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tevqe 96> Beata IKE toy $3 AKO ance fo Copyrigit © Bote Editor, 2012 Cooder divi wana Jnkings Edorcadjute Bibiana Lee Aisne eri Pedro Cah Revs Thais Burl Cope Fedeie Bronenbery, Diagremare Livia Campos Prodgde via Franchi (IP-BRASIL. CATALOGAGAO.NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS. R) me Peddo de repr bo cpl: contigs dates mais da depends | Cais Frei Jaime Ovi, Masia Lace ore) So Pao, SP. Boivempe : 202. ‘Aig capa tation do epa por Ca Fein e Mathis Seibel Luce 2 Copulamo. 3. Ambra Latin- Condi ecnbeica teonbnan 5. Fomor - Hsia J. Fn, Catt Orne Ju. Lac, Matias cop. 330.102 cpu3901403 i406. "| Ervedada a reproduc de qualquer pe dee bara win expres suing ders. aur cue nernas dsc ory ti em vin dese jive de 209. 1 edit de 2052 OFTEAPO EDITORIAL Tashan 11) 75-721 TMD ‘clnercisangoahnatl cmt srr bmp com SUMARIO 1 O ciclo do capital na economia de Ray Mauro Marini tiva em paises como Brasil, Argentina, Chile, México e Colémbia, dos anos 1990 08 dias atuais, na conjuntura particular d talismo neoliberal, O autor destaca 0 peso dos padres exportadores na «condmica latino-americana como um trago marcante de economias q voltadas para atender necessidades de outras economias, em detrimento das ne. cessidades da populacto trabathadora local. Quando o debate sobre a tendéncia h reprimarizacdo ou a desindustrializagio adquire importincia crescente no Brasil ena América Latina, o texto de Osorio oferece elevado rigor anaitico para essa iscussio, demonstrando como a redugio da participagdo da massa salrial no PIB, a imposigdo de novas formas de superexploracio do trabalho eo aumento d0 peso das matérias-primas na estrutura produtiva regional, entre outros elementos, implicaram a passagem do padrio industrial diversifcado para 0 novo padrio exportador de especializacio produtiva, eforcando 0 divércio entre a estrutura produtiva e as necessidades das amplas massase, por conseguinte, a cisio entre 18s fases do ciclo do capital, provocando a reprodugio ampliada da dependéncia, A esta altura, oletor ted percebido que @ categoria de padrio, além de res- as contribuigées da TMD, sua vigéncia ¢ urgéncia para o exame critico do capitalismo contempordneo, constitui-se como um verdadeiro programa de pes- quisa, articulando contribuigbes de Marx com formulagées do marxismo latino- de pesquisa, os organizadores brasileiros dest Osorio, convidam todos tarefa coletiva de reinterpretar a histéria| ‘cana através de uma histéria econdmica da dependéncia, que nos ahecer o funcionamento dos diferentes padres de reprodugdo do capital na tra- Jet6ria do captalismo latino-americano e as questdes postas para a superagio do sistema do capital em nosso continente. ‘Com este livro, os marxistas brasileiros ¢ os leitores interessados em América Latina terio um referenclaltebrico para o estudo concreto de paises e economias «partir dos pressupostos da TMD, na qual o imperialismo néo é visto como uma realidade externa, mas como algo que finca raizes nas formagbes socials depen- dents, recolocando a dsjuntiva dependéncia e revoluglo, para pensar a América Latina com 0 rigor de Marx, o rigor buscado pelos autores da TMD, seguindo & tritha de Marini. Carla Ferreira, Mathias Seibel Luce junho de 2012 1 O CICLO DO CAPITAL NA ECONOMIA DEPENDENTE* Ruy Mauro Marini CicLo Do CAPITAL B SUAS FORMAS. Antes de passar a analisar 0 ciclo do capital na economia dependente, conrém assentar alguns elementos, Iniclalmente devo preisar que, ao me refer econo- ‘mia dependente tenho em vista a forma aual que esta assamiu depois de que, em seu seio, se conformou tum setor de produgio para o mercado interno que ‘miu progressivamente o papel hegemdnico na dinimicaeconémica, Stasi ando @ economia depend produgio complementar ao di lo por est, Par outro lado, interes lo, produ e circulagto, para o que convém lagar mio d fér- P.. MD: Esta descreve 0 movimento pelo qual o dinkeiro assume (meios de produgio eforga de trabalho), aque que 2 cn pac oduct, do gu tonna de med Sona hed celia dr ci wm proceso tam meted que deve aster Pl ena eo epaleeupee nova frm area deer um proes dvr ov i. dct de Fe de taba snd eos mis de pss 801 {ere o valor contido nestes (no capital constante) 4s merca jorias qt yep (Ce 8 ex Cl Oa (eg) Mead eendnt Cs vn ote Hci del apie 22 Pert de reproduuto do capiat também cria um valor novo ago sob a forma de c Por um lado, repbe o valor equivalent que fo ees el €or outro, langa um valor excedente, um ee cal, que corresponde 3 mais-valia, Estes dstntos Spe de ea badly no valor total das meradoris que, teinado SETS fe Product, ctr na sequnda fase da clas pre meds A esse respeito, p é 7 to, penso que € necessério se deter sobre alguns aspe rnin esp ot pt a 384 forma com que o capital aparece para inicié-loe & essa 3 forma Gu cupera o capital, ou que deve recuperar, para que meas Ba segundo lugar, nio se deve perder de vista a imp ‘a qual tem efetivamente espaco a valorizagdo do ‘ais-valia; todas as formas de remunerasio do ¢ comercial jose renda terra tm sa font a lorizagio € nascem, portanto, da agéo do capital produ amplo, capital industrial. “ la por essas formas de remuneracio do ca ou, em seu sentido es, © prego final (expressio transfigurada do valor que terd 0 produt Distingue ali o que corresponde a reposigdo do capital investido na produgio do livro (capital constante e varidvel mais (0 que se paga ao autor), soma o que ficara em méos do vendedor, do comerciante, {que representa uma porcentagem préxima a 40% do valor a porcentagem correspondent aos juros e amortizagbes de dividas (parcela in- clufda no custo de produglo), ficando um remanescente que é 0 lucro propriay mente dito da editora. Em consequéncia, o valor da mercadoria livo deve ser ‘apaz de repor o capital constante (matérias-primas ¢ depreciacdo do capital fixo) e varidvel, remunerar o capital industrial responsivel por sua producio, 0 capital comercial € capital inanceiro que tenham iavestido de lgum modo nt Circulagdo. O elemento renda da terra, no estado financeiro da empresa aparece incluido nos custos de produgio. (0 processo de producio, na medida em que nos de criagio da mais-valia, dé conta do processo de PI capital. O que é valorizacio para 0 capitalista¢exploracie permite entender o processo exploracio do trabalho pelo para o trabalhador. artes a analisar no ciclo ‘rinalmente, interessa-nos considerar que teremos trés Paris $208, do capital ou, para sermos mais precisos, no ciclo de reprodugo ¢cculasto 7 capital. A primelra corzesponde fase de circulagio, que podemos chamar de C', ‘sob a forma dinheiro, comparece na crculagko Pars za qual se estuda o capital que, o™~ 0 cicto do captal na ecoarria deporte 25, acquit, no ato de compra, meio de produ econtratarfogade trabalho. Ae funda corresponde da scumulagio produso, mediante a qual capital svete -te da forma material de meios de produsoeforga de trabalho para, por micio de tum processo de explorasio, promover sua prépriavalorizacio, ou sj, acragio de mais-vaia. A terceirs 6 segunda fase de crcuagdo, C,na qual o capital, sob 4 forma de mereadorias que contém o valor inci! mais a mais-ala gerada, entra; no mercado para buscar sua transformasio em dinhelzo através do intercimbio, davendao dinheioresultante so ciclo ve realiza normalmente, deve repesentar uma magnitude superior com relagio ao capital dinheiro que se acumulou. PRIMEIRA FASE DA CIRCULAGAO Conseemos agra manera como ve sreseta cl do cape econo ;pendente latino-americana. A primeira coisa que nos deve preocupar & deter eif0 que comparece para inciar 0 ciclo. Podemos ado interno ou o lnvestimentoprivado inter or da economia que (educidog 08 gastos improdutives do ea senta park acumularse ob a forma de meios de produgio e forga de trabalho. O fato de que esse cay propriedade de naionais ou de estrangeiros nao afeta abso Posto que estamos considerando apenas apart da mas-vala que eacurul; iso ‘quer dizer que fol feta a dedugio da parte da maisvaia que sal da efera da eo- nomia nacional sb formas diversas remesta de seros, pagamentos dejar, amor etc, A mals gerada na economia nacional investda nda nto nacional, independentemente da naionalidade dos que detenham titulos de propriedade sobre ela € dbvio que iso nfo se apresenta asim do ponto de vista das eontasnaconas, em que a parte da mais-vala que se encotra em mos de estrangeiros é uma vez investda contabilizada como capital estrangeiro (teinvestimenta);porém, ¢6bvio também que, do pono de vista da anise do fun- clonamento da economia ess a premissaadotad aqu Em segundo gat, podemos distingir 0 Investimento piblico, que tem crigem no Estado. Ais as fntes do investimento sto divers Por um lado ele corresponde simplesmente a uma parte da mais-vaia gerada, mediante sua transferénca a0 Estado através dos impostos dirt sobre o capital eos proven- [sueldos], assim como da parte dos impostos indiretos que recaem sobre ti- pos derendientos (urs, provents et) gue crrespondem b disso de po vais unt com esa parte da masa em os do Estado chsrvamos sate do epi aie tumbr pde ree a mettre stos indiretos pagos pelos trabalhadores. Uma segunda 0 a que resulta do processo. apropriada pelo Estado. Hi de se ter presente, desde logo, que nem todo gusto estatal &produtivo, ou se, nem todo esse gasto leva 4 acumulagio de capital, Iso depende da proporgio, de do gasto piblico, das despesas Tesponde aos investimentos estatais ou as transferéncias de mais-valia para o capital Privado para alimentaro investimento privado, Ness iltimo cao, esto aqueles gastos que o Estado realiza para tornar mais rentével o investimento privado(infraestrutura tc), as subvengées diretas ou indiretas a0 capital privado, As subvengdesindiretas podem tomar visias formas, por exemplo as isengSes de impostos ou a manipulagdo de precos, Assim, seo Estado produz petrdleo, matéria-prima fundamental naindis- tia, ¢ 0 vende para os capitalistas privados a pregos balxos, de fatoestétransferindo ‘estes parte da mais-valia que continha. Em sintese,o investimento piblico depende da proporcio, no gasto publica, das despesas destinadas ao investimento produtivo ¢ daquelas que se destinam 20s investimentos chamados improdutivos. Deve-se ter Presente que as iltimas podem ocultar transertncias com objetivo produto (0 exemplo do petréleo o ilustra, sempre que esse petrdleo for utiizado como insumo {ndustrial) ou gastos que se chamam improdutivos ¢ que o s80 do ponto de vst es- trito da valorizagio do capital, mas que a rigor correspondem a gastos produtivos ali se incluem os gastos socias, tis como edtucacio e sade, que contribuem para a reproducdo e qualificacéo da forca de trabalho, imprescindiveis para a valorzacio, Os ‘gastos realmente improdutivos (embora.cumpram uma funcdo importante na ma- utencio do sistema em que se opera a valorizagia) so aqueles que 0 Estado realiza ‘com sta propria burocraca, tanto civil como policiale militar. ‘Como se pode ver, a importincia do papel do Estado no ciclo do capital pro- ‘Priamente dito (e nfo em termos mais gerais da criagio de condibes p eae, ato em que esse papel & ainda mas ample) & considerdvl, dade» Pacidade que possui de transferir para si parte da mai a gerade polo copie Privada, «de produzr ele proprio mais-vala¢ nalment, x de capar parte do ‘capital varitvel dos taldrios pagos&forca de trabalho. Iso explic, de certo ones Eade yer en Bast, Cuadernos Dad eres a ae de 1969, vr ary Mauro So eae [Poican, Cidade So Mzion,n 13,1977, Disponvel em: cowmamarini erie ‘erado cian sain. Acemg em 6 2012. Oto do eoptat na

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