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A 10º Ano
Física
Tópicos
abordados:
-‐ Das
fontes
de
Energia
ao
U@lizador
-‐ Situação
energé@ca
mundial
e
degradação
da
energia
-‐ Fontes
de
energia
-‐ Noções
de
sistema,
vizinhança
e
fronteira
-‐ Conceito
de
rendimento
e
cálculo
-‐ Conservação
da
energia
-‐ Lei
da
conservação
da
energia
-‐ Tipos
fundamentais
de
energia
-‐ Transferências
e
transformação
de
energia
-‐ Calor
-‐ Radiação
-‐ Trabalho
-‐ Conceito
de
potência
-‐ Potência
fornecida,
ú@l
e
dissipada
-‐ Sol
e
aquecimento
-‐ Energia
-‐
Do
sol
para
a
Terra
-‐ A
radiação:
uma
segunda
abordagem
-‐ Noções
de
comprimento
de
onda,
período,
amplitude
e
frequência
-‐ Análise
da
radiação
emi@da
pelos
corpos
e
formas
de
calculá-‐la
-‐ Noção
de
corpo
negro
-‐ Termodinâmica
e
sistemas
termodinâmicos
-‐ Lei
Zero
da
Termodinâmica
-‐ Alcance
do
equilíbrio
térmico
-‐ Energia
no
aquecimento/arrefecimento
de
sistemas
-‐ Formas
de
transferir
energia:
condução
e
convexão
-‐ Condu@vidade
térmica
dos
materiais
-‐ Aproveitamento
da
energia
solar
-‐ Colectores
solares
-‐ Painéis
fotovoltaícos
-‐ Primeira
Lei
da
Termodinâmica
-‐ Radiação,
Trabalho
e
Calor
0.
Das
fontes
de
energia
ao
u@lizador
Actualmente
no
mundo
podemos
constatar
que
os
seres
humanos
re@ram
energia
de
várias
fontes
naturais,
que
podemos
dividir
em
dois
grupos
principais:
-‐ Não
renováveis
-‐
infelizmente
as
mais
u@lizadas,
estas
fontes
não
se
renovam
à
escala
humana
(exemplos:
carvão,
petróleo
e
biomassa);
-‐ Renováveis
-‐
fontes
que
se
renovam
à
escala
humana
(exemplos:
energia
eólica,
energia
das
marés
e
energia
geotérmica).
As
fontes
não
renováveis
apresentam
mais
problemas
para
além
do
facto
de
não
se
renovarem
à
escala
humana,
estas
também
poluem
o
ambiente
e
são
perigosas
para
a
saúde
humana.
Um
exemplo
de
uma
fonte
deste
@po
é
a
energia
nuclear.
A
produção
de
energia
nuclear
vem
da
cisão
ou
fissão
de
núcleos
de
átomos
de
massa
elevada,
como
por
exemplo,
o
urânio
que
se
extrai
das
minas
e
á
radioac@vo.
A
poluição
da
atmosfera
causa
o
que
se
chama
o
efeito
de
estufa.
O
efeito
de
estufa
consiste
na
retenção
de
radiação
a
nível
da
atmosfera,
o
que
resulta
num
aquecimento
geral.
Mas
o
efeito
de
estufa
é
mau?
Não,
na
verdade,
sem
o
efeito
de
estufa
a
temperatura
média
da
Terra
seria
de
cerca
de
-‐15º
C!
No
entanto,
o
aumento
do
efeito
de
estufa
está
a
fazer
com
que
a
temperatura
da
Terra
suba
muito.
Para
colocar
o
rendimento
em
percentagem
basta
mul@plicar
por
100.
Como
nenhum
sistema
u@liza
toda
a
energia
fornecida
para
o
seu
fim,
nenhum
sistema
tem
um
rendimento
igual
a
100%.
Conservação
da
energia
Segundo
a
Lei
da
conservação
da
energia,
um
sistema
isolado
mantém
a
sua
energia
constante,
ou
seja,
não
há
perdas
nem
ganhos
de
energia
(com
o
exterior),
a
sua
energia
não
varia.
Mas
quais
são
os
@pos
de
energia
que
existem?
Bem,
fundamentalmente
existem
apenas
dois
@po:
-‐ Energia
ciné@ca
(Ec)
-‐
associada
ao
movimento
-‐
-‐ Energia
potencial
(Ep)
-‐
associada
a
interacções
entre
partes
do
sistema
-‐
não
calculável.
Para
podermos
calcular
a
energia
ciné@ca
(associar
ao
movimento)
temos
antes
que
simplificar
o
sistema
a
um
ponto,
o
seu
centro
de
massa.
Este
ponto
é
onde
se
reúne
toda
a
massa
do
sistema
e
é
a
par@r
daqui
que
se
estudam
alguns
dos
seus
movimentos.
Assim
somando
a
energia
ciné@ca
com
a
energia
potencial
obtemos
a
energia
mecânica
de
um
sistema,
ou
seja,
a
energia
desse
sistema
que
tanto
pode
estar
na
forma
de
energia
ciné@ca
como
na
forma
de
energia
potencial.
Por
exemplo,
quando
se
manda
uma
bola
ao
ar,
ao
iniciar
o
movimento
de
subida
a
bola
está
com
a
energia
ciné@ca
igual
à
potencial,
mas
quando
sobe
a
sua
energia
ciné@ca
é
menor
do
que
a
potencial.
Quando
a@nge
o
pico
e
começa
a
descer
a
sua
energia
ciné@ca
está
ao
mínimo
e
a
potencial
ao
máximo.
No
movimento
descendente
a
sua
energia
ciné@ca
volta
a
aumentar
e
a
potencial
a
diminuir
até
se
igualarem
(aproximadamente).
A
estas
alterações
do
@po
de
energia
(ciné@ca
para
potencial
e
vice-‐versa)
damos
o
nome
de
transformações
de
energia,
porque
ocorrem
dentro
do
mesmo
sistema.
Se
ocorrerem
entre
sistemas
damos
o
nome
de
transferências.
Mas
os
sistemas
não
possuem
só
a
dita
energia
mecânica
(resultante
da
energia
ciné@ca
+
potencial),
também
possuem
energia
interna.
Esta
resulta
da
some
da
energia
dos
movimentos
das
pargculas
(ciné@ca
microscópica)
com
a
energia
potencial
entre
elas
(potencial
microscópica).
Exemplo:
Vamos
considerar
um
sistema
que
possui
40J
de
Einterna
(esta
não
pode
ser
calculada
facilmente).
Se
a
sua
massa
é
igual
a
200g,
a
velocidade
das
suas
parDculas
é
igual
a
10m/s
e
está
a
uma
altura
de
20m,
qual
a
sua
energia
total?
(mgh) e que a Eciné0ca é dada por , por isso subs@tuímos na expressão.
A
energia
interna
de
um
sistema
depende
da
sua
temperatura,
que
mede
o
estado
de
agitação
das
pargculas:
pargculas
agitadas
-‐
temperatura
elevada;
pargculas
pouco
agitadas
-‐
temperatura
baixa.
Assim,
podemos
considerar
que
o
sistema
anterior
estava
a
uma
temperatura
rela@vamente
baixa,
devido
aos
valores
pequenos
de
energia
interna
que
encontramos.
No
entanto
a
energia
interna
também
depende
do
número
de
pargculas
de
um
sistema,
enquanto
que
a
temperatura
não.
Por
exemplo:
se
@vermos
um
balde
de
água
a
20ºC
e
o
dividirmos
em
duas
partes
iguais,
a
sua
temperatura
vai
passar
para
10ºC?
Não,
mas
a
sua
energia
interna
vai
diminuir
devido
ao
nº
de
pargculas
(menos
energia
potencial
microscópica).
Formas
de
transferência
de
energia
A
primeira
forma
de
transferência,
o
calor
pode
ser
descrito
da
seguinte
forma:
“Energia
transferida
entre
dois
corpos
a
temperaturas
diferentes.”
Assim,
o
calor
pode
ser
calculado
pela
expressão
Em
que
consideramos:
-‐ Q
-‐
calor
-‐ m
-‐
massa
-‐ c
-‐
capacidade
térmica
mássica
(depende
de
cada
material)
-‐
-‐
intervalo
de
Temperaturas
(Tfinal
-‐
Tinicial)
Na
segunda
forma
de
transferência,
o
trabalho,
deve
ser
aplicada
uma
força
que
deve
movimentar-‐se
do
ponto
de
aplicação,
ou
seja,
o
local
inicial
não
deve
ser
o
final.
Na
terceira
forma
de
transferência
de
energia,
a
radiação,
a
energia
é
transferida
através
das
pargculas
da
luz,
ou
seja,
os
fotões.
Potência
Potência
é
uma
grandeza
lsica
que
permite
medir
a
rapidez
com
que
se
dão
as
trocas
de
energia.
Esta
mede
a
quan@dade
de
energia
(J)
que
é
transferida
num
determinado
intervalo
de
tempo
(s).
Em
que:
-‐ P
-‐
potência
-‐ E
-‐
energia
(J)
-‐
-‐
intervalo
de
tempo
(s)
A
potência,
tal
como
a
energia,
pode
tomar
três
funções
num
sistema:
fornecida,
ú@l
ou
dissipada.
Para
obter
cada
uma
delas
basta
subs@tuir
o
E
na
fórmula
pelo
determinado
@po
de
potência
a
obter.
Problema
resolvido:
O
sistema
1
u0lizou
200J
durante
1h
para
realizar
a
função
x.
Para
realizar
a
mesma
função
o
sistema
2
u0lizou
os
mesmos
200J,
mas
durante
70min.
Qual
dos
dois
sistemas
tem
uma
potência
maior?
Resolução:
Sistema
1:
-‐ E
=
200J
-‐
=
1h
*
60
*
60
s
=
3600s
Sistema
2:
-‐ E
=
200J
-‐
=
70min
*
60
s
=
4200s
P1 = 0,05W P2 = 0,047W
A
energia
do
sol
para
a
Terra
dá-‐se
apenas
por
uma
das
três
vias
possíveis
de
transferências
de
energia:
radiação.
A
radiação
tem
comportamento
ondulatório,
ou
seja,
descola-‐se
na
forma
de
ondas
que
podem
ser
caracterizadas
por
vários
factores,
como
demonstrado
na
figura
seguinte.
A
amplitude
de
uma
onda
é
a
distância
entre
o
cume
(tanto
posi@vo
como
nega@vo)
ao
eixo
horizontal
(tempo
normalmente).
O
comprimento
de
onda
( )é
a
distância
entre
os
dois
pontos
mais
próximos.
O
período
(T)
é
o
tempo
que
demora
a
ocorrer
um
ciclo
completo
numa
onda.
A
frequência
(f)
é
o
número
de
vezes
que
ocorre
um
ciclo
num
determinado
intervalo
de
tempo.
Como
já
percebeste
pela
descrição
acima,
o
período
é
o
inverso
da
frequência,
por
isso
podemos
expressar
a
relação
período
-‐
frequência
da
seguinte
forma:
Sendo:
-‐ c
-‐
velocidade
da
luz
(300.000
m/s)
O
conjunto
de
todas
as
radiações
existentes
está
agrupado
no
espectro
electromagné@co.
A
termodinâmica
é
um
ramo
da
lsica
que
estuda
a
Temperatura
e
as
suas
influências
nos
vários
outros
ramos.
O
que
diferencia
principalmente
um
sistema
mecânico
de
um
sistema
termodinâmico
é
a
importância
da
energia
interna
para
o
segundo,
enquanto
que
no
primeiro
é
desprezada.
A
temperatura
de
um
corpo
pode
ser
muito
ú@l
para
descobrir,
por
exemplo,
a
sua
cor.
Sabendo
a
sua
temperatura
podemos
aplicar
uma
fórmula
de
Stefan-‐Boltzmann:
Sendo:
-‐ I
-‐
intensidade
da
radiação
(energia
p/unidade
de
tempo*
unidade
de
área)
-‐ e
-‐
emissividade
do
corpo
(0
para
o
emissor
perfeito;
1
-‐
para
um
corpo
negro)
-‐ T
-‐
temperatura
A
par@r
da
fórmula
da
lei
de
Stefan-‐Boltzmann
podemos
re@rar
outras
fórmulas,
como
por
exemplo
a
fórmula
da
potência:
(P = I.A)
Podemos
ainda
verificar
que
quanto
maior
a
temperatura,
maior
a
intensidade,
logo
também
a
energia
vai
ser
maior.
A
par@r
da
temperatura
podemos
obter
a
cor
de
um
corpo,
ou,
se
não
possuir,
descobrir
em
que
zona
do
espectro
electromagné@co
se
situa
a
radiação
que
reflecte
(a
cor
resulta
da
reflexão
e
não
emissão
de
fotões),
através
da
fórmula:
Sendo:
-‐ -‐
comprimento
de
onda
máximo
emi@do
pelo
corpo
-‐ B
-‐
constante
(2,898
x
10-‐3
m/K)
-‐ T
-‐
temperatura
A
esta
lei,
de
que
o
comprimento
de
onda
máximo
é
igual
à
constante
de
Wien
a
dividir
pela
temperatura,
damos
o
nome
de
Lei
do
deslocamento
de
Wien.
Segundo
a
Lei
Zero
da
Termodinâmica,
dois
corpos
em
contacto
com
um
terceiro
a@ngem
a
mesma
temperatura.
Mas
como
calcular
essa
temperatura?
Se
es@vermos
a
falar
de
dois
corpos
iguais
basta
fazer
uma
média
directa
entre
as
duas
temperaturas.
Caso
contrário
temos
que
realizar
proporções
ou
a
par@r
do
calor
que
cada
um
emite
e
absorve.
Energia
no
aquecimento/arrefecimento
de
sistemas
Como
já
vimos
existem
duas
formas
principais
de
transferir
energia:
convecção
e
condução.
Um
exemplo
de
convecção
são
as
correntes
de
ar
que
se
formam
numa
sala
com
um
aquecedor
ligado.
Um
aquecedor
emite
ar
quente
para
o
exterior,
ar
que
é
menos
denso
que
o
ar
frio,
logo
tem
tendência
para
subir.
Ao
subir,
o
ar
frio
fica
sem
alterna@va
se
não
descer.
Ao
subir
o
ar
que
era
quente
arrefece,
e
o
ar
frio
em
baixo
aquece,
fazendo
com
que
o
ciclo
se
repita.
A
este
fenómeno
damos
o
nome
de
correntes
de
convecção.
Um
exemplo
de
condução
é
o
aquecimento
de
uma
extremidade
de
um
tubo
de
metal.
Ao
fim
de
algum
tempo
verificamos
que
a
temperatura
já
está
mais
ou
menos
uniforme
em
todo
o
tubo.
Como
o
metal
conduz
bem
o
calor,
dizemos
que
este
é
um
bom
condutor
térmico.
Conduc@vidade
térmica
dos
materiais
Um
material
bom
condutor
térmico
é
aquele
que
se
deixa
mais
facilmente
“espalhar”
o
calor
pela
sua
superlcie,
ex.:
metais.
Podemos
definir
a
energia
transferida
sob
a
forma
de
calor
por
uma
expressão,
a
expressão
da
corrente
térmica,
que
diz:
Sendo:
-‐ (Phi)
-‐
corrente
térmica
(J/s)
-‐ Q
-‐
quan@dade
de
calor
(J)
-‐
-‐
intervalo
de
tempo
(s)
Sendo:
-‐ A
-‐
área
(m2)
-‐ l
-‐
comprimento
(m)
Algumas
formas
de
aproveitamento
da
energia
solar
são,
por
exemplo,
os
colectores
solares
ou
os
painéis
solares.
Os
primeiros
funcionam
de
uma
forma
bastante
simples.
São
resultado
da
combinação
de
vários
@pos
de
materiais
absorventes,
no
qual
resulta
o
maior
aproveitamento
possível
da
energia
solar.
Para
ajudar
ainda
mais,
o
tubo
possuí
a
forma
de
uma
cobra
para
aumentar
a
área
de
contacto.
O
segundo
é
mais
complexo,
mas
também
é
o
mais
eficaz.
Basicamente
os
painéis
solares
são
cons@tuídos
por
muitas
células
fotovolteícas,
que
estão
ligadas
em
série
e
que
produzem
uma
série
de
energia
que
é
armazenada
na
bateria
do
sistema.
O
inversor
de
corrente
é
essencial,
porque
a
energia
aproveitada
neste
sistema
está
sob
a
forma
de
corrente
congnua
(para
um
lado
as
cargas
posi@vas,
para
outro
as
nega@vas)
enquanto
que
as
corrente
nacional
é
alternada
(vai-‐se
alternando
a
posição
das
cargas.
A
primeira
Lei
da
Termodinâmica
diz
que
num
sistema
isolado
a
variação
da
sua
energia
interna
é
nula,
ou
seja,
a
sua
energia
interna
é
sempre
constante.
Sendo:
-‐ Q
-‐
energia
ob@da
por
calor;
-‐ R
-‐
energia
ob@da
por
radiação;
-‐ W
-‐
energia
ob@da
por
trabalho;
Ou
seja,
a
soma
da
energia
transferida
por
calor,
por
radiação
e
por
trabalho
tem
que
ser
igual
a
zero,
o
que
não
quer
dizer
que
cada
uma
destas
tenha
que
ser
igual
a
zero,
apenas
se
uma
for
posi@va
tem
que
haver
outra
com
o
mesmo
valor
nega@va.
Quando
falamos
em
energia
posi@va,
estamos
a
falar
de
energia
que
o
sistema
ganhou,
enquanto
que
quando
falamos
em
energia
nega@va
estamos
a
referir-‐nos
à
energia
que
o
sistema
perdeu.