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4° CILASCI— Congreso Ibero-Latino-Amertcano sobre Seguranga contra Incéndio Recife, Pernambuco. Brasil, 09 a 11 de Outubro de 2017 COMBATE A INCENDIO: 0 TREINAMENTO INTENSIVO E A MELHORIA NO CONSUMO DE AR EMEQUIPAMENTO DE PROTEGAO RESPIRATORIA Cristiano Corréa Aline Faledo Anderson Souto Castro Corpo de Bombeires Miltar de Corpo de Bombeitos Corpo de Bombelros Miltar de Pemambuco Militar de Pernambuco Peinambuco Recife. PE, Brasil Recite- PE, Brasil Recife. PE, Brasil Tiago Ancelmo C. Pires José Jéferson Régo Silva Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal de Pernambuco Recife. PE, Brasil Recife PE, Brasil George Cajaty Braga Bismark Alexandre Pereira da Silva Corpo de Bombeites Mitar do DF Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco Brasilia - OF, Brasil Recife PE, Brasil Palavras-chave: Combate @ Incéndio; Equipamento de Protegéo Respiratéria; Treinamento para Combate a Incéncio. s.ntropugao Estruturas mais resiientes e seguras, com a devida instalagéo e manutenco de medidas de protegéo passiva e ativa, so um enorme predicado na seguranga contra incéndio [1]. Todavia © apareiho de pronta resposta aos incéndios deve ser bem mensurado e adequado és peculiaridades destes. No Brasil os Corpos de Sombeiros Miltares possuem a atrbuico de prestar este servigo, de forma plural e irrestita a toda populacéo, © aperteigoamento constante dos profssionais responsévels pelo combate aos incéndios é algo @ ser perseguido em todas as partes do mundo, mantendo um treinamento cortinuado na busca da eficicie requerida em momentos de sinistros. Ostrajes de combate a incéndio so suplementados por protecdo respiratéria, visto a atividade ser realizada, quase sempre, em local tomado por fumaga ou na presenga de gases téxicos ou desconhecidos. Esta proteggo é, regra geral, fomecida através de um Equipamento de Protegdo Respiratéria — EPR auténomo, que contem em um cilindro com ar respirével Comprimido, valvulas de redugéo de presso, uma méscara panorémica e corpo estrutural anatmico, além de mangueiras e acessérios fundamentais ao seu uso, Deste modo @ permanéncia de um bombeiro em tuagdo em um local de incéndio esta diretamente relacionado com a capacidade deste equipamento. Em primeiro momento a disponibildade de ar respirével do EPR é fornecida pela capacidade do ciindro e sua presséo. Em seguida esta quantidade de ar respirével é ponderada pelo fuxo de ar consumido pelo bombeiro que use 0 equipamento (1). 449 4° CILASCI — Congreso Ibero-Latino-Amertcano sobre Seguranga contra Incéndto Recife, Pernambuco. Brasil, 09 a 11 de Outubro de 2017 Q=PxV T= Q/Cons. voh:0 ante ot a epne! Para a defirigéo do indice de consumo médio, necessério para estimar o tempo das equipes em intervengo, foram defnides trés pardmetros na Itersturs [2]3] a partir do esforgo que @ atividade executada sugere Naturelmente, uma inspecéo em éreas contiguas 0 foco principal de incéndlo ndo exige tanta capacidade respiratéria quanto, por exemplo, transportar uma vitima desacordada, defnindo-se assim trés padtées de consumo para esforos:leve, moderado e grande [2} Estes pardmetros foram definidos, sobretudo, a partir de estudos na América do Norte © Europa Ocidental, utiizando, quase sempre, uma amostragem de bombeitos em atividades as quais simulassem os ditos niveis de esforcos [213141516] Contudo em 2015 [4] foi proposto um protocolo experimental para 0 calculo do consumo do EPR que observasse as caracteristicas especificas de cada corporago de bombeiros, fazendo aterigdes em esteiras ergométricas © com os profissionais trajando seu equipamento de enetragdo nos incéndios e o préprio EPR, conforme se vé a seguir Figura 1: Fases do Protocolo E xperimental para célculo do consumo de ar com EPR [7] 450 4° CILASCI— Congreso Ibero-Latino-Amertcano sobre Seguranga contra Incéndio Recife, Pernambuco. Brasil, 09 a 11 de Outubro de 2017 Neste artigo apresenta-se a comparagéo6 do resultado das aferigdes de consumo do EPR, a partir do protocolo suscintamente referendado [7], de bombeiros que passaram por trés semanas de treinamento intensivo de técnicas de combate a incEndios urbanos, no bojo do Estégio de Operagies de Combate a Incéndio (EOCI), do Corpo de Bombeiros Milter de Pernambuco - CBMPE, Brasil 2. TREINAMENTO INTENSIVO Os bombeiros como intervertores de primeira resposta, devem esté em constarte treinamento Os Corpos de Bomberos Miltares tem em sua rotina @ instrugéo continuada, como uma de suas estratégias operacionais, em Pernambuco além da capactaggo regular, outras em caréter continuado buscam apereigoer as agSes dos bombeiros dretamente empenhados no combate a incéndio em edifcagées, 0 EOC! & parte desta estratégia acontecendo reguiarmente desde 2014 © treinamento conta com uma quantidade restita de discentes (12 @ 18) ¢ se desenvolve no mbito da propria insituiggo, sobretudo com 0 uso do Ceniro de Instrugéo © suas vérias ofcinas, no transcorres de trés semanas em tempo integral, com uma Unica folga semanal 3. METODO E AFERIGOES No primeiro la letivo de instrugéo a itima turma do EOC! de 2016 fol convidad a participar do teste para aferigdo de consumo conforme o protocolo em uso no CBMPE [7]. Sendo aleridos os resultados, no sé de consumo mais também: ftequéncia cardiac, temperatura artes e depois das etapas de teste, pesagem com e sem equipamento e pressdo arterial, todos como pardmetros de seguranca para a execugéo dos testes. Foi ainda assinado por parte dos discertes um Termo de Consentimento Live e Escarecido, no qual € sinteticamente apresentado os objetivos e riscos da pesquisa, em consonéncia com as boas préticas de pesquisa © protocolo consistia, apés @ equipagem completa do Bombeiro, em caminhar na esteira ergométrica sem angulago e programada para 10 minutos a uma velocidade de 4 km/h (smulando um esforgo pequeno ou leve). ‘Ap6s 20 minutos de repouso o mesmo profissional, igualmente trajado, faz uso da estelra pelo periodo de 8 minutos a uma velocidade de 6 km/h, estimando um esforgo mediano ou mécto. Finalmente e depois de nova sesso de descanso por 20 minutos, o Bombeiro subia a esteira com a equipagem, para correr sobre ela, por 06 minutos, a uma velocidade de 8 km/h, considerando um esforco grande. Durante as trés semanas seguintes os discentes, passaram por intensa carga de treinamento, quase sempre trajando o equipamento de aproximago e muitas vezes o EPR. Posteriormente 451 4° CILASCI — Congreso Ibero-Latino-Amertcano sobre Seguranga contra Incéndto Recife, Pernambuco. Brasil, 09 a 11 de Outubro de 2017 € no titimo dia antes do simulado de fechamento do estésio, os mesmos bombeiros passaram pelo mesmo teste de aterigfo de consumo. nt Figura 2— AferigSes realizadas com discentes do Estégio de Operagdes de Combate @ Incéndio - 2016 3. RESULTADOS -pés tris semanas de treinamento infensivo os bombeires tiveram uma consistente melhoria na valéncia relative 20 consumo do EPR, equipamento fundamental nas operagdes de Combate 9 Incéndio. Esta assertiva haseia-se, sobretudo, pelos consumos médios (média atmética do consumo dos discentes), no inicio © no fal do Estégio de Operagées de Combate @ Incéndio, onde foram ateridos respectivamente §3,1 62,1 e 139.3 Iitros por minuto no inicio do estagio, e 43,0 60,1 € 98,4 Iitros por minuto em seu fal, para os consumos relacionados a estorcos leve, médio e grande. Média de Consume do EPR em Litres por Minuto 3 2000 fonts sath sae 62,06 6 94 0.00 42,97 Leve Median Im Afericao Grético 1 — Consumo Médlo Aferido dos Bombeiros Antes e Depois do Treinamento. 452 4° CILASCI— Congreso Ibero-Latino-Amertcano sobre Seguranga contra Incéndio Recife, Pernambuco. Brasil, 09 a 11 de Outubro de 2017 Tal methoria pode representar o aumento do tempo etetivo de um bombeito em operagdo, que suplantou 29% durante ages que exjam um esforgo grande, melhorando a desempenho individual e coletivo das equipes. Esta methoria na média é bastante relevante, contudo chama ateng&o alguns Bombeiros em patticular, como um dos cursistas que durante o teste de ingresso durante atividade leve Consumiu 72,0 litros @ cada minuto em média, em um esforgo moderado seu consumo médio foi de 83,3 ¢ em esforco grande foram consumidos 151 5 ltros de ar a cada minuto. Neste caso individual, as methorias no consumo por grau de esforgo foram respectivamente de: 45% (49,5 Umi), 32% (63,0 lImin) e $5% (97.5 Uimin) Aferigdesdo EPR do Bombeiro que obteve amaior diminuicao no consumo (i/min) 15, 100.00 140.00 120.00 7, 100,00 83. 0.00 0.00 0.00 v9.00 0 Love Median Grande Mi Aferigao Inicial_m Aferi¢ao Final Grafico 2— Consumo Aferido Antes e Depois do Bombeiro que mais evoluiu no Treinamento. 5. CONCLUSGES Compreendendo que o experimento deve ser repetide, buscando uma cristalizagéo dos resultados, em cenérios e com individuos distintos, vé-se em principio, uma consequéncia bastante posttiva em favor do treinamento intensivo de combatentes de incéndio, com uma melhoria consideravel no consumo do ar do EPR e consequentemente uma capacidade superior de petmanéncia no local do sinistro. 453 4° CILASCI — Congreso Ibero-Latino-Amertcano sobre Seguranga contra Incéndto Recife, Pernambuco. Brasil, 09 a 11 de Outubro de 2017 As hipéteses mais provaveis sfo a acimatagéo e condicionamento desenvolvdos em um curto espago de tempo (neste caso trés semanas), infuenciando dietamente no rendimerto quanttativo das equipes. Fortalecendo o ergumento do treinamento continuado, acompanhado de intervalos anuais de treinamentointensivo 5. REFERENCIAS {1] Pignatta Siva, V. Seguranga das Estrutures em Situagdo de Incéndio. Revista FLAMIME, v1, 7.1, 2015, 180-185 [2] Grant, C.C. Respiratory Exposure Study for Fire Fighters and Other Emergency Responders. Fire Technology, v.46, 2010, p.497-529. {3} Holmér, I. Gavhed, D.. Classification of metabolic and respiratory demands in fre fghting activty wth extreme workloads. Applied Ergonomics, v.38, 2007, p 45-52 [4] Gallagher, M. ; Robertson, R.; Goss, F; Nagle, E; Schafer, M; Suyama, J. ; Hostler, D Development of a perceptual hyperthermia index to evaluate heat strain during treadmill exercise European Journal of Applied Physiology, v.112, 2012, p.2025-2034 {51 Taylor, N-; Lewis, M; Notley, S; Peoples, G.. fractionation ofthe physiological burden of the personal protective equipment worn by frefghters European Journal of Applied Physiotogy, v112, 2012, p. 2313-2821 {6] Harvey, D; Kraemer, J; Sharratt, Ml; Hughson, R. Respiratory gas exchange and Physiological demands during @ fre fighter evaluation circuit in men and women. European Journal of Applied Physiology, 103, p 89-98, 2008, {7 Coréa,C., Castro, A S.,Falcéo, A, Braga, G.C., Siva, Jv.R., Pires, TA. C. Breathing Protection Equipment Consumption’ Contbution tom an Experimental Protocol. HOLOS, v.30,n. 6, 2018, p170-177 454

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