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Colegio QUESTOES DA NOSSA EPOCA Volume 52 Dados Internacionais de Catalogagao na Publicagao (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Repensando o ensino de histéria/ Sonia M. Leite Nikitiuk (org.). - 4. ed — Sao Paulo, Cortez, 2001. — (Colegio questées da nossa época ; v. 52) Varios autores ISBN 85-249-0608-1 1. Hist6ria - Estudo e ensino 1. Nikitiuk, Sonia M. Leite Il. Série. CDD-907 indices para catdlogo sistematico: 1. Historia : Ensino 907 2. Histéria : Estudo ¢ ensino 907 Sonia. Niktuk (Org, REPENSANDO O ENSINO DE HISTORIA # edigdo Mss DA NOSSA EPOG CORTEZ SPavirel ta REPENSANDO O ENSINO DE HISTORIA Sonia M. Leite Niktiuk (Org.) Capa: DAC Preparacdo de originais: Carmen Teresa da Costa Revisdo: Maria de Lourdes de Almeida, Eliana Martins Composigdo: Dany Editora Ltda. Coordenagao Editorial: Danilo A. Q. Morales Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou duplicada sem autorizacio expressa dos autores e do editor. © 1996 by Autores Direitos para esta edigdo CORTEZ EDITORA Rua Bartira, 317 — Perdizes 05009-000 — Sao Paulo - SP Tel.: (11) 3864-0111 Fax: (11) 3864-4290 E-mail: cortez@cortezeditora.com.br www.cortezeditora.com.br Impresso no Brasil - novembro de 2001 SUMARIO Apresentagdo ... 6... ee te eee 7 1. Ensino de Histéria: algumas reflexdes sobre a apropriagdo do saber Sonia Maria Leite Nikitiuk ........ 9 Sobre a norma e o 6bvio: a sala de aula como lugar de pesquisa Paulo Knauss... 602 ee eee 26 Reconstruindo a Histéria a partir do imagindrio do aluno Ubiratan Rocha ........-.04-- 47 O ensino de Histéria no contexto das transigdes paradigmaticas da Histéria e da Educa¢io Martlia Beatriz Azevedo Cruz ......- 67 Construindo um novo currfculo de Histéria Arlette Medeiros Gasparello ....... 77 APRESENTACAO Repensar 0 ensino, Repensar a Historia, Repensar o ensino da Historia, Repensar as relag6es entre ensino e Histéria, Repensar as relagdes entre quem ensina e quem uprende, Repensar no ensino 0 que aprender e como ensinar, i © que, neste conjunto de textos, os diferentes autores vém levantar. No texto “Ensino de Histéria: algumas reflexdes sobre a apropriagao do saber”, procuro destacar alguns desafios por que passa a Histéria e suas implicages no ensino. €onsiderando que o saber é apropriado e construido, iio hé como nfo se preocupar com as questées sobre wentidade, linguagem, registros, pluralidade. A transfor- magio qualitativa que se almeja, no ensino de Histéria, passa pelo professor que se abre ao diferente, que ousa abric espagos, que incentiva os diversos olhares sobre «1 objeto. Ja Paulo Knauss, no texto “Sobre a norma e o 6bvio: a sala de aula como lugar de pesquisa”, apresenta, a partir de situagdes concretas, o espago da sala de aula como normatizagéo do saber. Os conceitos produzidos coletivamente, por meio de pesquisas, tornam a Histéria instrumento de leitura do mundo. © texto “Reconstruindo a Histéria a partir do ima- pindrio do aluno”, de Ubiratan Rocha, aborda os riscos de uma Histéria fragmentada que conduz a um relativismo |crigoso e aponta para a necessidade de se refletir sobre 7 © processo de conhecimento cientifico e de senso comum, na Histéria. Marilia Beatriz A. Cruz, no artigo “O ensino de’ Histéria no contexto das transigées paradigmaticas d Historia e da Educagdo”, situa a crise do ensino e d: educagdo explorando, a partir da mesma, a necessidad de formulag&o de novas bases para a producao cientific: da narrativa histérica e da formacao de conceitos n processo ensino-aprendizagem. O iiltimo artigo, “Construindo um novo curriculo de’ Histéria”, de Arlette Gasparello, situa a questéo do ensino de Histéria no campo do curriculo, destacan a abordagem da Histéria local no ensino. O enfoqu regionalista é apresentado como referencial analitico par: a compreensao da dinamica social e como contribuiga para a percepc4o das continuidades e descontinuidade: do processo histérico. Esta coleténea espera ser um espago para que pro- fessores de Histéria abram outros espagos de discussa sobre o seu mister. Acreditamos que sé ensina Histéria quem ousa des- Cortinar horizontes. Sonia Nikitiuk Niteréi, fevereiro de 199 ENSINO DE HISTORIA: algumas reflexGes sobre a apropriacéo do saber Sonia Maria Leite Nikitiuk Nescortinando horizontes Hist6ria narrativa, ciéncia, disciplina... Professor Jeitor, historiador, decodificador... Ensino reproducdo, produgdo, inovagao... Passado, presente, futuro... Que horizontes descortinar? Historia nova, novas formas, Novos objetos, novos sujeitos, Novas linguagens, novos papéis. Serio novos os saberes? Espacgos, limites, fronteiras, Infinito, olhares, barreiras. Observam, procuram, exploram. E o imagindrio se torna real. Mas o que é o real? © Real simbélico, © Real mediado, © Real imaginado, © Real vivenciado, © Real historicizado. ©) Real é meu? é seu? € nosso? é€ de ninguém? f. descobrira estruturas diversas para sua leitura de Em Chartier, um espago de investigagao mundo. E o alerta para o texto e para a produgao. Em Burke, o real é historicamente produzido, Chega-se & Histéria total E morre a iluséo dos documentos Que falam por si s6. lintre no mundo, arrisque-se, invente! | verd que todos, ao seu redor, tém papel nessa historia. Releia 0 que sempre leu E sentiré necessidade de novas leituras e documentos. Procure explicar os fatos fazendo outras questdes E descobrira as agées coletivas. Conscientize-se de que o real é relativo E verdé como outros sujeitos o ajudario A descortinar horizontes e a ler evidéncias. O universo do historiador esté em franca expansao, O universo da Histéria parece indeterminado. E como fica 0 universo da Academia? E © universo do professor? E 0 aluno, tem universo? S6 uma coisa é certa: é preciso buscar. Buscar é saber olhar pela janela. Buscar é descobrir horizontes. Buscar é saber ler as fontes. Buscar é também narrar, registrar. E assim que se faz a Historia. I, vocé poderd repetir Paul Veyne (1971) dizendo: “A historia 6 uma narrativa de acontecimentos ver- iadeiros. Nos termos desta definigéo, um fato deve }icencher uma s6 condigio para ter a dignidade da lustoria: ter acontecido realmente”. | assim, 14 longe, no horizonte, Voce poder entao responder: () que ensinar? (umo apropriar-se do saber histérico? Talvez ai, nesse horizonte expandido, Comece a busca da identidade... Afinal, professor, Vocé também escreve a Hist6ria! E seu aluno, pode escrever? (ma janela aberta para o mundo do saber Olhe o mais longe que puder, Vera que a janela néo comporta todo o horizonte. Por isso corra-o risco de pular no horizonte E assim encontrar rumos, saberes e fazeres. Individuos diferentes, Vises diferentes, Fatos... os mesmos. Conhecer € construir. A Hist6ria € construgio? O ensino € produg&o ou reprodugio? Saber € apropriagao? Veja a totalidade das atividades humanas E saberd que a Historia nao é imutavel. Arrisque-se a sair das narrativas 10 11 Saber e nao saber é a relagdo do ensino. Saber é poder. Saber € também apropriar-se. De qué? . Saber, saberes universais? Populares? Saber que se faz na Academia? Ou, quem sabe, no cotidiano, no dia-a-dia? Saber comum, saber novidade. Saber relativo, saber verdade. so, para a Histéria Nova, documentos de primeira ordem” (Le Goff, 1990:28). Como € necessdrio questionar 0 documento! “Um tnico documento nao basta para estabelecer um filo”, “a escrita nado pode provar nenhum fato; mostra-nos apenas as probabilidades de certeza, uma vez que 0 yiu de veracidade depende do grau de adequagao da Imagem do real construida metodicamente pelo historiador vomo o ocorrido” (Langlois & Seignobos, 1940:148). Saber: histéria “vista de cima”. Saber: Historia “vista de baixo”. A escola tem papel: sistematizar 0 saber. Nessa sistematizag&o, janelas se abrem. Olhando pelas janelas vemos homens que fazem, praticam, Que registram, e léem a Historia. O que discutir? O que ensinar? Para aonde deslocar-se? Saber fixado nos documentos. Ah! Um problema! Os documentos-fonte se ampliaram. Hoje, como saber’... Tantos registros, tantos depoimentos!... tantas imagen: Pode-se saber sem iconografia, sem festa? Sem corpo, sem linguagem, sem técnica? APT gt | ry 4, 4S i! E assim, refletindo sobre Histéria, ensino, nado como ndo falar em documento. O campo conceitual de documentos aqui utilizado do contexto da Histéria Nova, que substitui a Histéri de Langlois e Seignobos, fundada essencialmente ni textos, por uma Hist6ria baseada numa multiplicidai de documentos; escritos de todos os tipos, document figurados, produtos de escavagées arqueolégicas, doc mentos orais etc. “Uma estatfstica, uma curva de preco uma fotografia, um filme, ou para um passado mai distante, um pélen féssil, uma ferramenta, um ex-vo' Vocé também olhou? Vocé também viu? Qual a sua interpretagao? 12 13 “Se € verdade que a organizaco da histéria é relati a um lugar e a um tempo, inicialmente o é por s técnicas de produgdo” (Le Goff & Nora, 1979:28). } Produgio pressupde pesquisa. E esta se desenvolve com base na fronteira Entre o dado e o criado, Entre a natureza e a cultura. E Historia das mentalidades! No descortinar horizontes. Contetidos e objetos se identificam E nas relagées se estabelecem Discurso e técnica de produgao, No descortinar horizontes, Traduzem-se linguagens culturais, Toma-se consciéncia de que nao existe Texto sem suporte E que seu sentido é construfdo Num tempo e espacgo determinado, Numa comunidade especifica. “Willis desenvolve a idéia de que as pessoas ni recebem simplesmente os materiais simbélicos e cultw tais como sao transmitidos, Existe um espaco cultui no qual elementos e materiais simbélicos sao transfe mados, reelaborados e traduzidos de acordo com pi metros que pertencem ao préprio nivel cultural di pessoas envolvidas. Nao existe nunca reprodugao pu: (Silva, 1992:68). Olhando através das janelas descobre-se que “i teorias da reproducdo fazem como um retrato instantan da realidade, sendo portanto incapazes de verem dinamica social em movimento, operag4o somente torn: 14 poxsivel com uma perspectiva histérica de longa duragao. Av estruturas se modificam para dar lugar a outras, mas exe movimento sé é visivel se examinamos a histéria fun perfodo suficientemente longo” (Silva, 1992:69). infim, aquilo que é definido como saber ou conhe- vimento escolar, na verdade, constitui uma relagdo par- (ular e arbitraria de um universo muito mais amplo de possibilidades. Now escritos e leituras, diferentes apropriagdes “A Historia é feita pelos homens, mas também é twrita pelos homens”. (Zhuboa, C.) Ne cscrita, pressupde um trabalho especffico. Ke cscrita, pode ser narrativa, Mis também pode ser estrutural. A Histéria escrita: Apreende o que é vivo, Carrega visdes do mundo, Configura expresses dos individuos, Carrega aspiragGes de grupos sociais, Organiza e faz sinteses, Nunca sera neutra. Autyem, por isso, indagagdes: f possivel escrever sem que leituras diversas sejam feitas? fi possivel escrever o fato concreto, real? Como estabelecer relagdes entre acontecimentos e estruturas? 15 {. Transmite conceitos ¢ visdes que introduzem 4 uceitagéo do modo presente de organizagio econdmica ¢ social (processo de legitimagao); 2. Produz pessoas com as caracteristicas cognitivas e utitudinais apropriadas ao processo de trabalho capi- lulista (processo de acumulacao); 3. Envolve-se no processo de produgio de conheci- mento cientifico e técnico necessério para a continua trunsformagéo do processo de produgdo capitalista. Desempenham, também, papel importante na repro- ugao: o livro diddtico, os elementos estruturais da excola, a definigfo do espago, a arquitetura, a adminis- tragio do tempo, a diviséo e classificagéo do conheci- mento, a linguagem etc. “A histéria cultural, tal como a entendemos, tem p principal objeto identificar no mundo como, em diferent lugares e momentos, uma determinada realidade soci € construfda, pensada, dada a ler’ (Chartier, 1982:16) Paul Veyne diz que “por esséncia a histéria é c nhecimento através de documentos. A narrativa histéric! coloca-se para além de todos os documentos, visto qu nenhum deles pode ser 0 acontecimento” (1971:15). Também Iembra que nenhum “acontecimento po ser agarrado direta e inteiramente mas o é semp! incompleto e lateralmente, através dos documentos dos testemunhos, dos vestigios” (id., ibid.: 14). Verdades subjetivadas, relativizadas, Busca de evidéncias nos acontecimentos que nado se repete! Obrigam o historiador a leituras contextualizadas E a compreensao de que o imaginério na histéria, E uma narrativa de acontecimentos verdadeiros. “Se nao compreendermos melhor a histéria material da escola (em oposigéo a uma histéria das idéias pe- dupégicas) estaremos condenados a permanecer prisio- neiros das tradigdes e invengdes que nos legaram e, portanto, de sua dindmica mais reprodutiva” (Silva, 1992:65). “O conhecimento escolar na sua forma codificada, o eurriculo, e€ as formas pelas quais ele é transmitido esta também estratificado e é através dessa estratificagao que ele volta a reproduzir aquelas desigualdades com que «w diferentes grupos sociais chegam ao processo escolar. A estratificagao do conhecimento escolar é ao mesmo tempo resultado e causa da estratificagio social” (id., thid.: 62). “O poder socializador da escola nao deve ser buscado (dc-somente naquilo que € oficialmente proclamado como sendo seu curriculo explicito, mas também (e talvez principalmente) no curriculo oculto expresso pelas pré- Micus ¢ experiéncias que ela propicia” (id., ibid.: 80). Representagées, interpretagdes Embutidas nas leituras E nas apropriagGes do saber. O contetido de Histéria ndo € o passado, mas tempo ou, mais exatamente, os procedimentos de andli € 0S conceitos capazes de levar em conta o moviment das sociedades, de compreender seus mecanismos, r constituir seus processos e comparar suas evolucées. A educagao institucionalizada trabalha basicamen com 0 escrito, direciona “leitura’ e interfere no proces: de apropriagéo do saber. Por isso a escola € a mai responsdvel pelo processo de reprodugio, principalmen porque, conforme lembra Tomaz Tadeu Silva: 16 17 Segundo Rojas, as trés atitudes de leitura (hist6ri boa para narrar e passar o tempo; hist6ria para memoriz: lugares-comuns e frases feitas e leitura plural, que cap © texto em sua totalidade) propiciam a diversidade interpretagdes e levantam questdes sobre a pratica eri dora e produto dos textos apontando para a necessid: de reunir duas perspectivas freqiientemente separadas: estudo da maneira como os textos e Os impressos q' Thes servem de suporte organizam a leitura que del deve ser feita e, por outro lado, a recolha das leitur efetivas, captadas nas confinagdes individuais ou recon: trufdas a escolha das comunidades de leitores. Enfi “aponta para as sociabilidades da leitura como contrapon para a privatizagao do ler e para a andlise das relag entre textualidade e oralidade” (Rojas, 1980:116-9). Ler, escrever, apropriar-se Da Histéria escrita, Histéria narrada, Contributo para a educagdo geral e cultural, E procura de verdade e inicia¢éo ao pensament hist6rico, Da Hist6ria texto, pretexto, contexto. Por que ensin4-la? Talvez para legitimar a identidade Na recordagio histérica da comunidade. J& que a Historia € escrita com e/ou a partir documentos, nio importa quais, a critica aos mesm representa a primeira etapa de uma Historia cientffic Fazendo o documento adquirir sentido, deixar de exis’ sozinho, assumir valor relativo. Chega-se até a leitura das lacunas e vazios, contexto e de propésitos de produgdo e transmissao. 18 Nonhos sonhados, saberes aflorados Professor, aquele que ensina. Ensina o qué? Professor, aquele que produz. Produgao-reprodu¢io? Professor, aquele que sonha. O vivido é sonho sonhado? Professor, aquele que detém o saber. Mas que saber? Professor, aquele que faz Histéria. Hist6ria apropriada? Construfda? Memorizada? Professor, aquele que abre caminhos. Mas que caminho tomar? winlquer que seja o caminho, ve levar ao processo do pensamento histérico, “umo via para o saber. 19 Interrogar € pesquisar, Ler os vestfgios histéricos, Multiplicar as situagdes de interrogagao do passado. Conscientizar sobre a insuficiéncia das fontes naturais, Sobre a relatividade dos documentos escritos, Privilegiando construgao de esquemas cognitivo: Desenvolvendo competéncias em vez de memoriza¢ao, Discutindo os problemas dos valores, Tudo isto faz parte da arte de ensinar. Nos sonhos sonhados, uma utopia; Histéria, disciplina-cidada. Nos sonhos sonhados, a busca, A identidade da Histéria. Nos sonhos sonhados, saberes; Cientfficos, académicos e populares. Sao saberes que circulam e se interpenetram. Gerados em diferentes culturas ¢ ideologias, Se desenvolvem no seio das sociedades Que os definem e organizam. Histéria, quantos conceitos! Quantas experiéncias Na espiral de sua Escrita! Coniclusdes nossas, suas ou deles? Reflexdes finais, a quem compete fazé-las? Acreditamos que a mim, a vocé, a eles € a tod Por qué? Porque ensino e Histéria dizem respeito a todos 20 Histéria tem identidade e tem memoria. Que homem vive fora da Historia? Que homem deixa de ensinar? Ficam entéo as questdes. Mas por que. Nem sempre se tem a consciéncia da pertenga? Nem sempre se consegue ler os acontecimentos? Nem todos se apropriam do saber? Nem sempre se divulga o saber? Nem sempre se facilita a circulagio do saber? Nem sempre se define o que € Hist6ria? © que leva a reproduzir? Por que a produgao é restrita a alguns? Por que leituras diferentes do mesmo produto? Vor que € téo dificil ensinar Histéria? Por que a Histéria incomoda, aliena, revoluciona? Qual o sentido da Histéria? Ensinar Histéria € caminhar numa linha de tempo, Com duragées e cortes diversos. Ensinar Histéria € estruturar identidades. Ensinar Historia é também produzir conhecimento. Ensinar Histéria € processo de alteridade. Ensinar Hist6ria é aprender com o plural e o singular. Ensinar Histéria € conceber absolutos e relativos. Wintdria, saberes em constru¢ao. Mupturas, lugar de utopias e reconstrugGes. Husca de semelhangas e diferengas. Vida, lugar de produgio. “H4 a realidade do ensino da Histéria, e ha aquilo que cla representa para os adultos. Por um lado, num quadro instituido e em situagdes vividas, meninos e 21

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