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Ce Ce) T=) de Celular OVO SECULO 2 ° a ° 4 oO < a 3 Senhor, faze de mim um meio de tua comunicagéo Onde tantos jogam bombas de destruigao que eu leve a palavra de uniao! Onde tantos procuram ser servidos, que eu leve a alegria de servir! Onde tantos fecham a mao para bater, que eu abra o coracao para acolher! Onde tantos adoram a maquina, que eu saiba venerar 0 homem! Onde tantos endeusam a técnica, que eu saiba humanizar a pessoa! Onde a vida perdeu o sentido, que eu leve o sentido de viver! Onde tantos me pedem um peixe, que eu saiba ensinar a pescar! Onde tantos me pedem pio, que eu saiba ensinar a plantar! Onde tantos estao sempre distantes, que eu seja o amigo que faz viver! Onde tantos sé vivem a matéria que passa, que eu viva o espirito que fical Onde tantos so olham para a terra, que eu saiba olhar também para o céu! (Attilio Hartmann) Adiretoria da APCF deseja que todos possam contribuir para um mundo efetivamente melhor. Um espléndido ano 2000 de ouro ¢ como descobrit se ele é “puro” ou nao _ ENTREVISTA Dr. Reginaldo de Castro SAAARAAAAAAAMAAAARARAAAAARAAAAAAAAAAARAAAAAAOAARADAALAAAAAAAOAMOED Il 12 13 14 20 % 30 32 34 36 37 38 PERIGIA FEDERAL Entrevista - Presidente da OAB, Reginaldo de Castro Vi Curso de atualizagao em bombas e explosivos Fotografia de imagens em monitores de video Peritos visitam fabrica de papel de seguranga Seminario Interamericano de Treinamento Policial XV Congresso Nacional de Criminalistica Clone de celular Refino quimico do ouro Pericia no Mundo - 0 valor probatorio de laudes técnico-criminais (Parte |) Pericia nos Estados - Banco de Dados Alta tecnologia de reconhecimento biométrico Dia do Perito A importancia da necropsia em animais Qualificando Homenagem Secrims em Foco Vocabulario Pericial Representantes Regionais da APCF Murilo Casteles de Almeida Maceié - Alagoas Francisco dos Santos Lopes Manaus - Amazonas Gutemberg de Albuquerque Silva Salvador - Bahia MOnica de Brito Costa Fortaleza - Ceara Maria das Dores Oliveira Freitas Brasilia - Distrito Federal Roosevelt A. Fernandes Leabedal Junior Vitoria - Espirito Santo José Rodrignes da Silva Goiania - Gols Luiz Carlos Cardoso Filho: ‘Sao Luis - Maranhao ‘Waldemir Leal da Silva Cuiabd - Mato Grosso André Luiz da Costa Morisson Campo Grande - Mato Grosso do Sul Joao Luiz Moreira de Oliveira ‘Belo Horizonte - Minas Gerais Maria Irene de S. Cardoso Lima ‘Joao Pessoa - Paraiba Joao Vasconcelos de Andrade Belém - Para Magda Aparecida de Aratijo Curitiba - Parana Fernando Anténio Maciel Ramos Recife - Pernambuco: José Arthur de Vasconcelos Neto ‘Teresina - Piaut Alessandro Sabéia Lima ¢ Silva Rio de Janeiro - Rio de Janeiro ‘Ademisia Barbosa de Assis Natal - Rio Grande do Norte Carlos André Xavier Villela Porto Alegre - Rio Grande do Sul Maviael Fernando da Silva Porto Velho - Rondénia Doralice Condi Mainardi Florianépolis - Santa Catarina Sérgio Barbosa de Medeiros ‘Sao Paulo - Sio Paulo Marcus Vinicius da Silva Pinto ‘Aracaju - Sergipe AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAADADA AL VVVVVVVVVVVVVVVVYYVVVVVVYYYVYVVYY Expediente APCF - Associacao dos Peritos Criminais Federais EQS 212/412 BL A- Brasilia - DF Fone/Fax: (061) 316.9481 lotemnet hutp: wewapis.com.briapef Email: apcf@apis.com br CGC: 33.521.352,0001/51 Bienio 1998 - 2000 Diretoria Executiva Nacional Presidente: Zaira Hellowell Vice Presidente Paulo Roberto Fagundes Secretdrio Geral: Antonio Carlos Mesquita Direior Juridico: Daelson Oliveira Viana Diretor Financeiro: Eufrisio Bezerra de Souza Filho Diretor Técnico-Social Marcelo Correa Gomes Director de Comunicacio: Marcos Alexandre Oliveira Conselho Fiscal: Marques Rodrigues y Tortelloti da Cunha Carlos Mauricio de Abreu Pericia Federal Eo yeiculo de comunicagio ofl da As mauris so cltoendas pol Asocac, than que arevia nao se responsibil por pines dos autores de mateias asics Jomalista Responsive! Leila Sousa dos Santos Projeto Grafico: Ralfe Braga dos Santos Editoracio: Paulo Coimbra impressio: Foco ‘teks tem dice em nied nacional pr vole Feteal Sees Sgr Na baad n= Cnbcedaes © Advecacs Gel Ua 2 Guages de Cauca peri aeprduto de mars desde gue ods ease EDITORIAL PrRiCia r erminamos 0 ano de 1999 com a sensacio de dever cumprido, Apés o bem-sucedido langamento de nossa revista, fomos forcados, pelos intimercs pedidos de excmplares adicionais, a aumentar imedia- tamente 2 tiragem em 50% € este mimero ja circula com um aumento de 150% em relacio 4 tiragem do primeiro exemplar, A Revista Pericia Federal ultrapassou 2s fronteiras desse nosso Pais Continen- te € ja lida em varios paises da América e da Europa © Departamento de Policia Federal ~ DPF atingiu altos indices de reconhecimento piiblico, tendo a Pericia da Policial Federal desenvolvido brilhantes trabalhos que integraram os intimeros casos elucidados pelo DPE Apesar desses trabalhos desenvolvidos pelo DPF, a sociedade brasileira ¢ internacional assistiu muitas ve- 2¢s, estupefata, © crescimento vertiginoso da criminalidade, notadamente do crime organizado, cujo braco mais evidente € 0 trilico de drogas. Aascensao da CPI do Narcottiffico s6 vem a corroborar com uma constatagio evidente para todas as auto- ridades que quiserem ver. A sociedade brasileira nao tolera mais a convivéncia morna com o crime. Alguma cot sa tem de ser feita, pois, ¢ com 0 conhecimento de causa que temos, em breve espaco de tempo, nao podere- ‘mos mais sair as ruas, como jd € 0 caso em virias localidadles deste Pais. Virias solucdes para o enfrentamento do aumento da criminalidade foram apresentadas & sociedade pelo Departamento de Policia Federal. Projetos esses que sempre contaram € contario com at participacio ativa € efetiva de Peritos Criminais Federais € que foram apresentados aos nossos leitores na edigao de junho da Re- vista Pevicia Federal Alguns dlesses projetos estio em exccucio € os resultados jf se fazem sentir. Por exemplo, na implantacdo dos Nuicleos Especiais de Policia Maritima — NEPOM, nos portos do Rio de Janeiro e Santos, onde os indices de criminalidade a bordo de embarcagies caiu a zero. Outros, como 0 de Modernizacao da Academia Nacional de Policia o de Controle ¢ Fiscalizacio de Precursores Quimicos, usados para a fabricagao de drogas, em breve sero percebidos por toda a sociedade Todavia, os grandes projetos de modernizacao do Departamento de Policia Federal, o PRO-AMAZONIA e 0 PROMOTEC, apos nove anos de tratativas € negociacdes ~ cujo contrato de financiamento jé foi, inclusive, ne- gociado entre os bancos financiadotes e os representantes do Governo Brasileiro, dentre estes um Perito Cri- minal Federal de Brasilia ~ no foi assinado este ano, encontrando-se emperrado na burocracia federal Alguns podem achar até vultosa a quantia prevista para a execucio desses projetos ~ US$ 425.290.000,00. ‘Nao obstante, deveriam olhar para a assombrosa quantia despendida pela sociedade para tratar dos seus vicia- dos e dos muitos mutilados nas guerras entre quadrilhas a policia; nas perdas de entes queridos, nas crian- cas desaparecidas através do trafico de menores; nas mulheres brasileiras que _morrem ou se prostituem atra- vés do tnifico internacional de mutheres; no crescimento das redes de pedofilia: na lavagem de dinheiro oriun- da das mais diversas atividades criminosas, para citar apenas alguns exemplos de atividades ilicitas combatidas pela Policia Federal, que serio empreendidas com maior eficdcia com 0 advento dos projetos PRO-AMAZONIA © PROMOTEC. Segundo estimativas do BID, o Pats perde aproximactamente RS 100 bilhdes com a violéncia todos os anos. © desenvolvimento © a implantacéo dos projetos PRO-AMAZONIA © PROMOTEC representam menos de 1% desse montante, Renomados veiculos de comunicacdo, tais como Veja ¢ Epoca, para nao citar outros, tém relatado virios as- pectos da criminalidade atwal, Mais recentemente, matéria de capa da Epoca retrata com detalhes a truculén- cia do crime organizado em Rondénia, através do impiedoso assassinato de um policial federal e a mutilagao de outros dois. Policiais que, com escassos recursos técnicos € materials, tem enfrentado os criminosos € pago com o preco da propria vida 0 despreparo das forcas policiais federais Nao se trata de defender a melhoria das condi¢dcs dle trabalho dos Peritos Federais ou de uma categoria de servidores puiblicos. Trata-se, sim, de defender os interesses da sociedade brasileira frente ao forte poder das sifias criminosas de toda origem, que esto encontrando caminho fértil para prosperarem nesse continente chamado Brasil, rico e desprovido de condigies adequadas para aproveitar em plenitude todas as suas poten- Cialidades Clamamos por um Pais melhor para os nossos filhos, onde juntos pudermos ter liberdade de passear pelas ruas, sem medo de assaltos ou balas perdidas e onde eles possam ir para a escola sem que corram 0 risco de air nas maos de traficantes... Estamos no comeco de um novo tempo € vamos continuar a dar a nossa contribuicio para que o Brasil venha a ser, muito em breve, 0 Pais dos nossos sonhos, do sonho dos verdadeiros brasileiros A Diretoria PERICIA FEDERAL | OAB em defesa das in a. a | Dr. Reginaldo de Castro A entrevista desta edicdo da Pericia Fede- / Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB ral 6 com o presidente de uma das Insti- tuigoes brasileiras mais respeitadas - a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, Regi- naldo Oscar de Castro. Eleito para o triénio 1998/2001, o atual presidente da OAB, que 6 graduado pela Uni- versidade de Brasilia - UnB, exerceu muitos cargos importantes em empresas do Distrito Federal, tendo sido, ainda, entre outros, con- sultor juridico da Secretaria de Administragao Publica da Presidéncia da Republica - Sedap, e membro do Conselho de Administracao da Telebras e da Embratel. Vice-presidente para o Brasil da Union In- ternationale des Avocats sediada em Pai eleito em 1997, Reginaldo de Castro tambem foi agraciado, pela importancia do seu tr: balho, com a Medalha Mérito Alvorada, em 1984, pelo Governo do Distrito Federal; e pelo Presi- dente da Republica, Fernando Henrique Cardoso, ano passado, com a comenda e diploma da Or- dem do Rio Branco, no grau de comendador. Ele recebou nossa equipe, em seu gabinete em Brasilia, e falou da luta da OAB em defesa da justica social e dos direitos humanos; de assuntos polémicos como a reforma do Judi- }cidrio e do Cédigo Penal e, ainda, de questées especi- ficas da Pericia, como a importan- cia do laudo na producao do pro- cesso judicial. PERICiA FEDIRAL stituigoes democraticas = = Pericia Federal - A OAB sempre foi referéncia para a sociedade. Nos lias atuais, quais a5 ages que cht tem tomadto para garantir 0 estado demo- critico de Direito ¢ a independéncia dos poderes? Reginaldo de Castro - A OAB, a0 longo de sua histéria sempre esteve 2 frente das grandes causas da cida nia brasileira c em varios momentos esse registro to visivel dispensa, por ser notério, qualquer prova, porque estivemos na fremie na luta contra 0 Estado Novo na ditadura Vargas; na frente de toda luta que as forgas de mocriticas tiveram para a ceconsiru- io das instituigGes democriticas du- rante o perfodo militar. Entao, ao lon- go dos tempos, desde 1930 quando a Ordem foi fundada, estivemos em busca do aperfeigoamento da demo- cracia brasileira Hoje a OAB, que pars muitos pare- ce um pouco mais distante da vsibil dade que sempre teve, na verdade std cumprindo 0 seu papel de defesa da constituigio do estado democrati- co de direito, da Justiga social, dos di- reitos humanos € do aperfeicoamento las instituigées democrdticas © das institaigdes de cultura juridica, cam- bém, Concretamente nos tiltimos anos, por exemplo, do ponto de vista pritl- Co, quanto a impugnacées de leis ou tos normative que comtrariem a Constituicio, através de ages dircias de inconstitucionalidade proposias no Supremo ‘Iribunal Federal, a Or- lem ja propés intimeras, dezcnas de agoes dirctas de inconstitucionalida- de, € tem obtido éxito na maior parte delas Ao mesmo tempo, tutamos no Congresso Nacional pelas leis que perfeigoem a vida democritica do Pais, entre essas a que tem tido maior Yisibilidade € a luta pela reforma do Poder Judicidrio, Essa € uma bandeira a qual nos uiltimos trés anos estamos nos dedicando com muito empenho, ‘no sentido de que se alcance etetiva- mente a transformagao do Poder Judi- ciario brasileiro, fazendo-o transpa Fente, mais democritico, com efetiva amuacao em benelicio da cidadania brasileira ¢ entre outras também com 4 insergdo no sistema constitucional do controle extemo da magistratura. De outro lado, do ponto de vista corporativo, estamos lutando muito pela methoria e aperfeigoamento dos cursos de Direito, temios uma cruzada contra essa realidade educacional Universitaria que estamos vendo hoje ‘no nosso Pais, inteiramente empobre- ida, depauperada e usada por educa- dores “inescrupulosos", que estio co- metendo um verdadero estelionato educacional contra a juventude brasi- Icira ¢ contra o Pais tambem, porque nao estio formando advogados, nem bacharéis em Direito, estio forman- do jovens que sequer conseguem ser aprovados no exame da OAB, que é um exame elementar, basico. Quem nao consegue ser aprovado nesse exame efetivamente nao tem a menor condigdo de estar no mercado de tra- balho € muito menos de oferecer ser- viigos de advocacia, Estamos também empenhados ‘numa campanha pela ética na advoca- cia. Esse € um exemplo com 0 qual estamos buscando mostrar, a todos os segmentos profissionais da vida brasi- leita, a imperiosidade de se observar 08 principios éticos, tanto na vida pri- yada, quanto na vida pablica, Esse € um outro ponto que temos nos em- penhado com muito afinco. Pericia Federal - Como a OAB tem participado do processo legislati- Vo, prineipalmente quanto reforma do Codigo Penal Brasileiro? Quais as mudancas sugeridas que terdo reflexo na vida do povo brasileiro, em parti: cular na atividade pericial Reginaldo de Castro - Na verdade a reforma do Cédigo de Provesso Pe- nal praticamente ainda esti em gesta- gio. ‘Temos uma Comissio di qual participa um Conselheiro Fiscal, o Na- bor Bulhoes, que é um Advogado com larga experiencia na area penal; mas como ainda nio esté consolidado, 0 projeto ainda nao foi discutido no am- bito do Conselho Federal, eu nao sa- beria adiantar quais os pontos que de- vero ser melhor tratados nesse proje- to, até porque, como disse antes, ain- a nao ha um arcabouco consolidado de modificagdes do Codigo de Proces- so Penal. Pericia Federal - A delimitagio das atribuigdes dos diversos operado- res do Direito (Delegados, Promoto- res, Juizes) instiruida legalmente ¢ rnesse contexto qual € a sua opinizo sobre os conflitos de atribuigdes ? Reginaldo de Castro - 0 que eu penso € que as atribuigGes quando fi- xadas dependem de autorizacio legal para serem exercidas e devem ser ob- servados os principios impostos ou dispostos na legislacio vigente, A questio que se ve, e preocupa muito, € a busca do escandalo, endo me pa- rece que seja util ao processo judicial, rem ao processo de instrucio © mui- to menos ao inquérito, a permanente busea da midia para de alguma forma permitir a satistagio de vaidades pes- soais. Acho que interessa 4 eficacia da investigacio, a eficicia da instrucio, 2 discricio, a moderagio € a conscién- ‘cia de que qualquer excesso concorre- Ti para a delesa do acusado e a inuti- lidade de todo o processo. Aquela questao, por exempio, das buseas feitas na casa do ex-Diretor do Banco Central, em que os Procurado- res da Republica estavam dirigindo a acao da Policia Federal, me pareceu tn mAL absolutamente impripria; primeiro porque a Policia Federal nao deve se submeter a esse tipo de tutela, ela deve exercer as suas atribuicbes ind pendentemente da orientacio eda in- fluéncia do érgio acusador, porque embora seja Policia Federal, a ela in- cumbe recolher provas que possam servic efetivamente i acusacio, mas ch nao é instrumento da acusacao. O dia em que for instrumento da acu: do. se confunde com 0 acusador ¢ prejudica todo o processo. Na minha avaliacao, acho que 0 trabalho policial deve ser feito dentro do que autoriza a legislacio, mas com independéncia. Pode ou deve se sub- meter a controles, como 0 Ministério Pablico também deve ~ nao tem, mas deve, ¢ no projeto de reforma do Ju- diciirio criase um Grgio de controle externo do Ministério Publico, ‘Acho que nenhum Poder do Esta do tem o direito de se subtrair a0 con- trole da sociedade. Acho que deve se submeter a controle até mesmo para que aqueles Policiais que sejam injus- tamente acusados, € hoje nao tem se- quer onde se defender num ambiente de isencio, nao sejam prejudicados por nao terem esse ambiente. E um Orgio de controle, como 0 que esti sendo proposto para o Ministério Pir blico Federal, pars o Poder Judiciirio, deveria existir também na Policia Fe- eral, aliés nas Policias em geral. Acho ‘que € algo que vai de encontro com os interesses do proprio érgio. Pericia Federal - Entio essa estru- tura do jeito como ela esti posta, com Ministério Pablico, Juiz e Policia, para co scnhor ¢ boa? Porque existe, por ou- tro lado, a iddia de se fundir as atri- buigdes da Policia dentro do Ministé- tio Puiblico, criando um juizo de ins- trugio. Reginaldo de Castro - Nio, eu ‘do ayalio assim. O Brasil nio esti preparado para isso, a nossa estrutura judiciéria nio comporta essa mescla da investigagao policial com o Minis- tério Publica. O acusador jamais pode ser quem investiga. Pericia Federal - 0 Codigo de Pro- ‘cesso Penal — art, 160 parigrafo tinico =fixa o prazo de 10 dias para o Perito elaborar o laudo pericial, mas diz que ele pode ser prorrogido a requeri- mento dos Peritos. Algumas autorida- des policiais tém tentado fixar em 10 dias essa prorrogacao, € 0 Peritos en- tendem que o legislador deixou em aberto, por se tratar de matéria extre- mameate técnica, para o Perito definir esse prazo. Reginaldo de Castro - Acho que ‘© caminho é esse: 0s Peritos devem, sempre que nao for possivel proce- der ¢ concluir o laudo no prizo de 10 dias, justificar as razies pelas quais no puderam fazé-lo € pedir a E preciso assinalar que o Estado brasil que investir, tem que do- iro tem tar as Policias, sobretu- do as especializadas, de instrumental tecnico adequado, coisa que hoje nao existe.” prorrogacao do prazo. ‘Todos os pro- cedimentos judiciais, sobrerudo aque- Jes que lidam com a liberdade das ‘pessoas, devem ter prazo. Sem divida algama, no se pode deixar os pevvas ‘em aberto, parque no fundo isso pre- judica quem esteja suportando nos ombros uma acusacao, ai prejudica a propria producio © a elahoracio da decisio final do segmento judicial em que esteja esse procedimento da Peri- Acho que ter prazo € correto ¢ to- dos os que se envolvem no processo, seja de natureza penal, civil ou admi- nistrativa, tém que ter prazo. Agora a Pericia, como € uma peca fundamen- tal & decisio judicial, deve ser com- preendida como tal, com essa nature- zae, portanto, sendo de tal relevancia ¢ havendo motivos razodveis, deve ser concedido © prizo necessirio i sua conelusio. Agora o que € preciso ressaltar é que todo o sistema brasileiro, tanto 0 Policial quanto o Judicidrio, nio rece- be investimentos, nao tem aperfcigoa- mento técnico, instrumental técnico, isso acaba prejudicando 0s Peritos ¢ a qualidade, as vezes, do laudo pericial Entio € preciso assinalar que 0 Estado brasileiro tem que investir, tem que doar as Policias, sobretudo as espe- cializadas, de instrumental t€cnico adequado, coisa que hoje nao existe, O problema no Brasil € esse: € a questio da falta de instrumental hu- mano ou fisico, mecinico para resol- ver. Voce nao pode esperar que um processo, um inquérito de grande complexidade (como, por exemplo, 0 caso PC), seja resolvide por um né- mero insuliciente de pessoas. E a ca rencia de pessoal ocorre em todos os setores.... Se voce parte para 0 setor de fiscalizaczo tributéria € uma yer- ‘gonha 0 Brasil deixa de arrecadar, me parece, RS 850 hilh6es, € um PIB que consegue fugir da tributagio do Bra- sil, isso representa uma sonegacio, com clisio fiseal de cerea de RS 300 bithoes (que € 0 valor da nossa divida extema) por ano. Isso para mim 56 pode ser um crime de todos que sio responsiveis por esse descalabro, ou burrice, pois isso se resolve com cem ‘mil servidores, que se pagam trangii- lamente. Pericia Federal - Os Advogados quando empossados como Delega- dos, Procuradares, Promotores, conti- ‘uam vinculzdos 4 OAB? Tracando um paralelo com a irea pericial, € neces: sitio estar vineulado a0 Conselho de Classe CREACRCICRQ, etc. para exer: cer a atividade pericial? Reginaldo de Castro - Aqui nao € possivel, porque a OAB, 0 nosso esta- tuto, considera incompativel com 0 exercicio da advocacia qualquer ativi dade de natureza policial. 0 que no ocorre, certamente, com os outros Conselhos e ai 2 Ordem tem uma po- sicdo singular, porque na verdade o exercicio dessas diversas profissGes ~ Magistratura, Policia, Fiscalizagio de Tributos, etc - tem uma natureza tal que coloca quem as exerce numa po- sicio de desigualdade em relacdo aos ‘outros Advogadas, em relacao tam. bém 4 propria étiea profissional que deve presidir todo ato da profissio dele, Um Policial que seja Advogado Criminalista, por exemplo, terina De- legacia como beneficiar indevidamen- te clientes. seus © no mais, as vezes, pode ser até constiuido exatamente porque ele é um Policial Entio, a Ordem tem essa conduta € as ra7Ges sao as mais elementares. Na Ordem desde os tempos de memo- ais, desde a 1% Taiua de Etica que houve entre os Advogados, que foi na Franca, que isso vem Sendo mantido, A Ordem nao pode transigir com isso. Agora. as outras profissdes ~ Feono- mia, Engenharia, Quimica -, isso eu indo vejo por que nao possa 0 quimico ‘que extejn vinculado a atividade polie al estar registrado naquele Conselho, A Ordem, que é tio exigente com relacio 4 incompatibilidade daqueles ‘que exercem profissdes dessa nature. Za, no exige que 0 Delegado a0 pres. tar concurso tenha que ser inserita em seus quadros, O bacharel em Di- reito pode prestar concurso e se pas- sir nio precisa ser inscrito na Or- dem... Isso € uma questio que diz res- Peito mais com 0s outros Consethos €, sinceramente, nio sei como dispoe cada um. Diz respeito com a legisla. Gio de cada profissio, € uma questdo de reserva legal. F a lei que pode tra- isso, Entao, contra lei nao ha re- meédio, a nao ser modifici-z. Apenas ‘no caso da OAB, por forca do estaru- to, até cancelamos a inscricao. Pericia Federal -A forma como as pessoas esto se organizando em tor- no do trabalho tem sofrido mudancas. Hé quem diga que no futuro o tra. hulho teri preponderincia sobre 0 emprego, haja vista as orpanizacoes virtuais. Qual o seu posicionamento sobre a reforma do Judicidrio, espe. cialmente no tocante & extingio da Justica do ‘Trabalho? Reginaldo de Castro -Na verdade, 2 Ordem, quando fez a sua proposta de reforma do Judicidrio, pretendia a extingio do TST, mantendo-se os ou- tr0s dois graus de jurisdicéo — ou seja, © Juiz do Teabalho e os Tribunais Re- sgionais do Trabalho. Pensivamos, naquele momento, que seria necessério abreviar a dura 40 dos processos trabalhistas, por que 0 objeto de um processo tra- balhista, é sempre de natureza alimen- tar — so salérios, direitos trabalhistas que tém natureza alimentar ~ e no poderiam ficar na dependéncia da ‘morosidade, sobretudo do Tribunal Su- perior do Trabalho. Entio imagirdvamos “Na verdade, a Ordem, quando fez a sua pro- posta de reforma do Judiciario, pretendia a extingao do TST (...). Seria necessario abre- viar a duragao dos pro- cessos trabalhistas, por- que o objeto de um processo trabalhista, é sempre de natureza ali- mentar (...).” que 0 duplo grau de jurisdieio no Proceso trabalhista, ou sejaa decisio do Juiz de primeiro grau, depois a adogao de um recurso para o TRT, se- ria suficiente para a garantia das par- tes, a garantia constitucional de duplo. ‘rau de jurisdicio. Postulivamos a extingio do TST & 6 Projeto do deputado Aloysio Nunes Ferreira veio propor a extincio de toda a Justica do Trabalho, incorpo- rando-a a Justica Federal. Isso. seria horrivel, seria um remendo que certa- ‘mente iria inviabilizar ambas ~ a Justi- = ca porque extinguiria a Justica do Tra balho ¢ inviabilizaria ainda mais a Jus- tica Federal. Mas, felizmente, 0 relat6- rio da deputada Zulaié Cobra restabe- lece a Justiga do Trabalho por intciro, reduzindo as competéncias do Teibu- nal Superior do Trabalho e também o Avimero de Ministros, extinguindo a Aigura dos classistas, em todos os ni- veis, da Justica do Trabalho. ‘Assim a OAB se considera razoavel- mente atendida e entendemos, a par- tir dai, que é uma boa solugao ¢ que com ela poderemos ter trangiilidade em relacio & Justica do Trabalho. Pericia Federal - Atuaimente os crimes tém-se tornado cada vez. com- plexos, exigindo, conseqientemente, A atuagio de Feritos de diversas dreas, atuando lado a lado na fase investiga- t6ria, A investigacdo cientifica tornou- se obrigat6ria para © combate ao cri- me. Como 0 senhor vé essa mudanga de paradigma ? Reginaldo de Castro - Esse é 0 ca- minho da humanidade € tenbo uma profunda preocupacio porque o Bra- sil esti muito defasado, muito aquém dessa acelerada transformagio tecno- Jogica que cada vez mais domina a hu- manidade. Pensamos que © Brasil f- cou isolado durante todo 0 periodo militar dessa revolucio eletrénica e tecaolbgica que 0 mundo conheceu a partir da década de 70. $6 2 partir da década de 80 € que passamos 3 absor- ver esses conhecimentos, ¢ 0 setor pUblico, cada vez com menos possibi- lidade de investimentos na formacio de seus servidores € no aperfeigoa- mento de seu aparelhamento técnico- instrumental, esti numa posigio ex tremamente desfavoravel em relagio 20 resto do mundo. Recentemente tive conhecimento de um caso emble- matico, ou seja 0 que aconteceu foi o seguinte: alguém que grampeou um caixa eletrénico pegoua senha do car- tio de erédito da pessoa, fez 0 saque de todo 0 saldo dessa conta bancaria no Banco do Brasil, através da Dina- marca, Imagine s6 0 que esté aconte- cendo no mundo afora ¢ o Brasil esti absolutamente desaparethado para combater esse tipo de delito. Temos de investir em cquipamento € tcina- ‘mento de pessoal permanentemente. Pericia Federal - Nos trabalhos das CPIs, n0 Congresso Nacional, © trabalho Ua Pericia tem sido solicitado sob dois aspectos: para alimentar as investigagies ¢ para a formagio da prova material, que serve tanto para a Comissio como para 0 Inquérito, Que implicagGes legais e éticas 0 senhor ve nesses casos? Reginaldo de Castro - Eu acho que a CPI do Brasil esté sofrendo uma detormagio. A CPI foi algo imaginado ppara a formagio da conviegio do Po- der Legislativo para corrigir, no orde- namento juridico, falhas, lacunas ou disposicdes legais. ultrapassadas. A CPL é algo que se imaginou necessatio para, de alguma maneira, formar um banco de dados, um banco de infor ‘macées do Parlamento, construir 0 Ordenamento Juridico Brasileiro. De repente 2 CPI se transformou ‘numa Delegacia de Policia, sem a me- ‘not observincia dos principios que devem reger a colheita das provas. ‘Quando voct transmite, ao vivo, 0 de- poimento de uma testemunha da CPI, ¢sté violando o principio da incomu- nicabilidade, voce esté prejudicando a instrugio, porque a testemunha que ‘vai ser ouvida depois ja sabe todo 0 depoimento daquela que foi ouvida anteriormente. Isso de alguma forma contamina os depoimentos, ura um grande instrumento de averigiiagio da yerdade, que € a surpresa, a possi- bilidade de comtradiga; tudo isso de- saparece com a forma quc esta sendo adotada pela CPI, da transmissio a0 vivo desses casos todos. ‘A CPI poderia até transmitir a0 vivo, desde que jd estivessem sido re- colhidas, no inquérito policial, essas provas. Porque nao tem nenhuma uti- lidade isso, uma instrugao feita a par- tirde depoimentos colhidos dessa for- ma, cla ¢ inteiramente prejudicada. Quando voce iasiste em afirmar que tum acusado ¢ testemanha, voce esti ‘violando um outro principio que € 0 ‘que protege o direito ao siléncio, que anula todo © proceso. De forma que eu nio acho correto a transformacio. 40 da CPI numa suscediinia de inquérito policial. Acho que isso 86 prejudica a atuagio da Policia e do proprio Judi- cidrio posteriormente. Pericia Federal - Dentre as diversas provas, em sede de Direito, encon- tra-se a prova pericial. Qual 0 signifi- cado que ela tem pari 0 Advogado? Reginaldo de Castro - provi pe- ricial sempre mereceu do Advogdo 0 maior cuidado, em todos os sentidos, porque cla é importante; se ela for ‘uma prova produrida, com seriedade, em produzida, ela € determinante da decisio judicial. © isco que ha “O Perito é um brago do Juiz e portanto incorpo- ra o proprio Estado. Ele tem um poder imenso na decisao do Estado, na produgao da Justica, na administragao da Justiga. Penso que o Perito é, no processo, tao res- ponsavel pelo insuces- so, pelo desvio de fina- lidade do processo, quanto o Juiz ¢.” hoje, tamanha € a seriedade dessa prova, éa honestidade do trabalho, € 0 Perito nao se deixar dominar pelas paixdes, pelas inclinagdes dos inte- ressados, porque a sua opiniao, se emitida com a seriedade desejada, € uma prova determinante. Essa ques- tio Id, do PC, € emblematica. Agora, ‘como € que um Perito com tamanha experiéncia, como é 0 Badan Palha- res, pode agit assim - nao sei se ele est4 certo ou se 0 outro std errado, mas um dos dois esté profundamente equivocado. Imagine s6 0 quanto isso viiri em beneficio do culpado, do res- ponsivel por esse crime. um perigo isso. ‘A prova pericial € fundamental € quando € cabivel num determinado processo judicial ela é determinante Pericia Federal - Quanto ao Peri- to Criminal, responsivel pela andlise da prova material, como 0 senhor ve ‘aautonomia do trabalho dele? ‘Reginaldo de Castro - A autono- mia deve ser absoluta. Ele deve ter uma autonomia protegida. Agora ppenso que se ele quebra essa aurono- mia com influéncias que desviem a fi- nalidade do trabalho pericial, cle deve ser punido de forma extrema ‘mente rigorosa. Porque tealio absolu- to respeito pelo trabalho do Perito € se cle viola essa respettabilidade que me deve merecer © seu trabalho, eu acredito, que como Juiz, cle deve so- frer uma conseqiiéncia de absolato r= gor també: 0 Ferito € um brago do Juiz € por tanto incorpora o proprio Estado. Ele tem um poder imenso na decisio do Estado, na produgio da Justica, na sdministragio da Justica. Penso que 0 Perit &, no processo, tao responsivel pelo insucesso, pelo desvio de finalidade do processo, quanto o Juiz é. Pericia Federal - A legislacio bra- ira ja regulamenta 0 exercicio da atividade policial. 0 senhor acredita que 0 instrumentos legais para disci- plinar a responsibilidade civil, crimi- nal ¢ administrativa do Perito, em de- corréncia da sua atividade, sio suli- cientes? Reginaldo de Castro - Na minha avaliacdo, nunca me aprofundei em Fepercussoes em torno dese tema, acho que sim, Agora, no Brasil, acre- dito que 0 problema nao é de regula- mentagio de leis, nao ¢ falha do orde- namento juridieo, 0 problema no Brasil € de se cumprir as leis. Nio precisamos de mais leis, € sim cum- prir as que existem.... No diaem que ‘cumprirmos, vamos saber se faltam PERICIA Fao eal ‘Vi Curso de Atualizagao em Bombas ¢ Explosives Fol realizado no periodo de 23 de agosto a 03 de setembro de 1999, em RecifePE, 0 ‘| Curso de Atualizacao em Bombas ¢ Explosivos ~ VI CABE, atividade de nivel superior, instiruido pela Academia Nacional de Policia ~ ANP. Promovido em conjunto com a Su- Perintendéncia do Departamento de Policia Federal - DPF em Pernambuco e Institu- to Nacional de Griminalistica, tem como objetivo proporcionar conhecimentos para a conceituacio ¢ identificacao de variedades de bombas ¢ explosives, corn a aplicagaio de novas técnicas de desativacio, neutralizagao e contramedidas, possi- bilitando. dessa forma, adotar providéncias cabyveis em locais sob ameacas de ex- plosio, bem como em investigacio pés-explosio. Do evento, participaram Peritos Criminais Federais do Distrito Federal, Rio Gra de do Sul, Paranda, Rio de Janeiro, RondOnia, Bahia, Paraiba, Pemnambuco, Agentes Fe derais da SRPE e DOPSICCR policiais civil ¢ militar do Estado de Pemambuco, totalizan- ‘do 20 participantes, bem como 05 instrutores e 01 exccutor da ANE A Segio de CriminalisticuSR/DPF/PE, coordenadori do evento, contou com 0 apoio a fibrica de explosivos Orica do Brasil Lida, Pedreira Guarani Ltda - da Construtora Queiroz Galvio, Caixa Econdmica Federal (GIPAT/PE), Engarrafamentos Pini Ltda, Café Petinho, Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur) e da Associacio dos Peritos Criminais Federais (APCE), © curso foi dividido em duas etapas: a primeira constando de conhecimentos te6ricos, realizada no Hotel Othon, na praia da Boa Viagem; ¢ a segunda fase com atividade pritica de campo realizada na pedreira da Construtora Queiroz Galvio, situarla na cidade de Jaboatio dos Guararapes’PE. Foram abordados ¢ executados meétodos atualizados, adquiridos recentemente pelos instrutores, através de espe- ializacbes nas Policias € Universidades alems, norte americana ¢ australiana, 0 que Coroou com grande éxito o referido curso, principalmente para reciclagem dos Peritos Criminais Federais, O encerramento foi comemorado com um almoco de confraternizacio no restaucan: te do Hotel Othon Praia, contando com a presenga dos participantes do curso, insteuto- res € executor da ANB Diretor do Instituto Nacional de Criminalistca, Presidents da AS- | Seciagio dos Peritos Criminais ¢ autoridades locais. m = Monitores de Video Fotografia de Imagens em Os instrumentas cientiicos da atualidade, bem como os sistemas de vigilincia, utilizam, para uma visualizacio mais confortavel, monitores de video que nem sempre vém acompanhados de um sistema fotografico para a devida do- cumentacao. ‘Em tal situacao, a melhor forma para a producao de uma imagem fotografica é tornarmos o ambiente escuro para evi- larreflexos, usarmos tripe, camera com objetiva "zoom", pa- drao ¢ cabo disparador (propulsor) que na auséncia do mesmo pode-se utlizar o disparo automatico da maquina (semporizador) A velocidade de disparo do obturador devera ser igual ou menor ao mimero de ciclos de imagemys que o monitor de TV produz, sendo que no caso € de 25 vezes'segundo. O ane! de velocidade das cimeras nio disponibiliza tal velocidade portanto escolha a imediatamente menor, ou seja 1/15: A imagem resultante pode ser melhorada com a utilizagio de filtro do tipo CCTV (filtro de comecao de cor para TV), E bom lembrar que no caso de uso de filmes do tipo cro- mo, também conhecido por slide ou diapositivo deve-se ut lizar a técnica do bracketing, ou seja, a variacio de exposi- cio de até mais ou menos 3 pontos.. Boas fotos. ___ EEE Paulo César Pires Fortes Pedroza Perit Criminal Federal " esa COMET Cmca 0 Grupo de Trabalho sobre Democracia e Dir tos Humanos, coordenado pelo Brasil ¢ Canada, Pec wm ment ee etre ac ere rien ete Mace) rere ere emcee ee So en sete ern ‘namento Policia, objetivando incentivar o intercin ienerene eet ees en ee ee a ee Prerreeeneen atceoce eerste ete Peritos Visitam —_ Fabrica de Papel de Seguranga 10s Crimi- see oe cee ee ee ee 2s Bee ee coer ao ee Ce a See a ee oon coe See eee ae eee eee ee epee ee epee ee ee ee 2 Ty Rogério Mesquita Perito Criminal Federal mesquita@persocom.com.br — SEDH e SENASP © Governo do Fstado de SSP contando com a panticipacio do Mi Pa ere cet nts inca Pablica. Cnsul Geral do Canada em SE ‘ ern a rk ened Pree eee ete eee de Sao Paulo, Representante do Comandante Geral Pangea eet tec) Geral da Policia Givil do Estado de Sao Paulo ¢ do Sener re nage ero cakes Pee! Perea e tao Cee meen oat eae palestras relativas a experiéncias ou projetos na irea Ce eee en ent Rete teen Peeters Siete ee erie ec Ooms ces Pe ete cer acre ao + Departamento de Assuntos de Seguranca Pibli Jes ca (DEASP) ~ Projeto de Treinamento para os Profis- Perey eet aortic? Brent esc en) ee ee aa * Policia Civil do Estado de S80 Paulo (PC/SP) ~ Pee Cee ors) PCF Harley Angelo de Mories proferiu a pales: Seema et a Ficou chiro, pelo contetido das apresentagies, que os paises panicipantes do evento estio preocu- een er rere Pee cee ere gered manos € como melhorar a qualificagio dos docentes, através de cursos de aperfeicoamento, Deal Poe ee mn Perito Criminal Federal Pires tc raing Peritos em frente a Fabrica Papel de Sato © maior € mais tradicional evento da Criminalistica reuniu em outu- bro/99, no Hotel Tambaii, em Joao Pes- soa, Peritos Criminais de todo o Terri. tério Nacional e reaomados especialis tay da area, que durante cinco dias rea- lizaram palestras, debates ¢ exposicdes sobre os assuntos que envolvem o dia aedia da categoria. Temas como crimes de informitica de transito, meio ambiente, contabilidade forense, DNA, balistica, fraudes financeiras, engenhacia legal, :oxicologia, docu XV Congresso Nacional de Criminalistica Um Encontro Memoravel mentoscopia, ¢ crimes contra a pessoa € contra o patri- ménio foram amplamente discutidos, com enfoque para 35 novas técnicas que estio sendo adotadas no campo da ciénda forense A apresentacio de casos reais, juntamente com a Ex- posicio de Equipamentos Aplicados & Criminalistica completaram © extenso programa possibilitaram maior troca de experiéncias entre os congressistas. Peete ad eset rater ne TF heconve A participacdo macica dos profissionais ligados 4 area € 0 alto nivel dos trabalhos apresentados foram os res- ponsiveis pelo grande sucesso do Congresso. Il Reuniao de Representantes Foi um encontro memorivel que, com certeza, em muito contribuiu para o aperfeigoamento da categoria Regionais da APCF ¢, consequientemente, para o engrandecimento da Cr- minalistica. Part que houvesse uma maior participacio de Pesitos Fede nas no XV Conyresso, 2 diretoriaresolveu realizar OIF de Representantes também em Joao Pessoa, nos dias9 € 10 de outubro, (© Encontro teve como objetivo discutir ¢ proairar solucio- unto relacionados Pericia e quanto ao erescente aper feigoamente do Perito Criminal Federal em funcio da diversi nie oportunidade foi também reakzada, no dia 13 de outubro, a Assembléia Geral da APCF que contou com a participacio de 82 Pestos Criminais Federais associados, wo de crimes e fraudes financeiras, A diretoria da APCF, em Joo Pessoa No caso da Telefonia Movel Celular a clonagem consiste na agao de fazer com que 7 um Terminal Movel aja ‘ cfonia Movel Celular tor- noU-se nos Ultimos anos, jun- tamente com a Internet, um dos mercados de maior crescimento no mundo, dada a sua caracteristica de prover 20 seu usuario a possibili- dade de poder se comunicar em qualquer lugar, desde que numa irea coberta por uma operadora, fa zendo e recebendo ligacoes A base do sistema € a divisio da area a ser coberta em pequenas re nic Serial nao foi encontrado ou esta fora da gides (as células), que ¢ ¢ Eletré- area de operacio. O Terminal Mével seu interior uma ERB (Es nico) se conectando na rede telefé-_transmite, através do canal de con- ase) que se conecta com a rede de elefonia convencional através de uma central de controle. Os Termi- nais Moveis sio radios que se comu- nicam com as ERBs através de fre= giiéncias preestabelecidas Os canais de radio sio divididos em canais de controle ¢ oz. Através do canal de controle os Terminais Moveis se comunicam om a ERB trocando uma de informacoes. Ao ser ligado, minal Movel envia 0 seu niimero anais de nica. Ao fazer uma ligacao, 0 telefo- BaP ce exceeatrce lene: reeebe-a liberacio para a utilizacio de um ca- nal de voz, permitindo a conversa- cdo. Quando ha uma cham: ERB transmite 0 mimero e nal Mével possuidor dese aimero responde, fazendo a ERB liberar um canal de voz, permitindo a coaver- sacdo, Se nenhum Terminal Mével responder, 0 chamador recebe do sistema a resposta de que o telefone trole, quando é ligado, e period mente, 0 seu ntimero ¢ 0 ESN, de forma a indicar para o sistema celu. lar que esta ‘vivo! Existe um mimero limitado de ca nnais de vor em cada cé 5 0s canais estiverem s, nao ¢ possivel para um ou receber uma ligacic rre durante um pe iodo muito grande de tempo, obnga a operadora a ampliar o sistema, dimi- nuindo a célula em células menores. Um dos fitos interessantes do sistema € a possibilidade de conti nuar conversando mesmo quando se muda de uma célula para outra Isso € possivel porque o ‘Terminal Movel esté monitorando € conver: sando através do canal de controle com mais de uma ERB ao mesmo tempo. Accavés da poténcia do sinal transmitido pelas ERBs 0 tclefone identifica que esta saindo de uma célula e entrando em outra, Nesse caso, ele solicita a ERB da célula em que esta entrando um canal de yor Se houver um disponivel, o telefone comunica a ERB da célula da qual esti saindo que esta liberando 0 ca- nal de voz que estava usando. A Central de Controle que esta em contato com as ERBs muda a cham da de uma ERB para a outra €a con versacio continua sem que as pes soas notem. Nas vezes em que esse proceso nao ocorre adequadamen: te a ligacto cat No caso do Roaring, que 0 uso telefone na de outra operadora, € feito um con- ato cnire as operadoras para que nal rea. Quando a Central de de un irea de cobertura uma avise a outra de que o Te Movel esté em sua houver un 2 chamada, exatamente como um outro corretamente habilitado, copiando para um outro aparelho a sua “identidade". Controle fax uma chamada de long distincia até a regito da operadora onde o telefone desejado se encontra. A Telefonia Celular comegou uti- lizando o Sistema Analégico, onde ia telefone usa um canal de voz em suas ligacées de uma forma si- milar aos ridios que vemos norma mente. Porém, com o passir do tempo ¢ aumento do nimero de Terminais Méveis, assim como de- mandas de seguranca (pois com um rdio comum que funcione na fre- quéncia do celular € possivel ouvir as conversacées), tornou-se neces: saria uma mudanca de tecnologia, fim de melhorar a performance do sistema, Passou-se 2 utilizar entio a tecnologia digital, que permire um melhor aproveitamento dos canais de vor, possibilitando mais conver- sages com o mesmo mimero de ca- nais ¢ uma maior privacidade, nao sendo tio fécil ouvir as ligagbes Tornou-se possivel, também, of recer uma série de novos recursos como, por exemplo, a identificagio mando € a do auimero que esta cha FERICIA 1EDERAL recepcao de mensagens em texto. No Brasil utilizamos 0 padrio analégico AMPS e os digitais TDMA ¢ CDMA. Os padroes digitais nao sio compativeis entre si e um aparelho de um sistema nio funciona na tro Dessa forma, 68 aparelhos devem permitir seu uso tanto no modo di- gital_ como no analdgico, a fim de ‘permitir que o aparetho funcione na regio de um sistema diferente do 16 seu, Isso faz com que o sistema ana- L6gico sobreviva, pois ele € o clo de compatibilidade entre os sistemas digitais. Ironicamente, problemas na Telefonia Celular exis te justamente devido a0 scu modo de operacio, jd que o Terminal Mé vel usa ondas eletromagnéticas para podem ser pelas operadoras do servigo, mas também por todos que possui- rem 6 ferramental adequado. E irOnico justamente porque uma das maiores vantagens do servigo € a possibilida- de da comunicacio em qualquer parte sem a necessidade de uma linha fisica para se co- nectar a0 sistema. In felizmente essa con veniéncia faz com que a obtencio de informacoes neces: sirias para a clona: gem scja possivel, Muito tem sido discutido a respeito do uso de mais de tum Terminal Movet com © mesmo nt mero, ji que nio se pode discutir a utili dade do legitimo pro- prictisio ter sua dis posigio uma cxiensio do scu celular. Mas por que alguém gostaria de uma exiensio? Per bom expandir as wilidades do celular, Utilizac um modelo com Imaior poténcia no carro e 20 sai, tsar um menor € mais leve, ambos fom Omesmo nlimero, parece fazer sentido, Quem quer ter virios nu- meros? (Talvez a operadora do siste- ma, por razées dbvias, queira que vocé os tenha). Porém, como 0 justo paga pelo pe- cador, as operadoras nao disponibili- zam esse tipo de servico e ainda esti0 numa luta contra essas “extensoes" aptadas no somente ilegais. Mas, afinal, 0 que € clona gem? No caso da Telefonia Mével Celular cla consiste na acio de fazer com que um Terminal Mével aja exa tamente como um outro correla mente habilitado, copiando para um outro aparelho a sua "identidade’ Os telefones NAO PRECISAM SER do .smo tipo, nem mesmo do mesmo fabricante. O segundo telefone para todos 08 prapésitos € agora o mes- mo que o primeiro: ele tocara quan- do o nimero for chamado € quando fizer uma ligacio ela sera tarifada aparecera na conta. ‘Como vimos, 0 telefone automati- camente © periodicamente emite 0 seu ntimero € seu ESN atraves do ca- nal de controle. Se dispusermos do equipamento adequado ¢ monitorar- mos 0 canal de controle, poderemos ‘observar quando um telefone emite esses mimeros durante 0 processo de se identificar para 0 sistema. Exis tem dreas com maior probabilidade de isso acontecer, tornando-se areas alvo para esse procedimento, como estradas, aeroportos, neis € garagens subter De posse desses ntimeros, neces: sitamos agora de um outro (elefone 6 que abre espaco para um mercado de telefones roubados, que mesmo nio tem utilidade, pois seus donos devem ter providenciado sua desabilitagao, porém sao perfeitos para screm reprogramados € vir rem clones (© método de reprogeamacio de um telefone para que se torne um clone depende basicamente de seu modelo, ja que nos telefones mais antigos era necessirio um equipa- mento para escrever em um chip que devia ser retirado e reinstalado. Nos telefones mais novos, 0 proces- so de escrita pode ser realizado atra vés de um cabo que ligue 0 compu: tador ao telefone. © hardware, 0 software € a documentacio para isso sio de utilizagao comum nos Lo: cais de manutencio de telefones ¢ podem ser encontrados no "comer cio informal’, com sua especificacio podendo ser obtida na Internet Uma das vantagens apregoadas na Telefonia Celular Digital € a sua maior protecao relativa a clonagem, jd que a extracao do ESN seria im- possivel, devido a codificagao que existe na comunicacdo entre o tele- fone © o Sistema Celular. Porém, {4 se tem noticias que € possivel que- brar 0 cédigo que protege essa co- municagdo, além de um fao muito mais simples que ocorre devido a existéncia de varias operadoras no Brasil. Devido aos tipos diferentes de sistema (analégico e digital) deve existir uma forma de possibilitar que 0 Roaming seja possivel. Essa forma é que todos os telefones de- vem ser do tipo dual-mode (permite a utilizacio em sistema analdgico digital) © quando funcionando em uma area incompativel ao sistema digital o telefone opera em modo analogico, que faz cair por terra 0 sistema de protecio. Ou seja. na re gido da sua operadora e usando um tclefone digital vocé esté mais prote- gido, porém basia viajar para uma cidade que use um outro sistema ¢ Bronto, pode ter 0 nimero rouba lo. Diversos métodos tém sido de- senyolvidos para aumentar a segu- manga: * Uso do PIN (Personal Identifi- cation Number — Numero de Identi- ficacao Pessoal): Quando se vai fazer uma ligacdo € necessario digitar um c6digo; + Uso de resposia @ pergunta: O sistema envia ums pergunta ao tele- fone ¢ somente se cle responder corretamente 0 aparelho pode fazer uma ligagio; * Bloqueio a chamadas interna: cionais: Nao se pode fazer ligagoes intemnacionais a menos que se con: tacte a operadora € solicite a libera- ios + Impressie Digital do telefone Cada apsrelho telefanico, aé do mesmo fabricante e modelo, possui caracteristicas tinicas relativas 4 sua emissio eletromagnética. A identifi cacio dessas caracteristicas de emis- sio individualiza o telefone: + ESN nio programével: Os tele- fones sairiam de fabrica com os nu- meros de série pré-programados impossivel de serem modificados. ‘Conclusao: NINGUEM ESTA IMU- NE. SO nos resta, enquanto os fabri- cantes © operadoras lutam para re- solyer o problema ainda sem solu- io, utilizarmos alguns procedimen- toy a fim de MINIMIZARMOS (nao climinarmos) 4 possibilidade de ter- ‘mos nossos nimervs clonados, * Utilizar telefones di + Fazer Roaming somente quan- do nevessirio, verificando a real ne cessidade de manter o telefone liga- do nas estradas ou em outra cidade; * Ligar o telefone fora das dre: de isco, esperando sair da aeropor- to, rodovidria ¢ estar distante da sai da das garagens subterrineas. Glossario: 1) AMPS: Advanced Mobile Pho- ne Service (Servico Velefonico Movel avangado) ¢ um dos padroes de tele- fonia celular anal6gica mais usados no mundo. Foi adotado pela Banda A no Brasil € € dos mais utilizados nos Estados Unidos. 2) Area de cobertura: Refere-se a ‘rea geografica onde € possivel que um aparelho celular se comunique com uma ERB. 3) Area de concesséo: Refere-se a dclimitada pelo Mi nistério das Comunicacoes, onde uma concessioniria pode explorar servigos de telefonia 4) Area de sombra: Local onde obsticulos fisicos (paredes, vegeta- cio densa, edificios, muros, etc.) impedem a propagacao do sinal, in- viabilizando a comunicagio com apareliios celulares 3) CDMA: Code Division Multiple Access (ou Acesso Miltiplo por Divi- sio de Cédigo) € 0 padrio adotado por algumas operadoras para operar seu sistema de telefonia celular digi- tal, sendo o sistema em que até doze conversacoes so. transmitidas si- mulaneamente no mesmo canal de radio, freqiéncia € no mesmo inter- valo de tempo; entretanto, cada conversagio tecebe um céidigo de identificagio que a diferencia das outras. 6) Dual-Mode: Para garantit 0 funcionamento em todo 0 territ6rio brasileiro, os telefones em uso no Brasil devem funcionar tanto no sis- tema digital quanto no analoxico. 7) ERB: Estacio Ridio Base € 0 local onde estao instalados os com- ponentes da célula, como os trans- missores, antenas, ete 8) ESN: Eletronic Serial Number €o mimero de série do celular pro- gramado na fabric 9) Intereonexio: E20 que permite que assinantes de servicos de telefo- nia digital "conversem” com assinan- tes de servicos de telefonia celular ou fixa de outras operadoras. A ine terconexio possibilita que clientes de uma operadora na Banda 4 "con- versem’ com assinantes da Banda B, por exemplo 10) Roaming: E 0 nome dado a mudanca de uma area de servigo para outra. fo Roaming que possi bilitard 0 uso de seu aparelho habil: tado por uma operadora fora da firea de concessio. 11) TDMA: Time Division Multi- ple Access (ow Acesso Miltiplo por Divisio de Tempo) € um outro pa- dro para operas sistemas de telefo- nia celular digital, & o sistema em que varias conversagGes sito transmi- tidas simultaneamente no_mesmo canal de radiofreqiiéncia; entrecan- to, cada conversagio € transmitida ‘em intervalos de tempos distintos, Nesse sistema, ay conversagdes nao io codificadas, pols os canais de ra diofrequéncia sao diferenciados pe- los imtervalos de tempo. A capacid de de operacao do TDMA € de 3 ve- 7€8.2 0 AMPS. Harley Angelo de Moraes Perito Criminal Federal Mestre em Telecomunicacoes Harley HAM@dpfgox.br 7 Policia Federal prende quadrilha internacional Com a expansio da telefonia cel Jar, simultaneamente ocorreu 0 au mento de fraudes envolvendo celula- es, principalmente a clonagem, um sistema clandestine que consiste na co- necedo de Linhss regulares do Sistema Nacional de Telecomunicagoes, com 0 objetivo de se fazer ligagGes nacionais € internacionais através dessas linha, que sio debitadas na conta do proprie- trio das mesmas, que tém de pagar por ligacdes que nunca realizaram fm Aracaju, Sergipe, foi descoberr ta, em setembro de 1998, uma quadsi Tha que atuava nessa capital utilizando. se de iclefones clonados de diversos cstados da Federacio, a partir de de- s da ‘Telergipe, companhia tele- fonica do estado, que apés comprovar que haviam varios telefones clonados desconectava-os, o que nada adiantava, pois imediatamente outro clone era colocado em comunicacao. A equipe policial, em conjt com téenicos da "Telergipe Celular to equipada com aparelhos de rastrea. mento de freqiiéncia, iniciou operacao para identificar os telefones clonados que estavam sendo utilizados em Ser gipe € descobriu a existéncia de uma central clandestina de telecomuni oes. Atraves de um receptor do Glo- bal Position Sistem — GYS, aparetho para identificacao de coordenadas geogrificas, a equipe descobriu o local exato das fregtiéncias utilizadas, ¢ através do proprietario da residéncia que a slugava, chegou so nome de um libanés que comandava a quadrilha Alguns equipamentos apreendidos, montudos conjorme 0 esquema demonstrado na prixima pigina 18 A partir dai, por tratarse de crime contra o Sistema Nacional de Teleco- municag6es e por envolver estrang ros, a Policia Federal, através de man dado de busca € apreensio, revolheu todos os aparethos que estavam em funcionamento, constatando que fs viam parte de um sistema de teleco- municagées internacional. Segundo o laudo do PCF Marcus Vinicius da Silva Pinto, da Secrim/SE, entre 0 material apreendido esiavam 25 aparelhos de telelone celular, da marca motorola um aparetho telefénico do tipo PABX dotado cor paz de oper: rentes; aparelhos de interface telefone com duas linhas dife celular PABX € adaptadores de volta- gem, com a finalidade de prover todo 6 sistema de energia elétrica, elimi- que 208 com Outros equipamentos for: nando a necessidade de baterias, iu s independentes A operacionalizagio do sistema dlandestino pode funcionar da seguinte mancira, a exemplo do sistema que foi descoberto cm Aracaju: inicialmente 0 operador disca, no PABX, um ntimero qualquer, com a chave interruptora desligada, © 0 PABX aciona a unidade celular B, que dé origem A ligacio, pet manecendo a unidade C desocupada Apas completada a ligacao, um operador liga a chave interruptora, co: accando, com esse ato, as duas unida des Be C entre si, Com isso 0 tclefone celular C fica disponivel, como um ca- nal aberto para o interlocutor do ope- rador, que doravante pode efetuar, a partir de seu proprio aparelho, a liga- Gio telefdnica que the convier, para qualquer parte do mundo, através da unidade C, bestando para isso apenas discar © ntimero do telefone com 0 qual deseja se comunicar Um operador fica supenisionando © funcionamento do sistema durante as operagies para, em caso de falhas, restabelecer a comunicagio mediante 09 provedimentos explicados anterior- mente; ele pode, ainda, substituir por outres os niimeros de telefone celular que orem desativados pela empresa cconcessionsiria, restabelecendo a co- ‘municagao. £ importante destacarmos que, ‘com esse procedimento, 0 operador do sistema faculta a0 interlocutor rea- lizar quantas ligacées telefinicas qui- ses, durante 0 tempo que desejar, para qualquer lugar do mundo, através da unidade C, fieando o énus das liga- es atribuido avs telefones Be C, dos quais partem as chamadas. Apolicia, na operagto, autuou em flageante um palestin © uma brasi- leira, que se encontravam no local € foram presos imediatamente, sendo que o chefe da quadrilha, tambem pa- lestino, foi indiciado indiretamente por estar foragido, tendo sido decreta- da a sua prisio preventiva, O caso mais recente de clonagem Em Juiz de Fora, Minas Gerais, em novembro de 1999, foi descoberto mais um caso de clonagem de tele- fone celular. A propaganda do "negocio" era feita em ae- roportos de vitios paises, através de cartées de visita distribuidos 3s pessoas que tinham como local de desti- no 0 Brasil, A-cmupresa telefOniea do estado de Minas Gerais, ‘Telemig, recebeu reclamagdey de companhias telefoni- ‘cas de estados vizinhos, principalmente de Sdo Paulo, informando que clientes daquelas empresas estavam recebendo contas telefonicas imensas, com valores da ‘ordem de R$-30 mil a RS 50 mil, sendo que as investi- gacdes dessis empresas constataram que as ligacdes, tinham inicio na drea de cobertara da Telemig Celular A partir dai, a Telemig iniciou investigagoes que indica- ram que as ligacdes tinham origem na regio de Juiz. de Ford, passando a monitorar @ area. A Segio de Crimina- listica — SeorimyMG, chamada a participar das investigacdes, conseguiu localizar 0 ponto exato de onde partiram as ligagdes, ow seja © local onde ocorriam as fraudes, © apreendeu grande quantidade de equipamentos, seado a maior parte de procedéncia estrangeira. Dentre os equipamentos foram apreendides 10 apa- relhos telefnicos, da marca Panasonic; filtros de linha; 22 conexbes para aparelho de telefonia celular, da mar- ‘ca motorola; conectadore’s para ligacao entre telefone celular e computador: 27 aparcthos de telefonia celular, da marca Motorola, de procedéncia estrangeira: bare- rias; adaptadores de energia ¢ de voltagem; carregado- res de bateria para celular; 20 transformadores de ener- #ia © 17 climinadores de pilha para celular, Foi efetuada a prisio de trés estrangeiros ¢ de uma brasileira, que foram enquadrados no crime tle desca- minho, devido a dificuldade de, no momento da prisio, sc enquadrar os mesmos no crime de fraude ao sistema de telecomunicagoes. 19 1. Introdugdo Dentro da classificacao periédica dos elementos quimi- cos, 0 ouro (Au) pertence ao grupo do eobre, sendo consi- derado um metal de cariter "nobre’, face, principalmente, 2 sua resisténcia 20 ataque por agentes quimicos, 0 ouro € pouco abundante na crosta terrestre (0,005 ppm), sendo encontrado em diversos tipos de rochas, mais comumente em yeios quartziferos, sob a forma de ouro de filoes (ouro primirio - Fotografia 1) e, nos cascalhos alu- viais como ouro de aluvido (ouro secundério - Fotografia 2 ¢ Figura 1) Algumas propriedades gerais do ouro de certa relevan- ia sio: Possui uma das mais altas condutividades térmica € el€- trica que se conhece = Possui clevado ponto de fusao, ebulicao e densidade, isto €, 1064 °C, 2807 ‘Ce 19,28 gicm’, respectivamente Forma compostos intermetilicos com o mercitrio, pro- piciando a utilizaczo da amalgamacao como forma de recu- peracao das particulas de oure - Hidrofobicidade elevad: Formacio de comiplexos relativamente estaveis com so- tugdes bisi icalinos, o que permite a extra- ao de ouro a partir de rochas. A sua reduzida tendéncia de reagic com outras substincias associada ao seu brilho amarelo constante € de gran- de beleza, além de apresentar relativa de cianetos onservas da bomba que é uti Fotografia 1 Amostra de rocha de quart 20, contenddo ouro metalico (primarto), obtida de uma tarra garimpetra clandest sa em terras indigenas mo Sul do Pard Garimpo de Filao mente ut 20 Fotografia 2 Garimpo de aturido - Sul do Pard, destacaudo-se ao funda a presenca de bar rancos, um poco onde fecclomada com tanbores metllicos de 200 1 ), para 0 siporte no desmonte bidrtuiico do barranco e acaiva ravi métrica (também conbect- da como “cobra fumando") ‘para coleta, conceniracdo separacao do ouro dos ‘materiais argilesos. Normal ‘se mercarto no a caksey para reter 0 ore, ma ature das tli cas de madeira facilidade de manu- seio, permitem 0 seu uuso em grande escala como material de adorno e/ou jéias 2, Refino de ouro de garimpo As operacdes de garimpo normaimen- ie empregim o mer. ctirio para otimizar a recuperacio do ouro por meio da amalga- macdo. O amalgama que é uma liga de ouro/merctrio, apresenta um teor de ouro variavel, geralmente entre 30.2 50% Em condigoes ideais, os trabalhos de campo fuzem uso Je uma retoria para separar 0 ouro do mercurio, inclusive com recuperacio deste tiltimo que ¢ extremamente perigo- so 8 sutide se lancado a0 meio ambiente de forma indiscri- minada. Ver Figura 2 Apds essa previa separacio, a liga de ouro € entio desti- s ctapas seguintes de refino, onde existem intimeras a da

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