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® Lieées 3\ Biblicas MATURIDADE CRISTA Jovens e Adultos Revista do aluno 3° Trim.92 ee ® [Lieées ‘Biblicas te MATURIDADE CRISTA » Publicagtio Trimestral da Casa Publicadora das Assembléias de Deus Aveni Brasil, 34401 - Bangu ‘Telefones: (021) 331-7409 - 332-7191 CEP 21850 - Rio de Janeiro, RI Presidente do Conselho Administrativa Luiz Vieira da Silva Diretor Executivo Horifcio da Silva Jinior Diretor Administrativo Josué Gomes de Souza Diretor de Publicagies Antonio Gilberto Chefe da Divisao de Educagio Crista Adilson Faria Soares: Lojas CPAD Rio de Janeiro Rua Buenos Aires, 113 - Centro Tel.: (021)232-1837 Estrada Vicente de Carvalho, 1083 Tel.: (021) 391-4336 Rua Maria Freitas, 110 Loja B - Galeria Avatar - Madureira Tel.: 359-5488 Niterél, RJ Rus Aurelino Leal, 47 Tel.: (021) 722-0072 Nova Iguacu, RJ Av. Gov. Amaral Peixoto, 427 Lojas 101 ¢ 103 Tel.: (021) 767-6744 Recife, PE Ay. 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PARA VOCE ee Agilidade Voc? recebe os livros de Edig6es CPAD imediatamente ao seu lancamento, garantindo’ sua atualizagéo permanente em todas as areas de crescimento na vida crista. Economia Fazendo parte do Sistema de R.A. vocé tem um desconto especial em todos os lancamentos de Edigdes CPAD. Conforto O Sistema de R.A. proporciona 0 conforto de vocé receber em sua casa todos os lancamentos de Edigoes CPAD, O Sistema cobre todo 0 Tert6rio Nacional, possibiliando 0 recebimento dos lancamentos, onde quer que vocé resida, através do Correio. Seguranca Fazendo parte do Sistema de R.A. vocé garante o recebimento aos livros de um programa editorial elaborado com critérios que garantem qualidade e tidelidade doutrinérias. 6 Licées Biblicas ime i MATURIDADE CRISTA Comentario: EDEGAR DE SOUZA MACHADO SUMARIS eae © Verbo de Deus An jesus, 0 de 8 Ligées Ligao 2 do 3°Trimestre 0 Milagre de Jesus em Cana de 1992 Licios Jesus Purifica o Templo. Ligdo 4 Jesus Declara-se Filho de Deus Ligdo 5 Jesus Perdoa a Mulher Pecadora Ligdo 6 Jesus @ a Mulher Samaritana Ligao 7 Jesus, o Bom Pastor Ligdo 8 A Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém Ligdo 9 Jesus Lava os Pés dos Discipulos Ligdo 10 Jesus Conforta os Discipulos Ligdo 11 Jesus Promete Enviar 0 Espirito Santo Ligdo 12 Jesus, 0 Mestre Divino Ligdo 13 Jesus Intercede Pelos Discipulos (—) i ie io ao APRESENTACAO Estudaremos neste 3° trimestre de 1992, no Santo Evangelho segundo escreveu Sao Joao, 13 assuntos de vital importincia em torno da pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, os quais por vezes transcendem & nossa imaginagiio ¢ escapam as nossas concludes. Assim como havia o Lugar Santo dos Santos no antigo Taberndculo, diz-se que o Evangelho de S40 Joao 6 considerado o Ingar Santo dos Santos no Templo da Verdade. Nele estdo inseridas verdades eternas e profundas. Em cada um dos 21 capitulos, podemos ver 21 fotografias divinas da pessoa do Senhor Jesus Cristo, nos mais diversos angulos, cada qual com uma objetiva bem focalizada e numa dimensdo abrangente ¢ impressionante. Joao era filho de um mestre em pescaria, Zebedeu (Mc 1.19-10), cuja mae Salomé ministraya ao Senhor com seus bens (Mc 15.40,41; Le 8.3), Este apdstolo foi escolhido pelo Senhor e depois chamado, junto com seu irmao Tiago, de Boanerges, que significa, Filhos do Trovao, (Me 3.17). Provavelmente, Joo escreveu este Evangelho por volta dos anos 85 a 90 AD, ocasiZo em que o Novo Testamento estava quasc todo escrito. Jodo foi o tiltimo dos apéstolos a dormir no Senhor. Ele testemunhou grandes acontecimentos em Israel, tendo participado de todo 0 ministério terreno de Jesus, sendo conhecido como “o discfpulo a quem Jesus amava” (Jo 13.23), Assistiu de perto a morte do Senhor, bem como sua ressurreigao € ascensdo. Estava presente no Cendculo na descida do Espirito Santo, no Pentecoste. Foi testemunha da invasao e destruigéo de Jerusalém, no ano 70 AD, pelas tropas romanas, Edegar de Souza Machado Ligdo 1 5 de julho de 1992 JESUS, O VERBO DE DEUS TEXTO AUREO “No principio era 0 Verbo, e 0 Verbo estava com Deus e 0 Verbo era Deus” (Jo 1.1). VERDADE PRATICA A estreita comunhdo e intimidade do homem com Deus torna-o intérprete das grandes verdades divinas. LEITURA DIARIA Segunda - Gn 1.1-3 A eternidade do Verbo Terca - Gn 1.26-31 0 poder Criador do Verbo Quarta -1.Jo1.1-4 Jesus, 0 Verbo que dé vida Quinta - St 107.13-20 Jesus, 0 Verbo que curae socorre Sexta Ap 19.11-15 OVerbo que julga com justica Sabado - Jo 14.6-11 Jesus, a revelagéo do Pai TEXTO BIBLICO BASICO Jo 1.1-14 Jo 1.1 -No principio era o Verbo, 0 Verbo estava com Deus, eo Verbo era Deus. 2 - Ele estava no principio com Deus. 3 - Todas as colsas foram feltas por ele, esem ele nada do que fol feito se fez. 4-Nole estave a vida, ea vida era a luz dos homens} 5-Ealuzresplandece nas trevas, eas trevas nao a compreenderam. 6-Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era Joao. 7 = Este velo para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. 8-Naoera elea luz; mas para que 9- Aliestava aluz verdadeira, que alumia a todo 0 homem que vem 20 mundo. 10 - Estava no mundo, eo mundo fol feito por ele e o mundo nao o conheceu. 41 - Velo para o que era seu e os seus nfo 0 receberam. 12 = Mas, a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a0s que créemno seu nome; 13 - Os quais néo nasceram do sangue nem da vontade dacarne,nem da yontade do varia, mas de Deus. 14 +E 0 Verbo se fez carne, e ha- bitou entre nés, e vimos a sua gloria, como a glérla do unigénito do Pal, testificasse da luz, cheio de graca e de verdade. COMENTARIO INTRODUGAO bem a idéia de quanto este apéstolo do notdvel e gloriosarevelagZo que — Senhor mantinha uma estreita comunho o apéstolo Joao faz sobre a origem divina com o Verbo de Deus. O epéstolo do de Jesus Cristo, O termo Verbo transmite amor, como é chamado, além de fazer a 3 ‘grande revelacdo, ao afirmar que "Todas as coisas foram feitas por ele”, se ateve também ao fato de que o Verbo vcio de Deus para se revelar aos homens, a fim de que todos nds pudéssemos receber a sua plenituds¢ graga por graga. I. OVEREO £ ETERNO 1. A efernidade do Verbo. Pela declaragio inspirada do apéstolo Touo, para o Verbo de Deus, Jesus Cristo, nao hi limitagio de tempo, Ele existe desde a eternidade com Deus (Is 40,28; Dt 33.27). Jesus Cristo mesmo fez esta declaragio na sua oraco sacerdotal, confirmando sua preexisténcia quando disse: “B agora glorifica-me tu 6 Pai, junto de ti mesmo, com aquela gléria que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17.5). E, logo adiante, na mesma oragio Ele reitcrou dizendo: “Pai aqueles que medeste quero que,onde eu estiver, também cles estejam comigo, para que vejam a minha gléria que me deste: porque tume h4s amado antes da criagdo do mundo” (Jo 17.24). Ele & passado, presente e futuro, Ele €0mesmio eternamente (Hb 13.8). 2. A divindade do Verbo. Epor ser eterno, Ele € imutdvel e niio esté sujeito as circunstincias (Tg 1.17). Jesus, 0 Verbo de Deus, veio para revelar ao homem todos os atributos do Pai, E Joao, como abertura de scu Evangelho, declara de maneira inequfvoca, que desde © principio Jesus estava com Deus criando todas as coisas (Jo 1.2,3). E maravithoso como 0 apéstolo Joao recebeu a revclago do Espirito Santo, de que o VerboestavacomDeus eo Ver- bo era Deus. 0 Verbo procede de Deus, humilhou-se e veio habitar entre os ho- mens. E Joao afirma: “Vimos asua gl6- ria, como a gliria do unigénito do Pai, cheio de graga ¢ verdade” (Jo 1.14). A divindade do Verbo também é afirmada pelo autor da Epistola aos Hebreus, que diz: “Deus nestes iltimos dias tem nos falado pelo Filho, a quem constituiu her- deiro de tudo, por quem fez também o 4 mundo, 0 qual 6 0 resplendor da gléria de Deus a imagem de sua pessoa” (Hb 1.1-3), 3, Verbo ou palavra O termo Verbo, que no grego logos, empregado por Joo, como que atribuindo um titulo a Cristo, é de deixar-nos apensar: Por que Togo usow tal designagio? A partir dai descobrimos que Jo%o nfo escolheu este temo por achar bonito ou conveniente, mas cremos que Joao esercveu impul- sionado pelo Espirito Santo, porque a seguir ele faz. algumas declaragdcs que somente um homem dirigido pelo Espirito Santo o faria, I. AHUMANIDADE DO VERBO 1. Cristo humanizou-se. B neste ponto que muitos criam obstéculos para crerem que Jesus Cristo € o Filho de Deus, € Deus feito homem. No livro de Génesis encontramos a primeira referéncia & vinda futura do Verbo de Deus, a fim de cumprir uma missic sublime (Gn 3.15). Joiio esta con- firmando 0 cumprimento da promessa de Deus: “Eo Verbo se fez came, habitou entrends" (Jo 1.14), Opatriarca Y6num momento de profunda experiéncia € numa intima comunho com Deus declara que: “Porque cu sei que o meu Redentor vive, que por fim se levantard sobre a terra” (J6 19.25). O apéstolo Pedrodiz que asuavindaouasuahuma- nizagao foi inquirida ¢ tatada diligen- temente pelos profetas (1 Pe 1.10 12). Na afirmagio de que Cristo se humani- zou, 0 apéstolo é bem taxativo: “E todo cespirito que nio confessa que Jesus Cris- toveioem camendo édeDeus;mas este € 0 espirito do anticristo, do qual jé ‘ouvistes que hé de vir, e cis que jé esté no mundo” (1 Jo 4.3), 2, Verbo, expressio Inteligivel, Verbo & a expressiio do pensamento pera transmitix uma idéia da mente de uma pessoa para outra, de modo compreensivel. Domesmomodo Cristo humanizou-se para transmitir ao homem aexpressio viva dos céus ¢ os propositos damente de Deus, j4 que o homem es- tava precisando receber de maneira compreensivel, palpivel € concreta a mensagem do Pai. Jesus declarou-se como 0 enviado do Senhor para evan- gelizar, apregoar e anunciar (Le 4.18 20). 3. O cumprimento da profecta, Apés Jesus declarar a sua missio, ¢ isto acontecen logo no inicio do seu ministério piblico, na sinagoga em Nazaré (Le 4.18-20), a0 fechar o livro em que Tera, sentou-sc edisse: “Hojesecumpriuesta Escrituraem vossos ouvidos” (Le4.21), Jesus nessa ocasifio nfip estava encerrando © sett ministério, mas estava apenas iniciando. Quando na cruz encerrou 0 seu ministério ele disse: “Esté con- sumado”, Na sinagoga ele apenas esté dizendo “cumpriu-se”, pois, a respeito do Verbo, Isafas profetizou que ele usaria a faculdade da comunicagao, a fim de cumprir a sua misao (Is 61.1-3), Jesus humanizou-see transmitiu amensagem direta da mente de Deus so coraco do homem (Jo 716,17; 8.26; 8.38). Ill. © PROPOSITO DA ENCAR- NAGAO DO VERBO 1. A palayra viva. A constmucio do Tabernaculo, no Antigo Testamento, ordenada por Deus a Moisés, era a figura sombra das coisas celestes (Hb 8.5), € também apontayaparaaobra expiatoria de Cristo. Mas foi, principalmente, um meio usado por Deus para transmitir as grandes verdades ao seu povo ¢ esta- belecer os misteriosos fundamentos da £6, Através do Tabernéculo, Deus, em linguagem figurada, falave do seu amor, do perdio, comunhio e santificagio. Agora porém, ja que a revelacao de Deus 20 homem € progressiva, na ple- nitude dos tempos, 0 Verbo de Deus veio, através da encamagio, transmitir a0 homem a palavra viva ¢ verdadeira @o8.32). Jesus é 0 Logos Eternoque fez deste mundo sua residéncia transitéria. 2. © real propésito. Através de Jesus Cristo, ficou claro que o real propé- sito de Deus erao de conceder a oportu- nidade de salvacfo ao homem, que se havia perdido nas trevas do pecado ¢ da ignorfincia, ao longo do tempo e dahistéria (Rm 1.21-32), Gragas a Deus pelas pos- sibilidades oferecidas gratuitamente a0 pecador (Rm 3.2425; 1 Co 2.12; EF 2.8,9). 3.0 propésito fol realizado, Além da recuperagiio das possibilidades 20 homem, a encamagéo do Verbo, veio realizar o ajuste de todas as coisas dentro do Cosmos (C1 1.18-20; Ef 1.10). Joio disse que o Verbo “veio para o que era seu, © 0s scus nBo o receberam” (Jo 1,11). Este triste acontecimento, nao frusirou a Deus © nem the deixou em ‘sitiago de constrangimento sem saber que rumo tomar. O propésito de Deus erao de reconciliar consigo o mundo (2 €05,18.,19);¢Jesus Cristo, o Verbode Deus, veio e realizou 0 propésito pleno de Deus. QUESTIONARIO 1. Desde quando 0 Verbo comegou a existir? 2. Dé umareferéncia biblica que afirme que 0 Verbo veio de Deus. 3, Como 0 Verbo humenizou-se? 4. Onde, pela primeira vez, no Antigo Testamento, hé seferéncia a0 nas- cimento. de Jesus Cristo? 5. Qual foi o propésito de vinda do Verbo? Ligdo 2 42 de julho de 1992 O MILAGRE DE JESUS EM CANA TEXTO AUREO “Jesus principiou assim os seus sinais em Cand da Galiléia, e manifestou a sua gloria; e os seus disc(pulos creram nele” (Jo 2.11). VERDADE PRATICA Jesus é 0 provedor das nossas necessidades. LEITURA DIARIA Segunda - Le 711-17 Jesus, 0 daminador da morte Terca - Me 14.13-2] Jesus, 0 provedor Quarta - Mt 1521-28 Tesus responde ao coragéo aflito Quinta - Mt 1434-36 Jesus, atende a todos Sexta - Mt 14.24-33 Jesus domina a natureza Sdbado - Jo 518-23 Jesus identifica-se com 0 Pai TEXTO BIBLICO BASICO. Jo 21-11 Jo2.1-E, a0 tercelro dla, fizeram- seumas bodas em Cané da Galiléls, ¢ estava ali a mie de Jesus. 2-E fol também convidado Jesus € os seus discfpulos para as bodas. 3-E, faltando o vinho, 2 Jesus lhe disse: Nao tém vinho. 4 - Disse-Ihe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? ainda nao é chegada a minha hora. 5 - Sua mile disse uos serventes: Fazel tudo quanto ele vos disser. 6-E estavam all postas seis talhas de pedra, para as purificacées dos judeuse em cada uma cabiam dois ou trés almudes. 7 - Disse-lhes Jesus: Enchei d’agua de cessus talhas. E encheram-nas até cima. 8 - E disse-Ihes: Tiral agora, e Jevai ao mestre-sala. E levaram. 9- E, logo que o mestre-sala provou agua feita vinho (nfio sabendodonde Viera, se bem que o sablam os serventes que tinham tirado s égua), chariou 0 mestre-sala ao esposo, 10 - E disse-the: Todo o homem poe primeiroo vino bom, e, quando 14 tem bebido bem, ent&o o fnferlor, mas tu guardaste até agora o bom vinho. 11 - Jesus principiou assim os seus ‘sinais em Cand da Galiléia, e manifestou: a sua gl6ria; ¢ os seus discipulos cre- ram nele. COMENTARIO INTRODUGAO Com a realizacio do milagre da gua transformads em vinho, Jesus dé inicio a0 seu ministério. O Evangelho de Joao 60 tinico dos quatro evangelhos qne registra este acontecimento. Em 6 todas as palavras proferidas por Jesus © nas atitudes tomadas por Ele, havia sempre ‘um propésito definido, Neste caso, no- tamos que no versiculo 11 est& sin- tetizado o prop6sito deste milagre: 1*) Jesus principiou assim os seus milagres; 28) Manifestoua sua gloria; 3°) Eos seus discipulos creram nele. Seis talhas foram usadas. O mimero 6 representa o mimero do homem (Ap 13.8). Foi no sexto dia que Deus fez. 0 homem (Gn 1.26,27). Este homem imperfeito, limitado carente, quando permite que Deus 0 transforme € 0 use, ele recebe do Senhor a graga ¢ 0 poder para ser tesiemunha viva do evangelho de poder (At 1.8). Aquelas talhas de pe- dras cram usadas tradicionalmente pe- los judeus pare os banhos cerimoniais de purificagio, e cabiam nelas entre 80 120 litros de 6gua, I. OINICIO DOS sINAIS 1, O primeiro milagre. Em primeiro lugar observemos a localidade por onde Jesus comogou 0 sea ministério: 0 vilarejo se chamava Cané, que em hebraico significa “Uma terrade juncos”. Junco, nas Eserituras, simboliza pessoas frégeis. Tanto em Isa‘as 42.3, como Mt 12.20, somos considerdos pessoas fracas, Portanto, somos ‘cana quebrada” que o Senhor nfo esmagaré. Quando Jesus se referiu & pessoa de Joao Batista, per- guntou s0s que Ihe rodeavam: “Que fostes vernodeserto? Umacana agitada pelo vento?” (Mt 11.7). Portanto, numa terra agreste e de gente fraca, Cristo veio para transformar ¢ dar vida, Foi exatamente isto que Paulo disse quan- do escreven aos irmios em Corinto: “Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes” (1 Co 1.27). Galiléia, cm hebraico “Galil”, que quer dizer circulo ou regio, er: simbolodaterradesprezada. O rei Hirto de Tiro menosprezou a doagaio que Sa- lomio Ihe fizera, dando-The vinte cidades na Galiléia (1 Rs 911-13). Quando Nicodemos quis defender Jesus dos scus inimigos fol acusado de ter vinculo com a Galiléie (Jo 7.52). Foi exatamente neste ponto geografico da Palesti Jesus iniciou seu ministério ¢ manifesiou asua gléria. 2.0 ambiente do primero milagre, Nao foi cm um vel6rio, quando todos ao seu redor choravam ¢ 0 ambiente era Higubre e constemador (Jo 11.13-35). Nem tampoueo foi, em meio a uma multidao faminta, prevendo-se inclusive que muitos poderiam desfalecer pelo caminho (Mt 15 32). Antes, pelo contrétio, © ambiente cra alegre, uma das mais apreciadas festas em qualquer parte do mundo, Tanto Jesus como sua mie & seus discipulos foram todos convidados para aquela solenidade nupcial (vs 2 ¢ 3). Por certo, quase todos os moradores da pequenina vila de Can4 estavam presentes. A presenga do Senhor Jesus nesta festa vcio dar um profundo signi- ficado, pois ocasamento é uma institui- go diving. Quando da formagio do homem Deus Disse: Nao é bom que 0 homem esteja s6” (Gn 2.18), € foi o pr6prio Deus quem realizon o primeiro casamento, O casamento é essencial para a preservagao da vida humana, cle significa a contimuagio da vida, ¢ 14 estava Jesusna festa de casamento para demonstrar a sua gléria, 3. © aconteclmento inesperado. Algném disse que avidaéumasucessto de surpresas,’s vezes agradéveis outras vezes desagradaveis. Nao tem vinho! Foi a noticia preocupante em meio a alegria da festa, Nio poderia de forma alguma faltar o vinho, o ingrediente especial, aquela celebragio, O vinho estava intimamente ligado 4 alegria, tanto fisica como espiritual (Gn 27.28; $1104.15; Ec 9.7). A elegria, por coro, para muitos acabara ali mesmo. Nao tem vinho! Como abastecer, se para isto demoraria alguns dias ou meses? Ainda bem que Jesus tinha sido convidado para estar naquela festa. Aqueles que sempre contam com a presenga do Se- nhor néo tém falta de nada, 0 salmista disse que: “O inimigo jamais 0 surpreenderé ($1 89.22), Porianto, con- vém convidar Jesus para estar em nossa casa, fazer parte dos nossos planos, ¢, nfo somente isto, confiara Ble adirecio de nossa vide, 7 I. APRESENCA DEJESUS FAZ A DIFERENCA J. A presenca de Jesus garante a yit6ria. Quando Jesus esté presente fica estabelecida a diferenga, pois hé alegria, trangliilidade ¢ vitéria. Ao contrério, quando Ele esté ausente na vida e nos planos dos homens, tudo esté fadado a0 fracasso, & confusdo e & derrota, Jesus mesmo disse que: “Sem mim nada podcis fazer” (Jo 15.5). O evangelista Marcos registra em seu evangelho um epis6dio que deve ser lembrado por todos nés. Jesus disse-lhes: “Passemos para a outra banda” (Mc4.35-41), Tomaram o barco © puseram-se a remar, entretanto, em dado momento, levantou-se um grande temporal, Porém Jesus estava presente, ¢,no momento cxato, coma sua palavra de poder, sujeitou os elementos da natureza, e o ambiente de inquietante perigoso tornou-se em trangililidade e calmaria, 2, A Iintervengdo de Jesus. 6 importante observarmos a resposta que. Jesus deu a sua mie, quando esta interferiu em Suacondiggo de Filho do Altissimo: “E faltando vinho, a sua mae lhe disse: Nao tem vinho, Disse-Ihe Jesus: Mulher que tenho eu contig?” (vs 2 ¢ 3). Esté bem claro que Maria na condi¢io de mée queria exercer influéncia no que respeitava a situagao inesperada. Jesus, porém, na sua resposta, deu a entender que o momento nfo era para ser usado tal condigio de parentesco, No trato das coisas divinas, acondicaodeparentesco nfo deve servir como pretexto. para usufruir vantagens ov acomodagio de conveniéncia. Sabia e respeitosamente Jesus respondcu: “Mulher, que tenho eu contigo?” Erradamente, baseado neste versiculo, slguém ensina por af que Maria amie de Deus, e que ela esté nos céus Togando por nés. Mas foi Jesus mesmo quem nessa ocasiao separou terminan- temente esta condi¢ao. & ele mesmo quem roga 20 Pai (Le 22.32; Jo 14.13- 16) por todos nés, Na qualidade de Deus, Jesus teve Pai ¢ nao teve mie, 8 come homem teve a mile € nfo teve o Pai. E nesta ocasido ele estavamanifes- tando a gloria de Deus. 3, Omilagre suscita a fé, Eos sous discipulos creram nele, Os milagres re- gistrados no evangelho de Joo serviram de confirmagio do ministério messia- nico de Jesuis; © se constituiram em verdadeiros ¢ elogiientes testemunhos de que realmente Jesus Cristo era o Filho de Deus (Jo 20.31), Os sinais que acompanham a pregacdio do evangelho sio, sem diivida, um fator preponde- ante para que os pecadores cincrédulos creiam na obra de Jesus. Porestarazio, Tesus iniciou seu ministério operando este milagre, a fim de que, desde logo, seus discipulos nao tivessem ddvidas sobre quem era Ele. III. JESUS MANIFESTOU A SUA GLORIA. Todos os que procuram viver perto de Jesus, ¢ t8-lo.a.cada momento de sua vida, tém tido a experiénciade ver asua gléria. Muitos, por engano, achamquea manifestago da gléria de Jesus é vista somente num momento revestido de caracteristicas toda especial ou cercado de acontecimentos extraordingrios, e para experimenté-lo tem que entrar em estado de éxtase ou algosemelhante, Amesma concepgao tinha Filipe quando disse: “Senhor, mostra-nos 0 Pai, o que nos basia” (Jo. 14.8). A resposta que Jesus deu a Filipe serve para todos nés: “Es- tou a tanto tempo convosco, ¢ no me tendes conhecido?” Somente pela raz%o_ de termos Jesus em nossa vida e man- termos comunhiio com Ele, jé € uma gl6ria. Reconhega que Deus tem envolvido vocé com a sua gloria. 1. Transformando a égua em vinho. Em algam lugar e por meio de algum acontecimento devia iniciar-se o mi- nistério visfvel de Jesus. Justamente a inexpressivavilade Cand da Galiléiafoi 0 lugar escolhido para o inicio do seu mMinistério, ¢ 0 acontecimento foi a transformagao de 4guacm vinho. Signi- ficava este milagre que Jesus veio para transformar o que era insipido, inodoro € incolor, que sio as caracteristicas da gua, em algo de bom gosto que € a Palavra de Deus (Jr 15.16; Jo 6.68,69; Hb 4,12). Como também dar bom cheiro, que representado na vide do homem transformado (2 Co 2.15). E ainda modi- ficar acor. A almado homem depois de lavada no sangue de Jesus muda de cor tornando-se branca, como também as suas vestiduras espiritais, antes man- chadas pelo pecado, agora lavadas ¢ branqueadas (Is 1.18; Ap 34,5; 6.11; 7.9). O ministério de Jesus estava inaugurado, 2. O real propésito do milagre. Como jé vimos anteriormente, Jesus escolheu a ocasitio propria para realizar este primeiro milagre: uma festa de casamento, Paraisto, usou um elemento Significativo e indisponsivel para a sobre- vivéncia dos seres vivos, 4gua. Mas, muito especialmente, estava trazendo aos homens a sua mensagem de Boss Novas (Le 4.18), a um mundo deses- perangsdo ¢ atrelado as tradigdes € & Lei, a qual se tornara impotente para restaurar o homem (Lc 11.46,47). Portan- to, oreal propSsita deste primciro milagre, em Cané da Galiléia, foi o de mostrar a sua gloria entre os homens ¢ desafié-los a se voltarem para o reino de Deus, QUESTIONARIO 1. Quantas talhas foram usadas? 2. 0 que representa o niimero 6 na Biblia? 3. Por que Jesus chamou Maia de mulhes? 4, Quais os trés propésitos deste milagre. 5. Qual € 0 significado do vinho na Biblia? Ligdo 3 19 de julho de 1992 JESUS PURIFICA O TEMPLO TEXTO AUREO “Senhor, eu tenho amado a habitagdo da tua casa e o lugar onde permanece a tua gloria” ($126.8). VERDADE PRATICA O Senhor espera que nos conservemos puros, afim de que haja uma estreita comunhao com Ele. LEITURA DIARIA Quinta - 1 Co 5.6-11 A purificagao é necesstiria ao crente Segunda - Ef'5.24-27 Jesus, 0 grande purificador Terga -Js 24,11-15 Sexta + Hb 9.9-14 Josué exorta é purificacao O sangue de Jesus purifica com pletamente Quarta - 1 Co 6.15-20 Sébado - 1 Ts $.19-23 Nosso corpo éotemplodeDeus _ Esptritoalmae corpo TEXTO BIBLICO BASICO Jo 213-25 Jo 2.13 - FE estava proxima a pas- coa dos Judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. 14 - E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, € 05 cumbladores assentados. 15 - E, tendo felto um azorrague de cordéis, lancou todos fora do templo, também os bois e ovelhas, ¢ espalhou odinheiro das cambiadores, e derribou as mesas: 16- E disse aos que vendiam pom- bos: Tiraidaquiestes, enio fagaisda casa de meu Pal casa de venda. 17 - Eosseus diseipulos lembraram- se do que est escrito: O zelo da tua casa me devorara. 18 - Responderam pols os judeus, edisseram-Ihe: Que sinal nos mostras para fazeres Isto? 19- Jesusrespondeu, e disse-Ihes: Derribat este templo, e em trés dias o levantarel. 20 - Disseram pols os Judeus: Em quarenta e seis anos fol edificado este templo, etuolevantarasem trés dias? 21 - Mas ele falava do templo do seu corpo. 22-Quando, pols, ressuscitou dos mortos, os seus discipulos lembraram- se de que Ihes dissera isto, e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito, 2 - E, estando ele em Jeru- salém pela pfscoz, durante a festa, muitos, vendo os sinals que fazia, creram no seu nome. 2A - Mas o mesmo Jesus nfo conflava neles, porque a todos conhecia; 25 -E nao necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabla o que havia no homem. COMENTARIO INTRODUCAO Estava proxima a Péscoa dos judeus. 10 EJesus, subindo a Jerusalém, entrouno templo; ¢ vendo a profanagéo que faziam ali, mum gesto de coragem, desafiando 0s religiosos hipécritas e tradicionalistas, empunhouum chicote de cordas cenxo- tou os bois, as ovelhas, € soltou os pombos, pondo os cambistas a cor- rer, virando-Ihes as mesas ¢ espalhando as moedas por todos os lados. Nunca antes se viu isto em Istacl, nunca se ouviu tal noticia pelas ruas de Jerusalém. O ocorrido era um caso inédito. Talver alguém quisesse julgar, apressadamente, dizendo que era uma profanago praticada pelo recém- chegado, Outros quem sabe, quisessem reagir,mas ao mesmo tempo no se achavam com coragem, ou pelo menos com razio. Era Jesus de Nazaré, © Filho de Deus, que estava iniciando a obra restauradora do homem cafdo ¢ distanciado de Dens. O inicio da puri- ficagao se dava pelo templo, para conti- ‘nar ao longo de seu ministério, chaman- do os homens 2 purificacdo e transmi- tindo-thes as verdades divinas LO PROPOSITO DA ATITUDE DE JESUS Quando estudamos a primeira lieao deste trimestre, com base na capitulo primeiro do Evangelho de Sao Joao, vimos ali 0 principio da vida, segundo as palavras inspiradas de Joio. Nesta ligio, estudaremos 0 propésito da vida segundo a vontade de Deus, Todas atitudes de Jesus eram assinaladas pelo propési- to da vida segundo a voritade de Deus. Todas atitudes de Jesus eram direcionadas auma finalidade. Nao eram ages pre- cipitadas ou mezas coineidéncias, Havi sempre um fundo moral e es; havia sempre uma ligdo a ser tansmitida, 1.A purificagio do corpo. Quando Paulo escreven aos corintios, ele se refe- iu ao corpo como sendo 0 templo do Espirito Santo (1 Co 6.19). Por conse- guinte, se 0 nosso corpo € 0 templo em que o Espirito Santo habita provindo de Deus, nfo podem ser admitidas coisas que irio tomé-lo impuro, O apésiolo Paulo relaciona algumas coisas que tor- nam ohomem impuro: “Naoerreis,nem. 5 devassos, nem os idélatras, nem os sodomitas, nem os ladrdes, nem os avarentos, nem os bébados, nem /os maldizentes, nem os roubadores herdarao oreino de Deus” (1 Co 6.10), Tocas es- tas coisas devem ser banidas do vemplo do Espirito Santo, que € 0 nosso corpo. 2. 0 Instrumento de Purificagso. Jesus fez um azorrague de cordéis. Nao era permitido a nenhum judeu levar armas ou varas ao recinto do templo, todavia Jesus langou mao daquilo que estava 4 disposi¢ao no momento. Havia ali muitos pedagos de cordas, as quais estavam atadas a0 pescogo dos bois ¢ ovelhas. Bram cordas feitas de juncos,e isto Jesus se valeu para fazer 0 azorragus, fio era um azorrague semelhante 4que- les instrumentos de tortura usados pelos soldados romanos, os quais continham arruclas ¢ pedagos de metais, ¢ que in- clusive foram usado para sgoitar Jesus nodia do seu julgamento, comotambém a Paulo € outros cristfos. O que Jesus usou foi apenas cordas para enxotar os animais (Jo 2.15). Estes juncos eram encontrados por toda parte, eram algo comum. Freqiientemente o Senhor usa coisas comuns, tal como 0 junco, para nos purificar, As vezes a esposa ¢ usada para advertir 0 esposo ou vice-versa, 0 ‘patrdio para corrigiro empregado, ou até mesmo um esirarho, como foi no caso de Pedro (Le 2259-61), Outras vezes as circunstancias adversas servem para purificarocrente, Eaté mesmo impos- sivel pode acontecer, como no caso da mula de Balatio (Nm 22.28), 3. O que deve ser purificado. Em Hb 9,22 est escrito que: “Portanto no tempo da lei havia cerim@nias que tra- tavam especificamente da purificagio, O Senhor ordenon a todo povo que la- vassem seus vestidos(Ex 19.10). Os sacerdotes, antes da consagracao, de- ‘viam se purificar com a lavagem de 4gua. Tanto os individuos como as coisas que cram usadas no templo, deviam ser todos purificados (2 Cr 4.6; Lv 15.2-13). Tu- do oque pertence ao Senhor, como tam- i bém as coisas usadas no seu servigo de- vem ser todos isentos da contaminagao mundana, Profetizou Isafas: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade dos vossos _ atos de diante dos meus olhos, cessai de fazer o mal" (Is 1.16), Espirito, alma e corpo devem ser purificados (2Co 7.1). 4, Como € procedida a purificacio. salmista fez uma pergunta: “Como putificeré o mancebo o seu camino?” A resposta vem logo a seguir: “Obscr- vando-o conformes tua Palavra”™ (SI 119.9). A obediéneia & Palavra de Deus é um meio eficaz do crente se purificar, “Cristo amou a Igreja, ed si mesmo sc entregou por ela para a san- tificar, purificando-a com a lavagem d4 gua , pela Palavra” (Ef 5.25,26). So- mos purificados e santificados pela en- trega que Cristo fez de si mesmo por n6s, amando-nos e dando-nos a sua Pa- lavra. Fomos lavados ¢ purificados pelo sangue de Jesus, quando 0 aceitamos pela fé. Todavia na caminhada diérie, no cmbate cotidiano, somos suscetiveis de contaminagio. Por isso, temos que observar a Palavra de Deus, constan- temente, porque ela é a agua que nos lava e purifica. Ul. O CUIDADO PERMANENTE Por certo que no templo em Jerusalém. a introdugo dos animais foi acontceendo aos poucos, Seria até rejeitado pelos judeus se aquela invasao de animais no recinto do templo acontecesse repen- tinamente, Até mesmo para justificar a faltade tempo, ¢ facilitar a todos, foram postas ld dentro as gaiolas dos pombos. 12 Mais tarde observou-se que muitos procu- ravam também ovelhas para oferecer em sacrificio ao Senhor. A inten¢io até era justificdvel, Enio foram introduzidas asovelhas, ,mais tarde, até para os bois ‘encontraram espaco, Consestuentemente a presenga dos vendedores era necesséria, pois 4 Palavra de Deus diz que um abismo chama outro abismo. O pior de tudo € que havia la dentro os cambistas. ‘As moedas estrangeiras cram trocadas pelanacional, que circulavam em Israel ¢ tinham a efigie de Cesar (Mt 22.20.21), Dinheiro, naturalmente, so valores que circulam dentro de umanagioe server para aquisigio de coisas materiais, mas no templo do Senhor, nfo devia haver aquelas transagdes financeiras e nego- ciatas excusas, pois 0 proprio Jesus dis- se; “A minha casa sera chamada casa de oragio, mas vs a tendes convertido em covil de ladrées” (Mt 21. 13). O mundo depravado de hoje esi4 trocando 8 valores morais e espirituais, mas os filhos deDeus t?m que estarbem alertas para que isto nfo acontega conosco, individualmente, muito menos na Casa do Senhor. QUESTIONARIO 1. Qual foie propésito da purificagodo templo? 2, Em que época se deu a purificaglo? 3, Que instrumento foi usado para a purificagao? 4, Cite um elemento que pode purificar o homem? 5, O que deve ser purificado? Ligdo 4 26 de julho de 1992 JESUS DECLARA-SE FILHO DE DEUS TEXTO AUREO “Declarado Filho de Deus em poder, segundo 0 Esptrito de santi- ficagéo, pelaressurreigaa dos mortos, Jesus CristonossoSenhor” (Rm 1.4) VERDADE PRATICA A obediéncia, amor e comunhdo, so as caracteristicas do verdadeiro servo de Deus. LEITURA DIARIA Segunda - 1 Sm 15.18 Quinta - F12.3-9 A obediéncia estd acima do sacrificio A purificagdo 6 necessdria ao crenle Sexta -2 Pe 2.4.9 Terga = F123-1 Jesus, 0 exemplo de submissao Quarta -C13.12-17 Tudo deve ser feito no Senhor O rigor do juizo vindouro Sdbado - At 1728-31 Jesus Cristo, o Justo Juiz TEXTO BIBLICO BASICO Jo 5.19-29 Jo 5.19 - Mas Jesus respondeu, ¢ disse-Ihes: Na verdade, na verdade yos digo que 0 Filho por si mesmo no pode fazer colsa alguma, se o nao vir fazer ao Pal; porque tudo quanto ele faz o Filho o faz igualmente. 20 - Porque o pal ama 0 Filho, ¢ mostra-lhe tudo o que faz; e ele Ihe mostrard matores obras do que estas, para que vos maravilhels. 21.- Pols, assim como o Pal ressuscita osmortos,e osvivifica, assim também o Filho vivifiea aqueles que quer. 22- Ktambém o Pai a ninguém Jul- ga, mas deu ao Filho todo 0 jutzo; 23 - Para que todos honrem 0 Filho, como honram 0 Pal, Quem nao honra o Fitho, ndo honra o Pai que 0 enviou, 24 - Na verdade, na verdade vos CoM INTRODUGAO Jesus Cristo acabara de realizar mais digo que quem ouve a minha palavra, e cré naquele que me enviou, tem avida eterna, e ndo entrardem condenacdo, mas passou da morte para a vida, 25 - Em verdade, em yerdade vos digoque vem ahora, eagoraé,em que ‘0s mortos ouvirdo a voz do Filho de Deus, os que onvirem viverao. 26 - Porque, como o Pai tem a vi- da em si mesmo, assim deu também a0 Filho ter a vida em si mesmo. 27 -E deu-lhe o poder de exercer © juizo, porque € 0 Filho do homem. 28 - Nao vos maravilhels disto; porque vem a hora em que todos os que estio nos sepulcros ouvirio a sua voz. 29 -E os que fizeram o bem sairao para d ressurrelgio da vida; ¢ os que fizeram o mal para a ressurreigao da condenagio, TARIO um milagre, desta feita em Jerusalém, ¢ novamente estava sendo contestado pe- 13. Jos judeus, que procuravam maté-lo, porque havia curado um paralitico em um dia de sibado. Eram os religiosos perseguindo a Jesus por ter dado ordem ao recém- curado que este carregasse a sua cama num dia em que néo era permitido tra- balhar. Em resposta aos seus contes- tadores, Jesus declarase Filho de Deus ediz que veio para vivificar aqueles que quer; €, ainda, com o poder dado pelo Pai, de exercer o jufzo, Assim, Jesus ‘Cristo, mais uma vez, desafiava os reli- giosos apegados & letra da lei que nio produzia vida, restauragao ¢ redengao. I. JESUS, O UNIGENITO FILHO DE DEUS 1. Fazendo a vontade de Deus. Em todo este capitulo cinco, basicamente, Jesus esta fazendo a sua declaragao de Filho de Deus, e como tal revestido de autoridade divina. Contudo, na condigio de Filho, submete-se & vontade do Pai, “O Filho por si mesmo nao pode fazer coisa alguma” (V.19a). E uma ligtio de immildade submissio, inteira obediéncia 20 Pai. Jesus nos d4 exemplo de como deve ser moldada a nossa vida. Ele estava aprendendo do Pai pela obediéneia. Ningném pode ser abengoado e vitorio- so se nio for obediente, Jesus declara que tio quanto o Pai faz, 0 Filho o faz igualmente, Era o Pai se manifestando no Filho através da obediéncia e submis- sfo deste, 2. Conhecendoa vontade de Deus A obediéneia nao 6 um privilégio, mas sim uma necessidade constante, pois € urn meio pelo qual o cristo pode conhecer avontade de Deus. Jesus disse que Ele nao buseava a sua vontade, mas vontade de Deus Pai (V. 30b). Portanto, para fazer avontadedo Pai, Jesusdeviasndar em obediéncia, Desde principio Satanés tem procurado fazer com que o homem de- ‘os mandamentos de Deus. Adio foi avisado por Deus que elemorreriase O desobedecesse. Isto foi oque aconte- 14 ceu no Jardim do Eden, a serpente veio € disse 0 contrério “certamente nfio morre- ois" (Gn 2.17, 3.1-6,19). A obediéncia € a verdadeira prova de nosso amor a Cristo, 3. Devemos aprender de Jesus. Assim como Jesus esteve cm cstrcita ‘comunhiio com o Pai (Jo 17.10), devemos fazcr o mesmo. Certa ocasifo, ao final de seu ministério terreno, apés a ccia, Jesus, num gesto de humildade, tirouos vestidos e tomando uma toalha cingiu- se, pds fguaem uma baciac lavouos pés dos discipulos, Era um ato que cabia ao servo, € nfio ao serihor, ao discfpulo e niio 20 mestre, mas Ele deu o exemploe a0 final disse: “Porque cu vos dei o exemplo, para que como eu fiz, facais v6s também” (Jo 13.15). M. A OBEDIENCIA CONDUZ A VIDA ETERNA 1, Quem obedece é amado. Qual é 0 filho obedicnte ¢ humilde que no é amado por seus pais? Se aqui entre os homens o comportamento do filho tem muito a ver com orelacionamento com seus pais, ainda mais no plano divino, onde a justica é exercida em toda sua plenitude. Jesus declarou que o Pai ama © filho © mostra tudo o que faz. Estio implicitas aqui trés coisas, a saber: Obediéncla, amor e comunhio. Jesus acrescentat “E The mostraré:maiores obras do que esta para que vos maravilhei: (Jo 5.20). E 0 resultado da obediéncia, amor € comunhio. 2. A vida pela obediéncla, Os religiosos contemporancos cstavam em desobediéncia & Palavra de Deus, por issonaotinhamdisccrnimento,cstavam mortos. Diziam que conheciam a Deus, mas ignoravam a Jesus como Filho de Deus. Por esta razio, Jesus disse q “Assim como o Pai ressuscita os mor- 105, € 0s vivifica, assim também o Filho vivifica Squeles que 0 quer” (v. 21). Je- sus nfo est se referindo aos que estio mortos, literelmente, e sepultados em seus timulos, mas, sim, aos que esto mortos espiritualmente em seus pecados, apesar de estarem vivos, pois no ver- siculo 24 Tesus dé a interpretagio do ‘versiculo 21 que diz: “Quem ouve minha palavra, ¢ cré naquele que me enviou, tem a-vida eterna e nio entraré em con- denagio, mas passou da morte para a vida’ No versiculo 24 Jesus afirma que aquele que ouve e cré tem a vida cterna, Esia € uma das grandes maravilhas inserida no plano da redengao do homem. Si Paulo disse que aiiltimo inimigodo homem a ser vencido 6 a morte (1 Co 15,24-26). Pela sua ressumeigao, Jesus jftem o controle damorte. Ele venceua morte fez-se as primicins dos que dor- mem. Mesmo que © crente venha a falecer, pois para gste corpo esté deter- minadoum Japsode tempo, ele jépossui a vide etema. 3. A obediéncia livra da condenagio. Jesus disse que quem ouve e cré na sua palavra nio entrard em condenacao (V. 24), O Supremo Juizvai julgar,niocom critério da justiga humana, que ¢ falha, mas, sim, com retidao e infalivel Justica, assentado no Grande Trono Branco. Naquele dia sero abertos os livros, diz a Biblia, Além do livro em que constara ‘a nominata dos salvos, teré também o livro de registro das obras realizadas por cada individuo. O salmists rogavaa Deus que retribnisse sos impios segundo as suas obras (SI 28.4). O Senhor Deus disse que conhece as nossas obras pensamentos © chegarf o tempo do julgamento (Is 66.18). Mas aos que forem obedientes ¢ guardarcm a Palavra do Senhor, serio livres da condenagio. IL AUTORIDADE DE JESUS COMO JUIZ 1, Jesus, o Justo Julz, Pelo resulta. do da obedigncia de Jesus & vontade do Pai, foi-lhe outorgado todo 0 poder de julgar, Ele mesmo afirmou: “O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo 0 juizo” (v.22).Comocoroagaodamissio ‘emena cumprida por Jesus, Deus entregou nas miios de Jesus todo 0 juizo. O apésiolo Joo, quando teve sna visio na ijha de Patmos, viu Jesus de uma outra forma, no mais um yardo sofredor ¢ amumciador do rein de Deus, mas 0 viu como 0 Justo Juiz. que hi de julgar com eqitidade ¢ justiga (Ap 1.13-16). 2, Jesus, o Julz Supremo. “Para que todos honrem 0 Filho, como honram opai” (v.23). Ocorrem por maisde qua- renta vezes, neste Evangelho, referencias em que o Pai honra o Filho ou o Filho honra o Pai, O Filho opera no nome, na atitude e de conformidade com os pro- pésitos do Pai. Se quisermos fer uma Vida espiritusl vitoriosa, devemos hon- rar o Filho de Deus. Devemos reconhecer o senhorio de Jesus sobre a nossa vida, e tudo deve ser feito no Senhor (Ef 4.17). Honremos com nossa vida a Jesus Cristo, o Grande Juiz, assim como Ele honrou o Pai e de igual modo foi honrado pelo Pai (Jo 17.22). Em fazermos assim, Ele também nos honraré (Jo 17.22). QUESTIONARIO 1. Que milagre Jesus scabara de realizar? 2. Segundo a ligéo qual a gran- de declaragio de Jesus? 3, Qual a ceracteristica principal de um bom fitho? 4. A obediéncia de um filho 20s pais resulta em varias bengios. Cite uma delas. 5. Cite um versiculo que diga que Deus honrou a Jesus. 15 Ligdo 5 2. de agosto de 1992 JESUS PERDOA A MULHER PECADORA TEXTO AUREO “Porque Deus eniviou o Seu Filho ao mundo, ndo para que condenasse o mundo, mas para que 0 n.indo josse salvo por Ele" (Jo 3.17). VERDADE PRATICA Antes de vermos 0 arguciro que estd no olho de nosso irmao, devemos retirar a trave que nas impede de enxergar nossas faltas. LEITURA DIARIA Segunda - Jo 8.15.18 Quinta - Ap 6.10 Quem deve julgar Quem tem poder para julgar Terca~Jo7241 Sexta -2 Tm 4.1 Justica ou aparéncia Quando Cristo julgaré Quarta - Jo 8.26 Sdbado-1 Ts 5.21 Justica e verdade O que devemos julgar TEXTO BIBLICO BASICO Jo 8.1-11 Jo 8.1 - Porém Jesus fol para o monte das Olivelras; 2-E pela manhacedo tornou para otemplo, e todo 0 poye yinha ter com ele, ¢, assentando-se, os ensinaya. 3 - Eos escribas e fariseus trouxe- ram-lhe uma mulher apanhada em adultério; 4-E, pondo-a no meio, disseram- Ihe: Mestre, esta mulher fol apanhado, no préprio ato, adulterando. 5-E na lel mandou Molsés que as tals sejam apedrejadas, Tu pols que dizes? 6 - Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando.se, escrevia com © dedo na terra. 7-E, como insistissem, perguntan- COME) INTRODUCGAO Todo o cristo, que reflete a luz de Jesus Cristo em seu modo de vida, est sujeito &s armadilhas dos “fariseus e 16 do-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que dentre vés esté sem pecado seja o primelro que atire pedra contra ela, 8 - E, tornando a inclinar-se, es- crevia na terra, 9 - Quando ouyiram Isto, safram um aum,acomecar pelosmais velhos até aos Ultlmos; ficou sé Jesus e a iulher que estava no meio. 10- F, endireitando-se Jesus, e nao vendo ninguém mats do quea mulher, disse-Ihe: Mulher, onde estaoaqueles teus ucusadores? Ninguém te con- denou? I - E la disse: Ninguém, Se- nhor.E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e nao pe- ques mais. TARIO eseribas” deste século, os qnais procuram colocar os servos de Deus em simmagies embaragosas (2 Co 11,3), que somente com mansidio e discernimento do Espi- rito Santo poderemos encontrar a pala- via certa para obtenmos a vitoria contra as suas astiicias. No primeiro versfeulo do texto bibli- co da ligdo (Jo 8.1), temos a causa da VitGria de Jesus Cristo, a qual deve sera base da nossa caminhada neste mundo: subir ao “Monte das Oliveiras”, ouscja, aorar e jejuar, buscando o poder de Deus em nossas vidas. I. ESTAR PREPARADO Cristo perdoou a mulher pecadora porque estava preparado, e também en- freniouos acusadores porqueestava sob 0 dominio do Espirito Santo, Podemos concluir do texto bésico, ¢ também do texto do capitulo anterior (Jo 7.11), que os judeus cstavam preocupados em colocar 0 Senhor Jesus em situagio ‘emibaragosa, para que o pudessem acusar denfio estar cumprindo a lei mosaicaou ‘mesmo estar em desacordo com as ai toridades romans. Mas Cristo havia estado no Monte das Oliveiras, onde certamente havia conversado como Pai recebendo conforto, apoio, diego € poder, Alids, podemos encontrar outras situagoes narradas nos evangelhos em que 0 Senhor Jesus buscava forgas na ‘oragao c jejum, c seu lugar predileto era 6 Monte das Oliveiras (Mt 26.30; Le 19.29-30). 1, O exemplo de organizagio de Jesus Cristo. Vemos que cedo, pela manhi, Ele retornan ao templo (Jo 8.2), © © povo vinha ter com Ele. Este é um ponto muito importante para quem ests se preparando para a obra de Deus. Cedo, Cristo estava a disposigio do Povo, ¢ diz.o texto que 0 povo vinha ter . com Fle. Isto também é de suma impor- tancia: O povo tambén veio cedo, porque sabia quemera Jesusetinhasedee fome de justiga, ou seja da sua Palavra, e 0 Mestre nfo perden a oportunidade de ensinsr. No vers{culo 2 do nosso texto bisico, lemos que Jesus asscntando-se ensinava © povo, Esta era uma das caracteristicas de Jesus Cristo, a o- ganizagéo (Le 9.14), Quando comecamos a obra de Deus com organizagio, cer- tamente agradamos a Deus. II. A ASTUCIA DOS HOMENS Satanfs tem scus agentes espalhados neste mundo. Quando ndo é ele mesmo que se interpde ene Deus © os Seus servos (J6 1.6,7), ele usa pessoas que se acham mais santas ¢ mais cumpridoras da lei (At 22.3,4). Foi o que ele fez contra Aquele que iria derroté-lo de ‘uma vez por todas, usando, mais uma ‘vez, 0s arrogantes escribas ¢ fariseus,no intuito de apanhar 0 Senhor em con- wadiggo, Satanés atus, cegando us pessoas, para usé-les segundo os seus 8. 1. Os escribas (Jo 8.3). Pertenciam a.uma classe de judeus que muito per- seguiu a Jesus em Seu ministério. Eram considerados os “doutores da lei” (Ed 7.6), Eles mesmos consideravam-se os sébios e entendidos em Israel (Ir8.8,9). Jesus Cristo os acusou de transgredirém ‘os mandamentos de Deus ¢ de ensina- rem doutrinas baseadas em filosofias humanas (Mt 15.1-9), pois os ensina- mentosque Ele transmitia aopovo cram opostos a0 formalismo desses falsos guardadores da lei. 2. Os fariseus, Formavam a mais importante seita judaica. Viviam sepa- rados dos outros judeus ¢ fingiam ter maior santidade que os outros. Prati- cavam a observincia ireswrita dos preceitos e dos rituais dalei, edas datas comemorativas. Faziam distinglo de alimentos ¢ afirmavam que aautoridade da tradigdo c da lei oral era amesmada lei escrita. Joao Batista os chamou de “raga de viboras” (Mt 3.7). O apéstolo Paulo foi educado segundoestascita por Gamaliel (At 5.34; 23.6), 3. A asticla aplicada. Assim determinava aLei de Moisés, conforme Lv 20.10:""Também ohomem que adul- terar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher de seu privxi- mo, certamente morreré o adsltero ¢ a 7 adiltera”, Esse era 0 ponto que os escribas ¢ farisens queriam colocar para Jesus Cristo, mas existiaumafalhaenormena proposta desscs acusadores (Ap 12.10). Eles estavam apresentando a0 Mestre somente a mulher, embora alcgassem que atinham apanhado em flagrante no ato de adultério (Jo 8.4), Onde, pois, estava o homem que com ela havia adulterado? Agindo assim, transgrediam também a lei. Deviam ter apanhando 0 addltero, pare agirem conforme a lei. Mas Jesus Cristo, cheio do Espirito Santo, pode discerir a cilada, pois © proprio texto narra: “tentando-o para que tivessem de que... 0 acusar” (¥.6), ou seja, cles nfo estavam realmente preoctpados com o cumprimento da lei oncom opecado damulher, queriam,na verdade, apanhar o Senhor Jesus em alguma contradigo para acusé-lo dian- te do povo ¢ das autoridades. Mas Je- sus, em siléncio, deixou que suas pro- prias consciéncias os acusassem de pecados, A graga de Deus é maravilhosa, nao ha necessidade de precipitagio em responder aosataques de Satands, preci- samos é aprender aligaodeJesus Cristo, que “‘inclinando-se escrevia na tema” lo 8.6) Ill. A POSICAO DOS HOMENS Estava clara a posigao dos eseribas € dos fariseus, pois como entender que sendo chamados de "Doutores da Lei © que diziam viver segundo a Ici, se deixassem levar pelo engano e apresen- tassem a julgemento apenas um dos scusados! Levaram somente a mulher, masse cla fora apanhadanoato de adul- tério, onde cstava 0 outro adiltera? Co- mo qucriam eles que se aplicasse « lei (Ly 20.20; Dt 22.22), se 08 proprios faios nfo estavam de acordocom «Lei? Que desconforto © vergonha cles sentiram diante do silencio do Mestre! Que resposta mais poderosa do que o seu siléncio poderia ser dada? Que lige maravilhosa Cristo nos ensina neste episédio, 18 1. A posicaio dos acusadores, Esta foi a situago que os escribas e fariscus enfrentaram, através do gesto simples, mas significativo do mestre, narrado no versfcuilo 6: “Inclinando-se, escrevia com o dedo na tezra’’. Em silencio, Ele escrevia nia terra, Seu dedo, em riste, ia rasgando a terra, de tal maneira que o que Ele escreviapudesse ficar gravado na terra, e este gesto, certamente, ia ferindo a alma daqueles homens, trazendo as suas mentes corrompidas, todos os seus pecados, enquanto o Espirito Santo fala- va em suas almas, fazendo-os entender como estavam sendo usados por Satanés, 2, Osilenciodo Justo Juiz. Diz alei deMoisés que“*pela bocadeduss ou trés testemunhas, scr morto o que houver demorrer”(Dt17.6,7).Podemos, entio, sentira posigtio destes homens diantedo silencio de Cristo. De repente viram-se despidos de todas as suas malicias desamparados pelo scnhor deles (Ap 129). Envergonhados e emudecidos, reti- raram-se. da presenga do Justo Juiz de toda a Terra. IV. A SENTENCA DO JUSTO JUIZ Consideremos, agora, asentengade Jesus aos dois tipos de pecadores: os acusadores ¢ a mulher acusada de adultério. 1. A palavra de Cristo: a. Aos acusadores:(Jo8.1)"Aqucle que dentre vés esté sem pecado sejao primeiro que atire pedra contra cla”. E, novamente, diz o Evangelho, Cristo conti- nuou a escrever na terra com 0 dedo (v8). Entio os acusadores comegaram a retirar-se: primeiro os mais velhos, depois ‘0s mais jovens, até que todos foram ‘embora, ficando apenas a mulher. b. Para mulher (Jo 8.10). “Mulher, onde estilo aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?”. Quanto temor e reveréncis nfo devia estar scntindo estamulher, frente a frente com Cristo?. Esperava scr condenada, mas, agora, em seu coragio, comega a nascer uma esporanca do vida, de salvagiio, de liber- tagio da escravidio do pecado, e dos desejos saténicos. ¢. A resposta da mulher (Jo 8.11). Cristo havia perguntado: “Ninguém te condenon? E ela respondeu: “Ninguém Senhor". 2. 0 veredicto de Jesus Cristo. “E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te ¢ nko peques mais” (Jo 8.11; 3.17). Esta € a grande missio de Cristo da sua Igreja. Ele veio para salvar, no para condenar. Ele venceu a Satands pela moriena cruz do Calvério, para que tenhamos vida e vida em abundancia (Jo 10.10b). Cristo esta anossa disposigio, nfo mais encurvado, escrevendo, rasgando a terra com 0 dedo, mas & direita de Deus Pai, perdoando-nos ¢ purificando:nos de todos 6s pecados pelo Seu sangue derramado na cruz. Que possamos sempre ouvir sua voz amiga dizendo-nos: “Vai endo peques mais”, Amém. QUESTIONARIO 1, Cristo veio de que lugar para ensinar no templo? 2, Qual a sentenga a que estava condenada amulher, pela lei? 3, Quais as palavras que Cristo disse aos acusadores? 4, Qual a atitnde de Cristo frente aos acusadores? 5, Qual a recomendagdo que Cristo deu & mulher? 19 Licko 6 9 de agosto de 1992 JESUS E A MULHER SAMARITANA (Dia Nacional de Missdes) TEXTO AUREO “Portanto ide, ensinai todas as nacoes, batizando-as em nome do Pai, ¢ do Filho e do Esptrito Santo” (Mt 28.19). VERDADE PRATICA ‘Somente praticando aquilo que pregamos e ensinamos & que alcancaremas vitéria. LEITURA DIARIA Segunda - Jo 4.34 Nossa meta, a obra de Deus Terca-Jo435 A hora da obra de Deus Quarta -J04.36 0 galardao da cbra de Deus Quinta - Jo 4.38 Quem deve fazer a obra de Deus Sexta-Jo4.39 O fruto da obra de Deus Sabado - Jo 4.42 Quem confirma a obra de Deus TEXTO BIBLICO BASICO Jo 41-10; 25-30 Jo4.1 -F quando o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discipulos do que joao 2 - (Ainda que Jesus mesmo no batizava, mas os seus disefpulos), 3-Deixou s Judéla, e fol outra vez para a Gallléia. 4- E era-the necessério passar por Samaria, 5 - Foi pois a uma cidade, de Samaria, chamada Sicar, Junto da herdade que Jacé tinha dado a seu filho José. 6 - E estava ali a fonte de Jacd. Jesus, pols, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase & hora sexta. 7- Velo uma mulher de Samaria tirar agua; disse-the Jesus: Dé-me de beber. 8 - Porque os seus discfpulos tinham ido & cidade comprar comida. 9 ~ Disse-lhe pols a mulher samaritana; Como, sendo tu Judeu, me pedes de beber a mim, que sou 20 mulher samaritana? (porque os judeus niio se comunicam com os samaritanos). 10 - Jesus respondeu, ¢ disse-Ihe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é 0 que te diz: Di-me de beber, tu Ihe pedirias, e ele te daria agua viva. 25- A mulher disse-Ihe: Euselque © Messlas (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciars tudo, 26 - Jesus disse-Ihe: Eu o sou, ew que falo contigo. 27 - E nisto vieram os seus discfpulos, e maravilharam-se de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum Ihe disse: Que perguntas? ou: Por que falascom ela? 28 - Deixou pois a mulher o seu cAntaro,e foi cidade, e disse Aqueles homens: 29 Vinde, vede un homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura no é este 0 Cristo? 30- Safram pols A cidade, e foram ter com ele. COMENTARIO INTRODUCAO ‘Neste domingo, quando comemora- amos 6 Dia Nacional de Missdes, nada mais agradavel ¢ oporsuno do que me- ditarmos sobre esta incursio de Jesus Cristo para fora das terras do povo de Deus, oupelo menos dopovo que assim: se considerava, jé que os samaritanos no eram considerados pelos judeus, como irmios, mas, pelo contrério, odia- vam-se mutuamente (Mt 10.5; Jo 8.48). No Evangelho de Lucas, no capitulo 9.51-56, temos uma demonstragao des- sa incompatibilidade, quando Tiago ¢ Tofio, como judeus que exam, acharam- se com o direito, se assim podemos dizer, de querer destruir os samaritanos ‘com fogo, dando oporunidade a que Jesus Cristo lhes ensinasse o verdadero amor que enchia sua vida, afirmando que ndo viera para destruir mas para salvar as almas dos homens. & neste cenfirio que Cristo conduz seus discipulos para uma liggo de amor ¢ de evan- gelismo pessoal, ¢ que hoje podemos ainda aprender como o Senhot agia em relaglo As coisas do reino de Deus. L_0 CAMINHO TRAGADO POR DEUS Os caminhos dos homens nao so 03 caminhos de Deus (Is 55.8,9). destino inicial de Jesus Cristo & seus discipulos era a Galiléia, cujo caminho desviava a provincia da Samaria, seguindo o vsle do rio Jordao, para 0 norte, ou seja, pela Transjordania. Mas, ‘yemos o Senthor indo por outro caminho, diretamente a0 alvo, certamente com- pelido pelo Espirito Santo, comegando 4 neste momento, a mostrar a scus discipulos sua disposi¢o de levar a palavra de salvago também aquela par- te do povo que era rejeitada pelo povo escothido, considerando a Lei de Moists. ‘Mas Jesus Cristo ja comecava aesbocar 0s tragos da Sua Igreja, sem distineaode raga, cor ou procedéncia, pois a salvacio & para todo aquele que cré no Filho de Deus. J. © Evangelhode Joie a mlssio. Logo no primeiro capitulo deste Evangelio, Joao comega # mostrar o sentido abrangenieda obra de Cristonos versicuios 11¢ 12, dizendo: “Veio para oqueeraseucosseus nao oreceberam”, € prossegue: Mas @ todos quantos 0 receberam, dew-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus”. E, ainda mais, apresenta a tinica condi¢io para esta maravilhosa selvacgor “orer no seu nome”, 2, Deus prové a ida & missio pelos seusmeios. Dizonosso texto bésico: “E ‘quando 0 Serihor entenden que 0s fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discipulos do que Joi...” (Jo 4.1). Vemos af o fermento dos fariseus comegando a trabalhar, a perturbar a obra de Deus (Le 12.16), procurando colocar murmurapses entre 05 disefpulos, através de disputas © comparagées (Jo 3,22-36); atitude, ainda hoje, praticada or muitos. Mas Jesus soube aproveitar a ocasifio e pariu para a Galiléia. Este foi o meio usado por Deus, para que Jesus tomasse o caminho que passava pela cidade de Sicar, provincia da Sama- ria, onde teve o encontro com a mulher samaritana. UI. ALICAO DE JESUS CRISTO SOBRE MISSAO Cristo, agora, comega a fazer a sua obra no mais no meio dos judeus mas no meio daqueles a quem os judeus re- jeitavam, assim como Ele também esta- va sendo rejeitado, Era preciso mostrar aos seus discfpulos que a selvacfic no cea privilégio 56 dos judeus, mas também (8 gentios podiam alcangar miscrioérdia, ‘amor ¢ paz; pois Cristo veio para razer salvaco a todo o quenele crer, soja cle judeu, grego, samaritano, romano oude {qualquer ontra nacionalidade (Mt 28.19). J. Junto & fonte de Jacé. Como homem, Cristo estava sujcito &s mesmas a1

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