores e frutos de cores, sabores e odores variados (PINHEIRO et al., 2017). Além dos beneficios supracitados, a beleza estética promovida pelas érvores quebra a monotonia da cidade, proporcionando uma sensacdo de prazer e bem- estar psicolégico, possibilitando a socializagao dos moradores em dreas verdes urbanas (CEMIG, 2011) No artigo 225 da constituigdo federal de 1989, além do cardter difuso e sustentével do meio ambiente é abordada a obrigatoriedade da educacao e conscientizacao ambiental, em todos os niveis € modalidades de ensino e, no art. 182, a obrigatoriedade do Plano Diretor Urbano para cidades com mais de 20 mil habitantes. A partir disto, o Estatuto da Cidade, Lei 10.257 de 2001, estabelece normas de ordem publica e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana, de forma a possiblitar a diversidade de Usos do solo urbano em pro! do bem coletivo, da seguranca e do bem-estar dos cidadios, bem como do equillbrio ambiental através de instrumentos como 0 plano diretor, 0 parcelamento do uso e ocupacdo do solo € 0 zoneamento ambiental No Cédigo Florestal, Lei n? 12.651/2012, atualizado pela Lei Federal n? 12.727, no art. 01, inciso IV, determina que é de responsabilidade comum da Unido, Estados e Municipios, juntamente com a sociedade civil, a criago de politicas para a preservacdo e restaurago da vegetacdo nativa e suas fungdes ecoldgicas € sociais nas areas urbanas. No art. 03, utiliza-se do zoneamento urbano, com o intuito de criar areas verdes urbanas destinadas aos propésitos de recreacSo, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, protecio dos recursos hidricos, manuten¢o ou methoria paisagistica, protecdo de bens e manifestagdes culturais que devem estar previstas no Plano Diretor Municipal. Assim como, de acordo com o art. 25 da lei supracitada, exigir dreas verdes nos loteamentos, empreendimentos comerciais e na implantago de infraestrutura das cidades. Contudo, seguindo os programas governamentais da década de 70 para ocupacdo da Amazénia, 0 estabelecimento do municipio de Santarém, se deu de maneira desordenada, com um grande fluxo de pessoas do meio rural para o meio urbano, resultando em ocupacdes desordenadas com fortes tendéncias a Nature and Conservation Page [6 widen? * Maa Ago 2010 Percepiio do arborzaso urbana pelos moradores de duas zonas do municiplo de Santaém (PA) 'ALVES, FR. Ns AQUINO, ML GC; MAESTR, MP. TENORIO, RS SILVA, JN; CARNEIRO, ES; SANTOS. JL: FIGUEIRA,E..O periferizacao e/ou ilegais (CARDOSO et al., 2017). Nesse processo, diversas dreas de interesse ambiental acabaram inseridas dentro da melha urbana, provocando insustentabilidade socicambiental e levanto a problemas como recorrentes enchentes, erostio nas margens dos rios e desequilibrios ecolégicos (CARDOSO et al., 2017). Este modelo de desenvolvimento é visto em praticamente todo territério do pais, com os loteamentos ndo obedecendo a Lei Federal 6.766/79, que dispde sobre o parcelamento do solo urbano e estruturas bésicas que as zonas habitacionais deveriam contemplar (MAIA, 2010). A percepcao ambiental, deste modo, é uma ferramenta importante para entender a ideia que um individuo tem sobre 0 seu meio ambiente € 0 valor que nele deposita, auxiliando na compreensio que a sociedade tem do seu espaco e, dessa maneira, exercendo extrema importancia para o planejamento da arborizago (COSTA et al., 2011; SILVA et al., 2014). Esse método de avaliaciio tem recebido grande destaque e aceitagao nos ultimos anos, definida como a forma que os individuos veer, compreendem e se relacionam com o ambiente, é uma técnica que associa a psicologia com a sociologia ¢ a ecologia, mostrando as expectativas, satisfagdes e insatisfacdes da sociedade com 0 meio na qual se encontram inseridos (OLIVEIRA, 2005). Perante 0 exposto, o presente trabalho teve como objetivo analisar a percep¢o dos moradores de uma drea mais antiga e estabelecida (Zona Norte) ¢ de uma das mais novas e em formagio (Zona Sul) do municipio de Santarém (PA). REVISAO TEORICA O conceito de ambiente ¢ entendido como toda paisagem que envolve algo ou um ser, fazendo referéncia tanto ao meio fisico, quanto ao social e cultural (DULLEY, 2004). 0 ser humano interage com este meio através dos processos cognitivos que se desenvolvem junto a ele, se tornando mais complexos agucados a medida em que crescemos, sendo construidos a partir da interagdo dos sentidos: audido, tato, vis8o, olfato paladar, aliados as capacidades motoras ¢ a linguagem (MOKOSKY, 2019). Logo, prestar atengdo nos aspectos deste ambiente significa dar-thes foco em algumas caracteristicas, enquanto se ignora, 3s vezes involuntariamente, vérias outras que est#io ao entorno, funcionando como um filtro, onde alguns campos ganham espaco em detrimento de outros (ENDO et al., 2017) Os sentidos humanos a todo momento so alvos de diversas informagies. Assim, essa seletividade norado raramente nao est exercendo sua de foco surge como algo natural. Porém, o meio que esta send influéncia sobre nés; inconscientemente, todos os objetos do local onde estamos inseridos acabam tendo certa importincia no nosso comportamento (ENDO et al., 2017). Todo esse conjunto de informacées que chegam ao cérebro so chamadas de percepedo, elas determinam nosso juizo de valor e moldam a nossa forma de agir sob o meio ambiente (VERDUGO, 2001). A percepcio ambiental tem como objetivo 0 estudo do ser humano em seu contexto, buscando entender as interrelagdes entre as pessoas e o ambiente fisico-social em que esto inseridas (MOSER, 1998), ¢ é importante frisar que muito do que nés somos, independentemente de fatores genéticos, é resultado do contato que temos com o meio em que vivemos € das pessoas com as quais nos relacionamos durante toda Nature and Conservation Page 6 widen? * Maa Ago 2010 Percept do arborzaso urbana pelos moradors de duas zonas do municipio de Santarém (PA) 'ALVES, FR. Ns AQUINO, ML GC; MAESTR, M..; TENORIO. RS SILVA, JN; CARNEIRO, ; SANTOS. JL FIGUEIRA,E..O avida. Sendo assim, o meio exerce grande importéncia nas atitudes dos individuos, podendo despertar neles sensacBes construtivas ou destrutivas, intrinsecas ou extrinsecas ao ser humano (SILVA et al., 2017). Logo, esta metodologia deve ser utilizada de forma a identificar os aspectos positivos e negativos da visio do homem em relagio a natureza e como ela exerce efeito sobre seu comportamento: um ambiente sujo, por exemplo, tem a capacidade de estimular alguém a descartar lixo sobre ele; um ambiente limpo tornaré mais dificil que isso aconteca (MOSER, 1998; TORRES et al., 2008). Tendo isso em vista, mesmo que nem todas as influéncias do meio ambiente sejam percebidas, elas so constates e tém grande impacto em 1nossas atitudes, Deste modo, a percepgo se tornou uma ferramenta tdo importante, que leis que visam sua execugdo jé foram criadas, como a Lei 9.795/1999, que institui a Politica Nacional de Educa¢o Ambiental e © Decreto 4.281/2002, que a regulamenta, levando maior qualidade de vida @ populago envolvide, minimizando riscos e trazendo manutenco da biodiversidade e medidas de educacao ambiental (CUNHA et al., 2009; OLIVEIRA et al., 2007). Portanto, a visdo geral da percepcio aborda questées sobre o comportamento humano, resultante de um processo perceptivo onde o ambiente tem um alto grau de importancia, levando os estudos nesta rea 2 se tornarem relevantes para a adogdo de medidas que visam propiciar medidas ambientais que influenciem positivamente na qualidade de vida humana (TORRES et al., 2008). Contudo, pelo cardter difuso do meio ambiente, no apenas a comunidade deve estar inserida nesses estudos, sendo necessério a sensibilizagdo de gestores, administradores e tomadores de decisdo em geral para maior atenc3o com os problemas ambientals e a interpretaco da populacgo sobre eles (MENDES, 2010), METODOLOGIA Area de estudo O estudo foi realizado na cidade de Santarém, localizada no oeste do estado do Pard, na mesorregiio do Baixo Amazonas, for do Rio Tapajés, coordenadas 2° 26" 22” S e 54° 4155” 0. Segundo o IBGE, em 2018, a populacdo estimada era de 302 mil habitantes e area de 17.898km? onde cerca de 73% estavam localizados na rea urbana, € © mais populoso municipio do baixo amazonas e terceiro mais populoso do Paré, sendo considerada a cidade mais importante do oeste do estado. O clima da cidade, segundo a classificagao de Koppen, enquadra-se no tipo Am, consistindo em equatorial imido com uma estacio seca bem definida outra com elevados indices pluviométricos. A temperatura média anual fica entre 25 e 28°C (ANDRADE et al, 2013). Accidade ¢ destaque mundi por suas belezas naturais, uma de suas praias foi eleita como a mais bonita do Brasil em 2009 pelo jornal inglés The Guardian. Porém, com presenca de inimeros loteamentos clandestinos, a expansdo urbana e comercial ameaga essa exuberdncia natural. Recentes empreendimentos tém colocado em isco vérias dreas da cidade, como o Lago do Jud, assoreado pela realizagio de Nature and Conservation Page [6 widen? * Maa Ago 2010 Percept da arborzasto urbana pols moradors de ducs zona do municipo de Santarém (PA) 'ALVES, FR. Ns AQUINO, ML GC; MAESTR, MP. TENORIO, RS SILVA, JN; CARNEIRO, ES; SANTOS. JL: FIGUEIRA,E..O empreendimentos urbanos, ¢ 0 Lago do Maicé, localizado na Zona Leste da cidade, que est sendo aterrado para construgo de uma zona portuéria. Nestas areas, as moradias tendem a ser precarias e ha alta incidéncia de violéncia, mostrando tendéncias de segregacao social, em contradicao com a area mals antiga da cidade, mais equipada e como maior atengdo do poder puiblico (OLIVEIRA, 2008; GOMES et al., 2017). Recentemente, para melhoria do planejamento urbano, a cidade foi dividida em cinco zonas, sendo elas: norte, sul, leste, oeste e central (figura a. Figura 1: Mapa mostrando a localizagao de Santarém, sua malha urbana e suas zonas. A Zona Norte foi a primeira drea da cidade a ser urbanizada, composta de 12 bairros: Aldeia, Aparecida, Santissimo, Prainha, Santa Clara, Centro, Fatima, Caranazal, Laguinho, Liberdade, Salé, Mapiri. ‘Tem drea de 11,13km? e uma populagao de 56.600 habitantes (I8GE, 2010). Nela localizam-se a Orla, o Museu e Teatro Municipais, a Catedral de Nossa Senhora da Conceicdo e 19 das 55 pracas presentes no municipio. Neste local também residem diversas construcdes historicas da época da fundaco da cidade, além de seu principal centro comercial, caracterizado por um alto numero de lojas e ruas estreitas pouco arborizadas. Exceto nas avenidas Mendonca Furtado, Marechal Rondon e Presidente Vargas, nos perimetros dos bairros Santa Clara e Aparecida, que apresentam um nimero de érvores bastante superior em relago aos outros locais da zona, fruto de movimentos populares e estudantis da década de 90 que arborizaram esas localidades. Como resultado de uma ocupacdo mais antiga, onde ndo se tinha aten¢do com a qualidade ambiental, esta zona acabou por apresentar uma arboriza¢ao mé distribuida e precéria em alguns pontos, onde, hoje, 0 recobrimento do solo por asfalto e calgamento dificulta novos plantios (Figura 2) A Figura 2: Mapa mostrando a Zona Norte da Cidade de Santarém, ‘Nature and Conservation Page [et widen? * Maa Ago 2010 Percept da erborzasto urbana polos moradores de ducs zonas do municipo de Santarém (PA) 'ALVES, FR. Ns AQUINO, ML GC; MAESTR, M..; TENORIO. RS SILVA, JN; CARNEIRO, ; SANTOS. JL FIGUEIRA,E..O Na Zona Sul, os bairros surgiram a partir do crescimento da cidade as margens da rodovia Curué-Una e Santarém-Cuiab’, como consequéncia dos programas do governo federal para ocupar 2 AmazOnia (OLIVEIRA, 2008). £ composta de 9 bairros: Mararti, Vigia, Santo André, Sao Francisco, Nova Reptiblica, Vitéria Régia, Ipanema, Cambuquira e Matinha. Sua area é de 23,77km? e sua populacdo de 28.360 (IBGE, 2010), apenas 04 das 55 pracas da cidade estdo localizadas na presente drea de estudo, uma delas atualmente em construcdo, chamada Pista do Lazer. A Zona Sul ainda apresenta fragmentos florestais remanescentes, cursos d'égua e lugares de relevante interesse turistico e ecol6gico, como 0 Zool6gico UNAMA, a Serra da Matinha, nascentes de cursos d'agua, cachoeiras e outras paisagens onde sdo realizadas trilhas e outras atividades ecoturisticas. Sendo que esta drea possui menor quantidade de vias pavimentadas, quando comparada @ Zona Norte ¢ Central da cidade. Um fendmeno que pode ser notado, é a criagdo de outro centro comercial nessa zona, localizado no bairro da Nova Republica, para atender a necessidade da populacio préxima e evitar o deslocamento até 2 Zona Norte. Presentes na rea, situam-se setores industriais como olarias, carvoarias, serrarias, minas de extragdo de argila e de areia, resultando em conflitos entre o desenvolvimento econémico ¢ a qualidade do meio ambiente fisico e ambiental (figura 3). Figura 3: Mapa mostrando a localizacio da Zona Sulde Santarém. Coleta e andlise de dados Foram executadas entrevistas a partir de um questionério estruturado, contendo 18 perguntas, onde estavam presentes quest6es objetivas e subjetivas, A primeira parte se tratava de 04 questées sobre o perfil socioeconémico do entrevistado, com perguntas sobre seu bairro, género, idade e escolaridade. A segunda parte era composta por 14 interrogativas relacionadas a percep¢ao da arboriza¢ao urbana (tabela 1). Tabela 1: Perguntas relacionadas a percepcao da arborizagao realizada aos moradores das Zonas Norte e Sul da cidade de Santarém (PA). Perguntas Realzadas aos Moradores 5 ‘Qual msir vantagem da arborizario ara word? é {Goal maior desvantagem de arbricacso urbaa pora vee? 7 Tio Se a-Si, vaeE costa oar problemas de confit ene aarboreacao ea Maerua wana? 2 | eve anos feco2 ou econémienerelasanasor a Svores nace? 3 Reconhece as espécies de drvoresexstentes pa perimetrourbano? 20 oct & contra ou fevor da utlizaco de espécies extias na arbor zacHo no nosso muricbio? FT (Qual a espéce que mas simolza sua zona? ‘Nature and Conservation Page 16 widen? * Maa Ago 2010 Percepiio do arborzaso urbana pelos moradores de duas zonas do municiplo de Santaém (PA) 'ALVES, FR. Ns AQUINO, ML GC; MAESTR, MP. TENORIO, RS SILVA, JN; CARNEIRO, ES; SANTOS. JL: FIGUEIRA,E..O Sigastae de uma apd para panto? Como voc classficria a arborzagao de sua 20na € Gade? ‘al 102 da eid voc? considera como sendo a mas arborzada? Vec¥ ata que sua regio recebe siencio sufciente do poder public em rlarseaaiboriacao? 1 partcipu de algum programa de EducacSo Ambiental? ‘oe ealabora na arbriagso dasa tua? Namero da Pergunta, No total, foram realizadas 260 entrevistas, divididas entre 21 bairros, sendo 129 questionérios na Zona Norte e 131 na Zona Sul, preferencialmente aplicados em ruas pavimentadas. Buscou-se analisar como © entrevistado se sentia inserido na drea em que reside e posteriormente, quando necessario, fazer uma ‘comparacio com outras zonas € a cidade como um todo. As coletas foram realizadas no més de abril de 2019, por meio de abordagens ¢ visitas a resid€ncias, Os requisitos para participar das entrevistas foram: ter idade minima de 18 anos e ser residente da area em estudo. Os dados foram tabulados, processados e analisados pelo Microsoft Excel 2019. Para a discussao do trabalho, as perguntas foram organizadas em tépicos, por critério de semelhanca, para que 0 entendimento fosse facilitado, RESULTADOS E DISCUSSAO Perfil da populacao estudada ‘A maioria dos entrevistados respondeu possuir idade entre 20 ¢ 40 anos, com género mais presente nna Zona Norte sendo o masculino (66%) e na Zona Sul o feminino (51%) (figura 4). A parte Norte da cidade apresentou um niimero mais alto de respondentes (27%) com ensino superior que a outra drea estudada (21%), a Zona Sul foi a Unica que apresentou entrevistados com ensino fundamental incompleto (12%), 0 que refletiu diretamente na renda, sendo a da Zona Norte 11% maior. 0 estudo do IBGE (2013), sobre aglomerados subnormais, j4 havia notado essa diferenca socioespacial de renda e escolaridade, mostrando que as éreas mais afastadas do centro urbano costumam possuir indicadores mais baixos quando comparadas a sitios mais urbanizados. Nesses locals, a importancia do Estado é ainda maior, exercendo a funco de criar politicas publicas para a melhoria da qualidade de vida dos moradores. ‘u Feminine = Masculine 40 30 20 old cuths. «20 20- 30- 40- 250 <20 20- 30- 40- >50 30 40 50 30 40 50 ENTREVISTA zona Norte zona Sul 1DAD Figura 2: Distribulgio dos entrevistados por Idade e género. ‘Quanto as vantagens, desvantagens, prejuizos e conflitos da arborizacao A arborizagdo traz diversas vantagens, como sombreamento e conforto térmico para a populacao, porém quando implementada de modo inadequada, as érvores do meio urbano podem levar a alguns Nature and Conservation Page 66 widen? * Maa Ago 2010 Percepeio da erborzacto urbana polos m ALVES, FR. Mz AQUINO, MEG Cz MAESTR, 125 do manila de Santarémy (PA) TENORIO, RS; SILVA JN; CARNEIRO, F. SANTOS, JL; FISUEIRA .P problemas ¢ conflitos com a infraestrutura urbana (CEMIG, 2011). Na Zona Norte, 100% dos entrevistados indicaram observar vantagens advindas da arboriza¢o no meio urbano. Na segunda Zona, essa taxa foi de 96%. Quando perguntados sobre qual seria o maior beneficio (figura 5), fol observado que seria 2 sombra nna Zona Norte (55%), seguido por conforto térmico (25%), melhoria na qualidade do ar (13%), beleza estética (5%) e fornecimento de frutos (296). Na Zona Sul, os beneficios listados foram praticamente os mesmos da rea acima citada; apresentando valores de 51%, 34%, 9%, 1% e 1%, respectivamente. Contudo, parcela minoritéria de 4% n&o indicou beneficio nenhuma proporcionado pela arborizacao urbana. Contorte Térmico ‘qualidade do ar Beleza Esética Frutos Nenhum x o 20 40 60 ENTREVISTADO Figura 5: Beneficios fornecidas pela arborizagao urbana. IE Norte msul VANTAGE, © sombreamento (figura 6) e, consequentemente, 0 conforto térmico so geralmente vistos pela opulacdo das cidades como as maiores vantagens da arborizagao. Na cidade de Macapé (AP), Castro e Dias (2013), obtiveram sombreamento (42%), seguido de conforto térmico (17%) e produgo de frutos (17%) como os maiores beneficios da vegetagio urbana observados pelos moradores da cidade, entretanto, parte da populacgo estudada informou no perceber beneficios proporcionados pelas drvores da cidade (15%). Porém, no trabalho de Pizziolo et al. (2014), que analisou a percepcaio da arborizagéio dos moradores de Ubé (MG), foi observado um valor baixo de respondentes que afirmaram néo enxergar beneficios da silvicultura urbana (4%), denotando boa conscientiza¢do e aprego da populacdo em relacdo a suas érvores. Figura 6: Sombreamento fornecido pela arborizaco, Santarém (PA). As respostas negativas na Zona Sul podem ter uma conexao com a ideia de que a vegetacaio age como uma barreira para 0 desenvolvimento econdmico, visto as atividades industriais, como a mineracao de areia, arenito € seixo, que ocorrem no local e demandam éreas relativamente grandes onde deve ser feita a supressdo da vegetacdo (BENTO et al., 2014). Nature and Conservation Page 67 widen? * Maa Ago 2010 Percept da arborzasto urbana pols moradors de ducs zona do municipo de Santarém (PA) 'ALVES, FR. Ns AQUINO, ML GC; MAESTR, MP. TENORIO, RS SILVA, JN; CARNEIRO, ES; SANTOS. JL: FIGUEIRA,E..O Quanto as desvantagens, na Zona Norte, 65% dos entrevistados responderam nao observar nenhuma, tombamento (17%), queda foliar (10%) e auséncia de manejo (8%) foram as desvantagens mais citadas (figura 7). Na Zona Sul, 49% dos participantes indicaram nao enxergar desvantagens, seguidos por tombamento (30%), queda foliar (8%), auséncia de manejo (64), quebra de calcadas (5%) e afloramento de raizes (2%). AMloramento dey uetra de eds Foor a ‘uséncia de... Tombamento es WS —_ o 20 40 6 ENTREVISTADOS, 2 g 2 E 2 3 3 Figura 7: Desvantagens advinda da arborizagao indicada pelos moradores, Santarém (PA), No trabalho de Santos et al, (2018), foram identificados resultados parecidos para um bairro na cidade de Tefé (AM), onde 41% dos moradores disseram nao observar nenhuma desvantagem em relacao as rvores @ 22% responderam perigo de tombamento das drvores; 0 alto nimero de entrevistados que respondeu no observar desvantagens foi atribuido ao fato de que a maioria da populace no possui érvores imediatamente a frente de suas casas, ndo tendo prejuizos diretos como queda de folhas, conflitos com a rede aérea, danos a infraestrutura, dentre outros. A alta quantidade de respostas indicando tombamento pode ter relacdo com a escolha inadequada da espécie ao espaco fisico urbano que serd inserida, falta de manejo pelo poder piiblico e populacdo associado ao ‘inverno’ amazénico rigoroso, ocorrendo ventos fortes «@ intensas chuvas na regio que costumam derrubar arvores. Em ambas as reas foi constatado a auséncia de cuidados com a floresta urbana, sendo, a remocio € poda de drvores localizadas em pracas e vias piiblicas de responsabilidade da Secretéria Municipal de Agricultura e Pesca (SEMAP). Para os individuos arbéreos localizados em iméveis particulares é necessério parecer técnico da Secretéria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) para que seja efetuada o manejo, de acordo com 0 cédigo ambiental de Santarém, Lei n® 17.894/2004. Em relagao a queda foliar, todas as Srvores liberam folhas em uma determinada quantidade. Porém, espécies como o Ipé (Handroanthus serratifolius (Vah!)), muito presente na Zona Norte, perdem totalmente sua copa em um determinado periodo do ano para evitar a perda de dgua, configurando uma inconveniéncia para oservico de limpeza publica e auséncia de sombreamento. Entretanto, nativa da flora brasileira, arvore apresenta uma floraco exuberante de grande valor estético a rea em que fica localizada, sendo muito apreciada pela comunidade (figura 8) Nature and Conservation Page [68 widen? * Maa Ago 2010 Percept da erborzasto urbana polos moradores de ducs zonas do municipo de Santarém (PA) 'ALVES, FR. Ns AQUINO, ML GC; MAESTR, M..; TENORIO. RS SILVA, JN; CARNEIRO, ; SANTOS. JL FIGUEIRA,E..O Figura 8: Floracio do Ipé onde é possivel observar a beleza estética trazida pela arvore, Santarém (PA), ‘A Zona Sul, de modo geral, obteve respostas mais negativas, indicando mais problemas, o que pode significar que por ser mais distante do principal centro comercial da cidade, a zona acabe recebendo menos servigos fitossanitérios dos érgdos competentes. Fica exposto a necessidade de adicionar um questionamento sobre em quem recai a responsabilidade de fazer a manutenco das érvores urbanas em trabalhos de percepcao futuros. O afloramento de raizes tende a ocorrer devido a excessiva compactacéo concretagem do solo Urbano, dificultam a infiltracdo de égua e trocas gasosas entre a planta, o solo ea atmosfera, dessa maneira, agindo 0 solo como barreira fisica a raizes mais profundas e assim levando o vegetal a lancar raizes laterais para garantir sua sustentacdo (CALZAVARA et al, 1969). Segundo Martelli et al. (2018), danos ao caleamento (figura 9) podem ser evitados com a escolha da espécie e local adequados ao plantio, para que, assim, no ocorram prejuizos econdmicos ou redugao da mobilidade dos pedestres. Figura 9: Dano ao calgamento fruto de mangueira de porte pequeno em Santarém (PA). Sobre a coexisténcia da vegetacdo com os elementos urbanisticos (figura 10), na Zona Norte, 32% dos entrevistados responderam nao observar conflitos, 29% danos as calgadas, 27% contato da copa com os fios aéreos e 12% dos moradores responderam outros tipos de prejuizos. Na Zona Sul, 15% dos questionarios no listavam problemas ocasionados nelas drvores, mas 53% dos cidados observaram problemas com a rede elétrica e a floresta urbana, seguido dos 30% que mencionaram quebra de calcada e o restante da comunidade estudada informou outros tipos de problemas ocorrentes na rea, 2%. Nature and Conservation Page |e widen? * Maa Ago 2010 Percepiio do arborzaso urbana pelos moradores de duas zonas do municiplo de Santaém (PA) 'ALVES, FR. Ns AQUINO, ML GC; MAESTR, MP. TENORIO, RS SILVA, JN; CARNEIRO, ES; SANTOS. JL: FIGUEIRA,E..O eee 2 Go Jabs dc. TT a Nore one — sul ° 20 40 «0 ENTREVISTADOS (96) Figura 10: Conflitos entre a arborizagio e a infraestrutura urbana. De acordo com Martelli et al. (2018), uma solugdo para os conflitos da vegetacao com a rede aérea pode ser o plantio de drvores com porte adequado ao espaco fisico e, quando necessério, intervencdes silviculturais para retirada de parte da copa. Pois, a combinac3o de auséncia de poda com fortes chuvas, pode vir a causar curto circuito e 0 desligamento imediato do fornecimento de energia elétrica. Os problemas com a quebra de calcadas, em ambas as dreas, sao inevitdveis devido as espécies ocorrentes nas localidades, como por exemplo, a mangueira (Mangifera indica L.) ¢ o ficus (Ficus benjaming L.) ‘As mangueiras, em sua implantagdo, necessitam de éreas livres com auséncia de asfalto e calgamento, para que a drvore possa realizar aeracdo de suas raizes e retirada de éguas e nutrientes do solo com mais facilidade, minimizando 0 aparecimento de raizes laterais, 0 ficus é visto como uma drvore imprépria para a arborizagao em vias urbanas, pois suas raizes tendem a quebrar calgadas, muros e danificar «a fundagdo das residéncias em sua busca por agua (SILVA, 2015; ROCHA et al., 2004). Mesmo com os problemas discutidos acima e da utilizagao de espécies com espaco fisico inadequado, a minoria dos entrevistados afirmaram jé terem disso vitimas de danos fisicos ou econémicos em decorréncia das érvores urbanas, sendo 16% na Zona Norte e 12% na Zona Sul. Atualmente, mitigar os conflitos ocorrentes da vegetacdo no espaco urbano é um grande desafio para a setor puiblico e as concessiondrias de energia elétrica, uma vez que ndo basta a técnicas utilizadas serem eficazes, & necessdrio que também seja econémica e ambientalmente adequada (MACEDO et al, 2018). Quanto ao reconhecimento das espécies no perimetro urbano e espécie mais simbélica de cada zona Na Zona Norte, 71% dos entrevistados respanderam conhecer as espécies utilizadas na arborizacio da cidade e na Zona Sul, o percentual de resposta foi 79%. A facil identificagao esti relacionada a ocorréncia de um grupo muito pequeno de espécies. Sendo, as mais frequentes escolhidas como as mais simbélicas das zonas (figura 11): mangueira (Mangifera indica (Linn) cv. Palmer), jambeiro (Syzygium jambos (L.) Alston) e nim (Azadirachta indica (A. Juss}), que constituem espécies exéticas Ve __—<——— rn —_ amber =o Norte mul cao 5 £ ee er ENTREVISTADOS ($4 Figura 11: Espécies que mais simbolizam a arborizacao urbana das zonas entrevistadas, segundo 0s moradores, Nature and Conservation Page |70 widen? * Maa Ago 2010 Percept do arborzaso urbana pelos moradors de duas zonas do municipio de Santarém (PA) 'ALVES, FR. Ns AQUINO, ML GC; MAESTR, M..; TENORIO. RS SILVA, JN; CARNEIRO, ; SANTOS. JL FIGUEIRA,E..O ‘As mangueiras so amplamente utilizadas na arborizagao de vérias cidades do Pard, principalmente pela sua caracteristica de copa e apreciago do fruto. A historia dessa espécie é antiga, trazida da Asia por Antonio Lemos, prefeito de Belém na época, para arborizar as ruas da capital e rapidamente se espalhou pelos municipios do interior do estado (SILVA et al., 2014). Porém, com a intensa urbanizagio, passou a apresentar diversos problemas ao mobiliério urbano, além de seus frutos causarem mal cheiro e atrairem animais indesejéveis, como mosauitos e ratos (SIMOES et al., 2018). No mesmo estudo, foi constatado que apenas 10% dos entrevistados nao observaram nenhum problema com a utilizacio da espécie, sendo frutos danificando carros (47%), queda de galhos (20%) e destruicao de calcadas (17%) 05 problemas mais notados em relacdo a drvore. No municipio de Santarém, é a espécie mais frequente em todos os bairros jé estudados, chegando 2 50% de ocorréncia em alguns deles (AQUINO et al., 2018; OLIVEIRA et al., 2018; SANTOS et al, 2018). A espécle supracitada, juntamente com o jambeiro, foram as espécies mais requeridas para novos plant 8. Fato justificado pela grande apreciac3o dos seus frutos na rotina alimentar da populacdo santarena. Como espécie madeireira, o ipé também foi mencionado. Assim como palmeiras (Familia Arecaceae), pinheiros (Pinus sp.), 0 nim (Azadirachta indica A. Juss) e a castanhola (Terminalia catappa L.) para ganhos paisagisticos. Espécies exéticas so aquelas localizadas fora de seu ambiente de ocorréncia natural, seja por dispersio acidental ou intencional. Essas espécies podem vir a causar desequilibrios ecologicos como a subjugaco da flora local, porém, se usadas de forma adequada, podem trazer beneficios as areas em que s8o inseridas, como producdo de frutos e beleza estética (ZILLER et a., 2004). Quanto 20 uso dessas espécies, os resultados indicam que a populacdo ndo apresenta aversao ao seu plantio, sendo as respostas com valores similares entre as zonas, 43% dos entrevistados a favor da utilizaco das mesmas, 26% indiferentes e 31% contra. As exéticas so as mais sugeridas para plantio na cidade, muito provavelmente pela aprecia¢o dos seus frutos pela populacdo e por estarem amplamente distribuidas pelo territério da cidade. No trabalho de Santos et al. (2018), estudando a ocorréncia de espécies exdticas no bairro de Aparecida, Santarém (PA), constatou-se que 61% das drvores localizadas no bairro no eram nativas, sendo 49% mangueiras, 16% nim, 16% jambeiro e 14% ficus as mais frequentes, comportamento que demostra o desconhecimento da populaco e do poder piiblico em relacdo a sua diversidade e possibilidade do uso de espécies de sua propria flora (AQUINO et al, 2018), No entanto, mesmo com essa diversidade e riqueza exuberantes da flora brasileira, Nespolo et al. (2018), em seu trabalho sobre escolha de espécies nativas para a arborizacao de Sao Paulo, chegaram & concluso que, ainda que elas apresentem mais beneficios, a produgo de mudas ¢ incipiente em relacdo as exéticas, uma deficiéncia também observada quanto a implantagio de florestas para exploraciio econémica, A presenca de uma alta quantidade de espécies exéticas na arborizacdo também ¢ vista em outros trabalhos, como em Boschetti et al. (2018), que em um inventério da arborizagdo de uma avenida em Guarapuava (PR), observaram que 98% das espécies nao eram nativas, uma tendéncia que se reflete em Nature and Conservation Page [7 widen? * Maa Ago 2010 Percepedo do orzas80 urbane pelos maradores de duas zonas do muntcplo de Santarém (PA) 'ALVES, FR. Ns AQUINO, ML GC; MAESTR, MP. TENORIO, RS SILVA, JN; CARNEIRO, ES; SANTOS. JL: FIGUEIRA,E..O grande parte do pais. Vale ressaltar que algumas das plantas exéticas apresentam beneficios quando usadas de forma correta, como rapido crescimento e producao de frutos, muito apreciados pela populacio das cidades. Quanto a classificacao da arborizacao da zona e da cidade Quanto & avaliaco da Zona, a segunda tem uma viséo pior de sua arboriza¢do, podendo estar relacionada com a quantidade maior de danos que os moradores desta zona sofrem em relagio as drvores (figuras 7 € 10) ¢ auséncia de cuidado do poder puiblico, que também foi maior para essa area. Em relacao a Classificago do municipio como um todo, na Zona Norte, a maioria dos entrevistados responderam observar 2 arborizacao como mediana (42%), seguidos por boa (39%), e ruim (19%) (figura 12). Na segunda zona, os resultados seguiram a mesma ordem, com a maior parte da amostra respondendo mediana (48%), seguidos por (37%) e ruim (15%), woe = Média Aum g™ aa 2 40 | | Bn an Il. alll i I. z Norte Sul Note Sul 700 gee _Municiio Figura 12: Distribulgao da avallagao dos moradores para 0 municipio e para a sua zona, ‘A taxa de respostas na Zona Norte para a op¢o boa foi levemente maior para o municipio, porém, também obteve mais resposta para a op¢do ruim. As indicagdes negativas por parte dos moradores desta zona podem ter sido dadas pelo fato de nela residirem areas comerciais com a arborizacdo precéria, pois foi © primeiro setor da cidade a receber servigos como 0 asfalto, em uma época onde as preocupagées com conforto ambiental e térmico eram menos observadas. Outro problema que pode ter corroborado é que, para realizar novos plantios, o asfalto ou calcamento necessitam ser quebrados, dificultando essa atividade pelos moradores. Na Zona Sul, mesmo com uma arborizagao de vias mais pobre, ainda existem bastante fragmentos florestais, vegetacao nos terrenos sem habitagSes e quintais das residéncias. Como mostrado por Gomes et al, (2019), que estudando a malha urbana de Santarém e seu proceso de formagio, concluiram que as areas mais periféricas e de comunidades tradicionais da cidade so as que mais mantém suas areas verdes, 0 que pode ter feito a avaliacdo dos moradores da Zona Sul para a arborizacao da cidade tenha sido melhor em alguns aspectos, nessa perspectiva, esses grupos vistos em desvantagens pela maioria da sociedade, acabam por se tornarem um modelo para uma forma de desenvolvimento onde a érea urbana da cidade ndo seja dissociada dos seus cursos d’agua e vegetacdo do solo (GOMES et al., 2019). Ainda assim, a populagao desta zona teve um resultado inferior questionados sobre a classificagao de sua zona. Nature and Conservation Page [7 widen? * Maa Ago 2010 Percept do arborzaso urbana pelos moradors de duas zonas do municipio de Santarém (PA) 'ALVES, FR. Ns AQUINO, ML GC; MAESTR, M..; TENORIO. RS SILVA, JN; CARNEIRO, ; SANTOS. JL FIGUEIRA,E..O Quanto a atengao do poder piiblico e satisfacao com a arborizacao Quanto a atencao do poder puiblico, ambas as areas tiveram respostas extremamente negativas, mesmo em éreas perceptivelmente bem arborizadas e com os devidos cuidados. Na Zona Norte, mencionaram atengao insuficiente na manutengdo de suas érvores (88%), na Zona Sul o descaso sentido pela Populacdo foi ainda maior (95%), mostrando um grande descontentamento com o governo e a dificuldade de separar a arborizagdo de outros fatores urbanisticos que apresentam problemas no municipio, como 0 fato da primeira Zona possuir 19 pragas e a segunda 4rea somente 4, além de problemas de saneamento bésico, como esgotos a céu aberto, e sucessivos alagamentos no periodo chuvoso. Quando perguntados qual a zona mais arborizada da cidade (figura 13), os moradores da Zona Norte escolheram sua propria drea (48%), seguida da Zona Central (21%), parte considerével dos moradores disseram nao observarem diferencas quali-quantitativas na arborizacdo (23%), a Zona Sul foi considerada a mais arborizada por minoria dos entrevistados (6%), assim como a Zona Leste (19). A Zona Oeste nao foi mencionada por nenhum participante do estudo. Norte Sul 3 E E SSS oF ZONAINDICADA YP Figur 3: Resost dor moredores aro pergutados uaa Tora als rhorizadad cidade A Zona Norte obteve destaque nas duas areas estudadas, este comportamento pode ser explicado pelo processo de formagao da cidade e por essa ser a primeira érea que os moradores imaginam quando se trata de qualquer tipo de infraestrutura urbanistica. A Zona Central obteve uma media entre as duas zonas de 18%, isso se deve provavelmente a existéncia do Parque da Cidade naquele local, que é a maior drea verde localizada no meio urbano e ampiamente conhecida como um local de lazer e satide na cidade. A Zona Sul, permanece com grandes partes de fragmentos florestais, além de terrenos, que durante 0 processo de especulacdo imobilidria, acabaram por desenvolver uma vegetacdo de médio porte, o que pode ter resultado no nimero de resposta (6%) da parte Norte em relagao a essa zona. Quanto a participacao em programas de educacao ambiental e colaboracao com a arborizagéo ‘A educacdo ambiental pode ser entendida como 0 processo onde os individuos e a coletividade passam a obter conhecimentos, habilidades e atitudes sobre a questdo ambiental, aumentando sua percepeao sobre essa problemstica e se tornando um agente transformador do meio. A Lei n® 6.938, de 31 de agosto de 1981 que dispde sobre a Politica Nacional do Meio Ambiente, tem como um de seus principios a “educacdo ambiental a todos os niveis de ensino, inclusive 2 educacdo da comunidade, objetivando Nature and Conservation Page |73 widen? * Maa Ago 2010 Percept da arborzasto urbana pols moradors de ducs zona do municipo de Santarém (PA) 'ALVES, FR. Ns AQUINO, ML GC; MAESTR, MP. TENORIO, RS SILVA, JN; CARNEIRO, ES; SANTOS. JL: FIGUEIRA,E..O capacité-ta para participacao ativa na defesa do meio ambiente” com o objetivo a preservacdo, melhoria e recuperacdo da qualidade ambiental. Parcela significativa dos entrevistados informaram nunca terem tido nenhum tipo de educagio ami sntal, sendo 82% na Zona Norte € 77% na Sul. Em seu estudo sobre a arborizagdo da cidade de Ubd (M6), Pizziolo et al. (2014) concluiu que o simples ato de se distribuir panfletos para a populacdo com informagées basicas, ja pode ser uma ferramenta importante para a reestruturacdo da arborizacdo de vérias cidades. Sendo assim, observa-se a necessidade de medidas piblicas, por mais que simples, para a educagio ambiental da populacdo das dreas em estudo quanto aos crimes contra a arboriza¢ao urbana, indicacdo ou proibigao de espécies, vegetais com potencial téxico, presenga de espinhos ou aciileos, indicagaes de poda e demais informacdes relevantes para que beneficios sejam proporcionados e conflitos minimizados. A baixa conscientiza¢ao ambiental refletiu na colabora¢ao individual para implanta¢ao e manutencdo da floresta urbana, na Zona Norte a maioria dos cidados responderam nao ajudar de nenhuma forma (63%), assim como na Zona Sul (59%). Os que responderam favoravelmente afirmaram cuidar das arvores plantando, impedindo que outros as danifiquem e as cortem, mesmo que sem o conhecimento sobre as caracteristicas ecolégicas da espécie. E plausivel mencionar que o meio ambiente possui cardter difuso pela Constituicdo Federal de 1988, no art. 225, ou seja, é dever do poder puiblico e da coletividade defendé-1o e preservé-lo para as presentes ¢ futuras geracdes. O resultado negativo em relacdo a inser¢ao da comunidade no zelo pelo meio ambiente Pode ser atribuido a falta de programas de conscientizagio, incluso e permanéncia da comunidade em politicas publicas ambientais, CONCLUSOES Quando perguntados sobre os beneficios proporcionados pelas arvores urbanas, a maior parte dos entrevistados informou a producdo de sombra, conforto térmico, melhoria na qualidade do ar, beleza cénica produciio de frutos. Contudo, também mencionaram problemas e conflitos com os elementos urbanisticos como tombamentos, contato com a rede aérea, auséncia de manejo e danos as calgadas. Resultados que repercutiram na classificagao quali-quantitativamente da arborizagio urbana nas zonas estudadas e da cidade de Santarém como mediana ¢ no descontentamento da popula¢do em relacao ao poder publico. ‘A maioria dos entrevistados informaram no possuir aversdo a ocorréncia de espécies exdticas, citando as mesmas como as mais simbélicas e para plantios futuros, como a mangueira, jambeiro e nim. Uma vez que, as duas primeiras, so amplamente utilizadas na alimentagao do santareno. importante mencionar que, 05 dados acima indicados so resultados da baixa participa¢o social nos programas de educacdo e conscientizacdo ambiental da populago quanto as arvores presentes na cidade. Denotando, desta forma, a necessidade de inser¢do, colaboracdo e permanéncia da comunidade quanto aos cuidados com a floresta urbana Nature and Conservation Page [78 widen? * Maa Ago 2010 Percept da erborzasto urbana polos moradores de ducs zonas do municipo de Santarém (PA) 'ALVES, FR. 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