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Marcelo Del Debbio Stacey ae A VAMPIROS Daemon Editora fax (II) 3675-1860 email: daemon@dacmon.com.br http://www.dacmon.com.br Marcelo Del Debbio 1" Edigio- nov/1.998 2+ Edigdo-jun/2.001 3* Edigio - mai/2.003 ° VAMPIROS Criagio: Marcelo Del Debbio Revisio: Fabricio GiZmo Capa: Evandro Gregorio Arte: Evandro Gregério, Joe Prado, Yes Cabrita Programacio Visual: Norson Botrel e Marcelo Del Debbio Diagramacio: Daemon Editora Fotolitos: Daemon Editora Impresso por Grifica Sconecci A meu pai e minha mie A Luciana, portoda aajuda durante a realizagio deste lio. - Ao Marcelo Cassaro por toda aajuda e apoio, - JM Trevisan, Katabrok €0 pessoal da Dragio Brasil ~'A Douglas, Mauro, Iano e Débora da Devie. - Klink, Silvana e pessoal da Gibiteca Municipal Henfil. = AClius Reiger, Ricardo Augusto, Cristiano Roddgo, Aaa Fo. 1, Ian Sauhas, Fernando Bacci, Marcelo Sazsus, Fabricio Botclho, Daniel Martins, Richard Garzell, Johan Spelleaster, Kanter, Leithmaniose - A Guilherme Moreno ¢ Marcelo Telles, cada um em seu baitto, por suas excelentes listas de discussio. Desaconselhivel para menores de 18 anos Se vocé tem qualquer divida, comentério ou suges Enuail do Autor mxyzplk@daemon.com.br (© 1998 - 2003 Daemon Editora. Todos 0s diritos reservados. A reprodusio sem permissio por escrito do autor é proibida Exceto com o propésito de resenha. Os jogadores podem reproduzie as fichas de personagens apenas pars seu proprio uso. Esta é uma obra de ficgio. Apesar dos fatos citados neste livro terem sido extraidos de lendas e hist6rias reais de diversos povos,a magia ¢ 0s rituais como so aqui descritos no devem ser utilizados fora do jogo, pois poderiam ferir os participantes. Mesmo os eventos, agéncias, sociedades secretas e personagens verdadeitos citados aqui s apenas um jogo. A realidade é muito pior. 2 tratados de forma ficcional. Este Introducio Embora tenha passado boa parte de minha vida estudando 0 ocultismo, o tema vampiros sempre me fascinou. Ao examinar livros e revistas sobre o tema, acabei chegando, naturalmente, as poucas obras disponiveis de nio-fio¢io sobre os vampiros,especial- mente as que retratam 0 mito do vampiro como um personagem folclérico e relatos dos vampiros supostamente “reais”. Os livros ‘The Vangire: His Kith and Kin, ce Montague Summers, considerado uum dos melhores na descrigio das lendas, bem como The Vampire Bonk (de Gordon Melon) se tornaram leituras obrigat6ria. ‘Assim como eu, muitas pessoas também se interessam pela mitologia c folelore dos povos,e achei que utilizar a téenica deRPG neste lio seria uma boa idéia para passar 0 conceito do ‘vampizo como um pexsonagem lenditio. O que € RPG? Um RPG ou Role Playing Game (jogo de interpretacao) é como uma pesade teatro, onde voc’ controla um ou mais perso- rnagens e tenta resolver um problema ou aventura proposta por tum outro jogador, denominado Mestre. Podemos compari-loa um filme, onde os jogadores fazem o papel dos atores eo Mes- tre faz 0 papel de diretor. Como um ator, 0 jogador pode repre- sentar um personagem que é muito diferente de si mesmo. A diferenga entre o RPG e um filme éque nio hi um roteiro ser seguido. A ago vaise desenrolando & medida em que os perso- nagens tomam decisées, ¢ os rumos da aventura se modificam a cada ato dos jogadores. 2 0 Mestre quem determina se os jogadores foram felizes em suas decisdes,estabelecendo quais foram as conse- agiéncias dessas decisées no mundo imaginicio. Vocé ja deve ter percebido que para jogar este jogo serio necessirias algumas pessoas (um minimo de 3 e um méximo de 6 pessons), sendo uma delas o Mestre. Preparativos ‘Antes de comesae a jogar, tanto o Mesire quanto 0s jogadores precisam fer alguns preparativos,afial de contas, o RPG é um jogo conde informagées sio fundamentais. VAMPIROS possui um dos ss- temas mais simples e priticos de RPG ji desenvolvidos, de modo a atrapalharo minimo postivel o desenrolar da histéra. (Os jogadores precisario de lipis, dados e de suas fichas de personagem, enquanto Mestre teri consigo os mapas ¢ outras anotacées importantes para aaventura Qual 0 objetivo do jogo? Em VAMPIROS MITOLOGICOS, 0 objetivo dos parti- cipantes é contar uma hist6ria; criar e desenvolver personagens completos, ¢ escrever, através de jogos, 0 roteiro para uma bio- grafia vampiric, tudo isto de formaleve, pritica e divertida. ‘VAMPIROS trata de um passeio pela Hist6ria, tomando seu personagem parte viva da Histéria, enquantodescobre os poderes ¢ as responsabilidades que a etemidade he proporcioaa. Vampirismo Para se entender o fascinio exercido pelos vampiros nas pes- soas, é interessante examina a forma como tém evoluido cultural- ‘mente algumas de suas influéncias eimagens através dos séculos. ‘A.crenga em criaturas que “1ssombram as noites” prova- ‘velmente remonta as experiéncias humanas muito antes do surgimento da escrita: 0 medo da escurido ¢o temorem relacio ‘208 mortos, bem cémo a crenca nas propriedades mégicas do sangue (que podem sex encontradas em muitas culturas antigas do mundo inteizo). Contos, jogos, filmes ¢ até mesmo RPGs sobre vampiros so caracteristicas de muitas culturas mundiais. O conceito especifico dos mortos retomando ao mundo dos vivos para atacas, aterrorizar ¢ sc almentar do sangue dos vivos apareceu pela primeira vez durante 2 Antigiidade Clissica, porém, no com a forma que hoje idealizamos 0s vampiros. Bruxas que bebiam o sangue dos recém-nascidos e monstros matadores de ctiangas eram explicagbes para o fato de cxiancas nascerem morta, abortos ou para criangas que mortiam ainda bebés. Na Europa cristi, no século XII, o historiador inglés William de Newburgh relatou diversos casos de mortos retornando para aterrorizar, matar e atacar pessoas durante a noi- te. Elesnio foram chamados de vampiros, mas catalogados como ““aqueles que retornam de suas tumbas”, em eferéncia aos anti- {08 espititos malignos babildnicos, que voltavam 2o reino dot -vivos para vingar algum mal cometido contra eles. Embora neahuma crenga prolongada nestes seres tenha ‘continuado entre os ingleses, a onda de relatos virtualmente idén- ticos varreu grandes areas da Europa Oriental, do século XVI 0 XVII. Uma grande variedade de termos foi desenvolvida para designar estes sexes, e diversas lendas surgiram a respeito dos fantasmas que voltavam do timulo, O Bebedor de Sangue ‘Nestas regides povoadas pelos eslavos, 0 conceito de vampi- 10s integrou-se a0s sistemas de crengas culturas. Extensas tradigées jinvocando as causas do vampitismo, a protes20 contra estes seres, sua deteccio e destruicao foram desenvolvidas com muitas variages locais. Os hindus acreditavam nos deménios bebedores de sangue hhumano, seguidoces da deusa Kali, e estas lendas subiram até 2 ‘Roménia através das tribos ciganas, chegando i Europa Ocidental, onde se tomaram foco de discussio intelectual. Em de Janeiro de 1732, um relato oficial foi assinado pelo

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