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REGULAMENTO DO CEMITERIO DA FREGUESIA DO MOUCO CAPITULO I DEFINICOES E NORMAS DE LEGITIMIDADE, Artigo 1°, (Definigdes) Para efeitos do presente Regulamento, considera-se: 4) Autoridade de policia: a Guarda Nacional Republicana e a Policia de Seguranga Publica; b) Autoridade de saiide: 0 delegado regional de satide, 0 delegado concelhio de saiide ou os seus adjuntos; ©) Autoridade judiciaria: 0 juiz de instrugdo e o Ministério Pablico, cada um relativamente aos actos processuais que cabem na sua competéncia, d) Remogao: o levantamento de cadaver do local onde ocorreu ou foi verificado 0 dbito e 0 seu subsequente transporte, a fim de se proceder a sua inumago;, e) Inumagao: a colocagao de cadaver em sepultura ou jazigo; ) Exumagio: a abertura da sepultura ou caixio de metal onde se encontra inumado o cadaver; 8) Trasladagao: o transporte de cadaver inumado em jazigo ou ossadas para local diferente daquele em que se encontram, a fim de serem de novo inumados; hh) Cadaver: 0 corpo humano apés a morte, até estarem terminados os fendmenos de destruigdo da matéria orgnica; i) Ossadas: 0 que resta do corpo humano, uma vez terminado 0 processo de mineralizagio do esqueleto, J) Viatura e recipientes apropriados: aqueles em que seja possivel proceder aos transporte de cadaveres, ossadas, cinzas, fetos mortos ou recém nascidos falecidos no periodo neonatal precoce, em condiges de seguranga e de respeito pela dignidade humana; k) Periodo neonatal precoce: as primeiras cento e sessenta ¢ oito horas de vida; 1) Depésito: colocagao de urnas contendo restos mortais em ossarios e jazigos; m)Ossirio: construgo destinada ao depésito de urnas contendo restos mortal predominantemente ossadas, n) Restos mortais: cadaver, ossada e cinzas; ©) Talhao: rea continua destinada a sepulturas unicamente delimitada por ruas, podendo ser constituida por uma ou varias secgdes, Artigo 2°. (Legitimidade) 1. Tém legitimidade para requerer a pritica de actos previstos neste Regulamento, sucessivamente a) O testamenteiro, em cumprimento de disposigio testamentaria; b) O cénjuge sobrevivo; ©) A pessoa que vivia com o falecido em condigdes analogas aos dos cénjuges; 4) Qualquer herdeiro; ©) Qualquer familiar, £) Qualquer pessoa ou entidade 2. Se o falecido nao tiver nacionalidade portuguesa, tem também legitimidade 0 representante diplomatico ou consular do Pais da sua nacionalidade 3. requerimento para a pratica desses actos pode também ser apresentado por pessoa munida de procuragio com poderes especiais para esse efeito, passadas por quem tiver legitimidade nos termos dos nimeros anteriores, CAPITULO I DA ORGANIZACAO E FUNCIONAMENTO DOS SERVICOS SECCAO I DISPOSICOES GERAIS Artigo 3 (Ampito) 1 O cemitério da Freguesia do Samouco, destina-se a inumag&o dos cadaveres de individuos falecidos na area da freguesia, bem como todos os naturais cujos familiares tal 0 solicitem. 2. Poderio ainda ser inumados no cemitério da Freguesia, cadaveres de outros individuos, observadas quando for caso disso, as disposigdes legais ¢ regulamentares: a) Os cadaveres de individuos falecidos noutras Freguesias do concelho quando, por motivo de insuficiéncia de terreno, comprovada por escrito pelo Presidente da Junta de Freguesia respectiva, nio seja possivel a inumagao no respectivo cemitério da freguesia;, ) Os cadaveres de individuos falecidos fora da area da Freguesia que se destinem a jazigos particulares ou sepulturas perpétuas, ©) Os cadéveres de individuos falecidos fora da Freguesia, mas que tivessem a data da morte o seu domicilio habitual na area desta, d) Os cadaveres de individuos ndo abrangidos nas alineas anteriores, em face de circunstancias que se reputem ponderosas, mediante autorizagaio do Presidente da Junta de Freguesia SECCAO IL DOS SERVICOS Artigo 4°. (Servico de recepeao e inumaco de cadaveres) Os servigos de recepgao e inumagio de cadiveres, so dirigidos pelo encarregado do cemitério ou por quem legalmente o substituir, ao qual compete cumprir, fazer cumprir e fiscalizar as disposigdes do presente Regulamento, das leis e regulamentos gerais, das deliberagdes da Junta de Freguesia e as ordens dos seus superiores relacionadas com aqueles servigos. Artigo 8°. (Servicos de registo expediente geral) Os servigos de registo e expediente geral estardo a cargo da Secretaria da Junta, onde existirdo, para o efeito, livros de registo de inumagdes, exumagdes, trasladagoes e concess6es de terrenos, e quaisquer outros considerados necessarios ao. bom funcionamento dos ser DO FUNCIONAMENTO Artigo 6°. (Horario de funcionamento) 1, O cemitério funciona com os seguintes horarios: Horario de Verio: Dias uteis - das 08.00H as 19.00H Sabados, Domingos e Feriados - das 09,00H as 19.00H Horirio de Inverno Dias iiteis - das 08.00H as 17,001 Sabados, Domingos e Feriados - das 09.00H as 17.00H 2. Para efeito de inumagao de restos mortais, o corpo tera que dar entrada até 30 minutos antes do seu encerramento. 3. Os cadéveres que derem entrada fora do horario estabelecido, ficaréo em depésito, aguardando a inumagao dentro das horas regulamentares . salvo casos especiais, em que, mediante autorizagio do Presidente da Junta, poderdo ser imediatamente inumados. CAPITULO HE DA REMOCAO, Artigo 7°. (Remogio) 1. Quando, nos termos da_legislagao aplicavel, no houver lugar a realizagdo da autopsia médico-legal e, por qualquer motivo, nao for possivel assegurar a entrega de cadaver a qualquer das pessoas ou entidades indicadas no artigo 2°, a fim de se proceder a sua inumago dentro do prazo legal, o mesmo ¢ removido para a casa mortuéria dotada de Camara frigorifica que fique mais préxima do local da verificagao do dbito. 2. Nos casos previstos no nlimero anterior, compete a autoridade de policia: a) proceder a remogdo de cadaver, podendo solicitar para 0 efeito a colaboragao dos bombeiros ou de qualquer entidade piblica; ») proceder a recotha, arrolamento ¢ guarda do espolic do cadaver 3. A autoridade de policia com jurisdigao na area da Freguesia onde se encontre instalada uma casa mortuaria dotada de cémara frigorifica tem permanentemente acesso a ela CAPITULO IV DO TRANSPORTE Artigo 8°, (Regime aplicivel) |, O transporte de cadaver fora do cemitério, por estrada, é efectuado em viatura apropriada e exclusivamente destinada a esse fim, pertencente a entidade responsavel pela administragdio do cemitério ou a outra entidade, publica ou privada, dentro de a) caixdo de madeira - para inumago em sepultura, b) caixo de zinco com espessura minima de 0,4mm - para inumagao em jazigo; 2. O transporte de ossadas fora do cemitério, por estrada, ¢ efectuado em viatura apropriada © exclusivamente destinada a esse fim, pertencente a entidade responsavel pela administragao do cemitério ou a outra entidade, publica ou privada, dentro de a) caixa de zinco com a espessura minima de 0,4mm ou de madeira - para inumagao em Jazigo, 3. Se 0 caixiio ou a caixa contendo as ossadas, forem transportados como frete normal por via férrea, maritima ou aérea, devem de ser introduzidos numa embalagem de material solido que dissimule a sua aparéncia, sobre a qual deve ser aposta, de forma bem visivel a seguinte indicagaio: « MANUSEAR COM PRECAUCAO» 4. A viatura que for apropriada e exclusivamente destinada ao transporte de cadaveres fora do cemitério, por estrada, é igualmente apropriada para o transporte de ossadas, CAPITULO V DAS INUMAGOES SECCAOI DISPOSIGOES COMUNS Artigo 9°, (Locais de inumagio) 1. As inumages sdo efectuadas em sepulturas tempordrias, perpétuas e em jazigos. 6 Artigo 10°, (Modos de inumagio) 1. Os cadiiveres a inumar sero encerrados em caixdes de madeira ou de zinco. 2. Os caixdes de zinco devem ser hermeticamente fechados, para 0 que serdo soldados, no cemitério, perante o funcionario responsavel 3. Sem prejuizo do nimero anterior, a pedido dos interessados, € quando a disponibilidade dos servigos 0 permitir, pode a soldagem do caixfo efectuar-se com a presenca de um Tepresentante do Presidente da Junta, no local donde partira o féretro. 4, Antes do definitivo encerramento devem ser depositadas nas umnas materi acelerem a decomposigio do cadaver ou colocados filtros depuradores e dispos adequados a impedir a pressfio dos gases no seu interior, consoante se trate de inumagao em sepultura ou em jazigo Artigo 11°. (Prazos de inumagio) 1. Nenhum cadaver sera inumado nem encerrado em caixio de zinco antes de decorridas vinte e quatro horas sobre o falecimento 2. Quando nao haja lugar a realizagao de autopsia médico-legal e houver perigo para a satide publica, a autoridade de saiide pode ordenar, por escrito, que se proceda a inumagao, encerramento em caixio de zinco ou colocagio de cadaver em cémara figorifica, antes de decorrido o prazo previsto no numero anterior 3. Um cadaver deve ser inumado dentro dos seguintes prazos maximos a) Em setenta e duas horas, se imediatamente apos a verificagao do obito tiver sido entregue ‘a.uma das pessoas indicadas no artigo 2°. do presente regulamento; b) Em setenta e duas horas, a contar da entrada em territorio nacional, quando 0 obito tenha ocorrido no estrangeiro; ©) Em quarenta e oito horas apés o termo da autépsia médico-legal ou clinica 4) Em vinte € quatro horas a contar do momento em que foi entregue a um familiar do falecido; ©) Até trinta dias sobre a data da verificagao do dbito, se no foi possivel assegurar a entrega do cadaver a qualquer das pessoas ou entidades indicadas no artigo 2° deste regulamento Artigo 12° (Condigées para a inumacio) Nenhum cadaver podera ser inumado sem que, para além de respeitados os prazos referidos no artigo anterior, previamente tenha sido lavrado 0 respectivo assento ou auto de declaragao de dbito ou emitido o boletim de dbito

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