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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS (UNEAL)

CAMPUS I – CURSO DE QUÍMICA

APARECIDA MARIA DO NASCIMENTO

JOANA DE ÂNGELIS SILVA DE MENDONÇA ATAIDE

COLETA SELETIVA DO LIXO

ARAPIRACA-AL

2010
APARECIDA MARIA DO NASCIMENTO

JOANA DE ÂNGELIS SILVA DE MENDONÇA ATAIDE

COLETA SELETIVA DO LIXO

Projeto solicitado pela professora Maria José


Houly Almeida, da disciplina Estágio
Curricular I, para fins avaliativos do 6° período
de química.

ARAPIRACA-AL

2010
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 03
2. PROBLEMA 05
3. JUSTIFICATIVA 06
4. OBJETIVOS 07
4.1. OBJETIVO GERAL 07
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 07
5. METODOLOGIA 08
6. REVISÃO TEÓRICA 09
6.1. CORES PADRONIZADAS DAS LATAS DE LIXO 10
6.2. AS SOLUÇÕES CONVENCIONAIS 10
6.3. IMPLANTAÇÃO A COLETA SELETIVA 11
6.4. PRINCIPAIS FORMAS DE COLETA SELETIVA 12
6.5. ALGUMAS EXPERIÊNCIAS 13
6.6. RESULTADOS 14
6.6.1. AMBIENTAIS 14
6.6.2. ECONÔMICOS 14
6.6.3. POLÍTICOS 14
7. RECURSOS 16
8. AVALIAÇÃO 17
9. CRONOGRAMA 18
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19
11. APÊNDICE 20
1. INTRODUÇÃO

Dentre os diversos problemas ambientais mundiais, a questão do lixo é das


mais preocupantes e diz respeito a cada um de nós. Abordar a problemática da produção
e destinação do lixo no processo de educação é um desafio, cuja, solução passa pela
compreensão do indivíduo como parte atuante no meio em que vive (LEMOS et al.,
1999).

A gravidade dos problemas ambientais pressupõe que as medidas para diminuir


os impactos negativos no ambiente natural e na sociedade devam ser tão rápidas quanto
foi o avanço de nossa ação predatória. A sociedade de consumo em que vivemos tem
como hábito extrair da natureza a matéria-prima e depois de utilizada, descartá-la em
lixões, caracterizando uma relação depredatória do seu habitat. Assim, grande
quantidade de produtos recicláveis, que poderiam ser reaproveitados, é inutilizada na
sua forma de destino final. Isso implica em uma grande perda ambiental, devido ao
potencial altamente poluidor e do mau gerenciamento dos resíduos gerados,
comprometendo a quantidade do ar, solo e, principalmente, das águas superficiais e
subterrâneas.

A proposta da coleta seletiva do lixo escolar é uma ação educativa que visa
investir numa mudança de mentalidade como um elo para trabalhar a transformação da
consciência ambiental. No entanto, procura-se desenvolver atitudes e ações de
conservação e preservação do ambiente natural, na comunidade, demonstrando que a
utilização de práticas de proteção ao meio ambiente resulta no proveito próprio e
comunitário, ajudando a desenvolver uma postura social e política preocupada e
comprometida com a questão da vida na Terra. Assim, fica mais fácil reconhecer os
prejuízos e benefícios que causa o lixo acumulado na saúde pública e a importância da
redução, da reutilização e da reciclagem do lixo para a natureza.

Considerando que a educação, muitas vezes, é incapaz de responder a todos os


desejos e necessidades dos diferentes integrantes da sociedade, especialmente, porque
estimula a competitividade irracional, parece pertinente a proposta de LOUREIRO
(1999) que concebe a Educação ambiental como “(...) um processo educativo de
construção da cidadania plena e planária, que visa à qualidade de vida dos envolvidos e
a consolidação de uma ética ecológica”.

A pedagogia Histórico-crítica (SAVIANI, 1995) entende o homem como


síntese de múltiplas determinações e a educação como instrumento de transformação
social, propondo instrumentalizar os sujeitos sociais para uma prática social
transformadora. Nesta perspectiva, o ensino e as práticas pedagógicas devem
proporcionar o acesso aos conhecimentos acumulados historicamente e formar o aluno
cidadão crítico e consciente. Por ser a Educação Ambiental uma atividade formal e
informal é que a escola precisa se preocupar em promover simultaneamente, o
desenvolvimento de conhecimentos, atitudes e de habilidades necessárias à preservação
e melhoria da qualidade de vida.
2. PROBLEMA

Segundo os PCN “s “os alunos podem tirar nota 10 nas provas, mas, ainda
assim, jogar lixo na rua, pescar peixes-fêmeas prontas para reproduzir, atear fogo no
mato indiscriminadamente, ou realizar outro tipo de ação danosa, seja por não
perceberem a extensão dessas ações ou por não se sentirem responsáveis pelo mundo
em que vivem”. Um dos problemas enfrentados pela humanidade é a melhoria das
condições de vida no mundo, a questão ambiental, que afeta a todos.
3. JUSTIFICATIVA

Não há como não produzir lixo. Podemos, no entanto, reduzir essa produção
reutilizando, sempre que possível os materiais recicláveis. Mas ainda hoje grande parte
reutilizável do lixo doméstico é desperdiçada por um descuido com a coleta seletiva de
materiais diferentes. A coleta seletiva é uma alternativa politicamente correta que
desviam dos aterros sanitários os resíduos sólidos que poderiam ser reaproveitados.
Jogar o lixo no seu devido lugar não polui o ambiente, proporciona a reciclagem e
conscientiza os alunos de sua responsabilidade social.

A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo em que se


evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na
constituição e manutenção da vida. Em termos de educação, essa perspectiva contribui
para evidenciar a necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da dignidade do
ser humano, da participação, da solidariedade e da equidade. A necessidade da
integração, sociedade e escola, nos impõe a preocupação de fazer do ambiente
educacional a parte integrante e necessária da educação moderna e participativa. Abrir a
escola com projetos esportivos e culturais abrangendo alunos, professores e
comunidade, determina o passo gigantesco em busca dos saberes educacionais futuros,
pois encontra uma boa relação entre as partes, a valorização humana e a compreensão
da importância educacional. E utiliza o espaço existente e disponível para uma estreita
relação entre inteligência e afetividade.
4. OBJETIVOS

4.1. OBJETIVO GERAL

Considerar a importância da temática Coleta Seletiva do Lixo e a visão


integrada de mundo, tanto no tempo como no espaço, a escola deverá ao longo dos
quatro anos (fundamental), oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os
fatos naturais e humanos a esse respeito, desenvolva suas potencialidades e adote
posturas pessoais e comportamentos sociais que lhe permitam viver numa relação
construtiva consigo mesmo e com seu meio, colaborando para que a sociedade seja
mesmo ambientalmente sustentável e socialmente justa; protegendo, preservando todas
as manifestações de vida no planeta; e garantindo as condições para que ela prospere em
toda a sua força, abundância e diversidade.

4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a


interações construtivas, justa e ambientalmente sustentáveis;
 Possibilitar aos alunos oportunidades para que modifiquem atitudes e práticas
pessoais através da utilização do conhecimento sobre a coleta seletiva do lixo;
 Oportunizar ao aluno à participação em atividades relacionadas à melhoria das
condições ambientais da escola e da comunidade;
 Conscientizar toda comunidade estudantil sobre seus direitos e os alheios a um
ambiente cuidado, limpo e saudável na escola, em casa e na comunidade.
 Desenvolver ações que leve esse público a uma qualidade de vida melhor;
 Promover a formação ética, educacional e cultural;
 Promover atividades sócio-educacionais.
5. METODOLOGIA

O projeto será realizado na E.E.S.F. “Escola Estadual Santos Ferrais”,


localizada no município de Taquarana/AL, Centro.

Para o início do projeto será feito um levantamento sobre as questões ambientais e os


impactos gerados pelo lixo (entrevistas para os alunos). Nesta entrevista os alunos
preencherão um questionário informativo constando: nome, endereço, data da entrevista
e questões referentes ao lixo domiciliar, coleta seletiva, lixo como poluição e riscos à
saúde pública. Serão realizadas algumas palestras que terão como objetivo enfocar o
lixo como poluição, e os possíveis riscos acarretados à saúde pública, sempre
relacionada à importância da Educação Ambiental e do acondicionamento para a
solução de tal problema. Estas palestras serão efetuadas utilizando vídeos educativos,
cartazes elaborados pelos alunos e folhetos informativos, objetivando o esclarecimento
de alguns conceitos considerados insuficientes, através da entrevista realizada, tais
como: destino do lixo, poluição gerada pelo lixo, coleta seletiva, assim como, os
problemas acarretados pelo lixo para o homem e para o meio ambiente.

Será realizada também uma peça teatral onde o enfoque maior será o tema
“Lixo”. Esta peça teatral irá ser apresentada na escola para os alunos, pais e membros da
comunidade local.
6. REVISÃO TEÓRICA

O lixo deteriorável (biodegradável), composto pelos restos de carne, vegetais,


frutas, etc, é separado do lixo restante, podendo ter como destino os aterros sanitários ou
entrarem num sistema de valorização de residuos.

A reciclagem tornou-se uma ação importante na vida moderna pois houve um


aumento do consumismo e uma diminuição do tempo médio de vida da maior parte dos
acessórios que se tornaram indispensáveis no dia a dia trouxeram um grave problema:
qual o destino a dar quando perdem utilidade? No inicio os resíduos resultantes da
atividade humana tinham como destino as lixeiras ou então aterros sanitários, contudo
com o aumento exponencial da quantidade de resíduos e da evolução tecnológica,
aliados ao interesse económico de busca de mais matérias primas de baixo custo, o
vulgarmente designado lixo começa a perder o caráter pejorativo do nome e começa a
ser considerado como um resíduo, passível de ser reaproveitado. Com as tecnologias
atuais apenas uma ínfima parte dos resíduos urbanos não são passiveis de
reaproveitamento, sendo direcionados para unidades de eliminação dos mesmos,
normalmente os aterros sanitários. Felizmente a maior parte dos mesmos podem ser
destinados ao reaproveitamento, quer seja reciclagem ou outros tipos de
reaproveitamento.

A coleta seletiva, ou recolha seletiva tem como objectivo a separação dos


resíduos urbanos pelas suas propriedades e pelo destino que lhes pode ser dado, com o
intuito de tornar mais fácil e eficiente a sua recuperação. Assim pretende-se resolver os
problemas de acumulação de lixo nos centros urbanos, e reintegrar os mesmos no ciclo
industrial, o que trás vantagens ambientais e econômicas. Os pontos onde são
depositados para a recolha são denominados de lixões, ou ecopontos. Estes podem
oferecer vários tipos de coletores, de acordo com as especificidades dos residuos da
zona e das respostas de tratamento existentes pela entidade que procede ao seu
encaminhamento para os centros de valorização.
6.1. CORES PADRONIZADAS DAS LATAS DE LIXO

 Azul - Papel/Papelão
 Amarelo - Metal
 Verde - Vidro
 Vermelho - Plástico
 Marrom - Orgânico
 Laranja - Resíduos perigosos
 Preto - Madeira
 Cinza - Resíduos gerais não recicláveis ou misturados, ou contaminado não
passível de separação
 Roxo - Resíduos radioativos
 Branco - Resíduos ambulatoriais e de serviço de saúde
 Conforme Resolução CONAMA nº 275, de 19 de junho de 2001.

6.2. AS SOLUÇÕES CONVENCIONAIS

Os aterros sanitários são grandes terrenos onde o lixo é depositado,


comprimido e depois espalhado por tratores em camadas separadas por terra. As
extensas áreas que ocupam, bem como os problemas ambientais que podem ser
causados pelo seu manejo inadequado, tornam problemática a localização dos aterros
sanitários nos centros urbanos maiores, apesar de serem a alternativa mais econômica a
curto prazo.

Os incineradores, indicados sobretudo para materiais de alto risco, podem ser


utilizados para a queima de outros resíduos, reduzindo seu volume. As cinzas ocupam
menos espaço nos aterros e reduz-se o risco de poluição do solo. Entretanto, podem
liberar gases nocivos à saúde, e seu alto custo os torna inacessíveis para a maioria dos
municípios.

As usinas de compostagem transformam os resíduos orgânicos presentes no


lixo em adubo, reduzindo o volume destinado aos aterros. É difícil cobrir o alto custo do
processo com a receita auferida pela venda do produto. Além disso, não se resolve o
problema de destinação dos resíduos inorgânicos, cuja possibilidade de depuração
natural é menor.

6.3. IMPLANTAÇÃO A COLETA SELETIVA

A coleta seletiva e a reciclagem de resíduos são soluções desejáveis, por


permitirem a redução do volume de lixo para disposição final.O fundamento da coleta
seletiva é a separação, pela população, dos materiais recicláveis (papéis, vidros,
plásticos e metais) do restante do lixo.

A implantação da coleta seletiva pode começar com uma experiência-piloto,


que vai sendo ampliada aos poucos. O primeiro passo é a realização de uma campanha
informativa junto à população, convencendo-a da importância da reciclagem e
orientando-a para que separe o lixo em recipientes para cada tipo de material.

É aconselhável distribuir à população, ao menos inicialmente, recipientes


adequados à separação e ao armazenamento dos resíduos recicláveis nas residências
(normalmente sacos de papel ou plástico).

A instalação de postos de entrega voluntária (PEV) em locais estratégicos


melhora a operação da coleta seletiva em locais públicos. A mobilização da sociedade, a
partir das campanhas, pode estimular iniciativas em conjuntos habitacionais, shopping
centers e edifícios comerciais e públicos.

Deve-se buscar elaborar um plano de coleta, definindo equipamentos e


periodicidade de coleta dos resíduos. A regularidade e eficácia no recolhimento dos
materiais são importantes para que a população tenha confiança e se disponha a
participar. Não vale a pena iniciar um processo de coleta seletiva se há o risco de
interrompê-lo, pois a perda de credibilidade dificulta a retomada.

Finalmente, é necessária a instalação de um centro de triagem para a limpeza e


separação dos resíduos e o acondicionamento para a venda do material a ser reciclado.
Também é possível implantar programas especiais para reciclagem de entulho (resíduos
da construção civil).
6.4. PRINCIPAIS FORMAS DE COLETA SELETIVA

O símbolo internacional da reciclagem.

 Porta a Porta – Veículos coletores percorrem as residências em dias e horários


específicos que não coincidam com a coleta normal de lixo. Os moradores
colocam os recicláveis nas calçadas, acondicionados em contêineres distintos;
 PEV (Postos de Entrega Voluntária) - Utiliza contêineres ou pequenos
depósitos, colocados em pontos físicos no município, onde o cidadão,
espontaneamente, deposita os recicláveis;
 Postos de Troca – Troca do material a ser reciclado por algum bem.
 PICs - Outra modalidade de coleta é a PICs, Programa Interno de Coleta
Seletiva, que é realizado em instituições públicas e privadas, em parceria com
associações de catadores.

O custo de operação do projeto varia em função do município, sendo


considerado baixo um custo de US$ 150 por tonelada de resíduo coletado. A receita
auferida com a venda do material é, em média US$ 45 por tonelada de plástico, US$
502 para alumínio, US$ 30 para vidro, US$ 100 para papel de primeira e US$ 48 para
aparas de papel.

Os custos de transporte são os maiores limitantes da coleta seletiva. Distâncias


superiores a 100 km entre a fonte dos resíduos e a indústria de reciclagem tendem a
tornar o processo deficitário. O processamento primário dos materiais (através de
equipamentos como prensas e trituradores) aumenta seu valor e atenua o problema. Para
a coleta, a prefeitura pode colocar caminhões com caçamba e pessoal à disposição ou
contratar os serviços. Uma campanha informativa pode custar à prefeitura apenas a
impressão dos folhetos e cartilhas. A prefeitura deve dispor de uma área para o centro
de triagem.

A iniciativa privada atua na reciclagem apenas nas atividades mais lucrativas;


procurar novas formas para seu envolvimento que reduzam os gastos públicos é um
desafio para as prefeituras. Tais parcerias podem ocorrer através do fornecimento de
cartilhas, folhetos e sacos para o recolhimento do lixo, da colocação de postos de
entrega, da organização da coleta seletiva no interior de edifícios e instalações
comerciais, da compra de materiais reciclados ou mesmo da instalação de indústrias de
reciclagem ou processamento primário, mesmo que de pequeno porte. Parcerias com
entidades da sociedade civil, através de campanhas de esclarecimento, instalação de
postos de entrega, organização e realização da coleta e separação dos materiais,
ampliam o alcance das ações e reduzem custos.

Consórcios intermunicipais possibilitam economias de escala, com ações


conjuntas entre prefeituras. Tão importante quanto o investimento, é o papel do governo
municipal como articulador junto à sociedade e outros governos.

6.5. ALGUMAS EXPERIÊNCIAS

Em Niterói-RJ, Brasil, a iniciativa partiu dos moradores de um bairro, em


1985, que contaram com o apoio da Universidade Federal Fluminense e de uma
entidade do governo alemão. A prefeitura apenas cedeu um técnico, temporariamente, e
fez a terraplanagem do terreno. Os moradores administram o serviço, investindo o lucro
em atividades comunitárias.

Curitiba-PR, Brasil, criou, em 1989, o projeto "Lixo Que Não É Lixo", iniciado
com um trabalho de educação ambiental nas escolas. Em seguida, foi distribuída uma
cartilha à população e iniciada a coleta domiciliar e em supermercados, onde os resíduos
recicláveis são trocados por vales-compra. A prefeitura assume o custo de coleta e o
material recolhido é doado a uma entidade assistencial, que o processa e comercializa,
destinando o lucro para suas atividades assistenciais.

A coleta seletiva criou condições técnicas para a implantação de uma usina de


compostagem na cidade, pois boa parte do material inorgânico (metais, vidros, etc.) já é
separado, reduzindo os custos de operação da usina.

A instalação da usina de reciclagem de Vitória-ES, Brasil, em 1990, em um


antigo "lixão", evitou enormes prejuízos ambientais e reuniu trabalhadores que viviam
em condições sub-humanas, explorados pelas "máfias do lixo", controladas por aparistas
e sucateiros, dando-lhes melhores condições de trabalho e remuneração. Da avaliação
dessas experiências, pode-se dizer que a participação da população é a principal
condição para o sucesso da coleta seletiva.

6.6. RESULTADOS

6.6.1. Ambientais

Os maiores beneficiados por esse sistema são o meio ambiente e a saúde da


população. A reciclagem de papéis, vidros, plásticos e metais - que representam em
torno de 40% do lixo doméstico - reduz a utilização dos aterros sanitários, prolongando
sua vida útil. Se o programa de reciclagem contar, também, com uma usina de
compostagem, os benefícios são ainda maiores. Além disso, a reciclagem implica uma
redução significativa dos níveis de poluição ambiental e do desperdício de recursos
naturais, através da economia de energia e matérias-primas.

6.6.2. Econômicos

A coleta seletiva e reciclagem do lixo doméstico apresenta, normalmente, um


custo mais elevado do que os métodos convencionais. Iniciativas comunitárias ou
empresariais, entretanto, podem reduzir a zero os custos da prefeitura e mesmo produzir
benefícios para as entidades ou empresas. De qualquer forma, é importante notar que o
objetivo da coleta seletiva não é gerar recursos, mas reduzir o volume de lixo, gerando
ganhos ambientais. É um investimento no meio ambiente e na qualidade de vida. Não
cabe, portanto, uma avaliação baseada unicamente na equação financeira dos gastos da
prefeitura com o lixo, que despreze os futuros ganhos ambientais, sociais e econômicos
da coletividade. A curto prazo, a reciclagem permite a aplicação dos recursos obtidos
com a venda dos materiais em benefícios sociais e melhorias de infra-estrutura na
comunidade que participa do programa. Também pode gerar empregos e integrar na
economia formal trabalhadores antes marginalizados.

6.6.3. Políticos

Além de contribuir positivamente para a imagem do governo e da cidade, a


coleta seletiva exige um exercício de cidadania, no qual os cidadãos assumem um papel
ativo em relação à administração da cidade. Além das possibilidades de aproximação
entre o poder público e a população, a coleta seletiva pode estimular a organização da
sociedade civil.

Como o Lixo Domestico Vira Beneficio Reciclar significa repetir um ciclo. E


para compreendermos a importância da reciclagem, temos de transformar o conceito de
lixo. O lixo, quando descartado de forma correta, se transforma em matéria-prima. A
reciclagem surgiu como uma maneira de inserir no sistema uma parte da matéria que se
tornaria lixo e, consequentemente, contribuiria para a poluição do planeta. Quando
coletados, são separados e processados para serem utilizados como matéria-prima na
manufatura de outros materiais, os quais eram feitos anteriormente com matéria prima
virgem.

Reciclar contribui para a redução da poluição do solo, da água e do ar, melhora


qualidade de vida da população e contribui para manter a cidade limpa, aumenta a vida
útil dos aterros sanitários, gera empregos, entre outras vantagens. Praticamente, todos os
materiais podem ser reciclados. Só para se ter uma ideia aqui estão alguns exemplos de
lixos domésticos que, com a reciclagem, se transformam em novos materiais.

O aço, por exemplo, é 100% reciclável, se descartado no meio ambiente, se


reintegra à natureza em cinco anos. De acordo com a Associação Brasileira do Alumínio
(ABAL), as latas recicladas são transformadas em novas latas, com grande economia de
matéria-prima e energia elétrica. A cada quilo de alumínio reciclado, cinco quilos de
bauxita (minério de onde se produz o alumínio) são poupados. Para se reciclar uma
tonelada de alumínio, gasta-se 5% da energia que seria necessária para se produzir a
mesma quantidade de alumínio primário, ou seja, neste caso a reciclagem proporciona
uma economia de 95% de energia elétrica.

Com garrafas pet podem ser produzidos diversos materiais como estofamentos,
carpetes, enchimento para sofás, cadeiras, travesseiros, cobertores, tapetes, cortinas,
lonas para toldos e barracas, roupas esportivas, entre tantos outros materiais.

Já os plásticos são materiais, que como o vidro, ocupam um considerável


espaço no meio ambiente e podem poluir de forma considerável. Geram uma infinidade
de materiais como novos materiais de vidro, cabos de panela, sacolas, baldes, cabides,
entre outros.
7. RECURSOS

 Questionários

 Cartazes

 Maquetes e desenhos

 Palestras e distribuição de folhetos

 Exposição dos trabalhos feitos

 Campanhas educativas e preventivas

 Relatórios

 Redações, textos, filmes

 Trabalhos de fantoches

 Atividades físicas específicas

 Reprodução de temas
8. AVALIAÇÃO

A avaliação dos alunos será medida pela mudança comportamental dos mesmos.

Onde:

 As serventes observarão as salas após cada período e pontuarão as mesmas de


acordo com o grau de limpeza e organização;

 Será feito um painel com as notas dadas, possibilitando os próprios alunos a


auto- avaliação;

 Observaremos a reação dos alunos da sala na distribuição das tarefas.


9. CRONOGRAMA

ATIVIDADES MAI JUN JUL AG SET OUT NOV


O
2010
Elaboração do X
projeto
Revisão de X
literatura
Coleta de X
dados
Análise de X X X
dados
Elaboração do X
relatório
Revisão final X

Apresentação
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Secretaria da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto


ciclos – apresentação dos temas transversais. Secretaria da Educação Fundamental.
Brasília: MEC/SEF, 1998.

LEMOS, Jureth Couto; LIMA, Samuel do Carmo. Segregação de resíduos de serviços


de saúde para produzir os riscos a saúde pública e ao meio ambiente. Biosciente
Journal. Vol.15, n. 2,. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, 1999.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo. Considerações sobre o conceito de


Educação Ambiental. Revista: Teoria e Prática da Educação. Maringá, PR, v.2, n.3,
1999.

RADESPIEL, Maria. Meio Ambiente: Alfabetização sem Segredos. Vol. 2. Ensino


Fundamental. Ed.Iemar.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica: Primeira aproximação. São


Paulo, 5ª ed. autores associados, 1995.

WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Coleta seletiva do lixo. Disponível em:


http://pt.wikipedia.org/wiki/coletaseletiva#mw-head#mw-hed. Acesso em: 14.abril
2010.
11. APÊNDICE

Pelo exposto neste projeto, percebe-se que, para que um programa de educação
ambiental aconteça de forma coesa é necessário que o maior número de segmentos da
sociedade participe como um todo, em favor de objetivos em comum, cada um com suas
possibilidades próprias de auxílio à proposta, sendo de suma importância a participação
efetiva de todos os integrantes da instituição de ensino.

Pouco se faz, assim, professores, alunos e comunidades escolares devem


engajar-se nos esforços do desenvolvimento de ações em educação ambiental, no desejo
de contagiar, envolvendo a todos, para uma boa produção, um bom resultado,
promovendo discussões e construção de conceitos de forma coletiva, visto que muitos
fatores ambientais, econômicos e sociais, estão envolvidos e são responsáveis pela
degradação do meio ambiente. Para isso, é necessário conhecer os problemas e tentar
solucioná-los de forma conjunta, inspirando a consciência de que preservar é preciso.

Pôde-se concluir que ao desenvolver este projeto formará cidadãos, mesmo


num pequeno grupo, sensíveis, conscientes e multiplicadores, embora se saiba que para
haver uma mudança de hábitos e de comportamentos, um projeto como este requer
muito mais tempo para ser desenvolvido, além de se considerar fundamental, a
formação de parcerias para um melhor incentivo à comunidade e obtenção de melhores
resultados, com um alcance de maior amplitude.

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