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- Direito das Obrigações

- Conceito: É a relação obrigacional, é vinculo jurídico entre duas partes, em virtude do qual
uma delas fica adstrita a satisfazer prestação patrimonial de interesse da outra, que pode
exigi-la, se não for cumprida espontaneamente, mediante agressão ao patrimônio do devedor.

Obrigações “Lato sensu”: Sinônimo de dever (Jurídico ou não).

Patrimonial: Pode ser convertido em dinheiro, ainda que sua origem não seja de cunho
patrimonial.

Não patrimonial: Não pode ser convertido em dinheiro.

Obrigações “strictu sensu”: Sinônimo de dever patrimonial. Pode-se entender por relação
jurídica.

Obrigação é vinculo jurídico em virtude do qual uma pessoa pode exigir de outra prestação
economicamente apreciável.

Obrigação é situação dinâmica consistente em relação jurídica em cooperação entre credor e


devedor, ficando este adstrito, basicamente a cumprir prestação de caráter patrimonial em
favor daquele, que poderá exigir judicialmente seu cumprimento.

Sempre que houver situações patrimoniais, haverá direito obrigacional.

Haftung – Responsabilidade particular


Schuld – Devedor
Divida de jogo não obrigam a pagamento – Art. 814, CC Art. 206, §3º, I, CC Art. 932, I, CC Art.
928, CC

- Obrigações

- Caracteres:

Caráter transeunte: Não pode haver uma relação obrigacional perpetua de caráter
patrimonial.

Vinculo jurídico entre as partes: Através do qual uma parte pode exigir coercitivamente o
adimplemento.

Caráter patrimonial: Somente o patrimônio do devedor pode ser atingido, afastada sua
responsabilidade pessoal.

Prestação positiva ou negativa: Pode ser uma conduta de dar, fazer, ou não fazer.

- Elementos constitutivos das obrigações

Compõe-se de sujeito, objeto e vinculo.

Sujeito: Elemento subjetivo da relação (caráter dúplice).


Objeto: Se consubstancia na prestação devida, tendo sempre, conteúdo econômico ou
conversibilidade patrimonial. O objeto da obrigação é a prestação. O objeto da prestação é o
bem. Características do objeto (art.104, C.C):

Licitude: Direito obrigacional vai cuidar de relações que estejam de acordo com a lei.

Possibilidade física e jurídica: A lei autoriza como possível para ser objeto de contrato.

Determinabilidade: É preciso que a obrigação seja determinável ao menos no momento de sua


execução.

Patrimoniabilidade: A obrigação tem que ter economicidade.

- Vínculo jurídico: Trata-se do liame entre as partes (credor e devedor), possibilitando a um


deles exigir do outro o objeto da prestação, sob pena de agressão ao patrimônio.

- Fontes das obrigações:

Contrato

Manifestação unilateral de vontade

Ato ilícito

Classificação das obrigações

Fonte imediata a vontade humana – contrato e manifestação unilateral de vontade


Fonte mediata – Lei

Fonte imediata o ato ilícito – São as que se constituem mediante uma ação ou omissão,
culposa ou dolosa do agente, causando dano à vitima.

Fonte direta a lei – Art. 1694 e 55 CC

Quanto ao elemento subjetivo (sujeito)

Obrigação fracionaria: É quando concorre uma pluralidade de devedores ou credores, de


forma que cada um deles responde apenas por parte da divida ou tem direito apenas a uma
proporcionalidade do credito.

Obrigação conjunta: Quando concorre uma pluralidade de devedores ou credores, impondo-se


a todos o pagamento conjunto da divida.

Disjuntiva: Nessa modalidade existem devedores que se obrigam alternativamente ao


pagamento da divida.

Solidaria: Quando na mesma obrigação, concorre uma pluralidade de credores, cada um com
direito a divida toda (solidariedade ativa) ou uma pluralidade de devedores, cada um obrigado
à divida por inteiro (solidariedade passiva).

- Quanto ao elemento objeto (prestação)


Obrigações alternativas: São aquelas que têm por objeto, duas ou mais prestações, sendo que
o devedor desonera-se, cumprindo apenas uma delas. Exemplo: Contrato de consignação.

Obrigações facultativas: Quando tendo, tendo um único objeto, o devedor tem a faculdade de
substituir a prestação devida por outra natureza diversa, prevista subsidiariamente.

Obrigações cumulativas: São as que têm por objeto, uma pluralidade de prestações que devem
ser cumpridas conjuntamente.

Obrigações divisíveis e indivisíveis: São aquelas que admitem o cumprimento parcial ou


infracional da prestação. As indivisíveis, por sua vez, só podem ser cumpridas por inteiro.

- Classificação básica:

Positivas (dar, fazer)

Negativas (não fazer)

- Dar coisa certa

A única coisa que satisfaz é aquela coisa especifica, individualizada. O credor não é obrigado a
receber coisa diversa da estipulada ainda que mais valiosa.

Na dação em pagamento o credor acaba recebendo uma coisa diferente daquela estipulada.

Dar dinheiro: Empréstimo

Dar diferente de dinheiro: Comprar casa atualmente usada

- Dar coisa incerta

Não se tem todas as características do objeto delimitadas.

Na obrigação de dar, o devedor ao dar algo ao devedor no momento da obrigação, é chamado


de tradição, a transferência da coisa.

Na obrigação de restituir a pessoa recebe a posse da coisa para num segundo momento
devolve-la ao seu titular. Ex: contrato de deposito e garagem.

Na obrigação de dar coisa certa, a coisa já se encontra ao momento da estipulação,


perfeitamente identificada e individualizada. Nessa obrigação, é dispensável qualquer
declaração superveniente para que a prestação seja cumprida.

- Da obrigação de dar coisa certa

Noção e conteúdo

Coisa certa

Entregar/restituir

Confere ao credor simples direito pessoal


Transferência do domínio:

A tradição

Registro

Impossibilidade de entrega de coisa diversa, ainda que mais valiosa

Art.313, CC – Principio da especificidade

Não será o credor obrigado a receber “aliud pro alio” (uma coisa por outra)

Caso consinta em receber prestação – dação em pagamento (art. 356, CC.

Tradição como transferência dominial

Direitos aos melhoramentos e ecrescidos

Art.237 do CC – Principio da equivalência da prestação

Abrangência dos acessórios

Art.233 CC – O acessório segue o destido do principal

Teoria dos riscos (art.234-241 CC) - Principio básico “res perit domino”

Perecimento (art.234, CC)

Sem culpa do devedor

Com culpa do devedor

Deterioração (art.235, CC)

Sem culpa do devedor

Com culpa do devedor (art. 236, CC)

Bem feitoria necessária visa conservar a coisa. Tem o direito de exigir retenção, de indenização
pelas despesas realizada pelo devedor.

Bem feitoria útil aumenta a utilidade do bem.

Bem feitoria voluptuária é apenas para mero luxo. Ainda que o devedor esteja de boa fé, ele
não tem direito de retenção numa bem feitoria voluptuária. Quando a pessoa esta de má fé,
mesmo sabendo que a coisa não a pertence, ela faz melhorias e construções e reformas sem
autorização do proprietário.

Na obrigação de dar coisa certa, a abrangência dos acessórios nessa coisa certa. Os acessórios
seguem o principal. Ex: Se vende um carro, seus acessórios serão vendidos com o carro, salvo
se houver ressalva.

Deterioração não é a perda total, é uma diminuição da qualidade do bem, uma desvalorização.
- Obrigação de restituir

Restituir = devolver

O credor (dono) tem o direito de exigir a devolução do bem alugado ao devedor.

Perecimento corresponde a perda total da coisa.

Art.238 – sem culpa do devedor: a obrigação se resolve.


Art.239 – falha do devedor, o devedor restituirá com perdas e danos.

Deterioração corresponde a perda de valor da coisa.

Art.240 – Sem culpa do devedor


Art.236 – Com culpa do devedor. O credor poderá exigir equivalente mais perdas e danos
31.03.2011

OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA:

Noção e Conteúdo:

Coisa Certa: determinada, específica

Entregar/restituir: restituir existe uma devolução.

Confere ao credor simples direito pessoal: envolve duas pessoas credor e devedor.

Transferência de domínio: a) tradição: móvel; b) registro: imóvel.

Impossibilidade de entrega de coisa diversa, ainda que mais valiosa. Art. 313 C.C. Princípio da
especificidade.

Não será o credor obrigado a receber “aluid pro alio”(uma coisa por outra)

Caso consinta em receber prestação diversa – dação em pagamento (art. 356 ao 359 C.C.)

Tradição como transferência dominial.

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