You are on page 1of 14
cagiio (CIP) il) i va hist6rico-comparativa / Adone as relies: perspect - A contraposi¢ao religioso/civico: a redugao arbitraria de uma cultura outra e das decorrentes comple- Aanilise atenta do percurso historico ~ 1 relagao fades conceituais -, tragado logo acima, pode set posts 6 ie i contraposigao religio- Mm recente desenvolvimento (ocidental) da conttapo’s — ob ; . Map eure vico, Tudo isso nos permite chamar a atenyao Pare uma m mera a possivel separar un Teligios ene em clete! orna evidente que xid ie 149, isto é quanto se torna i a Sulturas diferentes da nossa (ras amb “shtos do nosso passado historico), asst como set minados Mo~ cP ton se souial peculiar que Digitalizado com CamScanner 185 186 ssa diregao obtém simplesmente a reducio abies: eia a nossa especifica realidade histérica, Se a mente tecida por um sistema préprio de - ica ou cientificamente constituida nao p, oie ropor através de um julgamento eee te faa om gue. vata impossivel atribuir-lhe do exterior esse tipo A Bamento; De fat, <- existem valores absolutos abstraiveis de un leterminado sistem, Pe al, do ponto de vista de uma perspecty ivacao pela qu cultural, motivagao Pe I : per adequadamente historico-religiosa, € imposstvel valorar objetivamen. te uma cultura qualquer.| Ese, por um lado, nao se pode isolar areligiéo de um determinady | —— 2 : contexto cultural, por outro se impoe @ necessidade de contextualizar texto CL orton eee eee (cultural e historicamente) 0 instrument ‘religido” em seu bercooc- dental. Significativo, a est i — > : ‘has palavras de Nicola Gasbarro, se constitui enquanto _ de uma real cultura € fundamental res, a sua analise histor a se respeito, 0 fato de que a cultura ocidentl, inica cultura no mundo a inventar-se em termos de civilizagao e de relia, ea construir a propria histéria e depois a do mundo enquanto uma contin oscilagao entre os dois termos, ea partir desses pressupostos: Depois da religiéo natural e do direito natural, o Ocidente inventa a cvilias% ea religiso como construcds stad fon . ia das Religides.* 662s culturais, isto é, a Antropologia ea Histor A escola italiana de Histéria da com essas caracteristic: torica que, desde historica a re cultura, s Religises manifesta-se, portant? 5, enquanto uma escola autenticamente lig Saat peneeioy deu-se como objetivo de pesatl élevado em con lo que, nos termos classificatsrios 4" I ‘0 enquanto tal. {+ ni mE CASEARIO, “Reign we vais agg, ee ~ scien Tylor”, Storia, Antropotesia € 54 Digitalizado com CamScanner Fenomenologia ec Histgyy 99s Relighoe, pilatagaio do conceito de religiao almente, podemos afirmar que Fi coue a Historia das Religie: resolveu o problema de uma definigao da religia eito até conseguir tornd-lo funcional as ¢ estudadas. Operando dessa maneira, a 's colo- », dilatando o con proprio ulturas parti- culares ' disciplina recaleou in- conscientemente 0 proprio processo histérico do qual nasceu ¢ se de- cenvolveut 0 conceito “religido”, De fato, esse nosso conceito ocidental ampliou-se, histérica e progressivamente, com o aumento dos termos de comparagdo, a comegar das origens cristis de sua Tessignificagao (verdadeiramente revoluciondria) até os nossos dias. Nio é Por acaso que, efetivamente, a adogio do termo religio, por parte das linguas eu- ropeias, depende diretamente do processo de “cris enao do de sua “latinizacao”. Portanto, a histori de religido relativiza (tem que rela conceito em relagao A nossa propria cultura. Essa.relativi implica o reconhecimento de que: 10” do termo zaGi0 do conceito riamente) 0 prdprio jagio, entim, + “religido” significa alguma coisa quando se refere a um deno- minador (religido romana, reli do se fala de “religides” — no plural referencial as culturas ~ ¢ nao de “religiao”; - * “teligido” no singular ¢ sem denominagées significa um espa~ G0 de acdo que se pode individualizar somente em contrapost- 40 a um espago de agao “civico”s_ chinesa...), ou seja, quan- a contraposicao religioso/civico é peculiar & nossa cultura ¢, Portanto, traigoeira ¢ intitil quando utilizada para aproximar- ~se das culturas etnoldgicas Como re nilise historico-critted & di- to, a individualizar 1) da religito a atacao Itamos antes, através a alm un 40 conceito de religito & destinada, pe We '" Percurso que vai da objetivagao (fenomenolos' ini 510" (histérico-religiosa) do objeto re igose bean i Sh necessariamente, da Renomenologia da Religito (10 RT “Nido, feito proprio por Eliade) para a Historia das Religioes oa " “esbocado até aqui), Dessa maneita, segundo quanto apontad mario de Sabbatucei, a operayio Fenomenclosie Trata-se de pas~ a que objetiva a Digitalizado com CamScanner 187 188 Historta das Religlses religido se contrapde (se deve contrapor) a critica histérica enquanty —_ . Com isso, entende-se a Oper acio de cdes arbitrarias (as “formas elementa. s” da religido, a produgio mitico-ritual, a concepsio de SeFes ou po. deres extra-humanos etc.), até chegar a alcangar a propria Categoria do religioso, intitil ou, talvez pior, desviante, para se aproximar de Culturas cuja diversidade em relagao a nossa se da, sobretudo, pela falta de um “civico” contraposto ao “religioso”.® Somente a Partir dessa Operacio sera possivel realizar, enfim, a investiga¢ao especifica de uma funcio cultural que é propria dessas realidades subtraidas a0 mecanismo in. terpretativo redutor — a pretensa autonomia do “religioso” -, através de uma revisao critica do material documentario fornecido pela Et- nologia religiosa, pela Antropologia histérica e, finalmente — em re- lagao a construgao conceitual propriamente ocidental — pela Histéria ¢ pela pratica historiogrifica ocidental. Apesar do aparente paradoxo, com esse resultado, portanto, longe de chegar a suprimir seu préprio objeto de investigacao, a Histéria das Religides continua sendo pes- quisa hist6rico-religiosa. E isso, justamente, por definir-se, ainda mais pontualmente, enquanto anilise histérica e comparativa, na qual os problemas que jé foram postos em termos classificatérios s6 podem encontrar uma solugio a partir da exigéncia de uma rigorosa compa ragao hist6rica e sistematica. 40” do objeto religios tornar vas, antes, as categoriz Problema e método da comparacao histérico-religiosa (Ejustamente a nessa Perspectiva que se coloca o problema da co" paragio que, aria na elaboragio da “Escola Italiana de Historia das Rea goes, encontrou uma nov a ‘jos? 1 va colocagao instrumental. Essa preci ‘a epistemoldgica constitui, nao enquanto uma comparacaio h culturais dados, m (fendmenos cultur: ferrament Jo histéric de fato, a comparagio hist6 ‘ iW 1 ens ‘orizontal ¢ estéril dos fendm® 's enquanto uma comparagao d ‘ais historicamente processos histori" «ifica dt! construidos)] Isso significt Paria SABBATUCCI, Sommario sti storia delle ej la delle religions cit, Digitalizado com CamScanner Fenomenolo ae Wistorta das Religia Rides 10. dedi ys religiosos’, Mas, ao contrario, de yse trata de uma_comy 1da_anivelar mene um instrume getinado a diferenciar ea determinar as peculiaridades precipuas de nic eduzir “fend. nto comparativo cada processo historico (que somente a compara io pode desta ~ pare entender também, além das texturas fundamentais comuns, as nao repetiveis solugdes criativas concretas, historicamente realizadas, eS pressuposto: Apartir des 1 perspectiva hist6rico-religiosa pro- priamente dita configura, portanto, 0 “reli joso”_enquanto_categoria “propria e historicamente ocidental, nao por sua caracteristica essen- cialmente predominante, mas por sua capa dade — historicamente determinada — generalizante, em termos de capacidade de “a (ow talvez seja melhor dizer de “comp: historicas e etnolégicas. Um dos exemplo: dessa propriedade especifica da categoria “religioso” pode ser visto na sua utilizagao (reificagao) missionaria enquanto instrumento e condi- sao fundamental para desencovilhar uma (pressuposta) “religiosidade indigena” que tornou possivel tecer, de alguma forma, uma r@interpretativa fundamental das alteridades etnolégicas. Assim, por exemplo, entre os séculos XVI e XVII, essa estrutura se configurou en- quanto um desenvolvimento hierarquico que, sobretudo no contexto americano, partia do “demoniaco das sociedades selvagens’, passando Por uma “idolatria incaica ou mexicana’, para chegar ao “ateismo vir- tuoso chinés”.® sstrutut da estrutura generalizante desse “reli- Na medida em que, através Etnologia pro- gioso” (interpretativo ocidental), fundamenta-se uma En Lae Priamente religiosa, base da moderna Antropologia, isto ¢ oe i “ que tudo (ou seja, a diversidade que hoje definimos ee cule “configura enquanto religioso, logo 0 religiose rae as etnogrili “ processo de yeneralizagivo antropologica das socieaces © (para a “8,0 conceito explode, tornando-se wna marer IIPOEE qu -apria historicidade e, para- 444l precisamos prestar atengado) de stat prope ia historic : vovtertnas, pode set pen: ) deur logias edlas diferentes ideal esa : clad; ou, de forma 6 tio, parao Ocisdente » dos vdtios moments fundamen! momento que precen cristo, Digitalizado com CamScanner ——— 189 nistorta das relighaes rmitiu implementar, fia parti arti ade que cle pe adas aventuras histérica: 5 5 acorment finalmente, ricidade das “sociedades sem 4 historicida a, portanto, que! tornam-se, ya (nova) histo Jelamentey dessa perspectiv ria do religiose un 0 possivel ¢ indispen da cate; sivel fundamento de _/ Digitalizado com CamScanne

You might also like