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Adolfo Lutz,
32: 47-55, 1972.
GILBERTIMORENO (2)
SUMMARY
MORENO,G. - Infectious drug resistance in Escherichia coli strains isolated from animais. Rev.
Inst. Adolfo Lutz, 32: 47-55, 1972.
Drug resistance of 375 strains of Escherichia colt originated from animals source to
tetracycline, kanamycin, cephalotin, hetacylin and to streptomycin were determined.
The verification of infectious drug resistance expressed by the organisms used as
donors were done by means of conjugation with the recipient strains of Escherichia coli
K 12 (K12, 712R, and K12, J5F-).
The ana1ysis of the results showed that almost ali Escherichia colistrains examined
appeared to be simultaneously resistant to two or three of these .relared drugs, arising
clearly with higher incidence the last one's. .
However, the most founded R factor in Escherichia coli strains originated from
animal sources, were mainly integrated by resistance markers for sulphadyazine,
chloramphenicol, and for tetracycline.
Moreover, none of multiple drug resistant strains with its R - factors carrying resis-
tance markers for hetacylin, cephalotin and kanamycin, and those that appeared to be
single drug resistant with resistartce marker only for sulphadyazine, chloramphenicol or
tetracycline, were alI enable to act as transmissible strains for this purpose.
ln addition, those cultures who had been characterized for drug resistance to two or
three of the above mencioned drugs, were capable to transfer its resistance markers to
the recepient strains, remaining the S-C resistant strains enable to do so.
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MORENO, G. - Resistência infecciosa a drogas em amostras de Escherichia coli isoladas de animais. Rev, Inst.
Adolfo Lutz, 32: 47-55, 1972.
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MORENO, G. - Resistência infecciosa a drogas em amostras de Escherichia coli isoladas de animais.Rev ..Inst.
Adolfo Lutz, 32: 47-55, 1972.
cesso de conjugação. Todos os tubos inocula- centração inibitória aquela que impedia o
dos foram colocados em estufa durante quatro desenvolvimento do microrganismo. A con-
horas a 37°C. centração imediatamente inferior, que per-
3.4 Seleção das linhagens receptoras que mitia o crescimento das culturas em estudo,
receberam resistência: indicava o nível de resistência recebido.
O meio escolhido paraesta seleção foi o
MacConkey Agar n9 3(*), onde 0,1 rnl
da cultura mista foi semeado. Nos cruzamen- RESULTADOS
tos entre Escherichia coli isoladas de animais e
Escherichia coli K 12, J-5 (conforme 2.2), As linhagens doadoras monorresistentes e
as placas seletoras, além das drogas a serem as polirresistentes, cruzadas com as linhagens
testadas, continham, ainda, ácido nalidíxico Escherichia coli K 12, J-5 (conforme 3.1) e
na concentração de 25 ,ug/rnl. Escherichia coli K 12, 712 R (conforme 3.2)
Quando do emprego da linhagem K 12, oferecem as informações contidas no qua-
712 R, adicionaram-se às placas de Petri dro I. É nítida aí a competência das amos-
25 }Jg/rnl de estreptomicina. As concentrações tras .S--C1-T,S--C1-T-E, S--T-E,~l e S- T, no
de cada droga nas placas seletoras foram que concerne à transferência de resistência.
de: 20 }Jg/rnl de tetraciclina, estreptomicina, Nota-se, ainda, que 192 amostras transferiram
cloranfenicol, kanamicina, cefalotina, hetaci- resistência (51,20%), não o fazendo 183 amos-
lina e suldadiazina. A possível atividade an- tras (~8,80%). Nenhuma das amostras conten-
tagônica entre as linhagens doadoras e re- do em seus modelos marcadores para kanami-
ceptoras foi despistada através de inoculação da cina transferiu resistência, o mesmo ocorrendo
cultura mista em placas de Petri, contendo Mac- com as amostras monorresistentes para a.sulfa-
Conkey Agar n9 3(*), sem droga. Todas diazina, o cloranfenicol e a tetraciclina.
as placas foram incubadas a 37° C por 24 No quadro 11ordenaram-se especificamente
horas. Obtida a purificação das amostras re- as 192 amostras que transferiram resistência.
ceptoras que receberam a resistência, cinco co- Verifica-se que a transferência de resistência
lônias de cada placa foram isoladamente se- foi constante para as diferentes espécies ani-
meadas em Brain-Heart Infusíoní"), proce- mais, isto é, a transferência não variou em
dendo-se a seguir à determinação do nível de função da espécie. O teste utilizado foi o qui-
resistência recebido. Para tanto, a incubação quadrado e encontrou-se o valor de
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das amostras em estudo foi o conteúdo de alça X =2,635 que, comparado com o valor crí-
de platina, de 2 mm de diâmetro, retirado de tico desta estatística para a = 0,05 (teste bi-
cultura de 20 horas a 37°C em Brain-Heart caudal) e quatro graus de liberdade, mos-
Infusioní=] e diluída a 1/1000, no mesmo trou-se não significante.
meio. O quadro III fornece as informações sufi-
Em cada placa semearam-se 15 amostras de cientes para realçar a competência das amos-
culturas receptoras e empregou-se, como con- tras com marcadores de resistência para
trole da atividade das drogas, uma linhagem S-Cl-T, S-CI-T-E, S-T-E, S-T, S-Cl,
indicadora, cujos níveis de resistência foram CI-;-T, S-Cl-E. Embora algumas amostras
previamente determinados. Assim, utilizou-se tenham dado origem a vários tipos de descen-
a linhagem descrita em 2.3 como controle de: dentes - segregantes, uns, e outros com trans-
tetraciclina, cefalotina, hetacilina, cloranfeni- ferência parcial - contribuíram também com
col e estreptomicina; a descrita em 2.4, como o maior número de unidades que transferiram
controle de kanamicina; e a descrita em 2.5, totalmente seus marcadores. Este fato ocorreu
como controle de sulfadiazina. Usou-se ainda com 80 amostras S-C1-T, 21 S-C1-T-E,
uma placa testemunha da viabilidade das cul- 10 S-T, 9 S-C1, 5 S-T-E, 2 CI-T e
turas, contendo somente o meio de cultivo. Os uma S-Cl-E. Relativamente aos modelos
resultados foram registrados após 20 horas de S-CI-T-E, S-CI-T e S - T, a transferência
incubação a 37°C e considerou-se como con- total diferiu significantemente ao nível adota-
(*) Oxoid
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MORENO, G. - Resistência infecciosa a drogas em amostras de Escherichia coli isoladas de animais. Rev.Inst.
Adolfo Lutz; 32: 47-55, 1972.
QUADRO I
Escherichia colí, em 375 amostras, isoladas das espécies animais estudadas e coniugadas com Escherichia coli
K 12, 712 R e Escherichia coli K 12, 1-5, ácido nalidfxico resistente, segundo o modelo e a natureza da
transferência da resistência. São Paulo, 1972
Transferência
Modelo de Número de
Espécie Positiva Negativa
Resistência Amostras
N9 N9
QUADRO II
Transferência de resistência em 375 amostras de Escherichia coli, segundo a espécie animal. São Paulo, 1972
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MORENO, G. - Resistência infecciosa a drogas em amostras de Escherichia coli isoladas de animais. Rev.Tnst,
Adolfo Lutz; 32: 47-55, 1972.
QUADRO III
Escherichia coli, em 192 amostras, isoladas das espécies animais, de acordo com o modelo e o grau de
transferência de resistência. São Paulo, 1972
Transferência Transferência
Modelo de Número de Segregação
Parcial Total
X2
Resistência Amostras
N9 % N9 % NQ %
QUADRO IV
Número de amostras de Escherichia coli que transferiram totalmente seus marcadores, segundo o modelo e a
espécie animal. São Paulo, 1972
S-CI-T-E 21 2 2 3 2 12 18,3
S-CI-T 80 18 20 10 8 24 11,5
S-T-E 5 O O 5 O O 20,0
S-CI-E 1 O O O O 1 4,0
S-T 10 2 O 8 O O 24,0
S-Cl 9 3 6 O O O 16,0
CI-T 2 O 2 O O O 8,0
QUADRO V
Número de amostras de Escherichía coli que transferiram resistência segundo a droga considerada e a espécie
animal, em 128 amostras que transferiram totalmente seus marcadores. São Paulo, 1972
Drogas
Ave Bovino
I Eqüíno Ovino Suíno
Total X2
--
N9 N9 I N9 N9 N9
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MORENO, G. - Resistência infecciosa a drogas em amostras de Escherichia coli isoladas de animais. Rev. Inst.
Adolfo Lutz, 32: 47-55, 1972.
QUADRO VI
Modelos de amostras doadoras competentes que transferiram parte de seus marcadores. São Paulo, 1972
Transferência
Modelos de Número de
Positiva Negativa
Resistência Amostras
Modelos N9 Modelos N9
S-CI-T-E-C-H 1 S-CI-T-E 1 C-H 1
S-CI-T-C-H 1 S-CI-T 1 C-H 1
S-CI-T-C 4 S-CI-T 4 C 4
S-CI-T 20 14 T -
{~1 6 - 20
S-T-E 1 S-T 1 E 1
S-CI-H 2 S-Cl 2 H 2
S-Cl 2 S 2 Cl 2
S-T 1 S 1 T 1
SON 2, em recente revisão sobre resistência a rência dos modelos tetra (S-Cl- T-E;
drogas em enterobactérias, assinala ser um S-Cl-T-C, S-CI-T-K, S-Cl-T-H e
erro aceitar que o único perigo para o homem S-CI-H-C), penta (S-CI-T-C-H e
permaneça na transmissão de organismos S-CI-T-C-E) e hexarresistentes
patogênicos resistentes, como a Salmonella (S-CI-T-E-C-H), nos quais são notórias a
typhimurium, pois grande parte desse perigo homogeneidade e a constância dos gens marca-
provém da Escherichia coli não patogênica, a dores para S-C 1-T, obtendo estes a preva-
qual deve manter a comunicação homem-ani-
lência quase absoluta nos modelos com multír-
mal em grande escala. Embora aceitando a
resistência. Tal fato é, provavelmente, justi-
validade de tais informações, não foi possível
ficado pela eleição destas drogas como suple-
assemelhar os nossos resultados aos obtidos a
mento de rações e decorrente de seu uso siste-
partir de enterobactérias isoladas do ho-
. tiITem dif erenças
mático em terapêutica veterinária.
m em 7, 18, 22 , por exis
quantitativas e qualitativas nos espectros de
A análise do quadro I e o confronto deste
resistência às diferentes drogas. É provável que com o quadro Ill satisfazem plenamente à
os resultados obtidos por ANDERSON & afirmativa de que as linhagens com resistência
DATTA 4 e ANDERSON 2, no que diz respei- para duas drogas apresentaram-se com compe-
to à possível transferência de elones resis- tência semelhante à daquelas com três e
tentes das amostras bacterianas de origem quatro marcadores, fazendo exceção à regra o
animal para as humanas, sejam válidas apenas modelo S-C, em que não ocorreu o fenômeno
para as linhagem por eles estudadas. da tránsferência. Queremos ainda chamar a
Lamentavelmente não foi possível com- atenção para o fato de que amostras com mar-
parar devidamente nossos resultados quanto à cadores para S-CI-T-C-E, S-CI-;-E e CI-T,
freqüência dos fatores R com os de outros em aves; S-Cl- T-H, S-CI-H-C, S-Cl-C,
autores, em virtude da existência de poucos em bovinos; S-Cf-T-H S-Cl-T-C
trabalhos semelhantes ao nosso. MITSUHA- S-CI-E, S-T-E, S-Cl eCi-T, em ovinOS~
SHI, HASHIMOTO & SUZIKI 12 " investi- S-CI-T-K, em eqU1l10S; S-Cl-T-C,
gando fatores R em 332 linhagens de Esche- S-C l-C, S-C 1, S- T, em suínos, embora não
richia coli, isoladas de suínos (278 amostras) e tivessem transferido resistência, possuíam
de aves (54 amostras), relativamente ao elo- marcadores que foram transferidos pelas cul-
ranfenicol, à tetraciclina, à dihidroestrepto- turas competentes. Desta maneira, não encon-
micina e à sulfadiazina, assinalam, para ambas tramos outra possibilidade de explicar tal fe-
nômeno a não ser pela ausência de um ele-
as espécies, a maior freqüência do modelo
S- T-E. Encontram ainda fatores transferíveis mento transferidor nessas linhagens. Linha-
em 40 e 22% das amostras isoladas de suínos e gens resistentes e desprovidas do fator de
transferência têm sido assinaladas por
aves, respectivamente. Nossos dados acusam,
ANDERSON 3, LEWIS 10 , WATANABE 21 e
para as espécies indicadas, fatores R transfe-
ríveis em 58,7% e 50,7% (quadro 11), com pre- FERNANDES 7.
dominância do modelo S-C 1-T, seguido do
S-C 1-T-E, para ambas as espécies. Mesmo No que diz respeito à dinâmica da transfe-
com relativas variações nos valores porcen- rência de resistência, torna-se difícil explicar a
tuais, os fatores R por nós caracterizados segregação por parte de modelos competentes
como S-Cl-T-E, S-T-E, S-T e S-Cl como os apresentados no quadro lU. Nota-se,
foram também assinalados no Japão, em neste quadro, que determinado número de li-
suínos e aves 12 • nhagens com marcadores para S-CI-T,
S-CI-T-E e S-T-E, que obtiveram consi-
Ainda com relação aos prováveis fatores R derável porcentagem na transferência total
caracterizados, indicamos no quadro I, a ocor- também segregaram. Em outras palavras, esses
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Adolfo Lutz, 32: 47-55, 1972.
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MORENO, G. - Resistência infecciosa a drogas em amostras de Escherichia coli isoladas de animais. Rev. Inst.
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