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Iluminagaéao e Consumo consumo de energia elé- trica assume hoje um papel de destaque nos rojetos de novas edifi- cagées. O custo crescente deste insumo, aliado aos altosinvestimentos necessérios a sua pro- dugao, tornam a energia elétrica um parémetro fundamental de planejamento. E sem diivida alguma 6 papel do proje- tista Crquiteto,engenheito, ete) conside: ré-lo como um dos itens de projeto. E importante lembrar que 0 metro qua- drado de construgao custa cerca de US$ 250, enquantoque parasuprirestemesmo edificio em energia elétrica,o setor ener- xgético (¢ por consequéncia a sociedade) investe cerca de US$ 400/m*. Dentro deste panorama a iluminacao surge como um dos itens mais relevantes, J4 que é responsavel por cerca de 20% de toda a energia elétrica consumida no pais e por mais de 40% da energia elétrica con- sumida pelo setor de comércio e serviros. E importante ressaltar desde jé que um projetointeligentede iluminagaoétambém ‘um projeto econdmico, tanto do ponto de vista do nvestimento inicial como docusto operacional, nao somente para o usuario, ‘mas para toda a sociedade. O objetivo deste manual é fornecer in- formagées e ferramentas que auxiliem a incorporar téenicas modernas de uso racional ¢ conservagdo de energia em seus projetos, garantindo o conforto ¢ a reducao das despesas operacionais da edi- ficagdo. Lembre-se, conservar energia nao significa redugéo de conforto e privacao dos beneficios que ela proporciona. ‘Conservar energia implica na trans- formacaoda sociedade do desperdicionuma sociedade mais racional na utilizagao de seus recursos globais, especialmente 0s insumos energéticos. ‘Além disso a con- servacdo pode conduzir & reducdo da ne- cessidade de novas centrais de geragaode energia elétrica, contribuindo para a pre- servagao do meio ambiente. Basicamente podemos mencionar dois estdgios diferentes deconservaga0:a.elimi- nago dos desperdicios e a introdugao de técnicas que aumentem a eficiéncia no ‘uso da energia. Na maioria dos casos a eliminagdo dos desperdicios requer um investimento minimo ou nulo ¢ os resul- tados so obtidos através da conscienti- zasdo dos consumidores ¢ usudrios. No segundo nivel hd necessidade de reali- zacdo de investimentos, seja na substi- tuigdo de equipamentos e processos por outros de maior rendimento, seja na ‘implantagao de dispositivos de controle e ‘operagio, investimentos estes com retorno garantido. No caso de novos projetos é necessério garantir que o sistema de iluminagao ‘eontecom luminérias,reatores elampadas de alta eficiéncia, distribuir os circuitos adoquadamente, ‘utilizar a iluminagéo natural quando possivel, buscando sempre fa redugdo do consumo de energia. Nas instalagoes existentes, deve ser conside- rada a possibilidade de otimizagao do sistema, seja por melhoria do projeto, seja pelo uso de equipamentos mais eficientes. Existe ainda a possibilidade, nos doiscasos, da utilizagdo de sistemas de controle automético que auxiliem na eliminagao de desperdicios. 1 - ALGUMAS LUZES SOBRE 0 TEMA Aluzé importante instrumento de tra- balho, assim como maquinas, canetas, papel, ete. A boa iluminagio ¢ essencial para tudoo que fazemos. Contudo a ilumi- ‘ago excessiva ou inadequada além de prejudicial é custosa. ‘Devemos lembrar sempre que a ilumi- nagao é para as pessoas ¢ nao para as edificagdes. Hoje esté provado que um projeto eficiente de iluminagao, além de ‘reduziro consumo deenergia trazaumen- tos significativos de produtividade. Os capitulos seguintes deste manual ‘contém informagies titeis para seu pro- edifieacdo, sejana jd existentes, pro- curando orienté-lo quanto aos sistemas mais eficientes de iluminagao artificial, quanto ao uso adequado da iluminacao natural e ainda quanto ao projeto inte- grado, que otimiza estes dois sistemas. far dom 2~CONSUMO DE ENERGIA ELETRICA E TIPO DE CLIMA tipo de clima influi na demanda de energia elétrica usada pelo edificio em geral, como mostra a figura 1.1. En- tretanto, 0 consumo de energia corres- pondente a iluminagao ¢ quase igual em ambas as situagdes, 0 que demonstra 0 descuido generalizado com o projeto e uso dessa instalacéo (que, sem diivida, rara- ‘mente utiliza a luz natural tao abundante nas regides tropicais, nem mesmo como complementagao da artificial). Figura 1.1 - Consumo de energia por tipo de clima 6 - luminagéo A disponibilidade de luz natural varia poueoduranteoanonaslatitudes pequenas préximas ao equador esofre grandes varia- ges no subtrépico, na regido sul do pais (fig. 1.2), onde os dias sao curtos no in- verno € longos no verdo (Fig.1.3). Esta situagao diferenciada deveria traduzir-se nosconsumosde energia para iluminagao. Entretanto, verifica-se que situagdes de costumes, renda per capita, formas de ‘ocupacéo do solo e a tipologia das edifi- cagoes, definem o padrao de consumo mais do que qualquer tipo de relagao com ‘0 ambiente natural e construfdo. ‘Um projeto integrado de iluminagao natural e artificial, que leva em consi- deracdo a disponibilidade de luz diurna, propria do clima local, permite reduzir 0 ‘consumo de energia do edificio em mais de 30%, aproximadamente. 8 - ILUMINACAO E CONSUMO DE ENERGIA POR TIPO DE AMBIENTE ‘Tanto oambiente natural como ocons- trufdo podem favorecer ou criar difi- culdades ao desempenho da iluminagao natural e artificial dos edificios. Ambien- tes som obstrugdes permitem 0 aprovei- tamento total da disponibilidade de luz natural, mas podem eausar cargas termo- luminosas indesejéveis. ‘Assim, ambientes desobstrufdos ne- cessitardo de proterao de radiacéo solar direta sobre as aberturas iluminantes e bom isolamento térmico das superficies To REOIRO NORTE NORDESTE ecko SwesTE REOMO SUL Figura 1.2 - Quantidade de horas com iluminagao solar aceitavel nas diferentes latitudes e épocas do ano Z, Figura 1.3 - Trajetéria aparente do sol para trés latitudes opacas, reduzindo a carga térmica que penetra na edificagao. Ambientes obs- truidos pela presenca de prédios ou vege- tagdo, terdo menos aproveitamento da luz natural disponivelna regio, necessitando também menor isolamento térmico por estarem mais protegidos. Entretanto, se as superficies do ambiente sio de cores claras (alta refletancia) a iluminagao natural pode aumentar em até 25%, com pouca influéncia sobreoaumentoda carga térmica recebida pela edificagao, pois a luz 6 refletida, gerando menos calor por fluxo luminoso emitido. ‘Um bom projeto de iluminacao deve levar em conta nao apenas a necessidade deiluminagao,mastambém acarga térmica decorrente das solugdes adotadas deforma ‘a minimizar o consumo de energia com condicionamento ambiental. GLOSSARIO Absoreao: transformacao de energia radiante numa forma diferente de ‘energia por interacao com a matéria. Acomodacao: ajuste focal do olfo, geralmente ‘esponténeo, com a finalidade de olhar para ‘um objeto situado a uma dada distancia, ‘Acuidade visual - clareza de visdo de detalhes: 1. qualitativa: capacidade de ver objetos perto um do outro de maneira distinta 2.quantitativa: reciprocidade do valor angular (geralmente minutos de arco) de separacao_entre dois objetos vizinhas {pontos ou ‘inhas) que o olho pode ver separados. Adaptacao:1. processo pelo qual as caracteristicas do sistema visual sa0 modificadas de acordo com as luminancias ou estimulo de cor apresentados. 2. estado final do proceso. Campo visual (do olho ‘ou olhos): extensao angular do espaco no qual um objeto pode ser percebido, quando os ‘olhos observam um objeto diretamente na frente. O campo podera ser ‘monocular ou biocular. 8 lluminagoo Conceitos Basicos 1- LUZ E VISAO quantidade ea qualidade da iluminagao de um lo- cal deverdo ser baseados, entre outros requisitos, no desempenho visual. ‘Desempenho visual é 0 termo usado para descrever tanto a velocidade com que os olhos funcionam, como a preci ‘com que uma tarefa visual poderd ser exe- cutada. O grau de desempenho visual para a pereepedo de um objeto eresce até ‘um certo nivel com o aumento da ilu- mindncia (nfvel de iluminamento) ou até um certo grau de lumindncia (luz re- fletida pelo objeto observado nos olhos do observador). Outros fatores que influen- ciam o desempenho visual so 0 tamanho da tarefa visual e a sua distancia até 0 olho e os eontrastes de cor e luminancia. Tarefas visuais de alta exigencia (cos- tura de tecidoescuro, conserto de reldgios, controle de qualidade de pequenas pegas) deverdo ser iluminados especialmente, através de iluminagao local (ver eap.5). ‘O controle do ofuscamento sera funda- mental para se obter um bom dese: penho visual. O ofuscamento 6 se quando lampadas, lumindrias, janelas ou outras superficies sao “claras” demais quando comparadas com a luminosidade geral do interior. O ofuscamento poderé ser direto ou refletido. O ofuscamento direto poderd ser causado por uma fonte de luz de grande luminosidade no campo visual do observador (fig. 2.1a); 0 ofus- camento refletido ocorre quando 0 obser- ©) OFUSCAMENTO OMETO 1») OFUSCAMENTO REFLETIOO Figura 2.1 - Tipos de ofuscamento vador vé a reflextio dessa fonte numa superficie brilhante (fig. 2.1b). 0 ofus- camento pode ser inabilitador quando dificulta a visto dos objetos ou descon- fortdvel, sendo este ultimo o mais fre- quente na iluminagao de interiores. ‘Aluz de uma fonte clara refletida por superficiebrilhanteousemi-fosca nosolhos de um observador, podera produzir um efeito de distracao moderada ou até des- conforto. Quandoesta reflexio ocorre numa tarefa visual é referida como “reflexao ve- ladora’; quando ocorre fora da tarefa, usado o termo mais geral de “ofuscamento refletido”, Reflexoes veladoras, além de criarem perturbagdes, reduzem os con- trastes na tarefa visual e resultam em perda de detalhe (fig. 2.2). Geralmente 0 desempenho da tarefa visual aumenta com o contraste, que é a avaliagaosubjetiva da diferenca aparente de duas partes de um campo visual (fig. 2.3) vistas simultdnea ousucessivamente. Por exemplo, contrastes de lumindncia entre 0 objeto observado e seu entorno imediato, A percepeao da luminancia eda cor depende da adaptagao do olho, expec- tativa e experiéncia. Entretanto, para se obter umambienteconfortavel,na maioria dos casos, dever-se-d respeitar as relagdes indicadas na tabela TT.1. O desempenho visual diminui com a idade, decresce a acuidade visual, mais tempo de adaptagdoérequeridoe aumenta a sensiblidade ao ofuseamenta. Requer- | | exe ngpe.st, SEI Ton aaa co se, portanto, maior iluminancia e timo contraste para se obter um bom desem- penho (fig.2.4a).A presbiopia éodistirbio ‘visual que se observa depois dos 40 anos, ‘em que se perde, por baixa elasticidade e diminuigdo da capacidade de acomodagéo do cristalino, o poder de distinguir com nitidez os objetos proximos, A figura 2.4b mostra este efeito, que pode ser corrigido por lentes. Aidade serd um dado importante para escolha da iluminaneia necessaria para realizar a tarefa visual. ~ 2- PROPRIEDADES LUMINOTECNICAS DA MATERIA 2.2 - Localizacao das lumindrias Grande parte da luz emitida no espaco 6refletida, absorvida, transmitida oudifun- dida pelas superficies interiores do local e pela mobilia antes de chegar a tarefa vi- sual, podendo atingir valores importan- tes de perdas, conforme sejam os fatores de reflexio e absorgio dessas superficies. ‘Deste modo fundamental considerar fas propriedades luminotécnicas de um ‘material, predominantemente seu fator @ CAMPO VISUAL CENTRAL, 1 TaREPA VISUAL fe ENTORNG, 4 CAMPO VISUAL PERIFERICO Figura 2.3 - Relagao de lumindncias recomendadas es TABELA IL.1 - Relacao de luminancias recomendadas Entre © campo visual central (a) ea tarela visual propriamente dita) aa SAeeeesee e 10 20 30 40 50 6 Ene a tarefa visual (b) © seu entorno mediate (e) 101 {abe (ANS) ee » __] | Entre a fonte de uz eo tundo sobre o qual se destaca 208 a = luminagéo - 9 Conforto visual: grau de satistagao visual produzido elo ambiente iluminado, Contraste: avaliagao subjetiva da diferenca em aparéncia de duas partes de} um campo de viséo, vistas simultaneamente ou sucessivamente, Desempenho visual: avaliagao quantitativa do desempenho de uma tarefa. Numinéneia (Ev,E) num Ponto de uma superficie: ‘quociente do fluxo luminoso incidente num elemento da ‘superficie que contém o ponto, pela area deste ‘elemento. Unidade: lux, Ix. de reflexio, pois a0 maior fator de re- flexdo corresponderé um maior rendi- mento de iluminagao e, em consequéncia, menor consumo de energia, ‘Uma indicagéo da importancia do fa- tor de reflexao do forro, paredes e piso de uum local é que, aumentando o fator de re- flexao desses elementos de 50%, 30% e 20% para 80%, 60% e 40%, se obtém 15% de acréscimo na iluminéncia; seo fator de reflexao é aumentado de 50%, 10% e 10% para 80%, 60% e 40%, a ilumindncia aumenta em cerea de 35%. fator de utilizagao reflete as carac- teristicas do ambiente iluminado, mos- Figura 2.5 - Propriedades luminotécnicas da matéria DIFUSOR: REFRATOR trando a intima relagdo que existe entre 4s cores das superficies interiores (fator de reflexao), forma e tamanho do local a ser iluminado. ‘As caracterfsticas de reflexio das su- perficies interiores e méveis do. loc poderdo, quando corretamente escolhi- das, evitar 0 ofuscamento refletido, Cores € texturas sio dados importantes dos materiais a serem usados no local. Jéattransmissio, adifusioe a refragioda luz sao propriedades importantes dos ele- mentos difusos e dos equipamentos de controledaluzedalumindncia usadosem lumindrias (fig. 2.5 -TAB.II.2) TABELA IL2 - Coeficiente de transmissao média de vidros ¢ plasticos ‘COEFICIENTE DE (COEFIGIENTE DE MATERIAL, TRANSMISSAO MATERIAL TRANSMISSAO MEDIO (*) MEDIO(") VIDROLAMINADO TAMINASDEPLASTICO vidrotransparente telhas onduladas picobertura, ‘simples de 2 a 4mm de espessura oes reforcadas com fbra de vidro triplo de 4 a 6mm de espessura 086 ‘medianamente dtusoras... sonennerO.7580.80 ‘aramado até Emm de espessura 080 Considoravelmente dfusoras C066 20.75 : ‘muiteditusoras " ve O.85 80.70 \idrotransiucio limpresso fantasia do 3a 4mm do especoura.. laminas ranslicidas“opalinas” ‘esmenihado, impresso grosso eindustal até 60201100 a 0.95 00.78 ‘6mm de espessura— cs .758080 Vidro especial FONTE: MascaréL. colorido, absorvedor decal, uminacéo Natura dos Eatficos- dea 6mm de espessura —— Porto Alegre - PROPAR - UFRGS, 1980 9.67 10 - tluminago Tluminacdo Natural problema mais critico refere-se a iluminagao natural nos ediffcios mo- dernos, quando se prevé a presenga de grande niimero de pessoas reali- zando tarefas visuais de diferentes exi- géncias ao mesmo tempo. Uma andlise da distribuigao das tarefas visuais nos locais icard se 6 necessério prever uma ilu- ‘minancia alta em toda a superficie ou em algumas partes do local. Se assim for, a ocalizagto das tarefas com maiores exi- géncias visuais nos ambientes proximos dag janelas, onde a iluminancia natural é ‘maior, trard uma otimizagao do uso da luz natural (Fig. 3.1). Deve ser complemen tada com o controle da lumindncia da janela e da incidéncia da radiagao solar direta (Fig. 3.2). Esta estratégia pode significar uma reducdo de até 50% no con- sumo de energia elétrica. { : i ‘SUPERFICiE VERTICAL NORTE Figura 3.2 - Calor recebido por diferentes superficies em keal/m* lluminagao - 11 Luminaneia (L) (numa dada direcao, num ponto na superficie de uma fonte ou receptor, ‘ou num ponto no caminho do facho): quociente do fluxo luminoso saindo, chegando ou passando através de um elemento de superficie neste ponto 8 propagado em direcdes definidas num cone ‘elementar contendo a diregao dada, pelo produto do angulo sélido do cone @ a dea de projecdo ‘ortogonal do elemento da superficie num plano perpendicular & diregao ‘dada. Unidade: candela or metro quadrado, cd/ me, Luminancia veladora equivalente: luminncia a set acrescida por ‘Superposigto a luminancia do fundo @ do objeto, a fim de se chegar no limiar da diterenca entre a luminéncia na auséncia de ‘ofuscamento inabiitador e a lluminancia na presenca de ofuscamento Inabilitador. Luz: cada radiagdo capaz de causar uma sensagao visual direta, isto 6, radiacdo visivel. Reflexo: devolucao de radiag&o por uma ‘superficie, sem ‘modificagao da frequéncia dos componentes: monocromaticos. Reflexao difusa: ditusao Por reflexéo na qual, sob escala monocromatica, Nao ha reflexao regular. Retlexao especular: reflexdo sem difusao, de acordo com as leis de ‘etlexdo Sptica, como num espelho. 12- lluminagdo Jamanho, forma, posigao e protegao das aberturas, profundidade do local, altura do forro e decoracao das superficies in- teriores do local estéo intimamente re- lacionadascomaqualidadedailuminagao. Sao também significativas as proporgdes do ambiente, a disposigao interna dos am- bientes do edificio (em relagao aos espacos abertos e de circulagdo) e o uso que se faz do espago disponivel no terreno. Abertu- rasiluminantescorretamentedimensiona- das, protegidas da radiagao solar diretae mantidas em boas condigdes de uso, so fontes de luz eficientes e econémicas. Am- bientes desobstruidos com superficies interioresclaras, amplosmascompé direito discreto, zonificados em relagao a neces- sidade de iluminagao da tarefa visual, 880 poupadores de energia, 1. SISTEMAS DE ILUMINAGAO NATURAL A escolha do sistema de iluminagao, lateral ou zenital, é feita tendo em vista caracteristicas do edificio, a forma e a lisposigdo dos ambientes, o tipo de tarefa visual que seré realizada e consideracdes de ordem tecnolégica e econémica, tais como condigdes especiais de trabalho (uso de protetores para a vista), presenca de Poeira, umidade ou vapores em suspen- saona atmosfera, visto de objetos moveis, ete, A iluminagiozenital oferece maior w superficie iluminante lateral equivalente, Tem um. custo inicial geralmente mais alto, apre- senta maiores dificuldades para a lim- peza e para a localizaeao dos elementos de protegdo solar e ventilagao. E adequada ara locais profundos e grandes espacos continuos. LU Figura 3.3 - Sistemas de iluminagao zenital © COBERTURA DE OUPLA mcuNAciO A iluminagdo lateral é adequada para zonas proximas as janelas, onde é possivel obter iluminancias recomendadas (niveis de iluminacdo) para a tarefa visual a ser realizada, diminuindo na medida em que se encaminha para 0 interior do local, 1.1 - Tluminagio Zenital. Quando se utiliza a luz diurna zenitalmente, espe- iImente em locais grandes, podem-se jotar valores médios de iluminancia ao invés de minimos, em consequéncia de uma maior uniformidade obtida sobre 0 plano detrabalho. A enorme carga térmica existente sobre a cobertura de um edificio (Fig.3.2), propria das regides tropicais sub-tropicais, deve ser levada em consi- deragdo no projeto de iluminacdo zenital, sendo necessério limitar a superficie a valores que néo comprometam o desem- penho térmico do ambiente. ‘A disposigdo da luz no interior do local iluminado zenitalmente depende, entre ‘outros aspectos, do tipo de elementos adotados no projeto. A fig. 3.9 ilustra os elementos zenitais mais usados informa sua eficiéncia luminosa. Os elementos tipo “dente de serra” (Shed), “lanternim” e as coberturas de dupla inclinagao com ‘superficies iluminantes so os mais usa~ dos em indiistrias, O “domo” é usado em lugares onde a carga térmica transmitida por ele 6 desejada ou nado € problema, ‘como por exemplo, em piscinas térmicas, Quando protegido da radiagao solar di- reta (fator de sombra) ou usado como cobertura pequena (banheiros, por exem- plo), nao hé restrigdes a sua utili elemento zenital tipo "dente deserra’ orientado para o sul na regido subtropical fornece iluminagao difusa e nao precisa de fatores de sombra, Sua eficiéncia lumi- nosa é 30% de uma superficie iluminante horizontal (fig. 3.3a). O elemento zenital tipo “lanternim” (fig, 3.3b) fornece ilumi- nagao bidirecional a qual, dependendo da orientagdo, pode ser simétrica através do dia (L - 0) ou assimétrica (N - S). Sua eficiéncia luminosa varia entre 50% € 75% de uma superficie iluminante hori- zontal, A cobertura de dupla inclinagéo (fig. 3.3e) que contém superficies ilumi- nantes possui quase a mesma eficiéncia Tuminosa de uma cobertura horizontal, tipo “domo”, por exemplo, de quase 90%. Como a radiago ¢ termoluminosa, a efi- ciéncia luminosa pode ser associada & carga térmica recebida, 1.2- Tuminagiio Lateral. Nos locais iluminados lateralmente, 0 nivel de ilu- minancia diminui rapidamente com o ‘aumento da distdncia a janela e propor- cionalmente com 0 tamanho da mesma (Fig.3.4), Por isso, 0s valores que se fixam para a iluminancia diurna sdo minimos, ‘em pontos ou zonas determinadas sobre o plano itil. As obstrugdes externas ao local iluminado lateralmente produzem duas zonas de iluminagdo distintas: uma perto da janela, na qual a iluminagéo é alta e ‘outra zona, longe da janela, na qual a ilu- minagao é baixa. Acredita-se que quanto maior é a érea iluminante maior éailumindncia dolocal. Isto acontece dentro de certos limites (Fig.3.5). Um local com janelas grandes e decoragio escura dependerd quase exclu- vamente para sua iluminagéo, da luz incidental que também traré calor, crian- do desconforto térmico e aumentando a carga de refrigeragdo, namaioria dos casos. ‘Ao passo que um local com janelas médias e superficies interiores claras, de alta refleténcia, teré uma combinagao ade- quada de luz direta e luz refletida, per- mitindo maior economia do ponto de vista, energético. 883 $888 3= ps |e 4 |x 506") 205 i055 63} rane cunvas sox Figura 3.4 - [uminagao lateral - Curvas Isolux uminagao - 13 Janelas altas e continuas horizon- | dailuminaneia no centro do local. Esta so- talmente, recuadas com relagdo ao plano | lugdo tem significado energético impor- da fachada (fig. 3.6), usadas como com- | tante porque reduz a carga térmica re- plemento as janelas localizadas no nivel | cebida através da janela, inferior, permitem reduzir a drea visivel da abdbada celeste (que pode provocar | 2 - ELEMENTOS DE CONTROLE ofuscamento), com reducdoinsignificante DA LUZ SOLAR DIRETA (fatores de sombra, FS) Tanto a luminancia excessiva pro- veniente da abdbada celeste e do sol, como calor por este emitido, devem ser contro- lados através do uso de fatores de sombra (tabela 111.1), Os fatores de sombra colocados exte- riormente na abertura fornecem protegaio termoluminosa e os colocados interior- mente 26 controlam a luz que entra no local. Seu desempenho depende de seu fator de reflexao (cor) © de seu estado de manutengao. Superficies iluminantes e fatores de sombra sujos reduzem a admis- so de luz no local, pois superficies sujas e deterioradas absorvem luz e calor. Ocontroledaluminanciadassuperficies iluminantes é fundamental para se obter uma boa iluminagdo. A iluminancia da ‘Figura 3.5 - Curva de amortecimento da donsidadeimnizaay | ianela e sua forma influem mais no ofus- Figura 3.5 - Curva de smortecimento da densidade luminosa | ‘mento aus o tancihe wee vara urna relajso Aroa janala/éren perede Chanfrando a borda superior da abertura Lpstivel sip 00S, 6 Abo pintando-a de cor clara, obtém-se uma Refracao: 7aCAO anata pome rn TABELA IIL - Radiag&o luminosa obstraida por diferentes radiagao, determinada tipos de fatores de sombra (FS) Pela modificagao na ell TIPODE FATOR DE SOMBRA FADINGAO LOMA OBSTHLIOA atravessando um meio |) nao-homogéneo, ou Risse t00y ete z = pasando de um meio Cortina de tecdo de rama aberta parrot: corclara. i 0.90 ‘cor escura - 0.50 ‘Sistema visual: grupo de estruturas compreendendo Cortina de rama techada corcera. © oho, o nervo dptico e Cortas partes do cérebro ; {que transformam 0 Ferrara envo tected estimulo de luz num COP CRA sonssenssssnte complexo de excitagao do eae nervo, cuja correlagao Tolda subjetiva ¢ percepcao $B ens Seer hereon (N.S) Transmissao: passagem cor clara de radiagao através de um Sets ‘meio, em modificagao da “Brees Vor ‘requéncia dos ‘componentes ‘monocromaticos. FONTE: Mascar6L- uminapae Natural dos Edificio - Porto Alegre - PROPAR-UFRGS, 1980 14- tluminagéo Grea delumindnciamédia entrea abdbada celeste eo interior do local. As venezianas e persianas podem ter fator de reflexio alto e estar inclinadas de forma a refletir ‘a luz para o forro. Beirais reduzem a iluminancia & medida que sua largura aumenta (fig. 3.7), tanto nas proximi- dades da janela como no fundo do local, sendo a iluminagio interior mais uni- forme e menos eficiente. Seu controle térmico ¢ eficiente. Colocando “brises” externos nos cle- mentos zenitais, obtém-se controle ter- ‘moluminoso da superficie iluminante (fig. 3.8a) de alta eficiencia energética porque permite o uso da iluminagdo zenital sem ganhos térmicos significativos. Difusores prismaticos melhoram o desempenho lu- minoso do zenital (fig. 3.8b) mas nao 0 ‘térmico. O chanfrado da base zenital aumenta a eficiéncia luminosa e sua dis- tribuigdo de luz (fig. 3.5). Pintar com hs Figura 9.6 - Exemplo de combinagao de elementos de contro- Te da luz solar direta e da luminancia da abébada celeste a ‘SEM BEIRAL CONCRETD CLARO Faron DE REFLEXAO 35% EMELMOR ‘QUE ORAMA escuna 5% FENTORNO CLARO DE ‘ALTA. REFLETANCIK Figura 3.7 - Formas de controle da luminancia da janela lluminagao - 15 cores claras as superficies interiores proxi- ‘mass superficies iluminantes diminuird os contrastes e, consequentemente, possibilidades de ofuscamento e aumen- eficiéncia através de maior re- PROFUNOIOADE EFETVA 00 POEDIH) PARA BoRDAS INELINADAS 48% ‘SUPERFICIE. INCUNADA (PARA AGMENTAR A EPCENCIA) Figura 3.8 - Controle de luz solar direta ¢ da luminancia em domos Qualquer que seja o tipo de fator de sombra usado, deverd sempre ser feito 0 balango econdmico energético de seu uso sobre a iluminacao do local, para verificar adequamento da solugao adotada e pro- videnciar, quando necessdrio, a ilumi- nagao artificial complementar com os 3 - MANUTENCAO E EFICIENCIA ENERGETICA A poeira acumulada nas superficies iluminantes, no teto enas paredes do local reduz a transmitancia e refletincia des- sas superficies. A influencia dessa re- ugao no eéleulo da iluminancia depende das medidas do ambiente em questao e do -ma de iluminagfo natural: lateral ou zenital. janelas sao mais ficeis de limpar que zenitais. Zenitais depositam maior quantidade de poeira (sujeiras), 0 que diminue significativaamente seu rendi- mento luminoso sem melhorar 0 desem- penho térmico, No dimencionamento das superficies iluminantes usa-se ofator Km de corregao (Tabela III.2), sendo im- prescindivel estabelecer um plano de ‘manutengao das superficies iluminantes ¢ prever elementos construtivos (acessos a cobertura e areas de circulagao, por exemplo) para proceder a limpeza e re- posigao dos zenitais. Exemplo: A superficie iluminante da cobertura de um prédio industrial em Goidnia é de 5% e fornece uma manutengio da superficie ndo for feita nos dois primeiros anos, ela perder 60% TABELA IIL2 - Fator de correcio ao C.L.D. para perdas por sujeira na superficie lumi nte(Km) TIPODELOCAL E DE TRABALHO | ESTADO DE CONSERVAGAO ‘SUPERFICIE ILUMINANTE. VERTICAL INCLINADA HORIZONTAL limporimpo bom 09 oa o7 sujp'syjo 07 o8 0s. \imootimpo ‘regular oa 07 08 sujsuio 07 06 05 limpotimpo mau o7 06 05 sujosuio 08 05 04 ie NOTA: Os valores contidos na tabela Il? corespondem & localzacdo do eaticio em area ndo industrial. (Quando a localizagdo 6 em érea industrial os valores indicados na Tabela devem ser reduzidos em um ponto. 16 - tluminagéio de sua capacidade de transmissao da luz, reduzindo a ilumindneia para 294 lux, 0 que significa que deverao ser fornecidos aproximadamente 200 lux de iluminagao artificial para se obter a iluminancia pro- gramada, com o aumento consequente do consumo de energia elétrica. 4- ILUMINANCIA E CALOR 4.1 - Tuminagao Lateral. A carga termoluminosa recebida por uma janela é menor que a recebida por um zenital. En- tretanto, nao 6 desprezivel. ‘Uma janela orientada para o Leste re- cebe em Porto Alegre, nos equinécios, as 10h com eéu parcialmente nublado e'sol incidindo sobre ela, 34.000 lux e 340W/mt no seu plano. Sao valores importantes pois o sol estd presente desde que nasce ‘até o meio dia, Os valores da iluminancia ‘medidos em trés pontos do local estdo in- formados na tabela III.3 e na figura 3.9. Se colocarmos um fator de sombra de eficiéncia luminosa 0,5 (Tabela III.1) eficiéncia térmica 0,75 (calor barrado), como um quebra-sol horizontal de cor lara, por exemplo, obter-se-4 uma re- dugao de 50% na iluminagao e 75% no calor recebido. ara o uso racional da energia nos edi- ficios e, particularmente, paraa poupanga de energia usada em iluminagao, o uso de fatores de sombra nio implica necessari- amente em redugdes inadmissiveis de ilu- mindncia natural quando mantidos em condiges de uso (limpos e com sua refle- téncia conservada), Eles deixam entrar mais luz refletida que calor, naocontribu- indo significativamente para o aumento da carga térmica e diminuindo a: ‘consumo de energia elétrica com climati- zagdo artificial. ‘Note-se que se o fator de sombra pu- desse ser retirado da janela quando 0 céu est encoberto, os valores da iluminancia eresceriam em 50%, chegando a valores iguais ao do eéu parcialmente encobertoe a janela com fator de sombra. 4.2 - Huminagao Zenital. A carga termoluminosa(*) recebida pelas super- ficies horizontais ¢ maior do que nas ver- ticais. Dessa forma 0 uso dos elementos zenitais deve estar associado ao dimen- sionamento correto e & protegio contra radiacao solar direta, (7) Para dados de radiagto solar sobre superficie verticais © ‘horizontais;conultare Kvro “O SOL NOS EDIFICIOS", de EGongalves. TABELA IIIS - Influéncia do fator de sombra na carga termoluminosa recebida pela janela. (Porto Alegre) VALORES DE ILUMINANCIA. | CARGA TERMICARECEBIDA 'SITUAGAO —_| (LUX) (dstanciaemm Ajanela) | NO PLANO DA JANELA 05 @ 45) cbuparciaimerte | 2200 1.100 600 ‘s40Wime ‘encoberto.Janela semfatorde ‘sombra cbuparcialmente | 1.100 500900 swine ‘encoberto.Janela ‘com atorde sombea ‘céuencoberto. 550 280180 SOW ‘Janela com ator ‘desombra Figura 3.9 - Efeito do fator de sombra na iluminancia do local uminagdo - 17 Angulo Visual: Angulo subentendido por um objeto ou detalhe no ponto de observagao, geralmente medido em minutos de arco. ‘Aparéncia de Cor: ‘expressao geral para a impressao de cor recebida ‘observando uma fonte de luz. Brise: quebra-sol. Céu Claro: abobada celeste coberta com uvens em menos de 1/3 de sua superficie total Céu Parcialmente Nublado: abébada celeste coberta de nuvens em 1/3 a 2/3 de sua superficie total. (Céu Nublado: abbada celeste coberta em mais de 27 de sus supericie total. (Céu Encoberto: abébada colaste totalmente coberta por nuvens, na qual o sol nao ¢ visivel. Penetragao da Luz Diurna: distancia perpendicular a janela até ‘onde penetra a luz da abébada celeste. 18 - tuminagao Exempl Um edificio de escritérios de uma indiistria situada em Sao Paulo temo cor- redor central de 20m de comprimento,2m de largura e 7m de altura (pé direito du- plo) e ¢ coberto por um zenital eurvo to- talmente envidragado (fig. 3.10). A ilu- mindncia produzida pelo zenital em um dia parcialmente nublado, é de aproxi- madamente 3.700 luxe acarga térmica de ‘104W/m?, o que no total do corredor signi- fica 41,6W (nos equinécios, 10h ¢ 14h), equivalente a uma carga de refrigeragao umd sare: eusTosics 990) ecg — OO g |b | 14880 COBERTURA ZENITAL TOTAL SOBRE 0 CORREDOR Figura 3.10 - Estudo de caso de uma solugio zenital sua consequéncia energética de 11,9 TR (toneladas de refrigeragao). A iluminagao € excessiva e o consumo de energia para retirar o calor seré da ordem de 14 a 20kWh. Secalcularmosasuperficieiluminante zenital necesséria para se obter 200 lux (iuminancia adequada para circulagdo), acarga térmica transmitida pelasuperficie iluminante seré de 2,2kW, requerendo-se ‘uma poténcia de refrigeracao de 0,64 TR, ouseja, 95% de redugao na poténcia insta- lada para refrigeragdo, enquanto o con- sumo de energia fica reduzido a aproxi- madamente 1kWh. significado econémico-energético do dimensionamento das superficies ilumi- nantes zenitais completa-se quando se faz a comparagdo de custo entre a su- perficie iluminante e a opaca. O custo da superficie iluminante € até 7 vezes o da superficie opaca, indicando assim que, colocandosomenteasuperficieiluminante necesséria de 5,5% do total do corredor, 0 custo de construcdo se reduz em até 81%. 5 - FONTES DE LUZ NATURAL Embora o s0l seja a fonte priméria de iluminagaonatural nao éconsideradocomo tal no projeto e edleulo, pela sua grande intensidade (em termos termo-lumino- 308) ¢ dinamismo (muda de posigdo per- manentemente duranteo diae através do ano). Aabébada celeste (embora iluminante secundaria, por refletir a luz solar) 6 a fonte de luz considerada para océlculo da iluminagao natural. Sao trés os tipos de abébadas padronizadas: o céu claro, onde ‘a nuyem é ocasional; 0 eéu parcialmente encoberto (1/3 ou 2/3 do total) e 0 céu encoberto (onde 0 sol nao é visivel), (fig. 31D), (Os valores da ilumindncia proveniente dosol eda abobada celeste estado dados na (figura 3.12), ‘0 entorno, natural e construfdo, com- porta-se como fonte secundaria de luz a0 refletir a luz.diurna recebida, em fungao desua cor, tamanhoe distncia ao edificio ‘em estudo. Nos climas tropicais ensolara- dos chega a representar 30% da ilumi- ago recebida por um edificioem cidades densamente ocupadas, -RECOMENDACOES Huminagao Lateral a) dimensione as superficies ilumi- nantes com critério termoluminoso, le- vando em conta ndo sé a quantidade de Iuz que chega na janela, mas também 0 tipo: luz solar direta, luz refletida pela absbada celeste e pelo entorno. Controle a radiagao solar direta ea luminéncia no plano da janela para evitar desconforto térmico e visual. cE CLARO ( LUZ INTENSA META 00, SOL. pirusa DA ABOBADA) ABSOADA CELESTE CLARA (uz pirusa) LLOMINANCIA No ccd PARCALMENTE ENCOBERTO Camacho consTaNre, cee ce) ENCOBERTO ( LUZ DIFUSA) eg ENCOBERTO (1LUMNANCIA NA SUPERFIGE HORTZONTAL) ce CLARO SEM SOL OMRETO CiLUMINNCIA NA SUPERFTCHE RIZONTAL| 20 ENCOBERTO ( LUMINaRCIA cy fe VERTICAL) Figura 3.12 - Mumindncia da luz do dia em diferentes condigses de abébada celeste e direta do sol luminagao - 19 A figura 3.13 ilustra uma possibili- dade de tratamento termoluminoso de uma janela orientada para onorte, através de brises horizontais colocados na parte superior da abertura que controlam a entrada do sol direto no verdo e permitem @ entrada no inverno, diminuindo em ‘média a energia usada em climatizacéo artificial em 30%. A luz solar direta no inverno é transformada em luz difusa por meiode uma cortina levee clara colocada na parte interior da superficieiluminante. Osbrisestambém controlama lumindneia Figura 3.13 - Fator de sombra que transforma luz solar direta em luz refletida Figura 3.14 - Exemplo de protegao termolumin« Scan janch sdatoms poset ea 20 - luminagoo. da absbada celeste vista pela janela, oque permite ter uma ilumindncia menor na iluminagao artificial suplementar, eco- nomizando cerca de 40% da energia elé- trica. Note-se que o projeto (figura 3.14) de iluminagdo artificial preve 0 uso de lu- ‘mindrias refrigeradas por ar e de ilumi- nacéo local sobre o plano de trabalho. Eo tipo de projeto poupador de enegia elé- trica através de critérios que cuidam também de aspectos qualitativos. b) Lembre-se que 0 aumento do ta- manho das janelas tem limites de eft- ciéncia luminosa endo térmica. Use somente as superficies iluminantes ne- cessdrias devidamente protegidas da radiagao solar direta. ©) Quanto mais claras.as superficies do entorno e do interior do local, maior serd o rendimento da iluminacdo, Mantenha- asem condicdes adequadas de uso através de limpezae pintura. d) Localize as tarefas visuais de maior exigéncia nas Greasondeailumindncia natural seja maior (por exemplo no pertmetro do edificio); use iluminagao artificial suplementar permanente para as dreas afastadas das janelas. A combi- nagao dessas estratégias pode chegar a poupar 50% da energia elétriea usada para iluminacdo. &) Use, sempre que posstvel, comandos manuais ou automdticos para controlar as ilumindncias natural ¢ artificial dos sistemas deiluminacao integrada. Omaior custo inicial dos interruptores automdti- cos serd amortizado a curto prazo e 0 consumo de energia sera muito reduzido durante toda a vida util da instalagéo, Muminagao Zenital a) dimensione as superficies zenitais para oferecerem lumindncia discreta para «a iluminagéo geral, da ordem dos 200 lux 4.300 lux, pois iluminéncias maiores pre- cisardo de superficies iluminantes gran- des, 0 que significa maior carga térmica e ‘maior consumo de energia. Como a ener- gia necessdria para refrigerar émaior que a necessdria para iluminar, cargas térmi- cas que requerem valores grandes de re- podemanular a poupancaener- Bética obtida com o uso da iluminagao zenital eaté aumentar o consumo de ener- giadoedificio. Complementeailuminancia geral natural com iluminagéo artificial, de preferéncia localizada, até atingir os niveis recomendados. Para periodos de um turno de trabalho, 0 uso de ilumi- nagdo zenital significa 50% de poupanca de energia nas regides Norte, Nordeste e Sudeste durante o pertodo seco e no verdo da regio Sul e 30% no periodo de chuvas dessas regioes e no inverno da regido Sul. Quando se trabatha trés turnos por dia, essa poupanca cai para 15%e 10% respee- tivamente. 8) use elementos de alta eficiéneia luminosa protegidos da radiagao solar direta e evite 0 uso de difusores colocados 1no interior do zenital pois ndo controlam calor que entra no local. ©) a altura da montagem influencia a uniformidade da iluminagao zenital (fig. 3.15). Quando é menor que a recomen: dada produz desuniformidade e fortes contrastes que podem provocar ofus- camento, além de aproximar 0 usuario da cobertura, quente quando incorretamente isolada. Jé para a iluminacao artificial suplementar ow substitutiva (noturna) a situagdo € oposta, sendo conveniente ener- geticamente ter as menores alturas re- ‘comendadas, privilegiando a iluminagao localizada, d)zenitais unilaterais orientados para o sul na regido Sul, fornecem luz difusa e uniforme (luz da abobada celeste); osorien- tados para 0 Norte recebem radiagdo so- lar direia e fornecem luz solar intensa, direta e varidvel durante o dia, facil mente controldvel através de elementos exteriores de protecdo. Quando orienta- dos para Leste-Oeste os fatores de sombra sdoimprescindtveis para controlar acarga térmica e transformar a luz direta do sol em luz difusa, Os zenitais bilaterais tém maior rendi- mento e combinam luz difusa com luz direta, que deve ser controlada, como no caso anterior. Zenitais que fornecem luz refletida (fig. 3.16) sao usados geralmente para se obter ilumindncias discretas ¢ reduzir a carga térmica. Precisam de manutengao per- manente nas superficies refletoras para ‘conservara ilumindncia programada. Sua eficiéncia luminosa é baixa, menor quedo zenital unilateral. Quandose deseja manter ‘ocardter do local durante a noite é preciso usar iluminagao artificial indireta, também de baixo rendimento. Figura 3.15 - Influéncia da altura de montagem na uniformidade da iluminagao zenital LOT om aacbaoa ceLesTe Fm gee wu (20R00 REFLETOR supenricie a oe ata Renter Figura 3.16 - Zenital que fornece luz refletida E conveniente realizar 0 balanco ener- -gético-econdmicodasalternativasconside- radas para tomar decisdes de projeto. e) use cores claras nas superficies in- teriores do local e dos elementos zenitais para aumentar 0 fator de utilizagao dos ‘mesmos.e diminuir 0 consumo de ener- gia. Manteha limpas as superficies re- fletoras, especialmente o forro, para evi- tar contrastes fortes entre a superficie ilu- ‘minante ¢ 0 fundo (forro). luminagdo - 21 slampadas elétricas atu- aissdoagrupadasem dois tipos principais: inean- descentes e de descarga. Em ambos os grupos a pesquisa e desenvolvi- ‘mento continuos levaram a um aumento daeficiéncia de todos os tiposde lampada: (fig. 4.1). As caracteristieas ¢ aplicagies das fontes de luz artificial sao informadas pelos fabricantes em seus catalogos. Neste ‘manual serdo comentados os aspectos que afetam seu desempenho e consequente ‘eonsumo de energia, além de recomen- dagbes que permitem racionalizar 0 uso da energia elétrica. Devemos sempre que possivel utilizar as lampadas de maior eficiéneia lumi- 200| CJ ¥ sd010 100} wmera | Ec) FLUORESCENTES MERCIRIO 22 - luminagao Fontes de Luz Artificial nos, para que 0 nosso projeto ou a insta- lagdo existente seja mais eficiente e con- serve energia. Outro ponto que merece atengao espe- cial é a variagao de voltagem da rede que pode afetar o consumo de energia de duas maneiras: ~ se a variagdo for acima da nominal, 0 consumo de energia sera maior com a emissdo de mais luz, encurtando a vida das lampadas e, consequentemente, au- ‘mentando nosso estoque de reposieo e 08 custos de manutengio. ~ se a variagdo for menor que a nomi- nal, a poténcia desenvolvida sera menor, perdendo luz e gerando a necessidade de aumentar o numero de pontos instalados para recuperar esta perda o que aumen- tara 0 consumo de energia elétri 1 - LAMPADAS INCANDESCENTES: A lampada incandescente produz luz peloaquecimentoelétrico de um filamento ‘a uma temperatura capaz de produzir uma radiagao na parte visivel do espectro. a) Efeito da Tensio de Rede. Tanto ‘a vida de uma lampada como seu fluxo Iuminoso sao determinados pela tempera- tura do filamento. Quanto maior a tem- peraturadeste filamentomaior aeficiéncia da lampada (lumens por Watt) e menor sua vida. Qualquer variagéo na tensdo aplicada numa lampada incandescente causa uma modificagdo nas suas carac- teristicas de funcionamento, como mostra atabela [V.1 ‘TABELA IV-1 - Efeito da tensao de réde TENSAO DALAMPADA ‘maior que atenso da concessionéria, ‘CONSEQUENCIAS reduc da poténcia da lampada, ‘edugao da iumingao @ aumento da duragao dalampada, ‘gual atensdo da concessionéria, ‘alampaca teré suas caracteristicas ‘0m 100% de seus valores previstos ‘enor que a tensdo da concesionavia ‘aumento a potdncia da limpada, ‘aumento lumnagdo ereduglo da vidadaldmpada Ree ao: Utilize sempre lampadas de tensdo ‘compativel com a tensaoda rede da conces- siondria. b) Localizacao das Lampad: ‘Lampadas incandescentes comuns butidas no teto ou em luminérias tipo “spot” semrrefletorconstituemuma péssima solugdo, pois a eficiéncia do conjunto ¢ reduzida, além de provocar um aqueci- mento excessivo que pode causar a falha prematura do conjunto. Recomendacao: Nas situagdes onde a lampada fica embutida no teto ou em lumindrias tipo “spot” sem refletor, devem ser usadas lémpadas refletoras. Se a lumindria for de corpo profundo use lampadas refle- toras elipticas. ©) Eficiéneia, As limpadas incan- descentes sao as fontes de luz menos eficientes produzidas atualmente. Atabela IV.2 mostra a economia energética obtida nousodelmpadas fluorescentes, demaior eficiéneia, para obter um iluminamento ou iluminancia equivalente. A industria tem feito um continuo esforgo na melhoria da eficiéncia das lampadas incandescentes, lancando no- vas lampadas economizadoras de ener- gia, emque pela simples roca delampada ‘o-usudrio pode economizar 10% de ener- gia, sem prejuizo da vida ou reducdo sensfvel do nivel de iluminagao, Recomendagao: Sempre que possivel, substitua lampadas incandescentes ‘comuns por outras de maior eficiéncia. Aproveite o pertodo de manutencdo para fazer essa substituigao. 1.1 - Lampadas Refletoras. Sao fon- tesdeluzcompactas.eficientese versdteis que, possuindo seu proprio refletor in- ‘terno, proporcionam luzdirigida. O segredo destas lémpadas esté em seu refletor interno, ou seja, uma fina camada de aluminioespelhadodealtissima refletancia que ¢ aplicada na parte interna do bulbo pelo processo de vicuo-metalizagto. Exata mente por estar no interior do bulbo, num ‘espaco hermeticamente fechado, o refle- tor destas lampadas no necessita de Timpeza e nao sofrerd deterioracao, o que garante Aslimpadas refletoras alto rendi- ‘mento luminoso ao longo de sua vida ‘TABELA IV.2 - Economia de energia por uso de lémpadas mais eficientes POTENCIA INSTALADA AREA (Win) ATIIDADES. limpada témpada ineandescenigcomum | fvorescente luz doa ‘arquvos depésios, a o ereviagao series % 5 ‘saias de dosenho 180 » Exemplo: Dimmer: dispositive que possibilta variar 0 fluxo INCANDESCENTE COMUM X | juminoso das lmpadas REFLETORA CONVENCIONAL | numa insialagao a fim de ‘Uma mesa de leitura iluminada por uma lampada incandeseente comum de 100W, distante cerca de 1,5m da mesma, possui uma iluminaneia de aproximada- ‘mente 120 lux no seu tampo. Se substituirmos esta lampada poruma refletora convencional de 60W, teremosa mesma ilumindncia na mesa de leitura com uma redugio de 40% da poténcia instalada (Fig. 4.2). ‘Além das refletoras convencionais, geralmente como perfil parabélico, existe ‘a lampada refletora eliptica que, gracas ‘a0 seu bulbo de perfil eliptico faz 0 facho de luz convergir para um ponto 5 cm & frente da lmpada, para entdo se espa- Ihar pelo ambiente. Estacaracteristica éespecialmenteim- portante quando se usa a impada refle- tora embutida em luminéria de corpo pro- fando, j4 que as refletoras convencionais, que possuem o facho divergente, chegam a perder 60% da luz na parte interna das lumindrias, sobretudo naquelas dotadas de aletas anti-ofuscantes. Exemplo: REFLETORA CONVENCIONAL X REFLETORA ICA ‘Um pequeno hall de um hotel, com 10 lumindrias de corpo profundo com lampadas refletoras convencionais de 160W a uma altura de 3 metros, possui uma iluminancia no piso, no centro do facho, de cerea de 100 lux. Se’ substituirmos estas lampad: ajustar o nivel de iluminancia Eficiéncia Luminosa (de uma fonte): quociente do fluxo luminoso emitido poténcia consumida (umen/watt) Fluxo Luminoso: ‘quantidade derivada do fluxo radiante emitida pela radiagao, de acordo com a sua aco sobre um receptor seletivo cuja sensibilidade espectral é definida pelas eficiéncias espectrais padrao. Unidade: lumen, Im. uminagdo - 23 ‘%e DE FXO LUMINOSO (BUTIOA PELA LAMPAOA DIRETAMENTE™ SOBRE. PLANO DE TRABALHO, INCANOESCENTE ESTANAR_BAIKO (LUZ EMITion PARA. 05 LADOS EA PARTE SUPERIOR DA LUMNARIA) Prono 0 wuz oivencenre, enesa a 24 - luminagéo. PERDER GRANDE PARTE DA LUZ NA PARTE INTERNA. OA LUMINARIA OE (CORPO. PROFUNDO, | LAMPAOK REFLETORA ELETRICA, FOO LocaLizabo A” FRENTE DA CAMPAOA SENG MINIMA A. PERDA DE Ma panre INTERIOR. BA LU ae we ALTO "Figura 4.2 - Incandescentes comum x refletora convencional x refletora eliptica refletoras elipticas de 75W, teremos uma iluminéncia no piso, no centro do facho, de cerca de 140 lux, ‘Assim, com o uso de uma lampada mais adequada, reduzimos a poténcia instalada de 1.500W para cerca de 750W (50%)etem-seum aumento na iluminancia média do ambiente. Recomendagées: Para maior rendimento com menor consumo use lmpadas refletoras quando for necessrio ter iluminagéo dirigida so- bre o plano de trabalho. Uselémpadas refletoraselipticas quan- do a lumindria for de corpo profundo. 1.2 - Incandescent clara e incan- descente leitosa. Nao use limpadas incandescentes de bulbo fosco ou leitoso dentro de globos transliicidos, pois estes absorvem de 30% a 40% do fluxo lumi- oso, ‘Nessecaso, preferivelutilizarlampadas claras, ou seja, com bulbo transparente. As lmpadas de bulbo fosco ou leitoso foram criadas para minimizar 0 efeito ofuscante e apresentar uma luz suave € difusa, mas absorvem também uma parte da luz emitida pelo filamento (3% a 10%). Como o globo ja faz esse trabalho, basta usar lampadas de bulbo claro. 1.3 -Incandescen! légenas- Contém elementos halégenos (iodo, fiior, bromo) em sua atmosfera interna que a0 serem aquecidos iniciam o ciclo regenera- tivo do halogeno. Este ciclo é compost, basicamente, das seguintes etapas: - 0 filamento, que opera em alta tem- peratura, vai evaporando e depositando particulas de tungsténio na parede in- terna da ampola - a ampola se aquece e o elemento halogeno se evapora, combinando quimi- ‘camente com as particulas de tungsténio ‘evaporado, fazendo entéo a limpeza da ampola. -devidoascorrentes de conveegéiodentro daampola, acombinacaohalégeno+tungs- ‘ténio toca no filamento que est em alta temperatura e 6 decomposta. O tungs- ténio retorna para o filamento e o ele- mento halégeno € liberado para repetir 0 cielo. Gragas a este ciclo, as lampadas haldgenas possuem: = maior eficiéncia luminosa do que as lampadas incandescentes comuns para uma mesma poténcia ¢ vida - maior temperatura de cor, propor- cionando luz “mais branca” e uma melhor reproducao de cores = menor depreciagéo do flux lumi- noso, j4 que 0 ciclo regenerativo evita 0 enegrecimento do bulbo que ocorre nas lampadas comuns. 1.4 - Lampadas Incandescentes Haldgenas com Refletor Dierdico.Sao uma combinagao dos beneficios das lampadas incandescentes halégenas com as vantagens de um refletor multiface- tado recoberto com uma pelicula dierdica. Esta pelicula, formada por um filtro quimico (dicr6ieo), permite a reflexao da luz vistvel a transmissio para a parte de tras da Jampada de cerca de 60% da radiagto infravermelha (calor). Com isto, o facho de luz refletido é mais “frio” do que o ‘obtido com as refletoras comuns. Além disto,sdolampadas compactas, com longa vida e fachos precisamente orientados, ‘que permitem sensfvel economia no custo dailuminacéoecomexcelente reproducio de cores. Por serem lampadas de 12V, possuem filamentos mais robustos, sendo necessdrio o uso de transformadores para ‘uso na rede elétrie 2- LAMPADAS DE DESCARGA A luz. em uma lmpada de desearga 6 produzida pela passagem da corrente elé- trica em um g4s ou vapor ionizado. 2.1 - Fluorescentes. A |Ampada fluo- Tescente é uma lmpada de descarga de baixa pressio onde a luz 6 predominante- mente produzida por pé fluorescente ati- vado pela radiagZoultravioletaproveniente da descarga elétrica. Oseubulbo tubular contém umeletrodo_ em cada extremidade e vapor de mercurio pressao com uma pequen do.um gés inerte para faci tara partida. O pé fluorescente que existe na superficie interna do bulbo determina a qualidade e ¢ quantidade da luz emi- a. Vida da lampada: Comparada com as lampadas incandescentes, as lampadas para dar partida e sustentagio ao arco. Manutengao do fluxo luminoso: Durante 0 perfodo inicial de uso (100 horas) a depreciagao do fluxo luminoso emitido pela lampada pode ser de até 10%, sendo menor durante o resto da vida til. ‘As duas eausas desta depreciacdo so ‘a deterioragéio gradual do revestimento de fésforo e 0 escurecimento da superficie interna do bulbo devido a0 desprendi- ‘mento de material emissivo dos filamen- tos. A manutengao do fluxo Tuminoso nao € muito afetada pelo miimero de horas de funcionamento por partida, Efeito dos pertodos de funcionamento na vida da lémpada: Ciclos de funcio- namento mais curtos (partidas mais fre- sntes) encurtam a vida das 1Ampadas luorescentes eos ciclosde funcionamento ‘mais longos (partidas menos frequentes) aumentam a vida. Efeito da temperatura: A produgso de luz da lampada fluorescente varia con- sideravelmente com a temperatura da parede do bulbo. Como as mudaneas na temperatura do ambiente sfo acompa- nhadas por mudancas similares na tem- peratura da parede do bulbo, a produgiio tura ambiente, Instalagdes com equi- pamentos que removem o calor gerado no interior da lumindria melhoram a emis- so de luz. Entretanto, as lampadas em luminrias expostas ao frio excessive podem ter seu fluxo luminoso reduzido. A temperatura na qual ocorre 0 pico de rendimento de emissao de luz depende da lampada, do projeto da luminéria e da velocidade do vento, Efeito da umidade: Para garantir a partida sob condigdes de grande umidade, ‘as lémpadas de partida répidae as do tipo universal sao revestidas exteriormente com silicone, Quando o bulbo esta seco, hi ‘uma carga eletrostética no exterior da lampada fluoreseente que reduz a tensio necesséria para a partida. ‘Em condigdes de alta umidade pode-se produzir uma pelicula timida sobre obulbo, que tornaré necessdria para a partida, ‘uma tenséo muito mais alta. A cobertura de silicone transforma essa pelicula em gotas, garantindo a partida mesmo que a umidade seja grande, Efeito da tenséo de alimentagao: Embora a lampada fluorescente nao seja tdosensfvel asalteragSesde tensdoquanto a lampada incandescente, a tenséo na lumindria deve ser mantida dentro dos valores nominais especificados no rétulo do reator. ‘Uma tensdo muito alta ou muito baixa pode encurtar a vida e reduzir a efi- ciéncia, Uma regra pratica é que 1% de variagao na tensdo de alimentagao altera ‘a emissdo de lumens em cerca de 1%. Funcionamento em corrente continua: Lampadas fluorescentes podem funcionar em corrente continua desde que se use reatores eletronicos. Também podem funcionar com uma resisténcia elétrica porém, quando comparado com o funcio- namento em corrente alternada a efi- Intensidade Luminosa (Iv,):de uma fonte numa dada diregao, 60 quociente do fiuxo luminoso saindo da fonte Jado num elemento de angulo sélido, contendo a diragao dada e ‘elemento de angulo ‘s6lido. Unigade: candela, cd. Lampada: fonte fabricada a fim de produzir luz. Mortalidade de Lampadas: némero de horas de funcionamento antes que uma certa percentagem das lampadas deixem de funcionar, uminagdo - 25 26 - luminagoo cigneia é reduzida, porque a resisténcia consome quase tanta energia quanto lampada. A vida itil também sera menor. Utilizagao de “dimmers”: Alguns sis- temas de redugao de luz (dimmer) ofe- recemumcontrole, sem oscilagdoou pisca- pisca, que vai do fluxo total até 25% do fluxo total. A vida vtil da lampada nor- malmentenaoéafetada, desde que fator de crista da corrente da lmpada nao seja aumentado, ou a tensao do filamento nao seja diminuida, ‘Substituigdo de lampadas em grupo: Em um sistema de iluminagao, lampadas fluorescentes podem ser substituidas in- dividualmente & medida que se extin- guemoude umas6vez.em grupo, obtendo- seconsiderdvel economia. Lampadasfluo- rescentes comecam a apresentar falhas mais rapidamente apés alcangarem 70% da média de vida. Além disso, a emissao de luz diminui & medida em que as horas totais de funcionamento da lampada aumentam. Na maioria dos casos, a me- Thor hora para a substituigao em grupo das lampadas é entre 65% e 75% da vida médiaem servigo. Entretanto, o esquema de substituigao mais econdmico deve ser determinado examinando-se a lampada e 08 custos de mao-de-obra para cada caso especifico. 2.2 - Lampada fluorescente ‘compacta. A lampada fluorescente com- pacta 6 uma lémpada de pequenas di- ‘mensdes, com uma base especial onde se ‘encontram o starter e o capacitor. Neces- sita para o seu funcionamento de. re tores ¢ soquetes adequados. Pode ser usada para substituir lampadas incan- descentes, utilizando-se um adaptador, {que 6 0 préprio reator, e possui a mesma ase (rosea) das lampadas incandescen- tes. Fornece 0 mesmo fluxo luminoso uma boa reprodugéo de cores, porém consome 85% menos energia que uma lémpada incandescente e tem uma vida Litil de 8000 horas (8 vezes mais que uma 1ampadaineandescente), sendo adequada para um grande mimero de aplicagies. 2.3 - Vapor de meretirio de alta pressiio. A limpada de vapor de mereiirio de alta pressdo contém no seu bulbo inte- rior eletrodos (principal e auxiliar) que no ‘momento de ligagao produzem uma lu- ‘minescéneia, provocandoassima formagio de ions e eletrons suficientes para iniciar a descarga. A luminescéncia € limitada por um resistor, o bulbo externo contém um gas que mantém a temperatura da lampada constante. Estas lampadas so utilizadas nor- malmente para a il de grandes reas, tém uma aparénciabrancaazulada, com uma emissdo na regido visivel em comprimentos de onda amarelo, verde © aa Eficiéncia: Uma das vantagens ener- xéticas deste tipodelampadaé sua grande emissao de luz. A eficiéncia inicial (a 100 horas de trabalho) varia entre 30 ¢ 60 Iumens por watt, conforme seja a wat- tagem e cor da limpada. Esse valor nao inclui as perdas do reator, que devem ser somadas aos watts da lémpada para se obter comparagies com outras fontes de luz. Vida da lampada: A longa vida é uma das caracteristicas adicionais, contudo a vida real em servigo depende das con- digdes de operagao e é maior se ficar acesa constantemente. A vida da lampada é também afetada por outras condigdes de funcionamento, tais como temperatura ambiente extremamente alta, variagdes devoltagem na linha equalidadedoreator. Faca um balango econdmico-energético comparandoareducdoda vidadalampada ‘eseu preco com o custo daenergiaelétriea ‘que deixaré de ser consumida durante os perfodos nos quais a lampada ficaré ace- sa. Baseado noresultado obtido tome de- cisdo de manter a lampada constante- mente acesa ou de desligé-la perid- dicamente. Lembre-se que 0 prego da energia elétriea 6 (e continuaré a ser) cerescente. 2.4 - Lampada mista. Apesar de ser lampada de descarga, nao usa reator, podendo ser ligada diretamente a rede. Isto significa que instalagdes de ilumi- nagdo jé existentes com lampadas inean- descentes, poderdo ser modernizadas utilizando lampadas de luz mista, que tem praticamente duas vezes a eficiéncia quase cinco vezes a vida daquelas, sem custo extra de reatores, fiagdo ou lu- mindrias. Entretanto, 6 preciso ter pre- sente que as lampadas de luz mista s40 ‘muito menos eficientes que as de vapor de ‘mercitrio ( menos da metade da eficiéncia (tabela II1.3)¢ que as de vapor de s6dio de alta presséo tem menos da quarta parte da eficiéncia. Para decidir sobre 0 uso de lampadas de luz mista, faga 0 célculo economico-energético paradeterminarsua eficiéncia e compare-o com odaslémpadas de vapor de meretirio, por exemplo. 2.5 - Vapor metélico. Sao lampadas cuja a construgao e similar a lampada de_ merctrio, contendo aditivos metalicos no tubo de arco para melhorar a eficdcia e a reprodugao de cor. Sao as mais eficientes fontes de "luz branca” existente atual mente. 2.6-Vapor desédiodealta pressio. ‘A caracteristica mais importante deste tipo de lampada é a sua grande eficiéncia luminosa, maior do que qualquer outro tipode fonte luminosa policromatica para ‘uso generalizado. Sua aparéncia ¢ de cor branco-amarelada, agradavel, apresen- tando uma grande vida média, sendo sua vida util maior quando se usa ascendi- mento continuo Faga 0 balango economico-enegético para tomar decisdes sobre perfodos de operagdo, como com as outras kimpadas de alta intensidade de descarga. Um ex- cessivo aumento de voltagem causa re- dugdo da vida da lampada. 2.7 - Vapor de sédio de baixa pressiio. Séo lampadas muito eficientes, produzindo até 200 Im/W e tornando 0 projeto muito mais econdmico. Esta lampada temo inconveniente deter curva de distribuigdo espectral monocromética na cor amarela, distoreendo totalmente ‘as outras cores. Por esta razo, este tipo de limpada encontra sua aplicagao onde ‘areprodugio de cor e menos importante e ‘onde o reconhecimento por contraste ¢ predominante, Exemplo: Umdepésitodemateriais deconstrugio de 200 m? requer uma iluminancia de 200 lux (geral) fornecida por lampadas incan- descentes de bulbo claro de 100 W e 1470 lumens, 0 que significa uma poténcia instalada de 25,5Wim’. se trocarmos as ldmpadas incandescentes por lampadas de luz mista, a poténcia instalada seré de 22.4W/m® 0 que significa aproximada- mente 20% de reducdo. Mas se a substi- ‘tuigao for por lampadas de vapor de merctrio de 125W e 6.000 lumens, a poténcia instalada sera somente de 10,85W/ m® (levando em consideracdo a perda de vida ao reator). Se usarmos limpadas de vapor de sédio de alta pressdo de 70W ¢ 6,000 lumens, a poténcia instalada cairé para 5,8W/m? (80% de redugao em relagaio 4s lmpadas incandescentes). Recomendagao: . Estude a substituigao das lampadas por outras de menor potencia, mais efi- cientes, de maior durabilidade e que pro- duzam a mesma quantidade luminosa. Use a tabela resumida IIL3 para realizar @ escolha ou consulte os catdlogos dos fa- bricantes, Antes de tomar uma decisao de substituigdo de lampadas é conveniente consultd-los para verificar qual 0 tipo que melhor se adpata ao local em questao, qual apresenta menor consumo de ener- gia elétrica e qual oferece @ melhor re- lacao custo beneficio. Onde for possivel, use uma tnica lampada de maior poténcia ao invés de vérias lampadas de menor potencia. Geralmente, para lampadasdeum mesmo tipo, as de maior poténcia sto mais efi- cientes que as de poténcia menor. lluminagdo - 27 eet: Lumindrias or definigao, lumindria ¢ todo o aparelho capaz de distribuir, filtrar e con- trolar a luz gerada por uma ou mais lampadas, que contenha todos os equipamentoseacessériosnecessérios para fixar, protegerealimentarestaslampadas. ‘Nocasodeluminérias paraedificagées, ‘embora aquasetotalidadeutilize limpadas fluorescentes como fontes de luz, a diver- sidade de tipos é extensa e variada, va- riedade esta provocada nao 6 pelomtimero e poténcia das lampadas utilizadas e pe- los modos deinstalagioemontagem, mas principalmente pela forma de controle da luz, Devido a esta diversidade, a classifi- cagdo das luminérias 6 bastante pro- blemética, pelo que, apenas para fins diddticos apresentaremos neste manual a classificcéo feita pela CIE (Comission Internacionale de L'Eclairage) baseada na percentagem do fluxo luminoso total dirigido para cima ou para baixo de um plano horizontal de referéncia conforme ‘mostra a tabela V.1¢ a figura 6.1. TABELA V.1 - Classificagao da CIE de lumindrias para iluminagao geral, de acordo com 0 fluxo luminoso CLASEITCAGAODA | FLINOLUMINOEO EM RELGAO AO HORZONTAL PARA CIMA PARABAIXO iota 10 ‘90-100 semireta 1040 m0 oeraltusa 4080 4040 drotaindrota 4080 4080 semi-inlteta 8090 1040 indieta 90-100 10 28 - luminagao OAIUMINARIAS Q rendimento de uma lumindria € de- finido como a razao entre o fluxo luminoso fornecido pela lumindria (direto e indi- eto) e 0 fluxo luminoso total emitido pelas lémpadas contidas na mesma. Pela definicao pura e simples apresen- tada acima, é fécil concluir que a com- paracdo entre duas lumindrias baseada fpenas no sen rendimanta, nia permite concluir que uma (de maior rendimento nominal) possibilite maior economia de energia que a outra (de menor rendi- mento), pos como fl dfinido, 0 rendi- para baixo. Ora, eis acl ido para cima, participa da iluminagao apenas indiretamente, via reflexo do teto ©, de- pendendo do grau de reflexdo deste teto, © resultado pode ser bastante insati: fatério. Para poder comparar duas ou mais lu- mindrias, 6 necessério conhecer outras caracterfsticas, ou seja, curva de dis- tribuigao luminosa e fator de utilizagdo, Curva de Distribuigdo Luminosa: Apre- senta as diregdes e as respectivas inten- sidades luminosas proporcionadas pela luminéria. Normalmente 6 apresentada em coordenadas polares conforme exem- plo da figura 5.2 Fator de utilizagio: E baseado em trés fatores: a) indice do ambiente (K) que caracte- riza as dimensdes fisicas do ambiente a ser iluminado, -axh = @sbhh onde: a= 6 largura (em m) do ambiente b= comprimento (em m) do ambiente h = altura stil da lumindria (altura util = disténcia da lumi- néria ao plano de trabalho) Controlador de Luz: — Sane parte da luminaria projetada para controlar a distribuigao espacial do fluxo luminoso das lampadas. Curva de Distribuicao de Intensidade Luminosa: curva, geralmente polar, Que representa a intensidade luminosa num plano através da fonte, ‘como fung&o do angulo 10-40% > medido a partir de uma a, oom LL dada direcéo. \ 7 "O-40% ae 7 | Nee DIRETO INDIRETO F- o1neTo Ditusor: dispositive para, alterar a distribuigao ‘espacial de um fluxo radiante ou luminoso, dependendo ‘especialmente do fenémeno de ditusao. Fator de Depreciacao: a reciproca do fator de manutengao. Fator de Manutengao: tazao da lluminacao | | média no plano de trabalho, apés um periodo especiticado de uso de | | uma instalacao de iluminagao, pela jiuminancia média obtida sob as mesmas condicbes Para uma instalagao nova, Aruicacto: soucacio asucio: Fator de Utilza¢ao: ithanen enccsoonee ran Sema MIG Maer eane SEAS, cy we. wwe BE | 30 do fuxo uilizado SEX; SALAS COM TERWINA'S D ioED) emitido pelas ampadas. Fluxo Direto: | | de uma instalagao, @ 0 REFLENOS AD Gncm | pelo fluxo luminoso {luxo luminoso atingindo 0 1 | plano de referéncia, m diretamente das CS lumindrias da instalacao. aw spscagho ANBENTES com WEL ALTO DE AMBIENTE COM Nive. NEDIO/ BAKO LUMINANCE NECESSOADE DE Oe LUMINANGI EP DRETO EVITAR OFUSCAMENTO. Bios: Figura 5.2 - Exemplo de curvas de distribuigaio luminosa uminagdo - 29 Os fatores de utilizagao normalmente so apresentados em forma de tabelas (TAB. V.2),relacionandoos diversos indices do recinto (variando de 0,6 a 5,00. Fora desses limites a variacdo do fator de utili- ‘zacao é insignificante) com os fatores de reflexo do teto, paredes e piso. "TABELA V.2 - Exemplo de tabela de fator de utilizagao Fator de rellexdo do too (80%) — Fatorderllexdo das parades (50%) | Fator de retiextio do piso (30%) 853. 851 63 61752-55351 SSI BI1 000 Z| 080 | 036 034 028 027 033 030 029 026 023 019 0:19 080 | 045 042 096 034 O41 037 095 031 030 025 918 100 | 082 048 049 041 047 043 041 036 095 030 O22 125 |060 055 050 047 O84 049 046 042 O41 035 026 150 | 065 060 086 052 059 054 050 O47 O45 O41 030 200 |074 066 065 059 066 060 056 O54 O51 047 094 250 | 080 070 071 06 071 06% 060 059 055 052 038 300 |085 074 077 069 075 068 063 066 050 055 042 400 |090 078 084 073 079 073 066 068 063 060 O45 500 |094 081 088 077 082 078 069 O72 066 05 048 hs ee ee ee TABELA V.3 - Fatores de reflexaio (@) de diferentes materias e cores peeeesen ener MATERIAUCORES —FATOR (MATERIALCORES FATOR asfao sem pocira 7 escuras 15-90 oa 9588 médias 3050 cantara 2560 claras 5070 ‘coramica vermelna, 2 ‘muito caras 50-70 ‘conoreteaparente 5 brancas 3595 ‘gesso (branco) 9095 | cinzenta 25.60 granito “ parda 850 granolte 7 pérola me ‘macedam 8 Aalminiopolio 6070 ‘marmore branco 6 rome 6065, ‘pecroguino 8 ‘agpinox 55.65, tora 420. esmate 60.90 toto 1348 mares 070 fazondaescura (it) 2 ami 555 ‘rama escura é ege 2565, livios om estantes 1020 | branea 8595 made'raciara 8 ‘casca do ovo a maderaescura 743 oreme 6068 snuvers. 80 marin m7 ppapelbranco 8085 espehos 80.90 twoncos de arvores 35 peta 48 ‘vegetagSo(mécia) 3 rosa 35-70 veludopreto 021 verde 1260 muito escuras 018 vermatba 1035 FONTE: Cintra do Prado luminagdo Natural-S8o Paulo -FAU-USP.1961 30 - liuminagao 'b) Fatores de reflexao sao 0s indices de ‘reflexao normalmente aceitos para diver- sos tipos e cores de materiais de bamento utilizados no teto, paredes e pis do ambiente a ser iluminado (tabela V.3). Obviamente cores mais claras apresen- ‘tarao fatores de reflexao maiores, propor- cionando um rendimento superior ao sis- tema de iluminagao. ¢) Curva de distri luminosa, ja definida anteriormente. E necessério cha- ‘mar de curvas de dis- tribui produzirem fatores de utilizagao diferen- tes. No entanto, curvas de distribuigo luminosas semelhantes também podem produzir fatores de utilizacao diferentes, idendo dos materiais utilizados na fabricagao das luminéris Os fatores até agora apresentados se referem quase que exclusivamente a“quan- tidade” de luz que uma lumindria pode fornecer © sao responsaveis diretos pelo nivel de iluminancia (ou iluminamento) obtido num ambiente. No entanto, exis- tem outros fatores que devem ser obriga- toriamenteobservadosem uma lumindria ‘e que dizem respeito & “qualidade” da luz que esta luminaria deve fornecer. ‘Ambientes com elevados indices de ‘luminancia ouiluminamento)geralmente ‘acarretam lumindncias elevadas que, em determinadas situagdes, podem provocar desconforto aos usudrios (ofuscamento, direto ou indireto, reflexo das lumingrias em telas de video, etc) o que deve ser ‘evitado, mesmoquesignifiquemenor rendi- mento global do sistema de iluminagao, 5.2 ELEMENTOS DE CONTROLE DE LUZ DAS LUMINARIAS Afinalidade dos elementos de controle de luz das lumindrias ¢ de, numa pri- meira etapa, aumentar a “quantidade” de luz emitida, dirigindo-a para as diregbes que mais interessam. ara isto os elementos refletores da lu- minaria devem ter um grau de reflexio bastante elevado e 0 mais espé possivel. Dentre os materiais habit almente utilizados, os espelhos de aluminio polido, pelo seu alto grau de maleabili- dade que Thes permite tomar facilmente ‘as diversas formas necessérias a cada caso, s8o ainda os mais indicados e o seu formato vai depender exclusivamente das diregdes para as quais desejamos obter a maior intensidade de luz (vide exemplos na figura 5.3).

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