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COMO CONSTRUIR Impermeabilizacao com mantas asfalticas 1. Concepeao ‘As mantas asfalticas constituem um dos muitos sistemas impermea: bilizantes de tipo flexivel que podem ser aplicados para proteger as lajes contra as iniltragdes de agua. Quando pré-fabricadas. permis tem maior facilidade de execugao na obra e melhor controle de materiais, © que é um real avango tecnol6gico sobre a impetmea: bilizagao tradicional com feltro e asfalto {As mantas so normalizadas pela NBR-9952 da ABNT e, depen: ‘dendo do tipo de uso, podem ser aplicadas com solugbes asfalticas {de imprimagio ou asfalto oxidado tipos II, III ou IV, regidos pelas normas NBR-9686 e NBR-9910, respectivamente. As tabelas 1, 2 ¢3 resumem as especificagses desses materials, 2. Livres Basicos ¢ Nor NBR-9952 lizagao’ NBR-9686 - “Solugio Asfiltica Empregada como Material de Impri- magio na Impermeabilizagao’ Mantas Asfilticas com Armadura para Impermeabi- NBR-9910 - "Asfaltos Oxidados para Impermeabilizagao Vercoza, Enio José - Impermeabilizagéo na Construgao - SAGRA 1: Edigio, Picchi, Flavio A. - Impermeabilizagio de Coberturas IBUPini - 1 Edigo, Pirondi, Zeno - Manual Pritico da Impermeabilizagdo Isolacdo Térmica -IBI-Pini - 2: Edigio, 3 Ela pas oT RT No projeto, deve-se indicar o sistema mais adequado, capaz de aten: der as solicitagées impostas pela estrutura que ser impermeab lizada, além dos detalhes construtivos e da interferéncia com outros projetos, Numa segunda etapa, procede-se & andlise dos materiais empregados na obra. que deverdo ser amostrados e ensaiados de modo a se verificar a sua qualidade em confronto com as normas espeeificas. Finalmente, ¢ necessério cumprir um acompanhamento meticuloso {da aplicagio dos materiais, verificar os detalhes de acabamento ¢ atentar para as peculiaridades dos materiais empregados. Assim. deve-se detectar se ha presenca de umidade no substrato, descobrir 4 temperatura maxima & qual o material pode ser submetido sem se degradar, a taxa de aplicacio ete. APD [C10 ST ET © projeto de impermeabilizagdo com manta asfaltica devera com: preender especifieagao e quantificagio dos materiais, memoriais des ritivos, plantas e, especialmente, detalhes construtivos (soleiras, rodapés, encontros com ralos ou grelhas, embutimento ou ancoragem tem platibandas etc.). Especial atengdo deverd ser dada aos caimentos, (fator mais importante para o sucesso de qualquer sistema de imper- ‘meabilizagao), & compatibilizagao com o projeto de aguas pluviais (disposigdo ¢ dimensionamento correto de ralos e condutores) © A coordenagao com outros projetos, destacando-se nesse tiltimo caso: fedetalhes do tratamento nas regides das juntas de dilatagao das estruturas; fe presenga de tubulago e eventuais equipamentos apoiados sobre as lajes; Eni ‘Condicoes ‘Condicées impostas pola NBR-9952 para a classe 2 3.0 mm (minima) Tndieado polo tabricanie (Eipessvra Massa por aa Resistencia a tragao Carga de rptu- ra (mediana) = Along. na pt ra (modiana) Produto carga, elormacao: 1 sent longs: ‘inal ‘ssentigo trans- versa ‘Absorgao de ‘qua, SC Sains svariagao em 3.0 mm (minimo) Tread polo fabreant £280N 50 mm (rn) (1) ‘BON 50 mm (in) aoe (min) 2% (min) ambos os sentios TATOON x % (min) ‘Ambos 0s series (*) "2S40N x6 (min) 409 (maximo) 1% em qualquer sentico, 1,09 (maximo) = 196 em qualguer seatao wvariagdo di- |Cmensional ‘Apts execugae do ensala de | Apée a srecucio do ensaio de floxbibdade, 06 corpos-de-|lexibiidade, 0s corpos-de- ‘prova deve permanoceres-|prova dover permanecer es- fanques, quanco submetdos|lanques. quando submetios ao ensaio de estanqueidade 2 agua aciaténcia a | Apde a execuglo do ensaiode | Apos aexecuqao do ensao do Impacto, 4,004, |ressténcia ao mpact, os cor |resisenca aoimpaco, os cor nastemperatura’ | pos-de-prova devem perma | pos-de-prova devem perma- tt= 022°C |necorestanques, quanco sub-|necerestanaues, quando sub- 315 23226 |metdos 20 ersao ce estan- /metios ao onsao de estan- fquecade a Sou queidace & agua Puncionamenta | Apds a execurso do ensaiode | Apés a exocurao do ensao de fettes puncionamento, os corpos: | puncionamento, 0s corpos: [24GNth a 20 = | Ge-prova cover permanocer | deprova devem permanecer 20) estanques, quando subm |estanques, quando submet- 150s 20 ensalo de estanquer |dos 20 ensalo de estanauet ade 8 fou ade 8 agua ‘gio da tempera |Os corposdeprova ndo de- |Os corpos-de-prova no de- ura vem apreserar sais de fi | vor apresentarsinais de fis- [t= 80-016 sema-| suragaoe ormaczo de boas | suragaoe formagao de bohas ras) = Observagdes Sua /* Porcentagem os valores de [carga @ alonga- |Os corpos-de-prova dover |Os corpos-de-prova deve mero na ruptra|apresentar resuitados de no | apresentar resultados de no fem relagdo aos minima 80% dos valores fr | mirimo 80% dos valores in: ines eas cas | cargadeuptura resiana) along na upto. ra (mesane) Escomimento. | Os corpos-de-prova nfo de-|Os corpos-de-prova ro de- (ercz) ‘vom apresentarescommenta | vem spresenar escommen (Ovando 0 valor inca pare 8 cage de rupture nao for atendido, a manta de ser acta dese que ov" do prod carge-detormacao se 10s! Tabela 1 FICHA TECHNE 5 COMO CONSTRUIR Ensalos ‘Condieoes especiicas para) © asta oxidado, de acordo ‘com a NBR:9910 Tipo_| Tipom | Tipo Ww, Ponte de amoecimento" 75.95 | 95-105 | 65-105 Penetragao a (25°C, 100958, 01mm | 20-05 | 1525 | 40:55 Ductksace (25°. Seniminjem.minme | — | — | 10 Peroa por aquecimento em massa (168°C, $n) % maxima 1 4 1 Ponetragao do resiivo (% da penetagao oxginad, virima oo | 75 | 60 'Solubiidade om CS, (% em massa) maximal 99 | 99 | 98 [Ponto de flgor°, minim zs | 235 | 255 Tabela2 « presenga de tubulagdes emergentes (colunas de ventilago de esgo- tos por exemplo);, ‘e detalhes arquitetOnicos que prejudiquem a correta ancoragem das mantas (por exemplo, reentrancias com pequena largura, sacadas sem paredes ou saliéncias na periferia ete.); ‘e presenga de jardineiras ou liminas d'égua; ‘ interagao com sistema de isolagdo térmica; além de outros, Sob 0 aspecto da interagdo com isolacdo térmica constituida por plisticos expandidos, 1d de rocha etc., ha que se destacar que € pritica relativamente frequente o emprego da camada de isolagéo Sobre a impermeabilizacao, até como forma de protegé-la, Perde-se, ‘com isso, eficiéncia no sistema de isolagao térmica (a condutibilidade térmica através do isolante umedecido € acentuadamente maior), prejudicando-se também sua durabilidade. Assim, recomenda-se a disposicéo da impermeabilizacao sobre a camada de isolacéo, preven: ddo-se, quando necessério, barreiras de vapor entre a laje e a camada de isolacio. projeto de impermeabilizagio devera também estabelecer todos ‘os detalhes e materiais para a preparacao da base (camadas de regula- rizagio, verificagdo de caimentos, limpeza, reparos de fissuras tc.), bbem como para_a protecio mecanica (espessuras, juntas, prote¢do da impermeabilizagdo durante a aplicagao etc.) 3. EUCHRE TT 5.1 Culdados As cavidades ou ninhos existentes na superficie da laje devem ser preenchidos com argamassa de cimento ¢ areia trago volumétrico 1:3, sem aditivos. AS trincas ¢ fissuras necessitam tratamento com ‘massa asfltica elastomérica ‘A superficie-a ser impermeabilizada deve ter um caimento minimo de 1% em diregao aos coletores, Além disso, € preciso que esteja isenta de protuberancias e apresente resistencia e textura compativel com o sistema de impermeabilizacao, ‘Todos esses parametros podem ser garantidos durante a construgdo Valores Preconizados ola NBR-9686 \Vscosdade Saybor Furel @ 25 28875 SSF Ensaio de Destlagao (Destiago,%= om volume 0 total da amosira) ote 225°C. 35% minimo = ae 360°C 558. maximo [Ensaios sobre o rest da dostlagso = Penctracso a 25°C, 1009.55, (0.1 mm) 20350 [= Ponto de amolecimento (ane e bola) eoa sore | Solubisdade em CS, (%s om massa) 99% minim Tabela 3 ae Rodapés Fi} — Material solanto y— tale ‘Sistema impermeabitzante ~Camada do rogularizagio ‘—— camada de protegso mectnica Fig. 2 Ralos i. I ss Lcamada de reguarizagéo ‘sistema impermeabiizante Camada de protegéo mecinica Fig. 3 Juntas de dilatacao Laje 3 Camada de reguerzagao ‘Colagem com astalio oxidado ‘ou com magarieo Limitador do protundidade ‘teria! sola ‘— sistema impormeabitzante L__ Camada de protecéo mocinica da laje, mas caso a superficie final ndo atenda as exigéncias, sera necessirio executar uma regularizacio, com argamassa de cimento areia, trago volumétrico 1:3, granulometria de areia de 0 mm ‘a3 mm sem aditivos impermeabilizantes. A camada de regularizacdo deve estar perfeitamente aderida ao substrato, Detalhes como juntas, ralos, rodapés, passagens de tubulagdes, emendas, ancoragem etc. devem ser cuidadosamente executados, conforme as figuras 1, 2 e3. 185.2 Aplicagdo da manta colada ao substratocomasfalto oxidado Pintar a superficie a ser impermeabilizada com a solugdo asfltica, ccuja fungao seré a de propiciar a aderéncia do asfalto oxidado a laje. Depois da cura da solugao asfltica, espalhar 0 asfalto oxidado aquecido, com esfregio, simultaneamente ao desenrolar da manta sobre 0 mesmo (veja foto). As extremidades das mantas deverdo ser coladas umas as outras em 10 cm, com asfalto oxidado, FICHA Impermeabilizacao com mantas asfalticas 115.3 Aplicagao da manta com magarico Nesse tipo de aplicacao, a manta pode ficar colada ou solta do subs trato, No primeiro caso, a solugio asféltica a ser aplicada sobre © substrato devera ser do tipo elastomérico, especifico para esse tipo de servigo. Durante a aplicaco, a manta deve ser desenrolada ‘a0 mesmo tempo em que é aquecida pelo ar quente emanado do ‘magarico ¢ comprimida sobre a superficie previamente imprimada (veja foto). Outra forma de aplicago da manta asfaltica permite que ela fique solta da superficie, aderindo ao substrato apenas nas regides de rodapés, ralos ¢ outros elementos que atravessam o sistema imper- ‘meabilizante. A colagem entre mantas executada mediante a utiliza ‘40 do macarico, Depois da aplicagio da manta e antes do assentamento da camada de protecdo mecanica, deve-se testar a estanqueidade, deixando-se uma lmina de gua sobre a manta por um periodo de no minimo ‘T2horas. Decorrido esse prazo, ¢ preciso proceder a anslise visual da superficie inferior da laje, para se verificar a possibilidade de vazamentos, A mesma operagio deve ser feita na superficie da manta, conde € necesssrio verificar a existéncia ou nao de bolhas com gua ‘no espago entre a manta e 0 substrato, pds ter sido comprovada a estanqueidade do sistema imperme: bilizante, € preciso aplicar a camada de protecao mecénica, que deve ser constituida por argamassa de cimento e areia, trago volumé- trio de 1:5 de cimento e areia, respectivamente. 6. Inspegao e recebimento da impermeabilizagao com manta Statice RT ‘A execugio dos servigos, com base nos elementos do projeto (memo- riais, detalhes construtivos etc.), devera ser periodicamente inspecio- nada, recomendando-se o emprego de listas de verificagio tipo Sim ou Nio, como aquela ao lado exemplificada. Sempre que nao apare- cer marca na coluna do Sim, consideram-se atendidos os requisitos da qualidade. TECHNE 5 [oere: ———————nspetoe. Data Componente: —————Lovalzacao ‘Aspecto ‘Sim | Nao | Observagoes | Alocatzagao e anensGes Ge rlos, ore | has ete. encontramse em desacordo ‘com o projeto de aguas pluvais? Aaj apresenia pontas de tere ou otras imperfelgbes perurantes? A ln apresenta esuras & desagrega 6 sem prévio ratamonto? [0 trago e a espossura da camada de regularzagdo sto inadequados? [0s caimentos fnais da camaca de regu larzagao encontram-se em desacordo com 0 projeto de impermeabiizagso? [A superficie da base apreserta areas de lempocamento de agua? A superce de base enconta-se Uma fou mal cured” Na apicagio de asiatoa quonte, os ope raros estao sem botas, vas ou outros equpamentos de protegto” [Sao improprios 0s equipamentos espe [ais para apicagao das mantas (mace os, roles para cantes, los para emer as ote)? [A area de execusso dos servigos encon tra-se mal protogca’? [Exstem cantos que nao foram conve nientomente aredoncados? [Os matonaisa serem omprogados doi ram de atencer as respectvas expect. eagoes tecnicas? (0 consume do material de mprmagao jencontra-se fora do especiicado pelo projsta ou fabricante? (O asfato esta sendo aplcado fora da fa | 1a.de temperatura especticada’ [Deixou'se de utizar barera oo vapor {quando especicaco)? ’As emondas apresontamh descontnuida- 6s, rogibas enrugadas ot.” Deixou-se de atender a superposigao mi ima das mantas (10 om) nas emendas? Nos sistemas aderentes, verlica-se @ Ipresenca Ge deslocamentos ou bolhas Gear 206 as mantas? Deixou-se de utlzar mantas eapecals nas regies das jardineras (quando es- pecitieadas)? [As dobras da manta da confuéndia com | | | tales foram mal exscutagas” [As mantas enconirar-se mal ancoradas nos enconiros com platibancas,rodapés ou tubulagdes emergentos? No teste de estanqueidade (721), nowve formagao de gotas ou manchas de um dade ra lace interior dalle? Deikou-se de relorgar aimpermeabiiza- «io (mantas cuplas) em aigum loaling 260 no projto? [0 waco, espessura e eventual armagao da cameda de protecdo (argamassa ou onerto) sao inadequados? [A csposicdo ea argura das juntas (er- meciinas © perimevais) na camada de protege dexaram de alender ao pojeto 6 impermeabiizacso? [0 preenchimento das jntas com area fe emulsao astaliea fl incorretamente executado? Autor: Eng. Heitor Roberto Glampaglia— Divisao de Engenbaria Civil do 1ET

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