You are on page 1of 20
SUMARIO 1 Objetivo: 2 Normascomplomenure —_ EXBMPLAR OFICIAL DE NORMA BRASILEIRA ‘4 conden gerais y A COR VERMELHA DESTE CARIMBO € UM 5 eee DOS REQUISITOS DE SUs AUTENTICIDADE free Proibida Qualquer Reprodugao Total/Parcial 1 oBertvo Esta Norma fixa as condigées exigfveis para o projeto e execugao de terrenos re forgados, com aplicacao especifica aos terrenos reforgados por terra armad: 2. NORMAS COMPLEMENTARES: Na aplicagao desta Norma é necessario consultar: NBR 5739 - Ensaio de compressao de corpos-de-prova dricos de concreto - Método de ensaio NBR 6152 - Materiais metdlicos - Determinagao das propriedades mecanicas tragao - Nétodo de ensaio NBR 6323 - Aco ou ferro fundido - Revestimento de zinco por imersdo a quente ~ Especificacao NBR 8044 - Projeto geotécnico - Procedimento NBR 9288 - Emprego de terrenos reforgados - Procedimento DIN 934 - Parafusos hexagonais 3 DEFINIGOES Para os efeitos desta Norma é adotada a definicao de 3.1. 3.1 Terra armada Sistema constitufdo pela associag3o do solo de aterro com propriedades — adequa sess Origom: €B-1618/35 (Projeto 2:04.09-004) €B-2 — Comité Brasileiro de Construglo Civil CE-2:04,09 — Comissiio de Estudo de Terreno Reforgado SISTEMA NACIONAL DE ABNT — ASSOCIAGAO BRASILEIRA METROLOGIA, NORMALIZACAO DE NORMAS TECNICAS E QUALIDADE INDUSTRIAL © Palavras-chave: solo. terra armada. terreno retorgado. NBR 2 NORMA BRASILEIRA REGISTRADA ‘Todos os direitos reservados 20 paginas z NBR 9286/1986 das, armaduras (tiras-metalicas ou nao) flexiveis, colocadas, em geral, horizon talmente em seu Interior, & medida que o aterro val sendo construfdo, e por uma pele ou paramento flexfvel externo fixado &s armaduras, destinado a IImitar o aterro, 4 CONDIGOES GERAIS 4.1 Deseripao do. processo 4.1.1 Elementos construtivos pré-fabricados © processo terra armada utiliza, além do material do aterro, elementos pré-fabri cados, que sao: a) armaduras; b) escamas (acabamento externo do macigo); e c) acessdrios complementares. WALT Armaduras Constituem, em conjunto como material de aterro, os dois elementos essenciais do processo terra armada. Sao as armaduras, pecas lineares que trabalham por ca 0 com 0 solo do aterro, sendo responsaveis pela major parte da resist@ncia interna 3 tragéo do macico em terra armada, devendo ter as seguintes qua jades: a) boa resisténcia 8 trag3o com ruptura do tipo nao fragi b) pequena deformabilidade sob cargas de servigo; c) bom coeficiente de atrito como material de aterro; 4) flextbilidade suficiente para nao limitar a deformabilidade vertical do macigo em terra armada, e permitir facilidades construtivas e) boa durabilidade. 4.1.1.2 Escamas (acabanento externo do macigo) Tém fungao estrutural secundaria no seu funclonamento, sendo responsaveis pelo equilfbrio das tensdes da periferia préxima ao paramento externo. Séo as escamas em geral, placas pré-moldadas de concreto, armado ou nao, Interligadas, mas con servando juntas abertas entre si para efeito de drenagem e de articulagao das pe as. 4.1.1.3 Acessérios complenentares S’o constituldos de: a) dispositivos de ligago entre escamas e armaduri b) talas de emenda de armaduras; c) juntas entre as escamas; d) parafusos; e) chumbadores, que auxiliam no igamento das escamas, permitindo seu manuseio e montagem; NBR 9286/1986 pa Erte ene f) sistema de pino e furo verticais, para permitir boa flexibilidade ho rizontal e movimentos diferenciados entre as escamas. 4.1.2 Montagen Deve ser feita ao mesmo tempo que a terraplenagem do aterro, conforme as fases construtivas descritas em 5.3.2.2. 4.2. Classificagio das obras 4.2.1 Bm fungao da vida util 4.2.1.1 Podem ser classificadas em duas categorias: a) vida Gtil até 30 anos; b) vida Gtil a partir de 30 anos. 4.2.1.2. Esta classificagao permite estabelecer premissas para qualificagio quantificagao dos materiais de construgao a serem utilizados (ver 5.2.2). 4.2.1.3 ‘Entende-se que, em todo o perfodo estabelecido como vida itil, os mate rais em uso devam oferecer uma seguranga no mfnimo igual aquela estabelecida no Capitulo 5. 4.2.2 Bm fu Jo classificadas em quatro categor a0 da agressividade do meto a) obras nao inundaveis; b) obras inundave por agua doce; c) obras inundaveis por agua salgada; 4) obras especials. 4.2.2.1 Obras nao inundaveis Obras que nao serao, nem parcial nem totalmente, submersas. 4.2.2.2 Obras inundaveis por dgua doce Obras que podem ser, total ou parcialmente, permanente ou temporariamente, sub mersas em aqua cuja salinidade, medida em teores de cloretos e sulfatos, nao ul. trapasse & da agua potavel (ver 5.2.1.2). 4.2.2.3 Obvas imindivete por agua ealgada Obras que podem ser, total ou parcialmente, permanente ou temporar! sas em agua do mar ou agua salobra Nota: Entende-se por agua salobra aquela cuja salinidade esté compreendida en. tre a da agua doce e a da agua do mar. 4 NBR 9286/1996 4.2.2.4 Obras eapeciais Obras submetidas a condigdes de agressividade especials (P.ex.: obras de estoca gem e de protecao contra Ifquidos agressivos). 4.3 Concepgaio dae obraa 4.3.1 Comportanento dos macigos face ao solo de fundagao A grande area de fundacao e a flexibilidade do macigo terra armada, que Ihe possi Una obra em terra armada comporta-se como um aterro face ao solo de funda bilita suportar recalques diferenciais significativos, permitem adotar, en rela 30 3 ruptura do solo de fundago, coeficientes de seguranga menores que os das fundagdes comuns. A articulag3o das escamas permite que elas se movimentem umas em relagao 38 outras com deformaces diferenciais da ordem de até 1:75. 4.3.2. Investigagdes geotéonicas Sua importancia depende do tipo de obra a construir e das informagdes ja existen tes sobre 0 solo de fundacao, (ver NBR 8044), 4.3.2.1 Reconhecimento normal 4.3.2.1.1 De uma maneira geral, o solo de fundacao deve ser objeto de un reco nhecimento normal, constitufdo, essencialmente de sondagens & percussio e extra 0 de amostra deformada a cada metro. 0 espacamento das sondagens deve permitir definir os perfis geotécnicos do local da obra. 4.3.2.1.2 Uma vez que informagdes ja disponfveis permitam definir qualidades a ceitaveis do terreno de fundagao, poderd ser dispensado novo reconhecimento nor mal. 4,3.2.1.3 Caso o reconhecimento normal Indique um solo de funda; de qualida de duvidosa, tornar-se-& necessario um reconhecimento espec!fico. 4.3.2.2 Reconhecimento espect fico 4.3.2.2.1 Para obras sobre solos de baixa capacidade de carga, o reconhecimento especlfico deve verificar a seguranca & ruptura do solo de fundacao, com base em parametros de resisténcia Interna obtidos através da caracterizagio do solo e de ensalos "in situ'' e/ou de laboratério sobre amostras Indeformadas. 4.3.2.2.2 Para obras sobre solos muito compressTveis, © reconhecimento espect fico, além de verificar @ seguranga & ruptura do solo de fundagao, deve conduzir a um estudo da evolugao dos recalques a0 longo do tempo, com base em paranetros da deformabilidade do solo obtidos de ensaios de adensamento e/ou de outros en saios. NBR 9286/1986 cr 4,3.2.2.3 Para obras sobre encostas instaveis, o reconhecimento @ andlogo 30 previsto em 4,3.2.2.1 e 4.3.2.2.2, devendo-se considerar também as hipdteses mais desfavoraveis de ruptura profunda na verificagéo da estabilidade da obra. Quando necessario, deve igualmente compreender a execugao e a interpretagao de medidas piezonétricas. 4.3.3. Drenagen Quando se utilizar material de aterro pouco permeavel, ou onde ocorrer surgimen to significativo de agua, deve-se prever dispositivos que permitam aumentar a eficiéncla da drenagem, escoando a agua sem carreamento de finos, e evitando com prometer a estabilidade da obra tanto na fase construtiva, quanto apés sua con clusao. Este objetivo pode ser alcangado por solugdes com uso de filtros (col chdes e valas drenantes) com material granular adequado e/ou geotéxtels, ou ou tras que produzam bom resultado. 4.3.4 Encontros de pontes e de viadutoe 4.3.4.1 0s macigos em terra armada podem ser utilizados com encontros — portan tes. Neste caso, eles sao, ao mesmo tempo, arrimo de aterro e fundagao do tabu leiro. 4.3.4.2 Podem também constituir encontros mistos (o tabuleiro repousa diretamen te sobre um ou mais pilares independentes dos macigos em terra armada, que arr mam o aterro do acesso). 4.3.4.3. Os encontros portantes exigem sempre um reconhecimento especifico, com estudo de recalques do solo de fundagao. 5 CONDIGDES ESPECIFICAS 5.1 Justificativa téenica 5.1.1 Premissas 5.1.1.1 0 funcionamento do macigo emterra armada baseia-se, principalmente, na existéncia de atrito entre a terra e as armaduras. Sua justificativa técnica @ felta a partir da resisténcia do solo ao cisalhamento, considerada nas condi gdes mais adversas de umidade a que a obra possa vir @ ser submetida. 5.1.1.2 Inicialmente deve ser feito um pré-dimensionamento e depois a verifica go da estabilidade interna e externa do macigo. Se necessario, o processo se. guird, por iteragdes sucessivas, com a fixagdo de novos pré-dimensionamentos, @ té que as condigdes de estabilidade venham a ser satisfeitas. 8 NBR 9286/1986 5.1.2 Pré-dimenstonanento Baseia-se na experiéncia adquirida no calculo de um grande nimero de obras. 5.1.2.1 Notagdee utilizadas Devem ser utilizadas as notagdes constantes da Figura 1. 11 = altura do paramento ture mectinica ‘comprimento das armedurat Jacque de base do macigo (nem sempre igual « L) ‘comprimento da ficha Ingato do talude de montante com # horizontal Angulo do talude de jusante com a horizontal 4 # t 8 . a 8 FIGURA1 $.1.2.2 Ficha 5.1.2.2.1 0 risco de ruptura do solo de fundagao na regiao junto ao paramento, de outras consideragdes praticas (possibilidade de posterior descalcamento da obra por pequenas escavagées adjacentes, eventual fuga de finos, etc), impoem a adogao de uma ficha para os macicos em terra arma 5.1.2.2.2 Em condigdes normals, quando nao hd evidéncia de outros riscos 3 esta bilidade do solo de fundagao, adota-se o seguinte critério de comprimento de fi cha (D): a) D= 0,1 H quando o terreno a jusante do macigo for horizontal; b) D = 0,1 a 0,2 H quando o terreno a jusante do macigo for inclinados NBR 9286/1986 c) 0D = 0,40 m ‘min Nota: 0 comprimento da ficha (D) pode ser dispensado no caso de assentamento do macigo em rocha. 5.1.2.3 Disposigdes conetrutivas Devem ser obedecidas as seguintes disposigées construtivas: a) 0 paramento em escamas @ colocado sobre uma soleira de concreto sim ples (f., > 13 MPa) que complementa a ficha; a soleira objetiva ape nas prover uma superficie limpa e sivelada para o infcio de montagem das escamas, nao tendo fungdo estrutural (ver Figura 2); b) quando os macigos em terra armada séo Implantados sobre terrenos in clinados, deve-se deixar uma banqueta com largura no inferior a 1,00 m junto ao paramento (ver Figura 2). FIGURAZ 5.1.2.4 Sepdes transvereais (ver Figura 3) Para fins de primeiro pré-dimensionamento, deve-se prever, para os macigos em terra armada, comprimentos de armadura iguais ou superiores a 0,5 H (obras sim ples) © 0,7 H (obras especiais; P.ex.: encontros portantes, barragens, etc). 5.1.2.4.1 Obras de segao nao retangular Obras para as quais o comprimento de algumas armaduras deva ser reduzido em rela s30 a0 comprimento corrente, devem ser objeto de uma justificativa especial Nos casos de macigos em encostas, os comprimentos das armaduras podem ser escalona dos, conforme Figura 4, desde que: a) 0 comprimento minim seja superior 2 0.4 H (L_, > 0,4 H); b) sejam cuidadosa e especificamente verificadas as condicées de equ MMbrio externo. IFIGURA 3 FIGURAS Nota: Para os encontros portantes deve-se atender também as duas condigdes abai_ xo: -bLa7m - L > 0,6 H+ 2m (para valores de H > 20 m) GONCRETO FIGURA4 NBR 9286/1986 5.1.3 Verificagto da estabtlidade interna 5.1.3.1 Prineipioe béstcoe 5.1.3.1.1 Atréto e0to-armadura Devido ao atrito que se desenolve entre o solo e as armaduras, estas sdo solici tadas tragdo, conferindo ao material "terra armada" uma coesao aparente na di. regio das armaduras e proporcional a sua densidade e @ sua resisténcia. 5.1.3.1.2 Dtatribuigao dos esforgos de tragao'das armaduras Numerosos ensalos e experimentacées tém evidenclado a distribuigao de tracdes ao longo das armaduras nos‘ diversos niveis (ver Figura 5). Deve-se observar 0 se guinte: 2) em qualquer nivel, @ tragéo maxima néo ocorre no ponto de fixagio da armadura ao paramento, mas sim no interior do macig b) © lugar geomdtrico dos pontos de trago maxima nos diversos nfvels de armadura, passa pelo pé do paramento e atinge o topo do macigo a uma dist@ncia do paramento de aproximadamente 0,3 H; 0 lugar geo métrico das tragdes maximas separa duas zonas no interior do maci_ go: uma zona ativa na qual as tensdes tangenciais sobre as armadu ras, no contato com o solo, estao orientadas para o exterior do ma cigo, € una zona resistente na‘qual estas ‘tensdes estao orienta das para dentro do macigo. variacka o4 TRAGKO AO LONGO LINHA DE TRAGOES DE UNA ARMADURA MAXIMAS FIGURAS. 10 NBR 9286/1986, 5.1.3.2 Caracteristicas dos materiais para o cdleulo 5.1.3.2.1 As caracterIsticas mecanicas do material de aterro, para efeito de mensionamento, sdo as seguintes: a) peso especIfico, devendo seu valor ser justificado; b) atrito Interno, sendo o coeficiente de atrito aparente solo-armadu ra definido como: feo 08K © v Onde: xmax = tensdo tangencial maxima mobilizada no contato solo-ar madura 9, = tensdo efetiva vertical média do nivel considerado (P.ex.: resultante do peso de terras sobrejacentes a0 nivel considerado) Nota: a) 0 coeficiente f* deve sempre ser suposto constante ao longo de uma de terminada armadura- b) Para os aterros compactados cuja granulometria atenda aos critérios de finidos para os solos tipo A e B da Tabela I (armaduras nervuradas), 0 valor de f* varia em fungao da profundidade Z, medida a partir do vel de altura mecanica; esta variagao segue a seguinte lei: ft a fot (1-2) ete do 2o 2o » para Z< Zy f* = tg Go» para Z > Zo Onde: Io = 6m $9 = Angulo de atrito interno minimo (ver Figura 6) de solos que atendam aos critérios estabelecidos para os tipos Ae B da Ta bela 1 (determinado por ensaio de cisalhamento rapido sobre amostras com a umidade Stima e compactada até atingir 90% do peso especIfico aparente seco miximo do ensaio de conpactacao, com energia Proctor Normal): no caso de utilizacao de solos di ferentes dos tipos A e 8 adotam eos valores de deo! da Te bela 1. Para fins de correla 36° c) 0 trecho inclinado da reta representativa de f*= f (Z) € decorrente , adota-se ¢o minimo igual a da influéncia da dilatancia do material de aterro nas vizinhacas da ar madura; esta influéncia decresce com a profundidade e é desprezivel a NBR 9286/1986 un partir de Z = 6 m, de acordo com uma série de ensaios em modelos redu zidos e medigdes em obras reais. d) 0 coeficiente Fo*, fungao de Inimeros parametros (granulometria, angulo sldade dos graos, angulos de atrito interno do solo, etc), pode ser a valiado pela expresséo: DF = 1,2 + logy9 Cu, sendo Cy rare Onde: ' Cy = coefictente de uni formidade do aterro 069 = diametro correspondente ao ponto de 60%, da porcentagem pas sante, da curva granulométrica Dj = diametro correspondente a0 ponto de 10%, da porcentagem pas sante, da curva granulométrica ¢) Na falta de dados mais especfficos, adota-se o valor de fo*=1,5. Para os solos que se enquadrem no tipo D, da Tabela 1 (armaduras — nervura das), © para o caso de utilizagao de armaduras lisas (Tabela 2), nao deve ser considerado o efeito de dilatanci FIGURAS 2 NBR 9286/1986 TABELA 1 — Critérios mectnioot para salago do material de aterro para armaduras nervuradas Solo Atrito gropo | Sranvlonetria Pia Atrito solo-armadura 0,08 mm ¢ Dy, e ou Critério ibd A 0,08 mm > Djs mecanico 6m com atendido 0,015 mm < Dyg ‘ 0,015 mm > 0 te 10 z seg" 25° < Critério 6m : necinico eae atendido 7 0,015 mm < Doo eG 32 0,015 mm > D. o yt 4 20] seo > 30 k t Sle al * at 3 fF fete tgp loa ° "toh. jad ag Critério 9 233 mecAnico z Sw o 0,015. meug atendido. 0,015 nm > Dog seo! » 25° Cd critério . mec&nico atendido ei 0,015 mm < Dyg E 0,015 mm > Oy9 Uti lizagao depende de estudos especiais Yotas: a) ¢ = Angulo de atrito interno do solo, determinado por ensalo de ci Ihamento répido, sobre @ amostra moldada na umidade Stima e com pactada até atingir 90% do peso especlfico aparente seco m&ximo do ensalo de compactagao com energia Proctor Normal. b) ¢'= angulo de atrito Interno do solo, determinado pelo ensalo de cl Ihamento rapido pré-adensado sobre amostra saturada apds moldagem nas mesmas condigdes da determinagao da nota a). c) "= Angulo de atrito interno do solo, determinado, para efeito de cor relago apenas, por ensaio de cisalhamento rapido sobre mostra NBR 9286/1986 13 deformada, moldada na umidade correspondente ao limite de Viquidez, @ depois comprimida a 200 kPa. 4) 0, = diametro correspondente 4 porcentagem passante de n& na curva gra nulométrica TABELA 2 ~ Critérios mecinicos para selegio do material do aterro para armaduraslisas 0,08 < Di. Critério mecanico satisfeito 0,015 < Diy Critério mecanico satisfeito Angulo de atrito solo- | Crivério mecanico sa armadura » 22° tisfeito 0,08 > 0 Dog % 0,015 > O 15 [20 10 | gnguio de atrito solo-| Utilizagao depende armadura < 22° de estudo especiais 0,015 > Dog Util izagao depende de estudos especiais 5.143.2.2 A caracterfstica mecdnica das armaduras, a ser usada nos cdlculos, é a sua tensio de escoamento, real ou convencional (F,). 5.1.3.2.3 0 paramento externo deve ser calculado para suportar as tensdes hori zontais e verticais a que € submetido. Para as tensdes horizontais devem ser ado tados valores de 03, calculados @ partir das expressdes de 5.1.3.3. 5.1.3.3 Caleulo 5.1.3.3.1 0 princfpio do método consiste em calcular a forga de trag3o maxima nas arnaduras (T,,;,) a partir das tensdes que ocorrem dentro do macigo. No ponto M, de trago maxima, é nula a tensao tangencial entre o solo e armadura, e as ten sdes horizontal e vertical so principais, respectivanente 0, € 0,. Portanto, as tenses 0 so equilibradas pelas armaduras a0 longo da linha de tragdes mixinas (ver Figura 7). 5.1.3.3.2 Sendo AH 0 espacamento vertical entre duas camadas de armaduras, dis postas & razio de N unidades por metro linear horizontal de paramento, cada arma dura equilibra uma forga de: aot - Tee oS 24s Sedo a, =). (Gy 4B Onde a3 = acréscimo de tensdo horizontal proveniente de esforgos horizontals ex ternos transmitidos diretamente a0 topo do maci¢o ou ao paramento K = coeficiente de empuxo adequado & hipdtese de calculo /FIGURAT “ NBR 9286/1986 TRAGAO NA ARMADURA an ZONA ATIVA ZONA RESISTENTE FIGURAT 5.1.3.3-3 Quanto a critérios de resisténcia 4 tragao das armaduras: = deve-se considerar que duas segdes so crfticas para as armaduras, a segao submetida a T,.;,, que ocorre no interior do macigo, ¢ a segio de fixagao da armadura ao paramento, onde, devido ao furo para passa gen do parafuso, ha uma redugdo de seco; nesta dltina seg3o ocorre una forga de tragdo nunca superior aa T,,5.5 como verificado experi. mentalmente; assim sendo: Ser £0 Onde: a = 0,75 (para paramentos Flexfveis ~ pele metalica) a = 0,85 (para paramentos em escamas t{picas de concreto) © = 1,00 (para paramentos mnoblocos de concreto) T., = forge limite de tragao, na segao plena armaduras (1)" = forga limite de tragao, na segio com furo (11) = coeficiente de seguranga (definido em 5.1.3.3.5) T_ = carga de escoamento da armadura, sendo T, = e, = espessura nominal NBR 9286/1986 15 e, = espessura de calcul b = largura nominal da armadura b' = largura reduzida pelo furo 5.1.3.3-4 Quanto a critérios de aderéncla solo-armadur: = a verificagao da aderéncia se destina a assegurar que as armaduras no des!izem quando submetidas ao esforgo de tracéo; a forga de tra G20 Tg, deve entdo ser igual ou Inferior a una forga limite TF, cal. culada da seguinte forma: ' b Teo * Tax € TF 1, 2b £* \ ay(x) dy eL2 Onde: Y¢ = coeficiente de seguranga (ver 5.1.3.3.5) f* = coeficiente de atrito aparente de cdlculo (constante para uma mesma camada de armaduras) oy = tensio vertical & distancia x do paramento L, = comprimento de aderéncia (comprimento das armaduras na zo na resistente ~ ver Figura 5) L_ = comprimento total da armadura 5.1.3.3.5 0s coeficientes de seguranga’ y, € Y¢, relativos aos cdlculos de tra So e aderéncia, respectivamente, devem ser de 1,5. 5.1.4 Vertficagéo da estabilidade externa Quanto & estabilidade externa, os macigos em terra armada assemelham-se as obras de contenglo por gravidade, exceto no que se refere a sua capacidade de tolerar deformagdes (longitudinals e transversais), sensivelmente maiores do que aquelas suportadas pelas estruturas convencion: condigdes de 5.1.4.1 2 5.1.4.4. . Deve ser verificado 0 atendimento as. 5.1.4.1 Seguranga contra o destisanento do macigo ao longo da base Deve-se assegurar que o esforgo horizontal total (Qh) @ que esta submetido o macl go em terra armada, seja Inferior & resisténcla de cdlculo (Qh) devida ao’ atrito Os coeficientes de seguranga mencionados neste Capitulo 5 podem eventualmente vir a ser reduzidos,caso venham a se adotar majoragoes dos esforcos solicitan tes (introdugao do coeficiente de ponderagéo), como se procede usualmente em outras Normas Brasileiras e também nas normas para terreno reforcado por terra armada vigente em alguns pafses. w NBR 9286/1986 entre o macigo € 0 solo de fundagao. a < th sendo T= L - Ff. Qe f= top A Onde: ‘Yq " coeficiente de seguranga contra © deslizanento, tonado Igual a 1,5 = Angulo de atrito interno do solo de fundagéo (ou do material de aterro do macigo, se este for menor do que aquele) Qy = resultante dos esforcos verticais permanentes 5.1.4.2 Seguranga contra o tombamento Deve-se assegurar que a resultante dos esforgos externos solicitantes atue dentro do tergo central da base, ou seja: Mo <8 nore M. = momento dos esforcos externos solicitantes em relagao ao centro base Ry = resultante dos esforgos verticais B = largura da base 5.1.4.3 Seguranga contra a ruptura do solo de fundagao Deve ser assegurado que a pressao vertical (qy) apticada na base do macigo, seja inferior & press3o admissfvel (q) , obtida da pressao de ruptura do solo de funda so. Esta Gltima é, por sua vez, determinada a partir de ensaios de laboratério, ensaios "in situ! ou de férmulas consagradas da MecAnica dos Solos: Mo qy = —~ sendo B'=B-2— rae we Ry 1 - ae Gm 96 + F Aae = presséo admissivel do ™ pressdo vertical pré-existente ao nivel de fundagao tomado Yg t coeficiente de seguranga contra a ruptura do sole de funda igual a 2,0 Agr = acréscimo de presséo que produz a ruptura do solo de fundacao B' = base reduzida - efeito de excentricidade 5.1.4.4 Seguranga contra a ruptura por grandes euperfictes envolvendo o macigo A semelhanga do que se faz para qualquer obra de contengao, deve ser analisada, principalmente nas encostas e nos locals de subsolo fraco, a possibilidade de rup tura ao longo de grandes superficies envolvendo o macigo. Para subsolos razoavel NBR 9286/1986 v 8 02061988 mente homogéneos, o calculo normalmente & feito considerando superffcies circula res. 0 coeficiente de seguranca & ruptura deve r tomado igual ou maior que 1,5, salvo em casos justificavels. Na ocorréncia de camadas com resisténcias muito di ferenciadas, deveré também ser verificada a ruptura através de superficies nao circulares. 5.2 Qualidade dos materiats 5.2.1. Aterro Os materials de aterro podem ser solos naturals ou materials de origem industrial. Nao devem conter terra vegetal, nem tampouco detritos donésticos. Sua selegio de ve atender a) critérios geotécnicos; b) critérios quimicos e eletroquimicos. 5.2.1.1 Critérios geotéenioos 5.2.1.1.1. Para armaduras Visas, o angulo de atrito solo-armadura, avaliado por ensaios de cisalhamento direto rapido, feitos em laboratério sobre amostras molda das em condigdes de umidade prdximas do limite de dez, deve ser igual ou maior que 22°, obedecidos os | Tabela 2. tes de composi granulométrica definidos pela 5.2.1.1.2 Para armaduras nervuradas, deve-se respeitar os limites definidos pela Tabela 1, de composicao granulométrica e de angulo de atrito Interno. 5.2.1.1.3 A dimensio maxima dos graos do material de aterro nao deve ultrapassar 250 mm. € conventente também limitar o teor de umidade nos materiais — sens{veis & gua, a fim de evitar dificuldades na compactacao. 5.2.1.1.4 Na falta de especificagao para execugio.do aterro, recomenda-se que © grau de compactagao seja no minimo de 95% da densidade aparente seca maxima, obti da no ensaio de compactagao com energia Proctor Normal. 5.2.1.2 Critérioe quimicos e eletroquimicos 0s critérios quimicos e eletroquimicos de qualificagéo do aterro, dos quajs depen de a durabilidade das armaduras, so 0s Indicados de 5.2.1.2.1 a $.2.1.2.3. $.2.1.2.1 Reetetividade f As medidas de resistividade tomadas, para todos os casos, em amostras saturadas a 20°C, nao devem ser inferiores a 1000 ohm cm para obras nao inundavels ¢ 3000 ohm cm para obras inundavels. 1 NBR 9286/ 5.2.1.2.2 Atividade an ions hidrogénio (pi) 0 pH, determinado igualmente para todos os casos, deve estar compreendido entre 5 e 10. 5.2.1.2.3 Teores de eats soliveis - ions (CL) @ (504) Em princfpio, devem ser determinados apenas para os casos em que a resistividade apresenta valores compreendidos entre 1000 a 5000 ohm.cm, e para materials de 2 terro de origem industrial. 0s valores das concentrages idnicas devem respeiter as seguintes condigdes: a) obras nao inundavels: (c2)” < 200 mg/kg (s0,) < 1000 mg/kg b) obras inundaveis: (c2)” < 100 mg/kg (30,)~ < 500 mg/kg 5.2.2 Armaduras As caracter{sticas mecanicas sio determinadas por ensaios de tracao, efetuados em amostras de armadura. 0 dimensionamento da secao das armaduras é feito a partir de uma espessura de cdlculo "ec" definida pela relacao: e,-.e, Se Snes, Onde: €,, * espessura nominal e, = espessura de sacriffcio, representando a espessura de metal suscetfvel de ser consumida por corrosio, uniforme ou quase uniforme, ao longo da dispostos na Tabela 3, em funcio da vida da obra; 0s valores de e, es vida Gtil da obra, da agressividade do meio e do material das armaduras. 5.2.3 Paranentos e aceasdrioa 5.2.3.1 Paramentos Os paramentos de concreto constituem-se de pecas pré-moldadas de concreto. (esca mas), com resis cia caracterfstica (f,,) compatTvel com as hipdteses de célculo estrutural atribufdas a estas escamas. Devem ser evitados aceleradores de pega. ou outros aditivos nocivos & galvanizacao das ligages embutidas nas escamas. 0 con creto utilizado na fabricagao das escamas deve ser submetido ao ensalo referido em 5.2.4.2. 5.2.3.2 Aocaadrioe 5.2.3.2.1 As juntas verticals séo preenchidas com espuma de poliuretano de célu la aberta ou outro material equivalente, que tenha fungao de filtro. NBR 9286/1996, TABELA 3 — Valores de "eg" er mm Vida Gtil minima 5 anos | 30 anos 50 s | 70 anos Material da armadura (A) a]alalala]lalalnx 4 Obras nao inundavels 0,50] 0 |1,50| 0,50] 2,25] 0.75| 3,00} 1,00 Ss . sore Obras inundaveis por agua doce | 0,50 +00 | 1,00] 3,00] 1,25] 4,00] 1,50 Obras inundaveis por agua salgada] 1,00] 0 |3,00] - | 4,00] - | 5,00) - Obras especiais A ser determinado em cada caso, por estudo especial (A) A. = ago sem revestimento AZ = ago doce zincado 5.2.3.2.2 As juntas horizontais sao constitufdas de aglomerado de particulas de cortiga. 5.2.3.2.3 0s parafusos devem ser de aco de alta resisténcia, zincados a quente. 0 aco deve ser compativel com o referido em 5.2.4.3, no tocante ao controle de qualidade. 5.2.3.2.4 As ligagdes, como as armaduras, devem ser tras de ago-doce, zincedas por processo de imersao a quente. Deve atender ao controle de qualidade de 5.2.4.1, 5.2.4 Controle de qualidade 5.2.4.1 Armaduras e ligagdes As armaduras e ligacdes devem atender as especificagées de tragao da NBR 6152. No tocante & zincagem, deve ser utilizado o especificado na NBR 6323. 5.2.4.2 Conoreto 0 concreto utilizado na fabrica NBR 5739. scamas deve ser ensaiado segundo a 5.2.4.3 Parafusi Os parafusos devem atender as determinagdes do método de ensaio prescrito pela DIN 934. NBR 9286/1986 nee ee 5.3 Brecugao 5.3.1 Antes do inieio da montagem 5.3.1.1 Aprovapdo do material de aterro 0 conhecimento prévio do material de aterro é obtido por estudos geotécnicos, sua Importancia depende das condigées particulares de cada caso. 5.3.1.2 Bqutpamento Além do equipamento corrente de terraplenagem, deve 'ser previsto um compactador manual, pa a faixa situada a menos de um metro do paramento, e um guindaste pa ra duas toneladas, para transporte das escamas. 5.3.1.3. Matertaie pré-fabricados 0s materiais pré-fabricados (escamas, armaduras, perafusos e juntas) devem sofrer controle de fabricagio, com ensalos de recebimento, a fim de garantir sua confor midade com as especificagdes. 5.3.2 Durante a montagem 5.3.2.1 Soleira Deve ser executada uma soleira de concreto simples para fins de nivelamento e re gularizagao do primeiro nivel de escamas. 5.3.2.2 Montagem Executar a primeira linha de escamas sobre a soleira, e em seguida langar a pri meira camada de aterro até o primeiro nivel de armaduras. Compactar a camada aparafusar as armaduras. Colocar as juntas verticais e horizontals, e montar uma nova linha de escamas, prosseguindo com o aterro e compactagao até o ponto onde deve ser instalado 0 segundo nivel de armaduras. 0 processo deve ser repetido até © topo da obra. 6 INSPEGAO Devem ser observadas as recomendagdes da NBR 9288. IMPRESSA NA ABNT — RIO DE JANEIRO

You might also like