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© Que é um Autor? ‘One umace mei Secs roar Pape 8a fos de 10 ps RAGE Serer ose Sefer ia ast Wee Em 1970 ne eo. Fo sees ne arvana io for MF me note tnatereniementes eis deo sax Ba Se ‘erode np aude re fe 0 Sr. Michel Foucault, professor co Centro Unixersitrio _Expertmentatde Vincennes, propenhn-se a desensoloer dian te tos membros da Sociedade Francesa de Ptsafia xs ‘gubites ergumentas: “Que importa quem faa?” Nessa indfrenga se afin 9 principe les. tales 0 mais fname da eserta eater poranea-O apigamento dosulor tornot se desde ent, paras frilca, um tema coidano, Maso essenca nie canst a ‘ez mais seu desapareelment:¢ pects desert oso ar ‘vazlo ~ a0 meseaa tempo idiferenteeobrigirio = Toes fondle sun ingio € ered 1) O.nome do autor: impossible de ratio como uma dtscrigho delnitac mas possi igulimente de tral 9 fom nome proprio comm. 25 Arelagiodeapropriagio: alitor nia exstamente nemo proprietor o Tespotsivel por seus textos: no € nem 9 brodutornero inventor deles Qual éa natureza do speech net ‘ave permit dizer que hit obra? 29 A reacho de atbuigio. O autor &, som dvi, aque 9 pil ‘quem se pote airibuir 0 que at ditoou eseto. se ates mesmo quando se tata de um autor confide orestiticla ‘de eperagbes eriteas complesas erarsmentejustieadas. Ae Incertezas do ops. “#1 A posigdo do ator. Pogo do ator no lve fu doe seneadeaores ings doe preficls: sinters do cops, do narrador. do confidente, do memorials), Posi donor hos diferentes tipos de dsearso Ino disrurso lose, por ‘exenplo). Posigia do ator em um eatapodiscursivo foc eo Sendaor de uma diseiplina?. a yas pose signer 9 ctor a." ete montente else na transformagio de urn ean discursive? Relat6rio da sesso A sessdo é aberta ds 16:50 no College de France, sala n= 6, preside por Jean Wahl Jenn Wahl Temosoprazer de terhoJeente nds Michel Fo ‘ull Bstivamos um poueo tmpacientes por causa de ss fa, um poueo inquetos com seu atraso, mis ele est aq. ho apresento a vets, €o "erdadeira® Miche! Pouca, ode JAspalaoras e as ctsas; ada tere scbre a loca, Eu he pest tmedintsmente a pasta. Mice! Foucault: Cre sem estar ali muito seguro sobre Isso que tradighotrazer a enan Sociedade de Fotis re sullado de trabalho ja conehidos, para siimett-los ao ese arta de vores. Infllzmente,o que Bes tage hoje € m0 ‘pouco, eu Tecel, para mierecer sa atengao:€ tim projet ie fu gpstaria de submeter a voc, uma tntatva de analse cs nas gerais apenas entrevejor eas pareceurme que efor: dome para taghas dante de voces, pediado-ties para jul fabs evetiesla, et estar, enna “ur bom neardleo™ pro {ura de um dupo beni: inilalmente de stbmece os rest {aos de um tnbalho que nda ao existe ao rigor dens ab Jeges. code Dentieso, no momento do seu nascent, 0 Somente com seu apadrinkarento, ms com suas sists Es gostara de lve axords um outro pedo ode no me eve mal, dentzo em poco, ae eset voces me fazer penunas, snio ee ringa,esobretnda nga, a auséneta dein 268 te Pet ones ‘vor que me tem sido até agora tndepensivel:vacts ho de com: preender que nesse momenta € ainda mae primeira mestre qe procuraretinvenclelmente ouvir Adal, tele que ea havin ‘nietamente falado do raew proto tncial de taba; com ‘oda cereza seria imprescinivel para mim ei ele assstise a fesse esbogo e que me adasse ma ver mals era muna incr tezas. Mas. afnal. Je quea suséneta cepa hug prior no Aiseurso. acettem, pot favor qe stale, em primero lage que eu me dra essa note ‘Quanto ao tema que propus, “O que € um autor?” € preciso ‘videntemente jase lo um fouco para voces Se escolhi triar essa questao tale wnt pouco estas € porque iciatment ostaria de fazer uma cert eriiea sabre © ‘que anies me ocorre eserever. volar a um cera iimero de lmprudéncias que zeabet cometeno, Bm As palauras e asco sas, eu tentara aalisr as massas verbas,eapécies de plans iiscursivos, que nd estavam bess aeentuados plas unisades ua do i, da obra e de ster Bu flava erm eral da *histia natural ou da “ange das rguezas” ou da steno ‘mia poles" mas no absolutamente de obras ou de eserito- res. Enretano, ao longo dese Lest, tiie! ingeraaiete. ot ‘soja, de forma sevagers, nomes de autores Fale de Balfonsde ‘Cuvier. de Rican ete «else esses notes faneionrern ey ‘uma anbighidade bastante embaragost, Embora dois tines de ‘bjegoes pudessem ser egtmannte formulas. eof te fato. De um lado, disseram me: vecé no descreve Bulfon con vententement,¢0 que voed diz sobre Marx ridiculamente ‘suflctente em Felagao 0 pensamento de Marx. Essas abjeces ‘estavam evidentemiente fendamentadas, mas nio considera ‘que elas fossem inezamente pertiventes em relat a0 ue fazia pss o problema para mim nio era deserever lon ot ‘Mare nem nepreduir © que eles disseram ou quiseram dizer: ‘eu buservasimpesmente encontrar as regras raves das nis ‘les fomaram um certo numero de eoneetos ou de contexte fedrieos que se podem eneostar en seas textos, Fern ta bem una outra objegio: vor’ forma, dlsseromme. fanifias ‘monsiruosis. aproxima nomes to maniestamente opostos ‘como os de Bullan ede Line, coloea Cir ao lado te Darn. ‘ess contra ogo mais evidente dos parentescos eda seme Thangasnatuesis, Tomb ae dria que objegao mo mi eee cont, po jamais procure faeram quad genealogies 1080-0m Fam An? 267 das indviualidades espiriuais, nfo quis constitu un dv fuerrestipointletual do lenin ox do naturalist dos seen los XVI e XVI no quis formar nenhura fail, nem sant nem perverse, Busque! simplesmente = 9 jt era milo mais ‘odesto as condsgoes de lneionamento de pradeas discs ‘ns especies. Eni, voeés me perguntario, por que ter uilizado, em As palaoras © as coisas, names dle sores? Era preciso on {llzar nenhum, ou eta definir a maeira com sie voces Sservem deles. Essa objegio 6, areata, pereitmentejstica da: tente svalinr ne implicates ¢escqiénciay et an ee to que logo val ser langado;nele tent dar estatata a grandes unis diseursivas, como aquelas que chamamos ee str ‘natural ow econo pola, eu me pergunte com se melo os. com que nstrumentas se pode locals, sean as ‘aalislase descrevédas. isa primera parte de wr rabalho omega ha alguns anos. e que agora eat conc, ‘Mas uma outa questi se colors: ada ior ~e¢ sobre essa ‘que gostaria agora le conversa com voe!s, Essa nots do tor conti! o momento crucial daindividualizegao a historia fas telas. dos conhecimentos, dag iteraturas,e tambien a histéra da Most, das encia, Messna hoje, quando se far _thistria de um eoneeto, de um aéneroteririo ou de wm ipo erlsofa. areas que no se deta de considera ais it {es como escansbesrelativamente fracas, secundaria ¢ sobre postas em relagio 8 primeira unidade, sida e fedamen fue € do autor e da obra PDenaret de lado, pelo mence na eonferénca desta noite, a ‘ndlisehistorico sonolgiea do personagern do autor. Como 0 files indivdallzouem uma eultura como. oss, se est {to Ihe foi dado, a parr de que momento, por exempla. posse fazer pesgulsas de autentciadee de seibuiga, er ge ‘ema de valorizagio a aitor fl acai, em qe momento eo srecou-tea contra vid fo mals dos herd mas dos lor, com se instaurou essa categoria fundamental da rita “oho heme obra’, tudo iso certamente merecein set nnalsal, Gostaria no momento de exnmninar unieamente a rela do texto eam o autor, a manetra com que o texto aponta para e550 Ngurequelbe exterior e anterior. pelo menos aparentemente “A ormislag do tena pelo qual gostarin de comegar.e0 to mei emprestado de Becket: “Que importa quem fal, alge 268 ent Fscae-Doe Eos Asse qu importa quem fla “Nesscierena, aeredito que & redso reconheeer tos prneiias cos fundamentals a seria contemporanen. Dig ee, porgue esa nln vo tanto um ago carateriznda a masela amo so ‘com st eserve ea Gates uma epee de rears manent se tomadancesantement sats elton aaa, wn pi ciplo que nso marea a cerita como ollade, maa w donna como prin, Essa tegra € bastante conelda para que te necesito nals ongamente basta ul espeticiaat vésdedis de seus grandes teas, Pode se daca fue a eset de he ae liberton lo tena da expresso. ease Sastaa smear por consciences cig fr ‘hada tertordade ease dentfen com sua proptis exte Se arate de or nen fe shes fomandndo menos por set eontesdo igiad® do que pol Brépeia nature co sgnicnte tamer que tama Seg Sed dace spre crime no sea desc dete, est sempre cm inde rans ede nverter re {Gularidae que es cet ecom agua se movtmentas aera se desenro como ue que vl lnfalivelmente a de suas ‘ears, eps asim par ors, Ni esti, se tata a ‘festa ou da exaltagi cdo geto de cote, nose at da marract det sje em sin ging ata da sty trade um espaco onde o suelo que esereve no para de dest _-ugaudcum espago onde o sujeito qe eserewe no pra de des ‘0 segindo tema € ainda mais famar; 69 parentesco daes- tacoma morte, Base lgo subvert im tena milena a Tals. on a epopein dos greges, era destinada a perpetuat & ‘moralidade do here se o herd aeitava morrer Jovem. e porque sa vid asia consagrada e magnifica pela more Dassava imorlatidade: narrative reeuperavaessa morte set {n, Deuma outra maneirs, a narraiva dre en penso em Ae mite una noites ~taibém tna como otivact, tema pe {exto, nin moree flava, narravacse nie 9 amanbtcer para afastir amorte paraaiiara prazo dese deseace que deverit fechara boca do narsador Anarrativa de Shehravade €0 anes 0 encarnigado do asssini, ¢o esforgo de todas as notes para conseguir mantera morte fora cielo da eistneta Ease fema da narrative ou da escrta feito pars exorclet 9 more ‘nossa cultura o metamorfoscou: a eseritn esta atainente iy 1a no saciisio. no propre seers da a: apagimen a teta-ofu eum aut? 209 Ianttrio qu ao é pra ser representad no vos pois cl € “onnumalona pera easnclacoesetor aaa ue tin Slavr de rae atnerdace reebew agora o dria de mv sae dese umn seu ate. Vea Pert Prov ate ‘Ms ha utr ot extn rego dn exert com more tm bm se mania no desapatttmento ds aracetadcs in itaasdo sete quceactor: ants de tan ehenans Que Uresabsece entre cen qc eacreve-o sto que esereve slop iodes on snes deus die ae pa Sulate ce niec an teqwe naman Sie Spree Gat ee DEE pape Go Hero [ogy Ge Ertiio on ¢ contecto: a bastante tempo gue acilen¢ ‘lonatconstatramesse desaparesinento ou mort dot ‘oct eet, enretinio de qe etna aor peromnt os go conwinsas eres nesta const Sretnem que or tena sein com cutie do sco ‘raiment ae prelsamente, parece que um cea nie rode sages chef desnntas a subs prvego ur 0 Mostra toe escanotelan 9 que devia ser Sestacad, Tomar suopcemente ds dete nope que IO hoje aered,snplarmente importantes. ‘pirmente 2 toga de bar E aio de ao Ce 6 wnibén ‘una tae bette fan que opto rita no &es- {hen aa elgdes a rato aor nem querer reonsthir Saves dos testo we pensimento a ulna experince Seve antes ann «ba em sua etre am argue ‘acest a forts ntsc co og de ns elas ners rat pesioimediatamente cole om peoblcna"O que é Sins obra? © que € ps coe curownunidade que se design {om o nome sb? De quate cemenos el a compo? Ut SSranao amo que € certo por apse ue em ator?” Ve stan ooditcidadc merge /Se um into nto fonee Un ‘inaeberque se poder duce que que deesreet ou le Sevonque ee dee ses pin que se poe rebar de ‘Sas poses. pofera se chamado Ge “obra? Exqano Seno ere a autor equ erat eno eses papi? Exsea role de pepe sere os aa sem par crane ses la proto, de fesenenens ses tna ios Suponbnmos que oe ate de tm sor se qe do © auc ete estreven ow dase tudo o que deen sr az arte su ora? Preblcna ao resin tema eit 270 sh Fowant-DeneEartos <0. Quando se pretence publiear por exemplo, as obrasde Nie. tasche, onde ¢ preciso parar? E preciso publcar todo, certs Jpente: mas o que quer caer este tio" Fado que o proprio ictache pubcou ertamente. Os rascunhos de suas obras? Evidententnte, Os projeos dos nrisiee? Sin. Da snes forma as rasuras, 8 notes na eadernetas? Sim, Mas quand 2ointeror de ernacaderneta repeal afrtmos, encantrase uma refertncia a ndieago de tm encontro ou de wn ender 0, ma nota de lavanderia: obra, ou 0? Mas. por que nae? {sso nfnitamente, Dentro mee de rags dekatlospor al. igsem apes morte como se poe defn wna bra? Aeon uaa nin eee daetes qe, genament tent tar ras fala a ta tara ese teal empce seve ma Fapidamente paralisad & se poderia conc: seed que se ode dizer ue as mite ura notes contr unm ebra? Eos Stromates' de Clement Alesana ou as Vedas de Dione Lacree? Pereebese que abundncin de quesioes se clecs a Bropésto dessa nsio obra. De tat mancira que isc teahrmar-devemos 0 esctor.deseton autor evan et da, em st mesina, obra Apainva-obrae aude quecia Aesign sto provaelnente tn probestens quanta lade do ator. “Uma outa ogo acre, bagi certeza da desaparigto do autre zee como que pentasnesto nome dessa anl <0 com ster. ela sta preserve a extent dot Socio deserts. A rio. eleven permit no soment de Petar a eerie qo ns dt estatutosta now ns ‘a, No estat que se atunimente nono dearth se trata, de ito, nem do gto deescrever nem ta mate stoma ‘on sgno do que alt eta querid dizer, esforgase com una ‘ote prot dae pars psa condo ra de quer {exto, a cntigio ao mest tempo do expage enue ees ers edo tempo em que ele se desenolve. Ex me pergumio se redid veces a um uso habitat ‘ssa nogie nao transpora, et mm anonimato transcendent Ba crs cl “Sours Cremer wa ost Sree Wee 2, Dione Laere. De ot et morbus phdowptorum, tan, het nen etn i a ee as caracteristias empiricas do autor. Ocorre que se contenta fem apagar ns mareas dematadammentevisiveis do empirismo 4 autor utlizando, uma paraletamente 8 outea, wm con fttra, das macros de carncteriela-a miodalidade erties ta ‘ousiidade religiosn, Dar de fat esr um esata org ‘io nso seria uma manera de, por tm lo trae on ‘mente em lermos transcendenats a afirmagio teal last fariter sagrado , por our. aafirmacia critica fo seu carter triador? Adie que aeserita esta de qualquer mancita, pelt propria histéria qe ela tornou passive submeuda a prova do (Goquceimento da repressio, feso no seria representa cn termos transtendentals o principio relgioso do sentido ceuo {roma neesldnde de erp eo pric erien da si nlagoes tmplctas. das determinagses slencogas, dos ets fos obscuros (com necessdade de comentar|? Enlm. pensar ‘a eerta como ansénea no seria mutt simplesmente Fepelr fr terms iranseendentai principio religios rig ‘multaneament ialtersel «jamais elias € 9 pein es tético da scbrevineia da obra, de sut mamutengao ale dt ‘morte, edo seu excessoenigniico em relag30 0 ster?” ?Penso eno que tal uso da nog de esorita arvisea manter fs priiéies de autor sob a salaguarda do prior: ele Lar ‘slat, nahi obscura da etalizagi,o jogo das represen ‘agdes qe formaram uma certa imagem do ater. A desi ‘do autor. que apes Mallarmé € um seantectmento que nao fess, enconra-se submetida ao bloqueo transcendental Nao ‘existe atunmente une lina divide importante entre os qve fore poder ainda pensar as rupturas atuais na tesdeso histrto-trmnsrendenta do seu XIX e o8 que se esfarcam para se hbertar dela defitivnmente? Mas no basta, evidentemente,repetir como alrmagio vais que oattordesaparece. Iualmente, nio basta repetr perpe tamente que Dense ohomem estto mors de uma morte cor Junta. O ae seria preciso fer € localiza 0 espago asst de ‘ado vago pela desaparigh do auto. seu atentamente a £0 parca das lacuna e das falas eaprettar 08 local, fi bes livres que essa desaparigio faz aparece, ‘Gostaria.inialmente, de evocar em pouras palavras os pro- Diemas susttads pelo uso do neme de autor. O que é nome 272 sno ‘eater? come ee fenctona? Longe de daa vats uma sol ‘Go, indtearel someate agimas das dilenldades que ele apre ‘Ornome do autor € em tome préprie: ele apresenta os mes mos problemas que ete, (Refirosme ag, entre diferentes anal ses, fs de Sesre') Nao épossive! lazer do nome prprio, ev entemente, oma rofertnela pura esinples O ome propre ‘a mesma forma. 9 nome do aster fem outeas fangoes ale ‘as indieathvas. Flee mais do que uma ineagio, um gest ‘ede apontado paraalguém: em urna ceria medida, € oe lente aruma desergQo. Quando se de “Aristotele”erpreg se tama palaera que éequialente a winadeserig4oou tua see lledeseriges detnidas. do enero deo ator éns nations” fu: “a findader da encologar ete. Mas nao se pode eat nis, lim nome préprio nia tem pura e smplesmcnte ua significa ‘0: quando se descobre que Rimbat nao esereves La chasse Spirtulle, nto se pode pretender que esse nome proprio ou Sse nome do autor tenha midada de sentido. © nome propels onnome do ator esto stuados entre eases cos pos a ces frigdoe da designagio ees tim seguramente ina ceria uae fom o que cles tomers, mas ie inerameate soba forma de Aestgnagto.nem itetramente sab aforma de desert Tuncto specifica. Bntretana ~e € af que aparece as dieuldades Darticulares do nome do autor. igi sla name proprio om o idsiduo nomteado ea Haga do oe do ator com 0 ‘ane ele nomela no sho somortas nem funciona da mesina manera. Bis algumas dessa dierenca ‘Se eu me apereebo, por exemple que Pere Dupont no fern offas anus. eu nia masce emt Pars no € mca ct io € menos verdade que esse nome. Plere Dupe. contnnara sempre ase referir& mesma pessoa: a lgacio de designacio ao Sera modi da mesma manera. Ei compensagio: os problemas eoloeas pete ome clo autor sto bets nas con plexos: se escubre que Shneespeare nto nase i aa que hoje se vist, es uma mosifengia se, evidentement: nao at lterar 0 funcienaments do name de autor. Fe Nensse provi 5. See Specht easy te psa of anne ira eee {fois opens nats We ey, Ps. aur? 279 to que Shakespeare nfo escrevew a8 Sonnets ie so tos ‘comodele es ura rmidanga de um outro po: ela no des cle lingo feionamente do nome do autor. Ese fiease prov ‘que Shakespeare esereveu 0 Organon’ de Bacon sipesmente porque o mesmo autor eserevewas obras de Bacon ease Shs Teespenre, eis um terclzo lupo de mudangs qe made ite samente ofancionamento do nome do ator O nme do ator ‘io € ois. extamente um nome prGprio como ox oro ‘Muites outres fates assinalam a singuarcade paradxal da nome do autor. Nio€ absolutsmente a mesma colsa dizer ie PrerreDupont nso ase e dizer que Homero au Hermes Triste fYsto ato exsuram: em um caso, qerse dizer que min tem o nome de Pierre Dupont; no tra, que vrios fae on fdidos com ura dnico nome ot qe 9 autor verdadero 0 ppossu neni dos tragos aroun tralcionaliente ao pe Sonagem de Homero ou de Hermes, Noo €de forma alga esa coisa dizer que Plere Dupent no € verdadetr ote ex, assim Jacques Dural edzer que Sten se cinta ‘aHlenr Beye Serta essim posse se ilerrogar sabre ost foc funcionamento de uma propasicio como "Boul ¢ tl {al ete" e-Vietor Eremita, Climaeus, Anelimses, Prater Tah ‘urns, Constantin Conslantvs so Kierkegaard sss dilerengastalver se relacionem com o segint ft “ayu.pome de autor nto € siepeamnte ain elemento eh ‘issurso que pode ser Sujit on complement. ar oc ser “substinide por um pronome ete) le exeree urn certo papel fm relagio ao discurso:assegira nma fang classifies. falnorte permite regrupar una certo nner de textos, deli ‘ios, delesexclar alguns, op5 los outros. Por out ao. cle relaciona ce textos entre ss Hermes Trismedlto no exist éerates amponco = na senda ein que se poderia der ie Balzac existe mas ofato de que varios textos tena so co- Jocados sob um mesmo nome inden que e estabelecn ene les uma relagie de homogeneidade ou de Mago, os en tieagte de uns pelos euros, ou de explicagia reiproca, om Utizago concomtante. Eatin, onorne do autor fncona pars ‘aracteriar im certo modo de ser do diserso: para uth cis 2k a Fuca Daoe aon curso, ofio de have um nome de autor. fata de qu pons tae isso fl esr portal pessoal pessoné tor ‘sao ndea que exe dlacurao ndo ura pra con iret, uma pera senate sso, as palavaiedatmesteconsumive mas qe seats map tha que deve scr reechida de urna certs manera que deve tm un dada citar, reer uot status, ‘Chegprscrininsmente Hela de gue o nove do sutor ado pss, como nme propria, dn treror de un discs aot $store exert npr: mas ae ie cre, de fie ovaracterin, Bie manos «cesta de unt cov coe Junto de iscuso, eretere-se so tatu dessetiseurso 9 ote Hor de una soiedade ede una cular O nome do sur as ‘sti local no ead el dos hres, noe loess ‘aflegio ds obra aavmarupura que mata ametetoeey ae aisursos eset modo sty te ser. Conseqenerenke Pedersen at que hd. em sna cheno coms asia am {ert mimo de dears que sto pvt aun -ast ‘ccjuanto wuts so dla desprovion, Uma eels preston Pre ter um sgt la nem ae, cone royodeet {im fader ce nip tr aor Un eto anni ec oe ak fan em ua parede er eto no er um str Af Ge ator porto, caracerstiea do oda deena de {Gfdagao ae nae eerie disso ho ee Seria preciso agora analisar essa fangio “autor; Em nossa ultra, como se carictertaa wm eliseirsa porador da fomqao autor? Em que ee se opie aos outeos discarsos? Acro se ‘Se podem. considerando-eesomente stor de um lio ode ‘um texto, reconnect nele quatra cartcternteas diferentes las sao, incialmente, objetos de aproprlagio; forma de ropridade da qual das decorrem € en pa bastante part fla: ela ft codfcada hd um certo nimera de anos & preciso jbservar que essa propriedade fot hisorcamente secundaria temrelagio 20 que se poderiachamar de apropriacao penal, Os ‘ext, os ros, os aseursos comeraram ster realmente ao res ferentes dos personagens mitico,cferentes da grandes figuras sacralzadas saralzantes) na medida em que anor podia ser punto ou sea, na medida em que os disewrsos po ‘iam ser tfansgressoresO discurso, em nossa eur fe, set ‘va, em muita outa), nie ea originalmente um produto ‘um cofsa, um beme era exeeneniniente un slau ao he stave colocado no campo tipo do sagrala eco profano. do leto-e do iltto, do relyjosa © do blastemo, Ete fol histor amente um gestocarregado de riscos anes de serum bem ex ttaido de um eireuto de propeiedndes E quando se nse um regime de propriedade para os textos. quando seeds eggs sti sobre os direitos do ator, ealne as reads lores-editores, sbre os dives de repradugio ete. ou ae of do sécalo XVI e no inieto do séeulo XIX € nesse mo: ‘mento em que a possbildade de tranagresso que perteneit tod eserever adqutry cada ee mats aspecte de um inper "vo proprio da itertura. Come seo autora partir do mosen toc que fo coloeado no statemn cle proprieade que caraee ‘ea nossa sociedade.compensaese o satus gue le recehin re. tmcontrando assim o velo campo bipolar do diseurso, pe ‘ancosistematicamente a tanegressto,resturanvo © Peri dena cserita na qual por outro, garantrse amos ben eles da propriedae For outro Tada, a funeo autor nia é exerci de uma mane ‘universal econstante em todos os dseursos, Ein nossa cl zngo. no so sempre os meses textos que cxlgram eecebe ‘uma stabuigd. Houve um tempo em que esses textos ue hoe ‘hamariamos de “Mersin” (narrations, catos epopelas te ia. comédias} era acitos, poston en eculane,vatotea os sem que fosseeoloeadaa questo doses ator: anon ‘o mio constuia diieléade, sua anighidade, verdndetra ov ‘uposta. era para eles garantiasufltente. Em compensagio. os textos que camarames atuabnente de elentitices, relacionan ‘dose com a cosmologa e o eft, a medion ess doengas. as cléeias naturals ova geografis, no eran aelios na Idate Me ia esd mantinhan wm valor de verdade com aeonatgi dese rem mareados pelonomedo seu autor. Tipocrates disse Pi io conta” nae eram procisamente a fortis de um anger to de autoridade:eram os indices com que estavam marcos fs disearsos destimdos a seein aceitos come provades Ue ‘qulasme produziese nn sicule XVI cx n0 SV comegorse 276 sat Petia eras citar o dseursoseencos pores mesmos, aa anata de um verdade estabelecida ou sempre demons tevel nova ‘mente: € sta vinculagto um eonyuniasstematie qc Ths Ga soranta, © deforma agama a referencia so indie qe os [reds A tangtour se aaa. o mone diver sei do no maxim para batlzar wen feorema, ume propasign, in éfeto nave sma propriate, nt corpo um conjunto dle ‘entos, uma sindrome patolea. Mas 0 discursos “ters Hos" no padem mals str aeeitos seni quando provides a fungio ator qualqier to cde peso de eg or peg ‘ereunstocis ox partie de que projeto O sentido a tne & dado, o status ou 0 valor que nee se reconiece depenem da "aniracam que se responde alesis questies stem conse. ‘nea de um acidente ou de ina vod explita do tr, ee chegna nds no montmato, a opera € imetaamente Ds 9 acetiomos Tt quale de eg, A gio sor hoje aoe iia ‘aia frtemente nas obras Meta, (Cermente seria recsoamenizas tudo issoaeriieacomegon, ha aga tempo ‘Arata as obras segundo seu genero ess topéee conforma oe ‘ementos recortentea que nelasfgurarn, segundo sts pro Prlas variagoes em torno de wna constanie qe no € mats 9 ador individual, Aledo, se aetrénla ao autor nop 58, na matenitica, de uma maneta de omear teres ou njntos de proposiges, ra biota nm medina,» Ince, ‘oo autor eda data do seu trabatho desempenia wt papel Sastane dierent: stmplesmente ma raat dedicat ‘orig, mas de confer um certo ino de ceibidade re Jashamente as tenes egos abjeton ce experienc ulzaon em tal epoca ee tal nboratoto} “Tercemcoraterisien dessa into aor. Ela no se forma ‘spontineamente como. atribulgae dem dscurso am in ‘io. resid denn operagio songs gue sae au coffe Sat oe acto ies ae ses SOT ese ‘ess ser de azo, enarse dara Stans realist sera nh do, uma nstinea"profuda’, am poder “endorse -pro eto". olugrorigniro a esr Mae, nt verdne.o que nae tiun ¢desgnade come awtor (ow o que faz devi a ‘um sito] €apenas projecad em termes sempre mais ot me: ‘nos psicologlzantes, do tratamento que se digo texto. das sprosiagdts quae oper, dos tags qu s esabelecem. isnt te Sordi ue ee lcusbes que te pric, Talay esse Dperagoes ar ce “Soro com sv pees Cos tna de deur. Neo se connie tm aitor fot como poten econo tor de som abr mane to Sexo XV como ataertc Eno, pode se erent do tempo eet rinte as Fras de contri do ner Pareeeme. por exenplo, qe a mares com que cite te ravi por mito emp, deft aoe a aes, con 8 {arma tr prt ds eno sos disarsos exes ‘euamente dria da manera con ue a ode rst ten icon ov. a contro rj on etn ds op He fue termes. para encanta” aor na brn a ein me dae sien exquemas baste promos da ange ee Sunn ea qr prove o lr de um to pela san do thon in De os sts Sao derono epic ‘monn no bst patetiayemmet os neres e vivian obeae: inde cerentes puters ts 0 mesino tome ou um pe absent empresa o ato. the dota Ou con mae nda ni ect ners um tntoE Teme? Comore igo Seton raster oe as tn eum dear ae Se “Sereno tornce quatro erin env ros erate dona um aor, inferior as auto € pecs rel de ites ost eto defn camer ie onstote ear itn des certs nts eto erent. ‘igor dourna om nutes oranda onteré {io defnido come um certo campo de cosines enc tein prec gunent ex obras que estes tmumesuio trent com para rma de espresso nao monies eva pene do sre Cer om ton exiadaldeve, an ser contra cune ner polos ox extn qu se fren acorn ou quan reonagenspotrnres 8 morte dor fo aor eto no ‘elo istonte eine pont deacon dem eto nine ‘ode eonteementon xk, res Mesias, mest 2270 te Font Dhan eran ‘undo ela nio se preocupa com aautenticago (9 que a rear eral) no define o autor de outya manera: a autor ¢o que per _Alte xplicar tio bem a preseniga decetas eonteCENcHtat oe a obFa oo sas traormagors suas deforacoes verans modicagies fe tso pela Bagata ome osog ig desus perspetinindivcualssmisedesurstincer EanEMUN, Cano «unlens « pepo deo as sade de eset = (oda as dfecencas dees Set Teluriias ‘menos pelos principio di evolu. dn mturagae-axde ie “au aodn_s-desencder emus sti etext al doe ret cet ldo St aaa Suacontenon outset nisin GSS “uals confaeoe at item oars eS aussi inate a annee aes “ona de uma cnt nial ae Goa il € us cern fxn de express formas ao ets aes da mesmo es i ly tas ict. Ca feenonete ee, “Eorrie de avenue ie Jerome (oes ‘que preeem ate ues wy ateaccaneo dea 2 htro modaidatessoginfa seuss cee ete Sea fang ster Masa ene str wi na vente. ma pene snges consirocin ae ne nee seg mien Par Be eo ito como tm merle O tet seep cane eon sven um eet nimero desi te reel aen, ‘Bases slanos sto bastante conheeidos dos ramateas, 30 0 _Bronomes pessoas. os advérbios de tempn ede haar, acon aco dos verbas, Mas ¢ preciso enatcar que eases clctncuios ‘hi atta da mesma manetra nos discursos provios da fm go autor enaqueles que dela sao desprovdas,Nessestitmos, {ais “miecanismos"remetem a0 locator real eis coordenatas spagovtemporals do sa discursa (embora certs modiicngea pssim seprodusir: quando se zeta dseursos na primcen Pessoa). Nos primeires. em compensagio. sew papel & mais ‘omplesoe mais ariel. Fsabldo que, er un romance que se presenta como orelato de um narroro pronome da pte. pessoa. o presents do indicativ os stgnos da Tocalizae fe ‘mais remetem imediatameate agesertar ery no moment 100-0 0am Ane? 279 ue ele ese nem a pro esto desu ser mas ater eg ej tinea em regs esi por oe au menor evra long mesmo do ob, Sea solee fs scr stor tnt do fad co ator real eae lad do oor ete agin ae Catena a ep sho nesen dine i cataeh-Sert poem See or ‘ex rat seme propia strc dnuren Fomaneseo opto in jogo dosnt 96 Purr cece “quardlaciry Ne erage: tds os terse due pos stem ne tr eotportan ess paling ey ea ‘he fain no predict ce mnt enter eaten $s cremtinela de composigo ne © eee Se post nem sen stant aoe qe fan. soit um demonsracn ee parece soba forma demo one” on Eu spon ew oso oe Tenet ado sem eqaaente quem eem amen eer hinaos conn sito bath no sta a te Sana on ano cum seat fe demons te gunar indteopode cepa deste goede en eos msm a tena de snbole.e mesmo ogo dr ons oes co tse cemonstracia pears Maye psn Wo these and sheen over hte th are ‘dzcro nino tao, eho encontas ox {etl obs os problemas aves se cloeeae an Seta no campo dr Serie neni fetes ot ain prvi Alena aor soe see por des teonto princi) anes do dns te mlocra as floqieo dendobramein feta des preese depo con {rir gone as Saran goto stn fra {pci irs dapersin dene rs ese suns Sem vt. ne pera Feconeer nnd oo a sos arate ta fe ton Mase tere! oe nos pero que seb areca, porque es parca es ‘Snpo ou mat vss potent: onesie ns fine trent ata oot frie c etna qe ent. determination dos acorn eno Steere unfrmerente ee mesa sien sre os os incurs. todas peas com fon aslonnm de er fo. cla ni € defi po ui exponen ei tran a se prodor nas porns sed erage nett {tae comple cn remet prac speech 200 Avid real ela pode dar sir stultaneamente a viios ogo A vatias posigdessujilos que classes dferetes de indivelves podem vr a espar Mas ne dow conta de que até o presente limites me ema de sama mantra iajustinesel Certanente, seria preciso far 9 ‘ane € a fungio autor na pineurs na mislea, astdeneas ee Eniretanto, mesmo suport que sermantenhn como eu gstarla de fazer ess note, no mundo dos fscrsos ered ter dao fo termo “awir” win sentido demasindamente restrto. Ev me Intel ao ator constdeende como stor deus texto. Ge un v7 ‘on: de ui ara ao qual se pode legtmanete tebe 2 prod ‘ho, Oa. cell wer que, order da discus podese ser tor de bem mais que wm I~ le wna teri, dena trio. eum disetpliaa dentro das quai otros livros eautros ato es podetio, por sna vez, se colocar Be eiria almente oe ‘ses ators se encontram em st posi “translsent she ‘Bum febnene constantecertamente 0 ago quanto saetiizagio. Homeroe Arststsls. os Pas a grea desempe nharamn esse pape: tas tamer ox primers matematios © ‘quel que estweram na origem da tadgdo hipoeraten, Mas Darecerveque se via aparece, erantea séeulo XI na Buropa liposde autores bastante singilares eau io podesiam ser cor Timtdo nemt com os “rane” autores Merron, nem ron 05 nores de textos religesos emndnicos. net cont oe frnadores {as cignces. Vamos cham Jos ete ma manera un poe arb (arta, de fundadores de discursive "Essesantores tem de parielaroffo de quecles nie so mente os autores de suas obras, de setts livros. Eles prod Fam alguna coisa a maa poasibildade ea tegra de formagio de outros textos. Nesse sentido. eles so bastante diferentes, por exerpo, de um autor de romances qe, no fndo, © se bre o autor do seu prépro texto, Freud nin simplesmente 1989-00 meb am Anta? 281 mente o autor do Manfesto ou do Capita eles etabeteceram ma possbildade infin de dseursos, ffi, nfentemente. fazer uma obyecio, Nao € verdade que o autor de my rome Seja apemso ator do se proprio testo; et su certo sent. {ambean le, na media em ue cle cm sede won ued “ieaportane”, rege © comanda mais Jo que to. Para ust cexemplo muito simples, pde-se dizer que Ann Radeliflt 0 Somente esreveu As oisies do oastein des Pirneus eu certo Alimero de outros romancrs, mas ela tarnou posse cs ro rmances de terror do tnilo do sto XIX, nesses sn {0 de autor exece an prépri cra. Sf que. a ssa cj. {reo que se poce responder qu esses intaradores dels: ‘ursividade foram posse! fom com exemplo Bars Fre, pols aredio que eles 80 a9 mesmo tempo os priscinos os ‘nals importantes}, o que eles tram posse absolutes diferente do que o ue tora posse manor de romance. Os textos de Ann Radel abriramo-eampa aun cero ime le semelhangas e de aalogias que tém sew modelo ou pricpio fm sua propria obea. Bla contém sgnos careteristies, li as, relagbes estrutaras, que param ser resins pore twos. Dur que Ann Rade funds 9 romance de terror ee? dizer, enim: no romance de terror do século XIX. eh ttarsed. coma em Ann fRadelifeo tema da hercina prese ha armada de sua propria inoeéncn, figura de costloseereto ‘que finciona como una “cntraridade™ o personage doe ol negro. maid, destin s fazer o mundo expe 9 al ue Ihe fizeram ee. Bi compensagso, quando alo de Marx ou de rend eo doves de ciseursvidada” quera dizer sue Jes no tornaram apenas Posse im certo numero de ana. fas. eles tornaram pessve!(etnto quanto} urn cero niimero fe dfecengas. Abrivam o espago para outra coisa diferente ce: Jeseque, no enanto, pertence ao que cles fondarar. Diser ge Mare i ag Ph Mages der kommun Parte Lens Rig ee une par orm ea ote Rd dpe crn eh ‘ate iW) ee hts Pn anes at {ere meer su einem aa Pts TH 262 mtr ‘Freud fundoua psteandlise nao quer dizer (isso no quer si pesmente dizer} que se possa encontrar o conceto ea Ibi, ‘1 a téeniea de anise dos sonhos em Abieaham ou Mette ‘ein, ¢ deer que Freud toms possi um cero ntmete de Aerie Flan 5 sh ERO TOS Ss COTTON AS, psi ~~ SHEE imedialamente, acredito, uma nova dificuldade, ou. peo menos. un nov problema nia srs caso aia! on ths, de edo findador de cineta, ou deo autre ra nea, invodce ematansorinagto gue se pode cma de fecunda?’ Anal Galen nao torna stmptsmente posits saqulesquerepetam depos dee as esq echelon a, as trmau posives entntados bastante dents do due ee proprio hia ita. Se Cuero Ianaor ta blog, ‘ousussire oda ings, ko porqa eles fora tne ‘i pore 2c rtomou, aut ou 0 conto de orks {ude sine parqueCuieroraoa posh emramacera me. did, a tera a eatin que esa eno tro opesta Sin rope des na cdaem que Saussure tornon pos sitet wma rariin geatea que bastante dierent de Sus Snes esata Foran, astnurga da dsastedade Drees do estat, primera vats nou dar frag de io importa que entice. Encanto, nero que hi ua eferene, ema ferega nine De ts, nocasa eum cemiesdage, ona que funda esti no mesmo nivel de Sas transfor ftir; le faze qualquer fora arte Ao conto dar meena qu cle tora posses. Essa Penden, certamente, pate tata virn orinas Oato def Alagto de um evntednce pode aparcer no curso da eae formas posteroresdesnlonch, come sen afta apenas tim easo paves em conju sno nate eral que endo se descobre. Pode aparece anion consaminnd pel nu helo empirisnnse preciso ent otaitte de hoo. ner tie objeto de wm certo mimers de opragoes teoiens sup ‘enlares que fda mals epressrnnte ste En, te poe parecer somo una generaliagio press que € pret I itr ed qua press ero o campo rest dealt Er outros pleas 0 ato ee Cunghe de on cetieldade bode st sempre reirohcto no tneror a muna dos Iransformagies que dele des, Yeeo-0.%e ue ame? 283 (ra. acredito que ainstauragio de uma discursiidade é he terogénea as suas transformagoes ulteriores, Desenvatver um tipo de discurtidade como a pease, tal como ea fo ns taurada por Fred, no €confririne uina generale frm ‘que la no teria admitide no pono de partda stmplesmente The abrir win certo mimero de possbidades de apieacbes Ut mila én realidad, tentacle no at instar mt rmero eventualmenterestrito de proposigdes ou de enuneias. fos quaistniamente se econhec lor fancadr een Flag ‘8 quale tas eoncestos on teria admitidos por Frei pote ‘Tho serconsiderados como derivados secindérios,scesserios. Enfim, na obra desses fundadres. nose reconhecer cers proposes como fans: contents, an se tenta pre Ser esse ato de instatragso, em afatar os enclas qe 30 Strlam perlinentes,seja por considers-ios como nao essen ‘tai, sea por consider lo como ‘préshsticas"eprovenien {es de um osro lipo de discursiedade. Em oaleas pales ferentemente da fundagio de uma eiénca, a nstauragi dis. ‘rain no faz parte desea translormagies eriorss ela per. maneee necessoriamenteretirada een desert. A conse fqutucia €que se define avaléade teriea de amma proposicsa fn relogto obra de aes inelaaradores a0 asso que, nace de Gaile ede Newton, 6m rlags a0 qu so, em sa strate ‘ae normathidade mtvinseeas a fea ou a cosmalaga, que se pode airmar a validade de ta) propasigao que eles pera rangar-Falndo de uma manera bastante exquemtin oe (co que els erensrreve: mas 6a lana oa dseursiidade ge ‘Se elocona asa obra como as eeordendas primes Compreende-se por at que se encontre, como una neces daade neive em tals discursivdades, a exigenela de in re ‘ornohorigen™ [Agu ainda preciso ditinguie esses "et sos a.” dos fendmenos de redestaberta ede “reatualiza¢0 ‘ae se prosuzem frequentemente nas clénens. Por “resco Bertasentenderel os fendmenos de analoga ou de omorlis to que, a pasts das formas atuas do saber, tora percep ‘elms figra que fo‘ embarafhnda, ou que desapareceu, Dire, por excrplo, que Chomsky. em seu iva sobre a gramatlea car. tesiana™ redescobrt uma cera figura do saber que va de Cor 2s Semi art tnt. per i ty tot 284 at Pinna Deo Bros ‘demoy a Humboldt: cla 6 pode ser constituids a verdade. & partir da gramatcngeratia, pole €esta tia que detem a let ‘de suaconstrucin-na relate, tata se de uma codificagio re {ospetiva do othr histrico, Por "reatsalearie’ entenlerel uma cosa totalmente diferent: a rensergio de un daca em urn dominio de generalizagéo, de aplicario ou de transfor ‘mage que € novo para ele. Besse cao, astra das mae ‘lea € rea er tts fendmenos et me remeto nel a0 ened (que Miche! Serres consagrou is anamineses matematcas or “retorno a", 0 que se pele entender? Aeredito que se pode ‘esignae dessa inanetza um movimento que tem sus propriacs. Pecifcice © que caractertaa jesiamvente as tnstauragies de Aliseursividade. Para que haa étorno de fate €pretno ines ‘mene que teahn havo exqueeittento, nao eaquectmnento eh {ental no encobrimenta poralguma tncompreeasio. mas = ‘queesmento esseneale consti. O ao de istauragio, de fato, 6 tal em sua propria sina que ele nip pode no st cs. ‘quecido,O queo mantesta,o que dele deriva. 90 mest em. Bo, o.queestabelecea distaneta e 9 que mascara E preeica ue esse esquecimento no actdental sea inestdo em opera. ‘Gees preists. ue se podem stuaranalisare vedustr pelo ped pirio eterno aesse ao instarador. © ferrlo do eaqucciee {o nto fol acrescenta do exterior, ele fa pate da econ sade de que se trate. esta que eds en stags de. tcusiva assim esquecida € a0 mesma tepo a rar de se do ferrothoeachave ‘que permiteabe lode tl forma qe eae ‘imento © impediments elo propria etorno se ples se terrompidos peloretorno. Por ova alo esse retort se ie ‘ao que est presente no texto, mals preisamrente, etorm seo proprio extn oo texto cm ua nudeze, 0 mes tempo, noe tanto, retorns-se aque estarmareado pelo viel, pel tsa pela lacuna no exo. Retoravse am certo vaclo qu o eaquee: ‘mento evifon on mascaros. que recobrls em unk fsa plenitude eo retom deve redescobrir essa lacunae ean fala Aas © perpétio jogs que earscteran esses retornas iste ‘Depts desehede a peneeretinete. sng de tanto gee tr Dots Sperber Fr i Ss a ee ‘1 bnconmnmtaton, tars Ba ett Ca Creep Mea 2960-0 am um Air? 285 Gio dace -jgo conse em drs pr ua sa Exava, basta io enous seta presse eco hton cates fechon os omtos bers oped fen ‘ee senda agja vt nem cuve esnereaente naa i nesta plata anes nna me cs pales var legin dog seats cae tae ies que do sans das pln see apace eqs pnt do propre dsctsa. avert de motion. auc brcorto otra snd wn spleens sce gue ie Suntr a propa caartade Cn dopleara cons one ineno qua no cust wn uaa celts se Cease rasta da profiad Ores sre teste Galen oe ceftamnte mr aeons ae enon da tra mst: es amas pots ae ropon cine. Bm compensa, eae dos os 2 Froud molten a acopra petcanlise-eor ae ars Oars Ti (On, Rs eo aoe “Esme kina crsctrota tle seinem sb creto ts ura ‘specie decstraenigmiticnsdaabrae date Deine tnmentcesqunma dente dnantorefeae nor ur ocx ttmatoritanrader ef por itso, portlets dete tor quce pres eorara le i enone pot ‘alque' edecobera dun eta dconenoae Neon tn de Caner niga a oomloge ese cu 9 eos tor Conjion,scme fact esenote oo mation umn € susetl de motiearo anheemsentssioce Gets desea yee). an compensa. igo ee inte reed conta s nico de muiea noe thceento historic pte iil. expo treo isos) evrrerndeloctnda sun acntugio ow oe cet srnde, Arava retro, que azemzate de ua, [ana crtmpo rt er coms anor media i 12 Freua Enter Paco 1805 ing peu ns se eee er ce. in ag Pag 206 © ate scabo de esbocar a propos dessa “insauragses “Alscrsin” 6 cestamente. ete eaquemsicn Ent parnenee Soposici qu tent raga entre uae tauren aco endea, Ne sempre decir aes rts seo agile nada prova que al eato otsprosedimeeis cee os un en rel our eaten nig com a {2m stra que esa feng sutra comple ashe {entaloctirin nivel dem tr ou de ama sense een que trazen uma aesinatra ded, comporta icbtea see termes, quando se tent anion em conntos See Amplos~ grupos de obras, disellinasIntitn amento muito nto ter podido trzer. para o debate ae agora vse seguir, neha proposicae pontiv. s main dizeges para um trabalho posse), canteen de anaice eg devo pelo menos dizer. em alguntss paler, para estoy oe ‘zie pelasquats dow a Isso urna certa impor ins “Tal andlise se la fesse desenwolvidn, talverpermitose into feria uma tipologs dos diseursos: Parece-me. fate, pete ‘menos em uma primeira abordaem, que semethente tpalege ‘io poderta ser feta somente a partir das earnctersties oe ‘matics dos diseursos, de suas estrutures formsin, ou nee ‘deseus objets: exist, sem aria, proprieddes ou reastes _Bropriamente cscursirasireduitveis regres da ratndicns ‘ates como as ies do objeto) catlas quee precaoccaies {Br para distinguir as grandes eategoras de derwrsa.& elses lou a nio-elagio} cor um autor a diferentes fornia dese elago consstuem ~e de uma maneia bastate ive! « ng dlessas propriedades lseursivas. Por outro lado, serodiin que se paersa encontrar a uma i troducto & anise histéiea ow disearsos Tales sejs oh ‘mento de esadar os diseursos no mais apenas om seu valor xpressi ou sas transformagées formals, man nes moval dades de sua existtaca: os modos de cireviagao, de valacton 10, de sesbigio, de aproprlagio des discursos vari de Soro com cada cultura e Se mvodiieam no interior de cad lum; a maneira com que eles se neielam nas rela sorats se decfra de modo, parece-me, sais dito no Jags da onan tore tm suas monieagoes co que nos tennas ou nes cones to que ees opera, 19-0 em Ane? 287 teabolta eo papel fendndor dest Mae sates re seroden de anchnamcna ct dependencies Te sisténeia das colsas ¢ [hes dar seitide, como ela pode anim es cm. seiid que crags + moh ae forma na tofsucome unset poe pareve nore don crn? {Emu forma em ae comptes, mesrm mn sse Stason es ma on ‘prio actaos causa aitengiea @ ast €0 pnp com [Wn tatomat tor Tease des omnes ao

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