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Terga-feira, 1 de Agosto de 2017 1 SERIE — Numero 119 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICACAO OFICIAL DA REPUBLICA DE VSO, MOGAMBIQUE QUES IMPRENSA NACIONAL DE MOGAMBIQUE, E.P. AVISO ‘A matéria a publicar no «Boletim da Republica» deve ser remetida em copia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, além das indicagdes necessarias para esse efeito, 0 averbamento seguinte, assinado e autenticado: Para publicagao no «Boletim da Republica». SUMARIO Assombloia da Republica’ 072017: ‘Aprova o Estatuto Geral dos Funcionérios © Agentes do Estado, abreviadamente designado por EGFAE e revoga a Lei n° 14/2009, de 17 de Margo, Lein. ASSEMBLEIA DA REPUBLICA Lei n." 10/2017 de 1 de Agosto Havendo necessidade de aperfeigoar os prinefpios e normas que regem as relagies juridico-laborais do funcionsrio ¢ agente do Estado, nos termos do disposto ni ‘20 179 da Constituigdo da Repiblica, a Assembleia da Repablica, determina: nea 7), do n2 2, do arti- Artigo 1. & aprovado o Estatuto Geral dos Funciondrios « Agentes do Estado, abreviadamente designado por EGFAE, exo 8 presente Le, que dela faz parte integrate ‘Art.2.E revogada a Lein. 14/2009, de 17 de Margo edemais legislagto que contrac a presente Le ‘Art. 3. termos usados na presente Lei constam do Glossério cm anexo, que dela faz parte integrate Art. 4, Compete a0 Consetho de Ministros regulamentar a presente Lei no prazo de 180 dia, apés a sua publicagio Ant. 5. A pres publicagao. e Lei entra em vigor 180 dias, apés a sua Aprovada pela Assembleia da Repiiblica, aos 27 de Abril de 2017. ~ A Presidente da Assembleia da Repiblica, Verdnica Nataniel Macamo Dihovo. Promulgada, a 1 de Agosto 2017. Publique-se. 0 Presidente da Repiiblica, Fuare Jacnsto Nvust Estatuto Geral dos Funcionérios e Agentes do Estado Objecto, Ambito e Principios see¢aor Anco | (Odjecto) presente Estatuto Geral dos Funcionirios e Agentes do Estado, abreviadamente designado por EGFAE, estabeleve as normas juridicas aplicdveis i relagio de trabalho entre o Estado «seus funciondrios e agentes. Agnico2 (Ambito de aplicagao) 1. O presente EGFAE aplica-se aos funciondrios e aos agentes, do Estado que exercem actividade na Administrago Pablica no Pais e nas representagies do Estado mogambicano no estrang 2. A presente Lei aplica-se, com as necesssrias adaptagies, aos funcionsrios e agentes que exercem actividade nos servigos de apoio téenico e administrativo da Presidéncia da Repiibica, da Assembleia da Repiblica, dos Tribunais, do Ministério Pablico, do Conselho Constitucional, do Gabinete do Provedor de Justiga, da Comi Provinciais ¢ demais instituigdes piblicas eriadas nos termos o Nacional de Eleighes, das Assembleias dda Constituigdo ou da lei, que no estejam sujeitos a um regime especial 3. £ aplcavel os funciondios © agentes da administragdo autdrqulea, o regime dos funciondros e agentes do Estado Anti00 3 (Qualidade de tuncionério e agente do Estado) 1. E funcionario do Estado, o cidadao provido para o quadro de pessoal, que exerce actividades nos drgdos centrais ¢ locais, do Estado, referido no artigo 2 do presente EGFAE, 2. E agente do Estado, o cidadao contratado ou designado nos termos do presente Estatuto ou por outro titulo nao compreendido no niimero 1, do presente artigo, para © desempenho de certas actividades nos drgdos centrais e locais do Estado, referide no artigo 2 do presente EGFAE, Armio0 4 (Regime subsidiario) presente EGFAE aplica-se subsidiariamente, com as necessdrias adaptagies, ao funcionario e agente do Estado sujeito a estatuto especifico, SECGAO Principios gerais Antico S$ (Legatidade) 1. No exercicio das suas fungdes na Administragdo Pablica, © funciondrio e agente do Estado estio sujeitos exclusivamente ao servigo do interesse piblico, vinculados a Constituigio dda Repablica e demais legislacao aplicavel 2.0 funcionirio e agente do Estado devem ter uma conduta responsvel ético-profissional, actuar com legalidade e justiga no respeito pelos direitos, liberdades e interesses legaimente protegidos dos cidadios e de outras pessoas colectivas piblicas e privadas. Anno 6 (Isengao e imparcialidade) 1. No exereicio das fungdes piblicas, o funcionrio e agente do Estado actuam com isengao e imparcialidade, estando sujeitos a regime de impedimentos e suspeigies previsto na lei 2. O acesso a Fungdo Publica, a promocdo, progressdo ‘mudanga de carreira profissional no podem ser prejudicados em raz da cor, raga, sexo, deficiéneia fisiea, origem étnica, lugar de nascimento, religito, grau de instrugio, posigdo social, estado civil dos pais, profissdo, op¢do politica. opedo politico-partidéria, © obedecem estritamente aos requisitos de mérito e capacidade dos interessados. 3. A imparcialidade impoe que o funciondrio e agente do Estado se abstenha de praticar, ordenar, influenciar ou partcipar na pritica de actos ou contratos, nomeadamente de tomar decisies que visem interesse préprio, do seu cOnjuge ou de pessoa com quem viva em unio de facto, parente ou afim, bem como de outras entidades com as quais possa ter confltos de interesse, nos termos da lel Agnico7 (ncompatibilidades) 1. A qualidade de funcionério ¢ a de agente do Estado 6 incompativel como exerefcio de outras actividades profissionai designadamente: 4) as declaradas incompativeis por lei; +b) as que possam comprometer o interesse pablico ou 1 imparcialidade exigida no exercicio de fungdes, pablica ¢) as actividades profissionais que tenham horario coincidente com 0 do servigo piblico em que 0 funciondrio ou agente do Estado esteja a realizar actividade. 2. O funciondrio & agente do Estado observam as incompatibilidades, os impedimentos ¢ as Suspeighes declaradas por lei Arnica 8 (Probidade) funcionatio e agente do Estado observam os valores de boa administragao ¢ honestidade no desempenho das suas fungb nao podendo solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro, directa ou indirectamente, quaisquer presentes, empréstimos. facilidades ‘ou quaisquer ofertas que possam pr em causa a liberdade da sua acgio, aindependéncia do seu juizoe a credibilidade e autoridade dda Administragao Publica, dos seus Grgios e servigos. Agnico9 (€xclusividade) 1, O exereicio de fangs de exclusividade, 2. $6 € permitido 0 exercicio simultaneo de fungies, em mai de um Grgao ou instituigdes do Estado pelo mesmo funcionario, quando fundada no interesse pablico e autorizada por dirigente ‘competente, verificada uma das seguintes circunstancias: 4) ineréncia de fungdes: +) actividade de caricter temporario e compativel; 6) fungoes de docéncia, investigacao ou producdo cultural, de hordrios compativeis ou compensiveis; 4) outras circunstancias determinadas por le CAPITULO IL Constituigao da Relagao de Trabalho no Estado SECGAOL Modalidades Agrico 10 piiblicas obedece ao principio (Constituigso da retagao de trabatho) ao de trabalho entre o Estado ¢ 0 cidadao constitu se através de nomeagao ou de contrato, sujeitos a visto do tribunal administrative competente © & publicagio no Boletim da Repiiblica 2. Havendo dispensa legal do visto, hd lugar & anotagao do tribunal administrative competente. 3. E nulo e de nenhum efeito © provimento que no observe os procedimentos de concurso, nos casos em que a lei o exija. 4. Todo aquele que no exercicio das suas fungOes der lugar a provimento contririo lei incorre em responsabilidade disciplinar, sem prejuizo do procedimento criminal, se ao caso couber. Arico 11 (Quadro de pessoal) 1. O quadro de pessoal indica o ndimero de lugares por eargo de direcgio, chefia e confianga, por carteiras ou categorias profissionais necessarios para a realizagio das atribuicbes, ‘competénciase fungdes dos Grgaose instituigdes da Administrago Piblica. 2. Os Srgtios centrais, provinciais e distrtais do aparetho do Estado, as instituigdes da administragio indirecta do Estado €as autarquias locais dispoem de um quadro de pessoal proprio. Amico 12 (Pessoal de carreira) 1. A realizagio de actividades profissionais correspondentes a necessidades permanentes € assegurada por pessoal provido em regime de carreira 2. Excepcionalmente, as actividades profissionais referidas no rn? | do presente artigo podem ser exercidas por pessoal provido em regime de contrat: 1a) na Presidéncia da Repiblica; ) na Assembleia da Republica 6) nas carreiras de professores e de profissionais de sadde: 4) outros, nos termos a regulamentar. 3. Os contratos referidos no n° 2 do presente artigo sf0 ccelebrados por tempo determinado, com duragio nio superior 5 anos renovaveis uma vez, nos termos a regulamentar. SECGAO IL Nomeagio, posse e transfordncia Antico 13 (Requisitos gerais para nomeagio) ‘Sio requisitos gerais de nomeagao para lugares do quadro de pessoal do aparetho do Estado: 4) nacionalidade mogambicana; +) registo de identficagZo tributéria: ©) idade igual ou superior a 18 anos; 4) sanidade mental e capacidade fisica compativel com a actividade que vai exercer na Administragio Pablica; £2) ndo ter sido aposentado ou reformado; {P situacao militar regularizada; 8) habilitagdes literdrias minimas do segundo grau de nivel primario do Sistema Nacional de Educagio ou cequivalente, ou habilitages especificamente exigidas 1o respectivo qualificador profissional Awrico 14 (instrugto do pedido de admissso) 1. © pedido de admissio é instrufdo com os seguintes documentos: 4) certidao de registo de nascimento ou fotocépia de Bilhete de Tdentidade: +) centificado das habilitagdes literdrias exigidas para © provimento no lugar: 6) certidio do registo criminal; 4) certidao de aptidio fis da actividades ©) duas Fotografias tipo passe: ‘D comprovativo de inscrigo ou cumprimento do serviga militar: 8) outros documentos, exigidos nos termos da lei. © mental para o exercicio 2. Noacto de candidatura, podem ser dispensados documentos nevessrios & demonstragio de factos relevantes para a admissio, ‘os termos a regulamentar, sem prejufzo da juncio posterior dos mesmos, Axnico 1S (Nomeagao) 1. A nomeag0 para o quadro de pessoal do aparetho do Estado confere a qualidade de funcionstio. 2. A nomeacao produz efeitos a partir da data do visto 4o tribunal administrativo competente, 3. A nomeagio para o ingresso & provisbria ¢ tem carseter probatério, durante os dois primeiros anos de exereicio de fungoes. 4, Completado o tempo previsto no n.°3, a nomeagio converte- se automaticamente em definitiva, salvo se ao longo dos primeiros dois anos houver manifestago em contrério ou a obtengio de avaliagio de desempenho de classificagio inferior a regular. 5. A nomeagio definitiva ndo carece de visto do tribunal administrative competente, estando sujeita & anotagio. 66, Nos casos em que a nomeagio é precedida de contrato ou ‘nomeacao interina, o tempo de servigo prestado nestas situages conta para efeitos de nomeagao definitiva. 7. A nomeagio para o quadro de pessoal do aparclho do Estado 6 por tempo indeterminado. Arico 16 (Posse) 1. A nomeagio para as categorias e carreiras profissionais ef ‘ou para o exercicio de fungbes no aparetho do Estado, bem como a contratagao, implicam o dever de tomar posse. 2. A posse & conferida, em acto solene, pelo dirigente competente, na presenca de funcionérios e demais agentes do Estado do sector onde 0 empossando vai desempenhar as suas fungies, 3. A tomada de posse confere ao funcionirio ou agente ado 0 direito de receber 0 vencimento, 4, Salvo os casos previstos na lei, a falta ou recusa de visto do tribunal administrativo competente ea falta de publicagiio no Boletim da Repiiblica impedem 0 funcionario ou agente provido) de tomar posse e/ou de iniciar 0 exercicio de fungoes. do Agrico 17 (Prazo) 1.0 prazo para acto de posse & de 30 dias, contados a partir dda data em que o visado foi notficado por escrito. 2. 0 prazo do acto de posse pode ser prorrogado por decisa0 do dirigente competente por sua iniciativa ou a pedido do visado. 3. A niio comparéneia na data marcada para a tomada de posse Sem justa causa, implica a revogag2o da nomeagdo ow a rescisio do contrato, decorrido que esteja © prazo de dez dias para a justificagio. 4, No caso referido no n° 3, o funcionario ou agente fica impedido de ser provido em qualquer quadro de pessoal da Administracao Pablica durante um ano, contado a partir do termo do prazo para a justificagio. Agno 18 (Vinculo taboralirregu ? L. Sempre que se constate situagio de exercicio de actividades. sem visto do Tribunal Administrativo, 0 6rgio competente deve imediatamente determinar a interrupgio de actividades ¢ da remuneragio do agente que se enconire nesta situacao. 2. A aquisigao da qualidade de agente do Estado sem visto do tribunal administrativo competente é imputivel aos servigos ‘competentes da Administragdo Pablica, quando o agente irregular esteja de boa-fé. 3. A Administragao Pablica responde solidariamente pelos prejuizos eausados ao agente irregular de boa-f6, sem prejufz0 do direito de regresso contra o funciondrio ou agente que, por acgo fou omissio, tenha dado lugar ao inicio irregular de actividades. 4,0 funcionsrio ou agente irregular que tenha exercido de boa- {8 e com conhecimento e sem oposiga0 do superior hierarquico, tem direito & remuneragio pelo tempo de servigo prestado. 5. Para efeitos do disposto nos nimeros anteriores, & agente irregular de boa-fé, aquele que tenha adquirido tal qualidade nos termos do procedimento legal de provimento e, que no momento do inicio da actividade, nio conhecia e nem podia conhecer as irregularidades do seu provimento. Agrico 19 (Mobitidade) Por determinagiio do Presidente da Republica, do Presidente dda Assembleia da Repiiblica, do Primeiro- Ministro, acordo entre dirigentes de érgios centrais ¢ locais ou decisto da entidade que superintende a drea da Fungao Pablica, pode efectuar-se mobilidade de funcionrios no quadro de pessoal do aparelho do Estado, sem prejuizo dos direitos adquiridos. Anico 20 (Nomeagao interina) 1. Pode ser provido interinamente para o lugar vago em virtude do titular se encontrar em situagiio de inactividade ou actividade fora do quadro que implique suspensao do vencimento, 2. 0 funcionario interino goza, a titulo precério, dos direitos ¢ regalias inerentes ao lugar provido, 3. Na nomeagio interina tem preferéncia 0 funcionétio aprovado em concurso vélido para o lugar a prover, segundo a ordem constante da classificagao final 4. Em caso de inexisténcia de funciondrios nas condigdes referidas no a.° 3, o provimento interino privilegiar © funciondrio com maior antiguidade, desde que tenha boas informagdes de servigo. 5. A nomeagio interina & temporstia ¢ ndo pode exceder dois anos consecutivos. 6. A nomeagio interina produz efeitos a partir da data do visto do tribunal administrativo competente. 7.Da nomeagiio interina élavradoo termo de i rio carecendo de posse. 8. Findos os do fem que © titular retome as suas actividades, o lugar é declarado vago e preenchido pelo funcionario interino, observando-se com as necessarias adaptagoes, as exigéncias relativas ao procedimento de admissio. 9. Quando 6 funcionsrio interino ndo possa preencher o lugar ‘ou renuncie, seguem-se as regras de admissfo ao lugar preenchido interinamente. jode fungies, SECCAO UI Contratos Artigo 21 (Contratos) 1. Os 6rgdiose instituigdes do Estado podem celebrar contratos por tempo determinado, com regime proprio e com dispensa dos requisitos das alineas e) e f) do artigo 13 do presente EGFAE. 2. O contrato referido no n. 1, produz efeitos a partir da data do visto do tribunal administrativo competente, salvo os casos de urgente conveniéncia de servico, previsto na lei Agrico (Encargos com os contratos) 0s encargos com os contratos so suportados pela respectiva verba do fundo de salérios, inscrita no Orgamento do Estado fou nos orgamentos proprios das instituigdes ou organismos da Administragao Pablica dotados de autonomia administrativa e financeira CAPITULO IIL Regimes Especiais de Actividade Arnico 23 (Regime especial de actividade) 1, © funcionario com nomeagio definitiva pode exercer temporariamente determinadas fungses em regime especial. 2. O regime especial de actividade compreende qualquer das seguintes situagies: 4) destacamento; b) comissio de servigo: ©) substituigao; ) acumulagio de fungbes. 3. Qualquer das situagdes previstas no regime especial 6 determinada pelas necessidades do servigo & consentimento do fur 4. A nomeagio para o exercicio de fungées em qualquer das situagdes previstas no ntimero 2 do presente artigo beneficia do regime de urgente conveniéneia de servigo, nos termos da lei cé objecto da publicagao no Boletim da Repiblica. Arnica 24 (estacamento) 1. 0 destacamento consiste na designagio do funciondrio, por iniciativa de servigo e no interesse do Estado, para exercer actividade ou fungao fora do quadro de pessoal da Administragio Paiblica. cepcionalmente, a lei pode prever o destacamento para © exercicio de fungtes no quadro de pessoal da Administrago Pablica. 3. O regime de destacamento tem a duragio de 3 anos, protrogiveis uma Gnica vez por igual periodo. 4, A prorrogagio aludida no n° 3 do presente artigo deve ser sempre no interesse e iniciativa da Administrago Pablic: 5. No caso de designagao de funciondrio para o exercicio de fungies executivas em drgios estatutarios de insttuigies pilblicas, © regime de destacamento tem a duragio do mandato, sendo a iativa de prortogagao da entidade competente para nomear. 6. Havendo destacamento dentro do quadro de pessoal da Administragao para o exercicio de fungao de direcgao, chefia ‘econfianga, este finda com a cessagio do exercicio do respective cargo. 7. Esgotado 0 periodo de destacamento, o funcionério regressa ao seu local de proveniéncia no Aparelho do Estado, 8. O destacamento nio prejudica os direitos adquiridos na sua qualidade de funciondrio do Estado, Arrico 25, (Comissae de servigo) 1. A comissio de servigo consiste na nomeagio do funcion: para exercer cargos de ditecgio, chefia ou de confianga 2. O no exerefeio da comissio de servigo por um perfodo de 365 dias implica a sua cessagio. 3.0 Estado pode com fundamento na conveniéneia de servigo dar por indo 0 exere‘cio de fungdes do funcionario em comissao de servigo, a qualquer momento. Agmigo 26 (Gubstituigao) 1. A substituigio consiste na nomeagao de um funcionsrio para exercicio de fungdes de direcglo, chefia ou de confianga, por auséncia ou impedimento temporario do titular, por periodo ‘nao superior a 365 dias, 2. O Estado pode a qualquer momento, mediante motivos ponderosos, dar por findo exercicio de fungGes em regime de substituigio, podendo nomear outro funcionario pelo lapso de tempo remanescente, Arnico 27 (Acumulagdo de tungées) 1, A acumulagao de fundies consiste no exercicio simultaneo, pelo mesmo funciondrio de dois cargos de direcgio ou chefia, idénticos ou do mesmo grupo salarial, por auséneia ou nao provimento do titular de um deles, por um periodo nao superior 180 dias. 2, Decorrido 0 periodo referido no nimero 1, 0 funciondrio ccessa acumulagio de fungies devendo-se nomear o titular para © lugar, em comisslo de servigo. CAPITULO IV, Situago do Funciondrio em Relacdo a0 Quadro Axnico 28 (Situagdo do funclonério em relac3o a0 quacro) (0 funcionairio, do quadro do pessoal, pode encontrar-se numa das seguintes situagdes: 1a) actividade no quadro: ») actividade fora do quadro; 6) inactividade no quadro; 4) inactividade fora do quadro; ) supranumerério, Axnico 29 (Actividade no quadro) Considera-se em actividade no quadro 0 funcionsrio provido, desde que se verifique uma das seguintes circunstan 4) desempenhar efectivamente as suas fungdes: +b) encontrar-se na situagao de férias ou de faltas: ©) encontrar-se no regime especial de comissio de servigo, substituigao ou acumulagio de fungdes: «) encontrar-se em gozo de licenga de parto, paternidade, Iuto, casamento, bodas de prata ou de ouro, Arrigo 30 (Actividade fora do quadro) Considera-se em actividade fora do quadro o funciondrio que estiver numa das seguintes situagdes: 4) trabalhador-estudante a tempo inteiro; ) licenga especial: ©) prestagdio de servico militar efectivo normal; <4) doenca por perfodo superior entre 30 a 180 dias: «) em regime de destacamento. ‘Antico 31 (inactividade no quadro) Considera-se em situagao de inactividade no quadro, © funciondrio que transitoriamente nao exerga as suas fungdes, por um dos seguintes motivos: 4) gozo de licenga registada, para acompanhamento de ‘cdnjuge em missio de servigo no estrangeiro ou para ‘© exereivio de fungies em organismos intemacionais por periodo até 365 dias; 'b) doenga por periodo superior a 180 até 365 dias; 6) situagao de prisio preventivas 4) situagao de cumprimento de uma medida de seguranga ‘ou pena privativa ou ndo privativa de liberdade. Arrigo 32 (inactividade fora do quadro) Considera-se em inactividade fora do quadro, 0 funcionsrio que se encontre numa das seguintes circunstincias 4) go2o de licengas para acompanhamento de eBnjuge em isso de servigo no estrangeiro ou para exercicio de fungSes em organismos internacionais por periodo superior a 365 dias; +) situagdo de regime especial de assistencia; 6) doenga por periodo superior a 365 dias 4) gozo de licengailimitada; «) desligado do servigo para efeitos de aposentagio; ‘JP cumprimento de uma medida de seguranga ou pena privativa ou no privativa de liberdade de pristo superior a 365 dias. Awnico 33, (Supranumerério) Considera-se supranumerario o funcionario que se encontre em exercicio efectivo de fungdes & aguarda a abertura de vaga no quadro por motivo de: 4) ter regressado apés termo de situagio de destacamento (ou de qualquer das licencas referidas no artigo 32 do presente Estatuto; ) ter sido promovido durante a prestagao do servigo militar cfectivo normal: 6) supressdo ou compressdo de estrutura organica Antico 34 (€eitos do regime de inactividade) 1. Os direitos atribuidos nos termos do presente EGFAE so reduzidos ou cessam quando o funciondrio se encontrar em regime de inactividade. 2. 0 funcionario que se encontre na situagio de destigado do servigo paraefeitos de aposentagao, tem direito a receber subsidio no inferior & remuneragio que receberia se se mantiv exercicio de fungdes, até a fixagdo da pensio de aposentagao, nos termos da lei 3. Nos restantes casos de inactividade ou actividade fora do ‘quadro nao previstos no regime especial, cessam temporariamente (95 direitos do funciondrio, nos termos da lei. 4.0 funciondrio retoma a plenitude dos seus direitos a0 reiniciar as fungSes, findas as situagSes referidas nos artigos anteriores. CAPITULO V nals e Fungoes Agrico 35 Carreiras Profi (angresso) 1. O ingresso no aparetho do Estado faz-se no nivel mais baixo dda respectiva carreira por concurso, salvo as excepgdes definidas por regulamento, 2. Excepcionalmente, havendo ponderosas razdes de interesse pablico, pode ser dispensado 0 concurso de ingresso tem determinadas carreiras profissionais correspondentes a reas vitais, ou quando seja manifesto que o numero de candidatos disponivel é inferior as necessidades do quadro de pessoal. 3. Compete ao Conselho de Ministros definir as carreiras profissionaisreferidas no niimero anterior edefinir 0 procedimento de ingresso com dispensa de concurs. Agnico 36 (Promogio) 1. A promogiio éa mudanga para classe ou categoria seguinte da respectiva carreira e opera-se para 0 escalao ¢ indice a que corresponde o vencimento imediatamente superior. 2. A promogdo depende de concurso, tendo em conta a cexperiéncia e desempenho do funcionsrio e demais exigéncias Tegais, nos termos constantes em regulamento. 3. No caso.em que o nlimero de lugares for superior ao nimero de candidatos, pode ser dispensado © concurso, sem prejuizo da cobserviincia dos demais requisitos. 4. A participagao em concurso de promogo € obrigat6ria para « funcionarios de classe ou categoria inferior da mesma carreira {que preencham os requisitos exigidos. ‘Axnigo 37 (Progresso) A progressio faz-se pela mudanga de escalio dentro da respectiva faixa salarial, dependendo da experiencia do funcionirio no escaldo, do mérito do funcionério © demais exigéncias legais, nos termos a regulamentar. Agnico 38 (Mudanga de carrelra profissional) 1. A mudanga de carreira profissional faz-se por concurso, cestando condicionada 3 existéncia de vaga e ao preenchimento de requisitos exigides por lei. 2. A mudanga de carreira profissional aplica-se quando. nivel académico ou téenico-profissional tenha sido obtido em area de formagdo enquadrada nas necessidades actuais da instituigao em {que o funcionério presta servigo, 3. O concurso pode ser dispensado quando © nimero de lugares for superior em relagao aos candidatos, nos termos do regulamento proprio. Axnico 39 (Principios) 1. No processo de recrutamento, selec¢ao, classificagao ou sgraduagio dos candidatos devem ser observados os seguintes princfpios: 4) Tiberdade de candidatura, no caso de concurso de ingresso ‘ou de mudanca de carreira profissional +) divulgacao prévia dos métodos de seleceao a utilizar e do programa de provas: 6) objectividade no método e critérios de avaliagio, 4) igualdade de tratamento;, ¢) neutralidade na composigao do ris ‘P direito a reclamagao e recurso; '8) gratuidade do concurso, 2. Aos membros do Jiri do concurso aplica-se o regime de impedimentos e suspeigies previstos na lei Arnico 40 (Desisténcia e rentincia) 1. Ocandidato a concurso de ingresso ou mudanga de carreira pode manifestar por escrito o interesse em desisir da vaga antes da publicagao dos resultados do concurso no Boletim da Repiblica. 2. O candidato admitido pode renunciar ao lugar para que concorreu, desde que ainda nao tena sido notificado para tomada de posse, Axnico 41 (Fungées de direcedo, chetlae contianga) 1. As fungées de direccao, chefia ede confianga sao exercidas tem comissio de servigo € 86 podem ser preenchidas com obedigncia as exigéncias e demais requisitos referidos nos respectivas qualificadores profissionais ¢ demais legislagio aplicavel. 2. As fungdes de direcgio, chefia e confianga constam de legislagao especifica CAPITULO VI Deveres ‘Axnioo 42 (Dover ‘gerais do funciondrio e agente do Estado) ‘Sao deveres gerais do funcionsrio ¢ agente do Estado: 4) respeitar a Constituicao da Republica, as demais leis ¢ “rgios do poder do Estado ¢ outras entidades pablicas: +) participar activamente na edificagao, desenvolvimento, consolidagdo e defesa do Estado de direito ce democritico ¢ no engrandecimento da patria; ©) dedicar-se ao estudo € aplicagao das leis e demais decisdes dos dradios do poder de Estado; 4) defender a propriedade do ¢ Estado ¢ a de outras centidades pablicas ¢ zelar pela sua conservag0; ) assumir uma disciplina consciente por forma a contribuir para o prestigio da fungio de que esta investido 0 fortalecimento da unidade nacional; ‘Af respeitar as telagdes internacionais estabelecidas pelo Estado e contribuir para o seu desenvolvimento; ) promover a confianga do cidadio na Administragao Piblica, e na sua justiga, legalidade e imparcialidade: 1) no praticar desvio de fundos no Estado: {) nao apresentar documentos falsos a instituigao. Agnico 43 (Deveres especiais do funcionério e agente do Estado) 1, Sao deveres especiais do funcionétio ¢ agente do Estado: 4) cumprit as leis, regulamentos, despachos e instrugoes superiores; +b) cumprir exacta, pronta e lealmente as ordens e instrucdes legais dos seus superiores hierdrquicos, relativas a0 servigo; ©) respeitar Os superiores hierdrquicos tanto no servigo como fora dele: ) dedicar a0 servigo a sua inteligncia e aptidio, exercendo ‘com competéncia, abnegacao, zelo e assiduidade e de forma eficiente as fungdes a seu cargo, sem prejudicar ‘ou contrariar de qualquer modo o processo e 0 ritmo do trabalho ea produtividade eas relagies de trabalho; @) exercer as fungies em qualquer local que Ihe seja designado: {fino se apresentar ao servigo em estado de embriaguez.e ou sob efeito de substancias psicotrpicas €alucinogénias; _8) apresentar-se ao servigo e em todos 0s locais onde deve ‘comparecer por motivos de servigo. com pontualidade, correcedo, asseio e aprumo e em condicoes fisicas © mentais que permitam desempenhar correctamente as tarefas; 1) prestar contas do seu trabalho, analisando-o criticamente ce desenvolver a critica e autocritica; 1) manter sigilo sobre os assuntos de servigo mesmo depois do termo de fungoes; 4) no recusar, retardar ou omitir injustificadamente a resolugio de um assunto que deva conhecer ou 0 ‘cumprimento de um acto que devia realizar em raza0 do seu cargo; ‘) zelar pela conservaco e manutenco dos bens do Estado ce demais entidades piiblicas que Ihe estio confiados; }) pronunciar-se sobre deficiéncias e erros no trabalho € informar sobre os mesmos a0 respectivo superior hierirquico: ‘m) guardar e conservar a documentagao € arquivos segundo fs regimes estabelecidos, remetendo as entidades competentes a documentagao de valor hist6rico; 1n) no se ausentar, sem autorizaga0 superior, para 0 estrangeiro e para fora da provincia, durante 0 periodo laboral, excepto no perfodo de férias ou dias de descanso; (0) concorrer aos actos € Solenidades oficiais convocados pelas autoridades; _p) manter-se no exercicio das suas fungOes, ainda que haja renunciado 0 seu cargo, até que o seu pedido seja decidide; 4g) dar exemplo de obediéncia pelas instituigdes vigentes € de respeito pelos seus simbolos ¢ autoridades representativas; 1) manter relagSes harmoniosas de trabalho com todos os funciondrios, eriando um ambiente de estima de respeito mituo no trabalho, sem quebra do rigor, dda disciplina de exigéncia no cumprimento das obrigagbes funcionais; 8) no agredir, injuriar ou desrespeitar qualquer cidadao ou ‘outro funcionario no local de servigo ou por causa dele; 1) combater todas as manifestagdes de racismo, tribalismo, regionalismo, discriminagdo com base no sexo, filiagio partidria, departamentalismo e outras formas de divisionismo; ¥) cumprir integralmente a missdo confiada em pais estrangeiro e repressar ao pais apd 0 seu cummprimento; ») informar os dirigentes, funcionsrios com fungdes de direcc2o, chefia sempre que tenha conhecimento da pritica ou tentativa de pritica de acto contririo & Constituigio da Repablica. as leis, devises do Estado, regulamentos ¢ instrugies: 1») adoptar um comportamento correcto e exemplar na sua vida pablica, pessoal e familiar de modo a prestigiar a dignidade da fungio e a sua qualidade de cidadao: x) usar com correcco 0 uniforme previsto na lei, quando ‘ohouver. 2. Constituem ainda deveres especiais do funcionirio e agente do Estado: a) respeitar as normas que regulam o processo de admissao. ‘mobilidade, progressio e promocio do funcionaio; b) nao praticar actos administrativos que privilegiem interesses estranhos ao Estado em detrimento da, eficacia dos servigos: ‘6) no se servir das fungdes que exerce em beneficio proprio ‘ou em prejutzo de terceiros; «d) ndo se deslocar para o estrangeiro em missdo de servigo ‘sem autorizagdo superior expressa; €) nao exercer outra fungdo ou actividade remunerada sem prévia autorizacao; D promover a confianga do cidadao na Administracao Piiblica, atendendo pontualmente e com isengio: .8) ndo assediar material, moral ou sexualmente no local de trabalho ou fora dele, desde que interfira na cestabilidade, no emprego ou na progressdo profissional da parte assediada Arnico 44 (Ordens ¢ instrugses ilogais) 1, O dever de obediéncia no inclui a obrigagio de cumprir ordens e instrugdes ilegais. 2. Sto consideradas ordens ou instrugdes ilegais as que: 4) ofendem directamente a Constituigao da Repablica: +) sejam manifestamente contrrias 3 lei ©) provenhiam de entidade sem competéncia para 0 efeito; 4) impliquem a pretericao das formalidades legais: ¢) tenham sido dadas em virtude de qualquer procedimento doloso ou errada informagio, 3. Sempre que o funciondrio ou agente do Estado considerar que determinada ordem ou instrugao é ilegal, ou que do seu cumprimento pode resultar perigo de vida ou danos, deve de imediato, dar conhecimento por escrito, a0 seu superior hierérquico, sob pena de ser solidariamente responsivel 4. Havendo ordem excepcional, que tenha sido dada verbalmente, pode o funcionsrio ou agente do Estado solicitar que, para a salvaguarda da sua responsabilidade, Ihe seja transmitida por escrito, 5 Se 0 pedido no for atendido dentro do tempo em que. sem prejuizo, 0 cumprimento da ordem possa ser demorado, ‘© subordinado guardard consigo os termos exactos da ordem recebida, a remessa do pedido para a transmissdo por escrito © a nio satisfacdo deste, executando seguidamente. 6. Se for ordenado o seu imediato cumprimento, 0 pedido da respeitosa representagio é feito logo que a ordem for executada, ‘no prazo de 24 horas. 7. Nao hi dever de obedigncia sempre que o cumprimento da cordem ou instrucio implicar a pritica de um crime. Anrico 45 (Deveres especiticos dos entes) 1. Os dirigentes do Estado sio responsaveis pela efi nciae eficacia da direcgio e do trabalho desenvolvido nos respectivos servigos e pela execucdo da politica de gestio de recursos hhumanos. 2. Os dirigentes do Estado estio sujeitos ans seguintes deveres especificos: 4) respeitar € cumprir a Constituigdo da Repablica e as demais leis; b) cumprir © fazer cumprit os instrumentos de planificago, nomeadamente, o Programa do Governo, © Plano Evondmico e Social ¢ outros instrumentos programiticos: ‘6) assegurar que os bens do Fstado sob sua responsabilidade sejam administrados de forma eficiente ¢ eficaz; <) velar pela eficigncia e eficdcia da acgdo administrativa desenvolvida pelos seus subordinados, combatendo © burocratismo e lutar pela aplicagao de métodos cientificos de trabalho, dirigindo e organizando convenientemente © sector, equipamento e documentagdo a seu cargo: ¢) promover a formagao continua dos funcionérios seus subordinados de modo a contribuir para a sua auto-realizagdo © garantir uma melhoria constante dda prestagio de servigos: A) respeitar © subordinado dentro e fora de servigo; 2) aplicar métodos colectivos de direcgdo de trabalho € praticar 0 didlogo com os seus subordinados visando 0 methoramento das condigies de servigo © promovendo a sua integra de desenvolvimento institucional; 4) nao utilizar o poder conferido pela fungao nem a influéneia dele derivado para obter vantagens ppessoais, proporcionar favores ou beneficios indevids a terceitos; 4) combater todas manifestagdes de abuso de poder, nepotismo, patrimonialismo, clientelismo & todas as demais condutas que constituam ou traduzam desigualdade ou favoritismo no tratamento em relagdo, .20$ funcionsrios; J) controlar os actos dos funciondrios que Ihe esto subordinados de modo a prevenir a pritica de actos de corrupgio e exerver acco disciplinar quando a ela houver lugar; K)avaliaro desempenho e classificar o servigo prestado pelo funcionsrio e agente do Estado e seus subordinados, ‘com justiga nos periodos determinados por li 1) assegurar que os actos praticados pelo funcionério subordinado estejam de acordo com a lei € com os direitos ¢ liberdades dos cidadios; ‘m) adoptar medidas que tornem a Administragao Pablica mais simples ¢ célere, incluindo © recurso as tecnologias: modernas: 1) prestar contas do seu trabalho, nos termos da lei, 0) guardar sigilo profissional sobre assuntos de servigo, mesmo apis a cessagao da fungio: p) comportar-se, na sua vida piiblica ¢ privada, de modo adequado a dignidade e prestigio da fungio que exerce: 4g) apresentar a declarago dos seus bens patrimoniais, nos termos da lei. 10 NOS processos Antico 46 (Respeito pela precedéncia) 1, © funcionario e agente do Estado nas suas relagdes profissionais respeitam as precedéncias estabelecidas pela respectiva hierarquia funcional. 2. No caso de igualdade de hierarquia funcional, a antiguidade na fungio € fundamento de precedéncia, CAPITULO VII Direitos Arrigo 47 (ireitos gerais do funcionéro e agente do Estado) 1. Constituem direitos gerais do funcionétio: 4) exercer as fungies para que foi nomeado; ‘b) receber o vencimento e outros suplementos legalmente estabelecidos: ‘)beneficiar de condigdes adequadas de higiene e seguranes ‘no trabalho, nos termos fixados em diploma especifico; 4) participar no respective colectivo de trabalho; ¢) ter um intervalo didrio para descanso: ‘f) ter descanso Semanal; {§) gozar férias anuais ¢ licengas nos termos do presente EGFAE e demas legislagao: 1h) ser avaliado periodicamente pelo seu trabalho com base em critérios justos de desempenho nos termos a regulamentar; 1} ser notificado da certidao de contagem de tempo de servigo para aposentagdo de 5 em 5 anos; J) participar em cursos de formagao profissional ede elevagao da sua qualificagi0; 4) concorrer a eategorias ou classes superiores dentro da ‘ua carreira profissional, bem como a outras carteiras profissionais em funcao do preenchimento dos requisitos, da experiéncia ¢ dos resultados obtides na execugdo do seu trabalho: 1D ser tratado com correceao e respeito: 1m) ser tratado pelo titulo correspondente a sua fungio; zn) gozar de honras, regalias © precedéncias inerentes a funga 0) ser reconhecido pelos bons servigos prestados, nomeadamente através de distingdes € prémios; p) beneficiar de ajudas de custo ou ter alimentagao € alojamento didrios em caso de deslocagao para fora do local onde normalmente exerce as suas fungdes por motivo de servigo; 4) ter transporte para sie para os familiares a seu cargo € respectiva bagagem em caso de colocacao, de transferéneia por iniciativa do Estado e da cessagao normal da relagao de trabalho com o Estado, nos, termos do presente EGEAE, 1) beneficiar de um subsidio de adaptagio, fixado por ‘Conselho de Ministros, por periodo de trés meses, em ‘caso de transferéncia por iniciativa do Estado para fora do local onde normalmente presta servigo: 5) gozar de assisténcia médica e medicamentosa para sie para os familiares a seu cargo, nos termos da legislag0 specifica: £1) ser aposentado e usuftuir da espectiva pensiio nos termos dali: 4) apresentar a sua defesa antes de qualquer punigao, salvo as excepedes previstas no n.° 2, do artigo 110 do presente EGFAE; ») dirigit-se & entidade imediatamente superior sempre que se sentir prejudicado nos seus diteitos: 1) beneficiar de regime especial de assistencia por acidente fem missio de servigo, nos termos a regulamentar; 1) beneficiar de medidas adequadas para que os portadores de doenga crénica gozem dos mesmos direitos © obedecam aos mesmos deveres dos demais funciondrios, nos termos a regulamentar;, y) exercer a liberdade sindical nos termos da legislagao aplicavel. 2. Ao agente do Estado so reconhecidos os direitos previstos rho nimero anterior, com excepcio das alineas &), r) € 4). «do mesmo niimero salvo nos casos previstos no presente EGFAE, 3. 0 funcionério ou agente do Estado portador de deficiéncia goza dos mesmos diteites ¢ obedece aos mesmos deveres dos demais funcionérios & agentes do Estado no que respeits 30 -acesso a0 emprego, formagao e promocao profissional, bem como as condigdes de trabalho adequadas ao exercicio de actividade socialmente ‘itil tendo em conta as especificidades inerentes 3 sua capacidade de trabalho reduzida, exceptuando-se o previsto na alinea f) do n° I do artigo 47, no caso do agente. Arnica 48 (Prescrigao dos direitos emergentes da relagao de trabatho ‘com 0 Estado e outros entes piblicos) 1. Todo direito resultante da relagao de trabalho com o Estado ‘ou outro ente pablico e da sua violagao ou cessacao presereve no prazo de um ano, contado a partir da data da cessaez0 da relagio laboral, salvo o que estiver especialmente regulado em legislagao especial 2. O prazo de prescrig20 suspende-se, quando o funcionério ou agente do Estado, o Estado ou outro ente piblico, tenha proposto aos drgios competentes uma acco ou recurso ao tribunal administrativo competente pelo incumprimento ou violagao do vvinculo de trabalho. 3. O prazo de prescri¢ao & suspenso igualmente, por um periodo de 30 dias, quando 0 funcionario ou agente do Estado {iver apresentado, por escrito, reclamaco ou recurso hierdrquico junto de entidade competente. ‘4, Os prazos a que se refere 0 presente artigo so contados em dias consecutivos de calendario, nos termos da lei. Antigo 49 (Documento de identticagao) 1. 0 funcionsio e agente do Estado tm direito a documento, de idemtificago que constitui clemento de prova da sua qualidade de funcionario ou agente do Estado, assim como da fungdo que 2. A situagio de aposentado deve ser averbada no documento de identificagao do funcionario ou agente do Estado. Arnica 50 (Direitos especiais da funcionéria e da agente do Estado) 1. Sio assegurados & funcionaria e agente do Estado, durante © periodo da gravidez e apés 0 parto, os seguintes direitos: ‘4) no realizar, sem diminuigZo da remuneracZo, trabalhos ‘que sejam clinicamente desaconselhiiveis 0 seuestado de gravidez; ) nao prestar trabalho nocturno, excepcional ow cextraordinario, ou ser transferida do local habitual de trabalho, a partir do terceiro més de gravidez, salvo 1 seu pedido ou se tal for necessirio para a sua satide ou a do nascituro; 6) manutengZo dos direitos inerentes & Fungo ou cargo que exerga durante 0 perfodo de gestaczo. 2. Apés a licenga de parto, a funcionaria ou agente do Estado pode interromper, diariamente, o trabalho por um periodo nao Superior a uma hora, para aleitamento da crianga, até 365 dias, salvo se, por parecer clinico, outro tempo for estipulado, Arnico SL (Cireitos e regalias em comissio de servico) 3s direitos e regatias do funcionério em comissao de servigo fo objecto de regulamentacao especifica, Arnica 52 (Gutras regalias) reguladas pelo Conselho de Ministros por legislagao especttica CAPITULO VIL Remuneragao Arico $3 (Componentes da remuneragéo) A remuneragao do funcionério ou agente do Estado 6 constituida por: 4a) vencimento: ») suplementos. Armico 54 (Wencimento e suplementos) 1. 0 vencimento constitui a retribuigo a0 funcionsrio ou agente do Estado de acordo com a sua carreira, categoria ou ung0, como contrapartida pelo trabalho prestado ao Estado € consiste numa determinada quantia em dinheiro pags em periodo local certos, 2. Todo o funcionario e agente do Estado em regime idéntico de prestacio de servigo tém direito 2 receber vencimento igual por trabalho igual 3. Constituem suplementos ao vencimento os abonos subsidios atribuidos ao funciondrio e agente do Estado, de caricter permanente ou nao, nos termos constantes de regulamento espeetfico. Antico 55 (Regime excepcional) 1. O funcionario que tenha exercido uma ou varias fungdes ‘em comissio de servigo por period minimo de dez anos, seguidos ou interpolados, pode adquirir 0 direito ao vencimento correspondente 2 4) fungio mais elevada, se a tiver exercido, durante pelo menos 5 anos: ) qualquer funcio que, ndo sendo a mais elevada, tenha ‘exercide por um perfodo minimo de 3 anos, 2. Para as situagdes previstas nas alineas a) eb) don? 1 6 necessério que se tenha avaliagao de desempenho positiva nos ‘itimos dois anos de exercicio da fungio. 3. A atribuigdo do vencimento a que se refere o miimero | néo abrange os aposentados e, éfeita nos termos a regulamentar. 4. O exercicio da fungao prestada em regime de substituiga0 conta para efeitos do disposto no n.* 1 do presente artigo. 5.0 disposto no presente artigo niio ¢ aplicavel: 4a) aos gestores de empresas © i de outras instituigdes ow unidades de exec projectos regidas por legislasio especifiea; 'b) as fungdes nao integradas no Sistema de Carreiras ‘e Remunerago em vigor na Fungo Pablica. titutos pablicos ou de Arrigo 56 (Suplemento de trabalho em condigdes excepeionais) 1. Quando os interesses do Estado assim 0 exijam, podem ser definidos locais ou actividades em relaco aos quais é abonado tum suplemento por virtude de condigdes € riscos especiais de trabalho, traduzidos por particular desgaste fquico em razio da natureza do trabalho ou do local. 2. Os locals ¢ actividades bem como o suplemento referidos no niimero | sao definidos em regulamento. Agnico $7 (Remuneragio do funcionério destacado) 1. O destacamento confere o direito & remuneragio pelo cargo que o destacado for a desempenhar. 2. Nos casos em que a remunerago do cargo exercido em destacamento seja inferior 3 remuneraclo certa que corresponde a0 funcionério destacado, na respectiva classe ou categoria, aquele aufere a remuneragio correspondente a0 seu escalio classe ou categoria 3. Em qualquer dos casos referides nos nimeros anteriores, a remuneragdo do funcionirio destacado constitui encargo do organismo em que se encontra a prestar servigo, Axnico 58 (Remuneragae por interinidade) © funcionsrio interino tem direito a receber a remuneragio correspondente & categoria ou classe para que foi nomeado interinamente, Annioo $9 (Remuneracao por substituicdo) © desempenho de uma ocupacio por substituigo confere 0 direito a receber o vencimento da ocupago, sempre que se trate de perfodo igual ou superior a 30 dias. Axnico 60 (Remuneragio por acumulagao de funcées) O funciondrio que acumule fungdes tem diteito a receber, para além do vencimento correspondente & sua ocupagdo e enquanto durar a acumulagio, um suplemento correspondente a 25% do vencimento da ocupacio. Arrigo 61 (Remuneragao em periodo de formagao) funcionsrio em actividade que seja seleccionado para frequentar cursos de formagio ou de aperfeigoamento técnico- profissional, reciclagens ou estgios, realizados em territ6rio ‘nacional ou no estrangeiro tem direito a uma remuneragao fixada cem diploma especific. Antico 62 (Remunerapio do funconéro estudante) FE fixada em legislagdo especial a remuneraso do funcionério «que, em obedigncia aos planos de formacio do seu organismo, se encontrar a frequentar um curso de formago em territ6rio nacional ou no estrangeiro. Axrico 63 (Remuneragio por trabalho nocturno) 1. Para efeitos de remuneracdo considera-se trabalho nocturne ‘0 que for prestado no periodo compreendido entre as 20 horas de um dia e as 6 horas do dia seguinte. 2. As condigies para a sua realizago e remuneraco S20 reguladas nos termos de legislago especial Anrico 64 (Remuneragao por trabalho extraordinério) 1. B autorizada a remunerago por trabalho extraordinario, quando se verifiquem motivos ponderosos para a sua realizacao. 2. Nao hi lugar ao pagamento de horas extraordinarias a0 funcionario que exerca cargo de direcgao, chefia ou confianca. 3. A prestagio de horas extraordinarias é remunerada na base da tarifa horiria que corresponder ao vencimento do funcionirio ou agente do Estado. 4. A autorizagao da realizagio de horas extraordinsrias remuneradas compete aos dirigentes dos Grgdos centrais, aos GGovernadores Provinciais, aos Administradores Distrtais e outros dlitigentes indicados na respectiva legislagio, para os funcionarios que hes sao subordinados, mediante proposta prévia devidamente fundamentada. Axnico 65 (Flomuneragao por trabalho em regime de turnos) 1, Considera-se trabalho em regime de turnos, todo aquele que for prestado em regime de escalonamento em virlude daexigencia de funcionamento do servigo durante as 24 horas do dia. 2. As condigSes para a sua realizagio e remunerac20 S30 objecto de regulamentacio especifica. Anrico 66 {(Subsidio em prisio preventiva) 1. Aos familiares do funciondrio ou agente do Estado em prisio preventiva € pago um subsidio cujo regime consta do regulamento proprio. 2. Cessando a prisio preventivae nao havendolugar acusagao, ‘ funcionario ou agente do Estado retoma retroactivamente a sua remuneragio por inteiro, deduzindo-se 0 valor dos subsfdios eventualmente pagos a familia. 3. O pagamento do subsidio cessa logo que for deduzida e recebida a acusagio pelo tribunal ou nos casos de evasdo do funcionsrio ou agente detido. 4. 0 funciondrio ou agente do Estado absolvido retoma retroactivamente a sua remuneracdo por inteiro, deduzindo-se 0 valor dos subsidios eventualmente pagos 2 familia. CAPITULO IX Formagao, Annico 70 (Objectives) 1. O funciondrio e agente do Estado desenvolve através cde um processo de formacao e aperfeicoamento as suas qualidades ‘éenico-profissionais. 2. A frequéncia de cursos de formacao por funciondrio cou agente do Estado previamente seleccionados ¢ obrigatoria Arrigo 71 1. Os servigos do Estado, nos termos fixados no regime proprio, podem atribuir bolsas de estudo aos seus funcionarios com vista aclevara sua qualificagio, devendo tomar em contao respectivo desempenho. 2. O funcionatio bolseiro deve, concluida a sua formagio, prestar trabalho ao Estado, por um tempo minim correspondente 0 perfodo da duragao da bolsa CAPITULO X Avaliagdo de Desempenho Agrico 72 (Avaliagio de desempenho) L.A avaliagdo de desempenho do funcionsrio ¢ agente do Estado € sistemitica e periddica nos termos do regulamento préprio. 2. desempenho positivo constitui para 0 funcionério ou agente do Estado pressuposto essencial para o acesso aos direitos. 3. A avaliagao de desempenho de “Mau” tem as seguintes implicagdes: 4a) tratando-se de titular de cargo de direcgo ou chefia, ccessa as funges: b) tratando-se de funciondrio de nomeagao proviséria, E dispensado dos quadros do Estado, sem direito a qualquer indemnizagao; 6) tratando-se de agente do Estado, extingue-se a relagao laboral por rescis20 do contrato: ‘) tratando-se de um funcionirio de nomeagHo definitiva & passivel de um procedimento diseiplinar. 4. E passivel de procedimento disciplinar, o responsivel que por negligéncia nao proceda a avaliagio do funciondrio edo agente do Estado. CAPITULO XI Férias, Faltas e Licencas SBCCAOL Férias Arico 73 (Direto a féias) © funcionério ou agente do Estado tem direito, em cada ano civil, a 30 dias de férias, nos termos do regulamento proprio. Arnica 74 (Remuneracio por férias nao gozadas) 1, No ano em que o funciondrio ou agente do Estado preveja a ccessagio da relagio laboral deve requerer férias correspondentes aos meses de trabalho, 2, Em caso de cessagio da actividade do funcionério ou agente do Estado que no seja possivel prever, nos termos don’ 1, eno resultante de processo disciplinar, este tem direito a receber remuneracdo correspondente ao periodo de férias no gozadas € proporcional ao tempo de servigo prestado. SECGAO I Faltas @ abandono de lugar Arnico 75 (Fattas) 1, Considera-se falta ao servigo a no comparéncia do funciondrio ou agente do Estado durante 0 periodo normal de twabalho a que esté obrigado, bem como a no comparéncia em local a que deva deslocar-se por motivo de servigo, 2. As faltas podem ser justificadas ou injustificadas. 3. tratamento a ser reservado as faltas justificadas € injustificadas é objecto de regulamentagao. Arnica 76 (Abandono de lugar) Presume-se abandono de lugar a auséncia do funciondrio ‘ou agente do Estado do seu local de trabalho, sem justificagio, por perfodo superior a 45 dias seguidos ou 60 dias interpolados durante 0 mesmo ano civil. SECEAO ME Lcengas Arnica 77 (Tipo de ticengas) 1. Os funcionarios tem direito as seguintes Ticengas: 14) por doenga: b) de parto: ©) de paternidade; 4) de casamento, bodas de prata e de ouro; €) por luto; ‘A parao exercicio de fungdes em organismos intemacionais: 's) para 0 acompanhamento do cénjuge colocado no estrangeiro; 1) registada; 1) especial: Jj) ilimitada. 2. A concessio das licengas constantes das alineas g), he i) do no 1, depende da prévia ponderacao de conveniéncia de servigo. 3. 0 agente do Estado beneficia das licengas das alineas a), b).€),d) €¢) don. 1, do presente artigo. Arrigo 78 (Licengas) 1. A licenga por doenga é concedida pela Junta de Sade por perfodos até 30 dias, prorrogiiveis por periodos sucessivos, ou sob parecer clinico até oito dias 2. A licenga de parto consiste na concessdo & funcionéria ou agente do Estado parturiente, de 90 dias, acumuliveis com as frias, podendo iniciar 20 dias antes da data provével do parto. 3. A licenga de parto referida no nimero anterior aplica se também aos casos de parto a termo ou prematuro, independentemente de ter Sido nado vivo ou morto, cujo perfodo de gestacao seja igual ou superior a sete meses. 4A licenga de paternidade consiste na concessi, a0 pai, de uma licenga de sete dias, seguidos ou interpolados, nos 30 dias contados a partir da data do nascimento do filho. 5. A licenga de paternidade estabelecida no nimero 4 & concedida por 60 dias quando se verifique morte, ou incapacidade fisica ou psiquica da progenitora, devendo a capacidade ser ‘comprovada pela junta de satide. 6. A licenca de casamento, bodas de prata ou de ouro € concedida a requerimento do funcionério ou agente do Estado visado, ¢ tem a duragio de 10 dias de calendario. 7. Por motivo de morte de familiar, o funcionario ou agente do Estado tem direito a uma licenga de luto, cujo periodo € estabelecido em razio do grau de parentesco, nos termos a regulamentar. 8. A pedido de funcionario de nomeagao definitiva, desde que haja interesse do Estado, pode ser concedida licenga para 0 cexercicio de fungdes em organismos internacionais. 9, Quando 0 funciondrio for colocado no estrangeiro por perioda de tempo superior a 90 dias ou indeterminado,em missio de representagio de interesses do Estado ou em organismos internacionais, 0 respectivo cOnjuge, caso seja funcionario, tem direito A licenga para acompanhamento de cdnjuge colocado no estrangeito sem direito a vencimente. 10. Ao funcionsrio de nomeagao definitiva pode ser concedida cenga registada até 180 dias prosrogaveis até 365 dias, invocando motivo justificado e ponderoso. IL. A licenga referida no nimero 10 pode ser concedida duas vezes intercaladas por periodo no inferior a cinco anos de prestagao de servigo efectivo na Administracao Pilblica 12. A requerimento do funciondrio de nomeacao definitiva pode ser concedida uma licenga especial sem vencimento para frequéncia de estigios, cursos de pOs-graduagio, mestrado ce doutoramento, até a duragio do respectivo curso prorrogaveis pelo tempo julgado necessario. 13, A licenga ilimitada pode ser concedida a pedido do funcionario de nomeagao definitiva, Anno 79 (Dispensa) Os pressupostos da dispensa e seus efeitos sio objecto de regulamentagao. CAPITULO XII Distingdes e Prémios Agrico 80 (Distingses e prémios) ‘Ao funcionsrio ou agente do Estado sao atribufdas distingdes prémios. pelo cumprimento exemplar das suas obrigagoes, elevagio da eficiéncia do trabalho, melhoria da qualidade de servigo e trabalho prolongado e meritério, inovagies laborais e outros méritos, nas seguintes modalidades: 4) Distingdes #.apreciagao oral; fi, apreciagao escrita; iii louvor public iv. inclusio do nome do funcionsrio em livro ou quadro de honra: v. atribuigao de condecoragt vi. concessao de diploma de honra; vit. outras distingdes estabelecidas em legislagao aplicavel. b) Premios, i. preferéncia na eseolha para cursos de formagio ede recielagem e outras formas de valorizagao: ii atribuigao de prendas materiais e prémios monetirios; iti. promogo por mérito. Antig0 81 (Competéncia) A competéncia e os eritérios para atribuica0 de distingdes prémios referidos no artigo 80 do presente Estatuto s20 objecto de regulamento proprio. CAPITULO XIIT Destocagées Agrico 82 (Motives) 1. As deslocagées so determinadas pelos seguintes motivos: 4a) colocagio: ») mobilidade: ©) missio de servigo: ) doenga comprovada por atestado médico ou Junta de Sate: ) eoneursos: Pr outtos motivos. 2. As deslocagdes referidas no m° | conferem a0 funcionsrio ‘ou agente do Estado 0 direito ao abono de passagens, salvo nos casos de mobilidade a pedido do funcionstio. 3. As deslocagoes efectuadas nos termos da alinea c), do n2 1 do presente artigo conferem 0 direito a ajudas de custo nos termos do regulamento priprio. 4, As deslocagées por motivo de colocagio € mobitidade conferem o direito ao abono de passagens para a familia, desde que viva na dependéncia exclusiva do funcionério ou agente do Estado, 5. Para efeitos do nimero anterior entende-se por familia: 4) cOnjuge incluindo os que se encontram em unio de facto 'b) desvendentes menores do casal, incluindo os enteados e adoptados; 6) ascendentes do casal a seu cargo; «) descendentes maiores incapazes a seu cargo. 6. Em relagao aos familiares previstos nas alineas ¢) ¢ d) do niimero 5. deve ser comprovado através de atestado, emitido pela estrutura administrativa do local de residéncia, que vivem ‘em comunhio de mesa ¢ habitagao. 7. Na mobilidade por conveniéneia de servigo do funcionstio cujo cdnjuge ou a pessoa com quem vive em unifio de facto também funcionsrio deve igualmente ser assegurada a mobilidade deste, nos termos da le. “Annico 83 (Acompanhamento por familiar em caso de doenca) 1. Nas deslocagées por motivo de doenga do funcionério ou agente do Estado ou de qualquer dos membros do agregado familiar previstos no niimero 5, do artigo 82 do presente EGFAE, quando por parecer da Junta de Saide ou clinico deva ser acompanhado por elemento de familia, a passagem deste também corre por conta do Estado. 2. Os casos de dbito de funcionsrio ou agente do Estado 20 tratados de acordo com as normas a regulamentar incluindo a situagio que envolva a transtada Arico 84 (Classes em viagem) Os funcionirios ou agente do Estado e os seus familiares vigjando por via agrea, maritima ou terrestre, tm direito a ‘ocupar determinadas classes, segundo a hierarquia, nos termos do regulamento proprio, Antigo 85 (Conversio de passagens em combustivel) Nos casos em que o funciondrio ou agente do Estado pretenda utilizar viatura propria pode ser fornecido combustivel consoante 4 média do consumo por quilémetro da sua viatura até ao seu destino e vice-versa, Annico 86 (Passagens para famillares por morte do funciondrio ‘u agente do Estado em misao de servico) Em caso de morte de funcionirio ou agente do Estado, resultante de acidente em missio de servigo fora do local do domicilio oficial, constitui encargo do Estado: 4a) 0 abono das passagens para o agregado familiar, em nnimero a regulamentar; +b) as despesas resultantes da transladagao do corpo. Amico 87 (Bagagem) Em caso de colocagio ou mobilidade por iniciativa do Estado, © funcionério tem direito a transporte de bagagem, nos termos do regulamento priprio, CAPITULO XIV Liberdade Sindical e Greve Antico 88 (Uiberdade sindieal) A criaglo, modifieagio ¢ extingao de sindicato, unio, federagao ou outras formas de associagdes sindicais profissionais tna Fungdo Publica, bem como as respectivas garantias de independéncia e autonomia, relativamente a0 Estado, a0s partidos politicos, as instituigdes e confissdes religiosas, com vista promogio da estabilidade labora e na resolugao de conflitos entre ‘0 Estado eo funcionsrio ou agente do Estado so regulados por lel. Agrico 89 (Greve) © exereicio do direito & greve pelo funcionério ¢ agente do Estado € regulado por leie assenta no respeito pelo principio dda continuidade e qualidade da prestagao do servigo pablico. CAPITULO XV Disposigbes gorais ‘Agrico 90 (Principios gerais) 1.0 funcionério ou agente do Estado que no cumpre ou que falte aos seus deveres, abuse das suas fungdes ou de qualquer forma prejudique a Administragio Pablica esté sujeito a procedimento disciplinar ou 8 aplicacZo de sangdes disciplinares, sem prejuizo de procedimento criminal ou cfvel. 2. A principal finalidade da sangao é a educagio do funcionério ‘ouagente do Estado para uma adesto voluntaria 3 disciplina e para ‘© aumento da responsabilidade no desempenho da sua fungio. 3.A falta de cumprimento dos deveres por acco ou omissio dolosa ou culposa € punivel ainda que nao tena resultado prejuizo a0 servigo. Agnico 91 (€xclusao de responsabilidade disciplinar) 1. E excluida a responsabilidade disciplinar do funciondrio ‘ou agente do Estado que actue no cumprimento de ordens ou de instrugdes emanadas de legitimo superior hierdrquico, em materia de servigo, se delas tenha reclamado ou exigido a sua transmissi0 ‘ou confirmagtio, por escrito. 2. Considerando ilegal a ordem recebida, o funcionsrio ou agente do Estado faz mengio desse facto ao reclamar ou a0 pedir 4 sua transmissio ou confirmagao, por escrito 3. Quando a ordem seja dada com mengao de cumprimento imediato, a comunicago do funcionério ou agente do Estado & cfectuada apds a execugo da ordem. 4. Cessa 0 dever de obediéncia, sempre que 0 cumprimento das ordens ou instrugdes implique a pritica de crime. Awrioo 92 (Presergso do procedimento aisciptinar) 1. 0 direito de instaurar © processo disciplinar presereve passados trés anos sobre a data em que a infracgio tiver sido cometida, 2. Suspende o prazo de prescrigdo a instauraca0 do proceso disciplinar, de inquérito, de sindicancia ou de averiguagiio, mesmo ‘que ndo tenha sido instaurado o procedimento disciplinar contra 6 funcionério ou agente do Estado a quem a prescrigd0 aproveita, ceaso se venha a apurar infracgio de que seja autor. 3. Constituindo infracgao disciplinar simultancamente infracgao criminal, direito de instaurar 0 procedimento dlisciplinar prescreve no prazo previsto em legislacao penal para prescrigio do procedimento criminal SI ‘Aon ‘Sangées dscipinares Agnico 93 (Tipo de sangoes disciplinares) 1. As sangdes disciplinares aplicdveis ao funcionérioe agente do Estado sto as seguintes: a) adverténcia; +) repreensio pilblica; ©) multa: 4) despromogao; @) demissao; Dexpulsio. 2. Nao € licito aplicar a titulo de sano diseiplinar qualquer ‘outta medida que nao esteja prevista no aimero 1, sem prejuizo dos efeitos acessérios consagrados no artigo 106 do presente Estatuto. Agrico 94 (Contetido das sangdes disciplinares) 1. As sanges disciplinares consistem no seguinte: 4) Adverténcia critica formalmente feita ao infractor pelo respectivo superior hierarquico; b) Repreensio piblica — critica feita a0 infractor pelo respectivo Superior hierdrquico, na presenca dos funciondrios ou agentes do Estado do servigo onde 0 infractor esteja afectado: ©) Multa ~ desconto de uma importineia correspondent a0 vencimento do funcionsrio ou agente do Estado pelo minimo de cinco e maximo de 90 dias, graduada conforme a gravidade da infracgo, que reverte para os coftes do Estado, O desconto em cada més efectuado hos vencimentos do infractor, no podendo exceder um tergo do seu vencimento; 4) Despromogo —descida para a classe ou categoria inferior no primeiro escalao da faixa salarial pelo periodo de seis meses a dois anos; @) Demissio ~ afastamento do infractor do aparetho do Estado, podendo ser readmitido decorridos quatro anos sobre a data do despacho punitivo, desde que ‘cumulativamente: i. aja vaga no quadro de pessoal; 1. haja disponibilidade orgamental; iti, se prove que através do seu comportamento se encontra reabilitado. /) Expulsio ~ afastamento do infractor do aparelho do Estado, podendo ser readmitido decorridos oito anos sobre a data do despacho punitivo, desde que ‘cumulativamente: i. haja vaga no quadro de pessoal; {i haja disponibilidade orgamental; iii, se prove que através do seu comportamento se cencontra reabilitado, 2. © funcionsrio demitido ou expulso ou agente com ccontrato rescindido por motivos disciplinares niio havendo vaga na instituiglo anterior pode concorrer para ingresso noutras instituigdes pablicas. 3, Se a sangio da alinea d), do. n° 1 recair em funcionario de categoria ou classe insusceptivel de despromogao, a pena € graduada para a sangdo imediatamente superior ou inferior, consoante as circunstincias agravantes ou atenuantes fixadas ‘no respectivo processo disciplinar. 4. 0 funcionrio expulso ou demitido pode requerer a aposentagao desde que tenha, pelo menos, 15 anos de servigo no Estado, 5. 0 funcionario demitido ou expulso, nao podendo reingressar no Aparetho do Estado, pode solicitar a transferéncia dos descontos para aposentagio efectuados para outro sistema de seguranga e previdéncia a que se encontrar vinculado, SECGAO IH Intracgées © sangbos ‘Arrico 95 (Adverténcia) A sangio de adverténcia recai em faltas que nfo tragam prejuizo ou descrédito para os servigos ou para terceiros. Arnica 96 (Repreensio pablica) I. A sanglo de repreensdo piblica é em geral aplicada as infracgdes que revelam falta de interesse pelo servigo. 2. E nomeadamente aplicével a0 funcionario ¢ a0 agente do Estado que: 4) mio cumpra exacta, pronta ¢ lealmente as ordens ¢ instrugdes legais dos seus superiores hierarquicos, relativas aos servigos, desde que ndo resulte em descrédito ou prejuizo para os servigos ou terceiros: ) duranteo més, se ausente ou fate ao servigo até 24 horas de trabalho sem justa causa; ©) mio acate as regras das instituigdes vigentes, ou ndo manifeste a deferéncia devida aos seus simbolos € autoridades representativas: 4) sem motivo justificado, nao participe nos actos « solenidades oficiais para que tenha sido convocado; ) assuma um comportamento indisciplinado nas relagoes de trabalho, se sangio mais grave nao couber; ‘A deixe de prestar contas do seu trabalho ou nio © analise criticamente desenvolvendo critica e autocritica 2) assuma um comportamento incorrecto na sua qualidade de cidadao; 1h) fate a0 dever de manterrelagoes harmoniosas de trabalho endo erie um ambiente de estima e respeito mituo; 1) falte ao servico sem justificagao até cinco dias seguidos ‘ou oito dias interpolados durante o ano civil. ‘ARtiG0 97 (muita) 1. A sangio de mutta é aplicdvel ao funcionirio € a0 agente do Estado nocaso de negligéncia ou falta de zelo nocumprimento ds deveres. 2. E nomeadamente aplicével ao funcionério e ao agente do Estado que 4) no zele pela conservagio e manutengao dos bens do Estado que the estio confiados: bexerga outa fungio ou actividad remunerada sem prévia autorizacio; ©) esbanje ou permita esbanjamento, nao usando racionalmente e com austeridade os meios humanos, materia financeiros disponiveis, 4 retarde 08 omita injustifieadamente 4 resolugio de um asunto ou a prética de um acto em eazdo da sua Fungo, cw ainda se recuse afazé-l; ©) guarde ou conserve de forma inconveniente livros, documentos e outro material a seu cargo, violando instrugdes ow ordenssuperiores ou que nio thes déem 0 devido destino: {) falte ao servigo sem justifcagao accitavel até 15 dias segs ot interpolados durante o ano civils 1) nio use com correegio ouniforme prescrito na les ‘ny nao se apresente ao ervigolimpo,asseado e aprumado, Anrico 98 (Despromogao) 1. A sangiio de despromogio € aplicavel ao funcionsrio que revele incompeténcia profissional culposa de que resultem prejuizos para o Estado ou para terceiros e nos casos de violagio de deveres profissionais fundamentais e negligéncia grave. 2. Considera-se incompeténcia profissional culposa o exercicio de forma ndo eficiente das fungSes, com prejuizo ou criagio de obsticulos ao processo e ritmo de trabalho, a eficiéncia e relagoes de trabalho. 3. E nomeadamente aplicavel ao funcionério que: 4) no respeite os superiores hierérquicos, tanto no servigo ‘como fora dele: b) tolere manifestagdes de tribalismo, regionalismo eracismo; ©) no se apresente com pontualidade, correcgdo, asseio ‘eaprumo nos locais onde deva comparecer por motivo de servigo; ) se apresente em estado de embriaguez ou sob efeitos de substancias psicotrépicas e alucinogénias no local de trabalho, se pena mais grave nao couber; «¢) assedie moral, material ou sexualmente os seus colegas; ‘P deixe de informar os dirigentes da pratica ou tentativa de pratica de qualquer acto contrério & Constituigio da Repiiblica ou principios definidos pelo Estado de que tenha conhecimento: 4) falte sem justificagao aceitavel ao servigo até 30 dias seguidos ou 45 dias interpolados durante o ano civik; 1h) se sirva das suas fungdes ou invoque o nome do 6rgio, estrutura, dirigente ou superior hierdrquico para obter vantagens, exercer pressio ou vinganga; {) mio aceite exercer fungdes em qualquer lugar para onde seja designado; J) pratique nepotismo, favoritismo, patrimonialismo e clientelismo na admissio, promogo ov movimen- tagdo de pessoal; {pratique actos administrativos que privilegiem interesses estranhos ao Estado em detrimento da elicacia dos servigos; 1) no atende 0 cidadio com civismo e respeito: ‘i pratique actos ou omissbes que, de forma determinante, concorram para o inicio de actividades deagentes cujo ingresso nio tenha sido precedido de publi Boletim da Repidblica, salvo os casos previstos na lei Axnico 99 (Cemissio) AsangZo de demissto 6 aplicdvel nos seguintes caso 4) procedimento atentatirio a0 prestigio e dignidade Fangio: incompetencia profssional grave, designadamente ignorincia indesculpavel, inaptidio, erro indesculpvel, bem como reterado incumprimento de leis repulamentos, despachosensugdes superiors, E nomeadamenteaplicsvel ao funcioniro que: 4) reteradament no compra exact, pronaclealmente3s ordense instugdes dos seus superioresbierrquicos relativas aos servos: 6) divulgue ou permita a divulgagio de informacio Classifica que conhega em razto do servis ¢) abandone injustfieadamente local ou sector de trabalho, eeusando enfrentar isos ou diicudades resultantes do proprio trabalho ou local,

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