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Introducao 1A SISTEMA DE COMUNICACOES ELETRICAS Cromicasao € 00 processo pelo qual a informacdo gerada em uma fonte € transferida a outro ponto ~o destino da informacao. Desde os primérdios da humanidade 0 ser humano buscou se comunicar ‘com seus semelhantes. As informagées geradas na mente de um ser humano (fonte) sie manifestadas fisicamente por meio de uma mensagem, que pode assumir varias formas tais como sons (voz ou miisica), imagens, textos etc. Quando fonte e destino estdo préximos um do outro, a comunicacio € direta e imediata tal como na conversagdo entre duas pessoas num mesmo ambiente. Quando a distancia entre elas aumenta, no entanto, 0 proceso de comunicacao direta se tora mais dificil, se néio impossfvel. Hi, entio, a necessidade de um sistema de telecomunicaedo — um conjunto de meios ¢ dispositivos que permita que fonte e destino se comuniquem a disténcia. Na hist6ria da humanidade varios sistemas de telecomunicagao foram utilizados: a mensagem gritada € repetida em morros sucessivos por repetidores humanos, os sinais visuais com bandeirolas, tochas ou espelhos, assim como os sinais de fumaca e de tambores tornados famosos nos filmes com indios, ¢ outras tantas formas. Em 1835, o norte-americano Samuel Finley Breese Morse (1791-1872), professor de Artes da Univer- sidade de Nova York, visualizou uma forma de transmitir textos utilizando a eletricidade — 0 telégrafo elétrico. Morse patenteou seu invento em 1838, porém, somente em 1844, conseguiu concluir sua primeira linha telegréfica, entre as cidades de Washington e Baltimore, com financiamento do governo americano. ‘A patente do invento foi oferecida ao governo norte-americano por US$100 mil, mas este a recusou por considerar o invento nfo rentével. Morse conseguiu reunir capital com amigos € criou uma empresa, a Western Telegraph Co., para explorar comercialmente seu invento. Iniciava-se assim a era das Comuni- cagdes Elétricas. Com a invengio do telefone — que tornou possivel a conversagdo entre pessoas ~ por Alexander Graham Bell (1847-1922), um escocés radicado nos EUA, as comunicagdes elétricas se ampliaram e ganharam cada vez mais importancia. Apresentado em 1876 na Feira do Centendrio da Independéncia dos Estados Unidos da América, o invento de Bell chamou atencao devido & presenga na Feira do Imperador do Brasil, D, Pedro II — que conhecia o trabalho de Bell na educacao de deficientes auditivos e visuais. Visitando 0 estande onde estava sendo apresentado o invento do seu amigo Bell, D. Pedro IIo testou, pessoalmente, exclamando: “Meu Deus! Isso fala!”, ao ouvir Bell declamando um texto de Shakespeare ao telefone. A imprensa americana, que cobria a visita do imperador brasileiro, se encarregou de divulgar a invengao, que, um ano mais tarde, foi instalada no Rio de Janeiro. Bell explorou comercialmente 0 uso do telefone por meio da Bell Telephone Co. nos EUA e da Bell Canadé, no pats vizinho. Sistemas de comunicagdes elétricas permitem a transmissao de informagao entre pontos muito distantes entre si como, por exemplo, uma sonda espacial viajando além dos limites do nosso sistema planetério Capiruvo 4 € uma estacdo terrestre de controle. Um Sistema de Comunicagdes Elétricas é um conjunto de meios € dispositivos que permite a transmissao de informagdo entre dois pontos distantes entre si por meio de sinais elétricos. Em geral, a mensagem a ser transmitida € produzida numa forma ndo-elétrica, como por exemplo: voz (presso aciistica), imagem visual (intensidade luminosa), texto (caracteres de um conjunto discreto) e outras. O primeiro passo, num sistema de comunicagdes elétricas, & converter a forma original da mensagem num sinal elétrico (tensdo/corrente elétrica), em geral acompanhando a forma de variagao da mensagem com o tempo (sinal anal6gico). Isso € feito num transdutor de entrada. O sinal elétrico assim gerado € adaptado pelo transmissor ao meio fisico — 0 meio de transmissio (por exemplo, par de fios metélicos, cabo coaxial, guia de ondas, fibra éptica ou simplesmente o espaco) ~ que interliga os termi- nais de transmissdo e de recepedo do sistema de telecomunicagdo (= comunicagio a distancia), retirado do meio de transmissio, reconvertido ao formato elétrico original pelo receptor e reconvertido ao formato da mensagem original por um transdutor de saida para entrega ao destino, A Fig.1.1(a) ilustra 0 diagrama de blocos de um sistema de comunicagdes elétricas. A Fig. 1.1(b) ilustra um exemplo de sistema de comunicagdes elétricas utilizado para comunicago de voz — o sistema de telefonia. Alguns efeitos indesejdveis afetam o sinal num sistema de comunicacéo: + Atenuagio ~ é a redugao da amplitude do sinal por perdas ao longo do sistema de comunicagao, Pode, dentro de certos limites, ser compensada pelo uso de ampliadores. + Distoredo ~ é a alteragdo da forma de onda do sinal devida a alguma imperfeigao nos meios € dispositivos utilizados. Deve ser minimizada no projeto dos dispositivos. Em alguns casos pode ser corrigida, ao menos em parte, por meio de equalizadores: + Ruido ~ é a designacao genérica de sinais aleat6rios € imprevisfveis de fontes naturais internas e externas ao sistema, que interferem no sinal desejado. O ruido nao pode ser totalmente elimi- nado, porém por meio de um cuidadoso projeto, deve-se limitar o seu efeito sobre o sistema de comunicagio para niveis aceitdveis, + Interferéncia — é a contaminacio do sinal desejado por outros sinais do mesmo sistema ou de outros sistemas préximos. Deve ser minimizado por um projeto de sistema adequado, No exemplo do sistema de comunicagao telefénica representado na Fig.1.1(b), a mensagem se apre~ senta sob a forma de ondas de pressao actistica (som) e € transformada em corrente elétrica varidvel com © tempo, acompanhando a forma de onda de pressio por uma edpsula transmissora (wransdutor actis- tico-elétrico). Um exemplo de c4psula transmissora € 0 microfone de carvao ~ uma cimara metélica que contém gros de carvao, fechada por uma membrana metélica (isolada eletricamente da cAmara por um Fonte dutor |_| missor : LJ receptor) autor’ 14] desting te Lanirania| transmissao ‘sada | puibo,oistor¢éo, merrenéncia = |_| @ — este) 1) 88 i io | ‘g( Fig. Ld Sistema de comunicagdes elétricas, IntRopugAo 3 disco isolante). A vibragdo da membrana pela acdo da pressdo actistica comprime em maior ou menor escala os gros de carvao no interior da camara, aumentando ou diminuindo a érea de contato entre eles, com isso, diminuindo ou aumentando a resisténcia elétrica da eépsula (entre a membrana e a c&mara), Com uma tensio elétrica aplicada sobre a cépsula, a variacdo de corrente acompanha a forma da onda de pressdo. A corrente elétrica varidvel € transmitida por uma linka de transmissdo (por exemplo, um par de fios metilicos) até a outra extremidade do sistema onde a corrente elétrica varidvel, aplicada a um eletroima, produz atragio e repulso de uma membrana metdlica na edpsula receptora (transdutor eletra- ctistico) e, com isso, faz 0 ar prOximo a essa membrana vibrar, gerando ondas de pressio aciistica (som). Nos primérdios da telefonia, cada telefone tinha sua propria bateria para alimentar a c&psula transmissora =o sistema de bateria local, como na Fig. 1.1(b). A ligagdo entre dois telefones era feita por um operador humano (normalmente uma mulher) ~ a telefonista — em uma mesa telefnica. A telefonia evoluiu para ligagdes automiticas entre telefones efetuadas em centrais telefénicas, com todos os telefones ligados & central telefonica alimentados pela bateria dessa central ~o sistema de bateria central. 1.2 SISTEMA TELEFONICO Uma conversagio telefSnica, pela propria natureza de troca de informacdo, requer transmissao em ambas as diregdes — transmissao bidirecional. Uma linha de transmissio metélica pode transmitir sinais simulta- neamente nos dois sentidos. O telefone é, em geral, ligado da casa do usuério até a central telefSnica por um par de condutores metélicos — a linha de assinante. Para utilizar amplificadores ou outros dispositivos de processamento de sinal, no entanto, é necessario que os dois sentidos de transmissio utilizem caminhos separados, pois esses dispositivos sio unidirecionais (tm uma entrada e uma sada). B necessirio entaio um dispositivo que converta a transmissao bidirecional na linha de assinante em transmissao unidirecional separada nos sentidos de transmissdo e de recepedo. Esse dispositivo é um transformador hibrido — ou simplesmente uma hébrida (denominagao mais utilizada). A Fig. 1.2(a) representa, de forma simplificada, a ligacdo de um telefone de usuério a central telef6nica no sistema de bateria central — que dispensa 0 uso de baterias individuais em cada telefone. A transmissao é bidirecional na linha de assinante e a hibrida usada na central telefénica separa os sentidos de transmissio e de recep¢do de modo a permitir 0 processa- mento de sinal em dispositivos unidirecionais. Capsula [ >} ererenssio Trangmisstio Rede de_unicirecional Rede de balancea- balanceamento mento Capsuia ‘ranemissora [ <]|—recencas i Ponte de @ Tempo,!—e Repouso ysoager Conversagao © POUSS oyq PISCAIPM Comic es 00 tamento sgancho da chamada Fig. 12 Transmissio telefdnica 4 CapiruLo 1 Cada linha de assinante é alimentada pela bateria da central telefnica por meio da respectiva ponte de alimentagdo. Como se Vé na Fig. 1.2, com o telefone no gancho nfo hé corrente na linha ~ 0 capacitor em série com a campainha bloqueia a passagem de corrente continua. Caso se complete uma ligagdo para esse telefone, a corrente alternada de toque faz. soar a campainha. Quanto se tira 0 telefone do gancho a ligaciio da linha é transferida da campainha para o telefone propriamente dito, com cépsula transmissora, cépsula receptora e disco (ou teclado). A edpsula transmissora ¢ enti alimentada pela bateria da central — a pressio actistica varidvel da voz modifica a resisténcia elétrica da cépsula transmissora ¢ produz variagio andloga de corrente, que se divide entre a linha e a rede de balanceamento. Na hfbrida do telefone, correntes em diregSes opostas nos enrolamentos primérios cancelam o sinal acoplado & cépsula receptora no secundario (nao totalmente ~ uma pequena fraco é mantida para que o usuério perceba sua propria yo). A corrente de voz proveniente do interlocutor na extremidade oposta percorre os enrolamentos primd- rios do transformador no mesmo sentido, acoplando sinal & capsula receptora no secundério. A discagem interrompe a corrente na linha conforme 0 digito discado (opgdo “pulso” — uma interrupedo para digito 1, duas para digito 2, .., dez interrupcdes para digito 0) para informar & central telef@nica o ntimero de telefone com o qual se quer completar uma ligag2o. Alternativamente a informagao de cada digito é repre- sentada por combinagées de sinais senoidais (opgdo “tom” — um par de freqiiéncias para cada digito). A central telefénica analisa 0 nimero discado (ou teclado) pelo usuario e completa a ligagao para o usuario de destino por meio de uma matriz de comutagdo. Na ponte de alimentagao, as componentes de corrente alternada do sinal de voz si separadas da componente de corrente continua de alimentagdo por indutores (curto-circuito para CC, alta impedancia para freqiiéncias de voz) e capacitores (aberto para CC, baixa impedancia pata freqiiéneias de voz). Numa ligago para usuério de outra central telefSnica, o circuito {que interliga as centrais de origem e de destino ~ conectado ao usudrio chamador na origem e ao usudtio chamado no destino ~ utiliza hibridas nas duas extremidades (a Fig. 1.2(a) mostra apenas uma das extre~ midades). O princfpio de funcionamento é o mesmo que na hibrida do telefone: a corrente proveniente da linha acopla sinal ao circuito de transmissio enquanto a corrente proveniente do circuito de reeepcao ‘acopla sinal apenas & linha e no ao circuito de transmissao (observe-se os sentidos opostos de corrente nos enrolamentos primérios de acoplamento ao circuito de transmisstio), desde que a rede de balancemento simule aproximadamente a impedineia de entrada da linha. 1.3 SINAIS ELETRICOS Denomina-se sinal elétrico x(1) uma tensao ou corrente “x” que € fungdo da varidvel independente tempo “4°, A cada instante de tempo r corresponde um tinico valor da fungdo x. Para os objetivos desse texto, sinais so sempre funcdes reais da varidvel real tempo. Num sistema elétrico real, se o valor absoluto de tensao |x()| entre dois terminais cresce com 0 tempo, ‘a0 exceder um determinado valor rompe-se a rigidez dielétrica do ar produzindo um arco voltaico que interrompe o crescimento da tenso. Do mesmo modo, se 0 valor absoluto de corrente |x(0)| cresce com 0 tempo e excede um determinado valor, 0 meio fisico que conduz essa corrente se rompe, interrompendo a corrente. Portanto, sinais elétricos fisicamente realizaveis tém valor absoluto limitado, ou seja: [x(O)| = M (real e finito). Sinais elétricos podem ser clasificados como: + analégicos ou digitais + deterministicos ou aleatérios + periddicos ou nio-periédicos + de energia ou de poténcia. 1.3.1 Sinais Anal6gicos e Sinais Digitais Sinal analégico é um sinal que varia continuamente com o tempo, podendo assumir qualquer valor dentro de um intervalo continuo como, por exemplo, a corrente elétrica na capsula transmissora de um telefone, acompanhando a variagao continua com o tempo da pressio actistica de voz humana (do usuario que fala a0 telefone), como na Fig. 1.2(b). Sinal digital é um sinal que s6 assume vatores dentro de wn conjunto discreto como, por exemplo, © sinal elétrico na interface de saida de dados de um microcomputador, IntropugAo 1.3.2 Sinais Deterministicos e Sinais Aleatorios ‘Um sinal é denominado deterministico quando seu valor é perfeitamente determinado para qualquer instante de tempo, ou seja, seu valor a qualquer instante de tempo fituro é conhecido a priori. Quando ha incerteza sobre seu valor antes que ele efetivamente ocorra, o sinal é denominado aleatério. De um sinal aleat6rio so conhecidos os valores ocorridos no passado, porém, quanto ao valor que venha a ocorrer num determinado instante de tempo, no futuro, 86 se pode prever a probabilidade de ocorréncia. Em sistemas de comunicacao eléitica, sinais de vor (analégicos) ou de dados (digitais) so exemplos de sinais aleat6rios, Onda senoidal de tenstio (anal6gica) e onda quadrada de tensio (digital) ~ normalmente utilizadas com sinais de teste ~ so exemplos de sinais deterministicos. 1.3.3 Sinais Periddicos e Nao-periédicos Denomina-se periédico um sinal que repete regular e eternamente (desde t = — até = eo) um dado padrao ~ 0 ciclo do sinal. A duragao T, de cada ciclo ¢ denominada pertodo de repetigio do sinal mimero de ciclos por segundo, f, = I/Ty, € 2 freqiiéncia de repeticao ou freqiiéncia fundamental do sinal periédico. A unidade ciclo/segundo recebe 0 nome de hertz (simbolo Hz), em homenagem ao fisico alemao Heinrich Rudolf Hertz que, em 1887, demonstrou experimentalmente a irradiagio de ondas eletro- magnéticas. ‘A fungao x(t) que representa o sinal periédico com perfodo 7, satisfaz, para qualquer ¢ e qualquer iniimero inteiro m, a condi x(t£nT,) =x, ap A tensio da rede elétrica — variando senoidalmente com o tempo entre valores de pico de +180 Ve —180 V, em ciclos com duragio T, = 1/60 segundos (freqiiéncia de repeticio f = 60 Hz) ~ é um exemplo de sinal periédico. Evidentemente trata-se de um modelo matemdtico, pois tanto a tenso de pico como a freqiiéncia da rede elétrica podem sofrer variagdes, dentro de certos limites, além da duragio nfo ser ilimitada afinal, os apagdes so uma realidade! Qualquer sinal que nao repete eternamente o mesmo padrio (ciclo) é um sinal ndo-peri6dico. Sinais deterministicos podem ser periédicos ou nio-periddicos. Sinais aleatorios sto, evidentemente, nio-periédicos por definicao (pois, se fossem repetitivos, poder-se-ia prever o seu valor em um instante futuro qualquer!) 1.3.4 Sinais de Energia e Sinais de Poténcia A relagio entre tensfo v(1) e corrente i(t), numa resisténcia R, € dada pela Lei de Ohm: »(#) = Ri(d). A tensio v(1) € a relagao entre a energia (dE) despendida para deslocar uma carga elétrica entre terminais, di da resisténcia e o valor (dg) da carga, v(¢ a. ea comente i(t) a relagdo i(t)= 2. A derivada, em relagiio & varidvel tempo, da energia dissipada na resisténcia R € uma fungdo do tempo — a poténcia instantanea: ny = € =i = 22 = Rm) aa) Poténcia e energia sio, portanto, grandezas relacionadas entre si — poténcia é a derivada da energia energia é a integral da poténcia sobre um dado intervalo de tempo. Poténcia instanténea é proporcional ao quadrado do sinal, seja ele tensiio ou corrente. Para R = 1 Q, #O TQ sinal (0) a poténeia dissipada por esse sinal sobre a resistencia R = 1 9: a expresso (1.2) assume a forma p(t) = i2()+1+Q. Denomina-se poténeia normalizada do Palt) = 70) a3) ‘A poténcia instantinea p(2) (em watts) dissipada sobre uma resisténcia R (em ohms), € p(t) = p,() * Ry Palt) se.x(f) € uma corrente (em ampéres) e p(t) = se a(f) € uma tensdo (em volts). 6 CapituLo 1 Como quadrado da fungio real x(0), p,(t) € uma fungao positiva nos intervalos de tempo em que x(t) # Oe nula para x(1) = 0: p,(®) = 0. ‘Ao se relacionar as poténcias de dois sinais sobre uma mesma resisténcia R — por exemplo, para compa- racdo entre sinal util e sinal interferente na entrada de um receptor ~ cancela-se o valor da resisténcia ‘comum a ambos os sinais. A poténcia normalizada € entéio uma forma conveniente para comparacdo de sinais. A energia normalizada do sinal x(1), num intervalo de tempo T, é a integral da poténcia normalizada sobre esse interval, Define-se como energia normalizada fotal de x() a energia normalizada, no intervalo det = —c af = +20 (interval com duragio T—> =): a te E,= an [poe feoe a) + Com p() = 0c é nao-nula em pelo menos algum intervalo de tempo ~ caso contrétio, nao existe sinal — a energia normalizada total nao pode, evidentemente, ser negativa nem nula: E,>0. Define-se como valor médio' de uma funcao g(t) da varidvel tempo a telagio: arp a anc 8 = limd f goat (as) Aplicando-se a fensdo x(t) sobre a tesisténcia R dissipa-se uma poténcia p(1) varidvel com o tempo. O valor médio da poténcia instantinea ¢ a poténcia média: mee 2, = p@ = =O a6) Em (1.6), x°(0) € 0 valor quadratico médio (= valor médio do quadrado) da tensao x(t): ap x fa = fmt f Som (4.6) O valor eficaz do sinal x(t) € ¢ = /x°(t) — a raiz quadrada do seu valor quadrético médio (expresso - R Do mesmo modo, com a resisténcia R percorrida pela corrente x(#) com valor eficaz o (expresso em A), em V). E imediato observar que a poténcia média dissipada sobre R € P,, = a poténcia média dissipada € P, = p() = R- (0) = Ro? Poténcia média normalizada P,,, = p,(f) ¢ valor quadratico médio x7(¢ @ do sinal x(t) sio numericamente iguais, seja x(0) tensio ou corrente. Observe-se, no entanto, que poténcia é expressa em W (wait) e valor quadritico médio em V? (volt a0 quadrado), se x(¢) € uma tensdo, ou A? (ampere a0 quadrado), se x(¢) € uma corrente. Considere-se, por exemplo, a tensio senoidal (freqiléncia de repeticlo f, hertz, freqiléncia angular 2f, radianos por segundo), descrita por x(t) = A cos(2ztf), para t de —e» a +s, Usando-se a identidade trigo- 1+ cos(2a) 2 nométrica cos*(a) = . obtém-se: a7 "Represena-seo valor médio de uma grandeza qualquer, ness texto, usando uma barra sobre a representagio da grandeza, Iwrrougao 7 cos? (2h ce 008 (4a) phere a, Area = a! ag = Lt cosa) +m ow(o) = Ltd jie ios 2afo Fig. 1.3 Determinaca0 do valor quadritico médio de x(¢) = cos( 2a). primeiro limite em (1.7) € evidentemente igual a 1. O segundo limite € igual a 0, pois o numerador é ap limitado, aor = ff cos(4afy) = oa af enquanto o denominador tende a infinito. fo tn Portanto a tensdo senoidal tem valor quadrético médio x°() = 4 e valor eficaz 0 = 4 fator de pico — relagio entre valor de pico e valor eficaz, k = A/o — é, para esse sinal, k = V2. Considere-se a tensdo senoidal da rede elétrica (freqiiéncia f,, = 60 Hz), com valor de pico A = 180 V (tensio eficaz ¢ = 127 V), aplicada sobre a resisténcia R = 4 Q de um chuveiro elétrico. A poténcia 2 2R média dissipada é P,, = = 4050 W. A energia consumida num banho com duragtio T = 6 minutos é: Tao ae A? oot 2 op = RT = 405 = 0 E Sie Qajypidt = AZT = By“ T = 4050.W X 360 = 1,458 X 108 J. Nesse caso, a transformagio de energia elétrica em energia térmica (efeito Joule) aquece a dgua que garante 0 banho quente. Sinais fisicamente realizveis (com valor absoluto finito) podem ser sinais de energia ou de poténcia, Um sinal x(¢) € considerado sinal de energia se sua energia normalizada total ¢ finita (e evidentemente néo-nula, caso contrério nao existe sinal): 0 < E, <=». Conseqiientemente, a poténcia média normalizada de um sinal de energia € mula: Pr, = Se a energia normalizada total do sinal x(t) € infinita tem-se um sinal de poténcia. A energia norma- lizada num intervalo de duragdo T do sinal de poténcia tende a infinito quando a duragio T do intervalo tende a infinito, porém a relacdo entre a energia e a duragdo do intervalo tende a um valor finito € ndo- nudo ~ a poténcia média normalizada € finita ¢ ndo-nula: 0 < Pyy < °°. Qualquer sinal (deterministico ou aleat6rio) limitado no tempo, isto é, nulo fora de um intervalo de tempo de duracdo finita T, é um sinal de energia, pois sua energia total é finita tt) att) ° pe 30 = $3 Tempo, !—+ Tempo, !— (2) deterministico (b) aleatério Fig. 14 Sinais de duragao limitada. 8 Carituot a0 x Al ‘Ae para f <0 —~ — As! para t >0 Ae arcais % io To @ postivos te —Tempo—> % 0 1 Tempo——+ (a) de energia (0) de potencia Fig. LS Sinais deterministicos ndo-periédicos de duragio ilimitada. Um sinal deterministico periédico repete-se eternamente, em ciclos com duragio T, (= periodo de repe- +42 ticlio). A energia normalizada de cada ciclo € E, =f x°()dt e a energia normalizada em n ciclos ¢ “iva nE,, A energia normalizada fotal do sinal (em um nimero n > « de ciclos) é, portanto, infinita, Fazendo T = nTy na expressao (1.6a) ~ um nimero n inteiro de ciclos ~ obtém-se: tty +h any 2 1 2 Lf a (ode = lime =) (at J Poa 8) Portanto, a energia normalizada total de um sinal periddico € infinita e sua poténcia média normali- zada, finita e ndo-nula, é igual & relagao entre a energia normalizada de um ciclo a duragio do ciclo. Conclui-se, entio, que todo sinal deterministico periddico é um sinal de poténcia, Sinais deterministicos ndo-periédicos com durag@o ilimitada podem ser sinais de energia ou sinais, de poténcia. Para se saber se o sinal é de energia ou de poténcia € necessério determinar-se sua energia normalizada total. ‘A Fig. 1.5 ilustra dois sinais deterministicos nio-periddicos de duracdo ilimitada (para t de = a +09). O leitor pode facilmente verificar, aplicando a expressio (1.4), que o sinal (a) é um sinal de energia (energia normalizada total finita: E,, = op poténeia média normalizada P,,, = 0.) enquanto o sinal (b) é um sinal de poténcia (energia normalizada total infinita: E, = o», poténcia média normalizada P,., = A). Sinais aleatérios com duracao ilimitada tém energia total infinita e, portanto, sio sinais de poéncia. Em termos priticos, o sinal aleat6rio de voz ou dados getado por um usudrio individual tem duragio limitada, pois ninguém fala ou interage com um servidor de Internet por um tempo infinito (embora algumas pessoas se aproximem disso...) €, portanto, tem energia total fizita. Porém, com usustrios indivi- duais se sucedendo na ocupacdo do canal de comunicag%o, o sinal transmitido pode ser considerado como existente para 1 desde —e> até +e, portanto, com energia total infinita e poténcia média finita e néo-nula um sinal de poténcia E importante, nesse ponto, chamar a atengiio para 0 conceito de dissipagdo de energia e poténcia. Em um chuveiro elétrico, a resisténcia percorrida por uma corrente elétrica se aquece — 0 chamado efeito Joule ~ transformando energia elétrica em energia térmica, Num sistema de telecomunicagées (Fig. 1.6) como, por exemplo, o sistema de radiodifusdio sonora, 0 sinal de éudio é processado no transmissor da emissora para ser irradiado na forma de uma onda eletromagnética. (0 transmissor funciona como fonte de tensZo para a antena transmissora, aplicando aos seus terminais, a tensio (0) € produzindo a corrente i,(t). A relagZo entre tensZo ¢ corrente na antena é sua impedancia Z=R, + R, + jX. A antena absorve energia vinda do transmissor e irradia uma onda eletromagnética que se propaga no espago. A resisténcia de perdas R, da antena é muito menor que sua resisténcia de irradiagao R,e apenas uma parte muito pequena da energia absorvida pela antena, R,is?(0), € dissipada sob a forma de calor, sendo a maior parte, R,i,2(1), efetivamente irradiada. A componente reativa X da impedéneia da antena é, normalmente, muito menor que a resistiva e pode-se entdo considerar Z = R,, Para maxima Iwrropugao 9 Onda eletromagnstica Energia recebida| Fig. 1.6 Sistema de telecomunicaco. transferéncia de poténeia do tansmissor & antena faz-se a resistencia de safda do transmissor igual a resis- tncia de irradiago da antena, R; = R, (e reatincia nula, X; = 0). A poténcia média irradiada pela antena oO R, éentio Py = ‘A antena receptora absorve energia da onda eletromagnética que chega até ela e funciona como fonte de tensao para o receptor, aplicando aos terminais de entrada a tensio y(¢) ¢ produzindo a corrente i,(0). A relagio entre tensdo e corrente na entrada do receptor é sua impedancia de entrada, Z, = R_ + jX.. Para maxima transferéncia de poténcia da antena receptora ao receptor faz-se R, = R, e X, = 0. A poténcia = média de sinal recebido (absorvida pelo receptor) € P. = ~ oe O sinal recebido € processado pelo receptor para produzir um sinal de dudio no alto-falante de safda, convertendo energia elétrica em energia actistica, 1.3.5 Representacdo de Sinais por Fungdes Para que se possa tratar quantitativamente sinais em um sistema de comunicagdes € necessirio repre- senté-los por fungdes. E conveniente, nesse ponto, revisarmos alguns conceitos de fungdes para aplicar & anilise de sinais. ‘Uma fungdo telaciona uma variével dependente y a uma varidvel independente (varidvel livre) x, de modo que a cada valor da varidvel livre x se associa um valor da varidvel dependente y. Essa dependéncia € explicitada colocando-se a varidvel livre entre parénteses junto a varidvel dependente: y = y(x). Por exemplo, considere-se a relagiio entre as varidveis dependente y e livre x como na Fig. 1.7. ‘A varidvel dependente y varia linearmente com a varidvel livre x no intervalo —1 = x = +2e é mula fora desse intervalo. {A variagiio linear € representada pela equagao da reta no plano x ~ y:y = ax + b, com fator angular (inclinagaio) a = s © b = y(0) = intercessio da reta com 0 eixo das ordenadas, Na Fig. 17: a —Le, por semelhanga de tridngulos, . donde yD CD b = 2.e a fungo que relaciona as varidveis dependente ye independente x é dada por (1.9). A cada valor a variavel livre x corresponde um tinico valor da variével dependente y: Fig, 1.7 Exemplo de fungio. / CapituLo 1 214) = (XX) woe) 9 ral fee 71 ove lo Deslocamento Deslocamento (@) deslocamento no sentido positive (0) deslocamento no sentido negative Fig. 18 Deslocamento de funcio. Hx + 2 para -15 x ve = { i eae el (1.9) 0 parax<=Lowx>+2 Duas operagdes sobre funcdes so especialmente importantes: a. Deslocamento Seja a fungao y(x) descrita por (1.9). A fungao z(x) = y( — xq), onde xy € um valor real positive fixo, assume, para um dado valor.x da varidvel livre, o mesmo valor que a fungo y(x) assume para varidyel livre com valor x — xy. Assim, 2(%) = (0), <1) = (1) e aly + 2) = (+2). E imediato verificar que a fungao z(x) = y(x ~ x4) corresponde a fungao y(x) deslocada de um valor xy no sentido positivo do eixo x (Fig. 1.8(a)). Analogamente, a fungao w(x) = y(x + x9) corresponde a fungio y(x) deslocada de x, no sentido negativo do eixo x (Fig. 1.8(b)). b. Rotagao Considere-se a fungdo r(x) = y(-x), que assume, para o valor x da varidvel livre, o mesmo valor que a fungao y(x) assume para o valor —x. A funcao r(x) corresponde a rotacdo da fungao y(x) em torno do eixo das ordenadas (Fig. 1.9). 2) = (+2) 10) =O) = +2 n= yo) = 43 Se a rotacdo da fungdo y(x) em torno do eixo das ordenadas resulta em uma fungdo idéntica, y(—x) = y(n), diz-se que a fungdo y(x) tem simetria par. Se resulta em fungdo com os mesmos valores ‘absolutos porém com sinais opostos, y(—x) = —y(x), diz-se que a funciio y(x) tem simetria émpar, Caso no atenda a nenhuma dessas condiges, a fungao y(x) € nao-simétrica, ‘A representagao de um sinal elétrico por uma fungio da varidvel tempo requer que se arbitre uma origem para o eixo de tempo. Pode-se arbitrar como t = 0 o instante que se achar mais conveniente e, ‘uma vez arbitrado esse instante, determina-se a fungdo que descreve o sinal. Por exemplo, considere-se a tensiio elétrica que cresce linearmente em um intervalo 7/2 desde a tensdo 0 até atingir a tensdo A e a partir daf decresce linearmente até retornar a 0 apds outro intervalo 7/2, Fora desse intervalo a tendo permanece eternamente em zero (Fig.1.10(a)). Fig. 1.9 Rotagao de funcao. Iwtropugéo 14 ott) A °. ' T J oo 4 —Tempo——+ 3 3 (a) sinal eletrico (b) fungao Fig. 1.10 Representagao de sinal elétrico por uma fungio, Esse sinal tem seu valor perfeitamente determinado a qualquer instante de tempo e nao apresenta um padrao repetido eternamente. Logo, € um sinal deterministico ndo-periédico. Com a origem do eixo de tempo arbitrada no instante em que a tensio atinge 0 valor maximo A, (0) = A (Fig.1.10(b)), 0 sinal pode ser deserito pela funcao: a = (1.10) Ou, numa forma mais compacta, com | f 1 para t <0: 8h a(t) = ain 0 i >F Considere-se agora que 0 padrao g() anterior se repete efernamente (de t = —s° até t = +20), em ciclos de duragao T, (com T, = T), como na Fig.1.11. A fungdo x(t), que representa o sinal periddico, € a soma de infinitos termos correspondentes 2 funedo g(t) deslocada para muiltiplos do periodo de repeticio, mT, onde m & um niimero inteiro entre —c° ¢ +22 — a repetigio eterna do padrio g(t). ‘Tem-se, nesse caso, um sinal com valor perfeitamente definido para qualquer instante de tempo e que repete, eternamente e de forma regular, o mesmo padrdo — um sinal deterministico periédico. sinal perisdico x() pode ser descrito pela expressio (1.12), onde g(t) € a fungio ndo-periédica descrita por (1.11): x0 = >) ge - mm) a2 Denomina-se fuunedo geradora do sinal periGdico (com perfodo de repeti¢zo 7,) a fungo que coin- 1, qh cide com a fungao periddica x(t) no ciclo centrado em f= 0 (intervalo ~ 5 = 1 = + Ze énula fora dese intervalo. Nesse exemplo, g(1) & a fungio geradora de x(). x Fig. 11 Sinal perissico. CariTuLo 1 Apenas 3 ciclos (com duragio T,) do sinal x(¢) estilo representados na Fig. 1.11 E essencial identificar-se corretamente, no sinal periddico x(s), 0 perfodo de repetigao e a fungaio que coincide com 1(f) no ciclo centrado em f = 0 ~ a funcao geradora. Por exemplo, uma onda quadrada bipolar de amplitude A pode ser representada por: x [A o< 19 = Scar —ntenny = (ommbeter 3 0 parar <0 our >T <5) Essa onda quadrada é um sinal periddico digital (pois 86 assume os valores +A e —A) com perfodo de repetigio T, = 2T - e nao 7, como se poderia achar numa andlise apressada de (1.13), e sua fungZo geradora ndo € p(t) ¢ sim: +A para 0<1T Considere-se um computador que emite regularmente um digito bindrio (bit, acronimo de binary digit, usado para designar os digitos bindrios 1 e 0) a cada 10 us, representando cada bit por um valor de tensio constante durante intervalo de tempo T; = 10 ws e igual a +3 V para o bit | ea 0 V para o bit 0. O sinal elétrico, na saida do computador, € entdo um sinal digital (s6 assume os valores diseretos +3 V ow 0 V), a taxa de 100,000 bits por segundo (= 100 kbit/s). Os bits ocorrem de forma aleatéria — a cada intervalo pode ocorrer o bit 1 ow o bit 0. Se em um ntimero total de intervalos m muito grande corte bit 1 em 1, dos intervalos e bit 0 nos 1 ~ m, intervalos restantes, a probabilidade de ocorréncia de 1 = p.com p adimen- bit lé tin( = peaprobabilidade de ocoréncia de bit 0 € tn sional e 0 < p <1. Uma seqiiéncia ilimitada de bits € um sinal elétrico digital aleatério descrito por: x) =D) aggtt — mT) sy (A para 0<1Ts ie sendoA 43, Ts = lOuse0

4 Instante de ‘observagio Fig. 1.12 Sinal digital aleat6rio. IwTRopugko 13. Fazendo T = nT;e observando que em n, dos n intervalos considerados a, = 1 (ocorréncia de bit 1) € nos intervalos restantes a,, = 0 (ocorréncia de bit 0) e que a integral de x°(1), em cada intervalo de duragio T; € (a,A)'Ts, 4 energia normalizada total do sinal &: B, = lim[mA27, + ~ m)0°%5] = lon (pa2Ts) = ain sinal tem entdo energia normalizada infinita ~ lizada € finita e ndio-nula, De (1.6a), obtém-se: um sinal de poténcia, Sua poténcia média norma- ny As + (n =m) n = tin ATs + my Ts Ly in *) me nly maln) ~ AP cay Sinais de dados e sinais de voz (ver Apéndice C) sao os sinais basicos transmitidos em sistemas de comunicagdes elétricas e sofrem a interferéncia do rufdo térmico (que seré analisado no Capitulo 7), Tanto 0s sinais como o rufdo sao tenses aleatérias que variam com o tempo. Sinais aleat6rios varis- veis com o tempo so denominados processos estocdsticos. Processos estociisticos de voz e de ruido térmico ndo podem ser descritos por uma fumedo do tempo (como o sinal digital do exemplo anterior) mas podem ser tratados estatisticamente. Com tensio eficuz ¢ fungio densidade de probabilidade p(x) tém valor médio de tensio e valor quadrético médio de tensio, respectivamente: = ind f woe - fr ind f =o = jin f some = Fanon ind fvoa = f y As fungdes densidade de probabilidade, para o ruido térmico e para o sinal de vor", sio respectiva~ -5 bv? ee e te, as fungdes de Ge = ede Laplace p(x! mente, as fungdes de Gauss p(x) = = iplace p(x) Um osciloscépio permite visualizar o passado recente do sinal, como para um sinal de voz na Fig. 1.13. Nao se pode saber, « priori, se a tenso a 1 ms no futuro seré igual, maior ou menor que seu valor atual. E importante destacar que 0 que distingue sinais deterministicos de sinais aleat6rios nao € a possi bilidade de representagao por uma funcao, pois alguns sinais aleat6rios - como o sinal de dados do exemplo anterior ~ podem ser representados por fungdes. © que distingue deterministico de aleat6rio 6 se seu valor é perfeitamente determinado a qualquer instante de tempo — sabe-se a priori o valor exato do sinal (sinal deterministico) ou se ha incerteza sobre seu valor futuro ~ s6 se sabe 0 valor exato apés a efetiva ocorténcia (sinal aleatério). Fig, 113 Sinal de voz visualizado em um osciloseépio, ‘er Apéndice K — Et 1.4 DOMINIO DO TEMPO E DOMINIO DE FREQUENCIA ‘A descrigdo de sinais em fungio da varidvel livre tempo € feita no que se denomina Doménio do Tempo. Em sistemas de comunicagées elétricas, no entanto, muitos dispositivos tais como linhas de transmisso, ampli- ficadores, filtros ete, respondem diferentemente a sinais de frequiéncias diferentes. E necessario, ent&o, que se possa descrever sinais em funcio da varidvel livre fregiléncia, ou seja, no Dominio de Freqiiéncia Convenciona-se denominar sinal a descrigo em fungdo da varidvel livre tempo (Dominio do Tempo) € espectro do sinal a descrigao em funco da varidvel livre freqliéncia (Domfnio da Freqiiéncia), ‘A ferramenta matematica que permite relacionar a descri¢Zo de um sinal no dominio do tempo com a correspondente descricao no dominio da freqiiéncia € a Andlise de Fourier ou Andlise Espectral. Essa é uma ferramenta matemdtica bésica e serd detalhada no Capitulo 2, 1.5 REPRESENTACAO FASORIAL Pode-se visualizar um sinal senoidal como um fasor — um vetor que gira no plano complexo, com . Ee freqiéncia angular constante, @ = “2 = 2% = 2 a 0 cada T, segundos (Fig. 1.14). O angulo formado pelo fasor com o semi-eixo real positivo varia linearmente rf, rad/s — completando uma volta (2:t radianos) a com o tempo, 6(7) = J2afydt = 2afyt + @, onde a constante de integragdo @ = (0) € o angulo no instante arbitrado como t = 0. ‘A projecao do fasor sobre o eixo real é o sinal real do tempo, x(0) = E cos(2nfat + @), caracterizado por trés pardmetros: * freqiiéneia: f, = 1/T, (Hz) * amplitude (médulo): por definigdo, ndo-negativa, E = 0 + fase: @ = angulo no instante arbitrado como t = 0: ~z rad = @ = + mrad, fasor w(t) é a fungi complexa do tempo: u(t) = Ecos(0) + JE sen() ag) Derivando ambos os membros de (1.19) em relagio a 6: ra = —E sen(®) + jE cos(@) = ju. Rearranjando os termos, “! = ja8. Integrando ambos os membros: In(u) = j@ + k, k = constante de integracao, donde: u=e-el (1.20) Exo imaginario Exo real Fig, 1414 Representacio fasorial InTRoDugAo__15. Para @ = 0, u = E em (1.19) eu = e' em (1.20), entio e* = E. Chega-se entio & expresso conhecida como Teorema de Euler : feos) + jeen(@) = a2 De (1.21) obtém-se: cong) = Ate? (1.22) © sen(g) = Pe (123) ET Na Fig. 1.15 0 sinal real do tempo x(t) = E cos(2xfyt + @) é a parte real da exponencial complexa de freqiiéncia positiva +f, ¢ médulo E: x(t) = Re[Eei@at +01] (1.24) ou alternativamente a soma de duas exponenciais complexas, uma de freqiiéncia positiva ¢ outra de freqligncia negativa, ambas com amplitude E/2 e simétricas (freqiiéncias +f, e fy, com fase +9 e —$, respectivamente): ae = BertOns+) 4 Bersaaty +0 (1.25) Observe-se que a soma das exponenciais complexas simétrieas é real. Quando se considera apenas a parte real da exponencial complexa de freqiténcia positiva, tem-se espeetro unilateral. Quando se considera a soma de exponenciais complexas de freqiléncias positiva e negativa, tem-se espectro bilateral. \e radls Exo imaginario Ehxo real ye reds Fig. 1.15 Frequencia positiva e froqigncia negativa: espectro bilateral 1.6 ORGANISMOS NORMATIVOS Ao longo desse texto so feitas referencias a alguns documentos normativos de duas entidades: uma inter- nacional, a UIT ~ Unido Internacional das Telecomunicagées e outra nacional, a TELEBRAS ~ Teleco- municagdes Brasileiras S.A. E oportuna uma breve descrigao a respeito desses organismos, bem como da ANATEL — Agéncia Nacional de Telecomunicagdes, no Brasil 1.6.1 UIT - Unido Internacional das Telecomunicagées Em 1865 foi fundada a Union Télégraphique com o propésito de desenvolver padres para comuni- cages telegrificas. Transformada em organismo da ONU (Organizacdo das Nagdes Unidas), em 1947, 16 CapituLo 1 passou a se chamar Unio Internacional das Telecomunicagdes ~ UIT (conhecida pela sigla ITU, do inglés International Telecommunication Union) e compreende atualmente cerca de 170 paises. Até 28 de fevereiro de 1993 a ITU dispunha de dois Comités Consultivos: 0 CCITT (sigla em francés de Comité Consultatif International de Téléphonie et Télégraphie). cesponsivel pelo estudo de questdes téenicas, operacionais ¢ tariférias sobre telefonia, telegrafia e comunicagdo de dados ¢ emissio de Recomenda- (des sobre essas questdes a fim de normatizar as telecomunicagdes em nivel mundial, e o CCIR (sigla fem francés de Comité Consultatif International de Radio), com as mesmas atribuigdes em questoes de radiocomunicacdo (comunicagao Via rédio terrestre, espacial e radiodifusdo). Em consequléncia de um processo de reestruturagio da UIT, o CCITT e © CIR foram substitufdos, a partir de 1° de margo de 1993, pelo ITU-T (ITU Telecommunication Standardization Sector) ¢ pelo YTU-R (ITU Radiocommunication Sector), respectivamente. ‘O CCITT publicava, a cada quatro anos, um conjunto completo e atualizado de suas Recomendagdes distinguido cada emissao pela cor da capa. Desde a publicagio do Livro Azul (1989), 0 ciclo de quatro ‘anos foi abandonado e as Recomendagées passaram a ser atualizadas individualmente quando conveniente, sendo entao emitido um documento branco (white paper). E interessante que o leitor se familiarize com esse organismo normativo internacional acessando 0 sife: wwwitu.int 1.6.2 Telebrés - Telecomunicagées Brasileiras S.A. Criada em 1972, a Telebrés compreendia 25 empresas operadoras estaduais, uma empresa operadora interestadual ¢ internacional (a Embratel) ¢ 0 Centro de Pesquisa ¢ Desenvolvimento (CPqD). Dividida ¢ privatizada em leildo realizado em 29/07/1998, a Telebrés deixou de existir, porém seus documentos normativos (as Prdticas Telebrds) sio ainda referencias importantes para a Engenharia de Telecomunica- ‘goes brasileira. Ao longo de seus 26 anos de existéncia a Telebrés contribuiu de forme significativa para 6 desenvolvimento de uma engenbaria genuinamente brasileira por meio de suas empresas operadoras (3s “Yeles” estaduais ¢ a Embratel). Por intermédio do seu Centro de Pesquisa ¢ Desenvolvimento em Teleco- municagoes (CPqD) criou tecnologias nacionais de ponta entre as quais vale citar os desenvolvimentos tecnolégicos em fibras épticas ¢ optoeletronica associada, multiplex digital (a familia MCP), rddio digital (RADI2¥ e outros) ¢ comutagdo digital (centrais telefénicas da familia Trépico), todos eles transferidos 2 indéstria brasileira para produgio no pais, gerando empregos para brasileiros. A Telebrés nao mais existe porém, em tributo a sua contribuigdo & Engenharia brasileira fruto do esforgo e dedicaglo de toda ‘uma geragdo de engenheiros brasileiros, faz-se aqui esse registro hist6rico 1.6.3 Anatel - Agéncia Nacional de Telecomunicagoes 'A partir do processo de privatizagio do Sistema Telebrés, o érgo normativo de telecomunicagoes no Brasil passou a sera Anatel - Agéncia Nacional de Telecomunicagées, criada pela Lei Geral das Telecomunica~ g6es Brasileiras (LGT) como “...entidade integrante da Administragao Publica Federal indireta, submetida ‘a regime autérquico especial e vinculada ao Ministério das Comunicagdes, com fungao de érgdo regulador das telecomunicagées ...” (Lei n° 9.472, de 16/07/1997, Livro Il - Titulo 1 Art. 8°. "Toda a legislacao, normas, regulamentos ¢ outros documentos normativos sobre telecomunicagdes no Brasil esto disponiveis no site da Anatel; www.anatel.gov.br. E recomendivel que o leitor visite 0 site da Anatel para conhecer esses documentos. 17 ALGUNS EVENTOS NA HISTORIA DAS COMUNICACOES 1835 — Samuel Finley Breese Morse realiza a primeira experiéneia com o telégrafo. 1838 — Morse requer patente de seu invento. 1844 — Morse constr6i linha telegréfica entre Washington ¢ Baltimore, financiada pelo governo ameri- cano, Morse oferece a patente de seu invento por US$100 mil ao governo americano que a recusa, por consideré-lo nao rentivel. A explorago do servigo passa a ser feita pela iniciativa privada. 1852 — Em 11 de maio de 1852 ¢ inaugurada a primeira linha telegréfica no Brasil, entre a Quinta Impe- rial e 0 Quartel do Campo, no Rio de Janeiro. IntropugAo 17 1864 — Publicagdo do artigo “A Dynamic Theory of Electromagnetic Field”, de James Clerk Maxwell. 1866 Operacio com sucesso do primeiro cabo telegrifico transatlantico, ligando os EUA & Europa. 1874 — Inaugurada linha telegrafica por cabo submarino da Western Telegraph Co. entre Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Para, em 21 de janeiro de 1874. = Inaugurada linha telegrdfica Rio de Janeiro - Vit6ria, = Inaugurado cabo telegréfico submarino Brasil - Portugal. 1876 — Alexander Graham Bell apresenta seu invento, o telefone, na Feira do Centenério dos EUA. Bell requer patente do seu invento e, duas horas mais tarde, Elisha Gray requer patente de um dispo- sitivo semelhante. Apés longa disputa judicial, foi dado ganho de causa a Bell 1877 — Instalada a primeira linha telefOnica comercial do Brasil, ligando a loja “O Grande Magico”, de ‘Antonio Ribeiro Chaves (no Beco do Desvio, 86 - hoje Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro) a0 Quartel do Corpo de Bombeiros. — D. Pedro II ordena a ligaedo, por linha telefonica, entre 0 Palécio Séo Crist6vao, na Quinta da Boa Vista, ¢ as residéncias de seus ministros. 1878 — Primeira central telefnica (manual), com oito linhas compartilhadas servindo a 21 assinantes, ativada em 28 de janeiro de 1878, em New Haven, Connecticut - BUA. — Primeira ligagao telefonica interurbana no Brasil, entre a Estagdo da Estrada de Ferro Paulista, em Campinas, e a Estagio Inglesa (atual Estagdo da Luz), em Sao Paulo, realizada pelo engenheiro da Corte, Morris Kohn, 1880 — Formada a Companhia Telefonica do Brasil, com capital de US$300.000. Seu funcionamento foi autorizado pelo Decreto Imperial n® 8,065, de 17 de abril de 1881. 1887 — Strowger desenvolve um seletor automitico (passo a passo) que permite a automatizagio do servigo telefnico. = Heinrich Hertz verifica experimentalmente a teoria de Maxwell. 1897 — Guglielmo Marconi patenteia um sistema de telegrafia sem fio (por radio). 1890 a 1900 ~ Convers, nos EUA, das linhas telefénicas de um tinico condutor, com retorno pela terra, para cireuito metilico (par de condutores), para resolver o problema de ruido ¢ interferéncia 1910 — Desenvolvimento de um sistema multiplex FDM experimental, pelo Major G.O. Squier, do U.S. ‘Army Signal Corps. 1918 ~ Inicio de operagio do primeiro sistema multiplex telefSnico comercial, entre Baltimore, Maryland ¢ Pittsburgh, Pensilvania, do Bell System. Era composto de quatro canais AM-SSB/SC operando nna mesma faixa de freqliéncias nas duas diregdes de transmissio e utilizando hfbridas para sepa- ragdo dos sentidos de transmissao (Mux Bell tipo A). 1920- Operacio da primeira estagao de radiodifusdo em Pittsburgh, Pensilvania ~ EUA. Os receptores foram desenvolvidos em 1918, por Armstrong. 1921 ~ Primeira central telefdnica automética da América do Sul, em Porto Alegre. 1922 — Primeira ligagio telefonica via rédio no Brasil, em 7 de setembro de 1922, com saudagao do presi dente Epitacio Pessoa ao presidente Herbert Hoover, dos EUA. — A Radiobrés (Cia. Radiografica Brasileira) inicia os servigos de telegrafia e telefonia via rédio ‘entre Rio de Janeiro, Nova York, Roma, Paris, Londres Berlim. 1923 - A Radio Sociedade do Rio de Janeiro (posteriormente denominada Rédio Roguete Pinto) inicia suas transmissdes. 1925 — Inaugurado o cabo telegritfico submarino da Italcable ligando Buenos Aires, Montevidéu, Rio de Janeiro, Fernando de Noronha, Agores, Mélaga e Roma. 1935 — Primeira emissora de TV, nos EUA. 1936 ~ Publicacdo do artigo de Armstrong “A Method of Reducing Disturbances in Radio Signaling by 1a System of Frequency Modulation”, introduzindo o sistema de modulagao de freqiiéncia (FM). 1937 - Concepgao do sistema PCM pelo engenheiro inglés Alec Reeves. 1939 a 1945 ~ Segunda Guerra Mundial ~ desenvolvimento dos sistemas de radar e microondas. 1948 — © Bell System instala o primeiro sistema de cabo coaxial costa a costa nos EUA, com 600 canais de vor, = Inventado o transistor, por John Bardeen, William Shockley e Walter Brattain, do Bell Labs. 1950— A TY Difusora (posteriormente denominada TV Tupi) inicia suas transmissbes de TV em Si0 Paulo. — © Bell System instala o primeiro sistema de rédio em microondas, com 600 canais de voz. 1956 ~ Primeiro cabo telefonico transocednico (EUA - Europa). 18 Cairo 1957 — Instalado o primeiro sistema telefénico por microondas do Brasil, interligando Rio de Janeiro, Sao Paulo e Campinas. 1958 A Companhia Telefonica Brasileira inaugura o sistema DDD entre Sao Paulo e Santos. 1960 ~ Criado o Servigo Nacional de Telex, dos Correios Brasileiros. 1962 - Langado o primeiro satélite artificial de comunicagées, o TELSTAR I. — Obtengiio do laser semicondutor. = A Lei n® 4.117 institui 0 Cédigo Brasileiro de Telecomunicagées; cria 0 Conselho Nacional de ‘Telecomunicagées (CONTEL); autoriza o Poder Executivo a constituir uma empresa pdblica para explorar, industrialmente, os servigos de telecomunicagdes postos sob o regime de exploragao da Unio e cria o Fundo Nacional de Telecomunicagdes (FNT) para ser aplicado no Plano Nacional de Telecomunicagées. 1965 — Constituida a Embratel como empresa piblica. — Primeiro satélite geoestaciondrio de telecomunicagdes da série Intelsat I = Transmissio de imagens de Marte pela nave Mariner IV. 1966 — O governo brasileiro compra a Companhia Telefonica Brasileira ¢ suas empresas associadas, a Companhia Telefonica de Minas Gerais e a Companhia Telefénica do Espirito Santo, responsdveis por 62,2% dos telefones entio existentes no pais. 1967 - Pelo Decreto-lei n° 162, de 13 de fevereiro de 1967, € transferido para a Unido o poder de conceder a exploracao dos servigos telefnicos que, até entZo, pertencia aos municipios. 1969 — Inaugurada a Estagdo Terrena de Comunicagao por Satélite da Embratel, em Tangua — RI. 1970 - Transmissao pela televisdo de imagens da chegada do homem 2 Lua. 1985 ~ 1986 - 1988 1990 — 1995 — 1998 ~ Obtengio da primeira fibra ptica com atenuagio inferior a 20 dB/km (C. Kao, da Coming Glass Works - BUA). Primeira transmissdo de TV em cores no Brasil (Festa da Uva, em Caxias do Sul - RS). Criagao da Telebras ~ Telecomunicagdes Brasileira S.A. Inicio do projeto de desenvolvimento de laser semicondutor no Brasil (Convénio Telebris — Unicamp). Criagdo do Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento em Fibra Optica Telebrés - Unicamp. ‘A Embratel inaugura o sistema de Discagem Direta Internacional (DDI). Criado 0 Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD) da Telebrés, em instalagdes provisérias cemprestadas pela Embratel em Campinas - SP. Inicio das atividades de desenvolvimento de sistemas de comunicagdes épticas no CPqD Telebras (Grupamento de Dispositivos Optoeletrénicos), Inauguragio da Sede definitiva do CPqD Telebris, em Campinas-SP. Langada no mercado brasileiro a fibra 6ptica de indice degrau, desenvolvida pelo CPqD Tele- bras Inicio da produco industrial de equipamentos MCP-30A (Multiplex PCM de 30 canais) desen- volvidos pelo CPgD Telebris. Obtengao de fibra 6ptica multimodo de indice gradual, com tecnologia do CPqD Telebris (atenu- agio de 3 dB/km em comprimento de onda de 0,85 nm). Conclusio do desenvolvimento do equipamento de linha éptica para 34 Mbit/s (ELO 34), Instalagio, no Rio de Janeiro (Cetel), do Primeiro Enlace Experimental de Comunicagées Opticas (ECO-D, desenvolvido pelo CPqD Telebris. Langamento do Primeiro Satélite Doméstico de Telecomunicagées do Brasil (Brasilsat I). BELLCORE langa o sistema SONET (Synchronous Optical Network). Produco, no CPqD Telebris, em escala piloto, de fibra 6ptica monomodo para operacio no comprimento de onda de 1,3 nm, com transferéncia de tecnologia para a indkistria nacional. CCITT inicia padronizacao da Hierarquia Digital Sincrona (SDH). Primeira série de Recomendacdes do CCITT sobre SDH (G.707/708/ 709), Instalagao do primeiro sistema de Telefonia Mével Celular do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Nova Recomendagio G.707 do ITU-T substitui as Recomendagdes G.707/G.708/G.709. Sistema Telebras € privatizado em leila realizado em 29.07.98. Intronugko 19. 1.1. Para os sinais descritos a seguir, para ~o> = 1 = +=, determine: a, O sinal ¢ determinfstico ou aleatério? sinal é periddico ou nio-perisdico? (O sinal é anal6gico ou digital? O sinal é de energia ou de poténcia? ‘Qual é a energia normalizada total do sinal? Qual € a poténeia média normalizada do sinal? a MW A pra |e] LAL. g(t) = ,comA =3VeT,=10us 2 0 paca [el > 4 = mT), com g(0) dado por (1.1.1), m inteiro, fs 1 com probabilidade p © 0

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