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NOTAS PRELIMINARES SOBRE 0 CARATER DA FORMACAO TERRITORIAL BRASILEIRA Introducio Este trabalho pretende examinar alguns aspec- tos da selagio entre o carter ¢ as etapas do de- senvolvimento capitalista no Brasil, aqui entondi- do como capitalismo retardatério, ¢ as formas ge- raise especificas de sua realizacio em dados es- pagos do terit6rio brasileiro. O objeto de anitise, portanto, restringe-se, de um lado, & particularida~ des do capitalismo neste pais em suas determina bes sais geiais (0s padives de acumulagio de ea pital), © de outro, A expressdo territorial desses. pro- cessos. ‘Um enfoque dessa natureza aponta para a se guinte hipdtese: no Ambito das relagBes de produ- cio capitalistas, o capital nao se realiza fincarmen- te através do tempo e do espaco, A desigualdade, portanto, € elemento intxinseco do seu desenvolvi- mento, 0 que implica em desiguais seumulacio distribuigdio das riquezas acumuladas, quer entre as classes sociais de que se compoe, quer entre os diferentes lugares de que se apropria. Tsto a0. ni vel da lei geral. As particularidades manifestam-se ‘em varios outros processos, como por exemplo, na tendéncia & especializagao na atividade industrial —que se expressa nas diferengas salariais ¢ numa dada divisio social do trabalho. Além disso, nu- ma particular diviséo territorial do trabalho, 0 que implica em desiguais dotacdes de recursos entre as areas afetas 2 produgio, circulacéo e consumo. ‘Também é notéria a compulsio do capital em concenirar-se, tanto 20 nivel de uma determinada eo Wanderley M. da Costa (**) classe social, mas igualmente, quanto ao nivel de empresas, estabelecimentos e lugares. Fica dificil, portanto, 0 exame do tema proposto sem conside- ar estas 18s manifestacdes histérico-concretas do modo de produgio capitalista: desigualdade, que exi- ge especislizagdo e concentracao. Com relagéo & expressio territorial dos_mo- dos de produce, M. Santos diz: “O espaco por- tanto, é um testemunho; éle testemunha um momen- to de um modo de producao pela meméria do es- ago construide, das coisas fixadas na paisagrm criada” (SANTOS, 1978 p. 138). O mesmo au- tor afirma que esta relaedo (geral) pode apresen- tar variagSes significativas, como & 0 caso dos pai- ses sub~desenvolvidos, em que, segundo ele, as “ma- ‘crocefalias” comuns em tais pafses, seriam o resul- tado dos “progressos tecnolégicos” ¢ das “tendén- cias & concentracao” ‘Tentaremos verificar estas articulagdes no m- ito especifico dos fendmenos que vamos analisar para 0 caso brasileiro Capitalismo Tardio e a Heranga Colonial B fora de davida que a maior contribuigao te6rica (no Brasil) para a discussio deste tema, (@) — Artigo apresentade como trabalho de apro- veitamento 20 Curso “Problemas de G. dos Indisrias” mi- nisteado pola Prof® Lea Goldentein, no 2° semestre de 1979, fem nivel de Pés-Graduaslo. Trabalho zecsbido para public agdo em outubro. de 1980. (9) — Autiliae de Fesino do Departamento de Geo- srafia— FFLCA — USP. 92. dove-se a Joo Manuel Cardoso de MELLO (1975), que inaugura um vigoroso repensar da economia brasileira, no sentido de captar a esséncia contra- dit6ria do desenvolvimento capitalista neste pais. Ao fundir, pela dialética, determinacGes histéricas fe econmicas, ele evita tanto o economicismo quan- istoricismo, o que resulta numa verdadeira ‘geral de interpretagio do Brasil. ‘Ao examinar as teorias cepalinas de centro-pe- riferia, o autor comenta: “A propagagio desigual do processo téenico (que € visto como a esséncia do. desenvolvimento econémico) traduz-se, portan- to, na conformactio de uma determinada estrutura da economia mundial...”. Segundo éle, de um ado as “cconomias industrializadas” © de outro, a periferia, “economias exportadoras de produtos primérios”. Mais adiante, ainda com relacio as teorias cepalinas, comenta que para estas, & pos- sibilidade de emancipacio dos paises periféricos s- taria na industrializagio, momento em que estes paises se constituiriam enquanto nagdes, libertando- se do jugo dominador. Diz, porém, que tais teorias foram desmentidas pela reatidade, pois a industria Hzagio ou se “abortara” ou, nos casos em que teve “éxito, no eliminara tal dominagdo nem a miséria. Segundo éle, & af que surgem as teorias da depen- déacia, como recurso te6rico de que langa mio as andlises cepalinas posteriores. E a partir destas eri- ticas que o autor cunha a expressio “Capitalismo Retardatério”, como teoria mais ampla, capaz de superar os equivocos cepalinos. too teori ‘A idéia central de sua interpretacio é a de distinguir uma economia primétio-exportadora de uma economia colonial, enquanto momentos his- t6rices especiticos do desenvolvimento capitalista em paises periféricos. Capitalismo retardatério sim, pois que este surge apenas no momento em que as economias exportadoras organizaram-se com 0 tra~ balho assalariado. Apenas af que se deu a passagem de uma economia colonial para uma economia pri- ério-exportadora-capitalista (MELLO, 1975, p. 26 Com relaco ao nosso problema especifice, po- demos dizer que 0 Brasil de economia colonial, assim como outros paises, caracterizou-se fundamental- mente pela presenga da grande producio agr de exportago, que em sua esséncia buscava o méi- ximo Iuero em minimos custos possiveis, © que expli- ‘ca a presenga do trabalho compulsério, dé urna préti- ca agricola extensiva, cujo limite de produtividade cra dado pela fertilidade absoluta do soto, disponi- bilidade de terras e pela eapacidade fisica do escra- vo. A busca do minimo cusio explica ainda a loca- lizagio da exploragio numa estreita mas longa fai- xa de terras préximas 0 Titoral, 0 que evitava custos adicionais de transporte terrestre. Do ponto de vista da organizagio do territé- rio, um dos resultados dessa exploragdo. foi um padriio colonial de urbanizagao, em que 0s. centros urbanos mais destacados, aqueles de fungao portud- ia, comercial © administrativa, apresentavam ine fima ou nenhuma relacdo entre si, jf que voltados em grande parte aos fluxos intensos com a me- tr6pole européia. Isto, sem mencionar os fracos fluxos com 0 interior, excetuando-se af o comércio de came oriunda do sertio. Destague-se ainda 0 fato de que o dinamismo econémico da colénia centrava-se nas grandes propriedades, 0 que cons- fituia fator de estagnagio das cidades Estes fatos representam, de certo modo, a con= centragio territorial de uma particular exploragao econémica, qual scja, a colénia de exploragio, cu- jo objetivo era o da exploragdo imediata, 0 que impediu 0 assentamento efetivo de populagéo, uma imtegragio territorial e meconismos endégenos d= acumulagio de capital, causas ‘ltimas do. prolon- ado atraso econdmico ¢ social do pais (PRADO JR., 1973, especialmente “Sentido da Colonizagio”) Economia Exportadora Capitalista e a In- ternaliza¢io da Acumulacao Para JM.C. de Mello, assim como para C. Prado Jr. ¢ outros autores, a passagem para uma economia exporiadora capitalista no Brasil ¢ deter- minada em dltima instncia pela crise do sistema co- Ionial, que tem por base, entre outras causas, a crise de mao de obra (escrava), 0 esgotamento da eco- nomia mineira, a queda do exclusivo metropolita- no ¢ a formacfio do Estado Nacional A. mudanga significativa no padrio de acumu- lagio de capital deveu-se em grande parte aos cons- tantes impulsos do chamado “capital mereantil na- ional”, jé que este transformou-se, através das ax sas. comissérias, no principal agente. econémi timulador da expansio agro-exportadora subseqi te: a produso cafecira no sudeste do pais. Mesmo levando-se em conta que parte do proceso de act mulagio ainda era feito no exterior, além de qu: 6 sucesso do empreendimento dependia sobremanet ra da demanda externa, considera-se que é a partir desta passagem que se inaugura um verdadeiro pro cesso de intemalizagio do excedente auferido na atividade mercantil, que se constituird em fator pri- mordial para os mecanismos endégenos de acurmula~ co de riquezas Para que fique clara a relagfo entre esta. no- va etapa do capitalismo no Brsil e 0 novo padréic territorial de localizacko ¢ exploragio, faz-se neces sério recorrer as caracteristicas da exploragao co- onial mineira no interior do pais. E inegdvel que quanto & forma, 0 deslocamen- to da exploragio em Areas litordneas para o interior do pais (MG, GO, MT) significou uma alteracao no padrao tersitorial aié emtZo vigente. Isto porque a interiorizagao da economia permitiu, de um lado, fa anexagdo ccondmica de parcelas até entio mar- ginalizadas da exploractio; de outro, dado o carter peculiar da exploracio mineira — alto valor por unidade dos produtos, pela sua raridada e pela quan- tidade de trabalho dispendido na produeio — per- isiu em pouco espago do tempo, a instalagio de ‘uma razodvel infracstrutura regional, capaz de in- tegrar boa parte do territério as reas litoréneas (RY, por exemplo), por vias terrestres, interiorizar a urbanizagio ¢ equipar micleos urbanos préximos: € distamtes da producio, Desenvolveu ainda as ba- ses materials para_a cmancipagio politica do pats, além de, pela especificidade da exploracao, transferir cada vez mais para os centros urbanos os poderes de decisio politica © econémica. Falamos acima que a interiorizagéo da explo- ragio significou uma mudanca de forma, isto por que este processo nem refletiu e nem foi acompa- 93 nhado por uma mudanga qualitativa no padrio de acumulaga0, qual soja a exploracdo colonial. Isto nao significa entretanto, que as transformagdes no mbito da organizagdo territorial, com a mineregdo, nao tenham jogado nenhum papel nas reais mudan- gas posteriores a que se assistiu no pais. Este ra- Giocinio baseia-se no fato de que os momentos his Aricos de um modo de produggo esto associados a uma objetiva e necessaria expresso material (ter- ritorial) € por isso mesmo, sujeltos até @ uma ver- dadcira sobredcterminagao dos momentos. anterio- res materializados no espaco, capazes que sf, pe- To seu cardter duradouro, de interferir objetivamen- te nos rumos das etapas posteriores Em suma, a superacio de uma etapa por ou- ‘tra, ou mesmo de um modo de produgdo por outro, niio implica necessariamente na destruicio da he- ranga territorial. Considerando-se ser este 0 cas brasileize, entio a mudanga a que aludimos nao pode ser reduzida a uma mudangs de forma, ‘Tentaremos agora avangar um pouco, procu- rando concredizar & urgumetagiv acime ‘A expansfo da producdo cafeeira a partir da primeira década do século passado, marcou a cons- fituigio do que se convencionou chamar de “Eco- nomia Nacional”. Este processo vinculou-se a ou- tos de natureza econdmica (algum excedente da e- conomia mineira, mao de obra esctava, patticipagao de agentes financeiros, etc.), politica (constituicio do Estado Nacional) ¢ geoecondmica. Caracterizou- -so este ultimo, em primeira insténcia, pela existén- cia de condighes materiais prévias (capital instalado © incorporado ao espago), representadas pela dispo- nibilidade de um centro urbano portuério equipado para a exportagio (Rio de Janeiro), esiradas (li gando 0 Vale do Paraiba &s minas e a0 litoral), centcos urbanos menores 20 longo do rio Parafba: cenfim, espago construido anteriormente, Aqui, vale questionar: eram as terras do Vale do Paraiba pro~ prias ao café, justificando assim a exploragio nesta regiio? Parece-nos que no foi o caso, Nao eram as terras (solo) prOprias ao caté (alids, as “boas terras” sé seriam deseobertas mais tarde), mas sim, a regido que 0 era. Nao foi a fertilidade ou no do solo 0 indutor da localizacdo da nova ex- 94 ploracio, mas a posiefo privilegiada de uma regio proxima ao Rio de Janviro ¢ das areas litoraneas © dotada de uma infracstrutura minima obtida em atividade anterior. Este fato nos induz a pensar nu- ma localizacao econémica determinada objetivamen- te pelo espaco criado. A expansio cafeeira posterior obedece meca- nismos similares, Esta mio se fard dissociada de suportes materiais presentes no territ6rio, o que po- de ser constatado pelo papel de um centro urba- no como Campinas, verdadeira “boca de sertio’ © centro indutor na marcha para o interior, antes mesmo do advento do trabatho livre, E esta serd 4 tonica geocondmica das exploragies subsegiientes ‘em que, 20 contrério do periodo colonial, as expan- sBes agricola, urbana, ferrovidria ¢ rodovidria, sia- nificardo um mesmo processo. Podlerfamos sintetizar esta nova tOniea na ex- Ploragio econdmica, afirmando que a partir da pro- ducdo cafecira, o processo de constituigio da “E> conomia Nacional” vineula-se organicamente mo 86 intemnaliza¢o da acumulacéo de capital, mas, simultaneamente, a uma redefinigdo na formacao territorial do. pais, no sentido de que a expansio econdmica sera simultfinea & expansio das frontei ras agricoles © urbanas, em outras palavras, & in- teriorizagtio do espago construido. Antecedendo a este processo, 6 inegivel 0 pa- pel jogado pelo advento do trabalho livre na ex- ‘raordinéria velocidade adquirida pela marcha do café a partir do final do XIX. A interiorizacdo do plantio a partir dai, impulsionada ainda pela de- manda extema favordvel, pela ampliacao da infra- estrutura e por lagos cada vez mais estretos entre © capital produtivo © o capital financeiro, permite- nos falar num verdadeiro “complexo cafeciro”. Do ponto de vista econdmico, esse seri o mi= cleo propulsor da economia capitaista exportadora, Do ponto de vista estritamente social, af repousa- réo as bases de uma sociedade moderna capitalista. Quanto 20 estritamente geogréfico, tal processo re- presentou o fim de um padrao territorial de tipo colonial em que o enclave substitui a totalidade es- Foj somente a partir do momento em que 0 novo caréter do desenvolvimento econmico pas sou a comandar indissoluvelmente 0 campo e a ce dade que o serritério adquiriw a sua plena funcao capitatisia Quendo a literatura especiatizada menciona a gestagao de um mercado interno para produtos ine dustrializados, refere-se certamente, como parte des te processo, a0s novos irabalhadores assalariados ‘ou aos novos empresirios de café ou mesmo a0 complexo cafeeiro em geral. Perde-se ai frequen- temente @ perspectiva de que sip muito mais que isso: movos trabalhadores e novos empresitios em novas dreas produtivas; ou ainda, noves centros ur banos integrados por novas viar de —transportes, componentes fundamentals de um espaco econ6- rico que se slarga continuamente, E esta a dimen- S60 completa do mercado interno que se forja na economia exportadora capitalista. A. explicacdio destas articulagdes pode ser ob- tida ao compreender-se que, ao inscrir-se plenamen- ‘te nos processos endégenos da producto capita ista, 0 territério passou a valorizar o capital em- pregado, tanto pelo seu valor em si (0 preco do solo determinado pela fertitidade e pela localiza so), quanto pelas sucessivas incorporacdes (es- tatais, privadas, etc) de valor eriado (expresso na intensa valorizago das terras) tornando-se éle pr6- prio capital constante e mercadoria, difenindo-se, portanto, em territério exclusivamente capita ta (1). Consideragdes finais Parece-nos, assim, um tanto quanto superfici- al, atribuir a violenta concentracio econémica do SE, e em particular de S40 Paulo, to somente a um me- ro deslocamento do eixo econdmico (com a mine- ragio e o café), quando em realidade tratou-se de (a) — Esta questio € tratada por Costa, W. M. ¢ Moraes, A-C.R. em “Valor, Espago ea Questio do M& todo”, Temas de Ciéncias Humanas n? 5, 1979 Ea. C. Hue imanas ¢ “A Geosrafia e 0 Provesso de Valorizacdo do Bsp- 50", inbdito, mimeografado, 1980, em que os autores tentarm xplicitar a formapta territorial sob a ética do marxismo slisseo, ‘uma radical transformagio, de um lado, no padrio de acumulacdo de capital, ¢ de outro, nas formas particulares de desenvolvimento territorial. A is ternalizagéo/interiorizagio do capital permitiu ain- da a estruturagdo de uma rede urbana hicrarquiza- da, paralela e necesséria as atividades produtivas, transformando.velhos centros coloniais como Rio de Janeiro © Si0 Paulo em metr6potes nacionais, capazes, pelo dinamisme de suas fungoes, de captar, centralizar e redistribuir parte considerdvel do ex- cedente produzindo, ¢ mais ainda, capazes de co- mandatem, @ partir do infcio deste século, todos os processos modemizantes verificados no pais. A argumentagdo até aqui adotada pode tam- bbém aplicar-se a algumas particularidades do cha- mado processo de industrializagio do pais. Alguns autores, em trabalhos recentes, tém demonstrado corretamente que a nascente indistria doméstica, desde o final do século passado, caracterizava-se exclusivamente como produtora de bens de consu- mo nio duréveis, de trabalho intensivo, baixa ab- sorefio teonoldgien e destinados em granvle parte ans assalariados, Demonstraram também que esta in- diistria cumpria, pelo menos até 1.930, uma dupla fungio no Ambito da economia exportadora capi- talista: de um lado, a de suprir populacGes assala- riadas de artigos de baixo custo e absorver exceden- tes de mao de obra rural, ¢ de outro, servir de al- temativa de investimentos de capitais que manti- vessem 0 padréo de acumulagio em momentos ci- clicos de crise cafeeira. B desta forma, que pe- To _menos “‘horizontalmente”, a pequena indiistria nacional péde crescer A sombra da exploracio prin- cipal. Tel industrializacto ineipiente achava-se res- 95 trita aos dois centros jé mencionados. Represen- tava, portanto, a alternativa urbana de trabalho a imigrantes ¢ nacionais; representva também a. al- temativa urbana de’ investimentos de capitais a cmpresirios rurais. Nao cstava a reboque do com- plexo cafeeiro, mas era parte deste. A partir do mo- mento em que a produgio cafecira se enfraquece en- quanto motor hegeménico de acumulacad de capital, 0 centros urbanos dinamizam-se, a sou proceso de verticalizactio, o Estado passa a tor- nar-se 0 gerente da destinagio dos recursos para es- te setor ¢ os empresitios canalizam seus capitais mais e mais para 0 crescimento urbano-industrial. ‘As indkstrias pioneiras, restritas aos centros hist6- ricos destas cidades, e as novas empresas iniciam entiio um vigoroso proceso de descentralizacio em direcio & periferia urbana, alongam-se paralclas as vias férreas € as novas estradas de rodagem. No plano regional, surgem centros como o de Belo Ho- rizontt, Volta Redonda, ou mais préximos das me- trépoles como Campinas, Sorocaba, Sio José dos Campos, Santos, etc., manifestagées de um amplo ‘rescimento € de Timitagao de um espaco econémi- co de dentro para fora, que, & maneira do café, in- temaliza ¢ interioriza a produgéo, agora industrial Em verdade, estes sfo apenas alguns apon- tamento de uma argumentagdo que deverd tornar- se ampla, a ponto de poder dar conta de especifi- cidades da formacio territorial brasileira, bastan- te complexa para o Ambito deste pequeno traba- Iho. Trata-se muito mais de escolher-se um ca- minho, @ mais coerentememte possivel, mestn0 co- nhecendo-se os possiveis riscos de desvios teéri- 0s € préticas de uma tentativa deste t'po. BIBLIOGRAFIA CITADA 1 — COSTA, W. M. ¢ MORAES, A. C. R. — (1975) — Vor Tor, espayo © a questio do método. Temas de Ciéne cia Humanas (5), Livraria ators Cigocas Humanas, ‘fo Paulo 2 — (1980) — A Grografia © 0 proceso de valorizagio do espaco Tnesito, mimeosrafado 3 — MELLO, J. M. C. — 2975) — © capitalismo tardio. Ed. do autor, Campinas. 4— PRADO JR, Caio — (1973) — Formsgao do Brasil Contemporineo. Ed. Brasliense, S50 Paulo, 5 — SANTOS, M. — (1978) — Por uma Geografia Nova Ed. Hucitee, $. Paulo.

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