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en a Netoy Claviceps e Puccinta Se sie la nati co cola canada par Phytophthora, em saras esNeie® NeRELAIS,alcuny herbicidas, por outro lade, pron sawam retuyde na severidade da doenga Substaneias quimieas classiticadas como poluidoras da aumostera tambem podem aluar na predisposigdo de plantas a doenca Fslas substincias, como 0 didxido de enxofie ¢ deide uortree, podem prejudicat © desenvolvimento normal dat plantas, aumentando sua suscetibilidade a agentes patogénicos Anvores expostas ao dioxido de enxofre tomam-se mais suscet vers ao ataque de Armillaria meliea e de outros agentes fingicos causadores de podridio, = Praticas culturais co 10 0 desfolhamento € o transplante \Boxe 7.2) também podem promover estresse na planta e, dessa ‘orm, contribuit para sua predisposigo ao ataque de patégenos. A desfolha compromete as reservas nutricionais da planta, dit rnuindo 0 contetido de amido em varios érgios vegetais e aumen- tando sua suscetibilidade. Isto ocorre com o trevo forrageiro \Trifolum pratense) que, devido aos cores frequentes, passa a ser atacado por diferentes especies de Fusarium, consideradas nos fracas para este hospedeiro. ee O transplante de mudas é uma pratica comum em varias espécies frutiferas, ornamentais, olericolas € florestais. O estresse provocado durante o transplante € 0 estabelecimento de plantas pode predispé-las a0 ataque de patégenos (Schoeneweiss, 1975). Operagdes de poda de ramos e de raizes, executadas no momento do transplante, expéem tecidos internos da planta a0 meio, facilitando a infecgao. Mudas de Sorbus spp.» ‘mesmo quando inoculadas com Botryosphaeria dothi- dea, por exemplo, nao apresentam cancro, a menos que jam submetidas a transplante com poda do sistema radicular. A perda de vigor e 0s ferimentos provoca- dos pela poda podem ser responsaveis pelo “choque de transplante’, uma terminologia adotada para designar estresse associado ao transplante de mudas. 72. ACAO DO AMBIENTE SOBRE O PATOGENO E SOBRE 0 CICLO DE RELACOES PATOGENO- HOSPEDEIRO Fatores do meio ambiente esto relacionados é distribuigto © intensidade das doengas em determinadas areas. A distribui- ‘0 geografica dos patégenos é, em parte, determinada por sua ‘“apacidade de adaptagdo as condiges de ambiente. Assim, um Patégeno-capaz de se desenvolver sob uma larga gama de con- Ambiente © Doenca ides ambientais tem distribuigo mais ampla, enquanto que aquele ions llerante as variagéres div ambiente apresenta distri= busca peorafica rats restrita A acto dev ambiente ¢ exercida de diferentes formas, podendo interfere nos diferentes subprovessos 0 Alem desta interterén- ‘nor exemplo, atvvidades microbianas que veorrem na ‘que possamn fer uma relagao sinergis ‘ou antagénica em relago a um agente patogenico do ciclo de relaghes patéyentshosped cia diteta, «ambiente poser alterando popula rizostera ou na filsfera 7.2.1. Umidade A agua tem papel relevante sobre os diferentes agentes Infeceiosos que atacam tanto a parte aérea como o sistema radi- cular da planta, Na forma de chuva, orvalho ou irrigagao, a dgua altera a umidade do ar e do solo. contribuindo ou prejudicando as atividades de fungos, bactérias ¢ nematoides. [Na auséncia do hospedeiro, a umidade do solo exerce agdo direta sobre a sobrevivencia do patdgeno. O excesso de agua, na forma de encharcamento, pode promover a eliminacio de espé- cies patogénicas, provavelmente devido ao desenvolvimento de ‘um ambiente anaerdbico. Por outro lado, a baixa umidade do solo pode causar 0 dessecamento das estruturas do patégeno, di ‘nuindo sua populagdo ou provocando seu desaparecimento. O controle de doengas causadas por patégenos veiculados pelo solo ou por patégenos que sobrevivem em restos culturais pode ser realizado com a eliminagao do inéculo, promovida por meio de ‘medidas como inundagdo ou aragao e gradagem. A inundacdo cria condigdes de anaerobiose. enquanto as operacdes de aragdo © gra- dagem promovem a exposigio do indculo a0 sol eo secamento do solo, ambas desfavorecendo a sobrevivencia do patégeno. ‘A disseminagio de propégulos pode ocorrer com o auxilio da agua, principalmente através de respingos e aerosséis, para patégenos de parte aérea, e égua de superficie ou enxurrada, para patégenos veiculados pelo solo. Os respingos provocados pela ‘gua da chuva, ou irrigagao por aspersdo, podem dispersar 0 ind~ culo tanto dentro de uma mesma planta como para plantas vizi- ‘thas. Conidios de Septoria presentes na palhada de cevada podem ser dispersos, horizontalmente, até 90 cm devido ao impacto cau- sado por respingos da égua de chuva. Os respingos sio respon savveis ndo s6 pela disseminagao como também pela liberagdo de estruturas fingicas e bacterianas produzidas em matrizes mucila- ginosas, Neste caso, a agua dilui a substincia mucitaginosa que Prende os propaigulos e promove sua dispersio. Goticulas de Agua de chuva ou de irrigasdo por aspersio, componentes de acrossois, podem, se associadas a vento forte, disseminar propdgulos pato- énicos a longas distancias (Boxe 7.3). A enxurrada, origindria de chuva ou de itrigacao por suleo, pode distribuir o patégeno a par- tir da fonte de indculo, representada por plantas doentes ou maté- ria orginica. Patdgenos veiculados pelo solo, comumente levados por agua de superficie, podem se distribuir ao longo de suleos de plantio, disseminando-se para plantas localizadas na mesma linha. A ocorréncia de umidade excessiva no solo constitui-se ‘numa condigdo altamente favordvel a patégenos que possuem estruturas capazes de movimentar-se na dgua, como é 0 cas0 dos zobsporos. O encharcamento decorrente de irrigago excessiva fu de solos mal drenados cria uma condig&o propicia a estas estruturas,principalmente em éreas de viveiro de mudas, onde & densidade de plantas & muito alta, Nestas condigées, a severidade das doengas causadas por Pythium e Phytophthora aumenta com ‘aumento da umidade do solo. 7 Pee erent uma das mais graves doengas dos wlado em regides em que 0 paté © tornou endémico ¢ a erradicagao de plan ¢ aplicagho de fungicidas capricos para proteger 4s plantas contra novas infecgdes . A disper sio da bactéria di-se por meio de respingos de chuva 0s ou no ao vento, Em ambos os casos, o padrao espacial da doenga ¢ altamente agre gado. Em Sao Paulo, a partir de 1997, detectou-se um acentuado aumento no nimero de focos da doenga, concomitantemente a uma importante mudanga em seu padrao espacial, que mostrou em 53% dos talhdes avaliados, padrio moderadamente agregado € em 26% deles, padrio ao acaso. A mudanga na distribui- gio espacial da doenga foi atribuida 4 agdo da larva minadora dos citros (Phyllocnistiscitrella) detectada ‘em Sio Paulo em 1996. Os ferimentos provocados Por esse inseto aumentam significativamente os sitios de infecao na folha tornando-a altamente suscetivel aos propagulos dispersos em aerosséis (Figura 7.2), ainda que poucas células bacterianas sejam ali carre- gadas. Assim, a eficiéncia dos aerossGis na dispersio da doenga a longas distancias aumentou sobrema- neira quando as plantas do talhao estavam feridas pela ‘minadora, permitindo a rapida penetracao da bactéria depositada pelos aerossdis sobre as folhas. Com dis- persio eficiente a longas distancias, as plantas doentes deixaram de mostrar padrao agregado, passandoa exi- bir ‘casualizado no talhao. A eficiéncia da erra- dicagio de plantas dentro de um raio de 30 mao redor da planta foco, como acontecia até 1997, deixou de ser eficaz e uma nova regra de erradicacéo mais dréstica precisou ser adotada. Mais detalhes sobre a influéncia de P citrella na severidade do cancro citrico eno padrao espacial de plantas doentes podem ser encontrados em Christiano et al. (2007) e Gottwald etal. (2007). Figura 7.2~ Laranjera doce (Citrus sinensis) com sintomas ‘de canero citrico (Xanthomonas citri subsp. citri) ‘em elevada severidade, devido a infecglo através de galerias da larva minadora dos citros (Ph nistis cttrella) pela bactéia (ao centro © & dircita). de 98 Pitopatologia a Mt ngs «tte 0 Koval le pata forma de orvalho tem Brande releyi, ae oe roros da grande maioria dos fy De modo Ber cionadas 4 quantidade ¢ & duragto do petiod q m pair do qual a quantidade ee de doenga ¢ atingidgs do genta por pridos adiioais de mole, ese ae pancha de Alteraria do gis, por egy, plo, eesce com Pe eriados inferiores a 4 horas So insu Ped ¢ 20 horas. Periods inferior. icin entree infeqo come periodos mais Prolongados qe te pare raticamente ndo alieram a intensidade da doen 2 ao 3), Uradinidspors de Melampsora medusa, por sq val tantidade de puistulas € crescente a 3 horas de molhamento € & qu i 34 horas de molhamento (Figura 7.4). Conidios de fungos caus. pois germinam com alta uni ‘ores dos oidios contrariam aregra, pois m dade doar (proximo da saturago), porém na auséncia de min de agua na superficie foliar. Associada & auséncia de chuvts, qu remove os esporos das folhas, a auséncia de lmina de Agua ne superficie foliar é uma das razbes pelas quais 0s oidios ocorrem ‘com elevada incidéncia em cultivos protegidos (Figura 7.5). 'A germinagao de estruturas de patégenos veiculados pelo solo, de modo geral, também é favorecida por condiges de alts umidade e, por consequéncia, a severidade das doengas causaiss por eles esta diretamente associada com o nivel de umidade do solo, Bactriasfitopatogénicas sio beneficiadas pela presenga de ‘gua sobre a folha, pois essa condigio favorece os processes de penctragio e de colonizagio dos tecidos do hospedeiro. A reprodugtio do patégeno pode sofrer influéncia tanto dt tumidade atmosférica como da umidade do solo. Variagties do teor de Agua do ar, associadas as oscilagdes de temperatura, podem determinar a durago do periodo de esporulagaio de um patdgen. O fungo Pyricularia grisea, por exemplo, nao forma coniies quando a umidede relativa esté abaixo de 93 %. A partir dal esporulagdo é diretamente proporcional ao aumento da umidad®, dci 7.22, Temperatura © eftito da temperatura sobre as atividades do patézen0& de modo geral, menos marcante que aquele exercido pels ul dade. A maioria dos patégenos, particularmente aqueles pres 1c nas reides wopiais esubropicas, ¢ capa de eset pl ce femperatur, Portano, nests regides. 8 te fingicas presentes na fonte de inbe¥® controle, como oreolvimento do $906! do patégeno ou mesmo causs™ Pipionrtehcnlgt ior. A tem z 100 $00 % 80 ° 80 3 @ 3 6 60 | 3 § 2 3 20 | io of Lis ° 5 10 15 20 2 o 5 10 15 20 ra Duracao do molhamento foliar (h) da durgto do perodo de mothaments fla Clreuls pre epreseiam ovesulado de um esa e eels brancos, de sua repetido. Lins corespnem a angio lopstca sua aor dado (Lee de Amorim, 2002) (C) Imagem de sintomas da especies dos complexos Colletorrichum gloeosporioides ¢ dé entre 18 € 30°C, Da mesma mancia,severidade © esporulasto C acutatum, que causam antracnose na goiabae pedi foral de Melampsara medisae, gente causal da ferrugem da folks n0 Jos ros. A germinagdo de conidios de especies do eompleno amo so altament infleneadss pela temperatura. Nesse caso, ies € superior aque de C- acuta nas meamas a produgao de espors nas pasulasaumentasignifcativamente digs de ambiente (Soares etal, 2008, Lima etal, 2011). 4 como aumento da temperatura, no inervalo ene 8 18, dimi- imtensidade ¢ a velocidade do progresso da antracnose em goiabas também slo bastante influenciadas pela temperatura, independen- iemente da espécie do agente causal, O periodo de laténeia dos ando entre 9 € 13 dias, respectiva- dois patdgenos ¢ similar, va mente, em frutos incubados a 30 e 15 *C, Nesse mesmo intervalo de temperatura, a severidade da antracnose varia pouco para os dois patégenos, formando lesdes de 2 a 4 centimetros de didme- two (Figura 7.6) Diferentemente da antracnose, a severidade da mancha de Alteraria em girassol exibe enorme variagdo em fungio da tem- peratura de incubagdo das plantas (Figura 7.7). Tanto 0 nimero 4e lesGes como seu tamanho aumentam significativamente 8 Frequéncia de infec¢a0 Bs 8 fi 6 Sepa at Periodo de molhamento (horas) Fens net een nti du omen iverson il sin he ms tain hors emanate mo ee ‘com sintomas de ferrugem ne face abaxial, (Crédit da foto: Louise L- May-de-Mio. ‘uindo, em temperaturas mais altas (Figura 7.8), 7.2.3. Vento (© vento tem papel relevante na disseminagto de agentes patogenicos. Diversos tipos de estruturas fiingicas e células bac~ terianas podem ser transportados diretamente pelo vento, tanto a courtas como a longas distincias, dependendo da resisténcia des- tes propigulos a dessecagdo. Aspectos relacionados a turbulé cia do are as intensidade e diregqo do vento podem influenciar a liberagio, o transporte e a deposig&o do inéculo. Esta influéncia tomna-se mais acentuada quando o vento passa a atuar em associa fo com dgua de chuva. A curtas distancias, a turbuléncia do ar carrega 0 inéculo produzido numa planta doente para plantas situadas na sua proximidade (veja Figura 4.15 no Capitulo 4 desta obra). A longas distancias, as correntes aéreas sao responsaveis pelo transporte dentro de uma regia ou mesmo pela disseminacao intercontinental de inéculo, ‘Assim, uredinidsporos da ferrugem do colmo do trigo sto carregados de uma cultura para outra desde 0 México até 0 Canada, seguindo a diregio dos ventos predominantes. O vento é considerado © provavel introdutor da ferrugem do cafeeiro, a partir da Africa, no territério brasileiro. 1.24. pH Aacidez do solo, em muitos casos, parece afetardiretamente o patégeno, embora possa ter eet também sobre o hospedeiro. Este fator do ambiente pode promover alteragdo na sobrevi véncia, germinagio, penetragio e reprodugo de pat6genos Veiculadas pelo solo, determinando a jcorréncia e a severidade de doengas. Agentes 9 Figura 7.5~ Sintomas de oidio em foliolos de tomateiro cultivado em estufa, Patogénicos de natureza fiingica sto, de modo geral, favoreci- dos em solos de pH acido, enquanto aqueles bacterianos causam maiores danos quando 0 pH atinge valores proximos & neutra- lidade ou ligeira alcalinidade. A bactéria Streptomyces scabies. praticamente, no causa sana na batata em solos que apresentam pH abaixo de 5,2. A doenga manifesta-se de modo mais severo, no entanto, & medida que o pH aumenta de 5,0 a 8,0. Por outro lado, Plasmodiophora brassicae nao germina em condigdes de alcalinidade e, por esta razdo, a doenga conhecida por hérnia das cruciferas é assinalada com maior frequéncia em locais de solos dcidos. Manual de Fitopatologit putros Fatores a como luz, teor de matéria orginicy ido de carbono, disponibitidage jas podem ter influéncia sobre rare dives i 7 erici os herbie relagbes patgeno-hospedei hes ar a produto de COnLOS. A prog t nib Olea eres, PO eXCNPO, estan ie onda varive de 310-355 nm eng ”A materia orginica pode servire indo seu desenvolvimens solo, concentra oxigenio e ago de essos do cic rentes process ode e comprimento na aa de 385495 am. Ama geno, favore od microflora a ele antagdnica. Ainge io € prejudicial &s atividades noma, bactérias presentes no Solo. Os ee imente sobre 0 patdgeno, favorecend, y ereando seu crescimento © Feproduso, enquanto a agyy ow Peel eras populacoes microbianas reflete-Se, de modo indrgy da intensidade de ocorréncia de cada um, da associagto con ‘utres fitores ambientais, bem como do patégeno considerady, 73. FATORES AMBIENTAIS E CONTROLE DE DOENCAS, ‘Algumas prticas relacionadas & instalago e& condusdo dy cultura podem ser adotadas com a finalidade de eriar condigies de ambiente que desfavoregam o patégeno ou favoregam 0 hos- pedeiro, com 0 objetivo de impedir o aparecimento de doengas og de manté-las em baixos niveis. Aescolha de solos com boa capacidade de drenagem evitao aciimulo de égua que pode beneficiar o patégeno e ser prejudisial ao hospedeiro. Por outro lado, a irrigagdo adequada permite un crescimento vigoroso da planta, tornando-a menos predisposta an ‘ataque de agentes patogénicos. A adogio de espagamento ¢ den ‘dade apropriados a cultura evita a formagio de microclima favo- rivel a doengas, pois promove boas condigdes de arejamenlo ¢ luminosidade; com isto, aumenta-se a disponibilidade de nulrien- aa fina de 35549 substrato para 0 pat propiciando o aumento da ciéncia ou falta de oxi desempenhadas por fungos picids podem atuar dita su cres Diametro da lesdo (cm) sob diferentes temperaturase per 3 Pe ee experimento e brancos re CeD), 14 dias apis Circa Collet & Lourengo, 2014). A dirsit, imagens de soiabes eg eet dados do e ere: (Crédito das fotos: Silvia A. Lourengo, - lesBes de antracnose, **perimento (Modificado de So” 100 80 60 Densicade relativa de lessee (%) 10 15 20 25 35 40 Severance 0) 10 ‘Temperatura (°C) Figera 7.7 - Dens lade de lesdes (A) ¢ severidade (% da drea foliar ocupada por sintomas), (B) da mancha de Alternaria (Alternaria helianthi) do girassol em plantas inoculadas e incubadas a diferentes temperaturas. Simbolos diferentes referem-se a diferentes repetigoes do experimento ¢ linh Fonte: Leite & Amorim (2002), vx tqu hz par as plants, no mesmo tempo, opigeno no ‘Sistas condigdes limes pera suas mivldnder copetonens Sir cno 4 umidade, O emprego de adubaras baenceats a

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