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Sexta-feira, 24 de Abril de 2020 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA 1 Série— N° 56 Preco deste numero - Kz: 340,00 Tain + sarap SAC ASNATOR Tye ela pn Dar relativa a mincio ¢ asimaturas do «Disrio Ano | da Republica 1* ¢ 2.* serie € de Kz: 75.00 ¢ para da Republica», deve ser dirigida # lmprensa |. reg sries Kz: 73415940 | a 3 serie Kz: 95.00, acrescido do respective Nace = ED, Ln, i Hen de EE ee pa ot AD au xe 9352400 | impo do sl, dependendo publica do Conemprommceal ys Bal ey, f 82 se Xe 22590000 | "sted dy itopivion cairns emi degree, AB ee sz 10013320] dng Nocl-E SUMARIO Convindo promosar 0 Estado de Energia cai car as medias de excepto cm vigor no teritério nacional Presidente da Repébl rant operiodo da sue vigenci Decaeto Presiden n° 12020; Prrrogao Estado de Emerica par tm porido de 15 din, ere a8 ‘00:00 do dia 25 de Ari de 2020 e825 $9 do dia 10 de Nai de 20 define as medida eonereas de exe qo em vie dante © paiodo de vizéncia do Estado de Emaméncia. — Revosa todos os tos protic dor pelos Orne da Administra Cental e Local qe «contreiem o dispostono presame Diploma Despacho Presidendal n* 6220: Cia aComseto Inteministrial de Coordenoao do Plane Intesrado de Tnervenga dos Mnicipios — PIM, coerdenada elo Ministro de etado para a Coordenat to Eeon mica, coaduvade pelos Ministros da Admmistaga do Tetérioe das Finan. PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n. de 24 de Abr Considerando que, como medida necessaria € urgente ‘a0 controlo da propagagio da pandemia causada pelo virus COVID-19 em Angola, foi declarado Estado de Emergéncia, através do Decreto Presidencial n.* 81/20, de 25 de Margo, © qual foi protrogado por um periodo de 15 dias, através do Decreto Presidencial n° 97/20, de 9 de Abril; ‘Tendo em conta que persistem as razoes que findamenta- ram a declaragao de Estado de Emergéncia, nomeadamente 0 risco de propagagao do virus COVID-19 na Repiiblica de Angola; Considerando que 0 estdgio actual de propagacao do vimns COVID-19 em Angola continua a recomendar a adop- 0 de medidas excepcionais, nomeadamente a suspensio, total ou parcial, de certos direitos fundamentais, com vista a contengao da sta propagaedo, salvaguarda da vida e a esta- bilidade nacional; 120/20 Ouvida a Assembleia Nacional: © Presidente da Reptblica decreta, nos termos do artigo S8°, da alinea p) do artigo 119°, da alinea 1) do artigo 120° edon.°3 do atigo 125°, todos da Constituigio dda Repiblica de Angola, o seguinte: PRORROGACAO DO ESTADO DE EMERGENCIA, E DEFINICAO DAS MEDIDAS DE EXCEPCAO E. TEMPORARIAS TENDENTES A PREVENCAO, E.AO CONTROLO DA PROPAGACAO DA PANDEMIA COVID-19 ARTIGO 1 (Provrozseo do Estado de Emergincs) IE promrogado 0 Estado de Emeraéncia por um period 4e 15 (quinze) dias, entre as 00h:00 (zero horas) do dia 26 {de Abril de 2020 e as 23h:$9 (vinte e ts horas e cinquenta ‘enove minutos) do din 10 de Maio de 2020 ARTIGO 2" orjet 1. 0 presente Diploma define as medidas coneretas de ‘excepeao em vigor de Emerzéncia referido no artigo anterior: 2. Semprejuizo do dispostono presente Diploma, podem srante o periodo de vigéncia do Estado sser adoptadas outras medidas sempre que a aplicagio do pre- sente Decreto Presidencial o exigir _ ARTIGOS* ambit terzitoriay © presente Diploma eplica-se em todo o teritério nacional 2n0 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 4° (Guspensio de direitos) ‘Nos termos do presente Diploma, durante a viséncia do, Estado de Emergéncia sao suspensos, no todo ou em parte, os seauintes direitos: 4) Inviolabilidade do domicilio, b) Diteito de propriedade; ©) Direito livre iniciativa econémica; Liberdade de culto, na sua ©) Liberdade de residéncia,eireulagio ¢ emigragao, Jf Liberdade de reuniao ¢ de manifestasa0; 1) Inviolablidade da comespondéncia ¢ das comuni- cagses: Wy Direito d greve ¢ diveitos gerais dos tabalhadores. mensio colectiva; ARTIGO 5° (Limitagoes aber dade de 0) 1. interdita a citeulagao ea permanénci de pessoas na via piblica, devendo os cidados estar submetidos arecolhi- mento domiciliar ¢ isolamento social. 2 Excepitam-se do isposto no niimero anterior as deslocagdes nevessérias e urgentes, nomendamente para efeitos de: a) Aquisigao de bens e servigos essenciais; b) A prestagao de servigos autorizados a funcionar, c) A busca de servigos autorizados a fimcionar; 4,0 exarccio de actvidade laborl, para os cidados com vineulo Inboral com institugdes em fim- cionamento durante o periodo de vigéncia do Estado de Emergénci: e) Obtengao de cuidados de satde, fi Entrega de bens alimentares ou medicamentos ao domiciio: 8) Assistencia a pessoas vulneraveis, ‘hy Participagao em accoes de voluntariado, i) Participagao em actos piblicos em instituigdes em faancionamento: ji Retomo ao domicilio, ‘i Transporte de mereadorias. 3. Os veiculos particulares podem circular na via publica para a realizagao das actividades previstas no mimero antericr 4. As deslocagies para a aquisigao de bens servigos essenciais devem ser feitas, preferencialmente, para os esta- belecimentos e servigos mais préximos da resdéncia do cicada, 5. Exceptuam-se igualmente as deslocagoes por parte de pessoal das misses diplomaticas, consularese das onganie zagies intemacionais localizadas na Repiblica de Angola, desde que relacionadas com o desempenho de fungoes oficiais. AKrIGo 6° Desobedincs) 1. Bi caso de vielagao do disposto no artigo anterior, 05 6raiios competentes da ordem piblica orientam ao cidadio de rearesso 20 seu domicilio. 2. O desrespeito a ordem referida no numero anterior constitu crime de desobedigncia, punivel nos termos da Lei Penal, podendo dar lugar 4 detengao imediata. ARrIGo 7° (Cera sanitirtanaciona 1. E fixada cerca sanitéria nacional, estando interditas as entradas ¢ saidas do territorio nacional por qualquer meio. 2. Excepluamse do disposto no nimero anterior as ‘entradas e saidas do teritério nacional em casos de extrema necessidade e urgéncia, nomeadamente: a Entrada c saida de bens servigos essenciais ) Ajuda lnnanitaria, «) Entradas esaidas de doentes. 3. Compete aos Departamentos Ministeriis competentes ‘em razio da matéria a definigao dos termos de aplicagao do isposto no niamero anterior. 4. Eproibida a saida do teritorionacional de produtos da cesta basica, combustivel, medicamentos € equipamentos € material gastavel de uso medic. ARTIGOs* (Cireulagtointerprovinctal 1.F levantada a cerca sanitiria provincial, sendo permi- tida a cirulacio interprovincial de pessoas, para efeitos de ‘exervicio da actividade econémiea, nomeadamente compra evenda de bens ¢ servigos. 2. 0 dispostono numero anterior no ¢aplicével a cireu- Jago interprovinciel para efeitos de lazer, vista a familiares ‘x fin similaves. ARTIGO 9" (Conca saitra na Provinela de Liana) 1, Sem prejuizo do disposto no artigo anterior, ¢ fixada cerca sanitaria provincial na Provincia de Luanda, estando nterditas entradas e saidas do territorio da Provincia de Luanda, 2. Exceptuam-se do disposto no ntimero anterior as ‘entradas c saidas da Provincia de Luanda nos casos conside- rados urnentes e necessarios, nomeadamente para: ca) Entrada € saida de bens e servigos essenci 6) Ajuda humanitaria; ) Entradas ¢ saidas de doentes. ARTIGO 10° (Quarentena etestagem obrigatieta) 1. Estao sujcitos 20 regime da quarentena institucional obriatia: a) Aspessons expostas & infec¢ao; b) Os cidadios provenicntes do exterior do Pais. 2. Estao sujeitos a0 regime da quarentena domiciliar os ‘idacios relativanente @ quem as autoridades determiner, situagao de viailincia activa, I SERIE -N° 56 ~DE 24 DE ABRIL DE 2020 27 3. A violagao da quarentena doniciliar dé lugar a sua transformagao em quarentena institucional, podendo as autoridades competentes invadir © domicilio do infractor para a detencio em caso de resistencia 4.A violacao da obrigaao de quarentena constitui crime de desobediéncia, punivel nos termos da Lei Penal. 5. Os Grgtos competentes devem criar as condi¢oes necesstrias @ localizagao de pessoas que tiveram contacto eam casos positives, para acompanhamento 6. Pata efeitos do disposto no niimero anterior, as autori= dades competentes podem requerer junto dos operadores de comunicagio electronica o registo detalhado de chamadas telefénicas e demais elementos de superte exclusivamente para rastreio dos cidadios suspeitos ou de casos confirmades de COVID-19 ¢ seus contactos, ARTIGO IL (Testes obrignterios) 1. Os cidados em quatentena, institucional ou domi- ciliar, esto sujeitos realizagio obrigatérin de teste de COvID-19, 2. Estao igualmente sujeitos a teste de COVID-19 todos os cidadaos, nos termos definidos pelas autoridades sanité- rias competentes, 3. A todos € vedada a possibilidade de recusar a realiza- «0 dos testes obrizatérios, sob pena de pratica de erime de desobedigneia, punivel nos termos da Lei Penal. ARTIGO 12° (@huncianamente dos orgaos de sober ai) Os OrgAos de Soberania adoptam reaimes préprios de funcionamento, considerando a situagio de emergéncia, devendo salvaguardar sempre o fincionamtento dos servigos ‘minimos essenciais, antigo 1° (Cnionamenio das Graton ures do Presidente da Replies) 1. 08 Graios Anniliares do Presidente da Repiblica imantém o exercicio pleno das suas Fung. 2.OsDepartamentos Minstrais, os Governos Provincia, a Administragdes Municipais, as Administragées Commas € de Distrito Urbano mantém o exercicio das suas fungdes, das 8 horas as 15 horas, sem prejuizo da extensao deste periodo nos casos estritamente necessirios, podendo-se limitar ou suspen- der a prestagio de certos servigos piiblicos considerados ntio essenciais 3. 0 efectivo Iaboral presencia! dos éraiosreféridos no nnimero anterior no deve exceder os 50% da forga de rabae tho, devendo trabathar em regime de rotatividade. 44 A medida prevista no n° 3 do presente artigo nfo abrange os titulares de cargo de direcsa0 e chefin, os quais imantém o pleno exercicio das suas fangs. ARTIGO U? (serior peor em sea) 1. Sito reabertos os servos piblicos em sera 2. Os servigos piblicos fancionam no periodo das 8 horas as 15 horas, devendo 0 seu cfecivo laboral pro- sencial nao exceder os 50% da forga de trabalho, devendo trabalhar em regime de rotatividade 43. Os servigos publicos em fincionamento durante a vvigéncia do Estado de Emergéncia devem criar as condi ‘goes para observiincia do distanciamento social obrigatsrio e observiineia das medidas de biossegurama, ARTIGO 18° (Proteeeaa especial de cidados particularmente vulnerSvels) 1. Estilo sujeitos a proteceiio especial os cidadlios par- ticularmente vulneriveis infecgio por COVID-19, nomeadamente os cidadaos: <@) Com idade igual ou superior a 60 ano: by Poxtadores de docnga crénica considerada de isco, de acordo com as orientacdes das autoridades sanitérias, designadamente os imunocompro- metidos, 05 doentes renais, os hipertensos, os diabéticos, os doentes cardiovasculares, os portadores de doenca respiratéria crénica € os doentes ancoldgicos; ©) As gestantes e mulheres com criangas menores de 12 anos a seu cuidado, 2. 0s cidadaos abrangidos pelo disposto no niimero ante- or, quando detentores de vineulo laboral com entidade, publica ou privada, que deve prestar servigo no periodo de vvigéncia do Estado de Emergéncia, estio dispensados da ‘actividade labora presencial 3. 0 dispostonomumero anterior nao abrange os titular «de cargo piiblico, os profissionais de sate, os operadores de trfego e apoio 4 mobilidade, bem como os membros dos ‘Onados de Defesa e Sexuranga. ARTIGO 16° (Trabalho em domicioy 1. Quando aplicével e sempre que as condigdes 0 per rmitam, 08 cidadaios dispensados da actividade laboral presencial durante o periodo do Estado de Emergéncia esto stjeitos a0 regime de trabalho em domicilio. 2. Compete a cada entidade, piblica ou privada, definit ‘as modalidades do trabalho em domicilio. ARTIGO 17 (Satvaguarda das rlasoesjuridico labora) 1. E proibida a cessagao das relagdes juridico-laborais ‘com findamento na auséncia dos trabalhadores do local de trabalho. 2. 0 disposto no mimero anterior nao impede a adopcae de medidas disciplinares, nomeadamente para o8 fimnciona- rigs e trabalhadores com dever de prestar setvigo durante a vigéncia do Bstado de Emergéncia, ARTIGO 18° (Direito i greve edits werais dos trabahadores) 1. B suspenso o direito a greve, 2. Os funcionsrios ¢ agentes administratives do Sector dda Sauide, bem como os efectivos dos Gigtios de Defesa e ‘Seguranga podem desenvolver fungGes em fugar ¢ em con- digdes diferentes daqueles que correspondem ao vinculo cexistente 2712 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 19° (Estatecmentos de ensino entros de formagso profisionl) 1. Sto encetrados os estabelecimentos pablicos e priva- dos de ensino, em todos os niveis do Sistema Nacional de Edncagio. 2. So encerrados os centros de formagao profissio- nal piblicos ¢ privados do Sistema Nacional de Formagio Profissional ARTIGO 20° (Competicdes trina desportivos) 1. Sao encerrados todas as competigses desportivas, os estabelecimentos de competigio © 0% respectivos treinos desportivos, 2. Sem prejnizo do disposto no mtimero anterior, é per mitida a pratica desp ortiva individual e de lazer em espagos abertos, devendo ser realizada nos seauintes periods:

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