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gos de nossas caracte- mento nossa concepgt0 de pre € atrelada ao todo do qual fazemos parte, stituigao de satide. deste trabalho, cataloguei alguns proce rvagio. .,enfeixei postulados filos6ficos para embasar essas catego- ddimensionamento descritivo. Envolvi tais conceituagdes A dimentos deseritos. E assim como no principia com alegre elegincia por parte do lo que uma suave melodia aos ouvidos, teremos diante dos olhos uma erit ‘nosso proprio procedimento. Refletiintensamente sobre a ousadia, petulincia, ou sei li que rétulo por esse tipo de categorizagio estabelecida neste capi ie envolve o nosso préprio erescit de outra parte, tenho consciéncia, até mesmo pela xe tudo que escrevemos provoca as mais diferentes re mente quando falamos sobre peculiaridades humanas, uma vez que 105 esbarrar em conceituagies filosGficas, morais, sociais etc., que sempre esta lizar € dimensionar os nossos escritos. Este é um trabalho escrito com muito amor, na certeza de no apenas apres 4s discusses envolvendo a tematica satide, mas, sobretudo, por lemizar temas que se mantém obscuros & nossa 2 SOBRE A HUMANIZACAO DO PROFISSIONAL DA SAUDE Antes de adentrarmos as reflexdes sobre a postura do profissional da sade, certa condigio de hum: «9s académicos possam debrugar-se sobre ele para apren- s. Dessa mancira, apenas como mera citagio ilustrativa, 1 se ver na mesa ginecolégica diante de varios académicos e de c de sua prostracio exibe aos seus académicos os detalhes de ssa a ser algo normal ¢ rotineiro nos hospitais académicos. ido ¢ passa a ser definido por sua patologia, e no mais pelo ra parte, o grande argumento € que por se tratar de um hospital igo necessiria para que esses pacientes recebam algum tipo de tra- jonais da sade ~ no reconhece o paciente como se somo objeto de estudo. josos escapam dessa I6gica, ¢ isso em que pese em suas definigées jo e desvalido pelas patologias e ra parte, € através de reflexio sobre a necessidade de lar que poderemos dimensionar as mudangas neces fide. Seguramente qualquer reflexio passa necess sentes na instituigio hospitalar. ‘Ao negar a0 outro sua condigéo de h so de mero objeto. E igualmente me coloco na situagio de desrespeito & ‘© outro como semelhante. E.0 que se torna 1tes desse vinculo ¢ alguém doente e que precisa de cuidados para seu soer- guimento. E ao ser colocado na condigio de de humanidade, sua dependéneia em relagio ‘euja definigfo precisars de novos parimetros para ser A relagio do pa pendéncia em diversos niveis, pois em suas mios esti o man «que poderio trazer-the seu restabelecimento. uma relagio em que uma das ajuda e a outra é ajudada, ¢ isso minimamente preservando a humanidade desse cionamento, Quando uma das partes € totalmente desumanizada, seja aferindi condigio de objeto de estucl, seja ainda de objeto de Iuero, a situagio inicial de toma-se totalmente distante de todo e qualquer parimetro de dignidade hun é bastante frequente ouvir até mesmo profissionais da saide fazendo referdin acompanhante sfo priticas definidas como humanizacio do contexto hospital ainda ajudar esse paciente manejando sua cama para uma melhor acomodagio, ol no chamamento da ajuda da enfermagem sio igualmente pri arroladas como sendo humanizacio da realidade hospitalar. Tais priticas, no en rio se configuram dentro do que seja de fato a humanizagio da realidade hospit ou scja, 0 estabelecimento de uma relagio em que me reconhego reconhego 0 outro como meu semelhante. ‘mo chamar a enfermagem muitas vezes até aquele paciente con: avental trocado, ou ainda precisa de suas necessidades sem que decididamente perca sua condigio de objeto de de lucro. Reconhecer ao outro como semelhante seguramente digdes de nossa prépria humanidade, Falamos de maneira lo primeiro é a prépria maneira como nos referimos 105 moradores de favelas ou de bairros ‘es subumanas, Ao nos referirmos a essas pessoas, dizemos sit tra espécie que nao a hur igo e “minha gente”. O que ocorre com a “minha gente” me © exige uma agio imediata, € nao apenas o quietismo e a indiferenga diante do. gente”. Sobretucdo no que diz respeito ao parimetro do esta ude do outro, a nossa postura precisa sera de reconhecimento como supervisor de atendi 4s, uma colocagio de uma psicéloga sobre izagio da realidade hos- o quarto do pa chegou o café da tarde. E diante da impossibilidade ddo paciente, inicialmente ela tentou levantar-Ihe da cama, nio apresentava condigoes plenas de mobilidade ela the dar os biscoitos e o pio de seu lanche mothando-os a sua boca. Esse tipo de contra tudo que se preconiza como sendo psicologi seu bojo qualquer resquicio de hut a inadequagio de procedimentos tanto no que ygem como ainda do que seria 0 verdadeiro papel do humanizagio da realidade hospital: semelhante necessita também que respeitemos quais ‘que tange & sua atuagio wgéncia. Poi 0 que primeiro surge aos juagio de se dar refeigio na boca de os, ainda que essas tenham sido adequadamente lavadas recinto hospitalar, con izagio promovida ‘esse paciente a0 adotar procedimentos fe 3c, se esse paciente nao tiver condigbes de se snta outros profissionais mais gabari~ E por mais cruéis que sejam tais colo ne eito que dificilente se assiste algo di- cesses laboratdrios que thes proporcion: nais € internacionais com acompanhantes {que ocorrem em todos 05 cantos, até os mais diversos tipos de presentes que se lutos tenham sua eficicia junto a esses pacientes objetos de estudo. Assim, as novas drogas so testadas 4 esses pacientes que sio divididos nos quesitos das pesquisas-cientificas dos, tais produtos slo langa Imente que esses produtos uma vez langados no mercado niio res que serviram de objetos de estudo na busca de dos. A questio dos laboratérios junto aos médicos, prineipalmente na ret é tao abjeta e promiseua que até mesmo os conselhos de medicina sem éxito, pois o benet fensores desse tipo de rel exposta a interesses tHo vis € que possuem a forga de grandes grupos multin 6 quase que uma cantilena infantil usada na tentati padece enferma com dores bastante contundentes. de medicina conseguem estancar esse processo continuo de de reflexdes que evocando-se a ‘Talver o que fagamos seja pouco io que tais desealabros al ‘caram na atualidade, mas segurament as que, quando acesas na do, ainda assim trazem um pouco de I mesmo naqueles que dizem desejar a humanizagi a falta de reflexio sobre a temstica compromete at ‘nessa seara, Isso sem dizer aqueles que t8m uma post hospital a dessa premissa. wsileiras € que, inclusive, & icas. Discorria sobre a questio do tanto que se coisi ‘objeto de estudo sem permitir-the qualquer sinal entio interrompido por uma _graduagio. Narrou entdo que estava acompanhando um paciente que havia se tido a uma cirurgia ocular e euja plena recuperagio demandava inclusive cui sessora los riseos dessa exposigdo ouvindo Je paciente se prestava ao ensino dos proce~ todo e qualquer questionamento que se distan- neagada por tal professora, inclusive, de possivel ‘questionamento de seu procedimento. manizagio e do total di dio apresenta intermiténcia. relagoes interpessoais € uma tentativa de resgate de 1 e que, muitas vezes, so rechagados diante do de sobre a qual nossos jorque até mestno dentro condigio humana, ais de outras realidade hospitalar a questo ganha contornos ainda te pela divistio que se estabelece entre os pacientes atendid 1s, académicos ow nfo, ¢ 0s pacientes atendidos.em instinuigdes | cos abrigam toda a sorte de desvalidos em toda a sort imo que seja. Fo que se { ante, com as excegoes de praxe, sa tudo permite, pois, con 5 tal determinante por si estabelece condigées degradantes € / is nossas reflexdes sobre a questo ‘que, na quase totalidade das vezes, ceresses da indastria farmacéutica, embora represente apenas um dos tentécul poder de persuasio sem dimensdes de analise pelo seu cenviada para publicagio nos riores desses pes autoria, ainda que Essa pritica é tio disseminada e corriqueira que nfo se reflete sobre o dantesco condigio. Ao contri, quando se pul sem os nomes dos superiores & se esses pesqu ser venerados en fia dessas instituigoes. E decididamente a humanizagio na real omecar pelo estabelecimento da verdade sequéncia, refletir-se sobre a dignidade desse paciente tornado objeto de estudo atender a essa demanda irascivel do academicismo, Fssa absurdidade é de tal teor dificlmente serio encontrados artigos cientificos que nfo tenham sempre ini ais da sade, o que dizer en sm condigio inferiorizada, de sua elaboragaio, seja no momento dap de uma farsa que viceja tio nizagio do paciente € desconsiderarem-se tais aspectos imp! presente nas relagoes interpessoais dos profissionais da saiide. hhecendlo 6 outro como semelhante parece al «em que apenas os resultados pra rpessoais. Parece cada ver.mais dificil falar ae hante, pois a impressio que se yuente, nao hé como exigir que 0 outro verdadeiramente humano. de respeito a dignidade hi le hospitalar precisa ‘esse profissional da ente de condigdes adversas, coma rohagia. texto dessa reflexao fosse terre- que conduzem os aspectos de nossa subjetivacio. ¢ exigir dignidade em nossa cotidianidade & 1s de agio em nosso contexto social. A sade tem a reper- combalidos em busca de atendimento que mi condigtes hisicas de vida. Nesse quesito de humanizagio, algo que aparece como ins6lito também é 4 neira diferenciada como os profissionais da sade e as pessoas em geral tra mas. E necessirio dizer que o tratamento dispensado aqueles que cit condigbes de inferioridade sempre destoa do direcionado a pessoas que esta condigdes de igualdade, Significa nesse local, como secretirias, motorists, faxineiras) jss0 por mais paradoxal que possa parecer & algo que decididamente fz pa nossa esséncia. E algo que fomos deisando ao longo do caminho e, de maneira sentimo-nos estranhos quando temos de refletir sobre nossa prépria humanidad ‘mos humanos ¢ tudo que implica humanidade nio deveria estar distante de nosso rizontes, tam I im sobre os mistérios da botinica, de no entanto, fazerem parte dessas espécies. E esse ponto talver.seja 0 contundente dessas reflexdes, ou seja, debrugarmo-nos sobre nossa prépria com de humanidade como se fosse algo que nao nos pertencesse, algo que estivesse di das caracteristicas de nossa propria espécie. Paradoxalmente algo que sempre me soa como insélito sio aqueles mom {em que falo para os profissionais da satide e me deparo com as reagies que taig suagdes, por mais Sbviase simples que possam ser, provocam nesss pessoas, E se estivesse a falar de astronomia para os profissionais da savide, ‘mente humano e que deve asive, ser algo as atitudes do profissional da savide. Mas o que constato é que falar da humani das relagOes interpessoais é algo to distance da prética da maioria dos profissions savide que a maneira irasefvel como reagem & humana a0 longo de nossas vidas. Lembro-me de uma situagio em que evoquei pequenos gestos triviais de cotidianidade para simplesmente aferir rT wvelmente a resposta da maioria das pessoas era a de que esse ia parte de scus gestos e habitos cotidianos. Ese coisas com pessoas que faze que dizer entio do procedimento quando 0 procurat ajuda para tratar sua condigio de satide, brado em sofrimento?! Creio que, lamentavelmente, no sero as verdadeiro que necessit inidade perdida ao longo do issional da satide nas instituigdes de satide tradi- rdidade vivida pelos paci nos a condigio vivida com o dot 4 nfo causa qualquer ala fimento e ouvir a pergunta da ou convénio. Diante da resposta de € agendado somente para pei adois ou trés meses. Do contratio, quando se ticular até verificagio analitca de suas instalagdes ‘ente ao buscar atendimento € tratado como i algo totalmente desprovido de sentido e razio. Iso sem dizer as vezes que 0 profissional da sade lanca mio de subterfiigiog tes procedimentos clinicos que nao sio atendidas por seu ph desrespeito e desprezo pela condicio do paciente € algo roti ‘que nio faz parte sequer das preocupagies éticas dos diferentes conselhos ¢ ‘eategorias de profissionais da satide envolvidas nessa ipresas da satide, que impéem remuneragdes sem qualquer, yento de suas atribuigdes profissi de saiide aproveitam dessa situagio de maneira ardilosa e impiedosa. E. as con de submissio, e mesmo a configuracio de transferéncia de todas essas situa desrespeito e humilhagao para a figura do paciente, se dé em situagGes andlogas -vitimam esses profissionais da sade. [Esse resgate passa principalmente no reconhecimento do outro como semell te que eu me reconhega como humano e que igualmente i que no outro essa condigzo de humanidade. Eta aspecto, embora parecesse dbvio passa a ser definida e determinada pela patolog ana sucumbe diante da importincia da pat cesforgo necessirio para a efetivacio de sua terapéutica. Sua di smanos sio detalhes lancados a0 ostracismo diante da to de sua humanidade. precisa ser buscado com intensidade e paixio, ¢ isso a d que somos langados em uma sociedade neoliberal, em que os valores de digni respeito a0 semelhante sio impostos como desnecessirios ¢ sem contexto. O qi sistim la I configurago do outro nao mais como semelhante, smanidade,¢ isso somente sera possivel com te. Impressio que se tem é que estamos alguém que, fascinado pelo lua, tenta cap- la como aquela situagio por mais que nos. totalmente desconhecida da I6gi- le é algo diferente de imprevisto, algo que temos em nossa lo, me deparar com um pneu furado do meu carro isso e ter de lidar com o atraso decorrente desse corre quando saiide para os primeiros atendimentos na unidade de sade. lgo que surge e provoca imimeras atitudes de inadequacio. E que js contundentes de comportamento ina nos personagens com tamanha emogio que nfo controle en ido pelo m 1, pelo teor de s ro de inadequagio As pessoas ou ao contexto én que se en io os possiveis desdobramentos desse: to da subjetividade — prejudicar a si mesmo para se igualar; 0 niv viidade — prejudicar 0 outro para se igualar; 0 senso de inadequacio ~ apr ferenca.* Na drea da saiide vamos encontrar situagbes, rminadas situagbes inerentes realidade da satide, iias que, no ental profissional da satide, muitas vezes, ¢ julgue preparado para atuar ny dda save, se encontra sem contingenciamento para lidar. E com o agravante de se arvoram apregoando conceitos de autoajuda, € desrespeitosos diante da total fragilidade do paciente. mpo vocé nao m: ente tais falas seriam inadequadas a ALR, Ser A ni V. A (og) Pera rade. So Paulo Corte, 20 lem, op. io de novos profissionais da sade los com o cabedal tes le. No entanto, a real configura- » e sofrimentos, Como mero ext s da savide para atuarem is de deparavam com o paciente, algo ia de modo inapelivel: forte e m0 6 paciente convive diuturnamente, mas das pessoas. Um cheiro tio forte, que basta muitas vezes, 0 € preparativos para m sua doenga, dante de ilidade, pois por mais de- ara, cl seu bojo todo o requinte feflexio sobre as atitudes a serem adotadas, certamente 0 ito ainda que apresente outros tantos indicios saberemos dos para que o sentimento .e manifeste devem ser pormenot fe MOS mostra que, por mais que tem nossa condigzo de humanidade enfrentamento. A imprev No queremos com essas colocayde reparagio efetivada pa vide para uma atuagio ‘questoes envolvendo is iso significa que os procedimen sista GP docu nn Sek eget ial utente deme ‘mente daré condigbes envolvido coma ‘em sua postura para q a, por igurar; 0 profissional da satide c s profissionais da satide diante da doeng nportincia até a ira desmoronar com @ seu enfrentamento diante da doenga tenha nesse profis algoz. Alguém decididamente humano e preparado para lidar quedado diante das adversidades de oc, a POSTURA DE ATENDIMENTO que, embora configuran fe que provoca tuma simetria na postura de satide em ambos 0s casos. As denominagdes que det cidade profisional, dstanciamento critica, empatia genuina € sm como essas dlenominagoes sio frutos de uma experiéncia, pretensio de esgotamento do rol de posturas existentes no onal da savde com o doente ¢ a doenga. DADE PROFISSIONAL o surgiu de uma observagio singela as meus préprios de- minha vida em que exercia a atividade de musicista, dedican- Depois de um tempo de total dedicacio ao instrumento, tinha ‘mio esquerda com tal teor de calosidade, que nem mesmo ogo através da presenca de fisforo aceso em seu entorno tinha © The alterar tal configuracio. Eram dedos cuja calosidade prote- ndo do tempo exaustivo a que me dedicava a essa atividade. No m situaglo extrema de sofrimento, de tal modo que era neces~ los, pos eles se mostravam totalmente feridos e sem contligio ra 0 aperfeicoamento no instrumento. Com pas- continuo, os dedos foram adquirindo uma ava com o rigor dos exercicios, ios.” Os ealos, com o decorrer mposigio de exercicios cada ver mais severos, torn pegs ocorresse sem provocar ferimentos aos dedos. F a prépria, dos com o tempo excessivo que era dedicado 20 instramento iar desse periodo tem a maneira como 0 saudoso professor Benedito A ‘pecas determinadas para estudo haviam de fato merecido a dedicacio ot Moreira, um dos grandes responsiveis pelo desenvol nnesse momento apenas alguns quem trabalh exemplo, ele me dava u cla mio esq dade que protegia os dedos do Jguro para ele de que um tempo bastante significativo havia sido dedicado idade exibida. Quando, 20 contri junos no se submetiam le sequer se dignava a escutar a peca, pois cla nio havia merecido te para a sua plena execugio. teremos, assim, a dimensii nanizagio citado meio da calosidade profisional dos s0- fencontramos nas tar que teve o surgimento de cincer no seio e como se o meédico estivesse a comunicar- nova tintura para a cor dos cabelos. Ou ainda 1 informagio de diagnésticos que certamente como se estivessem ouvindo o médico dizer de mesmo dagueles casos em que o profis lega a algum 20 contundente, evitando entrar em contato c paciente, Nessas situagées, apds 0 diagndstico, 0 liagndstico com a s Nessas situagdes, urge pet da maior, se © paciente I nesses casos & preservada com a propria dificuldade do jor do paciente e com a repercussio dessa dor em cheia de agua acreditando que nio iri se desespero hi : . sti lo. to de vista estritamente emocional, 0 fato de ta ocional, @ fato de © profissional da ia calsidade profisiona, para ni sofrer q e, justificivel tanto pela quanti que muitos profissionais adquirem. Sidadeprofisonal apenas para presevar a sun identidade profesional ide profissional e procuram preservi-la de todas a -se distantes de todas as formas de questionamentos ¢ formas pos isemtasse de qualquer patologi A calesidade profisional surge ‘que 0s profissionais da saide de superaga que nos mente essa condigi que a vida nos apresenta. Assim, por lespeito do tanto de reflexio que possa fa- liante da propria morte. Ou es sobre as quais nfo temos controle ¢ que iade da pessoa nao pode ser completamente da identidade que os outros ‘aos outros, da identidade ou identidades qu sofrimento do paciente € algo profissional da saiide pois a informacio do diagndstico é colocada como 'e uma determinada doenca. Suas ‘modo Imente diante desse diagnéstico, a desestru- ais que se quiser arrolar un ptcog como um objeto er esa, bs snte de determina- (0s aspectos emocionais do pa ‘mocional advindo da doenga é 8 da mais alta preciso, com recursos qi determinadas drogas até aqueles obtidos atra intervengfoteraptice, No ent ou 0 agen mlastas doers € depen como se nfo fizesse parte do e considerado Leena 4 pessoa conta a uitas vezes 0 desejo de depre cessidade de fazer a vida girar a0 re isso, vimos anterior 10 humano, portanto angiistia etc., — preciso reconhecer @ jcagcs em sua vida. Por informagio acerca jente, mostrando-Ihe uma faceta lade das cardiopatias, certamente 1 proprio restabelecimento. imento com ele ¢ seus familiares, 30, sequer, considerados, pois 1 dor nao tem espago, permitindo- ssim, temos 3 nossa disposi- iversos tipos de ico citado anteriormente fio € colocado em stand rnol6gico. A dor € 0 sofrimento so aspectos que no po-| intervengio do profissional da save com 0 risco de que fieicia de sua acto. F le profissional esbarra no conceito que uma pessoa faz de si itentes e que atribuem a ages. Assim, como mera ;agindrio popular conceituagoes de seu desempenho so em que pese ambos 1a gama tio va- 1a busca da identidade ianizacio, 83. ssas relagdes interpessonis, da capacidade humana inata de como dissemos anteriorm Ao negar a dor do outro, semelhante, como ta ’s capacita a compreender ¢ a aprender a d outro naquel a fragilidade humat ae Seat tinge seu apice, temos asi asvitimas dessas eats ie sio desviados no percurso, para que se 1. As responsiveis pelo setor me apresen- eréncia das tentava fazer crer que existia solidariedade no hospi- justa e fraterna jcagbes. Sabemos dessa condiglo de so- ado de ilusionista, alguém que estava re seguiam nossos escritos foi algo insélito, tanto pela le encontra guarida e se perpetua na prépria es de sade. O paciente € tratado como Portuguesa de Beneficéncia. Nesse trabalho, era descrita a icologia lado, a acci V. A. A atuagio do ps ‘A. Paclogia bopitatar: a atuagio do tomasse conscia @ nada a cirurgia. Essa médica. O seu bem-est lac é ar era problema da equipe méd profissional de psicol e de sua esfera de atu esma simetria,assistimos dad oda pritica da sate, mostradas dada nos di questies Idem, op. cit. sente que to propicio para o recebimento da ajuda advinda da yue em determina o momento condigio emo- Ia psicoterspica apenas 1 parte do paciente ji determina contornos bastante pois teremos um paciente em busca lado, e de mal, essa questio se torna delicada, levado para o atendimento por f E certamente como agravante temos teraputico para o aten- werago do pa lento psicolégico, e sim a todos os procedimentos e de tratamento encontrado idade profisional & que no caso da calo- la dor do outro, e no caso do distancia calsidade profissional, ‘ profissional da sai ygéncia e ocorréncia VA. (org) Psicologia Besptalar:teoria distanciamento eritco pes : bastante preci sua intervengio. E 0 distanciamento eritico que permi ter que se escorar no pr6prio escombro de dor e sofrimento. Laing” coloca que a perda da propria percepgio e a capacidade de julgar, tantes de uma falsa posi¢Zo (duplamente falsa, uma vez que a pessoa no ‘smo um ato, 0 fundo sobre o qual todos os atos se destacam ¢ 6 na falsa posigio nao é obrigatoriament da dor do outro, que é por n la e seu softimento narra escutado; mas jamais teremos condiges de sentir sua dor e seu sof do em que por ele é vivenciado. ‘mos que sabemos qual a atitude a ser esperada de uma pessoa. nado diagndstico, queremos dizer que temos alguns dados a ps ‘comportamentos passados de outras pessoas diante de diagnésticos semelhantes permaneceu porque a necessidade pratica de ‘stabilidade e alguns el efetivos e cognitives identificéveis que poss ligados a0 comport pode ser usada na predigZ0 do comportamento. futuro a partir de acon tes & propria condigio no esbogar toda uma gama de atitudes dia vida do paciente Jas previsiveis no seio da sade. mo sendo portador de eincer jionamento diante da pecu ue o profissional da lusio daquilo que se transforma em nés mesmos diante de cada existencial ¢ experienciado a0 longo da co como ougo os outros, a existéncia sonora d ‘eco de sta existéncia articular, vibra mais através de minha cabega so Paulo: Perspectiva, 1971 do que fora2” A propria percepeio no quesito vor contraponto nirio no sentido de fazer de cada relacionamento algo tangivel pela c igida no imaginsrio, seja em termos de atendimento de um doente em fase ia em qualquer outra forma de um relacionamento interpessoal. Igo subjetivo e que se apenas para quem a sente. Jamais alguém viu uma dor; ‘mesmo cheirou uma dor. A dor € algo subjetivo, ‘mais detalhista que possa ser tal descrigio. ‘Ao expor 0 seu sofrimento, o paciente nio apenas revela a sua dor, mas sua configuragio © seu proprio universo perceptivo. Embora nio possamos abarcar a tot sm sua totalidade, e sua historicidade, que no tenhamos acesso anterior a ela, estar configurada em sua dor e sof As reagdes do paciente tornam a sua dor em um imbricamento em que 0 nosso , se nao for devidamente pode tornar-se algo tao distante e meramente uma culosidade profissional. Opi dasatide, a0 adotar o distanciam sempre ter claro que esse. cos profisionais, 20 adotarem um distanciamento critic ji thar de ar A. Pricterapa esubjesiouio. Sto Paulo: Thomson Learning, 2004, oie, op. cit da savide, mas jue se estabelece para essa pri~ profissional 10 do profissional da sate le alguns atendimentos que me levaram a ere Cengage Learning, 2009 ‘nhum distancia Era frequente nessas do, como os observados atu ica das relagdes interpessoais da contemporaneidade nao hi para esse tipo de procedimento, pois o que presenciamos com freq ento envolvendo profissions lo nas unidades abrangidas ‘80 momento do parto dirigir-se a um hospital eonveniade lantonista, Ou seja, durante a gravider. sequer & possivel o {0 apenas aq} alguma doenga, ou quando muito os membros que poderiam acompanhar esse em busea de algum tipo de atendimento. Sua relagio era extensiva a todos of bros. Era presente nas comemoragdes familiares, nas datas ¢ ocasides especiai uum vineulo que transcendia o relacionamento que comumente se estabelece e profissional da save e um determinado paciente. ‘Na atualidade, estamos assistindo’a uma ‘esse procedimento, na realidade, ara minimizar custos dessas em) de satide, pois se constatou que era mais econdmico se uma equipe que companhamento da satide de um determinado paciente em sua propria resi de sate estavam, ainda que mi pensando no bem-estar en: do paciente. Ledo engano, pois o desenrolar dos fatos mostrou de man: ica eapit 1¢10 total do paciente, perpetuado assim apenas e tio somente como objeto de lucro da empresa de eraatonica “médico de familia”, de outra parte, era alguém que sofia e se alegrava a fami alidade; era mais do que o profissional que cuidava da isso com grandes deslocamen- ia ainda mais tal si- nento é a maneira como esse relacionamento se esta~ into dos vinculos afetivos estabelecia um padrio em. snho atual muitos tragos des- ipal aprendizado do psi- ispensiveis A sua pritiea profiss ibont Corrente, se eng paciente, e no apenas o surgimento d scutava e aprendia a totalidade do sofrimento, suas pcboterapins fil. New York: Science House, 1971 rma de tudo era preservada e v templado nos relacionam: se perceberem como humanos, também reconheci era 0 ponto fundamental que faz. com que cada vez mais estejamos verdadeira compreensio das atitudes do profissional anec humanidade, E, além desse resgate, 0 sen que o paciente semelhante e jamais um mero objeto de estudo 01 Incros. O mais hilirio é que tecemos vanguard na sirea da que avancamos de maneira impar na tecnologi interior”? que 0 recrudescimento das relagbes in mantém simetria com o desen la moderna. Ao mesi botio de ynar com o meu vizinho. Perdemos a capacidade de nos sensibilizarmos com a dor do outro, 0 que’ dizer que uma amboléncia parada na porta de meu vizinho nao me dita res ppouco o significado disso para sua familia © outro esté tio distante do que se preconiza como al presenciado nas lids: que se envolve com a dor do pai ide dos atendimentos econtempor a redugio dristica \édico da f do paciente eram cos sendo eficicia profissi profissional da satide é algo que nao existe no api s para 0 estabelecimento das técnicas de propedéut o de diagnésticos médicos e psico 5% Angerami, V.A. Solid: a auséncia do outro. Sto Paulo: Thomson Learning, 2007, , prescrevendo € até mesmo promovendo algum tipo de aconselham paciente. Falamos em angtistia ¢ ouvimos acerca dos avangos medicament tratam da depressio, do piinico e outras tantas manifestagdes do desespero hu A dor ea pessoa do paciente podem interessar em apenas alguns aspectos do ls raramente significar algo em termos tangenciais no se ai desdle conceitas como soli manifestagdes que decididamente fazem humanos. Pessoas humanas! Por mais redundante que essa junio de ;possa significar. 1 do paciente, igualmente pode, a qualquer momento, manifestar-se também na figura do pro la satde. Por outro lado, a propria configuracio de softimento e de empatia falarmos em profissionalismo afetivo estamos falando de algo ‘matizada a partir da reflexao de como devem ser os procedimentos a serem adotad para melhor abrangéncia de atendimento, Dessa maneira, podem ser adotadas téc cas de entrevistas, exames terapéuticos e uma séria enorme de cédigos que poder servir pata que o atendimento, mesmo nfo tendo a chamada empatia genuf pperca a sua conotagio humana. O profisionalisno afetivo € um procedimento Principalmente quando se quer fazer e desenvolver um trabalho sistematizado imento, uma ver, que 0 paciente sentir-se~4 acolhido em sua dor, eo profissi teri dimensionamento adequado para o seu desejo de nio se envolver er cionalmente com a dor do paciente. Essa atinde pode ainda ser 0 balizador de un intervengo em que, mesmo que nao haja envolvimento do profissional da saride co a doenga e o paciente, ainda assim nao existe o desdém diante do sofrimento do out Stratton & Hayes’? colocam que afeto é um termo empregado para signifi que abrange uma faixa mais ampla de sentimentos, ¢ nio apenas as emg Afeto compreende sensagdes prazerosas, amabilidade ¢ afabi melancolia e antipatia moderada etc., como também emogies extremas, alegria, hilaridade, medo e édio. Amplamente falando, afeto refere-se a qualquer cat goria de sentimento, como distinta de conhecimento ou comportamento. Dessa manera, podemos definiro profisionalio aftiv como sendo uma ath tude em que os sentimentos do pr da mais estamos fazendo que nao conferir-Ihe em trabalho anterior que a pessoa 20 ser hospitalizada sofre um 10 de despersonalizagio. Deixa de ser alguém com nome e sobrenome xr definida por sua patologia. Habitos simples de sua cotidianidade serio fo algo que, embora contundente para e ivel na realidade hos Diferentemence do que ocorre na empatia genuina, por exemplo, 0 profisionalis= ‘mo afetio implica apenas a adequacio de um conjunto de procedimentos em que, in- lusive, ocorrer um afloramento da sensibilidade emocional do profissional da save diante da reflexio dos procedimentos a serem adotados, De outra parte, também estar sendlo propiciada uma condiglo para o préprio desenvolvimento desse profissional, no tocante 4 sua condigio emocional, na medida em que poder entrar em contato com 'uma nova maneira de abordar e compreender o paciente¢ sua doen¢a. Seria entio nfo apenas uma maneira de sensibilizar esse profissional da saiide, mas também uma forma de abranger a compre reflexio sobre as impli idas. Deixa de ter significado proprio para significar a partir de diagnésticos los sobre sua patologia. : Nesse sentido, 0 profisionatismo afétioo pode ser de grande valia, pois esses as-

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