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  • Louis Berkhof - A História Das Doutrinas Cristãs-Part 2

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    Louis Berkhof - A História Das Doutrinas Cristãs-part 2

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    «estamos condenados com justia a vista de Deus ‘Aposigio que prevaleceu de modo gral enteosreformadores foi «que, em resuliado ds Queda, ohomen est totalmente depravadoe & ‘capa de eslizarquslgust bem esprit, reko porgue tts impos slbiltado de fazer qualguer avango no eamapo de sua recupera Tntcroe Calvino expressaran-neenergicamentesobreese particular, Zwinalio concord em linhas gras com eles ag emborssparen” temene repulse o pocadocriginal como urna enfermidade econdl- fo, endo como um peeado no sentido earta da palata, © proprio Aclanetonaderuacosepontode vista principio, as postriomente ‘odificou sua opnito. Cntudo, enquanto maninhat esa dutrina ditotal depravagio, osrefomadorestumbmasseveravan gue sto- regenerados ainda asim podem realizar ates de etdio lve, uma fetdio aprovada por Deus deta das relagdesscias dos homens. O proprio Butero, que langou mio de frtssimas expressBes cera da {rapido epiisl do homer, clrament reconheceu sa habidade tempraticara bem quanto vids secular. Melancton fol mats alem qe Literore Cave fr mado qu quero psn pr de ‘Meagio para 0 falo que exist uma graga somum de Deus, 3 qual apucta os homens acumpriem atosderetio ctv, ‘O correlative natural da doutrna da depravagao otal 0 ensino da total dependéneia do homem da graga divina quanto 4 renovagao, Luter, Calvino e Zwinglioapresentaram frente unida quanto io, mas Melancton, apesar de que concordara a principio com Luero, depois soba presto la oposigioa doutina daeseravidioda vontade, abuto cert medida de fberdade material ou de poder espa & ‘ontale,ensinando asin uma teorasnergsa da epencragio, fm vista de tudo quanto fol exposto, foi spenss natural pars 05 reformadores mostaret se partiditosestitsdapredestinagao Litera Calvino criam ambos duplapredestnagao,emiboraoprimsitonso 48 tanto destaque doutina como oulimoe alguns veces chegue a ‘mostrar tendencia de negara dottina da repovagao, ov de toma dependente da presiénea diving, Zavingliotambem ensinava essa dlotina em termos inequvoeos, nfo se tendo mostado ao eauteloso quanto Calvino ao descrver a telagio entre apencia divina © 0 Becado, pois insist em que a reprovago se i por detetoefciente Mrelancion, natarineme, hesitou sobre esse pont, tl eomo fez em seu ensino acetea do pecado e da reprovagdo, Evlava 0 emma da Dredestinagdo tanto quanto possve "Apis pero da Reforma fol melhor desenvolida a iia do pacto, sobretudo” nos eseritos de’ Bullinget, Polane, Gomaro, Cloppenburgoc Cocco, Tomou-s patente qe Adsondofosmples asa mente o cabesa natural da humanidade, mas também seu cabega federal, o representante moral e legal de todos os seus descendentes. Como resultado disso, aidsia de que todos os homens pecaram literal ¢ realisticamente em Adio foi cedendo terreno a0 pensamento que ‘pecaram nele apenas representaivamente. Visto que o primeizo ho- ‘mem pecou, como representante legal de todos os seus descendentes, ‘culpa de su pecado Ihes foi imputada e, em conseqincia, também hascem corruptos. A teoria realist fei descartada, de modo mais geral nos eireulos reformados do que nos luteranas, ea ideia do pucto fot Utlizada em lugar daquela, a fim de expliara ransmissio do pecado. 2. POSICAO DE SOCINIO. sovnianis represent ua regio contra a dour da Refor- ima, No canes doutrinas do pecad eda graga& simples ressurg- snento da antiga hefesia de Pelagio. Segundo ce, a imagem de Dets, ta qual o homem fo formado, consist meramente do dominio Jo hhonem sobre a criag inferior no de qualquer perfeigio moral ou xeric de an, Poa ue Ao eve jig ot iva, no poderia tl perdido em resultado do pecado.Ainda qu {ivesseeeadoeincoridortodespazer divin, suanaturea morals eemaneeido nnctsendo ansmitide sm empecihos jst poste Ende. 0 ndividuo more, no pr eausa do pecado de Ado, esim por hhversidoctiadoumsermoril Pornatureem mesmoagora oshomens Slo como Adio, pornioterem penore nem endénel para 0 pecado, tembor sam pastos em cieunstineas um anto mals desfavoraveis por casa dos exemplos de pecado existenies naguilo que véem © aver. Apesr de ko mena sss psa de circ recado, podem evita oalmenteo poeadoe alguns dels realmente Sim fem. Enytante mess quc clan em feeadoe dese modo Se tornem eulpados de transreseio, net por Isso incortm na ira diving Deus éum Pu bondosoc compassiva,queconhece a fag {de dos homens, estando sempre. promo ® perdodclos, quando se SproximamdElecom coraggespenitentes,Naoneeesiiam de Salvador ‘em de qualquer extraoniniriaftervengfo de Deus que gaante a Salvagio deles Nios faz mister tapsformagio alguma na natuteza tora dees, e nunca se fez provisto para efetua al ransformagao. Nioobstane, os ensinamentos eos exemplos deixados por Cristo 0 Stel, porguanto pulam-nos na diego cova = 138- 3. ANTROPOLOGIA ARMINIANA Nos priméndios doseuloX VILadoutrinacalvnistadopecadoe da agragasofreu resolute opesigio ta Holanda, que teve por centto a grande controvétsia arminiana, Armiio,dicipalo de Besa, qe no Principio foi calvinistaestrit, bandoou-se para a doutrina da raga Univeral do livre arbiio. le negava o dectoto de reprovagio © ‘Suavizava‘adoutrna do pecado original. Seu sucessor, em Leiden, pio, seus outros sepuidores, como Uilembogaert, Gti mborche outros, afstarasn-se ainda mais da dousina acita pela Trea, Finalmente deram corpo a Suasidsias num protest que conaista de cinco argos "A posigiotomada pelos arminianos ¢prtieamente déntca& do semi-pelagianism, Seeréemquea tansgresiode Adio eve un au feito sobre a condo espiitual de tos os seus descendents, por ‘utraparte eet adoutsna do pecado orginal conformeeraensinada ples grejasda Reforma. Afimam que aculpa dopecadode Adzonso Elmputada a seus descendente,emibora sus plusao se wansmita de pal parafilho, Nao tém essa polugau comopecad, no sentido prop Jo do termo, porem apenas como enfermidade ou fraqucza. Nao npc an omer senteng onda, as bias ater, ial mado que se toma ce incapaz de sleangar a vide eterna, uct firmanddo-sedenovono favor deDeus, quer descobrind posi mesmo mami dala, Norse natal depravag da atera Sem contudodio lugargolive-arbitio human no sentgo mat pala, ito e, como um poder ou haildade natural que capac Krome para o bem espietusl, de tal maneiea que ate cero pono ele Pode preparat-e para reloma a Deus fazer a Sua vontade “Tumbem prope uma teria da groga que difereexsencalment da aque figura nas Confases, endo dstingutdos és graus diferentes de raga, asaber (2) grag preveniente ou comm (b) raga da obedigncia fvangélica (6) graga da perseveranga.O Lxpitto Santo confere a todos os homens a gra suficiene para contabalangaro efeto da depravapdotetdada,permitndo-Inescooperar como Expitode Des ta regeeragao, Se algun no sdoregensrades, aso deve sor porque 2 vontade humana nio eooperou com a divine. Aquele que faz Ws apropiado dessa gragasuftientc,capaciadora,tora-se objeto da sraga eficiente de Deus. Recebe a superior eraga da obedigncia Evangeline, no caminho de obedincia,poletomarse pariipante da grag ainda maior ds perseveranga. ‘Alegadaments esa ora da pre sufcinte salvaguardaa douti- embora ocasionalmente se expressem como se assim eres da -136- sada responsabildade humana Jé que pecado original nfo pode er seid 2 omen como na alla, Dats no pode ei ele Semaue orguea gags capacitadora. Mas se Hleconfereaohomem 2 gags conforme faz, aqualremovea incapacidadeesprtal himana, cat tambein tem o perfelto ditto de exigr f, Sec homer resist {praca de Deus ese recusa coopera com ela natralmente tomacse responsive pelo fato de no ser regenerado Em consenincia com ests ideas, ov arminianos naturalmenten eréem em eleigio ov reprovagio absoltas, mas basciam a clei Sobre fe previa, sobre abedineis ea perseveranga,enquanio que 2 reprovasio se basearia sabres incredulae previst, sobre Semosravam muito menos corentes do que ox scinianos, pos estes ‘iam elaramente que se rejltassem a predestinagio, também nam de rejeitar a presciéncia divina. 4, POSICAO DO SINODO DE DORT Esse sinodo foi convocado pelos Estados Gerais da Holanda, noano de 1618; foi realmente uma augusta assembléia, constituida por 84 ‘membros e 18 delegados politicos. Desses, quarenta ¢ oito eram hholandeses, eos demais estangeiros que representavary a Inglaterra, aso6cia,oPalatinado, Hesse, Nassau, Bremem, Endemea Sulga. 3 Selepados da Franga de Brandenburgo nao compareceram. Os Arminianos nio pariciparam como membros, porém apenss como Actisados, Houve cent e quatenta e quato sessbes,e grande nimero de conferéneias. Foi o grupo mais epresentativo que jase reunira. O sinodo mostrou-seintransigente quanto as questoes doutrinérias que foram ventiladas:ejeitou os cinco artigos do Protesta, eadotoucinco cinons decididamentecalvinistas, nos quaisas doutcinas da Reform, ormente as de Calvino, relativas aqueles pontos disputados, foram efinidas com clareza e precisio, fieando assim desmascarados & repelidos os erros arminianos ‘O sinodoafirmou a doutrina da dupla predestinagio, com base no bbeneplicito de Deus, endo sobre é ou incredulidade provistas. Tanto acleigio quanto a reprovagio, pois, aparecem como absolutas. A ‘leigio&feitadentre a raga caida e sueita 8 condenagio por eausa do pecada de Adio; ea reprovagio consiste de preterigo, em que certo ‘numero dentre a raga caida ¢ deixado na Sua ruina e condenagao por ceusa de sou pecado. 'Foi aseverada a doutsina do pecado original no estrito sentido do termo, Desde que Adio foi o representante legal de todos 0s seus -137 descendentes, &Ihes imputada a culpa do primerio pecado dele, em | ‘conseqUéncia do que passa ees a crrupgao da nature humana. Os homenssaototalmentecorpos, tog eorrompdos em eada parted setae unc quemopodemcumpsrienium bomespita ‘nem enviar um dniegesorgo para retauragio do relacionamnenio ‘qubrado com Deus. Aomesmo tempo, di também o eandn: “Desde £ Queda, porem,permanccem nos homens vsumbres de uz natural, pporeausa do que eles retém algum conhcimento de Des, da coisas Paturais ca dferenga entre o bem eo mal, descobrindo. ‘alors vitude, na boa ordem da sociedad ena man condulaentemsorder, Todavin cosa luz danalreza esti to longe de Ser suffciente para dar ia conhecimento salvador de Deus, que 0: inomens sio ineapazes de usicla coretamente, mesmo quanto 8 ‘hestbes natura © eviens" HT e1V, a4 ‘Arogencrago &eputada estritmente monenergtisa, sob hipo- tesealgitnacomoobradeDeusedahiomem, Sema gragaregeneradora hinguém pode votiarse para Deus, eninguém pode aectara oferta de Ealvagio parte de um ato efiiene de Deus, quesealeera sobre tleigdo. Nao obsant, a salvagdo ¢oferecids com todas seiedade a {odes quantes ouvem o evangelh, sob a condigho de fee arependi- mentor Aqucles que se peretem, So poderao culpa a si mesos. ‘Asdeisbes do Sinodode Dore revstram de grande importanei, c isso por vias azbe: a) Foram pronunciamentos sobre alguns dos Pontos maiscapitaisda wologi elormada, equ atéentZonaotiaham Fecebido considsragio cudadosa. (0) Para todos os efeitos foram Promunlamentos ds um conclio eumenico, do qual pateiparam os Ihais bes tblogos da Spoce, corpo mais representative que ji se Feunira, (=) Paseram fin incertera que prevalecera nas gels da Holand, incerteza esa sentida tambémteroutasagdes, endo assim neutralizado um grande perigo que ameagava a fé reformada. (d) Eereetam iflugnea determinadors sobre s eompesiao da postttot Confissio de Westminster 5, POSIGAO DA ESCOLA DES. UMUR A escola de Saumur fe a tentativa de suavizar o ealvinismo do Sinodo de Dor, especialmente em dois pontos. Amiraldo distinguia entre um deeretouniversal econdicional, porum ado, e outro limitado ‘onuicional, por outro lado. No primeito, Deus decretou que proveriasalvaco universal, pela mediagio de Jesus Cristo, que seria ‘oferecida a todos sob a condigao de fé; e no ultimo, Deus, vendo que pporsi mesmo nenhum homem jamais creia, escolhew alguns para a 2138 vidaetema eresolveu dat-Ihes a necessitia raga dafé edo arrependi- ‘mento. E Placcu, outro exponente dessa escola, negou a impttagio ‘mediata do pecado de Adio a sua posteridade. Nao seriam tidos por cculpados os: homens em Adio, e nem nasceriam cortuptos, mas derivariam dele a comrupyio de natureza, o que agora les seria {mputado como culpa. Placeu chamava isso deimediata eeonseqiente limputasio. . ‘O caso de Amiraldo fi examinado em ts sinodos, os quais nio 0 ccondenaram, embora achassem necessirio evita as eoncepgtes erro nneas a que Seu ponto de vista poderia levar. No.ntanto,o Sinodo de Charenton, em 1644, rejitoua teoriade Placeu. Em oposigioaambos cesses individuos fof iragada & Formula Consensus Helvetica eujos futores foram Heidegger, Turrelin e Geneler, os quais apresentaraim ‘uma clara exposigao da Reforma, Por algun tempo essa declaragiofoi hhonrada com padrio oficial na Suiga, Osartigos que esti vinculados A posigdo de Amiraldo e Placeu sioeitados na obra de Shedd, History (of Doctrine I, pigs. 472, 473. Perguntas para estudo posterior ‘Qual a diferonca entre Lutero e Calvino no tocante & doutrins da predestinagio? Qual a vaniagem da idgia do pacto na explieagio do peeado original? A depravagio total ensinada pelos reformadores fequivale depravacioabsoluta? Qual éo ponto de vista miniano do pecadoeda graga? Diferecleemalguma coisa dosemi-pelagianismo? Em que os arminianos wesleyanos diferem dos armintanos originals quanto a essas doutrinas? A’ posigao do Sinodo de Dort diferiu da posigiodoCatecismo de Heidelbergsobve aisparticuaridades? Quais lo as objegdes feitas & posigdo esposada por Amiraldo? Qual é a Giferenga entre a imputagto mediata e a imputagio imediata? 139 20 IDEIAS ANTROPOLOGICAS DOS TEMPOS POS-REFORMADOS Nioé preciso discutirJongamente sobre a antropologia do periodo pos teformado, Nao em havido controversias que contibuissem para frazer & primeira plana novos elementos, © nem houve sinodos ©

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