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TEORIA E PRÁTICA
RESUMO
1 – Introdução
A literatura contábil tem apresentado aos estudiosos da área, diversas situações dúbias,
em que alguns assuntos de mesma natureza e conteúdo são transmitidos com conceitos distintos por
diferentes autores. Uma dessas situações compreende a definição do Capital de Giro e seus derivados. Tal
conceituação, múltipla e distinta vem dificultando não só o processo de ensino-aprendizagem daquelas
disciplinas relacionadas ao assunto, como também a informação prestada pelo profissional contábil.
Assim sendo, apresenta-se no escopo do trabalho o levantamento dos vários conceitos
introduzidos na literatura para o Capital de Giro e seus derivados, bem como, o entendimento do
profissional contábil da grande João Pessoa a cerca de uma expressão bastante utilizada por todos, quer
sejam professores, contadores, administradores, todavia, desprovida de uma conceituação clara.
2 – Metodologia Adotada
A coleta de dados foi executada pelo pesquisador que, deslocando-se até os escritórios
registrados no CRC/PB, apresentou aos contadores o questionário composto de 3 (três) perguntas
fechadas, procurando inquiri-los sobre os conceitos relacionados às expressões Capital de Giro, Capital
de Giro Próprio e Capital em Giro. Neste trabalho procurou-se analisar todas as questões propostas pelos
questionários, juntamente com as respostas apresentadas, comparando-as com aquelas encontradas na
literatura.
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante 2.880 Passivo Circulante 1.600
Disponível 580 Obrigações Trabalhistas 500
Créditos 900 Obrigações Fiscais 800
Estoques 1.200 Obrigações Financeiras 200
Despesas Antecipadas 200 Outras Obrigações 100
ARLP 150 PELP 300
Créditos 150 Obrigações 300
Permanente 2.270 Patrimônio Líquido 3.400
Investimentos 700 Capital Social 2800
Imobilizado 1.400 Lucros / Prej. Acumulados 600
Diferido 170
Total 5.300 Total 5.300
FLORENTINO (07);
FRANCO (08);
MARTINS & ASSAF NETO (10);
REGO FILHO & ROCHA (13);
SÁ (15);
SILVA NETO (19); e
IOB (22).
ANTHONY (03);
FABRETTI (04);
FERRONATO (06);
IUDÍCIBUS (09);
MATARAZZO (11); e
WALTER (21).
ANDRADE (02); e
RECKTENVELD (12).
Surgiriam outras respostas como 4.480 (Ativo Circulante + Passivo Circulante), 1.780
( Estoques + Disponível), ou 1.130 (Patrimônio Líquido – Ativo Permanente), baseadas nos seguintes
autores, respectivamente:
FAVERO, et al (05);
SANDRONI (16); e
SANTI FILHO & OLINQUEVITCH (17).
AGUSTINI (01);
FLORENTINO (07);
FRANCO (08);
SÁ(15);
TREUHERZ (20); e
IOB (22).
MATARAZZO (11); e
SILVA (18).
Surgiria, ainda, outra resposta como 1.130 (Patrimônio Líquido – Ativo Permanente),
baseada em:
WALTER (21).
Alguém poderia responder que o Capital em Giro corresponde a 2.880, valor do Ativo
Circulante, se estivesse baseado em:
FERRONATO (06).
É notório que as divergências verificadas partem da distinção que alguns autores fazem
entre Capital de Giro e Capital de Giro Líquido (CCL), todavia, por não existir uma uniformização sobre
o tema, conceitos outros, dos mais variados, vão surgindo aleatoriamente.
AC - PC
40%
Outros PL - AP
14% 18%
PL - (AP + RLP)
9%
Capital de Giro
23%
AC - PC
36%
Capital em Giro
Outros AC
23% 18%
P ex +P L
5%
AC - P C Capital de Giro
5% 49%
5 – Conclusão
6 – Bibliografia
AGUSTINI, Carlos Alberto Di. Capital de giro. São Paulo: Atlas, 1996
ANDRADE, Geraldo Magela. Traduzindo as informações contábeis. In: Encontro dos Contabilistas da
Borborema, 2, Campina Grande, 1998
ANTHONY, Robert N. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 1975
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade tributária. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1996
FAVERO, Hamilton Luiz; LONARDONI, Mário; SOUZA, Clóvis de, et al. Contabilidade: teoria e
prática. Vol. 2 . São Paulo: Atlas, 1995
FERRONATO, Airto. Análise de balanços para concursos. 3 ed. Porto Alegre: Sagra-DC Luzzatto,
1994
FLORENTINO, Américo M. Análise contábil: Análise de Balanços. 2 ed. Rio de Janeiro: Fundação
Getúlio Vargas, 1972
FRANCO, Hilário. Estrutura, análise e interpretação de balanços. 11 ed. São Paulo: Atlas, 1972
IOB – Informações Objetivas. Distinção entre capital de giro e capital em giro. Bol. 30. Caderno
Temática Contábil e Balanços, 1990
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços. São Paulo: Atlas, 1977
MARTINS, Eliseu & ASSAF NETO, Alexandre. Administração financeira. São Paulo: Atlas, 1986
MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 3 ed. São
Paulo: Atlas, 1995
RECKTENVELD, Gervásio. Manual de estudo: AFTN. Rio Grande do Sul: Fundação ASSEFAZ, 1996
REGO FILHO, José Rodrigues do; ROCHA, Leny Alves; COELHO, Cláudio Ulysses. Gerência
financeira. Rio de Janeiro: SENAC-DN,1996
RIBEIRO, Osni Moura. Análise de balanços Fácil. São Paulo: Saraiva, 1993
SÁ, Antônio Lopes de. Dicionário de contabilidade. 8 ed. São Paulo: Atlas, 1990
SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. 3 ed. São Paulo: Editora Best Seller, 1999
SANTI FILHO, Armando de; OLINQUEVITCH, José Leônidas. Análise de balanços para controle
gerencial. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1989
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1993
SILVA NETO, Raimundo Antônio da. Manual de estudo: Concurso Auditor Fiscal do Tesouro do
Estado do Rio Grande do Norte. Rio Grande do Norte: EDICON, 1997
TREUHERZ, Rolf Mário. Análise financeira por objetivos. 4 ed. São Paulo: Pioneira, 1987
WALTER, Milton Augusto. Introdução a análise de balanços. São Paulo: Saraiva, 1977