You are on page 1of 25
Costh € wtvA, A. “Gouo Ini A wuvadae a longa. A Afwen SP. Edunp, 1982 . pp. 238-20. 3 pelo Saara. Vat vale (0s que o adotam tomam-se senhores das fe das escassas ¢ rudes pastagens que as AAdrar dos Horas 20 artes —,edos assis agrico ‘Tuate; mais além, no Hogyar eno Air; em tan 3s, eds roteiros dos posos. Iromedrlo alteraria completamente a vida dos berberes do" que etes, de certa forms, o ocupassem. Deixava oSaara de serumma espécie de terra de ni 7 es que conheciam 6 equa ede ofsis ~e deles cuidavam, desde o do Sacl. 0 desorto tomnava-se, essim, um mar ‘um mar de aridez que, rcortido pelo homem, A partir de enti, sranico ao pais dos negros, em ver de apenas E verdade que os berberes continuaram # morar ema tendas e 2 lever de 10s. Mas passaram a ter na pil ‘ iia ou. sorvidao cs habi- ‘antes dos oasis. Cede, comeraziam a saquear os vlarejosagricolas dos roma- ‘os, no sul da Libia ¢ no Magrebe, bem como as povoagies negras que se espalhavam pela larga e longa faica de estepes saclianas, de savanas e cerra- ao sul do deserco, desde 0 Atlantico até o mar Vermelho e os ue se chama Bilad al-Sudan, ya terra, Nas zones mals pr6xi es ¢ fonio. Mais a0 sul, sorgo e arroz. As 710 das savanas 620, ainda hoje, excelentes para os cere Ais, 05 300 «1:000mmn de chuvas que caem na maioria dos anos permitem & Dréviga da agricuicura nao-ierigada. Suas Areas cinidas deviamn compreender, 219 ‘se encarnaria o 7 saamaccniathestpge mantener face a er vizinho um homem para ‘de arbitro € que esta se tenha. convene a bros assunisse a posigdo de comando. seca prolongads, algou a diregdo da grei 0 ‘oude organizar 0 uso racional da “Tudo isso sto conjeturas — projetando-se no passado Jonginquo as rea dades de um passado recente — sobre como seria o tecido socal das com ‘dudes nas estepes e savanas sudanesas, Multas delas, sbretudo as localizade 1 Sael de entao, zana de encontro entre povos pastores e agricola, estariar “tal eome hoje — acostumadas a reeeber, nos meses de esto, quando os ma~ 4708 pastos desaparecem do deserto, os rebanhos dos berbercs, Vinha.o gado sno lavradas, no exercicio de direitos tradicionais,e, finda & imades era aceita pelos sedentirios, ¢ os ber Haveria, de vez em quando, conlitos. Por raptos de mulheres o cio delocais sagrados. ‘ohomem eo expittio dx Sona viagens. atacar de sur do dopressa como jo com elas os viam chegado, pare onde nfo padiam ser perse de gros, gado e escravos. Com estes cereals etimmaras — as timaras que os némades em dromeddigs foram disseminando plas thas do desertoe que vtiam a co u comércto corm # posstvel que alguinas dessas tribos do Saara ou outras do Suds tal, montadas em cavalos e camelos,se tenham imposte como nobreza erma- da sobre povos sedentatios, ecelerando, assir, 0 processa de transformacio politica e de ciagio de estados. Mais provével ainda & que a pressio dos n0- rmades sobre as terras dos as extruturas de poder locais, bem mais £6 ‘les melhor resstc Se as vaitagens dos pastores era am su, a8 dos avradores eram a estabilidade e a coesto dos vi igara um arcabougn incfpiente de mando e de divisto de tarefas. Os reis 1 ‘wais © os comandantes de tropa transformaram-se em chefes permanent otados de autoridade na paz ena guerra. Mesmo quando prevaleceu onéma- de, a forma eo cardter que tomouo seu poder derivaram das estabelecidas nos comunidades agricolas.* O desenvolvimento, no Sudo Ocidental, de numerasos reinos fol estimu= lado pelo comércio transaariano, que o cameto tornou posstvel. Hé sinais dp pan 0 mimero dos | ito.com que estes reforgassem [onde as cacimbas se tornavam mais f brawan'ge vigae de, deséirge © ‘dies: foticavam-se a exporfagdo e récebii ‘gia; as servia. sobre ‘era em parte consumida local eseambo com outros pe sul, ou, pelo menos, o dominio dos pontos extremos das rotas caravaneiras 8 de seus eixos de difustio. Quanto 20 comando dos caminhos no deserto e dos pontos de paragem, aguada e repouso,estava nas mos dos borberes — que forneciam o¢ camelos e os guias das cata, direitos de passo. ‘Om dos itinerdrios mais: itera da Aftica, do norte uma curva que val aleancar 0 cotovelo do Niger. Nele, 0 eram abrandados pela proximidade do oceano, Prin Marracos — onde o comércio com 0 Sudto f _metalingica ou textile cidades présperas como tigos seria « que acompanha, como tum arco, 0 ‘cabo Branco, onde inflete para o sudeste e faz igores do deserto posos distantes entre si dois ou trés (ou cabo Mir), 6 topava 0 Sael ¢ era através dele que se divicia em ‘eamninhos — para o Tacrar, para Sile, para Audagoste e Gana, Porc ‘morava de um mis e meio a dois meses 268 jomades Ou, nas pares 5,0 alivio de uma estepe rala, Algummas dessas pistasj4 deviamn ser freqlentadas modo de alcancar-se 0 Egito,& ps Kharge.eDakhla. Quando tbne Hawkal escreveu, na segunda metade do século X.0 seu tratado de goograia. essa rota jd tinha eido, um século antes, abando- ‘nada, por causa das tempestades de aei Por essas vias, flelras de milhares de dromedérioslevavam, do Magrebee a Libia para o Sudo, cobre, bijuteria de video, conchas e pedvas, perfuanes, ‘coral de Ceuta, espadas, panos de elgodao e outtos artigos de huxo. tambem témaras, dos odsis do deserro.E também, possivelmente deste o inicio, cava Jos, De toma-viagem, iriam carregados de goma, émbar cinzento, pimenta Peles, marfim. E acompanhades por escravos — 0s es 8 a0 elemento seril dos ofsis, 0 0 entanto, o oure € 0 sal. O oure, tio necessétio & econo. ia moneténla da Europa e do Oriente Préximo. O sal, indispensdvel as po. 2s seguir para Ga6, ¢ depois para o Aire 0 Tibest,¢ emiseguida para os oasis do © que pertenciam a uma sexpes u ae | Se, desde que the oforecesse anualmente um virgem de grande | apart de entéo, as fontes do ouro, Gant. so meio da base de um triangulo tnvertido, ‘hios das bacias do alto Niger e do alto Senegal Are cembora quase 2 irae do pastoreio extensivo. Sens beter x cele dio, gue ar 8S trove da aig de Gann crn de tants ots vad suaeses conse to ras ade sob oh oe fants nore us pe fhe betta fore defn iepndad:dean o30 adores do grande ios ous, ond ra muito ouro. O assentamento ‘toc, Bide garantia @ abundéncia de chuves P um grande reino. At6 que um pretendente & viggem a se 1conformado, maton a serpente.Sobreveio a seca ese esgotaram, sacrificada, adores 10 do Sudio de onde provinhs, 0s conq) pronta noticia, Tanto assim que p Deste ouro € do r mugulmanos do Magrebe tiver * Soren Sunatele Senate, Saku Marara, Maria 25 3 chef supre- ara os berberes, area googréfica que os mandingas lo que estes hoje descender, tule desew chete para o caia-maga,a © comando dos exparos. Nem, muito menos, a imposicio de uma rigida estrutura governa mental ou das formas de cultura do grupo dominante sobre os povos pevité- rio9s. 0 ava era a quantidade de gente sob sew controle, Nao era Gan: um Império, se visto da perspoctiva romana: nfo possufa a vontade de unificar ¢ converter, de reduzir todos os povos —denteo de rontelrasem expansio, mas, emcada momento, determinadas—A mesmo Ieieaum tnico césar. Gana, como estado. ‘nas, azelar pela segurangae pelo bom estado das mercadorias, Gracas a esses comerciantes, 0 islamismo penctrou no Sudo e chegaram ao mundo érabe e ‘05 seus letrados as novas dos reinos negros 20 sv do Saara. 34 no fim do séeulo Vit, o astzonomo Al-Fazari mencionava *o terit6ria Ge Gana, 0 pels do ouro". Pouco depois, o gedgrafa Al-Khwati Gana em seu mapa-nvindi,inspirado no de Ptelomes, Dai por diante, Gana, Miguraria em quase todos os texts drabes que aludiam ao Sudo icleo coeso de poder, mas era sobre- ole havia povos que respondiam di- formas decrganizagdo ‘era quigs permanentemente refeita pela agko das armas, com cisbes eacrésel- mos de sdditos, e mantida pela divisio dos povos em segmentos de nobres, servos ¢ eseravos, Os régulos locais nfo perdiam a autoridade, embora junto a eles pudes- ‘sem fixarse governadores ou comissérios, responsévels diante do gana pelo zeerutamento de soldados e pela cobranga d Al-Bakri nunca esteve no Sudic. Compés sua obra de oi 3 a informagcs trazidas pelos mercadores, escoimd-las de exageros € fosas, para compor um quadro que pressions pela clareza e pela sensacao de realidede, £ possfvel que seu r ppor fontes numerosos documentos sobre o Sudo, que existitiam nos’ — "60 titulo usado pelos reis de um pais cujo nome é Aucar.” Essa sdenominacio real, que significava “chefe de guerra", no era a tnica. AO s ano davam-Ihe também as designagoes de tunea e caia-maga, ol eaia a, “ore! do ouro”. 26 7 arlantico, 0s Judslas; no. Derosios cobertos eo vermelho e, algumas vezes, das duas cares. mas grandes minds de Tegaza & i ‘ransformagao, ‘outros depésitos de sa-gema, formados em depressies onde outrara houvera: lagos. Donos do sal, detinhazn of Na segunda metade do sécuio IX, os azenegues assenhoreat primeira vez do né caravanciro de Audagoste, uma pequena € mercentit de importancia, uma das principais portas do eomércio com 0, ‘Sudao. Dai por dlante,epor muito tempo, Audagosteprogrediu, até desapare-| ido; airmentara 0 consumo de Agua, pois erescera o ndimera dos “Ubuérios, © volume dos rebenhos em torno da cidade e a extensto da érea — numa planicie arenose, ao pé de um) | ‘monte desnudo de qualquer vegetacio. Mas 20 redor da cidade havia bosques de tamareizas. Enela nfo escasseava a dgus doce, Cukivavam-se 0 milhete, as: Figueira, pepino, a hena, O gado, vacum e ovino, era abundante. O mercado ido os azenegues conquistaram Audegoste, a apartncia da cidade — neantadora’, segundo Tbne Hawkal — era a de um vergel. Onde os noma- es, muito provavelmente, se guardaram de vives, Aeampevam a sva bord, £m tendas ou em prectrios abrigos de canico © de ramos. Mas tinham sob controle o acesso & urbe savam 0 comércio, cuja pritica debxavarn nas = ios dos zanatas em, com bonitas mulheres, de cintura fina e nédegas ches. E por toda part hava belos edifcios e casas elegans, | ‘A atividade manufaurera devia sor intense, embora Al-Bakri sé nos dé ALE NEques 218 congas tonite pIDAGostE 28 & aeepneagsare © grande chefe azonegue vivie no des quando 2 Audagoste. Era, a9 que parece, comelarla: em Aquela controlava o sal ea saida das ara dentro da savana ¢ do cerrado, das mercadorins devia se © poderio de Gana abranigia agora a maior nha de grandes forcas rar 2 colocar em pé de guerra 200} rquetros.” Estos usariam arcos pequenos e fechas com bco de fem0/0 to — ums $5 metros, podende atingir no maximo bo | ‘epoucos metros —., pois nao devia ser distinta dos tipas que até rec ram usuals ma Aftica Ocidental.® Aposer disso, os arqueiros seriam temidase 4 ecidisiama batalhas, pelo menos em campo aberto, a efiedcia das fechas sie ‘mentada pelo envenenamento de suas pontes. Nao nos dio os autores érabes noticias do uso do cavelo como animal te ‘guerra, embore Al-Daksi® nos diga que ot eqiinos de Gana ‘mediatamente apts descrever 06 seus exércitos. Isto ‘por Jack Goody, por exemplo — come inpicando ‘nas tropas do caia-magae,aliado a exemplos do emprego lade que ela thes dava, capazes de se impor sobre 6s | iarejas agricolase desonvolver os primeiras estados do Sudéo Ocideotal. No tou, porém, quem observasse que a mengo ao tamanho dos cavalos, 280 usava dromedirios nas expedigbes para a capiur de wscravos.® Acmissdo do cavalo de guerra em dlificiimente deisariam passar sem mencdo ex- da bvio, Jorge Lis Borges” re io Gibbon, que ne Aleordo nae hc os drabes que a Infantaria, queiros, eraaforga bisica do exércite de de prestigio,ligado & pompa does ‘0 gana dava audiéncias — narra Al-Baksi™ — gentave-se sob redor do qual e colocavam dez eavalos ajaczades de ouro, Al vendo quase um século depois de Al-Bakri, nbante exagero, ‘que 0 rei amarrava seu corcel a uma pedra de oure, com quase 14 quilos de eso, B afrma que o gana s6 montava a cavalo e que, a cavalo, percortia = Cidade, duas vezes entre cada levantar e por do sol, acompanhado solenemen- te pelos grandes do reino, A comitiva era provavelmente precedida por tambores e pis, come seria de praxe, mais tarde, aos desfiles reais, em quase toda a Africa. O parece certo € que ja havia tambores especial, que £6 falavarn no culto ioso ou nas cerimonias da corte. Isto depreenide-se de Al Adescreve as aidiénciss reais, em que 0 exia-maga dispenssvaj ram abertas pelo bater de um alongado tambor de made se dex escravos, com espadas e escudos omamentados de ouro, De ouro er 25k dos exe rei, Vedava-se a Povo € comecava a jogar tera sobre ela, aé q cconstrugao de madeira, uma espécie de colina. Ao red de varas e palha em forma ée dome, dentro da qual se encontraram 03 restos mortais de s ‘Tunca Meni, 2 seu iomateno Basi. Conforme o costume — explica o andaluz ‘como herdeito um flho de sua im. Seri, portanto, Bakri se tivescem engs: mo norma um caso excepcional, em que wm sobrinho, Me-| Dim, substituiia como tei dos reso seu tio, Basi, A versio ¢ o posse! fato contrariam as wadighes sobre o antigo reino soninque, confirmadas peas pré- ‘ieas atuals desse povo, que consagram o regime pat ‘A suserania de Tunea Menim exercia-se sobre um amplo ternitrio, Seus fes— dedur-se de Al-Bakri— seriam, a oeste, ovio Senegal, além de cuje a 0 Tacrur © Niger; 20 norte, Audagoste; so sul, Ban ‘canfluéncia do Senegal com o Falemé, uit vezes 0 que, na boca dos barclos, parece lenda so revels histéria Recitam os saracolés, com nostalgia, a dni 282 1 quando maga ou m Essa tradigao ji devia ser cot cordmica local. Grande ndimero de armas e utenstlios de ferro. Objetas de pedra ede couro, Pesos de vidro e de cobre, Pequenos pedagos de pedra pin- tados com versiculos cordnins. ‘Todos estes achados sio importantes. Revelam que Koumbi Saleh foi wma cidade de mercadores ricos, um grande centro comercial, com entre 15 € 20 mil habltantes, conforme a estimativa de Raymond Meuny. Sugerem também ~ ue a sue existencia recua muito no tempo e que, onde hoje hi um escasso Pastorelo, com uma eoutra acécia @ interromper o chido de areiae os tufos de ‘capim ressequido, se superpuseram varias cidades — ou, para dizer metbor, foram construindo, no correr das geracées, sobre prédios mais antigos, outros ‘mais novos. area teria sido ocupada desde o século VI" e ja seria uma cidade deste o fin do sée endo alcangado o auge pouco menos de trezentos anos depois: bi Saleh tena sido uma das cidades gémeas ial de Gana. Todos os indicios jogam, contudo, favor de considerd-la @ vila mugulmane deserita por Al-Bakzi, com suas doze mesqu- 258 les br buck fs k ee Ge | cconservar, atcavés de repetidas didivas, a siqueza entre seus siditos. ¢ jediéncia ou a alsa de nels m Cada asneo carregado de do Tagana, no Saate, pagava 20 ci azenegues, zamatas ¢ arabes dlistantes, como 0 iraque. gas de cobree de outras mer- ure, O mesmo oure quelhe man: 1 terras 0 gana talvez nBo exe to vegetal. Uma Os var rigoroso segredo sobre 08 Io Vangara ou Gangara, que nao ses 1a com 480kan de comp usc |. Spencer Trinsingham™ — ura cormuptela de gange fea “burace no golo", ou “mina”, se aplicaria —~ segundo Bov jenhain — a todas as areas feras. Ou somente as Areas de Bambuk ¢ Buré, no alto Niger —~ como queria 1 urna parte da rogito. Para Tr por extensio, 08 soningués da Maurit 198 se teria dado 0 con nome os érabet aposeram & ‘clabrsie om nsomracanon que an en CunB sao eins cole sna npc dreads Socio hdenan Epentolaee os thon Gestan omen um ll prs he reve potas de sca can all do ofea cde seosintrreeQuendomnenen etna | nasi “ignore por ces par tru dnp eo Con plot ad aude Hasan se eeu ie ee asia soca ; mas ie Ga dtr caps ov cepa pbs patrol ond nha ois focos owl ee enimiana, devin indo te combs fe | eee hem gece ease at cos oe ee oes aera vm cago ene ot hhaveria dois ao comércio para, mantic sua’ mtimeross | cone ¢ um exército permanente, para dstribuir, nas grandes festvitades, a | a : poderia ja ser enti seu importante entreposto:* 255 ittos. Talves ane para o savana, os blocos de sal er ‘menores, de forma a poderem ser eonduzidos a eabec asim, ou em pirogas, eram levados para as orlas das Bammbuk e Buré e talvez também — quem sabe? ~ pars ‘mais longe ainda, para onde hoje fies o pais dos 0 sal era artigo raro. Tanto assim que, as vezes por igual peso de our0. Ot Js exagerados e propde que atravessassemn chegada dos portugueses & costa da Guing, «mas ses Este viajava em pé ou em barras — come de 1 que se desenterraram de Tegdaoust® — pel 0 do séeulo XI Jase agora direto de Gana A serra Bafor, de onde se coi Drea, com a escala principal em Azogui. Ou se faziam roteiros em Ganaa Sijilmessa, atravessando durante dois meses desertos asl Jos guais se podia marchar 14 dias sem encontrar agua, Dessas rotas, a dé ‘maior fortuna teria sido a que passava por Tagaza, ‘ercadorias do Magrebe pelo sal que se fa vender 20 Sudo. No Audagoste ¢ clos azenegues, que se haviazn conver- ante, bn Ibrahim, fez a peregrinagio a Meca, ma Ifiguia, convencido de quanto era superficial 0 |slamismo entre os embugados do sul do deserto, e de quanto ncle contaminagdes das antigas crencas locals, procurou um homem edbio que udesse ensinar-Ihes a verdédeira doutrina, Orientarami-no a buscar conselho ‘com Wajaj Sbne Zalwi, um lanta quo dirigis, no Sui, uma escola de ascetas, ‘conhecida como Dar al-Murabitin, e que se tornara famoso por fazer chover durante as secas. Um dos membros dessa escola, o jazula Abdula ibne Yas decidiu-se a acompanha Yahia & entre os judalas comecou a pregar mismo rigoroso, um matequismo intolerante, inletivel, baseado em preces coletivas obi A resistencia & severidae com que abdtula ne Yasin procucava ‘0s costumes dos judalas transformou-se em faberts, lego apésamorte uaa pat 256 do Saara, ou por outs, novas, que se tornaraim mais percorridss desde neltos ¢ ras fervorosos prim 1e Yasin nao recebeu até saria 9s homens do mo- rada de seu espitito e centro de sua pregacae, t pole prosenca do santo, sntemente forte, dew. Quando, em seu ione Omar, a quem fez elko contra 06 judas, em 1082, Je se opunbam ido o direito a vida, Yahia, Ein pouco tempo, lograu-se ce massufas, Una is do comércio do ouro e do sal. Os azene- ,sobretudo dos judslas—, de sa, famdada nos fee pasavam atin eno sem esis tia soledade eel pare ma comunicad pate tasinamevtes de Tne ain ™ oe orm do spec contnuavam os arenes do oreeste do Sara ~ 0 dante a ‘03 jauilas —, submetidos, nos centros caravaneiros do sul do Maxto- 0s, fi poder de uma outra tribo berbere, os zanatas. Fstes estavam também 267 on pilaiait ar A montuions ee cydlow — faapnrkaar Anribyite — @muatioux ax atravessado por uma fecha, Freqilentemente, os alors juntavam-ses0s ga Diz Ibne Khalden” qu os almorévidas sobre a gente que nelasvivia€ as convertiam a0 Iskio, Diz, também que, por causa disto, mi dade do gana. O que nto dizé ‘que Abubacar tenha conquistado Cumbi em 1076 ou 1077 e cenvertido &| pela forca — como se 1é em vérios autores, desde J Para iso chama-nos a atengio Humphrey ‘quista de Gana pelos almoravidas foi cor mostra que nem ui 36 de Sudio ahude 4 congul importante demais para pi ‘Apés a morte de Abubacar, 0s para o nore. Em 1070, Abubacar fanda Marrague (ar para 0 deserto, nena as minas do Sudo © F gue por iso mesino,entaria para ahistria europa como orlangador da mmoeda de duo. Os dinars almordvidasiveram arapla demaida na Europa © ‘setiam imitados peios reis cristios da Peninsula tbérica. A moeda de curo G,chamaranh os portuguses morabitino,e 08 castelhanos, maraved. De cl ‘nijatiu De swords © fx de our sudands para 0 Marrocos deve ter aummentado substan Glalmente-nesseGpoce. Piso conttolealimorévida do ineréro caravan daa as céflas uma seguranga qu elas dantes desconhe | patlaino dea morte de Abubacar€ te do Marrooos de opto. Preiavam tomenagem a Yarufe mas dle rar dene dicts, Mal alngrao apogeu omega decinio amordvida,Noinice dosécu de Agmate e possufa enone fortuna. Int fe © 0 deve ter convencide de que construir um grande império. Gragas 2 riqueza de Zainabe, Yusufe péde aumentar¢ fortalecer as suas pessoals, comprando, para coldados, cativos sudaneses e espanhiis. Preparou-ce para 0 desafio a Abubacer. Quando este regressou do Saara,ap6e pacificado, deparou-se com a firme decisao de Yur ando, ainda que he reconhecesse a supremacia no oU-se a0 deserto, Os almorévidas ficavam divididos em dois grandes grupos: 0 do Marrocos € 0 do sul. Se esta era a realidede do poder, L ante um «6 chete, Abubacar, em cujo nome Yusufe governava Este fazia che- 258 ae onde alec enannceurenena MB Oey op ov ‘A empresa slmordvida detxara no Seel mareeé permanente. Em primeitp aoa | | | | | Jugar, porque contribuiu para a islamizagao de grande parte das populagoes wert de + Go net do Suda Ocdentl,sbretudo cs soningu, qe am se ansfon pee an Joe ce EE OP nuke edo que acl podiasuporta, ceo desoacaram o que eno era.oSel¢ ger yr aeliaram que cnt eaavnn. Ald dso nenegues ne deta f ncleos negros, que abandonaram ala : oo nomedimo, Carn role bres eee io ee “ correrpondem ermine sana de Koubi Se ; BPD | 9M uma importante urbe ato séeuo x. e pier enaanetieemn mercer eats y alcangava-se eotn facilidade, para @ ara 0 oriente, segundo a linha dos paraleles, Ta de onde se extrafaa pedra-ume. igo Chade. cedo comecaram negros e berberes a transportar menta-malagueta, 0 J4 devia haver na drea numerosos vilarejos agricelase alguns pequenos ‘empérios do comércio transaarlano — ou. quando menos, estagbes de repou- s0 das céfilas, onde se permutavam cereais pelas barras de sal —, quando os soreos ou bozos comegaram a remar rio acima, desde a regio de Dendi, n {rontcira da Nigéria com a Reptblica do Benim. > Barquelros hibels, virendo da pesca e dos recurtos do ro, as gorcos fo- Fam, pouco a pouco, gracas & mobilidade de suas pirogas, astenhoreando-se das comunidades de agriculiores (os das ou dés) e de cagadores (ou gos.” cstabelecidas as margens do Niger. 0 poder daqueles senhores das Aguas su ‘mentou enormemente depois que atingiram a regido de Bentia, ao norte de ‘labéry; onde abundsvam os hipopStamos, 20s quais 0s sercas davam morte ‘Som seus apes. A Area, aé o Lago Debo, era entao bastante mals propicia do 288 pela orga das armas, aque de spdo ~ 0 instrumento por excelncia dos sorcos — rico. -Aascensio da nests 24 veficou-se entra séclos Vl eX na mesma ép0ca em que Gad se afrmava come importante entreposio do comércio tran- ‘cidade talvertenha comecado a dosenvoverss no bance esquoidd do Niger proximo a local onde este e une ovale relaivamente verde do ide “iens, um eaminho menos duro pelo Saaraadentro, Por ee se arbava ts montanlas do Adrar dos Nora ea Tadmekio,o grande mercado do deserto, 16 das pistascarvaneiras que vinculavam: o Niger meio ao Magrebe, &Libia 30 Blt, Tada ora para Gad o mesmo que hudagaste para Gana‘ ercaoriasvindas do norte ou do este passavam, Ga, dos ene Jos pata as pirgas dos sores, que monopoizava os transporte longo do ie influéncta songei rio abaixo e rio acima. De suse- ies o cagadores, 08 Zés tomaram-se chefes de um rico emp6- ‘ereantl, por onde passavamn 0 our0, 0 sal € 0 cobre. wi todos 08 ritos 's reiseGatliiaram a Ser investidos, com todos ie 'No, inicio do séeulo 2X1, G20 designava, na realidade, duns cida “ttn Da mesma fortna que Gana, Na margem esquerda do rio, fieava a vila dos Zi iayaman, Za aspen. 285 0 24 Este vivia prova a0 credo de Maomé? As tradigSes o apontam comio um verdadeiro J que alguns de seus sucessores fossem mugulmanas apenas de aparincia e se conservassem figis &s antigas crengas @ritos, ou as _misturassom aos preceitas do Alcorlo. Do povo, cabe-se que por muito tempo. ianecen irredutivelmente animist De qualquer modo, o pais songai a Magrebe, mas também 8 Andaluzia, Diz-se, por ex {de Cérdoba enviava umn exemplar do Alcorée a cada rei que assumia 0 pod ‘em Ge6. F foram mos andaluzas as que gravaram virias das estelas rus res, com palavras em érabe, encontradas, em 1938, em Sané. préximo a clas [éem-se epitiios de reise outros membros da familia real, rm 1100 e 1265.7 Os reis de Gad teria sido, assim, dos primi {06 @ se fazerem Islamites,nisto talvea se antecipando até mesmo a Tacrur. ‘Aformacio deste dltimo estado, que ocupava ambas as margens de parte do baixo e do médio Senegal, deve datar dos primeizos sécalos da era Ficava numa zona de contato ndo s6 entre o deserta ea savana, mas também centre ltoral atléntico ¢ interior. Suas pirogas desciam 0 rio ¢ depois eubiam ‘costa, em busca do ambar cinzento, da goma deacécia e do sal. Jam até Aull, no Trarza. De regresso, os harqueiros vendiam, rio aeima, o sal. compravain ure, Ouro, escravos, goma, mbar, lf, cobre, contas — eis algamas das mer cadorias que alimentavam o coméreio com as edfilas cameleitas que, pela rota Kost Kot. 286 \omades, criadores de gado, ¢ proct a.com os que se veer, apomtar a semel ee figuras de homens associados & criegdo de bovinos, pander, Poca do stl Xa cmc ps 8 ree ancrntieanqelhessb tara nner do Fu owned eco aie ont fom que elevate pana cadena Det serena tbanaran cout are care 2 wpe ¢ ae poor eno mao conn = cia de 0 do €2 cee page aout aniong daampe taba do sel eds bards remands Seng at x Camas rsioce asteitos que, segundo a tradi fe Digogo. Elarelnou provavelmen- tenos tims séculos do p lento de nossa era ¢ foi derrocada, antes ‘que csseterminasse, pelos Manas, uma familia pertencente, wo que const, 20 de Diara, tucolors converter-se ao slamisma, m antes, portant, da ecosio almorivida. Esse soberano eam tal fervor ¢ 2 + seareor, Sere War Djabi on Rab, War Jal, War-Dyabe, Waa 287 para a savana do cer ‘ter sido responsdvels a desordem criada, no seguin as guerrasalmoravides. sgorarento das minas de fanga das Fontes do ouro, igavam o Sudio ao Magrebe: io para sul, os sossos tiveram de ha ainda frouxa ede frig poder (e que serviram (crur e outros estados de orka do Saara), quanto com orgatis- s € outeos eram malingués. E entre eles, no 7" no séeulo X, 96 dis ako Niger. Com a rotes comercial tropps as do Omar.” na campanha contra os insubmistos Jaded ual aan alors mos politicos mais soidos. sre o alto Senegal eo alto Niger, Al-Baks! einas, Do e Male ma eidade-estado, a rer-se no relat posterior, de Al- Jo convertida ao islamismo, por un snugulmano de ymalcancado: dor de ouro e que portencera a esfera de influéneia de Gana. A cidade-estado de Sila também se viu obrigada a sujeitar-se a Tecnu. Na metade do séeulo Xi, lescreve o rel de Taerur como um sultio poderoso, conhecido por sua firmneza, cua severidade e seu expirito de justiga. Diz, do pats, que era seguro e rangiilo,¢, de sua capital, Importante centro metcanti, aonde vinham ter comerciantes de Mi com a, cobre e contas de video. ‘Mas nio 66 Tacrur erescia, possivelmente em detsimento de Gana, Outros cestudos afirmavam-se e expan id80 10 Diafunu, {que se datou para o nore, as expensas dos azenegues e destes adotou a cul tura, Ou come $0sso, quo, 20 invés, refugou o ielamismo e reagitt contra o8 0s mieroestados deviam existirna drea e escapatam gos auto~ smento do c0- mércio e o contato com 0 maometanismo desenvotver os mecanismos de mando. Grupos de vilarejas achegador ram ase vincular no que hoje se chama kafi © a reconhecer aut ‘lose e politica de wm elefe, © mansa, senhor da terra ¢ da ch 289 = do sociedades secretas de capa 10 das arma, afeitos a0 desafio do per rseguigdo dos animais selvagens,privagées, 33 rdpidas ¢ a ent ledade entre cles sobrepunha-se as de cli, Ge conbect as vat qoe cara fermentct« doengat, ram els ee fomnecam etre dpurs de pendvie equ pretegiam a eldelas conta ss armas ning el posielmeate nas asocagbes de cagadores que o& Quis — eo secontn ma ita de Need Cal rerun Bove dessin Deven sm dco terse aproveiad d vahana das mines de Bur pare ftv do comtrl dos butos de pssogem se pralecerem eampliaren omer de wlarejor ede pessoas que os eeonheclam come mans No nico do soul Xl, quando oy suse apllevam 4 conqulta dos testsos angus o manta quota chamavace Nhe Fema nha ease tus fihoe— de acordo com a histraorl® unl leadinho. Curae a. lone am eon eo mei deme Sn wansformou-se num grande cagador, atraindo sobre sio cide € ie Mast eine Ratan — ia ie hs — signe ‘ou “chefe de sangue real”,** ¢ Jata ou Diasa, ee 290 sinico sobrevivente. A este, eno, seu povo 0 ‘pela cavalaria que Ihe cede 0 rei de Mema, regressa a0 Sanca- ‘ao aproximar-se da terts natal, co contingentes mandingas. ta comeca a bater os soss0s. E Ihes infige a grande derrota em de 1230. dois grandes magos. Sundiata teria tido a vantagem de saber que Sumangart fra Invulnoravel as armas de ferro, mas nfo ao espordo de um galo branco,& agragas a sto, pode vencé-lo Enguanto dave combate aos sosses, 8 forgas devem (er sido, ais, as razbes de éxito dos ma nheceram 0s seus cheles, 08 quais, apos a vt6ria de Qui ‘Curued Fuga, para selarfidelidade a0 Sundiets, como rica, os ris, e tragar as ‘normas que regeriam a nova organizagéo ‘Cada um desses chefes continuot a exercer 0 governo local, mas todos cederam 0 titulo de mansa — ou mandimansa — a quem na guerra 0s Co: mandara. A Mema,o aliado saracole, concedeu-se um estaruto especial. O seu rei terd também diteito de ser chamado mansa e seus dominios manters0 2 ‘atonomia dentro do império que se comecava a criar. 0 do Mali. ‘Batidos, os s0ssos refugiam-se em suas ferras, Mas as tropas do Su io thes dario t'gua, tirando-Ihes, em pouco tempo, os amplos territérios ‘que haviam conquistado € até mesmo Kulikoro, Os sossos emigram para 0 ‘uta Jalom e depois, talvez, para as costas da Guiné. Nas itios do Mali fica todo 0 rio de Gana (exceto 0 extrema setentrional, contiolado pelos berberes),€ 0 pals sosso, © as aguas do alto Niger, do Gambia, do Senegal ¢ dos sios que Ihe sio tributérios, ¢ amber & + Dontaran-Tuina,Danaran-Tuman ta devia ser a ste todas 2s cidades do i apenas a de sua eapital, que a tradicéo ani undiata morreuferido acidental io ja tina, Aa’ mais de cem anos, boas raizes enire os mandingas. Mas, embora Sundiata pertencesse a uma linhagem que adotara o maameta. hismo ¢ comandasse muitos moslins, a imagem que dele nos dio os bardos ‘malingués € a de um rei mégico, que retirava sta forga da natureza e dos antepassados, um homem J se propds que Sundi crengas tradiclonais durante 0 exftio em Mema. Cotn est xen aqvem dovemos a geneslogia dos Mali®®—se divertiaa atirar fechas contra os siditos — 0 que talveesignifique: lo e morte por uma revolta popular. 7" neto do Sundiata por uma snegado ao poder gragas 20s funcionsrtas e guardas da ja muitos escravos ¢ libertos. ‘Acabo dois principes son- roféns © comandantes de fugiram para Ga6, cuja soberania restauraram. por Sacura,"" um Hberto da familia pital songai era reconquistada para o Mali, real, que usurpara o poder dos Queitas. de inftuancia co M “Ace atfibui-se 0 ter avassakado 0 rel soningué de Diara, um estado vii sho e rival de Tacrur, no Sael. Durante os s8culos Xl XII, Diara resistira 20 smo tucolor € acabara por prevalecer sobre o antigo sdversdro. guerteado 06 sostos. Obtida a vtéria, cle aparece, porém, conforine 1 the estivesse subordinadla, quando Diara se incorporou.ao impé- 4isoes orais, vestido de mugulmano, na conferénela de Curucd Fuga, poi ta rotomado ac fslamismo, pelo menos nas formas ex do comy ‘mento, para no mais ver visto como chefe e sacerdote de um grupo, ni at, Oat % abe Ba, Babar ger Al Rolote Sakura, Sabaeura * Manca Wall, Mansa Outi, Mansa Yeretenk 292 cxdos calrotas, onde quelhes cobravam quatro ou cin De woita do lugares santos, novamente no Cairo, of mandingas conti- ‘uaram a gastar. 0 mansa endividou-se, alguns dos credores 0 acompa doo 1 recoller o que Ihes exa devi ‘Muse era senhar de um extenso império, cuja prospetidade @ bem-estar ficavam muito aquém, contudo, do que sugeria a sua prodige 0 ure que levara provinha possivelmente ¥ preparer uma frota de 2.000 caneas, a metade das quais cam gua ¢ Provisdes. E parti ele préprio numa dolas, Nada mis Se soube dd expedicio. vidas dos Nutuedores que davam est -agbes indone sias, 2s canoas do Mali nham inevitavelmente de perder-se no. tes do embarque,o rel transferia 0 poder a Mi seits exércitos, adquiria 0s tecidos € os outros artigos de luxo com que presen. (eava'aarlstocracie armada eos chefes vassalos, edava, através da pormpae da © prodigalidade, provas de seu poder. Enguanio isso, a quasetotalidade de seus séditos — fossem cles mandes, tucolores, saracolés, bambara ‘casobres de barro cocado, a eulllvar 0 milhete, 0 sorgo e 0 arvoz, sem ‘auio que nfo o da vara de furar ou @ da enxada curta; a cuidar dos bois, das ‘bras, dos camelas: a pescar nos rios enas praias do mar; tecer 0 18; a fazer cestas, potes, objetos de mad foros: Do trifco transaariane s6 ce beneficiava dos ndispensével. 0 comércio que the interessava era 0 que fazia chegar 0 pebxe seco e o¢ cereals as regides que nao os produziasn. A propria cepitals6 diferrie das aldeias pela sua extensao, pelo palécio do rei, também de argia socada, pelas mecquitas e pelo mercado. Alioislame era 1326, ¢ {6 em 1839 0 Rex Mell aparece ne mapacmtindi do maiorquine Ange Iino Duleert — vestido a europtia, com eetto € coroa, Com cetro & caro, & ngas barbas encarapinhadas, tendo na méo eireta uima grande peplta de | 4 ro, que parece mostrar e oferecer a um azenegue a eamelo ele est dese ado no mapa que Abraio Cresques, também de Malorca, fez, por volta d 1875, para o imperador Carlos V. ‘Sua fama era dein rei riquissimo, a do senhor do ouro. Construiu-a a | {nsensatez com que esbanjousioneladas desse metal no Cairo, na cidade santa ao longo da rot entre o Mali e Mea. ‘Mansa Musa preparara meticulosam (ea sua peregrinagao, Dove tere + ae, Qu Ko Umar ecole ait de quem a ois da 294 295 fare de gore, Comatelasore endando es araspesades, com gaeesarmados de ang longa ede op, dase provgios por eapaets de ferro por eta de alba Os peauenos animale, pouen maores do que pOnels, que seclavam wo Sadto Oclenes no tinkamarobuster nem altura que se nvas ces se, or so asimportgtes de corel do Nosed Aca oH, i As compras de cavalos no outre lado do deserta deviam ser Nets egastavam importantes somas ~via alma ee homenr a cava do manse Sata cava, combinada como grade mimeroe a prelsto de seus arquins de ao Mall uma conideévelvantagemaobre ve Woohon acat do munosa delhes dara regis dento das uals nhamdorerne dey baer Osage dram em masa fo inde osega 4 cvalai se langava sobre a las ininigs, No Mal, 20 qos ros +havia também arqueiros montados a cavalo eee ‘hem vrdade que ocaalo deva ter, desde a 6poca do Sundit, gan de importiclamilar para os mendgen Es itiods ooee ee, tmalormoblldade aos sldedce, pas peter con batathas a carga de eavalarta, ‘um comércio de escravos com (0 eontatos com as reinos de Fez, ne ‘ede Téinis, Ao sultdo matinida Abul Hassan, ia Tlemeen, Musa enviou uma embatsada, 3 © © soberano marroquino € © mansa mandinga inta anos ¢sefin vande Jgualmente atormentados poles disputas dinasticas ¢ Mali e Fez se pela guerra civil ‘Mainsa Musa mandou ulemés sudaneses estudarem em Fez. E dali e de ‘outros pontos do mundo frabe convocou xerifes, letrados,jurisconsultos ¢ anistas, para virem viver e trabalhar no Mall. Devem ter sido relativamente poucos os que atenderam ao convite. Alguns o acompanharam na viagem dc regresso de Meca, atraides pela perspectiva de utn mecenaio generoso. Des ses, a hietéria guardou 0 nome do poeta e arquiteio andaliz Abu Ishag 1ue morreu em Tombuctu, em 1346, ¢ ali fol sepultado. construin ou ampliow as mesquitas de Gao e de ira vez naquela parte do mundo. Hé conteste,” slegando que ambos os eifcios jores ao ri 310 andaluz a tradigdo atibui o ter crac estilo ara sm forma de pirkmides truncadas, 0s. Estas, porém, eraim as formas tara mediterréinten — comum no sul do Marrocos 297

You might also like