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ioaitnory LIVRO ABORDAGEM SISTEMICA AROMATERAPIA Samia Maluf Copyright O Samia Maluf Texto Samia Maluf Roberta Maluf de Campos Tomasi. Daniel Luciano Tomasi Capa e Projeto Editorial Helenice Soares Cabete Biava Edigdo e revisio de texto Tania Fernandes Tlustragéo Fabio Benedetto Dados Internacionais Catalogagao na Publica- cdo (CIP) Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Maluf, Samia Aromaterapia : v. 1/ Samia Maluf -- Sao Paulo: Ed. do Autor, 2008 Aromaterapia/ Uma abordagem sistémica ISBN 978-85-910055-0-5 1. Uma abordagem sistémica 2. Aromaterapia Aprenderfdd velocidade de lei. (1) < 0% 1. PREFACIO ,4 2.INTRODUCAO, 6 3.0 QUE £ AROMATERAPIA? , 8 4.0 QUE SAO OLEOS ESSENCIAIS? , 12 4.1 Caracteristicas dos Oleos Essenciais , 12 4.10 Brincando com aromaterapia , 21,22 4.2 Oleos essenciais versus esséncias , 12, 13,14 4.6 Métodos deuutilizagio ,15 4.7 Composicéo quimica , 17, 18 4.9 Sinergias , 19 5.1 De onde surgiu a divisdo dos aromas em notas? , 26 5.2 Conotagio olfativa, 28 5.3 Homem-arvore ,29 5.4 A sinergiaperfeita , 31 6. PRINCIPAIS OLEOS ESSENCIAIS , 33 7.1 Oleos vegetais ,77 8, Algumas dicas que podem ajudar no seu dia-a-dia, 85 9. BIBLIOGRAFIA , 93 ABACATE , 77 ALECRIM (Rosmarino) , 33 AMENDOA DOCE, 77, 78 ANIS 34 APRICOT , 78, 79, 80 BENJOIN , 34 BERGAMOTA , 35 CAMOMILA., 36 CANELA DA CHINA, 38 CANELA DO CEILAO , 37 CARDAMOMO , 39 ‘CEDRO , 40 CIPRESTE , 40 cISTUS ,41 CITRONELA , 42 COPAIBA , 43 CORIANDRO , 44 CRAVO , 45 ERVA-DOCE , 45 EUCALIPTO CITRIODORA ,47 EUCALIPTO GLOBULOS , 47 Evento Histérico ,9 1 hr 40 mins restantes no livro 0% GENGIBRE , 48 GERANIO , 49 GIRASSOL , 81 GRAPEFRUIT , 50 HORTELA DO BRASIL, 51 HORTELA-PIMENTA , 52 JASMIM , 53 JOJOBA , 81,82 JUNIPERO , 53 LARANJA , 54 LAVANDA,, 55 LEMONGRASS , 55 LIMAO , 56 LIMETTE , 57 LOURO , 58 ‘MANDARINA , 59 MANJERICAO , 59 MANJERONA , 60 RRA , 61 NEROLI, 62 NOZ-MOSCADA , 62 OLIBANO , 63 OSCARREADORES , 77 PALMAROSA , 64 PATCHOULI, 65 PAU ROSA , 65 PETITGRAIN , 66 PIMENTA-NEGRA , 67 PINHO , 68 (QUEME A BY SAMIA®, 5 ROSA, 69 ROSA MOSQUETA , 83 SALVIA ESCLAREIA , 70 SANDALO ,71 SEMENTE DE URUCUM , 83 ‘TTANGERINA , 72 TEA TREE, 72 ‘TOMILHO,, 73 VERBENA , 74 VETIVER, 75 1 hr 40 mins restantes no livro 1% 1. PREFACIO Ao estudar tratados terapéuticos milenares, das mais variadas culturas, notei um ponto em comum: as terapias eram propostas sagra- das, com a meta de harmonizar corpo-mente- universo da pessoa atendida, reconectando-a com seu ser. Ao estudarmos as técnicas terapéuticas chine- sas ou indianas, com mais de cinco mil anos de existéncia, os tratamentos eram pontos a serem estimulados pela acupuntura, massa- gens com éleos aromaticos, dieta especifica para cada fendtipo (a genética do individuo), mais o meio ambiente, resultando em carac- teristicas pessoais. Nos tratamentos eram usa- das diversas técnicas, tais como: abertura do consciente, alimentacao da estrutura, prescri- g4o de remédios e intervencao corpérea. Assim sendo, cabia ao terapeuta avaliar quais pontos estariam abertos para receber estimu- los, pois se fossem utilizados sem os critérios acima, seriam trabalhados somente os sinto- mas e nao as causas, perdendo o carater pro- fundo e sagrado, diminuindo a possibilidade de evolucdo e superagao ao desequilibrio cons- tatado. Quanto mais aprofundo meus estudos, per- cebo que tais terapéuticas, hoje em dia, esto deturpadas, parecendo que nunca conseguire- mos atingir o grau de qualidade de milénios atras. Foi este fator que me fez abandonar as intervengées sintomaticas e dedicar-me a um trabalho holistico, distinguindo entre os aces- 1 hr 40 mins restantes no livro 7% sorios e os essenciais. Devido a minha formacao como psicdéloga e psicoterapeuta, priorizei o didlogo com o cli- ente, constatando que a visdo como um todo de suas enfermidades, surtia mais efeito do que visualizar somente o sintoma, como a maioria o faz. Passeia utilizar as sumarizagées pessoais, que séo verdadeiras mensagens, de seu interior para o EU verdadeiro, do incons- ciente para o consciente, onde a intervencio, nestas questées, leva a auto- harmonizacao dos sintomas, fisicos ou psiquicos, sempre com o despertar dos recursos préprios, por meio da ampliagao da consciéncia, utilizando ferramentas préprias e da natureza: somente o essencial. A grande verdade é que aprendi o que a natu- reza tem de melhor, os dleos essenciais, ou a alma da planta, colocando a mesma 4 disposi- ao de todos aqueles que querem resgatar seu essencial, ou sua alma. E a grande verdade de tudo isso é que nada é totalmente inédito. Dai, gostaria de transmitir que as ervas, hoje repre- sentadas pela aromaterapia, sao simbolos de tudo aquilo que é curativo e vivificante, res- taurando a satide, a virilidade, a fecundidade, opartoe ariqueza. Plantas curativas descober- tas e criadas por deuses o que ilustra a crenca universal que a cura sé pode vir de uma dadiva divina, como tudo o que é ligado a vida. A utilizacdo de ervas com intuitos terapéu- ticos é anterior a humanidade, pois os ani- mais instintivamente sabem quais e quanto das ervas devem utilizar para melhorar seus disturbios. Isto a partir da aromaterapia, vem 1 hr 48 mins restantes no livro 7% sendo resgatado nos dias atuais por intermé- dio dos dleos essenciais, j4 que o ser humano se isolou e afastou-se da natureza, perdendo sua capacidade de percepcdo. Mas, algumas culturas, como os orientais, mantiveram as tradicdes da utilidade de cada planta, o que agora posso transmitir nao somente oral- mente, mas utilizando-me da tecnologia atual. Samia Maluf QUEM E A BY SAMIA® A By Samia® é uma empresa voltada para os conceitos da Aromaterapia e Aromacologia, buscando mais qualidade de vida para as pes- soas, por meio da utilizagao de dleos essenci- ais. A By Samia® resgatou na Aromaterapia fer- ramentas que auxiliem nossas vidas. Dessa forma, pesquisou a trajetéria dos dleos essen- ciais desde a Antigiitidade, encontrando suas diversas possibilidades de utilizacdo, sempre com 0 objetivo de estimular o bem-estar fisico emental. Assim, a By Samia® traz novamente a natureza para perto de nés, como no tempo de nossos av6s, s6 que agora de forma mais facil e eficaz. 1 hr 46 mins restantes no livro 8% 2. INTRODUGAO Para o homem, o ideal é viver uma vida saudavel, feliz e inspiradora. Dentre estas trés coisas a satde é a principal, pois sem ela nao podemos estar felizes ou inspirados. Acredito que uma das chaves para a boa satide é ter ‘um corpo saudavel, no qual os nutrientes cir- culam adequadamente e as toxinas sao eficaz- mente expelidas. Os alimentos nos fornecem os nutrientes ne- cessarios, jA os exercicios, os banhos e as mas- sagens nos possibilitam nao sé manter a satide fisica, mas também a mental. Gostaria de transmitir, neste breve relato, as idéias, conceitos e vivéncias que tive em busca de uma vida equilibrada e sauddvel por meio da aromaterapia, associada aos métodos mais simples e naturais. Pretendo ressaltar 0 obje- tivo, missao e filosofia da minha empresa: a By Samia ® , que é colocar a disposicdo de todos que querem resgatar seu essencial ou sua alma, com o quea natureza tem de melhor, os dleos essenciais, simbolos de tudo que é cu- rativo e vivificante para restaurar a satide e 0 espirito, de uma maneira completa abordando osintoma e a causa. Auxiliando, assim, as pes- soas na busca do equilibrio vital (Working Life Balance). Aprendi que podemos disponibilizar os dleos essenciais Aqueles que querem resgatar sua prépria alma. Sabemos que nada é totalmente inédito. Sempre houve alguém, em algum lugar, em alguma época, que ja fez algo pare- cido ou talvez até bem melhor. Por isso que 1 hr 45 mins restantes no livro 8% Conftcio dizia: “Eu transmito, nao crio”. A planta, de um modo geral, simboliza a ener- decompondo o espectro solar em cores, for- Gas essenciais da Terra. Enquanto manifestagao da vida, esta energia é inseparavel das aguas, que representam o nao manifesto, da potencialidade e das laténcias. As ervas e os dleos sao partes da criacao cés- mica. As tradicées possuem milhares de anos de bons servicos prestadas a humanidade e devem ser levadas a sério. Os antigos obser- vavam as caracteristicas de personalidade de cada planta ou erva, e j4 sabiam, por analo- gia, a que tipo de pessoa ela auxiliaria por res- sonancia, independente de quais fossem seus sintomas fisicos ou sintomas emocionais. Espero, com este livro, apresentar um pouco do vasto universo e/ou revelar o feiticeiro que temos em nds. E, acima de tudo, ensinar como usar e conhecer esta terapia, aproximando- nos da natureza, como no tempo de nossos avés, com a facilidade e a praticidade dos dias atuais. Samia Maluf 1 hr 45 mins restantes no livro 9% 3. O QUE E AROMATERAPIA? Aromaterapia é a ciéncia, e também a arte da terapéutica, por meio da utilizacao de subs- tancias aromaticas naturais - os dleos essenci- ais. A aromaterapia trabalha seu corpo de uma maneira natural e holistica. Os dleos essenci- ais gentilmente atuam no corpo restaurando nossas energias curativas e proporcionando o balanceamento entre corpo, mente e espi- rito. Ela complementa outras terapias, tanto as convencionais quanto as alternativas, que buscam acura. Ha evidéncias de que, durante a Antigilidade, as ervas aromaticas eram usadas na culindria ena medicina. A fumaga ou a fumigacao foi provavelmente um dos usos mais antigos das plantas aromaticas com efeitos alucinégenos, estimulantes ou calmantes. Gradualmente, ‘um acervo de conhecimentos sobre as plantas foi acumulado, ampliado e passado a centenas de geracées. A medicina aromatica vem sendo utilizada desde o antigo Egito, onde mais se desen- volveu. No inicio deste século, pesquisadores como Gattefossé sairam em busca do antigo conhecimento - a terapia vegetal. A expan- s4o da aromaterapia na Europa comecou com. a publicacao do livro do cirurgiao do exército francés, Dr. Jean Valnet, que realizou experién- cias com éleos essenciais para tratamento de feridos durante a 2a guerra Mundial. A partir desta época, introduziram a aroma- terapia na profissio médica francesa. Na In- 1 hr 44 mins restantes no livro 10% glaterra, os dleos essenciais estao sendo em- pregados em muitos contextos hospitalares: salas de parto, unidades de terapia intensiva e nas salas de espera, onde ficam os parentes apreensivos. A maioria das pesquisas sobre dleos essenciais concentra-se em suas qualidades medicinais. Conscientemente os aromaterapeutas usam os éleos essenciais para promover embeleza- mento da pele, cura para alma e relaxamento para amente. Datas apro- | Evento Histérico ximadas Franga— Uso de ervas curativas em pin- 18.000aC | turas em cavernas. India - Conhecimento de ervas aroma- 5000 ac ticas para medicinae uso dos leos essenciais na Medicina Ayurveda. Egito- ‘Uso de substancias aromaticas 4500aC por sacerdotes para utilizar em cerim6nias, fazer perfu- mese cosméticos e para o.uso medicinal. China— ‘Shen Nung —escreve o “Livro 2700 ac das Ervas” Grécia—400 | Hipécrates menciona os efeitos ac de mais de trezentas plantas sobre o corpo humano - 400a¢. Roma-30 | Roma tornou-se a Capital Mun- dial dos banhos. Os 61 1 hr 43 mins restantes no livro 10% ‘usados em massagens ou como pés-banho. Grécia-30 dc ‘Omédico Galeno recorria as plantas para tratar os gladiado- res, escreveu sua obra conhe- cida por Galénica. Grécia - Sé- culol Omédico Pedacius Dioscérides escreveu um livro sobre me- dicina herbal. Foi a partir dos estudos de Discérides que os 6leos essenciais passaram a ser usados em larga escala. Damasco- SéculoI-II (Os arabes avangaram com os seus conhecimentos em qui- micae produziram uma gama de perfumes, incluindo os dleos aromaticos. Pérsia— 980-1037d & Ali IonsinaouAvicena estudou uso de mais de oitocentas plantas e escreveu livros sobre suas propriedades. Descoberta a forma de destilagio do alcool, que tornou possivel a produgao de perfumes - 1° destilagioa vapor de éleo essencial de Rosa. Europa— Século XIV Pinho e olibano eram queima- dos nas ruas e usados durante a epidemia de peste bubénica ou negra. Estrasburgo ~anode 1500 Jerome Branshwig publica um tratado sobre destilagio de dleos essenciais. Suiga— 1576 ‘Omédico Paracelso estudou aextragio do que se chamou “alma das plantas”. 1 hr 41 mins restantes no livro 11% Catherine de Médicis trouxe seu | Franga— 1533 perfumista particular para a Franca. Franga- Tnicia-se a comerclalizagio de Grasse — leos essenciais na forma de re- 1540 médios e de componentes para perfumaria. Suiga— ‘O médico Paracelso escreveu inicio do sé- | “The Great Surgery Book”. culo XVI ‘Alemanha- | Os dleos, e em especial, os 1600 essenciais de lavanda ejunipero comegaram a ser mencionados pela farmacopéia alema. Inglaterra— | Nicholas Culpeper publica 1652 um livro com os efeitos tera- péuticos de centenas de ervas medicinais Alemanha - | A abadessa alemé (St.) Hilde- século XVII | garde de Bigen conhecia as propriedades terapéuticas da lavanda. Europa- | Mais de cem dleos essenciais século XVII | foram utilizados para tratar disfuncées. Europa- | Coma revolucao industrial, os 1803 Gleos essenciais e sua utilizagao terapéutica caem em desuso. Europa- _| Cientistas europeus comega- iniciosé- | rama pesquisar novamente os culo XIX efeitos dos dleos essenciais. Franca René Maurice Gateffossé lancou 1928 seu livro “Aroma Therapie”. Fran _[ Oconceito moderno e atual 1 hr 40 mins restantes no livro 12% “| da aromaterapia foi criado pelo quimico René Maurice Gateffossé. Franga— ‘Albert Couvreur publicou um 1940 livro sobre o uso medicinal dos Gleos essenciais. Franga — Jean Valnet empregou os dleos 1945 essenciais na cura de pessoas com gangrena, durante a Se- gunda Guerra Mundial. Ttélia— Paolo Rosveti, psiquiatra, 1965 pesquisava os efeitos dos dleos essenciais em pacientes com distarbios emocionais. Bélgica~ | A Marguerite Maury é creditado 1967 © uso moderno da aromatera- pia. Inglaterra- | Robert Tisserand escreveu seu 1977 primeiro livro sobre o assunto. Inglaterra- | Shirley Price fundouo Shirley 1978 Price College of Aromatherapy. Brasil - A aromaterapia é trazida ao 1979 Brasil. Inglaterra | Valerie Ann Worwood - aro- 1987 materapeuta clinica premiada Doutora de Medicina Alterna- tiva pela Universidade Aberta de Medicina Complementar do Sri Lanka. Brasil — ‘Surge a empresa By Samia Aro- 2001 materapia® 1 hr 39 mins restantes no livro 13% 4. O QUE SAO OLEOS ESSENCIAIS? Os déleos essenciais sao substancias comple- xas, de poder volatil e fragrancia variavel, pro- veniente de folhas, flores, talos, caule, haste, peciolo, casca, raizes ou outro elemento, pro- duzidos por praticamente todas as plantas, em especial pelas Lauraceaes, Mirtaceas, Labi- adas, Rutaceas, Umbeliferas, etc., constituidos por centenas de substancias quimicas, como Alcool, Aldeidos, Esteres, Fendis e Hidrocarbo- netos. Os dleos sido encontrados em varias plantas na forma de pequenas gotas entre as células, onde agem como horménios, reguladores e ca- talisadores, Parece que seu papel é o de ajudar a planta a se adaptar ao meio ambiente, por isso sua produgdo aumenta conforme o es- tresse. 4.1 Caracteristicas dos Oleos Essenciais Sabor: geralmente acre (Acido) e picante. Cor: Quando recém-extraidos sao geralmente incolores ou ligeiramente amarelados. Poucos so os dleos que apresentam cor, pois depen- dem muito dos compostos existentes. Estabilidade: em geral os dleos nao sao muito estaveis, principalmente na presenca de ar, luz, calor, umidade e metais. A maioria dos dleos possui indice de refra- ¢ao e sdo opticamente ativos, propriedades 1 hr 38 mins restantes no livro 14% estas usadas na sua identificagao e controle de qualidade. A fungao basica dos dleos essenci- ais nas plantas é a de protecao contra pragas, doencas e até da invasao de outras plantas e também como atragdo de animais, ou outras plantas, favorecendo o processo de poliniza- cebe o nome de aromaterapii 4.2 Oleos essenciais versus esséncias Os aromas naturais sao extraidos diretamente das plantas, seja de sua raiz, de seu caule, de sua semente, de sua flor ou de seu fruto. Estes sao conhecidos como dleos essenciais, pos- suem propriedades e ago terapéuticas, além de propriedades farmacoldgicas e seu aroma é caracteristico de acordo com a planta de onde foi extraido. Os aromas sintéticos sao desenvolvidos em la- boratérios e podem muitas vezes reproduzir com perfeic¢éo o aroma de couro novo ou de um pao recém-saido do forno. Estes aromas sdo substancias mais baratas e agem apenas em nossa memoéria olfativa, j4 que nao pos- suem acao terapéutica. 4,3 O que sao dleos vegetais carreadores? So os dleos graxos, chamados carreadores, prensados a frio, de nozes, sementes entre ou- tras partes das plantas. Sao aqueles que se utilizam em aromaterapia para conduzir os 6leos essenciais, por meio de massagens, para a epiderme, derme (absorgo pela pele), cor- 1 hr 37 mins restantes no livro 16% rente sanguinea, linfatica etc. Sdo os veiculos que “carregam” os dleos essenciais para dentro de nosso organismo, pois os dleos essenciais possuem particulas pequenas e volateis que, ao contato coma pele, evaporam rapidamente, nao dando tempo de penetrar em nosso orga- nismo. Os carreadores levam, entao, os dleos essenciais para dentro de nosso organismo. Os as ‘dores sii bh s- 4.4 Caracteristicas de um bom produto Procure sempre por estes itens nos rétulos dos 6leos essenciais: -Nomeem latim -Frasco . Registro no Ministério da Saide/Anvisa - Quimico responsdvel - Lote - Prazo de validade . Laudo/certificado de procedéncia (este ul- timo pode ser solicitado 4 empresa). Uma boa forma de saber se o produto é de boa procedéncia é a indicacao de amigos confid- veis e principalmente a sua percepciio sobre o dleo. O ditado: “ver pra crer” se aplica bem. 4.5 Precaucées Devem ser tomados cuidados especiais com 1 hr 36 mins restantes no livro 16% criangas pequenas, gestantes e idosos: a) A aromaterapia pode ser util durante a gra- videz, mas apenas sob a orientagdo de um pro- fissional qualificado. Utilizar somente o dleo de Camomila romana e o dleo de Lavanda, em baixa dosagem. b) Para criancas e bebés use quantidade extra diluidas. Ou seja 25% da dosagem minima (1%). c) Mantenha os frascos longe do alcance das criangas. d) Mantenha os dleos longe dos olhos. e) A nao ser em casos indicados, nao aplique 6éleos essenciais puro diretamente na pele pois podem causar reagées, exceto Lavanda e Tea tree. f) E aconselhavel fazer um teste de sensibili- dade, g) Os dleos essenciais sao solventes e inflama- veis, portanto mantenham longe do fogo, plas- tico e madeira. h) Nunca faga uso de dleo essencial oralmente, somente sob orientacao médica. i) Se estiver tomando remédios homeopaticos 1 hr 35 mins restantes no livro 17% Manjerona e Ylang Ylang. 1) No caso de epilepsia evitar os dleos de Erva- doce, Alecrim e Salvia. m) Oleos essenciais que nao devem ser usados antes de exposicao ao sol: Bergamota, Limio, Laranja, Tangerina, ou seja, todos os citricos, pois sao foto-sensibilizantes . n) Nao usar um Gleo essencial por mais de trés semanas, caso seja necessario, descanse uma 0) Nao substituir a medicag&o por dleos essen- ciais sem um acompanhamento médico. p) Bebés - recém nascidos - Camomila - La- vanda (01 a 03 gotas em 60 ml de dleo carrea- dor). 2a 12 meses - Camomila, Lavanda, Tangerina, Eucalipto radiata, Tea tree (03 a 05 gotas em 60 ml dleo carreador). q) Doengas terminais (no ambiente - 1/2 dose minima recomendada). r) Radioterapia - Lavanda no ambiente até o tratamento terminar 1/2 da dose (minima reco- mendada). s) Gravidez - fitorménios causa efeito sobre o ciclo menstrual. Gerdnio - Salvia esclareia e Erva doce t) Figado - Erva doce em sinergias nao utilizar. u) Toxicos - nao usar: Améndoa amarga, Ca- lamo, Rabano bastardo, Artemisia, Poejo, Sas- safras, Abrotamo, Tuia, Erva de Santa Maria, Gualteria, Losna, Sabina, Arruda, Mostarda, 1 hr 34 mins restantes no livro 18% CAnfora amarela, folha de Boldo, folha de Jabo- randi. 4.6 Métodos de utilizagao Existem diversas maneiras para se utilizar os beneficios que os dleos essenciais podem tra- zer. Abaixo damos os principais modos de uti- lizagdo dos dleos, mas nao pare por ai, crie a sua propria forma de utilizagdo através de sua criatividade para usufruir os beneficios desta dadiva dos deuses. Inalagao Em inalador elétrico ou em inalagdo caseira com bacia e 4gua quente. Inalacdo pessoal em lenco. Colocar 01 a 02 gotas de éleo essencial no lenco ou na bacia ou, no aparelho elétrico, no recipiente da gua. Massagem Terapéutica Uso tépico em massagem terapéutica, estética, relaxante ou qualquer outra técnica, onde os 6leos essenciais sao diluidos em um carreador. Aromatizadores de ambientes Em aromatizadores elétricos ou rechauds & vela. Colocar de 6 a 25 gotas dependendo do aromatizador. Banhos Terapéuticos 1 hr 33 mins restantes no livro 19% Colocar, em média, 25 gotas de dleo essencial na banheira diretamente na 4gua ou diluido em Gleo vegetal. Compressas Colocar de 5 a 10 gotas em 500ml de agua e fazer a compressa usando um pano. Pomadas Produzidas com Gleos essenciais para uso t6- pico. Escalda-pés ou pediluvio Colocar, em média, 12 gotas de dleo essencial na bacia ou mini-ofuré diretamente na agua ou diluido em dleo vegetal. Banho de mAos ou maniluvio Colocar, em média, 09 gotas de dleo essencial na bacia ou mini-ofuré diretamente na 4gua ou diluido em dleo vegetal. Sauna Colocar dleos essenciais em um recipientecom Agua e deixar dentro da mesma para ser uti- lizado nas pedras (sauna seca) ou dentro da sauna para volatilizar com o calor no caso da sauna umida. Aplicacao direta ou tépica 1 hr 32 mins restantes no livro 20% Para uso tépico, com aplicagao direta sem di- luicdo, usar somente os dleos essenciais de Tea Tree ou Lavanda. Os demais devem ser dilui- dos em carreadores. Gargarejo Colocar 02 gotas em um copo de 4gua mornae fazer gargarejo. (Nao ingerir!) Emanacio via travesseiro Colocar 01 gota do dleo essencial no traves- seiro. Sachés ou Pot-pourris Fazer sachet e pot-pourri com folhas e flores secas ou com sague acrescentar dleo essencial. Lareira Colocar dleo essencial na lenha e colocar no fogo. 4.7 Composicao quimica Os dleos essenciais sao basicamente subs- tancias liquidas. Possuem aroma diferenciado que recorda a planta da qual foram extrai- dos. Sao soltiveis em etanol (alcool), podem ser incolores, amarelados ou de tom castanho escuro. Alguns deles possuem até 800 compo- nentes quimicos, sendo somente alguns des- tes conhecidos. Um bom exemplo é o Ylang 1 hr 17 mins restantes no livro 21% Ylang, dos quais sao conhecidos mais de 330 componentes quimicos, porém ainda nado se conhecem todos os componentes do leo es- sencial e de seus ativos. Nos tltimos cem anos foi possivel agrupar a maioria dos dleos essenciais em grupos quimi- cos principais, de acordo com a composi¢ao de moléculas de hidrogénio, carbono e oxigénio: . Terpenos (ou hidrocarbono) - Contém car- bono e hidrogénio. . Terpendides (ou oxigenados) - Contém car- bono, hidrogénio e oxigénio. 4.8 Desvendando a quimica Somente 25% das plantas medicinais atual- mente conhecidas produzem dleos essenciais nas suas células glandulares, situadas no te- cido tegumentar das folhas, das cascas, das raizes ou das flores. Os dleos essenciais sao basicamente compostos por moléculas vold- teis de carbono e hidrogénio, extraidos pela destilacdo a vapor. Na composicdo quimica do dleo, entram somente as moléculas mais simples. Quase todas as moléculas com mais de 20 atomos de carbono, como os flavondi- des, horménios vegetais, alcaldides e diversas cumarinas nao sao volateis, sendo destruidas pelo calor da destilagéo ou permanecem em baixos teores no hidrolato. Essas aguas des- tiladas, chamadas hidrolatos possuem ainda um aroma bem agradavel devido a presenca de 0,5% de dleos essenciais, sendo muito apreci- adas na manipulacao de cosméticos e nos cui- dados coma pele. 1 hr 16 mins restantes no livro 22% As principais familias quimicas com as quais iremos lidar sao: Acidos, ésteres, alcool, aldei- dos, cumarinas, cetonas, lactonas, dxidos, fe- ndis e terpenos. Os componentes quimicos de cada familia tem uma estrutura molecular ca- racteristica e tendem a ter efeitos farmacolé- gicos similares, quer sejam antiinflamatérios, analgésicos, sedativos, e assim por diante. Por meio da composi¢ao quimica dos dleos essenciais pode-se explicar muito sobre o seu comportamento no campo fisico, pois propri- edades antiviréticas, analgésicas, bacteriosta- ticas ou bactericidas, estimulantes, regenera- doras, entre outras, sao fornecidas pela pre- senga de determinados compostos quimicos naturais presentes em quantidades variadas em diversos dleos. A grande maioria dos dleos essenciais é composta de: monoterpenos (hidrocarbonetos com 10 dtomos de carbono), sesquiterpenos (hidrocarbonetos como 15 atomos de car- bono), diterpenos (hidrocarbonetos com 20 atomos de carbono) e derivados do fenilpro- pano (hidrocarboneto com nucleo benzénico). A volatilidade é um fator que permite com- parativamente distinguir dleos essenciais de leo vegetais ou dleos fixos (compostos por tri- glicerideos de acidos graxos de cadeias médias e longas), portanto nao apresentando a vola- tilidade dos dleos essenciais. Os monoterpe- nos sio os mais volateis; os sesquiterpenos sio menos volateis que os monos, os diterpenos praticamente nao sao volateis. Além da influéncia dos tipos de terpenos, as 1 hr S mins restantes no livro 22%. diferentes propriedades dos dleos essenciais sio dadas pelos grupos funcionais ligados a eles, como alcool. 4.9 Sinergias Quando reunimos mais que um éleo essencial, os componentes da combinagao interagem, potencializando os principios ativos de cada um e, em conseqiiéncia, tornam-se bem mais eficazes. Isso é sinergia. Mas para prepard-la ha avel para quem for usd-lo. Pro- po! As sinergias de dleos podem ser feitas em diluicdes normais ou baixas, dependendo da porcentagem de dleo essencial e dleo carrea- dor. Para utilizacao com finalidade terapéutica o indicado é trabalhar com uma diluigadode 1a 3 %. Veja o exemplo: Oleo % Dividir Gotas Carreador por: {em média) 100m! 1 4 25 100m! WA 3 37 100ml 2 2 50 100m! 2h 1,75 62 100ml 3 1,25 80 Outra forma bem simples é utilizar a regra de trés: 100% - 100m1 3%-X 1 hr 4 mins restantes no livro 23% = 300/100 = 3 ml = 75 gotas. Normalmente, quando falamos de blends e medidas em aromaterapia, utilizamos o mili- litro (ml). Caso necessite converter medidas, faga a seguinte correspondéncia: 1 colher de sopa = 15 ml 1 colher de sobremesa = 10 ml Os vidros com dleos essenciais devem trazer no rétulo o contetido em mililitros, conforme a determinacao da Agéncia Nacional de Vigi- lancia Sanitaria (Anvisa) e do Ministério da Saude. Como em aromaterapia também sao usadas gotas, para possibilitar a conversdo dos milili- tros, segue o quadro abaixo. No entanto, seria conveniente lembrar que, devido 4 densidade dos éleos, essas medidas sao aproximadas. Gotas Mililitros 10 1/2 Q 25 1 a 50 2 100 4 300 12 600 24 4.10 Brincando com aromaterapia Usar dleos essenciais corretamente é uma das coisas mais importantes para saber se esté ob- 1 hr 2 mins restantes no livro 24% tendo o pleno beneficio de suas propriedades. Escolher o(s) dleo(s) correto(s), conhecer as di- luicdes, o método de tratamento e estar ciente das precaucées e contra-indicacées garantirao o sucesso do tratamento. Por isto, trate-os com respeito e vocé se surpreenderé com o que eles podem oferecer. Nas paginas seguintes vocé encontraraé uma nova maneira de entender alguns dos prin- cipais conceitos sobre a aromaterapia. Esta metodologia mnénica e figurativa facilita a abordagem do inter- relacionamento entre te- rapias das diversar origens e faz com que vocé, sem medo, possa utilizar todos os beneficios dos dleos essenciais. Lembre-se que esta visdo vocé pode chamar de desregrada ou de total excegao. No meio da abordagem vocé enten- dera o porqué. 1 hr 1 min restantes no livro 25% ARVORE DOS AROMAS 5. ARVORE DOS AROMAS A primeira parte desta abordagem é fazer uma comparacao entre uma arvore e um corpo hu- mano. Ao lado existe este desenho (01), de uma arvore, com suas raizes, frutos, flores, caule e gravetos. Se vocé analisar de onde sao extraidos os dleos essenciais, a resposta sera das flores, das folhas, dos frutos citricos, se- mentes, cascas de arvores, resinas, sementes, bagas (como o de junipero), raizes e rizomas (que sao consideradas falsas raizes). Ao lado existe o desenho de um ser humano e uma 4rvore. Em cima esta 0 Sol e abaixo a Terra. Aqui, vamos fazer nossa primeira associacao, lembre-se disto depois: 0 SOL E QUENTEE A TERRA EFRIA. Agora vamos ao desenho de nossa pessoa: quando éramos criangas, dividiamos 0 corpo humano em cabega, tronco e membros, que aqui ndés vamos resumir para cabega, tronco e pés. Com isto temos este primeiro desenho(), Agora vamos complementar nosso desenho com um pouco mais de informagGes. O obje- tivo é abordar de maneira simples um assunto bastante complicado. Vamos introduzir dois tépicos a seguir: as notas dos aromas ea inten- sidade dos aromas. Em relag&o as notas aromaticas, faremos uma associacao entre localizacéo das partes das 53 mins restantes no livro 26% plantas e o corpo humano. Desta forma, pode- mos perguntar: a cabeca da nossa pessoa, em relacdo ao tronco, esta em posicao alta, média ou baixa? A cabeca esté no alto, o tronco na parte média e os pés na parte baixa ou na base. Vamos colocar a cabega— alta, tronco médio-e os pés em relagdo ao tronco e a cabeca - baixa ou base. Lembre que esta arvore é especial e unica, por isto a localizagao das partes pode estar um pouco fora do que costumamos ver. Se com- Ppararmos com nossa arvore o que vemos logo acima? Vemos as folhas e os frutos. Assim, podemos dizer que os dleos essenciais extrai- dos destas partes da planta possuem aromas de notas altas. Neste grupo se enquadram, por exemplo, os dleos essenciais extraidos do lim&o e do eucalipto. Descendo um pouco mais em nossa Arvore (2), vamos encontrar as flores. Em relacao aos dleos de notas altas, elas estéo na parte “média” do desenho. Ou seja, podemos dizer que os dleos essenciais extraidos das flores possuem uma nota aromatica média, como por exemplo o dleo essencial extrafdo da rosa. Neste mesmo desenho, encontramos os dleos essenciais extraidos das cascas, do caule e de algumas sementes. Estes dleos também podem ser chamados de dleos de notas mé- dias, como por exemplo, o dleo essencial de Erva-doce e o dleo essencial de Cravo. Descendo mais um pouco, encontramos os aromas “molhados” aromas de terra, aromas extraidos da resina, como o Gleo essencial de 53 mins restantes no livro 26% -Opalba. Se estes aromas representam a base, podemos dizer que os dleos essenciais extraf- dos destas partes das plantas sio aromas de notas baixas. Nestes, encontram-se os dleos de Cedro e Sandalo, por exemplo. Nao se trata de uma regra. Aos perfumistas eu relembro: esta é uma explicacdo simplificada, A associacéo deste tépico com a nossa 4r- vore do desenho é que, normalmente, as notas altas, so consideradas notas de cabeca, que volatilizam mais rapidamente que as notas médias, chamadas de notas de tronco ou deco- rac&o. Por isso que eufaco um coracio aqui. E as baixas sao as consideradas notas de pés ou notas de bases 52 mins restantes no livro 27% 5.1 De onde surgiu a divisdo dos aromas em notas? No século XIX, um francés chamado Piesse criou uma classificagaéo para aromas base- ando-se na idéia de harmonia musical, e sua escala. Transpés a idéia de que cada fragran- cia teria uma correspondéncia com as notas musicais. E, como ha um balango harménico durante a criagao de um novo som ou miusica em decorréncia da combinacao das notas, ha- veria um novo aroma inspirado na perfeita in- teracéo de dleos classificados em notas altas, 52 mins restantes no livro 28% médias ou baixas. Esta visdo purista de Piesse, apesar de ha muito ter sido descartada, ainda serve de inspiragdo para muitos perfumistas, e alguns aromaterapeutas usam esta mesma viséo quando criam as sinergias especificas aos seus pacientes. Pela defini¢ao de aromate- rapia, algumas escolas tém a seguinte divisao, pela sua volatilidade: Os dleos de notas altas, também chamados de notas de cabeca, evaporam rapidamente. Por isso séo a primeira impressdo ou os aromas que primeiro aparecem em uma sinergia ou perfume. Os dleos de notas médias, ou que evaporam mais rapido, também chamados de nota de co- rag4o, formam a alma, o coragao do blend pre- parado. Ele emerge apés a primeira impressao, ficando por um periodo maior. Os dleos de notas baixas ou fixadores, que vo- latilizam mais lentamente, sao aromas mais pesados agindo também como fixadores. Veja a tabela completa das notas aromaticas dos principais dleos essenciais comercializa- dos no Brasil fia [cos [acm [oaca [mémanaxa [RSE [aancanton [eae SP | aie [acumen [Asin [mia (O94 lace [ae | eae Teinene [Ene [a emeene | veins [ee ee I i 4 + [|e [xe oem [Teed [hai omen Eel as ee vee 51 mins restantes no livro 28% A intensidade do aroma difere de notas do aroma. Tanto que a intensidade sera dividida em alta intensidade e baixa intensidade. A abordagem é feita somente com base em com- paragdo entre dois dleos: o essencial de jas- mim eo 6leo essencial de lavanda. Qual deles tem uma intensidade alta e uma intensidade baixa? Qual é o mais forte e qual é o mais fraco? Caso vocé misture um jasmim com uma lavanda, o jasmim vai sobrepor a lavanda. Entao, jasmim é um éleo de alta intensidade e alavanda é um dleo de baixa intensidade. Porque esta informagao deve ser util? Por que é preciso saber a intensidade do aroma para, in- dependente das notas aromaticas, fazer uma sinergia. Além de prestar atencdo, em notas altas, médias ou baixas e saber a funcio te- rapéutica necessaria, deve- se tomar cuidado com éleos que tenham a intensidade muito alta e que vao sobrepor aqueles que tiverem in- tensidade baixa. Devemos comparar um éleo em relacdéo a outro. Assim se define a intensidade. Por exemplo, podemos pegar um dleo de nota baixa que tenha baixa intensidade comoo dleo de copaiba; ou um dleo de nota baixa (como o de Patchouli), mas que possui uma intensi- dade alta. 47 mins restantes no livro. 28% 5.2 Conotacao olfativa Uma outra diviséo importante dentro da Aro- materapia e da aromacologia é a conota¢ao olfativa dos dleos essenci Vamos dar uma olhada em nossa variacdo do desenho agora. Nossas flores subiram e nossos frutos desce- ram um pouco (05), sem contar na muta¢cao fisica da pessoa. Se eu falar que os dleos essén- cias que sao destilados das flores, em familia do aroma ou conotacdo olfativa na area da per- fumaria, 0 dleo essencial de Rosa serd um dleo FLORAL. Os dleos essenciais extraidos das folhas vao possuir uma conotagio olfativa HERBAL. Para ficar mais facil ainda, eles podem ser coloridos e dizermos que sao aromas verdes ou aromas frescos. Os frutos citricos vao lembrar uma co- notacdo olfativa CITRICA que podem possuir cor amarela para verde. Os dleos essenciais ex- traidos de uma casca de arvore, como 0 Cedroe o Sandalo, irdo ter uma aroma de madeira, ou entiio sao extraidos da resina da planta como 0 dleo essencial de Copaiba. Podemos dizer que eles sio AMADEIRADOS. E eles tero uma cor um pouco marrom. 46 mins restantes no livro 33% b, s€ linaimente pegarmos Os oleos essenciais extraidos de rizomas (falsas raizes), por exem- plo, um que todo mundo conhece, é 0 Gen- gibre. Ou uma pimenta que é extraida da se- mente, ele vai estar categorizado em que area? Sao aromas picantes que podemos categoriza- los como ESPECIARIAS e podemos imaginé-los de cor marrom-avermelhado. Mas temos, ainda, aqueles aromas umidos e terrosos como o Vetiver. Estes aromas podem ser caracterizados como de TERRA. Que nos parecem de um tom marrom-esverdeado. Nesta divisao temos as principais conotacgdes olfativas dos dleos essenciais: aromas florais, aromas herbais, aromas citricos, aromas ama- deirados, aromas de especiarias e aromas ter- rosos. Optamos por estas seis categorias. Colocarmos todas as possiveis divisdes seria um exagero. Mas, para evitar problemas, estas 340 as classificagées correntes: citricas, lavan- jas, herbais, leguminosas, florais, amadeira- jos, especiarias, musgo, polvorosa e doces 04) 5.3 Homem-arvore Se eu for falar de uma familia e pedir para compararmos com figuras geométricas: um circulo, um triangulo e um quadrado em rela- ¢do ao pai, a mae e ao filho. Pergunto: quem seria quem? A mae tem mais cara de quadrado, de triangulo ou de circulo? Eu, normalmente explico que a mae tem um barrigio, tém seios, figuras circulares... E, também, que a mie estd sempre pronta para dar um abraco, que for- nece aconchego, que da o toque. Por isto é a figura redonda. Subliminarmente falando, o toque vai devol- ver a sensagdo de seguranca. Fazemos uma associacao das flores que formam um Quem representaria quem? Temos a figura quadrada no lado oposto do desenho. A figura repre- senta a base, o fixador de nossas emocées. Temos 0 pai, que nos da a base da familia e faz com que a familia seja “aterrada” e caia na rea- lidade. £ o pai que estimula e revigora a fami- lia, que faz crescer. Os dleos da base trabalham por aquecimento representada pelo quadrado. Eles precisam gerar energia quente para poder elevar esta energia que ira até as folhas. Por isto eles ativam a circulacdo. Os éleos essenci- ais que estao presentes na base de nosso dese- nho sao os éleos essenciais revigorantes.(05) 45 mins restantes no livro 34%. E nos sobra o triangulo, no meio de nossa pessoinha. Podemos compara-lo com nossos filhos. Eles nos espetam e déo movimento. As partes herbais das plantas s: a se sempre de cima para baixo e de baixo para cima e esto sempre inquietos. As folhas estéo na altura do coracdo e pulmAo, por isto 5.4.A sinergia perfeita Agora que abordamos os dleos essenciais de uma maneira integral é possivel montar sua sinergia de maneira agradavel, mantendo as principais funcoes estéticas e terapéuticas. Vamos olhar o nosso ultimo desenho, que no- meio homem-arvore (068), 45 mins restantes no livro 35% Primeira parte: lembre-se da familia dos aro- mas onde dividimos em triangulo, quadrado e circulo? Esta é a primeira divisdo que ire- mos fazer ao montar nossa sinergia. Vamos imaginar a escolha de quatro dleos essenciais, por exemplo: Geranio, Eucalipto, Erva-doce e Cedro. O circulo esta representado pelo dleo de Geranio; o triangulo esta representado pelos éleos de Erva-doce e de Eucalipto e o quadrado esta representado pelo Cedro. Com relacdo as propriedades terapéuticas dos Sleos essenciais vamos seguir esta pequena regra: 40% dos dleos essenciais que mais pre- cisamos, 60% divididos 30% para cada grupos restante. (lembre-se do triangulo, do quadrado > do circulo). Por exemplo: a pessoa estd com estresse, TPM, edema e ansiosa. Escolhemos rrabalhar com a seguinte formulacao: | Steoessencial Gotas | Utilizagio [ne i | aroma —_|— Z | 20 |eausa | Média Circulo (TPM) | 14 mins restantes no livro 35% Isto feito para uma sinergia de 50 gotas de éleos essenciais (diluicdo de 2%) em 100 ml de veiculo carreador. 44 mins restantes no livro 36% 6. PRINCIPAIS OLEOS ESSENCIAIS ALECRIM (Rosmarino) Alecrim (Rosmarinus officinalis. Familia: La- miaceae / Labiadas) Propriedades: Anti-bacteriano, anti-infeccioso (vaginite e candidiase), anti-catarral (bronquite e sinu- site), anti-séptico, anti-espasmédico (diges- tivo e cardiovascular), anti-viral (hepatite viral e cdlicas virais), cardioténico (angina pectoris, arritmia e taquicardia), cicatrizante (regenerador celular), desintoxicante (figadoe afecgées biliares), estimulante, rubefasciente, expectorante (tosses e bronquites), regulador hormonal (ovarios e testiculos), mucolitico (bronquites, sinusites e tosses), regulador do sistema nervoso (depressao nervosa, fadiga, problemas de digestao por depressdo nervosa e problemas sexuais), carminativo, emena- gogo, relaxante muscular, diurético e descon- gestionante. Revigorante, refrescante, antide- pressivo e estimulante. Principais constituintes: Cineol, cénfora, borneol, canfeno, alfa pineno enopineno. Tradicao herbérea: O Alecrim é considerado como uma planta sa- gtada, que sempre foi muito usada na magia, medicina e culindria das mais antigas civiliza- c6es. Quando queimado é usado para afastar infeccdes. Em outros tempos era transportado 43 mins restantes no livro 37% em bolsinhas em volta do pescogo, para que fosse cheirada pelos viajantes que transitavam. por zonas suspeitas. Ele também era ingerido para solucionar problemas de figado e infec- des digestivas. Quando inalado ajuda na cura de perturbagdes nervosas e respiratérias. An- tigamente ter um arbusto de alecrim na porta de casa significava ser uma familia hospita- leira. Por causa da fama de reforcar a meméria, o alecrim se tornou o emblema da fidelidade dos amantes. Precaucées: O dleo essencial de Alecrim é perfeitamente seguro para 0 uso caseiro, desde que diluido antes da aplicagdo. Caso contrario, ele pode causar alergias na pele. Nao deve ser usado du- rante a gravidez, j4 que estimula a menstru- acao. Nem em casos de epilepsia ou pressdo alta. ANIS Anis (Ilicium anisatum - familia: Illiciaceae) Propriedades: Energizante, antiinflamatério, anti-séptico, estimulante da abertura dos poros, cicatri- zante, diurético e ténico estomacal. Estimu- lante. Principais constituintes: Anetol, felandreno, terpineol e 1,4 cineol. Tradigdo herbérea: Ha muito tempo ja é utilizado como auxiliar 43 mins restantes no livro 37% digestivo e desodorante. Original da regido costeira da Asia Menor, é usado em varios tipos de produtos de higiene bucal e em perfu- maria, principalmente na elaboracdo de col6- nias frescas. Precaucées: Evite usa-lo durante a gravidez, em casos de epilepsia e hipertensdo. BENJOIN Benjoin (Styrax benzoim/Styrax tonkinensis - familia: Styracaceae) Propriedades: Anti-séptico, cicatrizante, expectorante, car- minativo, antioxidante, conservante, esfoli- ante, fungicida e umectante. Atua como esti- mulante, reconfortante e animador. Principais constituintes: Acido cinamico, estiracina, vanilina, dcido benzéico e fenilpropila. Tradigdo herbérea: O nome Benjoin vem da depuracao do arabe Luban Javi, que significa incenso de Jawa. Ini- cialmente ele foi considerado uma forma de incenso, também conhecido por Luban. Os hindus vendiam o benjoin aos arabes, e eles, o revendiam para o mercado chinés de especi- arias e condimentos. Por sua vez, os chineses repassavam aos consumidores europeus, que o utilizavam em perfumes e medicamentos. 39 mins restantes no livro 38%

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