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ROBERT S. PINDYCK DANIEL L. RUBINFELD MICROECONOMIA aT CS Leh! eee Hall PRoDUCAO EC se 6.1 Tecnologia de producéio 6.2. Produgdio com um insumo variével {rabalho) 6.3. Producéio com dois insumos varidveis 6.4 Rendimentos de escala Se tS at 6.1 Malthus e a crise de alimentos 6.2 Produtividade da mao-de-obra e podiao de vida 6.3. Uma fungéio de produsdo para o trigo 6.4 Rendimentos de escola na indsia de tapetes ~as preferéncias ¢ 0 comportamente dos consumidores. Agora, voltamo-nos para o Jad da ora, examinando o compertamen to das produtores. Yeremos o modo pelo qual as empresas organizam eficientemente sua producio e como seus custes de producio variam ’ medida que acorrem alteragoes nos pregos dos insumos e nos niveis| de producio, Veremos também que hi grandes semelhancas entre as Aecisbes de otimizacio por parte de empresas ¢ por parte de consumni ddores ~a compreensio do comportamento do consumidor vai nos aj dar a compreender 0 comportamento do produtor. ste capitulo e no priximo examinaremos a teoria da empre- sa, que mostra como uma empresa toma decisbes de produgao com base na minimizacio dos custos ¢ como os seus custes variam com © volume produzido, 0 conhecimento da teoria da produgio e dos custos ajudari a entender as caracteristicas da oferta de mercado. A teoria da producéo edo custo ¢ de importancia fundamental também para a ad- rministragio econémica da empresa, Pense em alguns dos problemas. com os quais uma empresa como a General Motors freqlentemente se defronta, Quantos equipamentos e quanta mao-de-obra na linha de 'montagem deverso ser empregados em suas novas [ébricas de auto- mvs? Caso a empresa queira aumentar sua producio, seri que deve- ria contratar mais trabalhadores, consteuir novas fabricas, ou ambos? Sera mais logico que determinada fabrica de automéveis produza di- Jerentes moaiclos ou que cada modelo seja produzido em uma fabica separada? Quais os custos que a GM deveria esperar para o préximo ano? De que forma tais custes pogeriam variar a0 longo do tempo & como poderiam ser influenciados pelo nivel de producio? Questies como essas nao se aplicam apenas a empresas privadas, mas também, a outros produtores de hens e servigos, tals como érgies governamen: fais e organizacbes sem fins lucrativos. N ‘9s tiltimos trés capitulos enfocamos o Jado da demanda do mercado As DECISOES EMPRESARIAIS QUANTO A PRODUCKO Nos capitulos 3 ¢4, para estudar 6 comportamento do const dor nés o dividimos em trés passos. Primeiro, explicamos como des; crever as preferéncias do consumidar. Segundo, consideramos 0 fato de que consumidores posstiem restrigées orgamentarias, Em seguida, vimos como, dadas essas preferéncias e as restrighes orcamentarias, eles podem escolher combinagdes de bens para maximizar sua satista «ao, As decisbes das empresas quanto a produgao sao analogas as de- cisdes dos consumidores quanto 3 compra de bens ¢, da mesma ma. nea, podem ser entendidas era trés passos: 1. Tecnologia de producio: precisamos de um modo pritico de descrever como os insuntes (trabalho, capital e matétias 160 | Parre ll PropuroRes, Consumibowes & MeRCADOS ComPETTVOS eoria de empress Ex: plieagte sobre come os ‘empresas tomam decises do minimizoco de csts 2 como exes cisor vo Fam come produsto fotores de produgdo Ie sumes que entom 80 proceso. produtvo (por exemple, webalh, co tpl motte primes) Senco de produce Furr 0 qo motra 9 prose trisano que une engree pee bir por coda com Braet pected dein primas, por exemplo) podem ser transformados em prodegdo (carros¢ televisores, por exem plo). Assim como o consumidor pode alcancar determinado nivel de satislacdo comprando di- ferentes combinagies de bens, uma empresa pode gerar determinado nivel de producso usan do diferentes combinacdes de insumos. Uma fabricante de eletr6nicos, por exemplo, pode produzir 10 mil televisores por més erapregando mio-de-obra maciga (se os trabalhadores fi zerem 9s aparclhos mo, por exemplo) ¢ muito pouco capital, ou construindo uma fabrica capital intensiva, totalmente automatizada, ¢ usando pouquissima mao-de-obra, 2. Restriges de custo: as empresas precisam levar em conta o price do trabalho, de capital e de outros insumos, Assim como 0 consumidor esté sujcito a um oxcamento limitado, a em: presa teré de se preacupar com seu custo de producto. Uma fabrica que produza, por exem plo, 10 mil celevisores por més vai querer faz2-lo de uma maneira que minimize seu custo 0 {al de producto, o qual é determinado em parte pelo prego dos insumos utilizados 3. Escolha de insumos: conforme sua tecnologia de producdo e o prego do traballio ¢ outros Insumos, a empresa precisard decidir quanto de cada insinno usat, Assim como o consumidor le vvaiem conta o preco dos diferentes bens ao decidir a quantidade de cada um que seré compra- da, a empresa precisa levar em conta o prego dos diferentes insumos ao decidir a quantidade de cada um que sera usada, Se nossa fabrica de eletrOnicos opera em um pais com baixos ni vels salariais, talvez opte por produrir televisores usando muito trabalho e pouco capita Esses Inés passos, que formam os alicerces da teoria da empresa, serio diseutidos em detalhes nes te capitulo e no priximo, Também abordaremas outras aspectos importantes do comportamento em presarial. Por excmplo: partindo do pressuposto de que a empresa est4 sempre usando uma combina- io de insumos minimizadora de custo, veremos como 0 custo total da produce varia conforme a. quantidade produvida e como se pace escolher a quantidade que maximizaré os lucros, Comegamos este capstulo mostrando come a tecnologia de producdo da empresa pode ser repre semtada na forma de uma feng de produgdo ~ uma descrigao resumida de como os insums se transfor- ‘mam em produtos. Em seguida, usamos a funcao de producio para mostrar como a produgao muda quando somente um dos instumos (trabalho) varia, mantendo-se os outros insumas fixos, Depois, pas samios ao caso mais geral no qual a empresa pode variar todos 0s seus instimos mostramos como ela escolhe uma combinagSo minimizadora de custos. Em particular, vamos prestar atengio desala de ope ragdo da empresa. Serd que ha, por exemplo, vamtagens tecnolégicas capazes de tornar a empresa mais produtiva a medida que a escala aumenta? 6.1 (SEC Durante. pracesso produtivo, as empresas transformann fnsumes, também denominados fatores: de producao, em produtas. Os fatores de producdo sao tudo aquilo que a empresa utiliza no processo produtivo. Numa padaria, por exemplo, os insumos incluem o trabalho; matérias-primas, como farinha ce agiicar; € 0 capital investida nos fornos, nas batedeiras e em outros equipamentos necessirios 3 pro: dco de paes, bolos ¢ confeltos Como se vé, pociemos dividir os insumos em amplas categorias de trabatho, matvias-primase cai: tal, podendo cada uma dessas incluirsubdivisées mais limitadas, O wabalho abrange os tabalhadores cespecializados (carpinteiros, engenhiciros}c os nao especializados (trabalhadores agricolas}, bem como 6 esforcos empreendedores dos administradores da empresa. As matérias-primas incluem 0 aco, © plistico,a eletricidade, a dgua e quaisquer outros materiais que a empresa adguira ¢transforme em um produto final. © capital inclut o terreno, as instalagies, a maquinaria e outros equipamentos, bem co- ‘moos estoques, A FuNcio DE ProbUCO As empresas podem transformar os insumos em produtos de vérias maneiras, usando vérias com binagdes de mao-de-obra, matéras-primas e capital. Podemos descrever a relagao entre os insumos do processo prosttivo eo prvi resultante como uma fie de precio, Uma fungéo de producao in. dca 0 produto maximo (volume de produgdo, 9, que uma empresa produz para cada combinagio es pecilica de insumos. Embora na pritica as empresas usem intimeros insumos, para simplifcar nossa * Neste capitulo ens seguintes,usaremos a varivelg para o produto da empresa ca varive @ para o produto do stor Carhuio 6 analise vamos nes concentrar em apenas dois insumos: 0 trabalho, L,€ capital, K: Poems, ento, es crever a expressao da funcio de producéo como: 4 FUEL) (6) Essa equacio nos diz que a quantidade de produto depende da quantidade de dois insomos ~ ca pital e tahalho. Por exemplo, a funcAo de producao poderia descrever a ntimera de computadores pes- soais que poderiam ser produzidos a cada ano por uma empresa que possui uma fabrica com mil metios quadrados e determinado niimero de operitios na linha de montagem. Qu poderia descrever a colheita que um fazendeiro pode obter com determinada quantidade de equipamentos ¢ trabalhadores £ importante ter em mente que 0s insumos e produtos sao fiuis, Assim, por exemplo, nosso fa- bricante de computadores pessoais emprega certa quantidade de trabalho por ano para produzit de {etminado ndimero de maquinas por ano. Embora ele seja dono da fabrica e das méquinas, podemos pensar que paga um certo montante por ano pelo uso disso tudo. Para simplificarmos, ignoraremos reqiientemente as referéncias ao tempo, mencionandlo apenas as quantidades de trabalho, capital e produto, A menos que seja expressamente indicado, entretanto, estaremos nos referindo sempre a quantidades de trabalho, de capital e de produto por ano. Como a fungao de producio permite que os insumos sejam combinados em proporgies variadas, 6 prodiuta pode ser geradio de diversas manciras. Em rclacao a cquacio 6.1, isso pode significar empre- {gar mais capital e menos trabalho, ou vice-versa, Por exemplo, o vinho pode ser produzido de modo in- {ensivo em trabalho, empregando muitas pessoas, ou, entdo, de modo intensivo em capital, ou seja usando muttas maqulinas e poucos trabalhadores. Observe que a equacio 6.1 aplica-se a determinada tecnologia isto é, um determinado grau de co- tnhecimento a respeito dos diversos métodos que poderiam ser utilizados para (ransformar insumos em produtos, A medida que a tecnologia se torna mais avancada ¢ a fungdo de producao se modifica, uma {empresa pode passar a obter maior volume de prodtugao por meio de determinado conjunto de insumos. Por exemplo, uma nova linha de montagem mais rapida poderia permitir que um fabricante de hard- ware produzisse miais computadores de alta velocidade emt um determinado period, {As func de procugéo descrever 0 que & tecnicamentevidvel quando a empresa opera gente ‘e, ou sea, quando utiliza cada combinagao de insumos da forma mals eficaz possivel. A suposicao de que a producio seja sempre tecnicamente eficiente nao & constantemente vilida; porém, &razosvel es perar que empresas que busquem lucros nao desperdicem recursos. CuRTO PRAZO VERSUS LONGO PRAZO Ajustar os insumos & producdo, dosando diferentes quantidades de trabalho e capital, no é um. processe répido, Uma nova fabrica precisa ser planjada e construida; as miquinas e os outros equipa- :mentos de capital precisam ser encomendados ¢ proxturidos. Tais atividades demoram um ano ot mais para ser completadas. Resulta disso que, se temos por referéncia as decisbes de producao em um curto. perfodio, como um més ou dots, € provavel que a empresa ndo seja capaz de fazer substituigdes impor: tantes entre trabalho e capita Como as empresas tém de considerar se 0s insumos poclem ser substituides uns pelos outras, ¢, nos casos em que isso pode ocorter, quanto tempo é necesséri para a substituicdo, € importante distin~ gtr entre curto e longo prazo quando analisamos a producio. Curto prazo refere-se a0 periodo no qual ‘um ou mais insumos nao podem ser modificados. Em outras palavras, no curto prazo ha sempre pelo ‘menos um [ator que nao pode ser modilicado; esse lator 6, por isso, denominado insumo fixe de pr0- dugao. Longo prazo corresponde ao periodo necessétio para tornar varidveis fees os insumos. Como seria de esperar, 0s tipos de deciséo que as empresas postem tomar sio muito diferentes no curto e no longo prazo. No curto prazo, as empresas podem variar a intensidade de utilizagio de deter- ‘minada fabrica e equipamentos; no longo prazo, as empresas podem modificar a capacidade das fabri. «as. Todos 0s insiimos fixos no curto prazo corresponcem aos resultados de decisBes anteriores de lon go prazo bascadas em estimativas das empresas daquilo que poderiam produzir ¢ vender com luc. Nenhum periodo especifico, por exemplo um ano, separa o curto prazo do longo prazo. Fm vez disso, & necessétio que se faca distingio entee eles caso a caso. Por exempla, o lange prazo pode set tio curto quanto um dia ou dois, no caso de um balcao para uma crianga vender limonada, e to longo quanto cinco ou dez anos, no caso de um fabricante de produtos petroquimicos ou de uma indistria au tomobilisica Veremos que, no longo prazo, as empresas podem dosar a quantidade de todos os seus insumos a fim de minimizar o custo de producao. Antes de abordarmos esse caso geral, porém, vamos comecar ‘com uma anslise de curto prazo, na qual somente um insume do processo proditive pade varia. Vamos, pois, pressupor que o capital scja o insumo fixo, ¢ o trabalho, o variavel Prooucto | 161 ‘iro pros Paiodo am fqve os quarfideder de tm ou mais flere de produto ro podem ser rodifcodae insumo fixe Falor de procure que néo pode Tonge prazo Tempo ne fetserio pare que ledos 2s insumes de producto poston te toreor veri. 162 Parte ll PRODUTORES, CoNsUMIDORES E MERCADOS COMPETTIVOS: prodvto médio _Produx to obo por uni da determinate nse produto marginal Po- Auto econo goredo ao crescent una vided ‘2um delice namo, C-F7- PRoDUCAO COM UM INSUMO VARIAVEL (TRABALHO) Quando uma empresa tem de decidir quanto vai adquirs de determinado insumo, ela tem de comparar o bencficio que obtera com 0 custo, As vezes,é interessante olhar para o beneficio € 0 custo «em uma perspectiva incremental, procurando saber qual seria o produto adicional que resltaria de cer. to incremento do insumo, Outras vezes, vem a ser mais interessante fazer comparagives na médi,con siderando o resultado de uma aumento substancial do insumo, Analisaremos os benelicias eos custos de ambos 0s modos Quando © capital €fixo, mas o trabalho é varve,o tinio jeito dea empresa aumentar a produ «fo € aumentandl oinsumo trabalho. Imagine, por exemlo, que voc® esta administrando uma fabr- ‘Trabalho mensal 30 Producao smensal por irabalhador 99 —Praduto médio - Produto marginal ‘Trabalho mensal (FEREERM] Produgdo com um insumo variavel (Quando todos os insumos sio fixos,exceto @ trabalho, a curva de produgio total mostrada em (a) represen: 120s volumes de producio correspondentes a diferentes quantidades do insume trabalho. Os produtos mé- dio e marginal em (b) 0 obtidos dretamente da curva de producao {usando os datos da Tabela 6.1). No ponto a em (a), produto marginal é 20, pois a tangente da curva de producio tem inclinagio igual 220..No. Ponto B em (a) 0 produto médio do trabalho ¢ 20, pois essa ¢ a inclinagio da linha OB. © produto médio do ttabalho no ponto C em (a) € dado pela inclinacio da lina OC, A esquerda do ponto E em (b), 0 produto, ‘marginal esta acima do produto médio, que esta crescendo, enquante a dircita do ponte E 9 produto margi nal esté abalxo do produto médio, que esta decrescendo. Como resultado, £ representa o ponte em que os produtos medio e marginal sao iguais, quando o produto médioalcanga seu maximo, ional tropecaria nos demais ¢ contribuiria para reduzir o produto total (de maneira que o produto, ‘marginal seria negativo) PropuTO MEDIO DA CURVA DE TRABALHO A relacio geométrica entre a curva do produto total ¢ as curvas do produto médio ¢ do produto ‘marginal é apresentada na Figura 6.1(a). 0 produto médio do trabalho ¢ o produte total dividido pela (quantidade total de insumo trabalho. Por exemplo, no ponto B, o produto médio é igual ao produto to- tal de 60 dividido pelo insumo trabalho de 3, ou seja, 20 unidades de produto por unidade de insumo trabalho. No entanto, isso comresponde 3 inclinagao da linha que vai desde a origem até o ponto B da Fi. ura 6.1(a). Em geal, 0 produto meio do taal é dado pela inctinagto da lita tragada entre o ponto de oi {fe &0 porta correspondentestuado sobre a curva do produto total Caituio 6 Provucio | 165. PRODUTO MARGINAL DA CURVA DE TRABALHO Como vimos, 0 produto marginal do trabalho é a variagio do produto total resultante do aumen- to de uma unidade de trabatho. Por exemplo, no ponto 4, 0 produto marginal € 20, porque nele a tan- gente da curva do produto total tem inclinagio igual a20. Em geral, e produto marginal do trabalho em de terminado ponto ¢ dado pea inclinagio da curva do produto total naquee porto. Poxlemos ver na Figua 6.1(6) ue 6 produto marginal do trabalho inicialmente apresenta uma elevacao, atingindo seu pico no ponte correspondente ao insumo tabalho igual a 3, posteriormente decrescendo a medida que percorremos ascendentemente a curva do produto total entre os pontos Ce D. No pont D, no qual 6 volume total de produc 6 maximizado, a inclinacao da tangente da curva do produto total &0, da mesma forma quae © produto marginal. Além desse ponto, o produto marginal toma-se negative, ‘A RELAGAO ENTRE PRODUTO MARGINAL E PRODUTO MEDIO. Observe a relagio grifica entre o prexluto medio & 6 produto marginal na Figura 6.12). No ponto 8, 0 produto marginal do trabalho (a inclinacao da tangen- teem relagio a curva de produgio no ponto B ~-nao mostrada explicitamente) é maior que o produto mé- dio (linha tracejada 08). Como resultado, o produto médio do trabalho aumenta quando nos movemos de B para C. Em C, os produtos médio c marginal io iguais—0 produto médi € a inclinacio da linha 0, en quanto o produto marginal € a tangente da curva de producao no ponto C (note a igualdaude entze 0s pro- Gutos médio e marginal no ponto F da Figura 6.1(b)). Por fim, quando nos movemos de C para D,o pro: duto marginal cai abaixo do produto médio: vocé pode comprovar que a inclinagéo da tangente da curva de produgdo em qualquer ponto entre Ce D é menor que a inclinagao da linha a partir da otigem. LEI DOS RENDIMENTOS MARGINAIS DECRESCENTES © produto marginal decrescente do trabalho (e um produto marginal decrescente de outros insu 'mos) acorre na maioria dos processas de presluao. A lef dos rendimentos marginais decrescentes diz que, & medida que aumenta 0 uso de determinado insumo em inerementos iguats (mantentlo-se f- xoy 0s demiais nsuimos}, acaba-se chegando a um ponto em que a produgao adicional esultante decres ce. Quando o insumo trabalho € pequeno (¥ 0 capital é fixo}, pequenos incrementios de insumo traba Tho geram substanciais aumentos no vahime de producéo, & medida que os funcionérins sio admitidos para desenvolver tarefas especializadas. Inevitavelmente, entretanto, a lei dos rendimentos marginals Gecrescentes entra em agio. Quando hover funciondrios em demas, alguns se tornario ineficientes, 0 produto marginal do insumo trabalho apresentard uma queda. A lei dos rendimentos marginais decrescentes geralmente aplica-se ao custo prazo, quando pelo ‘menos um dos insumes permanece inalterado, Entrctanto, ela também se aplica a0 longo prazo, Mes ‘mo que sejam variéveis todos os insumios da producéo no longo prazo, um administrador pode ter inte resse em analisar opcies de produgio para as quais um ou mais insumos devam permanecer inaltera- dos. Suponhamos, por exemplo, que apenas dois tamanhs de fabrica sejam vidveis ea administragao. tenha de tomar a decisio de construir uma delas. Entéa, a administracéo desejaria saber em que ponto a lei dos rendimentos marginais decrescentes passaria a aluar ema cada uma das duas alternativas. Nao confundla a lei dos rendimentos marginaisdecrescentes com possiveisalteragoes na qualidade da mao-de-obra 3 medida que aumentam as unidades do insumo trabalho (por exemplo, se todos os tra balhadores com alta qualificagdo fossem contratados em primeiro lugar, e aqueles com menor qualifica ‘io fossem contratados por Gltime). Em nossa andlise da produgio, adotamos a premissa de que todas 4s unidades do insumo trabalho témn igual qualidade; por conseguinte, os rendimentos decrestentes re- sultam de limitagdes no uso dos demais insumos mantidos inalterades (por exemiplo, equipamentos), € 1nao do declinia da qualidade dos tabalhadores. Também nao confunda rendimenios decrescentes com retomos negatives. A Tei dos rendimentos decrescentes descreve um produto marginal definate, mas nao. necessariamente um produto marginal negativ. A lei dos rendimentos marginais decrescentes aplica-se a uma tecnologia de produgio especttica Ao longo do tempo, entretanto, as invengées e outros avangos tecnoligicos podem vir a permitir que 1 dda acurva do produto total da Figura 6.1(a) seja deslocada para cima, de tal maneira que um maior vo- lume possa ser produzido com os mesmos insumos. A Figura 6.2 ilustra esse fato. Inicialmente, a curva do produto total corresponde a 0,, parém avancos tecnolsgicos podem permitir que toda a curva de pro uto total seja deslocada para cima, primeito até 0. ¢ depois até 0, ‘Suponhamos que, com o decorrer do tempo, 4 medida que se aumenta a mao-de-obra na produ- ao agricola estejam também ocorrendo avangos tecnolégicos,tais como sementes geneticamente mo dificadas que resistem as aplicagées de pesticidas, fertilizantes mais poderosos ¢ mais eficazes ou ainda ‘melhores equipamentos rurais. Nesse caso, o proctuto (otal softe uma vatiagao do ponto A (com uns sumo trabalho igual a 6 na curva 0,) para o ponto B (com um insumo trabalho igual a 7 na curva para 6 ponto¢ (com um insumo trabalho igual a 8a curva 0), po segundo o qual, con- forme vilzoedo do um insume cumento, com ou osinsmos mendes cons teres, a producdo odicior nol path dedetorminodo pont decrees, PropuToRes, CoNsuMIDORES E MERCADOS COMPETTVOS Producto por perioo so yas 67 8 9 WO Trabalho por period Efeito dos avancos tecnolégicos ‘A produtividade da mao-de-obra (volume de produsae por unidade de trabalho} pode aumentar se houver avangos tecnoligicos, mesmo que determiinado processe produtivo apresent simentos decrescentes pa 120 insumo trabalho. A medida que nos movemos do ponta 4, na curva 0, para, na curva O,-c para C,na curva 0,, a0 longo do tempo, a produtividade da mao-de-obra aumenta, ‘A movimentagio de A para B ¢ depois para Cestabelece uma relagio entre um aumento no insumo trabalho e um aumento no proditto total, dando a falsa impressdo de que nao estdo acorrendo rendimen tos marginals decrescentes. Na verdade, a mudanca na curva de produto total sugere que pavle nao haver ‘nenhuma implicagao negativa para o crescimento econémico de longo prazo. De fato, como discutiremos 1no Exemplo 6.1, néo considerar os avancos tecnol6gicos no longo prazo levou 0 economista Thomas ‘Malthus a prever erroneamente conseytiéncias calamitosas para o crescimento papulacional continuo, lei dos rendimentos decrescentes foi de fundamental importancia para 0 pensamento do eco- ‘nomista Thomas Malthus (1766-1834}.’ Malthus acreditava que a quantidade relativamente fixa de {eras existentes em nosso planeta veria insuficiente para o suprimento de quantidades necessatias de alimento, A medida que a populagio mundial crescesse. Segunda suas previsbes, quando ocarres se a queda tanto da produtividade marginal quanto da produtividade média da mav-de-obra e ain dda houvesse mais pessoas pata serem alimentadas, o resultado seria a fome em larga escala, Feliz- ‘mente, Malthus estava enganado (embora estivesse correto a respeito da aplicacao da lei dos rendi- mentos decrescentes para o trabalho) Nos tltimos cem anos, avancos tecnolégicos modificaram significativamente a produgio de alimentos na maioria dos pafses (inclusive em palses em desenvolvimento, como a india), de tal for- ‘ma qu 0 produto méiio do trabalho ea producéo total de alimentos tém apresentado clevacio, Tais ayangos incluem novas variedades de sementes de alto rendimento e alta resistencia as pragas, me- Ihores fertilizantes ¢ melhores calheitadeiras, Como mostra o indice de producio de alimentos na Ta- ela 6.2, a producdo global de alimentos tem excedide 0 crescimento populacional mundial de for- ma continua desde 1960.’ Esse aumento na produtividade agricola mundial é também ilustrado na Figura 6.3, que mostra a producdo média de ceteais de 1970 até 2001, bem como o indice de prego mundial para alimentos.” Note que a progucdo de cercais cresceu ininterruptamente nesse period, ‘Thomas Malthus, ayo the prin of opulation, 798, * os dados sobre a producto mundial de alimentos per capita sto da Organizaio das Nagbes Unidas para Alimen {aco e a Agricultura (FAO). Veja também hp://oppsfao.erg(scecione “Agriculture”, depos “Agricultural Production Indices”) * 0s dados so da FAO edo Banco Mundial. Veja também hp:///appsfo.org(slecione “Agriculture” e depois, na segio “Data Coletion”,selecione “Crops Primary"). Carituic 6 Prooucio | 167 eve Ane ast 00 1960 us w7 a 980 va 190 138 1995, vo ‘001 16 Proxtuganle Indice de prego dos alimentos 20 100 18 30 16 nT [FERIETAR) Preducdo de cereais e preco mundial da alimentacéo ‘A produ de cer is vert aumentando coatinuamente. © prego médio mundial daalimentacio aumentou lemporariamente no inicio da década de 1970, mas vem declinando desde entao, 0 crescimento da produtividade agricola levou a aumentos na oferta de alimentos que superaram 0 crescimento da demanda, de forma que, exceto por alguns aumentos temporarios no inicia da déca dda de 1970, 0s precos declinaram, Ainda assim, a fore permaneve como um grave problema em algumas regides, tas como a 40 do Sahel na Africa, em parte por causa da baixa produtividade da mao-de-obra local. Em- bora outros paises disponham de excedentes de producio agricola, a fome em larga escala ocorre cem razio das dificuldades existentes na redistribuicdo de alimentos das regices mais produtivas para as regiGes menos produtivas do planeta, e também em virtude da baixa renda existent nas regides menos produtivas PRoDUTIVIDADE DA MAO-DE-OBRA Embora este lito seja de microeconomia, muites conceitos aqui desenvotvidos formecem funda 1mentos pata a andlise macroeconsmica. Os macroeconomistas esto particularmente intetessados na | predwvidede de. méo- produtividade da mao-de-obra, ou seja, no produto médio do trabalho pata todo um setor ou para a €*9br@_Produto médio economia como um todo. Nesta subsegdo, discutimos a produtividade da mao-de-obra nos Estados Uni. Sa mode-bre er un dos eem alguns outres pases, © t6pico € interessante por st 6 e agul torna possiveldustar uma das i- Moen Ges mais importantes entre a microeconomia ea macroeconomia, 168 Pare tl PropuToRes, CoNsuMIDORES E MERCADOS COMPETTVOS cextoque de capital A ‘quontidade total de co: piel dsponivel para er rege na predugéo, rmudanga _tecnolégice Detenvohimanto de no sor teenelogios que per rite que 0s fotres de pradugao sejam viliza- dos tai elatvament, Pelo fato de o procluto médio mensuraro produto total por unidade de insumo trabatho, tomna-se relativamente facil abier essa media (porque o insumo trabalho total ¢o produto total so as duas tink cas informagies de que necessitamos). A produtividade da mao-de-obra possibilita fazer comparagies Gteis entre setores, bem. como dentro de um setar no decorrer de uen longo perfod. A produtividade particularmente importante porque ela determina o real padrao de vida que determinado pais pode ofe- recer a seus cidados, PapRAo DE VIDA E PRODUIMIDADE 114 uma ligacio simples entre a produtividade da méo-de-obra c o pa dlrao de vida. Em qualquer ano, o valor agregado cos bens e servigos proxluzidos por umia economia & ‘gual aos pagamentos feltos a todos os insumos, inclusive saléios, ocagao de capital e hucros de empre sas. S40 05 constumidores que, em tiltima analise, recebem esses pagamentos de insumos, quaisquer que sejam as formas de pagamento. Conseqdentemente, os consunidores em conjunto poder consumo no Tongo prazo simplesmente por meio de uma elevagao na quantidade total que produzem, A compreensdo das causas do crescimento da produtividade € uma dea de pesquisa importance em ‘economia, Sabemos que urna das fontes mais importantes desse crescimento Go aument do estaque de capital, isto é, da quantidade total de bens de capital dispontveis para uso produtivo, Como um aumento, do capita significa mais ¢ melhor maquinaria, cada trabalhador produz mais por hora trabalhada. Uma outta fonte importante do creseimento da produtiviade da mao-le-obra é a mudanga tecnol6gica, Is 10 é, o desenvolvimento de novas tecnologias que permitem um uso mais eficiente da forga de trabalho, {assim como dos outros fatores de prodiucio) para produzir novos bens e bens de melhor qualidade. ‘Como mostra o Exemplo 6.2, 0s niveis da produtividade da mao-de-obra, assim como suas taxas de crescimento, diferem consideravelmente de um pais para outro. Dado o papel central que a produtividade tem na determinacao do padrao de vida da populacao, compreender essas diferencas & muito importante. Produtividade da méo-de-obra e padréo de vida Serd que o padirao de vida nos Estados Unilos, na Eu: ropa ¢ na Japio continuard a melhorar ou sera que essas economias apenas conseguirao manter para as geragbes fu- ‘turas 0s mesmos niveis das geragbes atuais? A resposta de. pende da produtividade da mao-de-obra, pois a renda real dos consumidores desses paises aumenta no mesmo ritmo que a produtividade. Como mostra a Tabela 6.3, o nivel de producio por tra Dalhador nos Estados Unicos em 2001 fof substancialmente m oultas importantes nagées desenvolvidas. Todavia, desde o final da Segunda mais elevado do que Guerra Mundial, dois aspectos tém se mostrado particularmente incémodos para os norte-america- nos. Em primeiro lugar, até a década de 1990, o crescimento da produtividade nos Estados Unidos foi, ‘em meédia, mais lento do que 0 da maioria das outras nacdes desenvolvidas. Em segundo lugar, para todas as nagies desenvolvidas, o crescimento da produtividade entre 1974 e 2001 foi substancialmen- temais baixo do que havia sido no passado’ Enire 1960 ¢ 1991, a taxa de crescimento da produtividade no Japao fot a mais alta, seguida pela da Alemanha e da Franga. Nos Estados Unidos, o crescimento da produtividade foi o mais bai 3x0, Inferior até mesmo ao da Inglaterra. Isso se deve em parte a diferencas entre as taxas de investi- mento e as taxas de crescimento do capital entre os varios paises. O maior crescimento do capital, «durante o periodo do pis-guerra, ocorreu no Japao, na Franca ¢ na Alemanha, nagbes substancial: mente reconstruidas apés a Segunda Guerra Mundial. Em alguma proporcio, portanto, as taxas mais bai do crescimento da produtividade verificadas nos Estados Unidos, em comparacio com as do Japio, da Franca e da Alemanha, seriam resultantes da necessidade que tais paises tiveram de retomar o desenvolvimento depois da guctra 0 crescimento da produtividade encontra-se ligado também ao setor de recursos naturais da economia, A meilida que o petrleo ¢ outras teservas naturals comecaram a se esgotar, 0 produto por trabalhador apresentou alguma queda. As regulamentagées de caréter ambiental (por exemplo, ane- cessiade de restaurar a condigao original do solo apds atividades de extracio de carvao emt lavras a <éutaberto} ampliaram tal efeito, enquanto o piblico tornou-se mais preocupado com a importincia de mantero ar ea dgua mais limpos. ‘Observemos na Tabela 6.3 que a produtividade nos Estados Unidos cresceu entre 1992 ¢ 2001, particularmente quando comparada a de outros pafses. Os economistas tém ebatido » assunto pa ‘Os valores reentes sobre o resinento, 0 PIB, oempreg oP cam obids na OCDF. Pramas informagis, vise a pigina hp / ow ced org eslecine "Frequeiy Requsted Sass” dno da seo de exalts Expos Rexo Unis Livia Faunce Aun Uno Prado rel por trabahodor (2001) S75575. $52848, 62.461 $66.369 352.499 Aves Taxa ecescneto onal do prodoidads de mio de abo (9) 078 1 Ti 40 33t 2H eae on 22 1 2a 159 198.981 1st 24 150 207 1s 1992-2007 00 We oy 210 198 1a saber se este vem a ser um fato excepcional de curto prazo ou 0 comeso de uma tendéncia de fon {g0 prazo, Alguns deles acreditam que a répida mudanca tecnol6gica durante a década de 1990, em especial a revolugie da informatica, criou novas possibilidades para o crescimento da produtividade, Se essa visio otimista estiver correta, observaremas tuma cantinuacie das altas taxas de crescimen- to da produtividade nos proximos anos, 3 ETT ences Completamos nossa anilise da fungao de producao no curto prazo, na qual um dos insumas, © trabalho, évariével €0 outro, o capital, €fixo, Agora nos voltaremos ao longo prazo, no qual tanto o tra- balho quanto o capital sao variaveis. A empresa pode agora produ de varios modos, combinando di Ferentes quantidades de trabalho ¢ capital, Nesta segéo, veremos como uma empresa pode escolher en: ‘te combinagoes de trabalho e capital que geram a mesma producio, Na primeira subsegio, vamos cexaminar a escala do processo produtivo, analisando como a produgéo mula quando as combinagies de insumo sao dobradas, tiplicadas e assim por diante, Isoouantas Comecaremos examinando a teenologia de produgio da empresa quando ela utiliza dois insumos pode fazer variagies de ambos. Suponhamos, por exemplo, que os insumos sejam capital e trabalho, ce que estes estejam senclo utilizados para produzir alimento. A Tabela 64 relaciona os volumes de pro- udv alcangéveis por meio de diversas combinagbes de insumos {As unidades do insuumo trabalho encontram-se relacionadas na linha superior e as do instimo capi tal, na coluna situada a esquerda, Cada valor na tabela corresponde ao volume maximo de proxtucdo (tec: nicamente eficiente) que pode ser abtide por determinado perfodo (digamos, urn ano), com cada comabina- {Go de trabalho e capital wilizada ao longo desse petiode, Por exemple, 4 unidades de trabalho pot ano ¢ 2 "unidades de capital por ano resultam em 85 unidades de alimento por ano, Observando cada linha, vemos que o volume de produgdo aumenta 2 medida que as unidades de trabalho também aumentam, manten- Pe ee ed Tbe cond 1 2 2 ‘ 5 1 ™ ® % 6 ® 2 0 @ ® 5 a 2 5 ® 0 7 Ws ‘ 6 5 we vio 15, 5 ® "0 15 1s ve aa ober mals informagies soba redutvidade do trabalho eo pari de vida, vst ostehtp:/ seb go Nasecio “GDP pe pila and pet Employed Person interatonal Comparisons, clique ent “Comparative Rel Gross Domestic Product per Capa and per Emploped Person Fourteen Counties, 1960-2002", 170 | Parte ll Propurones, Consumibowes & MeRCADOS CoMFETTVOS roquonte Curva. que ‘moira todos 28 combine 0 pouies de isumos {ue goram o mes voli ie de produsso, rope de itoquantas © ‘tice no qual wo cam binodes dvesasisoquan tos, usodo para desrover tums Func de prodesao. ddo-sefixas as unidades de capital, Observando cada coluna, vemos que o volume de produgdo também au ‘menta a medida que as unidades de capital aumentam, mantendo-se fixas as unidades de trabalho. 4s informagées contidas na Tabela 6.4 também podem ser graficamente interpretadas por meio do uso de isoquantas. Uma isoquanta é wna curua gue representa fdas as possiveiscombinagdes de insumtas {que resultann no mes volunte de produsio. A Figura 6.4 apresenta tr isoquantas, (Cada eixo da figura ‘mede as quantidades de insumos.) Essas isoquantas estdo bascadas nos dados da Tabela 6.4, porém fo- ram desenhadas como curvas uniformes para permitir 0 uso de quantidades fracionadas de insumos, Por exemplo, a isoquanta , mostra todas as combinagikes de trabalho e de capital por ano que, em Conjunto, resultam na obtengao de um volume de produgao le 59 unidades. Dois desses pont, 4 D, correspondem a Tabela 6.4. No ponto 4, 1 unidade de trabalho e 3 unidades de capital resultam em 55 unidades produzidas, enquante, no ponto D, o mesmo volume de produgio & obtide por meio de 3 uni dades de trabalho ¢ 1 unidade de capital. A isoquanta g, mostra todas as combinacées de insumos que resultam em um volume de produgio de 75 unidades, correspondendo as quatro combinagbes de traba Iho e capital apresemtadas na tabela (por exemplo, no ponto B, em que 2 unidades de capital ¢ 3 unida- des de trabalho sao combinadas). A isoquanta q, esté acima e & direita de g,, porque é necessario maior quantidade le wabalho e de capital para obter tim nivel mais elevado de volume de producéo. Por fim, aisoquanta g, mostra as combinagoes de trabalho e capital que resultam em 90 unidades produzidas. 0 ponte C envolve 3 uniades de trabalho e 3 unidades de capital, enquanto o ponto F envolve apenas 2 ‘unidades de trabalho e 5 unidades de capital (Maras DE SOQUANTAS Quando um conjunto de isoquantas ¢ apresentado era umn mesino grafico, eos ‘um mapa de isoquantas, Na Figura 6.4, vemos trés as muitas isoquantas que formam um mapa de isoquantas. Por meio dele, Lemos um modo alternative de descrever a fungao de producdo, da mesma forma que 0 mapa de indiferenca & um modo de deserever a fungio de utilidade, Cada isoquanta esté associada a um nivel diferente de producdo, ¢ nivel de producto aumenta 3 medida que nos mavernos para cima e para a direita na figura, FLEXIBILIDADE DO INSUMO As isoquantas mostrama flexibilidade que as empresas tém quando tomam decisées de producio. As empresas geralmente poiem obterdeterminado volume de protucio or meio do uso de diversas com. binacbes de instimos £ importante para o administrador de uma empresa compreender a nalirza dessa Capital pormiés * Trabalho par mes Pro com d As isoquantas de producao mostram as varias combinacées de insumtos necessirias para que a cmpresa possa ‘obter determin i volume de producao (produto). Um conjunto de isoquantas, ou mapa de soquantas, dos ‘reve a angio de produgéo da empresa. 0 volume de produsio aumenta quando nos movemos da isoquanta 4, (na qual 83 unidades so produridas por ano em pontos como oA € D) pata a isoquantag, (75 unidades Dor ano em ponies como 0 8) ¢ para a soquanta 4, {90 uniades por ano em pontos como Ceo EY Caritutc 6 Paooucto | 171 Aexibilidade. Por exemplo, restaurantes de fast-food iefrontam-se atualmente, nos Estados Unies, com eseassez de trabalho jover e de baixa remuneragio. As empresas tém enfrentado essa situacao por meio a automatizacio ~ introduzindo o sistema de self-service para saladas e adquirindo equipamentos mais sofisticados de cozinha. Além disso, rm recrutado pessoas mais velhas para ocupar as vagas existentes Como discutizemos nos capitulos 7e 8, incorporando essa flexibilidade no processo produtivo, 05 adminis- «adores podem escalher combinacBes de insumos capazes de minimizar custos e maximizar hicros. RENDIMENTOS MARGINAIS DECRESCENTES Embora tanto o trabalho quanto o capital sejam varkéveis no longo prazo, para uma empresa que esid escolhendo a combinacao étima de insumo € dtl perguntar © que acontece com o produta quando. ‘umn dos insumos aumenta, enquanto o outro permanece constant. O resultado desse exercicio esta les- crito na Figura 6.4, que reflete rendimentos decrescentes tanto para @ trabalho quanto para o capital Podemos entender a razao da existéncia de rendimenios decrescentes no trabalho desenhando uma Ii- ‘nha horizontal em determinado nivel de capital, digamos 3. Fazendo a leitura des niveis de produgio de cada isoquanta, a medida que aumenta a quantidade do trabalho, podemos observar que cada unidade adicional de trabalho € capaz de gerar volumes cada vez menores de produgdo adicioual. Por exemplo, {quando o trabalho aumenta de 1 para 2 unidades (do ponto 4 para o ponte B), a produgao aumenta em 20 unidades (de 55 para 75). Entsetanto, quando 0 trabalho aumenta em uma unidade (do ponto B pa +a 9 ponto C),a produce aumenta em apenas 15 (de 75 para 90}. Assim, hé rendimentos decrescentes do trabalho tanto no curto como no longo prazo. Como, ao se adicionar um insumo e manter 0 outro constante, inevitavelmente os inctementos de produgao serao cada vez menotes, a isoquanta se torna 14 mais inclinada 3 medida que mais capital for adicionado no lugar do trabalho e se tomard mais pla ‘na A medida que o trabalhe for adicionado no lugar do capital Ha rendimentos marginais decrescentes tamhém para o capital. Mantendo-seo trabalho fixo, 0 pro: duto marginal do capital aumentaré a medila que o capital for elevado, Por exemplo, quando o capital au- rmenta de I para 2, e0 trabalho é mantide constante no nivel 3, 0 produto marginal do capital é inicial ‘mente 20 (75 ~55), mas o produto marginal cai para 15 (90~75) quando o capital aumenta de 2 para 3. SUBSTITUICAO ENTRE INSUMOS Hayento dois insumos que possam ser alterados, um administrador deve considerar a possibil- dade de substituir um pelo outro, A inclinacio de cada isoquanta indica 0 volume de cada insurno que pode ser substituido por determinada quantidade do outro, mantenda-se a produgdo constante. Quan: oo sinal negative é removido, a inclinagao passa a ser denominada taxa marginal de substituicéo técnica (TMST). A taxa marginal de suésituiao ténica do trabalho por capital € a quantidade em que se pode reduzir o insumo capital quando se utiliza uma unidade extra de insumo trabalho, de tal forma ue a producio sefa mantida constante. Tal fato é andlogo a taxa marginal de substituicdo (TMS) da tworia do consumidor. Como descrevemos na Segao 3.1, a TMS mostra como os consumidores substi tue um bem pelo outro, mantendo o nivel de satisfacao constante. Da mesma forma que a TMS, a TMST € sempre medida come quantidade positiva: TMST = -Variagio do insumo capital/variagio do insumo trabalho = -AK/AL (para um nivel consiante de g) onde Ai‘e AL representam pequenas variagbes de capital e de trabalho ao longo de determinada iso- quanta, Na Figura 6.5 a TMST € igual a 2 quando o trabalho aumenta de 1 para 2 unidades, estando a pro- ducdo lisa em 75, Entretanto, a TMST cai para 1 quando o trabalho aumenta de 2 para 3 unidades, ¢en- ‘Jo declina para 2/3 para 1/3. Nitidamente, 3 medida que quantidades cada vez maiores de trabalho substituem o capital, o trabalho se torna cada vez menos produtivo, € 0 capital, relativamente mais pro- dutivo, Por conseguinte, menos capital precisa ser despendido para que se consiga manter constante 0 volume de producio obtido, ea isoquanta torna-se mais plana TST oecresceNTEPresuanimos suc exsta wa TST deri, Em otras palvtas, ATMST cai me dia que nos deslocamos para baixo ao longo de uma fsoquanta. A implicacio matemstica dese fato€ qe a soquatas sao cones, assim como as curvas de indiferenga,ATMST decrescente informa-n0s qe a produtividade que qualquer unidade de instmo possa tr é limitada, A medida que se adiciona tuna quantidade cada vez maior de trabalho ao pracess produtivo, em sustiuigao a0 capital a pro tividade da mao-de-obra ca. Da mesma forma, quando uma quantidade maior de capital €adicionada, em substituigdo ao trabalho, a produividade do capital apresentaredudo. A prougdo necesita de ‘ima combinagio equilinada de ambos os insumos Joxa marginal de sobs so tena TST) Quon fidede ne qual un insur deterred quand ‘ume unidade adicional de out insomo 6 uae

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