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1. INTRODUCAO, "Eahcal values provide the foundation on which a hilised society exists, Without the foundation, clic ‘ion collapses” Murphy Smith, CPA “Texas A&M University "A mulher de César no basta ser sri, também de- ver parec-lo" A ica nos negécios€aetualmente um assunto muito Jmporante pertinent. Tal importinca,¢ sublinhada por Ferreira (1996,34) quando alma que "a deliadeza das matiras, os intresss divergentes, as necessidades ‘a vida econdmica e empresaril exigem dos drigentes «dos tnicos de pesto e coniabilidade no $5 conke- ‘iments tenicos mas comportamentos que satisagam 1s objectivosvisados de proteega0 vires, com six fag da lei e respite pela ica” © contabilists tém obrigagdes especais para se comportarem de uma forma ea, em virtde da confi- fanga que € depositada no seu tabalho, por parte dos investidores ¢ eredores. Podemos adianar que pare © rercado de capittis funcionar efecientemente, os ivestidores pblios, tem que confiar na informagto financeca, producida pelos contabilisas, e verificada & redibilizada pelos uitores 'No decurso da gestlo empresarial ¢ elaboraga0 da informagdo ccondmico-financeira colocam-sc probe: ‘nas fos varios, levando-nos a questionaro que deve se eto, aceite undo, suseitando o debate sobre o que € egal ou egal. Por isso, a quesizo da tc Tia com ‘onceits como o ditto, justiga, honestidade, inegt- dade, equidade, igualdade, obrigagao, dever, respon sabildade, no injuriar. As decsbeséticas so influ ‘iadas por normas (prineipios) eulturaise profissonais, regrasproissionas ou les, ou ainda por valores ‘Quando os valores dei (de moraldade) se encon- ‘ram em decadnca, as possos fequontemente buscar ‘juda no Estado, Cont, nas sociedades moderas, 0 Estado pouco poderd ajudar, quando os cidadios 0 presenta uma postra etc, (0 comportamentointegro(honra) é resultado de uma larga aprendizagem que comega nos primeiros anos da ‘Prof. Dr. PAULO JORGE MADEIRA Docent Departament de Gestfe eContbiidade da seu Superior de Gest de Idan a Nova infinca, e que para o qual fundamentalmente interim ‘onhecimentos, vivéncas, nommas de comportamento & 2. CONCEITOS BASICS 2.1. ica, morale deontologia 0s concetos mais utilizados no émbito do presente ‘estudo sero os de moral, ica e deontolosia, pelo que ‘se do uma forma sitética as respectivas defiigdes no ‘sequin quo Fonte: Trasido de Dianova, Aljaniro (195). Bea Profsonl det Audio. sin de Aube Censrs Jabs Coens de Espa, Esa de Autor Mai p.10. Podemos verifca pani das dfinigdes de morale ica, que fazem referencia directa ow indireca 30 mesmo objctvo ~ conseguir um comportamento dino través de regrts de eomportamento, “Arens ¢ Loebbecke (1997) definem étiea como um conjunto de principios valores morais. Michael Josephson, na obra Ethical Issues in the Practice of “Accounting, 1992, desereve 0 "Dez Valores Universais™ como se seguem: honsstidade, interidade, simpstia, sumprit promessas fidelidade. jusica. respeito pelos ‘ims, responsabildade ds sidadania, bussa da excel sia, ¢ responsabilidad, ‘Para Andrevce (1993, 28) "a éica € um sentimen- to de dever pea misséo pessoal «ser cumpeda ‘Segundo Ferreira (1996,36) "a ica no & fil de JORNAL 00 TECNICO DE CONTAS E DA EMPRESA, 453 JULHO 2003, an ‘operacioalizar = flsofia, pensamento norteador, is- cipling que se ocupa da moral, entendida como meta ou ‘deal na condita humans" Procurando distinguir « moral da ética, Pedro D‘Orey da Cunha define ica como a "ariculaga0 racional do bem e exprime prncipios niversais mais astratos enquanto a moral se refer a normas concreas, muitas vezes expressas em cOdigos (vg, Biblia € Aleoroy" ‘A deontologia quando enformado num "Cédige Deontoligieo,comesponderd a um conjunto de normas ‘que regulam 0 comportameato ético de um eolectivo ‘rofssiona, por otras palavras, tata-se de um conju to de princpios de cica e Moral que presider e insp ram exercieio de uma stividade profissonale com portamento dos profissionais que o formar”. Enquanio que a exigéneias do ponto de vista ético, ‘So permanentes, s normas deontoldgicas so adaptadas ‘realidade em eonstante modanja dos factos. Por outro lado as noemas deontoligicas requerem a sua proml- ‘glo cacitago, enquanto que as nrmaséicas, lo. A aplicagao das normas éticas s20 mais abrangenes, na ‘medida em que, # actuagio profissional por respeitar unicamente todas as repras deontolgieas, no dispense ‘© pofissionl de atender a outrasnormas esas ave «esto contempladas nas regras deontoldpias. Assim ¢ ‘nun sentido mais amplo, a éticaabarea todos os aspec- tos da conduta humana: pessoa, socal, pasimoni _mais do que « deontologi que cobre apenas o camp das actuagSes profissionas (toma em conta apenas 0s inter= esse de eertos grupos paticulares de profissionas Da andlise anterior depreende-se que a formagdo ica uleapassa, as ongaizagbes profissionais,e deve inserever-se na formagio primiria © bisica do ser Fhumano, formado em parte dos vestiios cultura gue ficam reistadas desde ainfincia, produto do exemplo recebido pelos pais, do impacto das vivéncias desde & Drimeira dado, e dos ensinamentos exemplos dos seus ‘xducadores nas diversas tapas da sua formago: escola, tniversitiriae profssona. ‘Segundo Baker (1996), numa perspetiva filos6 1 conduta etic pode ser vista em duas perspectivas: & ‘eontoldgia ea teologica, ‘A perspectiva deanologica (act oriented! approach) preva existécia de determinados axiomas de conduta orrecta das acgdes de determinada pessoa deverd ter indiferentemente da situago, As agOes so vistas como intrinsecamente corects ou incorrectas indiferente- ‘mente do panto de vista deontolégico ou toolésio, [Em oporigao & perpectiva deontolégica surge a perspectiva teoligiea (results-oriented approach) na ‘ual integridade ow silegalidade (injustiga) de cada acto determinads peas suas consequéncias. ‘ estdo da conduta tics dever ser abordada a par- tir da perspectiva que toma em considera simultane- iamente os aspectos deontlogicos © teologicas das aep8es, Por outras paras, ma vida actual, a pessoas avaliany a intepidade ea injustiga dos seus actos efou dos outros, em si mesmo, esimultaneamente,aaliam as ‘onsequéncias seus actos ef dos outros. ara alm do mais, indifeentemente de um inviduo assumirdetrminada conduta numa perspetiva donto- Togica ou teologica, of factors eultris e orpanica~ ionas tem um impacto determinant na condutasssun- ida 212, Caracterist 1 principais da tica Aéticac morals sempre individu, dada a iber- dade das pessoas que 2 peticam, pelo que nio existe ‘uma ética © moral colectiva, tal como ado existe uma ‘onseiéncia colectva, Contudo se um clestivo profi sional & muito homogéneo, quer dizer que a formasao © ‘modelos cults da maori dos seus membros so s- nilares, pelo que actuando individulmente, ante deter ‘minados requeriments dios, causarl a impress para © observador extemo de que todo 0 colectivo segue @ ‘mesma norma ética, dando a sensagio de exstir una ‘ica colectva, quando existe apenas una sobreposigho

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