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CAPITULO 1 - FUNDICAO DE NETAIS E LIGAS. - INTRODUGAO I.1 - METODOS DE TRAMSFORNACAO DOS METAIS EM PECAS A indistria metalirgica utiliza varios metodos de transformacdo dos metais em pecas, a saber: - Fusaéo - Deformagdo plastica - Compressdo e sinterizagdo de pds metalicos - Usinagem - Soldagem Apenas o processo de fusao sera tratado neste tra- balho; com a designacao de “Fundicao™. u 1.2 - PROCESSOS DE FUNDICAO E 0 método pelo qual uma peca @ obtida, deixando- -se solidificar um metal lfquido (fundido) em um molde refratario, cuja forma corresponde, em negativo, a da peca desejada. 1.2.1. CLASSIFICACAO DOS PROCESSOS DE FUNDIGAO Devido @ importancia primordial do molde e aos nu- merosos processos e materiais usados para a sua confeccao, os processos basicos da fundicdo sao caracterizados pelo processo de moldagem empregado. Por sua vez os processos de moldagem, normal. mente usados, podem ser grupados e classificados como segue: , - Moldagem em areia @ verde - Moldagem em areia & verde secada superficialmen- te - Moldagem em areia seca na estufa - Moldagem em areia de macho - Moldagem em areia eglomerada com cimento +, = Moldagem pelo processp.C0, ~ a ex —Y - Moldagem em casca - Moldagei pelo processo de investimento - Fundig3o em moldes permanentes: -.Em coquilha, por gravidade - Em matriz, sob pressao. - Fundigao em moldes semi-permanentes - Fundigio por Centrifugagao - Moldagem em terra de fundigdo, natural e barro para moldes de tijolo ceramico. - Moldagem com chamote, mistura de refratarios calci- nados. - Moldagem em areia aglomerada com resinas (Vegetais ou sinteticas). - Moldagem no chao ow em poco - Moldagem utilizando géssoy ou grafita, ou materiais ceramicos. 1.2.1.1 - Moldagem em areia Descrigdo sumaria do processo 0 processo de fundicado utilizando, areia, na confec- dos moldes, consta das seguintes operagoes: ModeLagdo - Esta operagao compreende duas fases: 0 projeto do modelo, partindo do desenho da pega; Construgao do modego. NoLdagao - Esta operacdo também 6 dividida em duas partes: Escolha e pheparagdo do material a ser empregado na confecr ga0 do moldes ELaboragado do molde. Machania - KR semelhanca das duas primeiras operacdes, pode- riamos dividir esta operacao em trés estagios: 1. Projeto dos machos e das caixas de macho onde estes se- rao confeccionados. 2 - Escolha e preparagao do material (areia de macho) a ser empregado em sua confecgao. 3 - Elaboragao dos machos. Fusdo do metal - Esta operagao independe dos processos de moldagem. Consiste em aquecer o metal ou.ligar a uma tempe- ratura acima do seu ponto de fusao, em fornos, empregando como fontes de calor, combustiveis ou energia elétrica. cia do metal 1fquido para Vazamento - Consiste na transfere o molde, por meio de pammelas, geralmente revestidas de ma- terial refratario. A temperatura do vazamento do metal e a velocidade de enchimento do molde sao fatores que tem gran- de influéncia nas propriedades mecanicas das pegas. t Desmontagem - Consiste na retirada da pega, pela destruicao | do molde, por processos manuais: ou mecanicos. Limpeza, rebanbagdo, corte de canais e akimentadores ¢ aca- | bamento - consiste na retirada da areia aderida @ superficie! da peca, na eliminacao de rebarbas, no corte de canais & de | alimentadores e na eliminacao de defeitos que por sua natu- reza nao inutilizam a pega. Inspegado - Terminada as operagoes descritas no item ante- rior, as pecas sdo inspecionadas para verificagao de ocor- réncia de defeitos que poderao ocasionar seu refugo. A ins pecdo tem grande importancia em fundigao, principalmente, porque permite a observacdo dos defeitos que oconrem nas pe cas e a obtengado de dados para o estudo dos fatores que pro| vocaram os referidos: defeitos a fim de que possam ser corri} gidos. | 0 quadro I, a seguir, apresenta a sequéncia de opera- goes realizadas na fundigdo em areia., | A 04 5 NADRO Sequéncia de operacdes realizadas na fundigio em areia aa ———— Diregao e Planejamento Ta Preparagio da Noldagem Preparacaio de Areia carga metalica Lo Modelos Areia de Areia de Leito de + Mol dagem Fusao Machanaria } 5 eee | Moldagao fe———_! Fuso 1 Vazamento je#—————_____________] —i Desmontagem | Preparacao Pecas Areia usada ll Limpeza —t Corte de canais i Inspecao Pecas refugadas 7. | Pegas boas Le Sucata ‘| . Expedigio HP CAPITULO II - SOLIDIFICAGAO DE NETAIS E LIGAS | 1.1. INTRODUGAO Neste capitulo deverfamos tratar da modélacdo, de acordo com a sequéncia estabelecida no capitulo I. Entretanto, Para a elaboragao do projeto do modélo, @ necessario o conheci- | mento de algumas caracteristicas fisicas dos metais. 0 estudo do comportamento do metal, em fungado da variagdo decrescente da temperatura, que ocasiona mudanga de -estado fisico,variacdo de volume e alteragdo de suas partes acessorias (canais e alimenta dores). t 9 metal no estado 1fquido, comporta-se como um 17- quido qualquer, sofrendo apenas variagao em sua fluidez e volume Ao se transformar em solido adquire caracteristicas : definidas que variam de metal (ou liga) para metal e que depen- dem dos fenémenos de solidigicacdo: nucteagdo e crescimento de i cristais. II.2 - NUCLEACAKO A solidificacdo de metais se realiza por um proces- so de nucleagao e crescimento. Quando a nucleacio ocorre espon- |taneamente no interior de.um lfquido puro ela & chamada de homo jgénea. De um modo geral a variagio da energia livre em fungao do raio r de um embrido esférico que existe no 1fquido pode ser lestudado de acordo com a figura II.1 i | a medida que a temperatura se aproxima do ponto de solidificacaa Figura Il.1: Energias livres envolvidas na solidificacao de um iquido. Sendo: 4G = A diferenca de energia livre + thy Diferenga da energia livre entre sdlido e 1fquido SG.= Diferenca de energia livre da interface sélido-IT quido. Sendo AG = AG. - AG), vé-se que a formagio - de um raio critico a partir do qual © crescimento do nacleo seria mais estavel que sua refusio, est& associada a uma variagao po- sitiva de energia. Desta maneira um embrido deve ultrapassar es ta barreira de energia para que se transforme num nacleo e cres cer. Esta energia pode ser suprida pela meta estabilidade do sis. tema se estiver ocorrendo um super- Aes fAdammento t@amico (Ss R.T.), que o definiremos oportunamente. A variagdo do S.R.T. com o raio erftico & visto na figura (11-2). ‘gq Figura 11.2: Variacdo do S.R.T. "com o raig critico. 07 } A nucleacao hetexogénea ocorre na presenga de super ficies estranhas ao lfquido. Esta pode ser fornecida por impure- zas, partTculas estranhas ou| superffcies de recepientes. 0 efei- to fundamental da existencia da superficie estranha & reduzir a barreira de energia necessdria’a nucleagdo. A partir das - emmek gias interfaciais dos sistemas substrato (superficie estranha) -| - liquido; substrato-embr 0; embrido - 1Tquido, podem ser deter minadas as condigdes de nucleagao. A teoria admite muitas aproxi macoes e a comprovacao experimental @ parcial tendo portanto um efeito apenas semi-quantitativo. A nucleagao aumenta sensivelmente quando ocorre em condigdes dinamicas. Existem basicamente dois tipos de nucleagao. dindmica: nucleagio em um 1fquido super-resfriado (meta-estavel) | e aquela onde o ndmero de cristais. aumenta, ambas através de fa tores dinamicos. 0 primeiro caso realmente @ de nucleagao e os fato- res dinamicos que podem perturbar 0 equilibrio meta-estavel sa atrito, vibragdes e pressées pulsantes. 0 segundo caso corresponde na realidade a um fend- meno de multiplicagao causado pelas correntes convectivas no 17- { quido, correntes estas. induzidas dinamicamente. Os fragmentos cistalinos que sao obtidos e dispersados pelas correntes 1fqui das servem de niicleos para novos cristais. 11.3. PONTO DE FUSAG | A temperatura de fusdo de um metal @ a temperatura | afama da qual a forma mais estavel € a lfquida e abaixo dela a | forma mais estavel € a sdlida, A temperatura de fusao @ a Uni- ca na qual'o séTido e o 1fquido’ podem co-existir em equilibrio. | Admite-se para as aplicagées usuais, que’o ponto de fusdo de um | metal @ constante, embora possa variar ligeiramente com a pres- si0, pois, a pressao tende a favorecer.a formagao da fase soli- da ou 1?quida, mais densa. Logo,.o8 metais cuja fase sdlida ea J 08 mais densa (caso geral) o aumento da pressdo aumenta o ponto de | pressonde fusio. Excegdes a isto sio: galio, bésmuto, geamanio 1e sikicio, pois a fase menos densa @ a sOlida. Estes metais, co "° a agua, expandem-se ao se solidificarem.. | Néstes casos, o aumento da pressaodiminue o ponto de fusao. SOlido + Liquido + Ponto. de Fusao (+) denso (=) denso aumenta Sdlido » Liquido +» Ponto de Fusao (-) denso (+) denso diminue A equacdo de Clapeyron permite determinar a varia-~ Gado da Temperatura de fusdo, AT,. para a variagado da pressao aP, como ‘segue: aT Te = Vg) | ap L | Onde: T, = Temperatura absoluta de fusdo WV; = Volume de 1 grama do 1iquido V, = Volume de 1 grana do/s61ido L. = Calor Latente de fusdo Exemp£o: Para o-Niquel, o aumento de 1 atm. provoca a elevagao de 2,7 x 10°? °c no Ponto de Fusao. | Isot é@: oP = 1 atm | TF = 1788°K L = 74 cal/gr. ; . | d= 8,4 “at = 2,7 x 1079 % | L . (desprezivel) | d. = 8,9 09 Tabela II.1 - Ponto de fusao de alguns metais. 11.4 - CURVAS DE ESFRIAMENTO E£ DE AQUECIMERTO A tabela I1.1, mostra alguns exemplos de seiveree| ra de Fusdo para metais: Metal t,(°c) Mercirio - 30 | | Gatto 130 | | Estanho 232 \ | Bismuto 221 | | chumbo 327 | Antimonio 630 \ Aluminio 658 | Germanio 968 \ Prata . 960 i Ouro 1063 I Cobre 1083 | . Manganés 1220 : \ Niquel 1452 \ Cobaito 1490 \ Ferro 1530 | Paladio 1555 ] Titanio 1660 i Platina 1770 | Molibdénio 2750 | Tantalo 3000 | Tungsténio 3600 | \ | Quando o metal, puro esfria no estado liquido ou no estado sélido nfo se observa henhuna ariomalias © grafico tempe ratura versus tempo, mostra uma curvd- que indica um abaixamento da temperatura gradativamente menos acentuada no decorrer do tem po, tanto no estado 17quido, quanto no estado sdlido. -Entretanto, _quando’este metal puro passa do estado Viquido para ° sblidoputa 10 anomalia surge que resulta no encontro das duas curvas de -res- friamento do 1fquido e do sdlido, um pataman.A curva do esfria- j mento do estado Ifquido torna~se horizontal, e durante um certo tempo a temperatura permanece constante. Também, ocorre frequentemente que a Temperatura \ abaixa Ligeinamente e, em seyuida, se eleva e forma o patamar. Este fendmeno manifesta-se sem que nenhum calor tenha sido intro duzido no sistema que perde calor constantemente. De onde surge entdo 0 calor que no segundo caso eLeva a temperatura e que no primecao caso nao permite abaixa-La? 1 | © patamar acusa no nosso caso do esfriamento o mo-: mento e a temperatura de solidificacao. 0s Atomos que estio no estado lfquido em movimento, colocam-se lado a lado com regula- ridade e perdem com isso energia que fica disponivel. 0 fendme- no inverso ocorre no aquecimento, quando se atinge o estado de | jfusao: durante um certo tempo, pode-se continuar a fornecer ener (gia em forma de calor sem que a temperatura se eleve. Somente apds haver o metal recebido toda a energia necessaria para os mo vimentos atomicos, a temperatura do banho aumenta; tambéng neste caso forma-se o patamar: : | Em caso de ligas que solidificam, podem ocorrer tam [bém este fendmeno do patamar que significa a solidificagao em uma temperatura constante; entretanto, esta ocorréncia representa uma excegao que @ observada no ponto eutético: uma so fase, 1f- lquida, transforma-se em duas fases s6lédas. normalmente observa- ~se que uma liga bindria composta de dois metais, solidifica den |tro de um intervalo de temperaturas, em que uma parte do banho |44 formou uma certa quantidade de cristalitos, enquanto a outra Parte do banho se mantém em fusdo, A solidificagdo em um interva Jo de temperaturas ocorre nao somente, quando a fase liquida pas \sa para duas fases sdlidas, mas. também quando ela termina na for magao de uma sd fase, sdlida. 0 inicio de solidificagao € indica ido no diagram : Temperatura versus tempo por uma modificagéo da ldirecdo da curva. 0 joeiho que se forma, représenta um "Ponto ie parada". Frequentemente, este ponto @ muito menos nitido do _ que um patamars mas ele & também encontrado por ocasiao de trans formagdes que dcorrenm dentro do estado sélito. - of, eer . As figuras I1.3 a I1.5 representam estes casos. Patamar Temperatura Tempo Figura I1.3 - Temperatura de solidificacdo, Curva do esfriamen- : to de um metal puro. Temperatura Tempo Figura II.4 - Temperatura de solidificagao, Curva de esfriamen- } to mostrando o fendmeno do.super-resfriamento tér mico (S.R.T.). Estado Liquide Ponto de parada Iniciol..1. Woes. - a f “3 3 Intervalo da solidificagao % 3h. g : | 5|Fim da solidificagao a Estado sélido Tempo Figura II.5 - Curva de esfriamento, mostrando dois pontos de pa- rada eo intervalo das temperaturas em que se mani festa a solidificacao. | A exposicio destes fendmenos mostra que a relagao entre temperatura e tempo pode revelar o ponte de fusao de um metal puro; bem como o intervalo de temperaturas de solidifica- a0 no caso de uma liga metalica, tanto por ocasiao de umesfria mento como num aquecimento, 0 calor especifico, definido como o calor necessa- rio para elevar a temperatura d um grama de metal por 1 grau | centrigrado, revela em relacdo & temperatura a anomalia nitida da passagem do estado sdlido para o 1iquidos @ neste fendmeno que se baseiam as manifestagoes de irregularidade das curvas de esfriamento e aquecimento. A figura 11.6 mostra a relagdo entre calor espectfico e a temperatura para um metal puro. Metal puro especttico| cals) Calor, Temperatura que ind ca a passagem do es 0 fedo,golido para fquide Temperatura Figura 11.6 - Relagdo entre calor. especTfico e a temperatura pa , ra um metal puro. I1.5 - VARIACGAO DO VOLUME DO METAL Um metal no estado lfquido, aquecapdo a uma tempe- ratura acima do seu ponto de fusao, ao se resfriar até &@ tempe- ratura ambiente apresenta trés contracoes. 11.5.1 - Contragéo liquida - Resulta da variacio.do volu me do metal em decorréncia do abaixamento da temperatura, acima de seu ponto de fusao (temperatura de super-aquecimento) até @ temperatura de solidificacio. 11.5.2 - Contragao de a0 do volume do metal em con sico (de liquido para sdlido). idificagio - Resulta da varia- UBhcia da mudanga de estado fi- | | | i i | | | | | i ° | | i 1.5.3 - Conatracio sdlida - Decorre.da contracéo do me- tal sdlido pelo abaixamento da temperatura, do ponto de solidi ficagdo & temperatura ambiente. | A figura II.7 representa, esquematicamente,’esses trés tipos de contragdo (admita-se uma solidificagao muito len- ta, do fundo para a parte superior do recipiente). mo ii ae WY, |Contracao liquida_a % por cada Yy i, Z| 4 Nivel do metal a e°c 100°¢ VY “iA (Contragao de solidificagao, |bZ do volume do metal exis Contragao. so- lida c% do volume sdlido™ na temperatura de solidifica- Bao Yolume do metal & temperatura ambiente, Figura 11.7 - Represes “de solid squenibtl contragdes: 1iquida, ye S014 A figura II.8 apresenta um grafico das contragoes aproximadas que ocorrem, quando certa massa de aco fundido, de baixo C, se resfria de uma temperatura acima de seu, ponto de fu sao até @ temperatura aibiente. 3 cm /Kg 150, volume | °, especifico 145, 1,6%/100°C 4 Mo 534% | 135] 130] 12,8% 125 120! a 1600 1200 ~-600 Figura I1.8 - Mudanga do volume. especifico do ago de baixo C ao se esfriar no estado Viquido, solidificar e res- friar-se no & tado sdélido. TI.6 - CONSEQUENCIAS PAS CONTRAQUES Analizando o + sfriamento de um metal contido no recipiente esférico, representado pela figura 11.7, verifica~ mos 0 seguinte: - 0 volume do metal Iiquido, st atingir a temperatura de soli- dificacdo, sofreu i a % para cada 100°C de tem peratura decrescente (no caso do ago, da figura II.8, a = 1,6). a contragdo de ~ Durante a solidificagao howve ua redugdo volumétrica de b% (para o aco b = 5,34, figura II.8). Essas duas .contracé s exigem que se use um volume de metal 17 quido major do que o voluwe do mol - Ao se resfriar, da tempers agao 9 temperatura. ambiente, o metal se contrai de c % em volume (para o ago da figura 11.8, c = 12,8%). 0 volume da esfera metalica, & temperatura ambien- te, € menor do que o volume do molde. (Uma esfera de aco teria apenas 87,2% do volume do molde) Nas pecas fundidas a solidificagao se realiza do [exterior para o interior da massa lfquida e a gravidade como tam ' bem a pressao atmosférica atuam sobre o metal Viquido remanes~_ cente. As figuras que seguem (Figura II.9, a, b, c, d, e) mostram a solidificagao de um metal partindo das paredes do moi de. 0 vazio resultante da contracéo de solidificagao @ chamado jde chupagem ou botha de contragao ou ainda rechupo. | j Do exposto verificamos que a contracao de solidifi [Cacao pode ocasionar vazios (macro ou micro rechupos) nas pegas Jquer na sua superficie (Figura 11.9, e) quer no seu interior. A |contracao solida produz pecas de dimensdes menores do que o mol de (Figura 11.9, e) e pode ocasionar trincas e tensées internas em caso de pecas de formatos mais complicados (Figura II.10). Metal Liquidol |Metal Liquido L |Meté1 ee lo neta soli do Temperatura del {Temperatura d SN SN U1 if super-aqueci- solidificagao Sone ML 4 mento- —. fed ide.soli Hf ‘do ambiente/| Metal 56} {a Eagan. Wd Li | (a) (b) (c) (d) (e) Figura 11.9: Representagdo esquematica da solidifi: cacao de um metal sob acdo da pressdo atmosférica e da gravidade- csadmitir que o calor foi perdido somente pelas paredesdo molde. | A figura 11.10 representa uma pega com trinca devi do.@ contracao do metal ¢ a falta de Colapsibétidade (resistén- cia elevada) do material do molds. No ponto A da mesma figura, pode ocorrer tensdes iniernas devido 4 grande diferenga de mas- sas. AY ! ‘ he =a i | ! ) i | i Gifura IL.10 ~ Trinca resulteain da contragfa sdlida, por falta de cole te da areta do molde, 11,7 = MEIOS PARA 3 DAS CONTRAGUES A contnacta Liquide & compensada pelo metal exis- tente nos canis e nos siiuon A cons Lago 46. @ cor igida pelo superdémensio- namento do modelo, isto ga. 9 uodblo deve ser mator do que a pe- A condna ou rechupos nas pocas, @ elimi artiftcios: eay, que produz os vazios pelo cuprego das seguintes - Alimentadores, tati que tem por finalid per "mar ntes ou massalotes, te a solidificagéo. - Solidificagao direcional, «¢ consiste em promover uma dife- e¢) na massa 1fquida, de tal ma- aha inicio num determinado ponto da peca e termine no alinsntudur. A solidificagao se processa, portanto, segundo ui sentidy predeterminado: pega-alimentador. 0 emprego de alimenta renga de temperatura (qi neira que a solidifics ves sori estudado num dos préximos ca-" pitulos. IL.7.1, Meios pasa p ever a solidificacdo direcional - TE.7.1.1 - PELO AUK ONTO VA SECQAO Consideremos o ialds da figura 11.9, ‘no qual colo- camos um suplemento (4 lde primitive (figura 11.11). 8 terior para o interier vs vol jonde @. 6 a ni secgao maior do que o mol ificagHo processa-se do ex gundo a funcao Bek vt =-C, Jificado durante o tempo t e essura do a ik € uma constante. 0 voter kK depende do volume da massa fun- (ida e da condutibilidade tirwica do malde. As Vinhas isot@rmi- icas le 2, representa rag figuras £1.11(a) e (b), indicam es- itagios de solidificagio us usini abingidos depois de determina- ldos intervalos de tempo. ela (fig. 11.11) que a so- » lugar na secgdo menor, sendo ida. Esse fato permite deslo- ly vier secgdo, fora da pega, onde a ‘lidificagdo completa nefia, ori ‘em consequ jear 0 vazio ¢ ‘temperatura @ mai ara uma { | 1 | || || || 11.7.1.2 - EMPREGO DE RESFRIADORES Consideremos o molde representado pela figura 11.11) i cujo fundo substituTmos por um material melhor condutor de calor do que o das paredes laterais (figuras II.12 a, e b). Em conse- quéncia da diferenga de condutibilidade térmica dos materiais (das paredes laterais e do fundo) do molde, a velocidade de soli dificagao sera maior no sentido vertical (Figura I1.12(a)) do. que, no sentido horizontal. Portanto, a pega solidificara antes. do alimentador. 0 emprego de resfriador permite reduzir o volume do} alimentador (Figura II.12.b). 0 resfriador pode ser colocado em qualquer situagao no molde. Em geral situa-se em zonas em que a pega apresenta-se com maiores massas. Figura I1.12 - Emprego de resfriadores. (a) resfriador e alimentador (b) alimentador de menor volume e resfriador. I1.7.1.3 - ISOLANTE TERNTCO A promocgao da solidificagao direcional tem por ob- Jetivo diminuir a perda de calor no alimentador e aumenta-1a na [peca, isto &, fazer com que a peca solidifique antes do alimen- |tador. Na figura IT.13(a) representamos um alimentador envolvi- do por um material de menor condutibilidade térmica do que o ma terial do molde. Na figura II.13(b), apenas a superficie do ali |mentador foi recoberta com isolante. isqlante Figura I1.13 - Alimentador com isolante (a) Alimentador envolvido com material de menor condutibilidade térmica do que o material do molde. (b) Superficie do alimentador recoberta com iso- lante. I1.7.1.4 - COMBINACAO DE ISOLANTE TERMICO E RESFRIADOR Seria o caso de colocarmos um resfriador no molde, representado pela figura I1.12-ou um isolante térmico no alimen tador (figura 11.18). A velocidade de solidificagao da pega se- ria mais rapida (em ambos os casos) do que a velocidade de soli dificagdo do alimentador. Esses dois artiffcios combinados per- mitem-reduzir a massa dos alimentadores, o que representa gran- de econdmia de metal fundido. | 11.7.1.5 - EMPREGO DE MATERIAL EXOTERMICO | Consiste em cobrir superficie 1fquida do alimenta--. dor ou revestir suas paredes, com um material que, uma vez aque-| cido, reaja com o meio ambiente desprendendo calor. Desta forma, | a temperatura do alimentador sera conservada, durante a solidifi cacao. | I1.7.1,6 = ACRESCTMO Muitas vezes nao € possTvel alimentar um certo pon to de uma peca, em consequéncia da espessura de suas paredes.Nes te caso estas paredes devem ser aumentadas. Assim, o alimentador, em A, figura 11.14, nao alimentara o ponto C, porque o ponto B : solidificara antes de C. 0 acréscimé D promovera a solidificacao direcional de C para A, evitando um rechupo em C. Figura II.14 - Acréscimo A = alimentador; B = parte em solidificagado antes de C; ponto'provavel de rechupo; D’= Acréscimo. | a — I1.7.1.7 - DESENHO ADEQUADO DAS PECAS OU EMPREGO DE RES- FRIADORES EM LOCAIS ADEQUADOS. | | Os rechupos ocorrem normalmente nas zonas de encon- | tro de seccées diferentes. Assim, as pecas representadas pela \figura I1.15, @ provavel que ocorram rechupos nos pontos A e B. \Na pratica, determinam-se os locais -provaveis de ocorréncia de rechupos, tragando-se circunferéncias em diferentes partes do desenho da pega. Nos circulos de diametros maiores ha sempre possi- \bilidade da ocorréncia de bolsas de contragao. Figura II.15 - Possibilidade de ocorréncia de rechupos. Modo de determinagao dos rechupos. | Na maioria das pecgas as secgdes se encontram for- | mando as seguintes letras: L, T, V, Xe Y. Modo de evitar os rechupos no encontro das secgdes que formam essas letras: - Em L - Arredondando-se os angulos de encontro das secgoes (fig, I1,16 a eb} de modo que © a 23 secg&o arredondada seja menor ou igual as outras duas. - Em Y - Arredondando-se os angulos de encontro das seccgoes (Figuras II.17 ae b). - Em T = Colocando-se um macho na zona de uniao. das duas seccdes (figuras II.18 a e b). - Em Y + Colocando-se um macho na zona de uniao das trés seccdes ou arredondamento dos 4n, gulos (figuras 11.19 ae b). - Em X ou em Cruz = Promove-se o desencontro dos bragos da cruz (figura 11.20 ae b), recaindo-se no caso : do T. Emprego de resfriadores em locais adequados. Em ca so de impossibilidade de modificacgdes das seccdes em L, T, Vs X e Y, podemos colocar resfriadores de acordo com as figuras II1.16 a, 11.17 a, TI.18 a, 11.19 a, 11.20 a, promovendo desse modo, a solidificagdo direcional e evitando a ocorréncia de rechupos nos locais indicados pelos circulos A. resfriador (a) Figura 11.16 - Secgao em L P on 1 oD oe * wed (a) Figura 11.17 - Secgao em V resfriador (a) o\testirtador Figura I1.18 - Seccao em T Figuta IT.19 - Secgao em Y. (b) (bo) acho acho A Resfriador \ Figura II.20 - Seccao em X. 11.7.1.8 ~ Reversdos a) Parcial; b) Total. a - As figuras I1.21(a) e (b) mostram um exemplo de reversdo par cial vaza-se o metal na posigdo (a) e em seguida muda-se a inclinagio do molde de acordo com @ figura b de maneira que o alimentador fica mais elevado do que o restante da pega. Figura 11.21 ~ Reversao parcial b - Na reversao total, o molde, logo apds o vazamento @ inverti- do. A figura I1.22 mostra a fundicgao de um cilfncro. A soli- dificag’o direcional @ conseguida porque o metal do alimenta dor sendo o iiltimo a entrar tem uma temperatura mais elevada do que o metal do cilindro. Com a reversdo, o alimentador fornece metal liquido ao cilfndro pela acao da gravidade. Figura 11.22 - Reversao total. 1I.7.1.9 - CANATS EM DEGRAUS E usado em pecas muito altas, comecando o enchimen to do molde pelo fundo e terminando na parte superior, onde se encontra o alimentador que recebe o metal mais quente (figura 11.23). | 27 | Figura 11.23 - Canais em degraus I1.7.1.10 - ENCHIMENTO DOS ALIMENTADORES Em certos casos costuma-se terminar o enchimento do j molde colocando-se metal nos alimentadores, principalmente, quan- | do o enchimento se realiza pelo fundo do molde, caso em que “0 alimentador em céu aberto @ a Ultima parte a receber o metal (figura 11.24). Figura I1.24 - Alimentador a céu aberto | a 7 11.7.1.11 - EMPREGO DE MATERTATS DE CONDUTIRILIDADE TER-. MICA DIFERENTES. | | A solidificagdo direcional podera ser obtida de acordo com a figura II.25, pelo emprego de materiats: de conduti bilidade térmica diferentes. carboneto de $i aglomerado Magnesita moide. \ Restrtador de ago ‘Figura 11.25 - Emprego de materiais de condutibilidade térmica diferentes, 1T.7.1.12 = ConcLUsxo | Procuramos apresentar alguns problemas relativos @ solidificagao, mostrando sua influéncia nas caracterfsticas me-" canicas das pecas na ocorréncia de defeitos. Do exposto, verifi. caremos que'durante o resfriamento do metal ocorrem uma contna- | gdo Liquida, mudanca de fluédez, uma contnagao de solidigicacao e uma contragdo so2ida, Alem disso, dependendo da composigao da liga eda velocidade de resfriamento (que @ fungao da condutibi- lidade térmica das paredes do molde), teremos a estrutura cris- talina do metal correspondente. Assim, os metais puros, ou qua- se puros, solidificam formando uma pelicula sdlida que cresce progressivamente para o interior da peca. Quando a parede é pla- na, a espessura da parte solidificada @ proporcional @ raiz qua- drada do tempo (x = k YE). A solidificagdo nos angulos reentran tes @ mais lenta do que nos salientes. Em moldes de areia o tempo de solidificagao pode ser representado pela formula de CHVORINOV. . Tempo = k ( Volume da pega 2 Area da pea tee A maioria das ligas solidificam dentro de uma fai~ xa de temperatura, o que origina uma zona pastosa, constituida de dendritas sélidas entremeadas de metal 1fquido. Quando essa zona nao recebe um suplemento de metal dos alimentadores, ocor- rem os microrechupos. Normalmente,as impurezas insolfiveis loca~ lizam-se entre as dendritas. Q'estudo da solidificagdo dos metais constitui um dos elementos essenciais para o projeto do modefo e de suas par tes acessorias: canais e afimentadonres. | TTL.2 - NOMENCLATURA DO SISTEMA DE CANAIS CAPITULO II] = PARTES ACESSORIAS DO MODELO 30 III,1 = SISTEMA DE CANAIS = FINALIDADE O sistema de canais tem por finalidade ‘conduzir o metal liquido do exterior para a cavidade do molde, devendo sa- tisfazer as seguintes condicdes. - Permitir o enchimento total da cavidade do molde - Evitar a entrada de gases, drosses, areia e esco- ria no interior do.molde. 5 - Evitar que o molde seja danificado pelo metal por efeito de erosao. - Facilitar a solidificagao direcional. 0 sistema de canais @-constituTdo-idas seguintes par tes (figura III.1). - Bacia - Canal de - Depdsito ~ Canal de - Canal de descida distribuicao entrada. Baci# em funil de descida Prolongamento_do canal de distribuigao Canais de entrada Figura 11.1 - Sistema de canais a-- Bacia - £ uma cavidade situada na caixa de cima e que se co munica como canal de descida. Pode ser feita simultaneamen te com o molde ou confeccionada com areia de macho e junta- da posteriormente. Finalidades: - Facilitar 0 vazamento do metal - Evitar © arrancamento de impurezas sdlidas, 17- quidas e gasosas pelo metal, para dentro do mol- de 7 - Em funil: Tipos de backa: E normalmente usada para pegas pequenas.Nao @ acon Thavel para pecas grandes, porque permite o arras- tamento de materiais estranhos para dentro do mol- de (Figura III.2a). Este inconveniente pode ser eliminado pela colocag&o de um chuveiro (disco perfurado de areia de macho) yonoi fundo da bacia (fi gura III.2.b) ou pelo emprego de um tampao (figura IIl.2c). Estes dispositivos permitem manter a ba- cia cheio de metal durante o vazamento, fazendo com que as impurezas mais leves se mantenham na su perficie do mesmo, néo sendo, portanto, arrastadas para a cavidade do molde. As bacias deste tipo de- vem ter o diametro igual @ altura. Contre de Oranwrcivrpente Ge lecaciona a becarsas Buaaaae ~ Bacia com descanso - E usada em pegas grandes. Normalmente & Figura III.3 - Bacia com descanso b feita em areia de macho, separada do mol de, para economizar areia de moldagem e reduzir a altura da caixa de cima. A bacia com descanso retém as impurezas, e evita a entrada do metal, no canal de descida, em forma de espiral com o con- | sequente arrastamento de ar para o inte- rior da pega. A bacia com descanso esta jlustrada na figura III.3. canat de descida - £ um canal vertical que Tiga a bacia ao | canal de distribuigao Deve ter a forma cOnica para propor- | cionar o aumento progressivo da pressao do metal, evitar | turbuléncia e aspiragdo de ar e umidade existentes na areia de moldagem. A (figura III.4a) mostra aturbuléncia do metal num canal de descida cilfndrico e a consequente aspiracdo de gases. A (figura I11.4b) apresenta um canal de descida | conico, com deslocamento do metal sem turbuléncia e sem ar-| rastamento de gases. | (a) Aspiracao de ar, grande (b) Aspiragdo de ar insuficiente Figura III.4 - Canais de descida c - Deposito - E um alargamento no fim do canal de descida. Tem por finalidade impedir a erosdo do canal de distribui- | ¢ao e diminuir a pressao do metal para evitar a aspiracao de gases na entrada do canal de distribuicao A figura III.4) ae b mostram a influéncia do depoOsito. Em canais de desci- da de grande altura costuma-se fazer o fundo do depdsito com areia de macho estufada, para evitar a erosao e o res+ pectivo arrastamento de areia para a cavidade do molde. d - Canal de distnibuigas - Liga 0 canal de descida aos canais de entrada. e - Canais de entrada - Comunicam o canal de distribuigao com a cavidade do molde. ~ II1,3 = COLOCAGAO DOS CANAIS 0 vazamento por cima € usado em pecas de desenho simples ou em pecas grandes, quando se constroi os moldes com T11.3.1 - VAZAMENTO POR CIMA | . | material resistente a erosao. | Caso de lingoteiras » pa ra quebrar o jato do metal e evitar a entrada de ar, areia ou escOria na cavidade do molde (figura III.2b). II1.3.2 - CANAIS NO PLANO DE APARTACAO Depois do método anterior, € a maneira mais simples | de situar os canais. Normalmente, o metal entra com certa turbi na no molde, arrastando impurezas e¢ ocasionando erosdo. Pode-se atenuar este problema reduzindo a velocidade de entrada do me= tal no molde pelo aumento gradativo da seccao dos canais de en- trada e pela construgao de dispositivos para a retengao da esco i ria, de drosses ou ainda para equilibrar a pressao do metal, de | acordo com as figuras III.5a. be c (para retencao de escéria | ou drosses) e figuras III.5d, e (para equilibrar a pressao). 0 | dispositivo da figura III.5d pode servir de alimentador. | Equilibrador | de pressao | Escumador (a) Escumador (b) | 36 Escumador Escumador A | ~L_/ \ | Pega __| Pega TNS J (c) (d) i Chuveiro i | (ateia de macho) Chuveiro } | i | | Figura III.5 - Canais da entrada 111.3.3 - ALIMENTACAO PELO FUNDO A turbuléncia e a erosao ficam muito reduzidas quando o metal entra pelo fundo do molde, entretanto, este sis- tema pode provocar gradientes de temperatura desfavoraveis,por- que o metal no alimentador pode ficar mais frio do que o da pe- ¢a (figura 111.6). Este inconveniente pode ser eliminado pelo sistema de canais em degraus, reversdo parcial do molde e reversao to- tal. Na alimentagao pelo fundo usa-se canais em chifre direto (figura 111.11 a) e@ canal invertido (figura III.11 b) para evi- tar a turbuléncia do metal na entrada do molde. Figura I11.6 - Alimentacdo pelo fundo I11.4 = PRESSAQ DO METAL NO SISTEMA DE CANAIS. III.4.1 - SISTEMA COM PRESSAO -* 0 sistema @ chamado com pressao quando a aréa dos canais a partir do canal de descida, na entrada do depodsito, vai diminuindo. Assim, a area do canal de descida é maior do gue a soma das areas dos canais de entrada (figura 111.8). Ha uma série de indicagdes para esta reducdo. Na (figura III.8) tem-se uma relagao 1 : 0,75 : 0,50 para as areas dos canais, isto @, tomando o valor unitario para a area do canal de des- cida, a area do canal de distribuicgdo sera 0,7£ desse valor e a soma das areas dos canais de entrada sera de . ,50 da area do canal de descida na entrada do depdsito. Neste sistema, o ca- nal de distribuigao deve ficar na caixa superton e ter sua area reduzida apds a saTda de cada canal de entrada (f:gura II1.9) @ os canais de entrada devem ficar na caixa de ba.xo. Normal- mente o sistema & usado para metais ferrosos. 1I1.4.2 - SISTEMA SEM PRESSAO 0 sistema @ chamado sem pressdo quando as areas dos canais vao aumentando. Neste caso, a area do canal de descida é menor do que a soma das areas dos canais de entrada (fig. 111.10). Ha varias indicagodes para a relacao entre as areas dos canais. Na figura 111.10, tem-se a relagdo 1; 3: 3. Neste sistema o canal de distribuigao deve ficar na caixa de baixo e os canais de entrada na caixa de cima, para reduzir a velocidade do metal e facilitar a eliminacao de drosses. Este sistema € usado para metais nao ferrosos, de baixa densidade. TII.5 - CONCLUSAO Um sistema de canais deve ser projetado e construf | do usando os seguintes objetivos: a - Facilitar a operagao de yazamento. b - Evitar a turbuléncia e redemoinho do metal ‘no canal de descida. © i \. \ | | | ! i | 1 c - Facilitar a separagdo de escoria e de drosse, do metal, antes de sua entrada nos canais. d - Evitar a aspiragdo de gases pelo metal, duran- te o vazamento e durante o seu deslocamento nos canais. | e - Evitar a danificacao dos canais e do molde pelo metal. 111.6 » NORMAS PRATICAS PARA VAZAMENTO E CONSTRUGAO DE CANATS - Conservar a bica da panela de vazamento bem préxima da bacia, de modo que o jato 1fquido atinja a parte da bacia que se | atha afastada do canal de descida. 1 - Encher a bacia de vazamento de modo lento e em seguida violen tamente, para prevenir a formagao de jatos em espiral na boca do canal de descida, os quais poderiam arrastar gases e impu-| yezas para o interior do molde. - Usar bacia com descanso ou com chuveiro. ~ 0 canal de descida deve ser cénico, para garantir a pressao do 1fquido na descida e evitar movimento em espiral. (Figura I11.4.b) - 0 diametro do depdsito deve ser o dobro do diametro do canal | de descida, para diminuir a velocidade do metal 1fquido ate- nuando seus efeitos maléficos ao ser transferido para o ca- nal de distribuicao. - A Grea do canal de descida deve ser igual ou levemente supe- rior 3 soma das areas dos canais deventrada, nos sistemas com pressdo e inferior, nos sistemas sem pressao. (c) Fig nn Para garantir um fluxo constante, o canal de distribuigao de ve sofrer, apds cada canal de entrada, reducdo de sua seccao de um valor equivalente a area deste (figura II1.9). Nos sistemas sem pressdo, usados para metais de baixa densi- dade (ligas de Al e de Mg) usar o canal de distribuicdo na caixa de baixo e os canais de entrada na caixa de cima. No sistema com press0 a situagao dos canais é inversa. Todos os canais devem ser projetados com raios bem pronuncia dos, principalmente nos pontos que mudam de diregdo e seccao} para evitar aspiracado de gases (figuras III.7 (a), (b), (c), (d)). 0s cantos devem ser arredondados. 0 canal de distribuigao deve ter um prolongamento apds a sat da do G@ltimo canal de entrada, para reter as impurezas (figu ra III.) \ v Errado (4) Certo ura II1.7°+ Mudanca de direcgao . A = 6,45 cm@ B = 4,84 cm? = 3,22 cm@ ° Figura [11.8 - Alimentagao com pressao Canais de entrada canal de distribuigao Figura II1.9 - Redugao do canal de distribuigao apds o canal de entrada. nn (OO B= 9,67 cm@ c= 9,67 cm? Alimentacao com Pressio figure III.10 - Alimentagado sem pressao Figura I11.11(a) - Canal em chifre 43 ALIMENTACAO SEM PRESSAO SASS SSS SX. Qos S NYO AAD \ OSS SS SY ASA Sess SSL SAS (b) - Canal em chifre. 2 5 a CAPITULO IV - ALINENTADORES Iv. INTRODUGAO Ao estudarmos a solidificacao de um metal (capitu- Jo Il), verificamos que este ao passar do estado 1iquido para 0 estado sdlido sofre uma variagdo volumétrica que depende do metal ou de suas ligas. Em pouquissimos de volume. Normalmente a massa metalica ficar. IV.1.1 = VARIACAO VOLUMETRICA DE casos ocorre o aumento s constrat-se ao solidi- ALGUNS METAIS METAL CONTRAGKO VOLUMETRICA PORCENTUAL Aco de baixo Carbono 2,5'a 3,0 Ago com 1,0% de Carbono 4,0 Aluminio puro 6.6 Cobre puro is... eeee cess eee eee 4,92 Ferro Fundido Branco 4,0 a 5,5 Ferro Fundido Cinzento 1,9 (podendo ou nao contrair e v A solidificacao das pegas de contato com o molde e progride para ocorrer o rechupo (bolba de contragao) . chupo localizou-se no interior da pega tuou-se na superficie. até mesmo aumentar de olume) tem inTcio na superficie o interior, onde deveré Na figura IV.1(a) 0 re- e na (figura IV.1(b) si- | | ( | | | | | Rechupo (b) Figura IV.1 - Localizagio do rechupo Os alimentadorés fornecem metal lfquido para erither as bolbas de contracao (figura IV.2 (a) e (b). Meee vy ey) \ \ (a) Figura IV.2 - Alimentadores a céu aberto IV,2 = TIPOS DE ALIMENTADORES Iv.2.1 - ALIMENTADORES A CEU ABERTO As figuras IV.2 ae b apresenta estes tipos de J | i | | | | alimentadores, situados na peca. Também podem ser colocados la- feralmente, entre a pega e o canal de entrada (figura IV.3). ALIMENTADOR Figura IV.3 - Alimentador a céu aberto | Os alimentadores a céu aberto ficam em contato com p ar. AS perdas de calor se processam por condutibilidade térmi ka, através das paredes do molde e por irradiacao e conveccao, pela superficie de contato com o ar, por onde 42 a 55% do calor | i 1 | \ € eliminado por irradiacao. TV.2,2 - ALIMENTADORES CEGOS i Em certos casos nao @ posstvel empregar alimentado res a céu aberto, principalmente quando o ponto da peca alimen- | tar @ muito distante da superficie. Neste caso usamos os alimen | tadores cegos, situados entre o canal de entrada e a peca (fig. | liv.4). | | | | \ macho atmosférica Canal de descida Canai de |_- entrada Alimentador cego Figura IV.4 - Alimentador Cego | 0 alimentador cego sofre a influéncia da pressao atmosférica através de um macho atmosférico (de areia permeavel) 0 que permite alimentar um ponto até cerca de 65 cm acima de su superficie. Vantagens do alimentador cego: - 0 metal quente passa através do alimentador, cedendo-lhe ca- lor antes de entrar na pega. - Nao tem contato direto com.o ar e portanto nao perde calor po conveccao e irradiagao. | - Pode ser colocado em qualquer situacao no molde. - Os alimentadores cilindricos com fundo ou topo esférico propor cionam uma relacdo minima superffcie-volume. = Podem-ser colocados em partes phanas das pecas o que faciliza €or 3 Fealca én Nesesvotvimento oa [uceslogiac Accarses humane _ 7B sua_remocao

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