You are on page 1of 10
© ULTIMO CAPITAO-MOR DE ITABAIANA Professor Sebréo, sobrinho Nao foi guarajoara, filho da Velha Loba, a criadora de Scr- gipe del-Rei. Era vilanovense, napolitano do Baixo San-Francisco, como todos os i:mfos. E’, que em Vilanova del-Rei do Rio-Real de San-Francisco residiram seus pais, 0 sargento-mor Joio Machado de Novais, benfeitor da tenebrosa cadeia piblica local, e D. Rosa Maria de Sampaio, filha do capitio Ventura Rabelo Leite (falecido em Penedo a 31-V-1779, ¢ de sua homénima (Rosa Ma- ria de Sampaio), pessoas de alta distincao, beiradeiros do San- Francisco, residentes em Vilanova e em Penedo, oriundas da Co- marca das Alagéas, da Capitania de Pernambuco. Foi éle José Mateus da Graga Leite Sampaio 2 a si, aos ir- mfos. genitores, tios, progenitores e mais parentes colaterais fiz j4 breve estudo (*) A José Mateus, um felizardo tornado rico de uma noife para 0 dia, asou-se-Ihe dtima oportunidade para demarcar-se acima de todos os seus, cuja etnia lisi-amerindia incontestavel. (1) Vide, do autor, CAPITAO VENTURA RABELO LEITE, na Revista Genoc- égica Latina — San-Poulo, nim. 3, ano de 1951, & pags. 99-43. —125— Em dias de maio de 1782 ainda residia em Vilanova e era sol- teiro e quarenta e quatro anos depois estava velho, inutilizado, as portas da morte! Casou-se velho... Trés anos depois, faleceu sett tio materno licenciado Ventura Rabelo Leite de Sampaio, rico proprietirio em Itabaiana, senhor de varias fazendas, entre as quais 0 solar saca- rinffero do engenho Alagoa do Penha, o mais que bissecular en- genho guarajoara, fundado em seguida a reconstrucio social e politica da Capitania extinta pelos incéndios lisi-flamengos. pelo coronel Manuel Nunes Coelho, que nele foi sucedido por seu filho coronel Manuel José de Vasconcelos Figueiredo, casado com D. Clara Leite de Sampaio, a qual, viuva e sem descendéncia, » dei xou, por seu falecimento, a seu sobrinho licenciado Ventura Ra- belo Leite de Sampaio, que, solteiro, o legou, por seu falecimento, ao sobrinho José Mateus. Falecett 0 licenciado Ventura a 8-III-1785, obrigando a0 s0- brinho a construgao da Igreja, doando-The o respectivo patriménio, padroado que sé foi efetuado depois da morte do capitao-mor por va ¢ testamenteira, Em 1795, dez anos depois, estava cons- truida de maneira suntuosa e em 1801 a dotou com capelao, que sempre teve enquanto viveram éle e sta espésa, falecida a 10-TX- 1849. Em 1787, tornou-se proprietério do engenho Santana, vizinho do Penha e do municipio de Itabaiana, por compra ao tenente- coronel José Luis Coelho e Campos(*), com sua formosa igreja, que foi instituida pelo fundador dessa propriedade acucareira, 0 padre Manuel Carneiro de S4. Ambas as propriedades eram vastissimas e delas foram des- membradas outras, que se constituiram em engenhos. Em Penedo, casou-se com sta prima carnal materna D, Fran- sua v (1) Bisavé do mninistro Coolhe ¢ Campos. Vide, do autor, DE RABULA A CAPITAO-MOR, inserto na Rev. Trim. do Inst. Hist. e Geog, de Sergipe, nim. 17, vol. XI, & pégs. 131-8, 425 cisca das Chagas de Jesus, filha de José Antdnio Ferreira Costa e D. Ana Maria de Sampaio, Nela houve os filhos seguintes, to- dos casados quase em vida sua : a) Padre José Mateus da Graga Leite Sampaio, a caninana da Varzea do Penha, segundo seu irmao capitio Goncalo Rabelo Lei te, seu inimigo figadal; faleceu a 20-11-1855, com descendéncia. b) tenente-coronel Joio Machado de Novais, engenho Maruim de Baixo, casado no engenho Maruim de Cima, Santo Amaro das Brotas, com D. Antonia Eufrasia de Aguiar, filha do coronel Joao de Aguiar Béto e D, Ana Jerénima da Silveira(#), e ambos aque- les benfeitores de Maruim e avés maternos de Fausto Ca:doso. ©) Capitio Gongalo Rabelo Leite, 0 cascavel da Tartaruga, segundo seu digno irmio o padre José Mateus, que contribuiu pare seu assassinio, a 6 de agdsto de 1852, sendo que fora casado, em Penedo, com sua prima D, Maria do Patrocinio, filha de José Fer- reira Dias, da rua da praia e em quem houve oito filhos, falecendo ela de parto em julho de 1838 no engenho Cigado, Laranjeiras, outro engenho dele. Foi chefe irrequieto do partido liberal no mu- nicipio de Laranjeiras e no de Itabaiana, Era homem violento ¢ demitiu até juiz.de Direito. Foi assassinado em vindicta pelos filhos do capitio Cavalednti, chefiados por André Cavalcanti, ca- sado na familia Rolemberg, do engenho Cardo. 4) Capito Tobias Rabelo Leite, engenho San-Bento, Laran- jeiras, casado com D. Ana Maria de Lemos, pais do Dy. Tobias Rabelo Leite. e) D. Margarida Caldeira Leite Sampaio, casada com 0 bri- gadeiro Joao de Aguir Caldeira Béto, irmao da avé materna de Fausto Cardoso. i) D. Rita de Cassia Leite Sampaio, casada, depois do faleci- mento do pai, com seu primo José Ferreira Dias Leite, penedense. Todos com descendéncia. (*) Vide. do autor, TOBIAS BARRETO, O DESCONHECIDO, anexo XIV, & pags. 78-9 - 1.9 vol. —1277— Em solteiro, houve éle dois filhos naturais em famulos de sua casa, que também foram seus herdeiros : a) Os filhos de José Marques da Cunha, morador em Taracatu, por haver sido casado com sua falecida filha Joana, filha de Por- cina. b) tenente-coronel Francisco José da Graca Leite Sampaio. filho de Felipa, senhor do engenho Passagem da Jacaracica, Ita~ baiana, e casado nesse municipio, em o sitio Terra Vermelha, com D. Ana Francisca de Jesus, Mocinha, filha de Simeio de Sousa Monteiro ¢ D, Indcia Francisca de Jesus, vulgo Indcia Rapésa, mulher cruel por seus crimes, digna do genro, que se dizia ser de roxo a preto ott de preto a roxo, porque nunca teve medo!... Foram ésses seus filhos legitimos e naturais, com larga des- cendéncia entre nés em outros Estados do Brasil. Proprietério abastado, por falecimento de Joao Nepomuceno Regalado Castelo Branco e Loureiro, capitio-mor do 3.° de Orde- nancas de Itabaiana, foi José Mateus nomeado para substitui-lo por Patente de 5-IV-1793, a qual se desencaminhou e, p éle segunda, de confirmagao, a 15-VITI-1805, assinada pelo Gover- nador da Baia D. Francisco da Cunha Menezes, ainda que éle o exercesse, 20 referido pdsto, desde aquela primeira época ¢ tanto isso, teve assim que, atraindo para sua vizinhanga, em Itabaiana, a seu ir- méo mais velho, Manuel de Deus Machado, cidadio casado em Pacatuba em 1782, vendeu-lhe a crédito, em 1801, o engenho S tana, que ésse nunca pagou, € o fez nomear, nesSe mesmo «in sargento-mor das Ordenangas de Itabaiana, pésto em que se man- teve até sua reforma no de capitdo-mor entre abril ¢ maio de 1830, depois de falecido 0 irmao, durante vinte ¢ nove anos de bons ser- vicos, comandando-o por Diversas vezes e nos dias heroicos da Independéncia foi éle o comandante do Térco de Itabaiana, -los valentes guarajoaras destacados na Barra da Cotinguiba, em a foz do Sergipe rio-mar, municiando-o e o sustentando a sua custa, quando da proclamagao de Pedro I principe-regente em oposicao — 128— as Cértes de Portugal, tudo de acordo com seu irmdo, a figura centraj do movimento patriético em Sergipe. Amigo e vizinho do brigadeiro Pedro Vieira de Melo, tudo envidou para livra-lo de sex julgado severamente por seus atos ingénuos, mas antipatridticos e, sendo o sergipano mais notavel depois daquele, se fez aclamar presidente da Junta Proviséria do Governo por seus conterraneos, seus terrantés (terranteses é pa- rente de lapises e de alfereses), instituida patridticamente ao 1.°- X-1822, data que criou o falso 24 de oitubro... Lutou muito contra os despotismos de Labatut e contra a ambicio do brigadeiro José de Barros Pimentel; porém, homem enérgico, plutocrata, auxiliado pela parentela nobre, principalmen- te pelo irmao e pelo futuro Bardo da Cotinguiba, seu primo Bento de Melo Pereira, no vale do San-Francisco, na ribeira da Cotin- guiba de Cima, firmou-se no poder e dirigiu a Provincia até 5-III- 1824, quando dela tomou posse o primeiro presidente — pela ordem cronolégica — o brigadeiro Manuel Fernandes da Silveira, nomea- do por Carta imperial de 23 de novembro anterior. Foi o instituidor do nepotismo entre nds e seus parentes ainda hoje sao espertos seguidores de seu invento ¢ isso ja eu o ventilei em trabalho anterior(*) Beiradeiro, de Alagoas e de Pernambuco, dos sert6es, atraia para o municipio de Itabaiana e até para a Cotinguiba homens valentdes © criminosos € seus filhos, 0 capitio Gongalo e tenente- coronel Graca, Ihe seguiram 0 exemplo de protecionismo ao canga- G0, ao assassinio, que ficava impune: Tenérios, Cavalcantis e Al- buquerques com seus caibras, quase todos de Buique, Pernambuco, do Tacaratu famoso. Epiléptico, como seus antepassados, quando se enraivecia, era terrivel. Mais poderoso do que seu avoengo José Rabelo Leite, na- (*) Vide, do autor, MONSENHOR SILVEIRA, & pégs. 23, Seu irméo, ¢ capitéo- mor Manus! de Deus, que também dirigiu a Provincia e por quatro vezes, sem ter averes fguais, fol outro potentado feudcl.. 129 da tinha que temer, fazia o que queria, era senhor da Capitania e triste do pobre que o contrariasse! Derrubou-o do poder o presidente Silveira e éle, que antes a oferecera a D. Pedro I, a Igreja do Penha afim désse dar-Ihe um vinculo brazonado, o que nao foi possivel, entéo, em 1824, a ofere- ceu para Matriz da pretendida paréquia de Laranjeiras, 0 que nao foi aceito. Teimoso, concluiu a Igreja do Corag’o de Jesus da Co- tinguiba, nas Laranjeiras, para que servisse de Matriz © igua! mente tentou a criagdo da Vila nas terras da Comendaroba, o se- cular engenho de Itabaiana. Tudo debalde, mas Laranjeiras Ihe deve muito. Doando um conto de reis a primitiva Matriz, de Santo Anténio do Urubu de Baixo, depois Propria, foi seu benfeitor. Sabia gastar como um grande senhor! A frente da administragio pitblica, coube-lhe assistir as elei gdes de deputados 4 Assembleia Contituinte e nelas fo-am eleitos os padres José Francisco de Meneses Sobral e Francisco Félix Barreto de Meneses (falecido logo depois), mas nao tomaram assento na Camara temporaria, porque o Imperador a dissolveu, em nome da Liberdade, pelo violento Ato de 12-X1-1823 Extinta a Constituinte, procedida a eleicéo de deputados ye- rais para o quatriénio de 1826-29, foram eleitos éle e o bacharel José Nunes Barbosa de Madureira, proprietdrio do engenho Ca fuz, nas Laranjeiras. Porém o capitao-mor ja era valetudindrio e estava sériairente doente, motivo por que nfo foi A Cérte, sendo convocado set sit- plente para substitui-lo, 0 coronel José de Barros Pimentel, entio residente em Salvador, na Bafa de Todos os Santos, o qual sé tomou parte nas sessdes de 1828 em diante, quando éle, o capitio- mor de Itabaiana, nada aspirava mais da vida que o descanso a suas dores fisicas. (vide anexo). Como 0 irmio, era agraciado com muites comendas honorifi- centes. Espirito religioso, fez seu testamento a 20 de agésto de 1828 em sua residéncia no engenho de Nossa Senhora da Concei- —130— cao do Penha, servindo de testemunhas seus amigos intimos Cris- tovam Pereira de Resendes, Domingos Pereira Sarmento, José Pereira Lavre, Joao Batista de Vasconcelos, Manuel Prudente Franco, Francisco José da Costa e Bernardino José Pinheiro. Aprovou-o nesse mesmo dia, cerrando-o o tabeliio de Itabaiana José Teixeira Lobo, perante as testemunhas capitdo José Antonio Ferreira Costa, o alferes José Anténio de Morais, Domingos Pe- reira Sarmento, Joo Batista, de Vasconcelos, José Joaquim Co: reia Viana, Joio Rabelo de Magalhaes ¢ Vasconcelos e Joao Cor- reia Viana, todos residentes no térmo da Vila de Santo Antonio e Almas de Itabaiana. Nao resistindo mais aos proprios padecimentos, faleceu 0 ca- pitdo-mor a 26-I-1829, sendo seu testamento aberto no dia seguinte pelo paroco padre Leandro Pinto da Costa (*), sepultando-se simplesmente como pedira, envdlto no habito de Nossa Senhora do Carmo e no esquife dessa irmandade, caixdo geral, sem nenhum ornato, encomendado sé pelo paroco. Foi sepultado na capela-mor, no adro da Igreja, ao pé da Santa Cruz, graca que Ihe féra conce- dida em vida por provisio eclesidstica. Dizia o povo supersticioso daquela época e de muito tempo depois, 0 povo que inveja a grandeza do rico e Ihe nao perdoa a superioridade social, de que, de vez em quando, esturrava o capi- tGo-mor do fundo de sua cova, arrependido de seus pecados, dos caibras dos Tendrios, dos Cavalcantis, dos Albuquerques, que éle fizera vir dos sertdes pernambucanos, infestando o municipio de Ttabaiana e parte da Cotinguiba de Baixo, com essa gente tigrina, que devia estacionar na margem esquerda do incola Parapetinga cacografado por Barloeus em Parapitinga), contracio de Para- napetinga, o caminho de 4gua branca, porém que veio ensopar de sangue o municipio celeiro do Estado, gragas 4 impunidade dos (*).O térmo de abertura do testamento pelo Juizo fol feito @ 4-V-1829, na Vila de Santo Amaro das Brolas, na casa de cposentadoria do dr. Tilo Alexandre Cardoso de Melo, Ouvidor Geral, Corregeder e Provedor da Comarca de Sergipe. —131— transgressores da lei protegidos pelos senhores de pendao e caldei- ra, manejadores da Justiga, cujo tinico autor seguido, na jurispru- déncia da bagaceira, era o bacamarte boca-de-sino. Felizmente que a terra papa-cebola, como a Velha Léba chamam irénicamente ignorantes e invejosos, nfo mais conta integrado a sett municipi estrumo de serras-abaixo com que se arquitetava a tocaia e se the conferia lugar demarcado na estatistica da criminologia em Sergipe. Confrade da Irmandade das Santas Almas do Fogo do Purga- trio de Itabaiana, ainda hoje subsistente e atualmente a mais an- tiga sociedade religiosa do Brasil (fundada em 1655), que os hons espiritos guarajoaras se amerceiem dele e dos seus, inspirando a seus descendentes melhores propésitos cristios de amor 20 pré- ximo, cientificando-os de que os tempos atuais diferem dos an- tigos. z Foi éle o tiltimo capitao-mor de Ttabaiana. Cavaleiro professo na Ordem de Cristo, foi senhor de barago e cutelo da Velha Loba, a criadora de Sergipe, e nfo se movia uma pedra nas Minas de Prata do sertanista avoengo Melchior Dias Moreia semi 0 sonsen- timento de José Mateus, senhor feudal dos pagos das lterosas sergipenses. Foi nobre, foi fidalgo, demandou e procurow vencer, a rectiando, Gastou a larga o que era seu, nao se apropriando do alheio, embora protegesse aos filhos, introduzindo 0 nepstisme em Sergipe. Cavalheiro honesto ¢ desabusado, em vida foi criatu- ra humana com virtudes e defeitos, merecendo nossa venerayio ¢ nossa compreensio. Morreu simplesmente, sem a fatuidade costu- meira aos ricos. Ocupa um altar no pantedo estadual, na seco de Ttabaiana, que o tem muito afetivamente como um de seus gua- rajoaras e éle o merece muito bem. a ANEXO Il Por Aviso de 28-1-1826 do Ministro do Império ao presidente —132— da Provincia Manuel Clemente Cavalcanti de Albuquerque, cha- mava os deputados gerais eleitos 4 Cérte. Em oficio nim, 16, de 14 de abril seguinte, respondeu-lhe o Presidente da Provincia que comunicara, por copia, aos dois de- putados, dr. José Nunes Barbosa Madureira e capitio-mor José Mateus da Graca Leite Sampaio, afim de que, aproveitando-se do do Correio Imperial destinado a fazer escala pelos portos das Ca- pitais do Paré, Maranhao, Cearé, Pernambuco e Baia, se trans- portassem a Cérte para tomarem assento de suas cadeiras, sen- do que, quanto ao segundo deles, capitio-mor José Mateus, Ihe havia dirigido um oficio, que 0 Presidente levava & presenca do mesmo Ministro, no qual expunha a impossibilidade em que se achava o senhor do Penha, por catisa de sua idade e moléstias ha- bituais, que de dia em dia se engraveciam, de obedecer a imperiai ordem e Manuel Clemente concluia por pedir-indicagio ao mesmo Ministro si deveria ser suprida a falta désse deputado por suplente para que haja de ser avisado o primeiro desimpedido na ordem du votagao. Ento, o negécio era sério, néo era bagunca. Houve exigén- cias de provas por parte do Ministro em Aviso de 20 de junho (1826) e o Presidente da Provincia, em oficio ntim. 43, de 6-X-1826 ao mesmo, dizia que o capitio-mor José Mateus, em virtude da comunicagio que Ihe fizera da Imperial Determinagio, the dirigi- ra um oficio acompanhando duas atestag6es dos Professores (mé- dicos), que o tem tratado em suas enfermidades, das quais se ma- nifesta nao serem elas tempordrias e sim perpétuas e, portanto, impossibilitado de ir entrar como deputado por esta Provincia no exercicio de seu lugar. Eis, porém que o Visconde de S. Leopoldo, Ministro do Im- pério, baixa Portaria a 18-IX-1826, dirigida ao Presidente da Pro- vincia, que ent&éo era Manuel de Deus Machado, vice-presidente em exercicio por falecimento de Manuel Clemente desde o dia 2, ordenando-Ihe fizesse participagio aos deputados dr. José Nunes e capitio-mor José Mateus para se acharem na Cérte a tempo de ES entrarem no exercicio de suas fungées na abertura da Assembléin Geral no ano de 1827, O Presidente em exercicio respondeu ao Ministro a 3 de janeiro (1827), enviando-Ihe as partes de ambos : a do dr. José Nunes dizendo-se pronto a obedecer a Soberana De~ terminagio e a do velho Capitao-mor de Ttabaiana dizendo estar inhibido de assim praticar pelas moléstias que o impossibilitam, conforme jé féra feita participagao a 6-X-1826. Interessante de todo ésse papelério mal gasto e tio préprio de nossa indole burocratica, é que o Visconde de San-Leopoldo por Portaria de 23-IX-827, determinou ao Presidente da Provincia que ordenasse A Camara da Capital que, na inteligéncia de haver a Camara dos Deputados julgado legais os motivos que impossi Dilitaram ao capitéo-mor José Mateus de tomar assento na mesina Camara, como deputado eleito por esta Provincia, expedisse o competente diploma a quem de Direito fésse substituito, Em ofi- cio nim. 58, de 11-XII-1827 do Presidente ao Ministro, disse ha- ver determinado Camara da Capital expedisse diploma ao coro- nel José de Barros Pimentel, que se achava na Baia, Havia muita seriedade e seguranca nas causas ptiblicas. Elei- to ou nomeado, ninguém podia eximir-se facilmente de cumprir © dever para com a Patria. INETITUTO HISTORICO GEOGRAFICO DE SERGIPE UR ITABAIANINHA, 41 x ABACAIUs .

You might also like