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Ligdo 13 Cessaram os Dons Espirituais? Pr. Joelson Gomes TEXTO BASE: At. 2. 14-1808 TEXTO AUREO: “Pois para vés outros éa promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estéo longe, isto 6, para quantos o Senhor nosso Deus, chamar”(At2. 39).0) OBJETIVO DA LICAO: Ao término da ligéo o aluno devera conhecer alguns argu- mentos teoldgicos, exegéticos e histéricos dos que rejeitam os dons, e saber responder aos mesmos de maneira clara e consistente. A Biblia na Semana: Seg. Mt 7. 21-23 Ter. At 8. 4-8 Qua. At 6, 8-12 Qui. 1Co 1. 4-9 Sex. G13. 1-5 Sab. At 2.37-41 Dom. At 2. 14-18 INTRODUGAO Hoje em teologia o assunto dos dons se divide entre duas partes majoritarias: os cessacionistas, que afirmam que nao existem mais dons espirituais hoje, e os continuistas, que acreditam na atuali- dade dos dons espirituais. A Alianga Congregacional faz parte do grupo de denominagdes que aceitam a vigéncia dos dons do Espirito Santo hoje, alias, esse foi o fato principal de sua forma- gio. A ALIANCA existe por acreditar que o Espirito Santo continua agracian- do os crentes com dons. Como sabemos que a literatura contra os dons cada dia cresce mais em nosso pais, patrocinada por denomina¢oes e movimentos ces- sacionistas, e como essa literatura tem. caido nas mos de obreiros de nossa denominacao, precisamos dar-lhe uma resposta. Se quem nao aceita os dons hoje tem argumentos, os que os aceita também os tem. Logo esta licao visa dar um tratamento aos pontos que os cessacionistas levantam contra a atuali- dade dos dons. Nao podemos analisar todos os argumentos aqui, mas vamos tentar ver os principais e como respon- de-los. Sera que temos base biblica e historica para crer nos dons do Espirito atual- 75 mente? Vamos buscar a resposta a par- tir de agora. I- Argumentos teolégicos a) Os dons eram prerrogativas dos apéstolos. Quem usa esse argumento o faz a partir da leitura de 2 Corintios 142, entendem dai que “sinais e mara- vilhas” eram as marcas caracteristicas de um apostolo, portanto eram comuns apenas aos apostolos, e se 0s apdstolos nao existem mais, ent&o os sinais e maravilhas, e os dons também nao. As falhas deste argumento sao varias. De saida ¢ bom notar que nas igrejas da Galacia era comum a operagao de milagres (G1 3.5f3nas nao se tem noti- cias de apdstolos vivendo ali. A igreja de Roma nfo foi fundada por um apés- tolo, mas tinha o dom de profecia (Rm. 12.8). Olhando a passagem citada pro- pde-se que a leitura correta seria: “Os sinais de um apdstolo foram realizados entre voces, com toda persisténcia, com sinais, prodigios, e poderes miraculosos”. Logo, nao somos obrigados a entender que as marcas/ sinais de um apéstolo sAo os sinais e maravilhas, mas sim, que Paulo esta dizendo que entre os Corin- tios mostrou as marcas de um verdadei- ro apéstolo, e ali também fez sinais e maravilhas. Assim, 0 contraste que ele faz entre o apostolado falso e verdadei- ro, nao é que o verdadeiro faz mila- gres/sinais e 0 falso nao, pois falsos cristéos também poderiam fazer sinais (Mt 7. 21-23; 2Ts 2. 7-10; Ap 13. 11-15). Logo, as marcas do apostolado de Paulo aos corintios eram outras para ele. Quais? Paulo ao defender seu ministério apost6lico diante dos corin- tios da estas marcas: 1) poder espiritual contra o mal (2Co 10. 3-4, 8-11; 13. 2-4, 10); 2) zelo no cuidado com as igrejas (2Co 11. 1-6); 3) conhecimento de Jesus e do Evangelho (2Co 11.6); 4) auto sustento, desprendimento (2Co 11. 7-11); 5) nao tirar vantagem, nao atingir as pessoas (2Co 11. 20-24); 6) suportar sofrimentos e dificuldades por Cristo (2Co 11. 23-29); 7) experiéncias espirituais (2Co 12. 1-6); 8) contenta- mento no sofrimento (2Co 12. 7-9); 9) forca na fraqueza (2Co 12.10); 10) realizagdo de sinais (2Co 12. 11-12). Por isso ele diz que os sinais (pois eram varios) de seu apostolado foram reali- zados com toda “persisténcia” entre os corintios. No contexto amplo do NT fica claro que os milagres nao compro- vam 0 apostolado de ninguém, pois outros além dos apéstolos realizaram milagres: Estevao (At 6.8); Filipe (At 8. 6-7); cristéos na Galacia (GI 3.5); cris- taos na igreja de Corinto (1Co 12. 10, 28). Na verdade Paulo até faz diferenca entre os “operadores de milagres” e os apdstolos em 1Corintios 12. 28-30. Se formos ao NT todo poderemos sumari- arcomo marcas exclusivas de um apos- tolo: 1) Ter visto Cristo ressurreto (At 1. 15-26; 1Co 1-2); 2) Ter sido comissio- nado pelo proprio Senhor (GI 1. 1, 12); 3) Ter recebido o seu ensino diretamen- te do Senhor, nos dias de sua carne ou por revelacao direta (G1 1. 12); 4) Ter recebido a capacidade de falar com autoridade e de forma infalivel e iner- rante, referindo-se a seu ensino e dou- trina (At 2. 42; 1Co 2. 12-13; 14. 37-38; GI 1.11-12); 5) Ter poder para realizar 76 milagres (At 2. 43; 5.12; 2Co 12. 11- 12). Veja que tudo isso perfaz um con- junto, e nao apenas a realizacao de sinais ouos dons. b) O objetivo dos dons era confir- mar o ministério dos apéstolos. Os que assim raciocinam chegam a con- clusdo de que nao havendo mais apos- tolos hoje, também nao ha mais dons. Mas o NT nfo diz isso em canto nenhum e mostra outra coisa: 1-Milagres atestavam o cardter de Jesus. Filho de Deus (Jo 3.2; 9. 32-33; 10. 37- 38); enviado de Deus (Jo 5.36); autori- dade (Mc 2. 10-11); o Messias (Mt 11. 1-6); 2- Milagres atestavam a mensagem de Jesus (Mc 16, 20; At 14. 3). Os milagres confirmaram o Senhor e sua mensagem, mas nunca é dito que os milagres ou dons tinhama fungao de confirmar os apostolos e seu ministé- rio, isso porque pessoas que nao eram apostolos também realizavam milagres e tinham dons. Alguns citam Hebreus 2. 3-4 para confirmar este argumento. Dizem que os dons e sinais vieram para confirmar os apdstolos, eles foram os que ouviram Jesus e sairam pregando depois. Ora a passagem nio limita-se aos apOstolos, nem sequer os cita. A frase “pelos que a ouviram” se refere a muito mais pessoas que os 12 apdsto- los, pois muitos ouviram Cristo e reali- zaram sinais, alias essa era a ideia dos crentes do NT, os sinais seguiriam nao os apdstolos, mas a todos os que cres- sem € saissem na pregacdo (Mc 16. 17- 18). c) 0 objetivo dos dons era confirmar a autoridade das Escrituras. Bem este argumento ¢ respondido a conten- to por Jack Deere: Nenhum texto biblico afirma que a autori- dade das Escrituras repousa sobre milagres! Na realidade, da-se 0 contrario. As Escritu- ras testam os milagres, mas os milagres ndo podem confirmar as Escrituras... Se a fun- ¢a0 principal dos milagres fosse confirmar as Escrituras, como alguém julgaria os milagres e profetas falsos (Mt 7. 15-23), os (falsos cristos (Mt 24, 24), ou 0 anticristo? (2Ts 2.9) (Surpreendido pelo Poder do Espirito, p. 108). O objetivo dos dons era fortalecer, edificar a igreja (1Co 12.7-11; 14.4, 26; Ef 4. 11-14) por isso sua distribuicio em larga escala no NT. A promessa do Espirito nao era limitada a um tempo ou circunstancia, mas era para todos quantos Deus chamasse (Lc 24, 49; At 2. 17-18, 33, 38-39). d) Crer no dom de profecia hoje fere a suficiéncia das Escrituras. Outro argumento é que se crermos nos dons hoje, aceitando o dom de profecia, ferimos a suficiéncia das Escrituras. Uma resposta simples poderia ser dada aqui: crer no dom de profecia hoje nao fere a suficiéncia das Escrituras, como nao feria na época do NT. Ja demons- tramos 0 que era 0 dom de profecia na ligdo 12, e ali vimos que este dom era diferente da palavra apostolica, e da palavra dos profetas do AT. Os que eram usados com o dom de profecia no NT nao estavam escrevendo a Biblia, 77 nem criando nova doutrinas,. apenas forneciam informagées especificas para a vida da igreja. As Escrituras do AT ja eram aceitas como completas para 0 crescimento do cristaéo pelos irmAos da Igreja Primitiva (2Tm 3.16- 17), mas isso nao os impedia de usar 0 dom profético no culto. Tudo deveria ser feito com muita ordem e ter como referéncia os Escritos do AT ea doutri- na dos apéstolos. O fato de a Biblia esta completa nao impede de Deus fazer revelacdes especificas a uma pessoa, como no caso de Abraao que foi orien- tado a sair de sua terra e ir para outra. Em nenhum lugar a Biblia diz que tem todas as informacdes necessarias que precisamos para tomar todas as deci- sdes na vida. O tedlogo congregacional William Bridge, que participou da Assembleia de Westiminster escreveu. * ... ndo poderia Deus falar por meio de visbes e revelagées extraordindrias em nossos dias? [..] sim, sem qualquer divida ele pode: Deusnio podeser limitado; ele fala da mane- ira que lhe agrada. Nao vou me preocupar com o que Deus pode fazer: ele pode falar aos homens se isso lhe agradar. Se nds apenas pudéssemos dar crédito a historias conheci- das, o Senhor teria falado dessa maneira em algumas ocasi6es a seus servos desde a época dos apostolos [...] contudo, existe uma gran- de diferenga entre fé na promessa ¢ uma visdo ou revelagao. Possivelmente, portanto, o Senhor possa falar de maneira tal como essa a alguns de seus servos. Tenhamos, porém, alguns limites nesse assunto [...] (Citado em: Wayne Grudem. O Dom de Profecia, p. 453). O tedlogo puritano nao aconselhava viver buscado revelagao e visio, e ente- dia que isso seria doentio, mas é claro que ele nao descartava que mesmo com a Biblia completa, Deus podia sim continuar falando por revelac6es extra- ordinarias sem feri-la. Portanto, estes argumentos teoldgicos nao sao suficientes para desacatarmos os dons espirituais hoje. IIl- Argumentos exegéticos a) O “perfeito” em 1Corintios 13. 8- 13. Esta passagem é importante por- que lendo-a com atencao notamos que Paulo associa a funcao da profeciacom © tempo de seu desaparecimento. Segundo cle a profecia preenche uma certa necessidade agora, mas, quando chegar “o que é perfeito” ela desapare- cera. Assim, se descobrirmos 0 que éo “perfeito”, por tabela descobriremos quando a profecia acabara. + No verso 10 ele escreve que quando o perfeito vier o que é “em parte” desapa- Tecera. A frase “o que é em parte” (gr. ek merous, que significa: parcial, imper- feito), refere-se a “conhecimento” e “profecia”, duas atividades que no verso 9 é dito que so realizadas “em parte”, ou seja, o conhecimento imper- feito (em parte) e a profecia imperfeita (cm parte), quando chegar o “perfeito” (gr. toteleion) desaparecerao. As linguas € outros dons devem ser colocados também nesse contexto, pois 0 verso9é continuagao do 8 onde estao descritas aslinguas. + Agora a que ou a quem se refere este “perfeito”? Quando chegara? O verso 78 12 ajuda, la est4 dito que quando este “perfeito” chegar “veremos face a face”, e “conheceremos como somos conhecidos”. A frase “face a face” € usada varias vezes na Biblia para o fato deconhecer a Deus, estar frente a frente com Deus (Gn 32.30; Ex 33. 11; Dt 5.4; 34. 10; Ez 20. 35). Eoapéstolo também diz que conheceremos plenamente. A resposta fica clara: A alternativa a ser preferida é que “perfeito” significa a vinda do Senhor. Esse seria um sentido facilmente captado pelos corintios. O proprio Calvino percebeu to teleion refere-se @ vinda de Cristo chegando a dizer que, “E algo muito esttipido alguém fazer toda essa discussdo aplicar-se ao periodo intermedia- rio... O ponto de Paulo é realmente estabele- cer um contraste entre o conhecimento parci- al transmitido pelos dons de linguas, profe- cia econhecimento, que operam no presente e 0 conhecimento “face a face” que haveré na gloria (Augustus Nicodemus Lopes. O Culto spiritual, p. 129). Sabendo disso achamos a resposta também para quando os dons desapare- cerao, eles se tornarao intteis quando Cristo voltar, pois aqui o apéstolo liga o tempo de permanéncia deles a volta de Cristo, como também 0 faz em 1Corin- tios 1.7: ndo falte nenhum dom, aguardan- do a revelagio de Cristo. Antes disso, nao temos elementos nas Escrituras para dizer que os dons cessaram. Quem assim 0 faz é baseado em experiéncia pessoalapenas. +O “perfeito” nao seria a Biblia com- pleta? Alguns dizem que quando a Biblia ficou completa os dons cessa- ram, pois com a Biblia nao precisamos mais de dons. Este é um dos argumen- tos mais frageis, veja porque: 1- No verso 12 Paulo se coloca entre aqueles que veriam face a face e conhe- ceria de modo pleno quando o perfeito chegasse (ele diz “veremos” e “conhe- cerei”). Sera que Paulo esta pensando que ele estara vivo num tempo em que todos os escritores do NT vao terminar seus livros, alguém vai juntar estes livros todos, e ele vai adquirir e ler todos, tendo depois uma mudanca drastica no seu nivel de conhecimento? Nao merece comentario porque ¢ hila- no. 2- Outro problema é que se Paulo esta se referindo a Biblia completa, ele escreveu 1Corintios cerca de 55 d. C, e Jo&o escreveu o Apocalipse cerca de 90 d. C., portanto 35 anos depois. Assim, Paulo estaria dizendo: “olha pessoal daqui a 35 anos quando a Biblia estiver completa, os dons acabarao, 0 amor nao, o amor ¢ perfeito, tao perfeito que ele vai durar mais que 35 anos”. Sera que para provar a grandeza do amor a comparagao que ele podia fazer era com algo semelhante a 35 anos? E claro que nao, a compara¢ao de Paulo ¢ entre © tempo antes da volta de Cristo e a eternidade. Quando viesse Cristo Per- feito os dons perderiam lugar para algo superior a eles, o Cristo que é amor, por isso 0 amorcontinuaria, Ele é eterno. III- Oargumento histérico Nao € dificil ainda hoje alguém dizer que a historia da Igreja confirma que os dons desapareceram. Esse é um argu- 79 mento baseado nao nas Escrituras, mas na experiéncia pessoal: “se eu nao vi, ousenti, ou tomei conhecimento, entao nao existe”. Alias esse no final ¢0 argu- mento de quem nao acredita nos dons, ele sempre vai apelar para a experiéncia que tanto condena nos outros. Pois bem, a hist6ria esta do lado de quem? Vou daralguns exemplos. a) Primeiros séculos. Um dos primei- ros escritos que conta sobre a Igreja Primitiva é 0 chamado Didaqué. Ele é uma espécie de guia para como as igre- jas deveriam se organizar e celebrar, e foiescrito no comeco do sec. I. Ali esta dito que no culto os “profetas” deveri- am agradecer a vontade e da instrugdes para como examinar os profetas (Did. 10.7). * Inacio (sec. II). Falade receber revela- ¢ao do Espirito (Aos Filadelfienses, 7.2); + Justino Martir (150 d. C). No seu livro Diélogo com Trifo ele da testemu- nho: “Entre nés, com efeito, até 0 presente existem carismas proféticos. Assim, entre nos, podem-se ver homens e mulheres que possuem carismas do Espirito de Deus” (ial. 82,88). + Irineu (130- 202 d. C) escreve: “alguns expulsam deménios, com tata certeza e verdade, que, muitas vezes, os que foram Libertos destes espiritos maus creram e entra- ram na Igreja; outros tém o conhecimento do futuro, visdes e oréculos proféticos; outros impéem as mos sobre os doentes e thes restituem a satide” (Contra Heresias, II. 32.4). + Hilario de Poitiers (sec. IV) anota: “O dom do Espirito é manifesto... onde ha... 0 dom de curas, para que pela cura da enfer- midade possamos dar testemunho de sua gra¢a... ou pela operagao de milagres... ou pela profecia... ou pelo discernimento de espiritos... ou por tipos de linguas, para que o falar em linguas possa ser concedido como sinal do dom do Espirito Santo; ou pela interpretacao de linguas” (Sobre a Trin- dade, VIII, 30). b) Epoca da Reforma. Para esta época ‘Wayne Grudem faz um pequenosuma- rio citando documentagao de muitos entre os reformadores que criam e eram usados com o dom de profecia: John Knox, Samuel Rutherford, Geor- ge Gillespie, Wiliam Bridge, Richard Baxter (O Dom de Profecia, pp. 445- 457). Jack Deere acrescenta a esses com documentagdo vasta, nomes como: John Welsh, Robert Bruce Ale- xandre Peden, Jorge Wishart (Surpre- endido coma Voz de Deus, pp. 67-74). Por isso Martyn Lloyd- Jones escreveu: Considera esta ideia de que todas as mani- JSestagées e os dons milagrosos acabaram coma era apostélica. Certamente, isto é.algo sobre 0 que nao temos direito de dogmatizar, Ja que temos provas historicas claras de que muitos desses dons perduraram por varios séculos... Existe evidéncia procedente de muitos desses reformadores ¢ pais protestan- tes de que alguns deles tinham o um verda- deiro dom de profecia: me refiro a predizer acontecimentos futuros (Gozo Inefable, p. 190). Para a época atual nao ¢ preciso dar exemplos, pois eles se multiplicam. 80 O que pode ser concluido seguramente da evidencia historica? Primeiro, ha evidéncia suficiente de que uma forma de dons “caris- méticos” continuou esporadicamente ao longo da historia da igreja, sendo inutil insistir baseado em doutrinas, que todo relato é esptirio ou fruto de atividade demo- niaca ou aberragdo psicologica (D. A. Car- son. A Manifestacao do Espirito, p. 168). CONCLUSAO Portanto, apds nossa longa jornada, acredito que ficou claro que os que acreditam que Deus continua dando dons a sua Igreja ainda hoje, nao sao ignorantes teologicos ou fanaticos. Existem respostas sOlidas a todos os que se colocam contra os dons, e nessa licdo pudemos apenas arranhar a super- ficie, Os argumentos ‘so muito mais vastos. Agora, isso quer dizer que todos os dons que a Biblia descreve estao hoje em voga? Claro que nao, por exemplo, 0 dom de apéstolo no sentido dos 12 que Jesus chamou, nao existe mais. Mas, a grande maioria dos dons de Deus conti- nua sendo ministrada a Igreja, cabe a cada membro orar a Deus para ser usado com seus dons. Lembre-se, no grande edificio de Deus, somos as pedras da construgao, no Corpo de Cristo somos as partes (Ef 4. 11-12; 1Pe 2.5), e s6 estaremos no propdésito quan- do estivermos ocupando nosso lugar. Ocupar seu lugar na construgio, ser ‘uma peca atuante no corpo, € ser usado por Deus com seu (ou seus) dons espiri- tuais (Ef 4. 15-16). Vocé nao quer ser usado? 81 APROFUNDANDO 1- Os dons eram sO para os apéstolos? 2- Crer no dom de profecia hoje afeta a suficiéncia das Escrituras? 3- O que é 0 “perfeito” de 1Co 13. 8-13? 4- A historia diz que os dons cessaram?

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