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Tsswesrastiksd seni aerate: ‘Tes, Fl eannocchiale arintotlica. In: anon, E Tattle arto del Se ‘ewe. Nipoli/Miio: Riccar, 1965.p. 19-106. ‘Vevezian, M. (Org), Experi X Collogsio Internasonale Lesio Inllewul Europe, Firenze: Ochi Editors, 2002. Viner: [1509-1514]. Ota Mens, lise mows Taducio de Rosel Sareor So Paul Hitec, 1997, 3 “st Yon Tour) “wlan de Concha eo ‘Was, RW (Ong) The tron a dei: exsys on evidence, Nova York Ha & Row, 1990. PALAVRAS INICIAIS SO paradigma indiciério rerabelece o debate sobre a relagio ente syjeto “pinerpretacio nos moldes da nanareza do conhecimento husmano.A retlexo ole Morelli no imbito da Hiséria da Arte versando sobre a ruptura com c2- legorias arias jf extabelecidas, bem como o estretamento entre Sherlock olmes ea Criminologia, em uma época contarbada de fscinio com a fiviog- inania,com o biotpa eriminoro em Lomboso e com a Antiopometria ¢ Cr- ina © ten dominio politico burp desenia ese deslocamento a pattdacontaposigfoemte 36 > inlgagdesindatvas¢dedutvas de naturena galilean, por um lad, por ou ws Esta e a Folia, marcadas pla consruo de uma nari através slwina postraiterpetativa vena ete CO valor dis “coins conctetas e oculas através de elementos pou a6 ado on despercebidos™ posivel resignficar um canpo de scotides, ou sea, mente negligencidveis,retmontar a uma teaidade complexa partir decades pan paradigm indicigtio inelsi recorrer 3 metonfnia e operara exclusio” de uma netfor na medida em. que se tata de ler a pists, econtando uma historia [Embora aves aos limites da cigncia médica predominantemente me: ‘cancisa, ef&m do olhar indutivo e dedutivo puramente,a Psicanlise inevitas ‘velmente rornt-se herdeira deste arcabougo, mas sutilmente marca un giro, 0 de apontar na semidtica médica um “no” lugar para a intuigfo* Deste deslo- cenmento surgem marcas que ciflam lagares a serem posteriotmente resgatados 4 fein debates mais amplos sobre a natureza das cigncias humanas socias © of studs da inguagem, como 0 contexto do estrutraismo francés ea critica 10 § logicismo formal da lingutca da qual a Anise do Discurso péchestian, po cxclplo, em pate decorrent.E desta tips interface (sicandise, Andie de Discurso e paradigms indicia) que vamos tratar neste capitulo CORPO E ICONOGRAFIA Ginsburg estabelecen um marco divisério no modo de tatamento dos dados: a incluséo do fagmento, do detalhe e da experiéncia do pesquisador como findamentos da pesquisa. Com ele, reaprendemos que buscando uma coist,encontramos outra, Citando Ginzbang: Na origem, fi sempre um achado provesiente das mar- gens de investigagdes inteirmente diversas... Em cada Cireunstncia, tive a sbitasenaagio de tr encontrado al- {gums coia, ter at alguma cosa de relevane;a0 mes- | ‘io tempo tina conseitncia agada da minha ignorincia® | ‘Sel 196. ‘Cen 31g een, OH aN ramete 3 Pricanulise ¢ «sth ma construgio de uni rabatho com pists tr io experimentivel direcamente”Podemos entender da colocagio de Ginzburg que corer 30 No se trata aq deat incur. «"towengao" do paraliynns in F Miiirio, mas sim de teconbwcen cas sit abaya formalizago do que tae jsquisador de indicios; esse & wn trabalho que requer valorizar a dispersi, 4) sca © a contig Eviphd,cleliberada ‘A posisfncia em tagar ue meta umn Foco, una linha divisbria do que 1 buset eo entcontro de que no se procta, mas simplesmence encontra (evo- cia om detriniento se amis curiosiade previamente © ‘aisio 1 mxima do pintor xpanhol Pablo Picasso, retomadha por Lacan), lewi~ two a discutir a dimensio da postura indiciria, etetivesca, com o valor de ‘hide do corpo tal como se configurou historicamente Courtine © Hatoche! se ocupam em refinar 0 surgimento do paracigma ‘do contrale do corpo, Segundo 05 ators, a 6poca clissea, corpo do homtem era submetide a ura cisciplinase- ‘a: no deveriadeisar trangparecer nenhumna das paixdes da alma, Os traados “ eotrica eoratériainicavam e delhavam como devera se comport 0 cor= 0 (cabora olhos, boca, rst, mos), a fim de fazer renar a modera¢do ~ 0 ex- ‘sso ss paixBes era combatido por uma diciplina corporal. Eeemplo:a aati dos tados de reticajesuticos que descreve 49 gestos das mos € 30 gests dos de- ‘hs, que constinaem os cinones da arte retérca, SGo excltdos do repertério do Indicivio como intrumento de de | ondor ot gestos naturais ou espontineos por no estarem de acordo com a dig~ hide da fango,© mesmo € aplicado para a observagio do rosto, que &descrto comno o espelho da alma, e deve mostrar as paixSes completamente dominadas, {on excesios como edlera, impetuosidade, arebatamento, Asim, a mictamorfose Jwibida ao corpo do tei constitu o modelo da opresso que rege e ritualiza, em ‘ua aparénea,o corpo do homens da Corte Hroche? mostra como a interpretagio controlada de parte do arqui~ so Foraleceu as cidneiasrégias. Ela comenta como formas gramaticas fincisas « clips) alimentaram a separagio entre vere ler, entre verificar e comentar, tuwina progeessiva na que separava também comportamentos observiveis ¢ ‘rongas interiorizadas umo a ua Subjervidade inefivel ~ 10 nomedve, em {gue 0 dscuso juridico normatia cada vez mais o sujeto como objeto do st- bbe (empitismo}; mesmo que a complenude de eal saber eja impossvel, ofere- ‘e-se ao sujeito uma iusio de iberdade que o'“resgata” da injunio (obriga- ria) de “tudo dizer” (expresses nos), Nao haveria, port terializaria em unsa “metainguagem’, umn cédigo “uss is da psicologia linear © que se mnt de enciclopediamo da deferéncia (gests, vestimentss, posturs, moos de express) decifiador de um anonimato cada vez mais imperative no esp Pilblico e urban. [No entanto, © pan6ptico ¢ a desambiguisagio prometeram o controle sobre a inefabiidade por meio da imposicio da cigncia, do Estado e da veligi cstrangulando até meados do sécalo XVIII uma dispersio de saber, eteangi- Jamento este que decola em meados do século XII na passagem da submissiy 4s ordens religioss para a submissio& responsabilidade juidica Langado no paradaxo que prestupde a interpretasio livre como reco brimento da detersnina Aiscuts0, 0 sujeite ¢ a vontade individual vio do slenciamento a submissio 4 palavra de que sio produto, esforrando-se por ser compreendidos, mas cia vez mais submetendo-se 3 obediéncia, no espaga formatado da canscigncia,” ‘Mesmo que o século XVI marque a era da sintaxe, que torna heemé- tica este paradoxo entte a lberdade iuséria ¢ a injungio,“o sujeito deixa-se entrever precisamente nos excessos, nas auséncias, em particular a eipse © no) Inciso”™.s" Estas questBes io caras a ambas disiplinas indiciarias, a Psicandlse ca Anilise de Discurso, Ito porque a elipse marca a contingéncia e a incom pletude do sujeito. Entretanto, © que impera na determinagio do sujeito € 3 completude da gramitica: .Injungo (aubmissio) ainda mais controlada pela [J enconsramo-nos no ineltivel reconhecimento de tum alerdade, indice da presengs do sjeito no proceso de pensae (| ma realidad, da vem religiosa 10 Exado, Somos fergados 2 constatar que 0 principal problema qua tod questo do sueto reside na colocacio de uma forma de contoe exterior ou intviorizads no suit, detnada 4 garantie sua dociidade e 3 coesio donde socal." Reopulava case ec se coisis ui projeto politico de controle eujo par Flint ort 0 corpo ¢ @ osto do rei como indecifiveis¢ impenetriveis, assu- Jrauos por regia rigidss de aparéncia. Dizem Courtine e Haroche: © campo politica &o lugar da olhar onde se exabelecem dominagaes,organiam-s resins no jogo das repre seatagdex:enhar poder saberi,eftvamene, se impor set una estratégia da sparéneia, aim como sem io ne tuna reiténcia poderia ve opor. Lispressivo dessa época & o retrato de Luis XIV feito por Rigaud, no seul XVI 1+ Com ici (OR © que se sobtevalimicilmente & 4 opuléncia do 4 postura de perfil (bq, como divia Chiew Buarque),€ 0 olbar dni a falnente ao observador, Nata se revel, 410 sera sofidio co poder do 10 area, A postura ereta, a arrumagio estudada das ynios e dos pés e wim bad “ground neuro ressalatn dominio completo das paixdes em prof da aparéncia indeciftivel. Nada podia quebrar a onlem politi vigente, onde o corpe cstavt sujeito a regrasrigidas de contengio: wenhuma paiio, nenhum sinal de subje= tividade poderiatransparecer. De acordo com Bittencourt e Milanez: ‘A relagio interior ¢ exterior, tendo © corpo como fot teir tue dees estados, marca separago da matéria alma de modo que a comengio se constitai em und técnica que coloca of dos lados em uma mesma sintnia [A apartacia pasa entio a rpresentara expresso diet tlma, que na lita canes © exceso através da moder do corpo se torn um verdadero operador politico © 40= cial, nstaurando ¢ permitindo a existncia do sujlto ea ‘oma detersinads sociedad” (© lugar de poder do governante se estabelece por meio do controle do estos e dos comportamentos,“priticas que acarretam o controle de si part 0 = ‘controle dos outros”. ¢ ‘Tomando como paradigma 0 corpo ¢ 0 rosto (miscara) do reia est tifcagio social rigida tornava ficil o reconhecimento do lugar de cada wim 4 ponto de que nenhum perigo oferecia & presenea do outro, Entre o século XVII e 0 XIX aperi-se um deslocamento, pois, de um mundo fechado, onde todos se conheciam e onde, portanto, nao era necessirio grande esforgo d identificacio, passa-se, no século XIX, a0 aparecimento das nassas anduimas ‘A cetteza quanto is identidades, assim, apaga-se,tornando necessivio 0 apares cimento de métodos de controle numérico (estatistco) e descritivos (antro= | pol6gicos). Assim, o€ antigos tratados filos6ficos sobre as paixdes dio lugar 4.) ‘uma observacio fisiol6gica e médica (sntropologia,fsiognomia). Em virtude da necessidade de caracterizagio de personalidades através das caraceristicas 1 macau Har (POG 2 fisieas, sung un intrineade sisters chasifieatsrio cujo abjetivn & etabelecer lun eigneia dos signos, una sentiolagia dos tragose sintomnas (© resto andnimo pasou a exigit mecanismos de decifagao, Como deter- ‘hina, na massa indistnta,onde estavao perigo? Segundo Courtine e Hazoce, 1 decitfagio da aparéncia torna-se, deste mado, um jogo expecial do politico & dhs latas que af se desenrolam: desmascarar seu adversrio; descobrir seus desig- ios secretos; despoj-to do poder dos signs; advinhar a interioridade de un sujeito a partir das marcas signifcantes que se oferecem para serem ldas sobre seu osto;saber compor uma expresso favorivel pra ating seus Fins estas si0 ‘quests indsocidves do exercicio do poder e gue estio presentes na rflexio roderna sobre o politica E assim que, no meio do século XVIII, nasce 6 projeto de um histia vuatural do homem, de onde se originaram disciplinas de decifiseio (como @ Antropometria),cujo objetivo [er] findamentar 9 esudo cientifico do com- portamento humana com base na observigio, descricio © mensuragio de sas caracteritics fies eu anatémi- 2s Tata-se de um projet para torr interior visivel a parte de tragos sinas, piss stoma ~ gue tetemuham ‘uma interoridad inisve Ginzbung complementa 0 comentirio sobre o surgimento das dscipli- tas indiciirias referindo-se & txionomia, discplina ligada & cifneias natutais ‘que permite a identficarto e descrigio dos seresvivos de al mado que torna ‘mpossiveiserros decortentes de confusio. Segundo o autor cla inspirou,entee 1s séculos XVII e XIX com o aparecimento das ciéncas humanas ~ dis plinas novss, voltdis para o estado € a compreensio (e, muita vezes, também. para controle e coereio) do individuo. Algumas desaparecem logo, como a fi- | siggnomia ou 2 frenologia, porém outras persstem na atulidade, igadas 208 sintemas de identficagio do individuo pelo Exado: assinatutss, fotografia, a ~tuopometria, impresses digiais,carteiras de identidade, pasaportes. 15 Coes onic yo, 1 Hehe 85 7, Segundo Ginzburg! ale=se isin sna becTa que 6 foi se alangand cada ver mais com o decorrer do tempo, € que & impensivel de ser converts 9g dda. a uma tnica visio cienifica: paradigm galileano X paradigina inditirio, A” tendéncia a apagar os ttagos individuais de um objeto, perseguida iniialmens te pelas cigucias natuais(e mais tarde também pelas humans), € diretamentes proporcional distincia emocional do observador, Asim, no paradigyna gal Jeano supostamente seria atingido um grau elevado de objetividade cientificay UM CLOSE © paradignnaindiciio™ & amplamenteutizado nis cincias no empi risa, serve de ancoragem para sdiscipinas de interpreta como & 0 ci dh andl do dicuro e da psicanslse. Ginzburg fiz uma difereniagdo dois tipos de paraignas que extaiam em vigor nas cincis moderna leano€ ondcie As dsipins que o ator denomina ince 0 rnentemente qualitative no podem, por principio serenguadrads no ‘aig galleano, egendo o qual o dado € objetivo e ransparents¢ pode ebservado dretamente ‘Os presspostsfandants deta pragma so: 1-0 seta no un empitic, quantifies, em deserve por eritriosscilGgicos como re familia, die, grau de insergio et. O sujeito aqui € considerado como ut posi dscursva que decorre do proceso de ntespelago ideolépiea eda ul nso ao deseo do grande Outro; 2~ como decorncs, io existe wm sel In sim posgdes de set, para cada poscio hi sentidos que fo pez pribidos de serem dios: 3 - © sentido dos enunciados no ex diet cessvel a0 anal, Par atingi-os,deve-se recorrer a wm aparat tebico Tego entre o dizer e o sentido € indie, devido & opacidade ds Knguaged 4} pape do anata & decifar as determinagbesbistrciseinconsciet Aue fem com que o dscuro sea um,¢ nio outro, para tanto, cle (nai dove estar comstastemente checando a teoria 3 medida que realza is and Tatas, portato, de uma anise do tipo qultatva, que nio sequel critérios matemiicos ou estatiticos, visto que no alma oma geneabiar sos restos, mass uma topologia ds singuaridades. A sexi serio tris wait algunas consideragies sobre este método. sguit © paradigma galileano, para os que pesquisam o diseurso, significa, segundo o astor, efetuar “uma progresiva desmateralizagio do texto, conti- tnuamente depurado de todas as referéncias sensives"" Segundo foun, "em ‘ontrapare, seguir 0 paradigma indicirio significa restinit 20 texto suas qua- lids individuaisrestruir-Ihe os contextos em que foi produzido, a histria de suas condigées de produgio" ‘Ora, dentra das cigncias da lingnagem, as dsciplinas que oferecem o re ferencial te6rico adequado para Jevar a cabo tal tipo de anise sfo a anilise do cliscurso de raz pécheutiana (AD)® ea psicanilise de orientagio lacaniana.* AAD considera que as mateas formas si pists de um tipo de discuso cde formagdes dscursivas parsiculazes que fzem com que o dscurso funcione cle yma determinada maneia, produzindo efeitos de sentido especificos. Ese ‘processo nio esti evidente pata o analista, visto que os dados sio opacos (por ‘starem submetidos a formagSes ideolégicas, que sio inconscientes © atuam. produzindo um mascaramento de outros sentidos possveis naquele contex- to de produsio, 0 que fz parecer que hi apenas utna interpreta). Além da idcologia, a AD coloca também como fondamental a historicidade do texto, resultado do process de inscrigZo da historia na lingua. 'A fora de ter acesto a0 sentido de tum texto (texto & a unidade de ani lise da AD) € resaurando suas condigBes de produgZo, quer no sentido estrito (o contesto de enunciagio), quer no sentido amplo (© contexto sécio-hists- Tico), No sentida psicanalitco, emos um sujeito que é afetado pelo desejo € pelo inconsciente.As formagdes do inconseiente,® ou sea, lapsos, chistes, tos falhos, sonhos, seriam os indicios, no nivel do simbélico, esse funcionamen- to, Assim, a anilie que ser feta sobre os viriostipas de “dados” (no sentido de “pista) ind ser essencialmente interpretativa, na medida em que tomaré 2s Inareas formais como indicios ~ na superficie lingistica ~ de um modo de fncionamento especiic. 2 (192 p21. eh 8 97497 onan RE i 0 91155 985,957 8] 19,1970) 1985, 1959. a itm 9, UMA ESCAVAGAO 4 ‘Resaundo ares nc wr ogo comets ce eal pbc «fend delncasiens di diene gaol «pote gg es eae ener eo eeepc cna aes cialis apie ea emer ed eae De eee ere eee eee cag eee eee ee Arto do corp elie fllilee Groctineni ons onctevece de ll Hecistass estgednakas pt pentose eee a tmerg 0 contaponto icaalic) ‘Ao axlmitit que a perspicicia de Holmes se deve muito ao que via no.) ambulatério ¢ no lsboratério, o cirurgio explica que 0 valor aos detalhes nos ‘exames sobretudo corporais remontava a0 que ele conhecia como métoda Zadlig. © nome do método aparece em alusio a0 fantstco personage de ‘Voltaire, que conseguira conjeurar sobre a passagem de um cavalo pela estrada 20 analsar 0 rao de alcance do bulango do rabo,a dimensio do casco das pitas ‘te2" Desde entio, Zadig €associado aos estudos de palentologa, como 0 de Georges Cuvier 3 Tliando-s,sem o aber, 20 método que apontamos aqui como paradigm io, Shepherd vai além ¢explica que a histia de Voltaire remete, por sua inciaconjetura", que permite ceta"serenipidade”.Aserendipidade™ deriva da “tradugio de-uma colegio de contos do século XVI sobre 3s viagens dos ts filos do rei de Serendipe, um livro que incton Horace Walpole, em 1745, inventar o termo serendipidade”.® Concomitantemerte, aparece no e= stio de T: H. Huxley sobre a aplcagio da logica de Zadig num conjunto de Gis Seed 56%, Zatzer dem note enim ih om 170 ‘Asa nnn sla ps oni ina pa ee ‘eo Hoe Wasa 7 ar ns pn nO pp Sandy be pe ‘rn dee oC nan. on GeneScreen ene SuEse (ont ts Dupre nS ppde osc hos 31 Soph (OR, cna slenoninatnpaletiokiygicas"© Alem diss, Shepherd explicn ae fa pur desta ifnca nas husinidaese a histria das artes vias que Moret fons eiferenciar a notoriedade de umn msestre por oposigio aos imitadores de ‘bras de pints e sus “detalles trivia” (expresso de Shepherd). ‘© putas indcivio ormalizado por Ginzburg" retoma ess histia © «continua com Morell comentando o difema dos estudos de iconologia em que ‘ peaquisador podera ser compelida a descarar documentagio considerada nao pestinence a sua grade neerpretaciva prévia,em que se inser também a interpreta~ {Go de eventos miticos cousiderados marginas quando de sua representagio ico wsgifiea materializaca na eaculeurao que torn a historia da are um Togar entre ss exigncias sociais de uma conjunturae as posibilidades de leita da realidad, “Tal possibilidade de Ieitura pode ser temetida 20 que Pécheux” estabe- leceu como norte da diseuseio sobre a meméria discursiva no nivel da sela~ {Go entre 0 efeito de representagio sustentado no imaginivio pela repetigao Co fato de que a interpretagso do analista do discurso deve remeter 30 tato ‘com of eventos ordiniios do cotidiano para separ ma escuta das ciculagSes totidianas® posicionamento que se enderega também i dimensio “da teoria the subjetividade (de natureza psicanalitica)”” que atravess a AD, bem como 0 Jogo entre a""boa forma” e os implictos™ a que remetem no paradigm indi clirio ~ a0 que nunca é diretamente visive IMEXEMPLO. ARCIMBOLD: B itutratvo dese debate 0 fto de que na iconografatalvez esta wa dhs expresdes ms notes sobre wm modo de atbuigo de sentdos por pa tedo interpret em que o que ciapa 5 centaidade dagulo que fo prodido hitorcamente como o“homem natal” pemite aquecer um exercicio de de- Giffagdo do jogo ent imagem, espectador, pits aparentemente nepigenci seis: No €3 ten que Shepherd destacs a sguineafirmacio de Morel (ig (70, resea(9 1.09948 {Cc Fs 97.9168. Rede 99, qeaee J cada arta verdadeto eee obrigate arepeti ag iar 2 autora de una oben de at, ss poder (i através do teconhecimento des forinas Fundam “grundoemen” do arta quent esta pincua & devida.™ neste momento que evocamos algunas obras de Arcimboldo, em que «ste jogo com 0 opaco remete & grndoree ("boa forma”) de que trata Shes. pherd ou ao embate entre implicitos e"boa forma” em uma rede de meméria." Disponivel en: As fabulosas pinturas double meaning de Arcimboldo prenuncam, atta ‘és do simulacro, a similitde entre natureza © homem, porém as aves. Sua ccomporigdes metaforonimicas desafiam o olhar, que tent, sem suiceso, extra separar, no quadro, as caracteristicas “humanas" das naturis. Ese quadeo d de modo que se pode enxergar ofa uma cesta de legumes, ora um hortsio, [Ninn jogo seantiny rey apt os deel determina & tudo & vice-versa 3 semelhanga ds gravunas de sclera qual « espectador, intrigado,¢ levado a participar aprisionado plas contin pra seimpre-na pintura, pedomina a observagio dos sinais e tragos cada vez ‘ois infimos e insgnificantes. As fonceiras entre a “natureza” e o “humano” lolvein ese mesclam, Ao mesmo tempo, a intengo de catnavalizagio (no entido bakhtiniano) se manifesta na producio de figuras muias vezes buts, «jue provocamn o rsa e subvertem a ideia de ineerpret%o tinica na qual se rinse intexpretagio inserts Ihaseavam os retrator da nobreza, como este, de Maximilian Me sua fami, rovavelmente feito por encomenda do monatca austrfaco, em cuja corte AT cinboldo trabalhava, Em contrast com a iconografia cortesi, como a observada na tela acima, ‘qxe © pintor produzia por dev ‘nterpretativarequer 2 ultrapassgerm de (© detalhie mais fimo, aparentemente invsiel e desprezvel, tem um i= gar ma pinta de Arcimboldo. A interpretagio de suas obras “surrealistas" vant- et impSe obsticulos 20 especador, desfiando-o a escrutinar a tela & procura de pists significantes. Como no trabalho do detetve e do analist, nada pode ser desprezado, Eulilio descreve com maescia este movimento de deci~ fiagio, umm ire vir entre o deulhe e 0 todo, realizado pelo olho do observador: sua obra “suprarealista”,cuja chave eps au ds se, oe wes «6 engine ~ fates 9 tynarin ae asere[ ‘A conwenclo da feos eon opine da tages pla et ese, da Fgura entregue a piblico nos se lines Pees ee conwvencional do retrato Suen, [.] era agai subttuida por ua proposta ben mse provocanterom jog de ara de que 0 individuo pantcips. Poi 0 sujeco € cowvid a percorrer as caracctsias,desgaradase indeciss, 4 destfiam a visio dele a vistar ao mesmo tempo porn ‘or ¢ conjunto, num movimento inineexraproe ans © interese pelo pormenor, por aqueles tacos que podem passat de percebidos, esti presente em toda obra ni académica de Atcimboldo, Vamos recorrer 20 proprio pintor © sua obra “Agua” para ilustrar Observe shards, ant pespcn ctl, amplticnl, i wen. ese devalue apaentennente anonlagielo a uma inteirera, sol foto de complete, deisantes de notar nisms iaaicativas ce reigta ses le as pistes esto subsncridas cnt win jogo interprettivo nc et itis. Continuamos com Eubilio: “enka dis voces da tesstara (wenbunn ica da tl) pretende fxat a derradira palavea do discurso, Sem eh mats © mais deealhes que nos encontram, mesino que ndo os exjanies noctirnda”."* Bis afa esséncia do métado indict, Do ponto de vista interpretative, © movimento abcecado € politica ‘wote motivado de decitfar detalhes remete a0 que Pécheux apontou como + poxsbildade de os fatos de diseurso se insreves m materialmente em wing ‘pScie de“problemisca-reserva" no tratamento de imagens que, ‘eetem 208 operadores da meméria social. Nas palaveas do autor: "a questio sts mayem encontra asim a anslise do discurso por outro vis: no mais 2 ima rem legivel na transparéncia, porque um ditcurso a atravessa e a constitu, mas 1 imager opaca e muda, quer dizer quela da qual a meméria ‘perdew' otra twsde Tetura cl perdew assim um trajero que detewe em suas inscrigdes)”." E sqvern retoma parte des perda do itineritio de uma desis letras? Em. parte, «0 psicanalista € o aalista de dscurso, © CARATER VENATORIO DO “FANTASMA SINGULAR” (Com relagio psicanlise, Rancid estabelece pas essa disciplina un n= yarem que o inconscient estétco e 0 valot 20 detalhe se firman na narrativa sle “om tema [sujet], de um sintoma, de um fantasma singulae"” No easo do slilogo com as artes, Rancidre esabelece um camino afim a este que toma nos, qual ej, de resgatar © cariter venatério do trabalho com as pists ques- ‘iomando de que maneira se revela, 20 mesmo tempo em que se oct, parte da Instbria, quando se estabelece um caminho de leicara das pists, Afina pergunta sutor."qual € ecatamente © momento do epixédio biblico representado pela ‘stitua de Michelangelo?" rh, ssa pengunta de val eniganitico lvarie «una ancerpretago pa qua ‘Cabe inehyge: seta pnvel ivr ay pitas (on a partes «interlocutor pderatentarrestaelecer en sua stra regress algo deo ips histor) em capa ta on an ic Ht emia devas tivel no deciffamento proposte, om itesino ach wn contetda, um haar pe inttecartesiina para nos debate wiv diva cle remontar quit de ac onal cere eee eta $ tio que permanocet im psicanslise. O priprio cerne do debate gira em torn Soates far um comentério interessante sobre Rancitre € 9 métouo qu denominamos indiciatio ‘t compulsio e da neurose, mareadas & chro por uma onginicidade e por uns ‘onsmizagio” que ule impede totalmente a aparigia de sinais dispersos no corps sm etl com o Outcyuma rsd e pene que © to ma ae (ado pel comple ect scat tne oa diets Devt abl rae de Led Byron cone i al ghee ae ee ce eee ae pled ou desuchndo dovdes de me THOS Pei ee eens eal eee eT cee dle emnoter-se& Historia, obrigando-o sempre a um movimento de retroagio; portant, venatirio, desloca 0 exercicio de interpretgio para si mesmo, para seu paseado © em parte para um Scone, antes de uma nova idea de aria. Daguee que sbe fe= ‘qucnear of subolos, como o geélogo e naturalist fucks, Georges Cuvier Dem ett gue sabe enon «palo ude avvés ds dior nao do dete. Dante diss, Ra cite in alin a revolugio etétca 20 advento da pica lise: “0 novo poets 0 posta geélogo ou aegueslogo, nl ‘A dimensio icgnica da realidade no que se refere § relagio com 0 in dlicio & racional ¢ irracional concomitantemente e nfo se propée a tomar “partido prévio”.»” E nio tomar partido prévio significa que nio se parte de uma escolla deliberada; 0 sujeito nfo sabe © que o encanta (afets), somen- . dos sonhow” (Raweitaw, 2008, p37). [-] "A aude yeh | | testbe que pretende retornar (e erorna) 2 um lugar cujo ponto de origem diana de que nd exit ‘dete desprestoey de gu a slesconhece. anti, oes detalhes que nos laa cain da ‘© exemplo dado pelo proprio Freud acerca do encantamento com o ade, 8 snare na cotinuidade dra da reso esi Moisés de Michelangelo express esse nio saber. Ao comentar a biografia do (Ravers, 2009,» 36)" pies psicanilise, Peter Gay afirma que “o que mais intigava Freud na es tua de Michelangelo cra exatamente © fato de intigi-lo tanto”. Ou seja putafiaseando Lacan,™ parte de um capitulo censurado de si mesmo impos- sibilta 0 sujeito de acessr parte de sua hiseéria materializada em um icone. ‘Talver projetado seja um termo ainda muito cartesiano;talvez sea adequado “Jocalzae para si mesmo" este deslocamento em que se € envelvido pelo fco- ‘ne com “mais un" sgnificanee. Como afirma Shepherd, somente um génio © como Freud iquela época conhecia Morelli ¢, inuenciado pela sua lito, | psa a se interesia pels ares, “Embora “estitics", a exculeura do: Mofsts tem seu valor porque remon- sds reflexes sabre o totemismo, Mas o feone ¢ as pists se localizam em = una eaga presente na realidad, que aparece viva, pulsante, em uma dimensio am nossa singlaridade. Pret, no ensio sobre o“Moisés de Michclangeg" titado anteriormente por Rancie eferese 30 método da picandlise cs tuma técnica que “tem por habito penetrar em coisas concrete ocultas ‘és de elementos pouco notados ou desapereebios, dos detrios ou ‘re da noma obserragio" ‘Ao anal a preocupasio freudina com os lapos, Ginsburg eb destaca a inflncia dos escits de Morel sobre o pai da pcan, ua ‘égininterpretatvaenakece os residuos, que também sho pogas-chave par ai terpretagio da singolaridade do artista 30 capear uma relidade mais profund od 7, 57-8197. 19, ESAT oO ‘ia 88, 8 Soe BN pa roe. Gay 0991020, 1 rewiina an 1, 1 a (98 -lenera, para xe localiza em un jog ico, ens que 0s"dads® ‘do i bela figura criada por Milner"), ao serem langados, no escrevean ONE suelo definide,Trata-se de um saber que ni se se (o saber do inconsel te), cuja verdade 96 € acesivel através do dscurso analitien.” Esa dinimica do operador da caga~ feone ou outro ce cante ~ que Ginzburg” comenta parece presente ta tuma narrativa polical, ox no enignsz materiaizado ew una figura cov, cstitua de Michelangelo, como sinal de um “fantasma singular, assinalamos anteriormente, e, por iso mesmo, em grande medida indeeif ANG Podemos estabelecer neste ponto uma analogia entre ese encanta em ouvira mesma narrative eo akumbramento de Fread diante do Moh Michelangelo, que levou o psicanaista a distanciar-se do raconalismo do gma galileano,substtaindo-o por um métedo em que a intaigio © 0 teanente iercional So consubstanciados. Mais uma wer Rancitre: [ood bondage Geudins do ate om nad & m0 pel vontade de deamisificar submis de € da are, dieconandoas 3 economia sexu i toes, No respond 20 desjo de exbi 0 seg bobo ot sj por wis do grande mito da crn Freud soca 3 ate ¢ § poesia que tesemuneth ivamente em favor da ricoraldde profanda dt tara", que apoiem wma eignca que pretended fouma, por a pocia¢ a mitologit no Amago de ralidade cena ™ isso decorre 0 valor extéico em que 0 episédio biblico evocadk ‘Moisés de Michelangelo importa menos em forma ¢ conteiido € em znas mais pelo exerci interprecatvo que susenta. Assim & que Freud dicios da obra: tabuas desainhadss, uase caindo,fato que no Faria ‘de um ponto de vista puramente estético, eos ded da mio direia enrosen 56 Tam 19797515, 57 Gar 987 jovi Barba, Ao lato dso, out valor Altes ss prstesa Fevantasso que Eb inicado pela postara dos pés, 1 asin pista pon pts, prestanda atengde aos sleullcs que passim desperecbidos quando se olba e tod, Freud leva letor "ver" na esta uy Moisés perturbado, até encolerizado, por alguna cena © jue presencia logo a0 chegar do Monte Sinai com as tibuas da Lei (a adors- {lo do hezerto de our, talvez?), 20 mesmo tempo, um Moisés que procura ‘e conter, tentando salvar a thbuas que esto deslizando para 0 chi Vejamos a Imagem eapturada na web: Do ponto de vista discursivo, esse movimento interpretative permite “jour que a sustentagio dos sentdos que estabelecem o fio imaginsrio de uma E oareativa (intadiscurso) depende de um retorno do interdiscurso, mas poe em que © proprio eftio ius6rio de linearidade, uma vez que a meméria se es- P uraca 20 se perfizer em parifiases,* denunciando 2s filhas © © equivoco da ‘com a memiéria pare mexer naguilo que esti opaco, nao diretamente acessive, ‘ou, mas que isso,em uma rede interpretativadifasa e eomplexa em que vivias tn 9, bipstees podem sor contemplakss sous sevens exclidentes. © desaio pl sca iturin, ite seredtnte a cng marae egal “inte, com, de nivel de evidéneia tlw alocada naquilo que Peleus" Blows Povtannte, que nos By retornae& dimensio narmatva, tentretanto, enn “evcolher”, ort se dir cont a pteroicle, qual fo ea ino he eid. percorrido pata decifia a pists posts neste anosaico de sutilezse mine tae liga a um mado deo icénico ser reconhecido aes, em que algumas “zona privilegidas” pernitent ei el eas cig Do pout de vista dae formagSes imaginirae, € na construcia de wma States enderegada a0 outro ~ atvidade tpicamente divinatéria, decifiadora ‘qui também pasa pelo Qutro,® que aparecem as marcas linguisticas a patir ‘hs uss oanalista do discurso mobili parte da desconstrugio d base mate- nada pola ideologia Desse modo, a questo posta por Ginzburg, sobre o rigor do método”,* “ws enw a AD, pasta palo rigor de uma discusio constant sobre © sentido, que Ce earner cn Seguuido Authier-Revus® as palais fllam em dizer algo © di porque dizem parte do que fata, Fabio Tfouni far 0 seguinte coment bre o dizer da falta (© “sonho de dizer ido" apontado por Authicr-tei erate age rc area lig anata a retornar aos conceitos-chave mobilzados em seu dispositive © sujeto pode deur que © dizer sj complet, “ive e resgatar o valor de resultados aparentementefrigeis,mas que di conta que ele mesmo sej completo, apresentando cm wd er uina negaio imaginiria da completo, Por ex em “Dign tudo em uma pave Poderiarnos ize il . cece enunciado, qu © sujeito tem necesiade de Ho pra econtiguraradimenso do valor do sign ingusico ~nio é por acai cM Toa cine lngusica que resolve para Gnaburg”o lena entre obteu- le dados relevant com parma pouco cowsiente(glileano)« dados Sjurenemene irrelevant, porém com consstncia epstmolegiea (iio). Como se sabe, nga tr tm oxdem interns de Runcionamento que jrosina o valor dos sigios independent do sueto fate e do contexto uaconal.E uma ordem ques imp &revelia de quaauer controle externo +b "ral da ingoa" A questio do valor da signo lingwisieo enquanto para inca & fundamental para a refexdo que propomos ag, pois aponta para B incvitabilidade do desieamento de sent emt todo e qualquer dscuso,n0- 0 inprescinlvel 3 psicanse Icaniana e& AD. Poxém,naopinito de Gadet Wheus,” a quetio tm sido esqueida ou neglgenciada pela maior par- es ingustas, os quai tém saientado acioa de tudo o conceto de abita- Hise do signo.Tiaa-se, usamos dizer, de um recuo dante da emenpincia tse “real da King eda prefertnciaapaciguador pelo exudo do imagindvio ue onlaga 0 signiicante a0 significado, on, como nos dizem Gadet ePéchew, rar que 9 interlocutor é um scto comple, nec comittiv do seit que Faz com que este son ‘© emunciado completo (no sentido de um enunciad diga tudo) ow que sone comt wa Tingua compl cequivocor ou filha io cust lembrar que a nogio de sito de base psicanaltca qu tenta a AD aponta também para a relagio com desjo(¢a metonimi) « 0 soma (ea metifo}além de partir des bse interpretativa em que tzanhamento da epeico, do ato fil, do mu-eutendio, da subsiuigh do silenciamento indicia ui haga de iterpretagio nese valor d parte todo do eixo metonimica © da negasio parcial e nfo dfiitva ds met aque Ginzbarg sta win dos sparte também vlions do paradigina ic Fis Cnt 9% 18, tts ae cad em mt, kee ee © Rotor 9h, (Tt Pm} 201695050. A bngucica diante de sew proprio objeto Co real Maya ahandonando-se is ralidades pricossaciokgicas dos sos de fl Se = iiea 0 anata do undo Trouni ¢ Carecira afio de interpreta, pte que por se teatar do esc eiet »aliscurso ancl na coma baa “eck "“escobeta | dos dados; esses momentos de evidéncia em grande maioria si lugares dle rps > bide, lagies da pariftase, em que a legibilidade apaga momentancamene ‘© jogo entre icone © meméria discusiva entre o indicia opaco e disperso e et reconhecimento socal, langado to jogo entre o piblico e 0 privado, tis poste permiam que ous Spins, = clalmente a Anise do Discurso de "ina" frances (ABI § a Paicanilie lsat, ebalhasen 4 questo da sii Svidade de um ponto de vita rigoroo, nas se ci ‘um paradigna hginenes n OVENATORIO, A HISTORIA E A MEMORIA, ka IVER geo pore a eee npn ee 1s lncunas, pelos fares interpretative, asin, percorre pels margens, pelos cnlices da lelagueo trabalho com a pists, AD consoida-se como discpli- to indicia porque cle nfo tem poder de dciso sobee a signif 1a evolugfo da lingua 20 long do tempo, pot Youn.” para que to que 05 “dads” ‘scrita uma tomad: dade no subjeciva no propio interior da Kings, uma criatividade que independe da vontade ow dt de um sujeto, mas que & inerente & etura da © que permite a propria emergéncia do sujet. Ta perseguindo ete resgate do seta & Iz dor cones Lingofnica, ques Lacan not mois que Freud, porineo de Sausre,concentouse no sje, mas deixou de percebero seu submetimento 3 linguageri marcas suis deses ‘Em sua proposta, Pécheux ratifia sua “‘teoria da identificagioe da ef material do imaginsrio",? e aqui encontramos 0 compromisio da AD eft ‘com os procesos materias(mareas, pitas indicios sinas) no registo doi nirio, Destacamos que o projeto de tribalhar com a interpretgao do ot do sentido somente se mantém fil & sua postura politica se se coloca de qualquer ciéneia regia, presente ou fura eno car na armadilha de mada de consciéncia. Do ponto de vista da escrta da andlsee de se “inc Fe Tf an i 98, 72 Phu 5 12. Lm Ging 98 55 Para a reflexio apresentada neste texto, levanios em considetagdo sm. a Anilise do Discurso & uma disciplina indicia pos- so pists, indicios que permitem 20 sujeico conserir pela la de posigio, que € acompanlnada, muitas vezes, da excrita = ts anise, endo que daf decorre que a propria formacio do comput jé & ¢ que ‘cotte muitas vezes—_mesmo antes de se projeta a pesquisa (exrita da projeco \Vemandada institacionalmente) — uma interpretagio dos indicios, ££ nas lacunas enteeefeitas de sentida de natureza divers ntreposto is acontecimentos cotidianos, que 2 interpretacio se movi- = menta.Tal propost ratifica que [o parudigma indivi tats-ve de formas de saber en dencialmente mudss ~ no sentido de que, como j6 dt Semos, sua rgras to se prestam a ser formalizadas nem dias. Ninguém aprende 0 oficio de conhecedor ou de liagnosticidor imitando-se a pir em pritica regia pe- cexitentes, Neve tipo de conhecimenta ents emi jogo (@ie-senormalmente) elementos impondersves fo, gol= pe de vis, nto que une exteitamente 6 animal ho- em is outs espéies anima,” no jogo entre a opacide do que ni se revela de imestiato € 0 vimento de interpretagso que una leiuura do indicio se constr e se eonsolidy com a escrita da anslise Se por um lado, como aponta Péch fandamento do divércia entre as cidncias duis © 0 cater lit de interpretativa do qual resultarlam as Cigncias Humanas © Socias no seul XIX, por outa ado temo ~ com a énfise da separagio entre esern plicd privada ~ uma dindmica das telagdes entre @ que est a0 nivel da linearidad dla superficilidade linguistica que se intensifiea em termos do que ficou ei cado, com a meméria discursiva, Com relagio a essa discussio, vale nota qu © conceito de“imaginario politico” de que tata Haroche” nos obriga ta dos indicios, das pists ~ sempre em remissio a esse lugar entre 0 publica €.4) privado ~, que fortalecem o valor da fato oninirio ou de wm aconteciment [No caso da AD, as egras preexistentesresumem-s ao compromis Col 4 construgio de um dispesitivo teérico-analtico em que a andlise as pst dos indicios, desemboca na escrita da andlise, passando pela ressgnificacio, conceitog cros 3 disciplina, mas que nio se esgotam nee mais ainda, apn sentam configuragées provisras de recortes, de unidades de sentido” ou sequéncias discuriva de referencia,” em que 0 “dado” é indicio.” Essa postura corrobora que ~ como proposta de anslise ~“o inst ional nio é ti institucional como se pode pensat"," por se materalizae 6 ‘uma lingua de madeira na qual o compromiio do analsta nfo é sobre com (0s discursos“nascem”, mas de que lugar é possvel contribuir com um tipo 4 circulaglo dele. Para Possenti** a AD lida com dados crucias ¢rentiveis,sendo que © dado crucial & 0 que pSeprova uma teoria. Pars 4 prov, a AD devern, mew ver, debrugar-s hoje s «0 dado mas priximo posivel da linguagem comumt azalia 0 grau de auronomia do “discurse”,em rego 6 eke 78 Orit (8,98. 34 Senn (307 80 Tom 090, fers 0,8 ten por fang prepa confi as hips originate 4a teoria (os anaistae de dicurso fo precisa saber di- 0, como alia teoria nfo cosa de Ihes dizer). Em AD, os dados rentveie So of pon privieyiados pela adic ‘os discuros tipo, emitidos por instincias instiucionais™ Desse modo, a organizagio de um pus € fito de que obedece ara- ves extatégien decorre de que a dispersio dos indicios permite narrar a hiseéria da contato com eses“dados” de maneiraditnta,sendo que o press poseo € 0 de que tal nartativa tem obrigatoriamente um cariter venatério (te- | cuperagio do passado; econstrucio interpretativa das pists forma) © trabalho com as pstas & de narurvza sécio-histrica, no que tem de ‘venatrio o tratamento da histéria e da meméria dscursiva; pass por uma una {erilidade e obrign © analista do discurso a discutir o fito de que a meméri por sua vez, é de natuteza visia, nunca se deixando tomar pela crenga na to- ncia ow pelo vigs cognitive, Como alerta Pécheux, lidar com 4s meméria é reagatar seu valor sociopolitico, bem como retoceder 8 sta di- tncnsio mitica,icéniea e plural,em que analista e“objeto”se desteretoralizam pra conflu(rem em encontros momentineos da escrita do percurso A esse respeito, Pécheux* prope que langar a meméria para uma supos- ta interioridade remete a um lugar da “exterioridade” que indica que “nenhu= fa meméria pode ser um faico sem exterior”; ou Sea, numa alusfo 8 figura dda banda de Moebius ou is ilustrapSes de Escher,a produgio da exterioridade também depende di marca do lugar do intérprete e do modo como esta visa vvenatéria organiza os indicios, Entio, final, qual a dficuldade ¢ 0 desfio em se lidar com a anise na li- riha de um trabalho interpretativa ~ com o indicio? Um comeco par arespesta Inver exteja no aporte daquele teérico que acompanhiou com Pécheax o nasci- mento da AD, 20 contribuir com a nogio de encaize pela qual Pécheux eseandix a hhogdo de pré-construd e,adiante, de inentscurso, Henry” aponta que 0 sujcito «ks eidncia sustenea uma confasio entre “objeto teal e objeto de conhesimento, mada de conse ede (97. 9) Hoey 92. 12. SaaE aris” colo gu Configuago de ml suet dei erp compan por un ON de rug do objeto de conhecimeno ao objeto el : Tso nos serv ned que no apense «anise ds ino, ase bem a esert dans et init pela nsercio majoritia da prod, dima edo debate sbreo seit do dicano no Smbito cenica ‘1 pelo menos ao desconber ter die que dive. So Var utes, 1992, © comportamonto de delerincia: do cortedo i personalidade demoeriti- ‘Taga cle JA. Sein, Hintria: Questdes &e Debates, Curitiba: Editors UFPR, 1442s. 115-139, 2005, eA foramen inpeyeta, Campinas: Edivora Untcant, 1992. {ac J. 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Revel dso inf cm wn ps see premos denaminar maconocil gue os corps conser "uma Mn Fare decomrar 0s” ga de acne rr ge pacman como 9 pout de un principio de ond gal"? wie de coms de concep "We unwind [0 alo conn de comportamentos de lage: sociais so mediads por estraturas orginica cnr tne (965 Ho (0M 179. em Steiner de pon io ng Regi ht ec 7925220,

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