You are on page 1of 117
Fundamentos de Matematea Elementar tele fey | fee = LM LT a GELSON IEZZI 2° edigdo - FUNDAMENTOS DE 3 MATEMATICA ELEMENTAR TRIGONOMETRIA 121 exercicios resolvidos 298 exercicios propostos com resposta 215 testes de vestibular com resposta ATUAL qe EDIORA Capa Roberto Franklin Rondino Sylvio Ulhoa Cintra Fitho Rua Inhambu, 1235 — S. Paulo Composigao e desenhos AM Producées Graficas Ltda. Rua Castro Alves, 135 — S. Paulo Artes Atual Editora Ltda Fotolitos H.0.P. Fotolitos Ltda. Rua Delmira Ferreira, 325 — S. Paulo Impressdo e acabamento Companhia Melhoramentos de Séo Paulo Rua Tito, 479 — $, Paulo CP-Beasil. Catatogagio-na-Fonte ra Brasileira go Livra, SP Puodanentos de satenitica elenentar (por) Gelson Terzi (@ outros) Sao Paulo, Atval Ed., 1977-78) farlos Murakami, Osvaldo Dot Le Conjuntor, fungian. Si7.ov-3. Ieigonmmetria, vik. Sequlénctas, sattisee deterainantce 1977.-v.5. Combinatérie, probabilidade. " ¥.6. Goapiexon, polinialon, equapsers Seoaetria aneifcten, 1518. 1 Matendtien (29 gras) I. Dolce, Onva | 11, Fetal, Gelacn, Io¥o- M11. Narcan, Samuels Ioeed IV, Murakami, Carlos, 1943~ * * Tnticg. pers, catilogo stetendt 1. HatendeiEaTs$9°et9e° Stet Todos os direitos reservados a ATUAL EDITORA LTDA Rua José Antonio Coelho, 785 Telefones: 71-7795 e 549-1720 CEP 04011 — Sao Paulo — SP — Brasil APRESENTACGAO “Fundamentos de Matematica Elementar’ 6 uma colegéo em dez volumes elaborada com a pretenséo de dar ao estudante uma visio global da Matematica, ao nivel da escola de 2° grau. Desenvolvendo os programas em geral adotados para © curso colegial, os “Fundamentos”’ visam aos alunos em preparativos para exames vestibulares, aos universitdrios que necessitam rever a Matemdtica Elementar e também, como é ébvio, aqueles alunos de colegial mais interessados na “rainha das ciéncias”’. No desenvolvimento dos intimeros caprtulos dos-livros de “Fundamentos” procuramos seguir uma ordem légica na apresentacZo de conceitos e propriedades. Salvo algumas excegdes bem conhecidas da Matemdtica Elementar, as proposigdes @ teoremas estdo sempre acompanhados das respectivas demonstracdes. Na estruturagdo das séries de exercicios, buscamos sempre uma ordenagdo crescente de dificuldade. Partimos de problemas simples e tentamos chegar a questdes que envolvem outros assuntos jd vistos, obrigando o estudante a uma reviséo. A seqiiéncia do texto sugere uma dosagem para teoria e exercicios. Os exercicios resolvidos, apresentados em meio aos propostos, pretendem sempre dar explicago sobre alguma novidade que aparece. No final do volume o aluno pode encontrar a resposta para cada problema proposto e assim ter seu refor¢o positivo ou partir & procura do erro cometido. A Ultima parte de cada volume é constitu/da por testes de vestibulares até 1.977 selecionados e resolvidos o que pode ser usada para uma revisdo da matéria estudada. Queremos consignar aqui nossos agradecimentos sinceros ao Prof. Dr. Fernando Furquim de Aimeida cujo apoio foi imprescind/vel para que pudéssemos homenagear nesta colegdo alguns dos grandes mateméticos, relatando fatos notdveis de suas vidas e suas obras. Finalmente, como hé sempre uma enorme distancia entre o anseio dos autores e 0 valor de sua obra, gostarfamos de receber dos colegas professores uma apre- ciagdo sobre este trabalho, notadamente os comentérios criticos, os quais agra- decemos. Os autores INDICE CAPITULO | — ARCOS E ANGULOS |, Arcos de circunferéncia |, Medidas de arcos .... U1. Angulos de duas semi-retas . IV. Medida de angulos .. . V. Ciclo trigonométrico . . CAPITULO II — FUNCOES CIRCULARES |. NogGes gerais ...... Il, Fungdes periédicas Ill. Fungo seno ..... IV. Fungo cosseno .. . V. Fungao tangente . . VI. Funcdo cotangente VII. Fungao secante. . . . VII. Fungdo cossecante. . CAPITULO Ill — RELAGOES FUNDAMENTAIS 1. Introdugao. Il. Relagdes fundamentais III. Identidades sees IV. Demonstragao de identidade .... CAPITULO IV — REDUCAO AO 19 QUADRANTE . Redugdo do 29 ao 19 quadrante . . Il, Redugao do 3° ao 19 quadrante . MII. Redugao do 49 ao 19 quadrante . mH m IV. Redugdo de (Fg) a (0,7) .. V. Identidades Vi. Fungdes pares e funcdes impares . CAPITULO V — ARCOS NOTAVEIS |. Teorema.... Il. AplicagSes .... CAPITULO VI — TRANSFORMAGOES |, Férmulas de adigao IL. Férmulas de multiplicagéo IIL. Férmutas de diviséo IV. Tangente do arco metade ...... V. Transtormacéo em produto .... CAPITULO VII — EQUACOES |. Equagdes fundamentais........ » - 93-C I, Resolugdo da equagdo sena = sen8 . - 94-C Ill. Resolugao da equacéo cosa = cosf . .. 9-C IV. Resolugéo da equagéo tga =tgh .. ++ 101-C V. Solugdes de uma equacdo dentro de certo intervalo +» 104-C VI. Equacdes classicas «+ 107-C VIL. FungGes circulares inversas + 115-C CAPITULO VIII — INEQUAGOES |. Inequagdes fundamentais ++ 127-C I. Resolugdo de sen x > m. ++ 128-C - 129-C Ill. Resolugao de sen x > ° 1-C 3, Medida de um arco AB em rela- 8 go a um arco unitério_u (u nao nulo ede mesmo raio que AB) é o numero real que exprime Quantas vezes 0 arco u “cabe” no arco AB. Assim, na figura ag lado, o arco u cabe 6 vezes no arco AB, entdo a Medida do arco AB é 6, isto é, arco AB = 6- arco u. 4. Unidades Para evitar as confusdes que ocorreriam se cada um escolhesse uma unida- de u para medir o mesmo arco AB, limitamos as unidades de arcos a apenas duas: 0 grau e o radiano. Grau (simbolo °} é um arco unitério igual a a da circunferéncia que contém o arco a ser medido. Radiano (simbolo rad) é um arco unitério cujo comprimento é igual ao raio da circunferéncia que contém o arco a ser medido, Assim, ao afirmar que um arco AB mede trad estamos dizendo que “esti- cando”’o arco AB obtemos um segmen- to de reta AB cuja medida é exatamente oraio da circunferéncia, 5. E evidente que uma circunferéncia mede 360°, porém, jd nao é tao facil dizer quantos radianos mede uma circunferéncia. Podemos chegar a uma nogio intui- C————~ 8 tiva do valor dessa medida, considerando a seguinte construgdo: 1) Em uma circunferéncia de centro D A Oe raio r inscrevemos um hexdgono re- gular ABCDEF. Cada lado do hexdgono tem comprimento r: AB = BC = CD = DE = EF = FA=r EF 2-C Il) A circunferéncia fica dividida em 6 arcos de medidas iguais an 2a = BC = 6B = BE - EF = FA e, sendo 0 comprimento do arco sempre maior que 0 comprimento da corda cor- respondente, todos esses arcos séo maio- res que 1 rad. Il) Em cada um dos citados arcos “cabe” 1 rad: ~ aaa DO AB’ = BC’ = CD’ = DE’ = EF’ = FA’ = 1 rad e ainda sobra uma fracdo de rad. 1V) O radiano “cabe"’ 6 vezes na circunferéncia e mais a soma dessas “sobras’!. Mais precisamente demonstra-se que a circunferéncia mede 6,283584... rad (nd- mero batizado com o nome de 2z). Tendo em vista estas consideragées, podemos estabelecer a seguinte corres- pondéncia para conversdo de unidades: 360° ++ 2mrad 180° «—» mrad EXERCICIOS €.1 Exprimir 225° em radianos. Solugao Estabelecemos a seguinte regra de trés simples: 180° <—— mrad logo x= OT Tas 225° <—> x C.2. Exprimir em radianos: a) 210° b) 240° ©) 270° d) 300° e} 315° f) 330° ©.3 — Exprimir u rad em graus. Solugéo Tamos: ae <— 180! un - 180 WE red x logo x = "= = 330 3c C4 cs ce cr 4-C Exprimir em graus: n r 1 a) grad b) frad oe) rad an 3n sn d) =f rad @) =f rad f) Brad Um arco de circunferéncia mede 30 cm B € 0 raio da circunteréncia mede 10 cm. Ro}, Caleular a medida do arco em radianos. Solugéo An _ [medida de AB em rad] = S2MPTimento do arco AB _ 30em _ 5, ‘comprimento do raio 10cm Sobre uma circunfgréncia de raio 10 cm marca-se um arco AB tal que a corda AB 5 mede 10 cm. Calculer a medida do arco em radianos. Soluco 0 © segmento AB ¢ lado do hexdgono re- gular inscrito na circunferéncia, logo, 0 1 i anci menor arco AB é = da circunferéncia, isto é, mede: 1 Tt @ * Mrad = rad Um grau se divide em 60’ (60 minutos) e um minuto se divide em 60” (60 segundos) Por exemplo, um arco de medida 30’ é um arco de 0,5°. Pede-se converter a radia- Nos 05 seguintes arcos: a) 22°30! b) 31°15'45"" Solugio a) 22°30' = 22 x 60' + 30' = 1350! 180° = 180 x 60' = 10800' entdo: 10800' <—> 7 rad logo x = 1350+% _ Mig 1350’ <-> x 10800 8 b) 31°15'45"" = 31 x 3600" + 15 x 60" + 45" = 112545” 180° = 180 x 3600" = 648 000" entao: 648.000" <—> 7 rad 112.545" <—> x 112545 +m _ 112545 + 3,1416 as 0007 > 48000 = 0,54563 rad logo x = €.8 Converter a graus 0 arco 1 rad. Solu¢éo 3,1416 rad <—> 180° Tred «+ x, 60° 180° 87917744" 'ogo x = 31416 1800 000 [31.416 229200 57°17'44"" y 09 288 x 60 : 557 280 243 120 23 208 x60 0° 1.392 480 r 135 840 10176 ° ™ ©.9 — Exprimir em radianos as medidas dos arcos ae b tais que a-b- 18° e a+b= | rad. €.10 Exprimir em graus as medidas dos arcos a, bec tais que a+b +c=13°, atb+2c= T tT -_= + 2b +c = Dad. qpred @ atte Fred tll. ANGULOS DE DUAS SEMI-RETAS 6. Consideremos duas semi-retas 0a e Ob de mesma origem, distintas e nado opos- oO tas. A reta a divide 0 plano ab em dois semi-planos opostos. ala>d0b e aia Ob A reta b divide 0 plano ab em dois semi-planos opostos B1BD0a e BI p'Z0a Angulo convexo a0b & a intersec- Ho dos semi-planos @ e 8. Angulo céncavo abb é a reuniso dos semi-planos a’ ef’. 7. Em particular, se as semi-retas Oa e Ob coincidem dizemos que elas deter- minam dois dngulos: um dngulo nulo e um &ngulo de uma volta. No caso particular das semi-retas Oa e Ob serem opostas dizemos que deter- minam dois dngulos rasos. IV. MEDIDA DE ANGULOS 8. Dado um angulo ab, consideremos uma circunferéncia de centro O e raio r. Sejam A e B os pontos onde os lados do Angulo a0b interceptam a circunferéncia. A cada arco AB corresponde desta maneira um unico Angulo central a0b e vice-versa. Convencionando que a um arco unitdrio corresponde um angulo cen- tral unitério, decorre que o arco AB eo Angulo central a0b correspondente pas- sam a ter a mesma medida. 6-C o Yor, o* asb Anguk omnose nul oe 4, f b * 2 gO "oue & 2 4 B b Assim, por exemplo, temos: 19) Angulo de 1° é um Angulo central correspondente a um arco de 1°, isto é, 1 & um Angulo central que determina na circunferéncia um arco igual a 30 desta; 29) dngulo de 1 rad é um angulo central correspondente a um arco de 1 rad, isto 6, é um Anguio central que determina na circunferéncia um arco cujo compri- mento € igual ao do raio; 39) dngulo de 60° é um Angulo central correspondente a um arco de 60 ; 49) Angulo de x rad 6 um Angulo central correspondente a um arco de rad. 9. Quando queremos medir em radia- nos um angulo a0b, devemos construir uma circunferéncia de centro 0 e raio r e.verificar quantos radianos mede 0 arco AB, isto ¢, caleular 0 quogiente entre 0 comprimento £ do arco AB pelo raio r da circunferéncia: a= 2 (a em radians) Por exemplo, se o angulo central a0b é tal que determina numa circunfe- réncia de raio r= 5m um arco AB de medida = Bm, entéo a medida de a0b & a= g 8 Te" 1,6 rad Observemos que, fixado um angulo central a0b de medida a rad e construi- das as circunferéncias de centro 0 ¢ raios 4 Th, fo, Ta + OS arcos correspondentes x a d0b tém comprimentos 21, %2, %3, - tais que: <7 b & _& _& _ TO) 3 7c EXERCICIOS €.11 Catcular, em graus, a medida do énguio Cal e a0b da figura. Solugéo g 3 @ = > = 75 Fad. Convertendo a graus: 0 3m Trad —> 180° > = 0, 3 ad — x Sm 10 b = 1791119", €.12 Calcular 0 comprimento & do arco AB definido numa circunferéncia de raio r= 10 cm, por um Angulo central de 60°. ae Solugdo Convertide radianos, 0 angulo central ~ i‘ 7 Sb tem medida a= Frag, entdo: ° Qea-re%-10 r 3 portanto: 31416 B @ » SEAS 10,472 em, €.13 Caleular a medida do angulo central 208 que determina em uma circunferéncia de raio 1 um arco de comprimento a €.14 Calcular 0 comprimento 2 do arco AB definido em uma circunferéncia de raio 7 cm por um 4ngulo central de 4,6 rad. €.15 Calcular 0 menor dos angulos formados pelos ponteiros de um relégio que esté assi- nalando: a) Th; b) 1h 15 min; ec) 1h 40 min. Solugéo a) Notemos que os numeros do mostra- dor de um relégio estéo colocados em pontos que dividem a circunferé cia em 12 partes iguais, cada uma das quais mede 30°. Assim, 4 1h os pon- ros do relogio formam um Angulo convexo de 30°. b) Sabemos que em 60 minutos o pon- d teiro pequeno percorre um angulo de 30°, entdo em 15 minutos ele percor- re um angulo @ tal que: f\ 30° 1S ~ 60 Portanto @ = 7,5° = 7°30'. Assim, temos = 60° - x= 60° - 7°30! = 52°30". c) Notemos que em 40 minutos o pon- teiro pequeno percorre o angulo B tal que: B. _ 30° 40 ~ “60 portanto B = 20°. Assim, temos: = 160° + B - 150° + 20° - 170° ou ainda p= 180° - 7 = 180° - 10° = 170°. €.16 Calcuiar o menor dos angulos formados pelos ponteiros de um relégio que marca: a) 2h 40 min; b) 5h 55 min; ce) 6h 30min, Vv. CICLO TRIGONOMETRICO Tomemos sobre um plano um sistema cartesiano ortogonal uOv. Conside- remos a circunferéncia \ de centro 0 e raio r= 1. Notemos que 0 comprimento desta circunferéncia é 2m pois r Vamos agora definir uma aplicacdo de IR sobre X, isto 6, vamos associar a cada nimero real x um nico ponto P da circunferéncia A do seguinte modo: 19) se x = 0, ent&o P coincide com A; 2°) se x > 0, entdo realizamos a partir de A um percurso de comprimen- to x, no sentido anti-hordrio, e marcamos P como ponto final do percurso. 9-¢ 3°) se x <0, entdo realizamos a partir de A um percurso de compri- mento |xi, no sentido horério. O ponto final do percurso é P. A circunferéncia acima definida, com origem em A, 6 chamada ciclo ou circunferéncia trigonométrica. Se 0 ponto P estd associado ao ntimero x dizemos que P é a imagem de x no ciclo. Assim, por exemplo, temos: v Ay 8 B A A x A cf 3n a imagem de - = 68 a imagem de = és 10-C 11. Notemos que se P é a imagem do numero Xo, entéo P também é a imagem dos ntimeros: Xo, Xo + 27, Xo + 4, X_ + Gr, etc. & também de Xo - 2m, xo - 4m, xo - 6x, etc. Ay xt 2k £m resumo, P é a imagem dos ele- P mentos do conjunto: {x ER | x =x + 2kn, k EZ}. xo Dois ntimeros reais x, = xo + 2kim (k, EZ) e© x2 = Xo + 2kyT (ky EZ) que tem a mesma imagem P no ciclo so tais que x; - x2 = 2k (onde k =k, - kz) e, por isso, diz-se que x, € xz so céngruos médulo 27 ou simplesmente, x; @ xz sdo c6ngruos, EXERCICIOS €.17_ Divide-se 0 ciclo em 12 partes iguais, utilizando-se A como um dos pontos divisores. Determinar os x (x €[0, 2m{) cujas imagens so os pontos divisores. Solugio Notando que cada parte mede 2 « 27 = 12 = % © que P 6 a imagem de x quando AP = x, podemos construir a tabela abaixo + imagem de x | A | Py |r ale; |e, Ja | ps |Ps fer les | Ps a 3 * ° oft lf le] Fis |e le[e €.18 Divide-se 0 ciclo em 8 partes iguais, utilizando-se A como um dos pontos divisores. De- terminar 0 conjunto dos x (x © [0, 2a) cujas imagens so os pontos divisores. 11-C c.g 12-C Indicar no ciclo a imagem de cada um dos seguintes ndmeros: c.20 a & oy - ou @) -30 « 288 9 cat Solugéo a} a = 3 +20 v Marcamos, a partir de A, um percur- aS 3 so AP igual a ge ciclo, no sentido anti-hordrio. Sm 5 “acer Marcamos, a partir de A, um percur- b) ao 5 so ck A s0 AP igual » = do ciclo, no sentido horério. co) Wim = 7+ 100 Como 117-7 6 miltiplo de 27, entéo 117 @ 7 tém a mesma ima- gem (A‘). d) -37 = - 47 Como (-3n) - 7 é miltiplo de 27, ‘entéo 3m e 1 tém a masma imi gem {A’), . 267 a | 24m T ay cxt a at en . 257 ul Assim, Tz e 3 tém a mesma imagem P que & obtida marcando a - um percurso ‘AP igual a $ do-ciclo, no sentido anti-horario. ton _ 5a _ 24m Si ee er ele ed Assim, - 182 9 52 tém a mesma 6° 6 SxS imagem. Como Sr = yy * 2m, a imagem procurada 6 a extremidade D>, 5 do percurso AP igual 2 75 do ciclo medido no sentido anti-horério. Av c.22 Indicar no ciclo as imagens dos seguintes nameros reais: E u - 2 pL LL 6° 2° 4 a Representar, no ciclo, as imagens dos seguintes conjuntos de nimeros: e- {er Ix Zena, k Ez} Fe hERlx=k5, kez} ‘Solugio xe eee x= t {imagem: B) x= imagem: 8 om x= F (roporigto: 8) a © conjunto E tem como imagem os pontos B ¢ B’ do ciclo. ake et v Kak g k= 0 == x= 0 (imagem: A) k= 1 <= x= 2 limagem: B) . k=2 == x = 7 (imagem: A’) u k-3 =e 2% (imagem: 8") k= 4 ==> x = 2m (repeticéo: A} B © conjunto F tem como imagem os pontos A, B, A’ e BY do ciclo. Representar, no ciclo, as imagens dos seguintes conjuntos de nimeras reais: E= {ER | x=km, k EZ} F- ERI x= 2, k Ez} o- ker lan Zt km, k 2} a 0 H- KER lx Pek, k Ez} 13-C Padre refugia-se na Matematica Bernhard Bolzano nasceu e morreu em Praga, Tchecosiovaquia, e embora fosse padre tinha idéias contrérias as da Igreja. Suas descobertas mateméaticas foram muito pouco reconhecidas por seus contempordneos. Em 1817 publicou o tivro “Rein Analytisches Beweis” {Prova puramente analftica), provando através de métodos aritméticos o teorema de locagdo em Algebra, exigindo para isso um conceito nfo geométrico de continuidade de uma curva ou fungao. Bolzano, a essa época, j4 havia percebido tao bem a necessidade de rigor em Aniélise, que Klein 0 chamou “‘pai da aritmetizagao’’, embora tivesse menos influéncia que Cauchy com sua anélise baseada em conceitos geométricos mas, embora os dois nunca tivessem se encontrado, suas defini¢des de limite, derivada, continuidade e convergéncia eram bem semelhantes. Em uma obra péstuma de 1850, Bolzano chegou a enunciar propriedades importantes dos conjuntos finitos e, apoiando-se nas teorias de Galileu, mostrou que existem tantos numeros reais entre Oe 1, quanto entre Oe 2, ou tantos em um segmento de reta de um centfmetro quanto em um segmento de reta de dois centimetros, Parece ter percebido que a infinidade de nimeros reais é de tipo diferente da infinidade de nameros inteiros, sendo no enumeraveis, estando mais préximo da Matematica moderna do que qualquer um de seus contemporaneos. Em 1834, Bolzano havia imaginado uma funcdo continua num intervalo e que nado tinha derivada em nenhum ponto desse intervalo mas 0 exemplo dado néo ficou conhecido em sua época, sendo todos os méritos dados a Weierstrass que se ocupou em redescobrir esses resultados, depois de cingilenta anos, Conhecemos ho- je como teorema de Bolzano-Weierstrass aquele segundo o qual um conjunto {imi- tado contendo infinitos elementos, pontos ou numeros, tem ao menos um ponto de acumulacao. O mesmo aconteceu com os critérios de convergéncia de séries infinitas que levam hoje 0 nome de Cauchy e assim também com outros resultados. Hé quem diga que Bolzano era “‘uma voz clamando no deserto”. CAPITULO IL FUNCOES CIRCULARES 1, NOGOES GERAIS 12. Consideremos um ciclo trigonométrico de origem A. Para o estudo das fun- ges circulares vamos associar a0 ciclo quatro eixos: 19) eixo dos cossenos (u) diregdo: OA sentido positive: O > A co dos senos (v) diregdo: La, porO sentido positive: de O +B 29) sendo B tal que AB = $ 39) eixo das tangentes (c) direco: paralelo a v por A sentido positivo: o mesmo deb 4°) eixo das cotangentes (d) diregdo: paralelo a u por B sentido positivo: 0 mesmo de a. . woe . . an Sa 13. Os eixos u e v dividem a circunferéncia em quatro arcos: AB, BA’, A’B’ e BA. Dado um nimero real x, usamos a seguinte linguagem para efeito de locali- zar a imagem P de x no ciclo: x esté no 19 quadrante ——= PE AB <> O+ kn PE BA’ a> Ft dkn PE BA ae SE + Oke Fx) = x-0 1S x< 20 => ilx)=x-1 2 fx) =x-2 etc. ASK CO = Ax) =x - (-1)=xF1 2x <-1 = f(x) = x - (-2) = x42 “3x <-2 == f(x) =x - (-3) =x +3 etc, Seu grafico é: xT Temos: f(x) = f(x + 1) = f(x + 2) = f(x +3) = fix t 4) 50. ¥xER portanto existem infinitos numeros p inteiros tais que f(x) = f(x + p), ¥x EIR. 15. Omenor némero p>O que satisfaz a igualdade f(x) = f(x + p),¥x © R é0 némero p = 1, denominado per‘odo da funcéo f. A tungdo f é chamada fungdo periédica porque foi posstvel encontrar um nimero p> 0 tal que 16-C dando acréscimos iguais a p em x, 0 valor calculado para f néo se altera, isto 6, o valor de f se repete periodicamente para cada acréscimo de p a varidvel. 16. Definigao Uma fungio f:A>B_ é periddica se existir um numero p> 0 satisfa- zendo a condigéo f(x + p) = fx), ¥xEA O menor valor de p que satisfaz a condi¢do acima é chamado per/odo de f. 17. O grdfico da fungdo periédica se caracteriza por apresentar um elemento de curva que se repete, isto é, se quisermos desenhar toda a curva bastard cons- truirmos um carimbo onde est4 desenhado o tal elemento de curva e ir carimban- do. Perfodo é 0 comprimento do carimbo (medido no eixo dos x). y periodo I. FUNCAO SENO 18. Definigzo Dado um nimero real x, seja P sua imagem no ciclo. Denominamos seno de x (e indicamos sen x) a ordenada OP, do ponto P em relacdo ao sistema uOv. Denominamos fungdo seno a funcdo f:IR+ IR que associa a cada real xo real OP, = senx, isto é: f(x) = sen x. 17-0 19. Propriedades 12) A imagem da fungao seno ¢ 0 intervalo [-1, 1], isto 6, -1 IR dada por f(x) = -2 + sen x. f:IR> IR dada por fix) = Isen x! Solugéo Recordemos inicialmente que para um dado numero real a, temos: azo == lal -s a Isenx! = senx {quando sen x > 0, os gréficos y = Isenxl e y = sen x coincidem) senx <0 ==> Isenx! = -senx (quando senx <0, os gréficos y = Isenx! e y = sen x séo simétricos em relagdo a0 eixo dos x). E imediato que: fo, 1] f:IR IR dada por f(x) = [3 + sen xl FIR IR dada por f(x) = sen 2x Solugéo Vamos construir uma tabela em trés etapas: 1) atribuimos valores a t = 2x7 22) associamos a cada 2x 0 correspondente sen 2x; 38) calculamos x (x = $). 21-¢ c.29 22-C x tealy x x 0 0 0 o 1 a] x z | L a| 2 |t 6 3 7 0 an any 3m) 4 2 4 2 L 4 20 cd 20 0 Com base nesta tabela, podemos obter 5 pontos da curva. Notemos que o grdfico deve apresentar para cada x uma ordenada y que & 0 seno do dobro de x. Notemos ainda que para sent completar um periodo é necessrio que t = 2x percorra o inter- 4 valo [0, 21], isto , x percorra o inter- vaio [o, 7). Assim, 0 periodo de f 6: pif) =%-0-7 E ime tmif) f:IR IR dada por f(x) = sen NIX Solugio c.30 c.31 C.32 E imediato que: Imif) = [-1, 1] pif) = 4 xy fIR IR dada por f(x) = sen 3x Solugdo [ t= 3x y x t= 3x y x t= 3x v oO 0 oO oO 0 oO m n 7 z 2 | 2 |! é| 2 |' 7 1 o z 3 T 0 an any a | 30 2 2 | 7 z| 7 |" Qn Qn 0 Es 2n oO Li» | } Lt E imediato que: Imi) = [-1, 1] 2a ef) = fIRIR dado por f(x) = -sen >. f:IR+R dada por fix) = 3 + sen 4x. 23-C c.33 C34 C35 C.36 c.37 C.38 f:IRFIR dada por f(x) = 1 + sen x. Solugao 2n | Notemos que o grafico deve apresentar para cada x uma ordenada y que 6 igual ao seno de x mais uma unidade. Se cada seno sofre um acréscimo de 1, entdo a sendide sofre uma translagdo de uma unidade “para cima”. E imediato que: Imit) = [0, 2] ptf) = 27 sendide f:R>IR dada por f(x) = -2 + sen x. f:IR->IR dada por f(x) = 1 +2 + sen x. £:R>IR dada por f(x) = 2 - senx. f:IR>IR dada por f(x) = -1 + sen 2x. f:IR-FIR dada por f(x) = 143+ sen 5. 24-C c.39 €.41 f:IR>IR dada por f(x) = sen (2x - CA2 f:R>IR dade por fix) = 1+2+sen(>- F £:R-R dade por f(x) = sen tx - 2). 4 Solugo a xltex-Zly x x-Fly x [tex-F]y t 0 0 0 za 0 0 a x 1 3m 1 2 2 7 t 1 om 1" 5n 1 ° 7 7 ° z am 4 a”, 3m 2 2 4 om 1 an an on an ° Notemos que 0 grdfico deve apresentar para cada x uma ordenada y que é 0 seno de x x= J. Notemos que para sent complatar um perfodo 6 necessério que t = x ~ z on a percorra 0 intervato [0, 2n], isto 6, x percorra o intervalo [g, 3]. Assim, 0 perfodo de f 6: on T pith = StF 2am € imediato que: 6.40 f:R+IR dada por f(x) = sen (x + 3). a 7 6 ©.43 Sendo a, b, c,d nimeros reais e positivos, determinar imagem e perfodo da fungdo f:IR + IR dada por f(x) = a+b + sen (cx +d), Solugéo Facamos cx +d = t. Quando x percorre IR, t percorre R (pois a funcéo afim t= ax +b 6 sobrejetora) e, em conseq sent gercorre o intervato [-1, 1], b+ sent percorre o intervalo [-b,b] e@ y = a+b sent percorre o intervaio [a -b, a+b], que ¢ a imagem de f. Para que f complete um periodo 6 necessdrio que t varie de 0 a 2m, entéo: te0 =e xtd=0 ae x--2 2m == ex td 2n em xe anid e Portanto; 2nd p= dx = (2 Sy -(. ©.44 Construir o gréfico de um perfodo da funco f:IR-+IR tal que f(x) = ~ 2+ sen (ax - 3), C45 Para que valores de m existe x tal que sen x = 2m - 5? Solucio Para que exista x satisfazendo a igualdade acima devemos ter: “VS 2m -5 <1 = 4S 2m <6 == 26m <3. C.46 Em cada caso abaixo, para que valores de m existe x satisfazendo a igualdade? m-1 a) sen x = 2 - 5m; b) senx = IV. FUNGAO COSSENO 21. Defi igo Dado um numero real x, seja P sua imagem no ciclo, Denominamos cos- seno de x (e indicamos cos x) a abscis- sa OP, do ponto P em relacio ao sistema uQv. Denominamos fungéo cosseno a funcdo f: IR > IR que associa a cada real x o real OP, = cosx, isto é, f(x) = cos x. 26-C 22. Propriedades 42) A imagem da fungdo cosseno é 0 intervalo [-1, 1], isto 6, -1

You might also like