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Terga-feira, 14 de Agosto de 2012 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Série — Nv 156 Prego deste numero - Kz: 340,00 ‘Tada a corespondencn, quer Ocal, quer ‘ASSINATURA ‘ prego de cada linia pbicada nos Dialog relciva @ smincio e sinamras do «Dido ‘Ano | da Replica 1 €2* série € de Kz: 75.00 e para da Republican, deve ser diraida & Imorens | 5 965 sis Kz: 44037500 | 9 5° saie Kz: 95.00, areicido do respective [Nacional - EP, em Luanda, Rua Henrique de Canalho m3 Cidade alts Cainn Pret 1306, | 22 S8€ Kr. 260250000 | imposto do seo, dependendo a publicagao da wawinprensoacionl.govao - End teleg: | A2° sie Kz 13585000 | 3siriededepcctoprévioefectuarnatesouraria dlngensa As sie Kz 108 700.00 | da tngrensa Nacional =. P SUMARIO ASSEMBLEIA NACIONAL Assembleia Nacional Laine 2212) Lei Onsinicn da Procurdorin Garal da Repiblicn © do. Minstéio ‘Publica. — Revona toda alenislacso que cantare present let avn Le de AlterGo do mtigo 56° do Cadiz de Procerso Peal. Presidente da Repiblica Deaeto Presid n° 1712 ‘Amon o roto do Novo Pro de Ca que in ccs de Tern c dca nla eee, amie coo Kemi Flamearatn, cence, onal. cagathar, eestor © Sern engin ips Dare mater et es trea Nove ard Caa erin Misty Sos Trapt chore Canta deComceni cam near Le Despacho Presidencial n* 9/12: Aprova o Contato de Enpreitada rferate & Constr de $00 Un aes Habitaccuas no Projecto Zango, na Provincia de Luanda, celebindo eae 0 Gabinete de Reconversto Urbana do Cxzengs Sambizmga e a Empress Guang Zhou Twavuil, Lid, © at fiza 0 Director do Gabinete de Resonverséo Urbana do Cazenga & ‘Sambizanga para otorgaroreftrido contrat de expretada Despacto Prestdencial n 10012: Aprova o Contato para Constrigto da Arqiva Histrico Nacional de ‘Anon cclebrado ere o Gabinete de Obras Especinis ea Empress (China Figs Intemacional Sues Ansa Ministério da Educacéo Despacho n° 150212: Coloca Teresa Assmcfo Burtolanen Fareiza, em regime de Desta- ‘camentono Ministero das Relgoes Estrioes, par exrcer cargo de Scretivn do Embicadr da Republien de Angolan Replica Gung Conaey. Despachon.* 1508/12: Smiciena com pena de damissio Miguel Manvel Felis Cristovae, rofesice dol Ciclo do Ensino Secmdiio Diploma, 5 Excl, ‘oloeade no instnto Meso Politxnion«Pascoa Last» Lein 22/12 de de Agosto A aprovagio da Constinigio da Reptblica de Angola representa o inicio de uma nova era, marcada pela con- solidagao do Estado democritico de direito que implica a consolidago de insttuigdes fortes que asseaurem orespeito 4os direitos, liberdades e garantias dos cidadios luz da Constituio, Procuradoria Geral da Republica € 0 organismo com a fingio de representagao do Estado, nomeadamente no exereicio da aegio penal, de defesa dos direitos de outras pessoas singulares ¢ colectivas, de defesa da Jezalidade no exercicio da fumgo juisdicional de fis- calizago da legalidade na fase de instragto preparatoria dos processos eno que toca 2o cumprimento das penas. [No exercicio das suas fungoes, a Procuradoria Geral da Republica comporta © Ministerio Piblico, érgio intesrado por Magistrados que gozam de autonomia €estanuto préprio © a Procuradoria Militar, érgi0 respansével pelo controle € fiscalizagio da legalidade no seio das Forgas Amadas Angolanas, da Policia Nacional e dos Ongios de Seguranca € Ordem Interna, A competéncia do Ministério Pablico de dirigir a fase preparateria dos processos penais implica a criagio de um «quadro orginico capaz de responder aos desafios da crimi- nalidade tradicional, bem como da nova criminalidade que acompanha o desenvolvimento das sociedades, a moden zagho e 2 globalizacho. A materializago da nova ordem constitucional implica anecessidade de adaptacio de toda a lesislagao em vigor A Assembleia Nacional aprova, por madato do povo, nos termos das disposigses combinadas das alineas ¢) do artizo 164° © b) do n® 2, do artigo 166°, ambos da Consltuigio da Repiblica de Angola, a seguinte: 3496 DIARIO DA REPUBLICA LEI ORGANICA DA PROCURADORIA GERAL DAREPUBLICA E DO MINISTERIO PUBLICO, CAPITULO L Procuradoria Geral da Republica seogkor Delma eAtribuieses ARTIGO 1° Detnicao) 1. A Procuradoria Geral da Reptiblica é um organismo do Estado com a fungio de representagio do Estado, nome- adamente no exercicio da acgao penal, de defesa dos direitos de outras pessoas singulares ¢ colectivas, de defesa da leza- lidade no exercicio da fangao jurisdicional e de fiscalizagao da legalidadena fase de instrugao preparatoria dos processos eno que toca ao cumprimento das penas, 2.AProcuradoria Geral daRepiblica goza deautonomia administrativa efinanceira e constitui uma unidade orginica hierarquizada sob a direcgo e gestio do Procuradar Geral da Repiiblica, Arrigo 2" (Atrthuigoes ‘Sao atribuigbes da Procuradoria Geral da Republica 4a) promover a defesa da legalidade democritica; b) exercer 0 controlo generico da lewalidade demo- critica ©) ditigin, voouden Ministério Pablico ¢ emitir as directivas, ordens ¢ instrugdes a que deve obedecer a achuagio dos Magistrads do Ministerio Ptblico no exercicio das respectivas fangdes; ) efectuar inguéritos preliminares destinados a averi- ‘guar a existéncia de infracyes criminais; ©) formular pedidos de extradigao nos termos de convengées intemacionais de que a Reptiblica de Angola seja parte € da lei do processo, sem prejuizo da cooperagao institucional; f realizar estudos sobre o estado da criminatidade ¢ dos fenémenos que lhe dio origem, promovendo acgdes de preveneio criminal 2] promover a transparéncia da gestio piblica e exer cer as acgdes de prevensao criminal e intentar acgdes de responsabilidade financeira, ‘ij prostar a assessoria técnico-juridico que the scja cometida por lei, 4) emitir pareceres sobre a legalidade dos contratos ‘an que 0 Estado seja interessado, quando exi- sido por Iei ou solicitado pelo Executivo; J) cuidar da defesa de interesses colectivos, difusos, ambientais ¢ promover a defesa dos direitos, liberdades e zarantias fundamentais, © emir pareceres em casos de consulta por parte do Presidente da Republica out da Assembleia ‘Nacional; 1) informnar ao Presidente da RepUblica sobre as vio~ ages da lei por parte de quaisquer organismos do Bstado, de memiros do Execntivo ede outras © fsvalign a avtividade do ‘atidades por si nomeadas, propondo, s¢ for caso disso, as medidas reputadas adequadas, ‘m) apresentar contribuigbes ao Presidente da Repi= blica oa Assembleia Nacional de medidas legislativas pertinentes a eficiéncia e aperfeicoa- mento do sector judiciario; 1) contribuir para a elevagao da consciéncia juridica dos cidadaos e do respeito a legalidade, promo- vendo © colaborande na divulzacao das leis, decises dos tribunais, na elaboracio de textos ¢ dados sobre a criminalidade ¢ sua prevengao € todas as demais materias que interessam para aqueles fins: (0) cooperar com os organismos conséneres de outros paises e organizagGes intemacionais vocacio- nnadas a defesa da legalidade democritica © a0 combate & criminalidade organizada ¢ tran sional, p) apresentar, anualmente, a Assembleia Nacional tum relatorio das suas actividades, remetendo ignalmente copia a0 Presidente da Republica ¢ 0 Tribunal Supremo, sem prejuizo do searedo de justia: @) promover, orzanizar e cooperar em acgbes de et «agi juridica e de prevengio criminal; 1) exercer quaisquer outras fungdes que The sejam ibuides pos lei seogkom strutura, Decco Ambito ARTIGO 3° @struturay A Procuradoria Geral da Republica tem a sua sede na capital do Pais © a sua estrufura adequa-se a organizagio Jjudiciéria nacional, nos termos da lei ARTIGO 4= bit centray [A Direcgio da Procuradoria Geral da Reptiblica em todo 6 temitério nacional cabe ao Procurador Geral da Repiblica, «que € assistido por Vice-Procuradores Gerais da Repiiblica e por Procuradores Gerais-Adjuntos da Repiblica ARTIGO 3 mbita ead 1. A Dircegao da Procuradoria Geral da Reptiblica na firea de jurisdicao do Tribunal de Comarca ¢ na Provincia, compete a um Sub-Procurador Geral da Repiblica, que é coadjuvado por Procuradores da Reptiblica. 2. A Direcgao da Procuradoria Geral a Repiiblica na frea de jurisdicto do Julgndo Municipal, compete a um Procurador-Adjumto da Repiiblica, quando nao tiver sido nomeado Magistrado de nivel superior 3. Nos Oraiios da Procuradoria Geral da Reptiblica, onde houver mais de um Magistrado com a mesma categoria, um deles € nomeado com fungSes especificas de coordenagao, « representagio, com a denominagao de chefe ou titular do ‘ratio, ficando os demais sob a sua dependéncia hierarquica I SERIE —N* 156 — DE 14 DE AGOSTO DE 2012 3497 ARTIGO6* (Orgamizagaoy A nivel central € local, 0s onaios da Procuradoria Geral da Reptiblica so organizados em direcgdes, gabinetes, departamentos, servigos, repartigdes € seepdes, respective mente, conforme as necessidades de servigo. seceao mt Granos da Procuradoria Geral da Repibten ARTIGO 7" (Orea09) 1. Integram a Procuradoria Geralda Repiiblica, Ministerio Publico, 0 Consetho Superior da Magistratura do Ministerio Publico e a Procuradoria Militar. 2. Orgiios Singulares: 4g) 0 Procurador Geral da Reptiblica, b) 05 Vice-Procuradores Gerais da Republica, ©) 0s Procuradores Gerais-Adjuntos da Repiblica; 1 08 Suib-Procuradores Gerais da Repiiblica; ©) 05 Procuradores da Reptibice Jf os Procuradores-Adjuntos da Reptiblica. 3. Orados Colesiais: 40 Conselho Consultivo, b) 0 Conselho de Direccao. 4, Orgiios Executivos: 4a) as Direcgdes: bj os Gabinetes, ©) os Departamentos; 03 Servigos: 6) a8 Repantigses; Sas Seceoes. SUB-SECCKOT Procurador Gera da Repabiiea ARTIGO8* (vomeacao e mandate) 1. 0 Procurador Geral da Repiblica énnomeado e exone- ado pelo Presidente daRepiblica, sob proposta do Conselho Superior da Magistratura do Ministerio Pablico. 2. 0 Procurador Geral da Republica toma posse perante © Presidente da Republica para um mandato de cinco anos, renovavel uma vez, 3. O Procurador Geral da Repiblica reeebe instrugdes directas do Presidente da Republica, no ambito da represen- tagdo do Estado peta Procuradoria Geral da Republica. ARTIGO9* (Campeténcia) 1, Compete a0 Procurador Geral da Reptblica 4) representar, dirigt, coordenar ¢ controlar a Proc radoria Geral da Reptiblica em todo o territério nacional; fiseatizar e controtar a Legalidade democrstica: ©) dirigit, coordenar e fiscalizar a actividade do Ministério Publico e emitir directivas, ordens € instrugoes a que deve obedecer a actuacao dos respectivos Magistrados, @ mandar instaurat_ a respectiva investigaga0 de actos participades 20 Ministério Publico que revelem improbidade, €) requeter ao Tribunal Constitucional a declaragao dda inconstitucionalidade de quaisquer normas, A formular pedidos de extradigo nos termos da lei do processo; _g) convocar ¢ presidir as reanides do Conselho Supe- rior da Magistratura do Ministerio Public; 1h) convocat ¢ presidir as reunides do Conselho de Direccao e do Conselho Consultivo; 1) participar directamente ow através dos oraiios dependentes nas tarefas de educagao juridica de prevengaio criminal e de recuperagio e reinte- aragao social dos delinquentes, em colaboragao com os demais organismos interessados: J) cuidar da defesa de interesses colectivos, difusos, ambientais © promover a defesa dos direitos, liberdades ¢ garantias fundamentais; 46) contribuir directamente ou através dos orsios dependentes para a elevagao da consciéneia juri- dca dos cidadaos e dorespeito pela lezalidade, 1D) inspeccionar ou ordenar inspecses aos servigos integrantes da Procuradoria Geral da Repiblica « enquanto Presidente do Conselho Superior da Magistratura do Ministerio Piilico, aos servigos intearantes desta Magistratura, ‘m) instaurar inguéritos, sindicancias ¢ decidir sobre cles, 1) pasticipar aos Conselhos Superioves das Magis traturas Judicial © do Ministerio Pablico, as infacgdes criminais e disciplinares de que teme conhecimento, praticadas por mvagistrados. no cexercicio das suas fungdes ou fora destas; 0} diigir as publicagdes da Procuradoria Geral da Republica: _) conferir posse, enquanto Presidente do Conselho Superior do Ministerio Piblico, aos Magistrados da carreira do Ministério Pablico, com excepeao dos Procuradores Gerais-A juntos; @ nomear, colocar, transfert, promover, exonerar, apreciar 0 merito profissional, exercer a acgao dlisciplinare praticar em geral todos os actos de idéntica natureza respeitantes aos fincionarios admninistrativos, 1) aprovar as normas de fancienamento dos Orsios Colegiais da Procuradoria Geral da Reptblica; 9) exercer quaisquer outras atribuigses que Ihe sejam

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