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PROTOCOLO A CARTA AFRICANA DOS DIREITOS DO HOMEM E DOS POVOS, RELATIVO AOS DIREITOS DA MULHER EM AFRICA 0s Bstados Partes a0 presente Protocol CONSIDERANDO que 0 Artigo 66 da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos preve a adopeao de protocolos ou acordos especiais, se forem nevessirios para completar as disposicdes da Carta Africana, e que a Conferéncia dos Cheles de Estado e de Governo, da Organizacdo da Unidade Africana, reunida na sua ‘Trigésima-primeira Sessio Ordindria em Adis Abeba, Etpia, em Junho de 1995, endossou, atraves da sua Resolucao AHG/Res.240 (200K), a recomendacso da Comissao Africana dos Direitos do Homem dos Povos no sentida de se elaborar um Protacalo sobre os Direitos da Mulher em Africa; CONSIDERANDO IGUALMENTE que o Artigo 2 da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos estabelece o principio da nndo discriminagao com base na raga, na etnia, na cbr, no sexo, na Tingua, na religio, na opinido politica ou qualquer outza, na origem pacional e social, na fortuna, no nascimento ou em outta situagao;, CONSIDERANDO AINDA que o Artigo 18 da Carta Afticana dos Direitos do Homem © dos Povos exorta on Estados Partes que climinem todas as formas de discriminagao contra a Mulher © lassegurem a protec¢ao dos direitos da Mulher, tal como estipulado em declaragdes e convengées internacionais; NOTANDO que os Artigos 60 ¢ 61 da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos reconhecem os instrumentos regionais ¢ internacionais relativos aos direitos humanos e as praticas ffricanas, em conformidade com as normas intemacionais dos Direitos do Homem e dos Povos, como referéncias importantes para a aplicagdo ea interpretagdo da Carta Africana; BVOCANDO que 0» dircitos da Mulher sto reconhecidoo © garantidos em todos os instrumentos internacionais relativos aos Direitos umanos, nomeadamente a Declaragao Universal dos Direitos Humanos, 0 Pacto Internacional relativos aos Direitos Civis & Politicos, assim como aos Direitos Econdmicos, Sociais e Culturais, a Convencao sobre a Eliminacao de Todas as Formas de Discriminacao Contra s Mulher © 0 seu Protocolo facultative outras Convengaes & Pactos Intemnacionais relativos aos Direitos da Mulher, como sendo direitos humanos, inaliendvels, interdependentes ¢ indivisiveis, EVOCANDO AINDA a Resolucio 1325 do Conselho de ‘Seguranga das NU sobre “Mutheres, Paz e Seguranga"; NOTANDO que 0s direitos da mulher e 0 seu papel essencial no desenvolvimento, sto teafirmados nos Planos de Acca das Nagées Unidas sobre o' Meio Ambiente e 0 Desenvolvimento em 1992, 08, Direitos Humanos em 1993, Populagao © 0 Desenvolvimento’ em 1994, eo Desenvolvimento Social em 1995; REAFIRMANDO o principio da promogio da igualdade entre 08 homens e as mulheres consagrado no Acto Constitutive da Unio Africana, na NBPAD e noutras pertinentes Declaragies, Resolugies & Decisées, que realcam a determinaeao dos Estados Africanos em garantir’ 2 plena participacdo das mulheres africanas no desenvolvimento de Africa, como parceiras em pé de igualdade; NOTANDO AINDA que a Plataforma de Acco ¢ a Declaragao de Dakar de 1994 e a Plataforma de Accao e a Declaracao de Beijing de 1995 apelam a todos os Estados Membros das Naghes Unidas, que assumiram compromissos solenes de o8 implementar, de tomarem ‘medidas concretas no sentido de prestarem maior’ atengao aos Direitos Humanos da Mulher, a fim de eliminar todas as formas de diseriminagaa e de violencia com base no gencro; RECONHECENDO 0 papel crucial das mulheres na preservacdo dos valores africanas com base nos principios de igualdade, paz, liberdade, dignidade, justica, solidariedade e democracia; ® ENDO FRECENTE as _Reaoluysea, _Declaragdea, Recomendagies, Decisbes, Convengdes © outros instrumentos: regionais ¢ sub-regionais destinadas a eliminar todas as formas de iseriminagdo e a promover igualdade entre homens e mulheres; PREOCUPADOS com o facto de que, apesar da ratifieacao, pela rmaioria parte dos Estados Membros. da Carta Africana dos Direitos {do Homem e dos Povos e outros instrumentos internacionais relatives ‘aos direitos humanos, e do seu compromisso solene de eliminar todas as formas de discriminagao e as praticas nocivas contra as ‘Mulheres, elas em Africa continuam a ser vitimas de discriminagao © de praticas nocivas; FIRMEMENTE CONVENCIDOS DE QUE toda a pritica que impega ou ponha em perigo o crescimento normal © afecte 0 Gesenvolvimento fisico © psicolégico das mulheres © das raparigns, ‘deve ser condenada e eliminada; DETERMINADOS @ qarantir a proteccio dos direitos das ‘mulheres a fim de hes permitir 0 gozo pleno de todos os seus direitos, humanos; ACORDAM NO SEGUINTE: Artigo 1° Definicses Para os fins do presente Protocolo, entende-se por: 2) “Carta Africana”, 2 Carta Africana dos Direitos do Homem ¢ das Poves. 1b) *Comissio Africana”, a Comissio Africana dos Direitos do Homem e dos Povos. 6} *Conferéncia”, a Conferéncia dos Chefes de Estado e de Governe da Uniao Airicana; UA", a Unido Africana; “Acto Constitutive’, 0 Acto Constitutive da Unio Afsioanay “Discriminagio em Relago A Muther", toda a distingio, exchisio ou restrigao ou tratamento diferente com. base no sexo, cujos objectives ou efeitos comprometem ou profbem 0 reconhecimento, 0 usufruto, fou exercicio, pela Mulher, independentemente do seu estado civil, dos direitos humanos e das liberdades fundamentals em todas as esleras da vida; “Prtieas Nocivas" (PNs), todo o comportamento, atitude e/ou pratica que afecta negativamente 0s. direitos fundamentals da mulher e das raparigas, como o sew direto a vida, sale, & educagao, A dignidade Integridade fisica; cviada pela Conferéncia; “NEPAD”, a Nova Parceria para o Desenvolvimento de Arica, estabelecida pela Conferéncia; “Batados Parte”, os Estados Parte ao presente Protocolo; “Violénela Contra a Mulhe2”, todos os actos perpetrados contra a Mulher ¢ que cause, ou que seja capaz de causar danos fisicos, sexual, psicoldgicos ou econémicos, incluinde a ameaga de tais actos, ow a imposigao de restrigoes ou a privaggo arbitraria das liberdades fandamentais na vida privada ou publica, em tempos de paz e durante situacées de conflite ou guerra; "Mutheres', as pessoas de sexo feminino, incluindo as raparigas, Artigo 2" Ellminasie da Dicsriminegio Contra oe Mutheree 1, Os Estados Partes devem combater todas as formas de discriminagao contra as Mulheres através de adopgso de medidas apropriadas no plano legislative, institucional ¢ outros. A este respeito, comprometem-se a: a) inscrever nas suas constituicdes € noutros instrumentos Iegistativos nacionais, caso nao 0 tenham ainda feito, 0 principio da igualdade entre homens e mulheres, © farantir a sua efectiva aplicagao;, adoptar ¢ implementar efectivamente medidas legislativas ‘e egulamentares apropriadas, reduzindo todas as formas 4e discriminacao e praticas nocivas, que comprometam a sade eo bem-estar das mulheres; integrar as preocupacdes das mulheres nas suas decisdes politicas, legislacdo, planos, programas actividades de Gesenvoivimento, e em todas as outras esferas da vida; tomar medidas correctivas © accdes positivas nas areas fem que a diseriminagao em relagao a Muther, na lei e de facto, continua a existir; apoiar as iniciativas locais, nacionais, regionais ¢ Continentais, que visem erradicar todas as formas de Aigcriminagao contra a Mulher. 2. Os Estados Partes empenham-se em modificar os padrdes de comportamento sécio-culturais da mulher ¢ do homem, através de estratégicas de educacao publica, informacio © comunicacio, com vista A eliminagdo de todas as’ préticas culturais e tradicionais, hefastas e de todas as outras praticns com base na ideia de inferioridade ou de superioridade de um ou de outro sexo, ou nos, ‘paptis estereotipados da mulher e da homer, Astigo 3° iseity & Diguidade 1. Toda a mulher deve ter direito & dignidade inerente ao ser hhumano e a0 recanhecimento e protecgao dos seus direitos humanos: legals; 2. Toda _a mulher tem direito a0 respeito da sua pessoa e a0 desenvolvimento livre e pleno da sua personaliade; 3. Os Estados Partes devem adoptar © implementar medidas [Adequadas proibindo todas as formas de exploracao ou degradagao da, mulher; 4. Os Estados Partes devem adoptar ¢ implementar medidas que fgarantam a defesa do direito de todas as mulheres & sua dignidade e § serem protepidas de todas as formas de violencia, partieularmente ‘sexual e verbal, Artigo 4" Bi Sey da Pessoa 1, Toda @ mulher tem direito ao respeito pela sua vida, a integridade fisica e a seguranca. Todas as formas de exploracao, de Punicdo © de tvatamento desumano ou degradante devem "ser proibidas, 2. Os Estados Parte comprometem-se a tomar todas medidas ‘apropriadas e efectivas para: 8} promulgar e aplicar leis que profbam todas as formas de Violéneia contra as mulheres, incluindo as relacdes semuais nao desejadas e forgadas, quer em privado quer ‘em publico; 1b) adoptar todas as outras medidas _legislativas, administrativas, socials, econémicas e outras para prevenir, punir e erradicar todas as formas de violencia contra as mulheres; ® identificar as causas € as consequéncias da violencia toni as aiulliees, © Gomat ao iiedalas apupriedas cout vista a preveni-las ea elimina las; promover activamente a eduucagao para a paz, através dos Curriculos escolares e da comunicagao social, por forma a erradicar elementos que legitimam e exacerbam a persistencia ea tolerancia da violencia contra as mulheres © as raparigas, eontidos nas crencas, atitudes tradicionais e culturais, das praticas e estereotipos; punir os autores da violéncia contra as mulheres realizar os programas de reabilitacao das vitim: estabelecer mecanismos e servicos acessiveis para assegurar a informacdo, a reablitaeio e a indemnizacac ffectiva das mulheres © das raparigas vitimas da violencia; prevenir o trfico de mulheres, perseguir ¢ condenar os autores do mesmo e proteger as mulheres mais expostas 20 risco de trafico; proibir todas as experiéncias médicas ou cientficas sobre ‘as mulheres, sem 0 seu consentimento previo; atribuir recursos orgamentais adequados ¢ outros para a implementagao ¢ acompanhamento das acces que visa prevenir ¢ erradicar a violencia contra as mulheres; garantir que, nos paises onde 2 pena de morte ainda existe ou nenhuma sentenca sejaaplicada contra mulheres grividas com bebés lactentes; Garantir que mulheres ¢ homens gozem de direito igual fem terns dy seesso ao Fatatuly de selugialy, © que a rmulheres refugiadas sejam concedidos os beneficios « {oda a proteceao garantides pelo dieito internacional dos refagiados, inchuinds a sua propria identidade ¢ outros documentos. Astigo S* Eliminacio de Praticas Nocivas Os Estados Parte condenam ¢ proibem todas as priticas nocivas que alectem os direitos humanos fundamentais das mulheres, ‘e que contrariam as normas internacionais. Os Estados Partes tomam todas as medidas legislativas e outras para eliminar essas praticas, nomeadamente: a) ‘sensibilizar todos 08 sectores da sociedade sobre as praticas nocivas por meio de campanhas e programas de Informacao, de educagao formal e informal © de comunicagio; proibir, através de medidas legislativas acompanhadas de Sangdes, todas as formas de mutilagdo genital femainina, 1 escarificagao, a medicagao © a pararmedicagao da ‘mutilagdo genital feminina’e todas as outras praticas nnocivas com vista & sa total erradieago; prestar apoio necessario as vitimas de praticas nocivas, assegurando-Ihes 0s servigos de base, tais como os servigos de saitde, a assistencia Juridica e judiciaria aconselhamento ea formagao que thes permita a auto- subsistencia; proteger as mulheres que correm 0 risco de serem Sujeltas as praticas nocivas ou a todas as outras formas de violencia, de abuse ¢ intolerancia & Artigo 6° cxsamento Os Estados Partes garantem que os homens e as mulheres gozem de direitos iguais e que sejam considerados parceiros iguais no casamento, A este respeito, adoptam medidas legislativas apropriadas para garantir que a} nenhum casamento seja contraido sem o consentimento pleno e livre de ambas as partes; b) aidade minima de casamento para as mulheres seja de 18 anos; €)encorajar a _monogamia como forma preferida de casamento e que 0s direitos da mulher no casamento e na familia, inchisiwe em situagées de poligamia sejam encorajatlos e protegidos; todo 0 casamento para que soja reconhecido como leg, seja registado por escrito e em conformidade com Jegislagao nacional; (08 dois cinjuges escolham, de comum acordo, 0 seu regime matrimonial eo lugar de residéncia; ‘9 mulher deve ter direito de manter 0 sex nome de scolteira, de utiza-lo como bem o entender, conjunta ou ‘separadamente do apelide do seu esposo; ‘4 mulher deve ter 0 direito de conservar a sua nacionalidade, ow de adquirir a nacionalidade do seu ‘mario; ‘a mulher ¢ © homem tenham © mesmo dircito no que se Fefere & nacionalidade dos seus flhos, sob reserva das , introduzir a questo do género no procedimento nacional de planificagao para 0 desenvalvimento;, asvegurar uma participacio igual das mulheres a todos fos niveis de concepeio, de tomada de decisio, de implementacao e de avaliago de politcas e programas de desenvolvimento; promover 0 acesso € a posse pela mulher dos recursos produtivos, tals como a terra, e garantir 0 seu direito aos bens; 20 promover 0 acesso das mulheres ao erédito, a formagio, Go deecivelvinento das tecnica © ace’ secvigos de fextensio no meio rural e urbano, a fim de Ihes assegurar tama melhor qualidade de vida e de reduzir 0 seu nivel de pobreza; tomar em considerapao__08 _indicadores de desenvolvimento humane especificos, relacionados com a Muther na elaborapao de" politicas e programas de desenvolvimento; © garantir que os efeitos negatives da globalizacdo © a implementagao de politicas e programas comerciais © econdmicos sejam reduzidos ao minimo, em relay ‘mulheres, Artigo 20 Diseitos da Viva Os Estados Partes devem adoptar medidas apropriadas para gatantir que a viva goze de todos os direitos humanas, através da Implementagao das disposicdes seguintes: 2) que as mulheres nao sejam sujeitas a tratamentos Gesumanos, bumilhantes e/ou degradantes; b) depois da morte do marido, a vidva torna-se a tutora dos seus filhos, salvo se isso € contrario aos interesses ao bem estar destes ultimos; * fa vitwa deve ter_o diteito de contrair nove matriménio ‘com um homem de sua escolha aeons Divito d Hers 1. Uma vitva tem 0 direito a uma parte igual da heranga relativa faos bens do seu esposo. Uma vitiva tem 0 direito de continuar a hhabitar no domicilio conjugal, independentemente do regime matrimonial. Bm caso de novo casamento, ela conserva esse direito se a habitagdo the pertence ou se a tiver obtide por heranca. 2. As mulheres e 0s homens tém o direito de herdar os bens dos seus pais, em partes iguais, artigo 22 Proteccio Rapecial A Mulher Idosa Os Estados Partes comprometem-se a! a) garantir a protecedo das idosas, © tomar medidas cespecificas de acordo com as suas necessidades fisicas, ‘economics ¢ sociais bem como 0 set aceaso ao emprego © formario profissional; assegurar as mulheres idosas, proteccao contra a violéncia, incluindo 0 abuso sexual e a discriminacao ‘com base na idade garantir-Ihes o direito de serem tratados com dignidade. Pro 0s Estados Partes comprometem-se a! 4) garantir a proteccdo das mulheres portadoras de deficiéncia, homeadamente através de medidas especificas de acordo ‘com as suas necessidades fisicas, econsmicas e sociais, para facilitar 0 seu acesso ao emprego, 4 formacao profissional e vocacional, bem como 2 sua participacao na tomada de ® » Prote garantir a protecgio das mulheres portadoras de deficiéncia contra a violencia, inciuindo 0 abuso sexual ea dliscriminagao com base na doenga e garantir o direito a ‘serem tratadas com dignidade, do Especial das Mulheres em Situacdo de Sofrimento Os Estados Partes comprometem-se a: al garantir a proteccao das mulheres pobres e das mulheres chefes de familia em sofrimento, incluindo as dos grupos populacionais marginalizados proporcionar-Ihes um ambiente adequado a sua condigao ¢ a8 suas necessidades fisicas, econémicas e aociais especiais: garantir 0 direito de mulheres gravidas, lactentes ou em detengo, proporcionando-lhes um ambiente adequado a sua condicao ¢ o direito a um tratamento condigno, Reparacdes Os Estados Partes comprometem-se a: a) arantir que reparagdes adequadas sejam arbitradas a ‘qualquer mulher, cujos direitos ou liberdades, tais como oconhecidos no presente Protocolo, forem violadoss garantir que essas reparacées sejam determinadas pela autoridades judiciais, administrativas ec legislativas ‘competentes, ‘ou por uma cutra autoridade competente prevista pela lei Astigo 26 ‘Monitorizacio ¢ Implementacko 1. Os Estados Parte devem garantir a implementagao deste Protocolo a nivel nacional, e submeter no quadro do seu relatsrio, nos termos do Artigo 62 da Carta Africana, as medidas legislativas © outras tomadas para a plena realizacdo dos direitos contidos © reconhecidos no presente Protocolo 2. _ Os Estados Parte comprometem-se a adoptar todas as medidas hecessarias ¢, em particular, afectar recursos orgamentais ¢ outros com vista implementacao efectiva dos direitos reconhecidos no presente Protocolo. Astigo 27 Interpretacdo (© Tribunal Africano dos Direitos do Homem ¢ dos Powos & competente para conhecer os litigios relativos a interpretacao do presente Protocolo, decorrentes da sua aplicagio ou da sua [Implementacao. Astigo 28 ‘Assinatura, Ratificacdo e Adesio 1, Este Protocolo ¢ submetido & assinatura e ratificagdo pelos Estados Parte e € aberta a sua adesio, em conformidade com os seus respectivos procedimentos constitucionais, 2. Os instrumentos de ratificagao ou de adesdo devem ser epositados junto do Presidente da Comissao da Unio Africana, Artige 29 Entrada em Vigor 1. O presente Protocolo entra em vigor trinta (30) dias apos o depésito do Décimo-quinto (15% instrumento de ratiicagto, ® 2. Para cada Estado Parte que adere ao presente Protocolo apos a ‘sua entrada em vigor, 0 Protocolo ‘entra em vigor a partr da data de deposito pelo Estado do seu instrumento de adesio, 3. Presidente da Comissdo da Unio Africana deve notificar todos os Estados Partes da entrada em vigor do presente Protocolo. Artigo 30 Emenda ¢ Revisio 1, Todo o Rstado Parte pode submeter propostas de emenda ou de revisao do presente Protocolo, 2. Propostas de emenda on de revisio sio submetidas, por tscrito, ao Presidente da Comissio da UA, que deve transmiti-las aos Estados Parte dentro de um periods de trinta (30) dias aps a sua recepeao, 3. A Conferéncia dos Chefes de Estado © de Governo depois do parecer da Comissio Africana, examina essas propostas dentro de umn periedo de um (1) ano, depois da notificacao aos Estados Parte, em Conformidade com as disposicoes do pardgrafo 2 deste Artigo. 3. As propostas de emendas ou de revisio devom ser sao ‘adoptadas pela Conferéncia por uma maioria simples. 5. Aemenda entra em vigor, para cada Estado Parte que a tena aceite, trinta (90) dias depois do Presidente da Comisso da UA ter recebido a notificagao da aceitacao. Astigo 31 Estatuto do presente Protocolo Nenhuma das disposigdes do presente Protocolo deve afectar disposigdes mais favoravelmente a realizagao dos direitos da Mulher contidas nas legislagdes nacionais dos Estados Partes ou em toda: foutras convengées, tratades ou acordos regionals, sub-regionais, continentais ou internacionais aplicaveis nesses Estados Partes. Artige 2 Disposigées Transitérias [Até a criagao do Tribunal Afticano dos Direitos do Homem ¢ dos Povos, a Comisséo Africana dos Direitos Humanos ¢ dos Povos acompanha as questoes de interpretagao decorrentes da aplicacio & Iimplementagao deste Protocolo. EM FE DE QUE, NOS, Chefes de Estado ¢ de Governo da Unido Africana ou 08 nossos Representantes devidamente autorizados, adoptamos o presente Protocolo, Adoptado em Maputo pela 2° Sessio Ordindria da Conferéneia da Unide Africana em Maputo, a 11 de Jutho de 2003.

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