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OO Scots mitts Ceara Rai TR: Girao Colecao Estudos Cearenses A COLE -AOQ ESTUDOS CEARENSES, publicada pelas EDICOES UNIVERSIDADE FEDERAL: DO el Nae Ar Rec eStore el OPS IEEE eRe Sr Gk Me etc Cel CCC MOU Mee ns ra Sumo ee Lured ecm TST ta Coe Geter Te Lion ea MIE Cola or mofo) (oe [Teena Tel oe) et] ferenot sondmicos, literdrios. Sabe-se que no Ceara vicejou uma pleiade de LITETWOTNEeCe eRe LeLseLAECe Vu Tecorele Tmo lute MONET Tee? Studart, Antonio Bezerra, Eusébio de Sousa, Thom: UoTinTore(Miasto) STATA Mea ETOn Noe Ta eTe ST mcy NT) Paulet, Gustavo Barroso, para citar apenas 0s mortos, CiirernCot tome net ur Tee Miser eeiernncise etry TN Ce Reema CnPE lie le omen omen TeTaT ey ameacados de desaparecimento. LOT Me Wieaeeae oe MeN Keots ecm ated eet meios para salva-los @ reeditd-los, ao lado dos textos dos EU otemer ce net Oren cm Vera a tiaet act rte tay nos autores do passado, para ratificd-los ou para questiona-los, como também no sentido de ampliar-thes © campo de investigacao e a contribuicao cultural. TEE ciu ee dite Terese anne ate definidos: Pa MO ene RCE ete ere ees Pel ecu nMeM ee M romtaet en tsa RUCUe memre te Meurer tte eee ESS nO eat ence ens ae eect peat MAO Ca ome Roe EM Tee ncaa tec SAU recta tte OTe ener cs ETc UCC E mn sete rei CevmeertReTteee y CMe ne Ce ROM ite etteeetesterniteee Ore Me Stier A COLECAO ESTUDOS CEARENSES se inicia, Conaireecome Meso eroMCce ue Mts Ieeerteoet le Rca tte teh Crm asel aN MeO MooKol acerca ten cls Raimundo Girdo, um dos mais importantes eesti erecta eer et NASCIDO em Morada Nova, interior do Ceara, aos 3 de Oe em Ue net Me eee e de Celina Cavalcante Giro, Raimundo Girdo 6 atualmente uma CO eu mee mM ee eae Meat Een eeu Meee aes etc MU a da Municipalidade, ex-Secretario de Cultura do Ceara, Ministro do Tribunal de Contas do Ceard por vinte anos, Raimundo Girdo Dre te a aCe Maen earn tne eects onde. também fez pés-graduagdo, em 1936. E membro da Academia Cearense de Letras, Presidente de honra do Instituto Cte ee see eet erie eC cr te etd Certo enema te Cr ek irate tr Cee ete te aca atat e tue te eter ictite) Oe Ct Me cee eee ike Marta ONT constituida de mais de trinta titulos, 6 dedicada ao estudo e 3 NCU ek eM neon ea etter eee Dem ee cn ree et ier} Cerone ential eee ett ee atte ee ORR le oun Tea tee Rec te ee aT eat eater GUN Ree une ee ene east Tecate aay Deen ta re ue nse cm ccen tena) ene cn mene ne e e nCe t) Ce uM CUCM te Cente OMe erento aru ue Ra tery Crier ay Dee eee CLE OS CE at ee Vee eae ake NWT a 611) lo) CN ty ures hee tc eta ie Mee Ee eu ae tee Te ere aN CM a OM ieee Colo or Co oe Se nae ROS Met ae oe ture see eM teat ey perenidade desse livro e.8 operosidade intelectual do seu autor, De fato, passados trinta e um anos de Sua primeira edigio, esse eRe ma een lesa ee near ed eae ee to See eto tee cyte rte Mas 0 historiador. Raimundo Giro no é apenas o Pesquisador obstinado e veraz dos fatos; ndo é apenas um mero COT ais CCU CM ceils oom IC reer om TD re a eet See ea ety Rea CNC este ete tun ates eke ae Oecd ae aC me ee ee te) Ree teen a ate ee each ee att ea eee Rect Ree tier) Peer a aren cua Mere Meare ea Neon en mR ite eer meta TCT td a Re neice ere eet Cesena eRe Ma ae ee ke Grate kere) Rea ea ac an ee a ees Pequena Histéria do Ceara Copyright by Raimundo Girdo 12 edigao — 2° edigéo — 3.* edigéo — 1971 G515p Girdo, Raimundo Pequena hist6ria do Ceara. 4.* ed. rev. e atual. Fortaleza, Edigdes Universidade Federal do Cearé, 1984. 294 p. (Colegao Estudos Cearenses, 1) 1 — Historia — Cearé I — Titulo Série CDU 981.31 M2, Gs Edigdées Universidade Federal do Ceara Fortaleza — 1984 {y i p/ we rt Ce f lian ples ele 7) ee ae yee of Wf wot Ny 8 Raimundo Girio 48 EDICAO REVISTA E ATUALIZADA Pequena Histéria do Ceara Roteiro Bibliografico da Histéria do Ceara Raimundo Girdo Sem considerar os fatos da chamada Proto-Historia, a his- toria do Ceara comega quando ja decorrera um século do des- cobrimento do Brasil. De fato, s6 em 1603 péde vir a estas paragens, que seriam conhecidas por Siaré e depois Siardé-Grande, 0 agoriano Pero Coelho de Sousa, residente na Paraiba e, néo podendo atingir © Maranhao, de onde pretendia expulsar os franceses ali en- quistados, acabou fixando-se na barra do rio Ceara, 4 margem direita. Desejava plantar aqui uma Nova Lusitania, e a povoa- ¢ao que se iniciou no local deu o nome de Nova Lisboa. Fra- cassou, porém, e€ teve de voltar 4 cusia de martirio e sacrificios & Paraiba, de onde saira. Outra tentativa foi confiada aos padres jesuitas Francisco Pinto e Luis Figueira (1607) e esta igualmente se frustrou, com a morte brutal do primeiro desses missiondrios. O segundo veio demorar na mesma barra do Ceara, mas por pouco tempo e retornou derrotado e triste. Terceira investida de exploragéo da gleba cearense ten- tou-a Martim Soares Moreno, que em fins de 1611, na com- panhia de um padre e seis soldados, parou na mencionada foz, levantou um pequeno forte de madeira, que durou algum: tem- po, sem contudo resistir ao ataque dos holandeses, que dele tomaram posse (1637). Desde 1631, todavia, Soares Moreno se retirara do Ceara, e, com o dominio dos flamengos, também nao teve éxito a aspiragdo portuguesa de incorporar A civiliza- cao ibérica este pedaco brasileiro. Da expedicaéo pioneira de Pero Coelho nao restou do- cumento auténtico que a registasse. Porém, da dos jesuitas, um e bem elaborado escreveu Luis Figueira: é a Relacdo do Maranhao, datada de 26 de margo de 1608 e dirigida ao Prelado ou Prepdsito Geral da Companhia, em Roma, Claudio Aquaviva. 3 Contém sugestiva descrigéo das coisas do territério per- lustrado e dos sofrimentos da expedicéo. Pode ser consultada na Revista do Instituto do Cearé, v. 17, ps. 97-138, no Tricente- nario da Vinda dos Primeiros Portugueses ao Cearé, Fortaleza, Tip. Minerva, 1903, ps. 93-134, em Documento para a Historia do Brasil, especialmente a do Cearé, Fortaleza, Baréo de Stu- dart, 4.° v. 1904, ps. 1-42 (2. v. Tip. Minerva, 1909, 3.° v., idem, 1910, e 4.° v., idem, 1921) e em Trés Documentos do Cearé Co- lonial, Coleg&o Histéria e Cultura, dirigida por José Aurélio Ca- mara e sob a responsabilidade do Instituto do Ceara, Fortaleza, Departamento de Imprensa Oficial, cujo capitulo | é fartamen- te comentado por Th. Pompeu Sobrinho. Digno de melhor estu- do a respeito é Histdria Eclesidstica do Ceardé, 1." parte, edigdo comemorativa do X Congresso Eucaristico Nacional, Fortaleza, 1980, de Geraldo S. Nobre. De 1615 data a “Jornada do Maranhao”, da autoria de Diogo de Campos Moreno, inclusa nas Memérias para a Histéria do Extinto Estado do Maranhao, de Candido Mendes de Almeida, Rio de Janeiro, 1894, e também, na Revista do Instituto do Ceard, v. 21, ps. 209-330. Diogo de Campos era Sargento-mor do antigo Estado do Brasil e relacionou interessantes e mitidas informagdes concernentes aos primeiros tempos da exploracéo da “Provincia de Jaguaribe, Siaraé e Melo Redondo”. Do mesmo. Sargento-mor é o famoso Livro que dé Razdo ao Estado do Brasil, obra indispensdvel aos estudiosos da historiografia cearense, reeditada em 1955 pelo Arquivo Ptblico de Pernambuco, com introdugao e notas de Hélio Viana. O seu sobrinho Martim Soares Moreno, tido como o fun- dador da Capitania Cearense, aqui vindo de inicio, muito jovem e simples soldado da ‘bandeira’ de Pero Coelho de Sousa e, mais tarde, Capitaéo-mor do Ceara, escreveu, em 1618 a Relacdo do Siaré, documento de alto valor para a apreciacgéo mais se- gura daqueles aconiecimentos primevos e estampado no dito Tricentendrio ps. 191-198, nos Documentos aludidos, ps. 133- 140, no citado Trés Documentos do Ceara Colonial, cap. Il, com os comentarios de Raimundo Girao. Sobre Martim Soares leia- -se “Martim Soares Moreno, o Fundador do Ceara”, trabalho do Baréo de Studart na Revista do Instituto do Ceara, v. 17, ps. 178-278, publicado também e Tricentendrio cit. ps. 139-190; ha uma separata, de 116 ps. (Fortaleza, Tip. Studart). Do mesmo Barao de Studart é o opusculo Documento para a biografia do fundador do Cearé, (Fortaleza, Tip. Studart, 1897). Afranio Peixoto escreveu Martim Soares Moreno (Lisboa, Diviséo de Publicida- de e Biblioteca, 1940). E também Heitor Margal, Martim Soares 4 Moreno, 0 Guerreiro Branco da Iracema. (Rio de Janeiro, Edito- ra Vecchi Ltda. s/d.). Contemporanea desses antanhos é a Histéria do Brasil, de frei Vicente do Salvador, concluida em 1627, na qual figu- ram capitulos acerca das expedigdes de Pero Coelho {livro 4.°, caps. 38 e 43) e dos padres Pinto e Figueira (cap. 44). A sua terceira edicdo, com os admiraveis Prolegémenos de Capistra- no de Abreu e as “Notas” de Rodolfo Garcia, deve-se & Com- panhia Melhoramentos de Sao Paulo, 1931. Merecem consulta, conquanto cuidadosa, as crénicas do padre José de Morais (Historia da Companhia de Jesus na Ex- tinta Provincia do Maranhao e Pard, escrita em 1759), do frade Yves d’Evreux (Viagem ao Norte do Brasil, trad. de César Augus- to Marques, Maranhdo, 1874), do outro frade Claude d’Abbeville (Historia da Missao dos Frades Capuchinhos na Ilha do Ma- ranhéo, S. Paulo, Biblioteca Histérica Brasileira, v. XV, Livraria Martins Editora), do padre Joao Filipe Betendorf (Cronica da Companhia de Jesus no Estado do Maranhao, 32 ed., Florenca, Tip. Barbera, 1905) de Aires do Casal (Corografia Brasilica, Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1945, fac-simile da edigéo de 1817). Valiosissima para a historia religiosa do Ceara, no primeiro e segundo séculos, é a Historia da Companhia de Jesus no Brasil, notavel livro do padre Serafim Leite, S. J., Imprensa Na- cional, v. 3.°, ps. 1-96, 1943. E é de ler-se, nesse tocante, o Ca- pitulo “A Misso Jesuitica da Ibiapaba”, de Carlos Studart Fi- Iho, in Revista do Instituto do Ceard, v. 59, ps. 5-68. Do mesmo autor: “Dados para uma Histéria Eclesidstica do Ceara”, cit. Revista, v. 69, p. 21, v. 70, p. 37 e v. 71, p. 30, e “A Missa Jesuitica da Ibiapaba”, em Estudos de Histéria Seiscentista, Colegdo Historia e Cultura, cit. n.° 2, Fortaleza, Tip. Minerva, 4959, esquece o livro, jA citado, de Geraldo S. Nobre, importante, outrossim, a “‘Relagdo da Missao da Serra da Ibiapaba”, do padre Anténio Vieira, datada de 11 de fevereiro de 1660 (Revista do Instituto do Cearé, v. 18, ps. 86-138). Sobre a ocupacéo holandesa tem-se que recorrer, princi- palmente, A correspondéncia de Gedeon Morris de Jonge com os Grao-Senhores da Companhia das {ndias Ocidentais, em Per- nambuco, coligida e comentada pelo Dr. José Higino Duarte Pe- reira (Revista do Instituto do Ceara, v. 10, ps. 46-95 e 286-318), bem como o Didrio de Matias Beck (fragmento), que pode ser encontrado no Tricentenério, ps. 339-417, na Revista do Institu- to do Cearé, v. 17, ps. 324-405, e apenso ao livro Matias Beck — Fundador de Fortaleza, Fortaleza, Imprensa Oficial, 1961, n.° 5, da Colegao Historia e Cultura, de Raimundo Girdo, e Trés Do- 5 cumentos, cit., cap. Ill, este comentado por José Aurélio Ca- mara. Completando o melhor conhecimento dos fatos do pri- meiro século (século 17), os mencionados Documentos, do Ba- rao de Studart, fornecem abundantes elucidagdes; sao quatro volumes saidos, sucessivamente, em 1904, (Tip. Studart), 1909, 1910 e 1921 (Tip. Minerva). José Aurélio Camara escreveu, com separata, “Aspectos do Dominio Holandés no Ceara”, na Revis- ta do Instituto do Cearé, v. 70, p. 5, Raimundo Girdo o citado livro Matias Beck — Fundador de Fortaleza, e Carlos Studart Filho, em 1956, trouxe-nos “Histéria do Cearé Holandés”, Forta- leza, Imprensa Oficial, 1956 (Separata da Revista da Academia Cearense de Letras, v. de 1956). No que se elaciona ao século 18, serao de leitura obriga- téria as achegas de Perdigdo de Oliveira (Revista do Instituto do Cearé, v. 1, ps. 103-203, v. 2, PS. 25-79 e 223-236, e v. 4, ps. 118-154 e 273-326), 0 pequeno grande livro Algumas Origens do Geard, de AntOnio Bezerra, dado a publicidade através da cl- tada Revista do Inst. do Cearé, v. 15, ps. 153-288 e 16, ps. 134- 159, e depois, reunido em volume da Tip. Minerva, Fortaleza 1918 e Notas Para a Historia do Cearé, do Bardo de Studart, Lisboa, Tip. do “Recreio”, 1892, que representa documentdrio condensado e correto do que se passou no Cear4, na segunda metade da centiria. E convém ler, de modo destacado, o que ele deixou na Revista do Instituto do Ceara, v. 4, ps. 5-40 e 83- 117, v. 5, ps. 5-81 @ 232-235, v. 6, ps. 5-62 e 73-114. De igual, interessa ver a “Noticia Geral da Capitania do Siard-Grande”, do governador Joao Batista de Azevedo Montauri, na citada Revista, v. 49, ps. 85-100, e na Revista da Academia Cearense, v. 17 (1912), ps. 146-162. No século passado, apareceram varias MemGrias descriti- vas de nossa geografia fisica e humana, com referéncias hist6- ricas de certo valor, a comecar pela do ex-governador Luis Barba Alardo de Meneses, escrita em 18 de abril de 1814 (Re- vista do Instituto do Cearé, v. 11, ps. 36-60), seguindo-se “Des- crigéo Geografica Abreviada da Capitania do Ceara”, primeira- mente atribuida a Silva Paulet, mas definitivamente verificada como da autoria do ouvidor Jodo Anténio Rodrigues de Car- valho, escrita em 1816 (Revista do Instituto do Cearé, v. 12, ps. 5-33). O naturalista Jodo da Silva Feij6é deixou-nos outra, de real mérito, que Paulino Nogueira anotou, em comentarios na Revista do Instituto do Ceara, v. 3, ps. 3-27. Sobre esse naturalista G. S. Nobre (Geraldo da Silva No- bre) publicou Jodo da Silva Feijé, um naturalista no Cearé, For- taleza, Gracel, Grafica Editorial Cearense Ltda., 1978, obra que nao pode deixar de ser lida com o melhor proveito. 6 Valem como tais memérias, pelo vigor pitoresco, as im- Press6es de viagem Henry Koster, em Travels in Brazil, tradu- zido em portugués por Luis da Camara Cascudo, Viagens ao Nordeste do Brasil (capitulos VII e VIII), Brasiliana, v. 231, 1942. E as de George Gardner, inglés, Viagens no Brasil, traduzidas por Albertino Pinheiro, Brasiliana, v. 223, 1942 (capitulos 5 e 6). Os estudos mais coordenados da histéria cearense, porém, iniciam-se com Joao Brigido, Senador Pompeu, Pedro Theberge e Tristéo de Alencar Araripe. O primeiro, mexendo velhos ar- quivos do sul da Provincia, completou, em 1859 “Apontamentos Para a Histéria do Cariri” e os divulgou no jornal Araripe, que dirigia no Crato, ao mesmo tempo que o francés Dr. Theberge, no Didrio de Pernambuco (Recife), principiava (28 de novembro) a publicagéo do seu Esboco Histérico sobre a Provincia do Ceard, posteriormente, editado pelo filho Henrique Theberge, saidas a 1.* parte em 1869, Fortaleza (Tip. Brasileira), a 22 em 1875 (idem) e a 3.2 em 1895 (Tip. Studart, Fortaleza), compre- endendo a narracdo de fatos até 0 governo de Vicente Pires da Mota (1854-1855). Brigido reproduziu os “Apontamentos” em 1888, insertos na Revista do Instituto Histérico e Geogratico do Rio de Janeiro, tomo 51 (suplemento), e os incluiu em Cearé, Homens e Fatos (Rio de Janeiro, Tip. Besnard Frares, 1919), do qual forma a parte Ill, com o titulo “Povoamento do Sul do Gearaé e seu Desenvolvimento”. A primeira edicgéo de Cearé — Homens e Fatos data de 1899, Fortaleza, Tip. Universal, da qual para arranjar a 2° ed., retirou o autor alguns capitulos, incluindo. outros, também j4 conhecidos, tais como A Fortaleza em 1810, optsculo editado pela Tip. Econémica, Fort., 1882 (parte XI) e reproduzida na Revista do Instituta do Ceara, v. 26, ps. 83-131, e mais recente- mente dada & publicidade pela Prefeitura Municipal de Forta- leza e pela Universidade Federal do Ceard, Colecéo José de Alencar, n.° 1.°, 1980; “Ceara Holandés” (parte IV) e “Os Pretos de Laura” (parte XIII) integrantes de Miscelanea Historica, Tip. Universal, 1889; “Povoamento do Ceara”, publicacdo anexa a “Efemérides do Ceara”, Tip. Studart, 1900 (parte V), com a de- nominacéo de “‘Expansdo da Colénia”. Em 1862, 0 Dr. Tristéo de Alencar Araripe, depois, Conse- Iheiro, encetou a publicacao gradativa da sua Historia da Pro- vincia do Cearé Desde os Tempos Primitivos até 1850, no mes mo Diario de Pernambuco e, depois, deu-lhe corpo em pequena tomo (130 ps.) no ano de 1867, com as iniciais T.A.A., impresso na Tip. do Jornal do Recife. Organizada por José Aurélio Ca- mara, hd 2.° edic&o dessa obra, 1.° ntimero da Colegao Histéria e Cultura, Fortaleza, Tip. Minerva, 1958. Esta edigdo foi atuali- e zada com notas de Tomas Pompeu Sobrinho, Raimundo Girao, Mozart Soriano Aderaldo e José Aurélio Camara. Nos anos seguintes (1863 e 1864) o Senador Pompeu (To- mas Pompeu de Sousa Brasil) entregou aos leitores o 1.° € 2.° tomos do Ensaio Estatistico do Ceara, Fortaleza, Tip. Brasileira, (1864), cuja ultima parte (a 4.*) se constitui do Resumo Crono- légico da Histéria do Ceara, preparado, para af figurar, por Joao Brigido. Este Resumo foi, pelo autor, melhorado sucessi- vamente e publicado na Revista do Instituto do Ceard, (v. 14, ps. 3-64 e 137-226), com o titulo de “Efemérides do Ceara”, ten- do-o juntado, por fim, a Ceard, Homens e Fatos (parte XIV), sob a legenda, “Datas Histéricas do Ceara” (até 5 de julho de 1914). O Senador Pompeu ja havia vulgarizado, anteriormente, com atinéncia ao Cearé, Memoria Sobre a Estatistica e Indts- tria da Provincia do Cearé, 1857, Tip. Brasileira, Fortaleza, e Me- moria Estatistica da Provincia do Cearé sob a sua Relagao Fisi- ca, Politica e Industrial, 1858, idem. Somente em 1877 mandou imprimir a Memoria Sobre o Clima e Secas do Cearé, Rio de Janeiro, Tip. Nacional (reproduzida no Almanaque do Ceara, 4903, p. 140). O seu “Juizo Histérico Sobre Fatos do Ceara”, teve publicidade pdstuma, em 1895, na Revista do Instituto do Ceard, v. 9, ps. 7-54, oferecido pelo filho e homénimo, Dr. To- mds Pompeu de Sousa Brasil. Concomitantemente, 0 engenheiro José Pompeu de Albu- querque Cavalcante trazia a lume Corogratia da Provincia do Ceard, Rio de Janeiro, Imorensa Nacional, 1888, em cujo final (ps. 247-317) colocou um “Esboco Histérico do Ceara”, isto dois anos depois da saida de Estudos de Histéria do Cearé. Forta- leza, Tip. do Libertador, 1886, de Joaquim de Oliveira Catunda (Senador Catunda), vasados em critério de histéria interpreta- tiva, a despeito do seu azedo pessimismo. Deles Gilberto Ca- mara preparou segunda edicdo em 1919, Fortaleza, Tip. Gade- lha. Chegam até 1825 as suas interpretacées. No entanto, s6 a partir de 1887 é que os estudos de hi: téria cearense alcancam plena seguranca e desenvolvimento, com a fundacgao do Instituto do Ceara (4 de marco). A Revista deste sodalicio passou a ser o grande documentério dos tra- balhos dos seus sécios e de estranhos, que obtém acolhida nas suas paginas. Sem hiato, na sua vida tao proveitosa, a Revista do Instituto guarda, com efeito, os melhores resultados de tan- tas procuras que se tém realizado para aclarar e explicar socio- logicamente o esforco do homem neste Angulo do Brasil. So, nao ha dtivida, dignos do mais franco elogio os meti- culosos estudos para ai levados, entre outros, pelo Baréo de Studart, Anténio Bezerra, Perdigaéo de Oliveira, Tomds Pompeu, 8 Paulino Nogueira, Carlos Studart Filho, Eusébio de Sousa, Joao Nogueira, Cruz Abreu, Padre Azarias Sobreira, Pompeu Sobri- nho, Julio Abreu, Renato Braga, José Aurélio Camara, Florival Seraine, José Bonifacio de Sousa, Martins Filho, Denizard Ma- cedo, Manoel Albano Amora, Mozart Soriano Aderaldo, Rai- mundo Girdo, Pe. Misael Gomes da Silva, Hugo Catunda, Djacir Menezes, Francisco Alves de Andrade, Antonio Gomes de Frei- tas, Aires de Montalbo, Luis Sucupira, J6sa Magalhaes, Parsi- fal Barroso, Fernandes Tavora, Valdelice Carneiro Giréo, Joao Hipdlito Campos de Oliveira, Ismael Pordeus, José Osvaldo de Araujo, Guarino Alves, Gen. Teles Pinheiro, Geraldo da Silva Nobre, Fernando Camara, Vinicius Barros Leal, Henrique de Gonzales, Luis Barros, Itamar Espindola, Zélia Camurga, R. Aris- tides Ribeiro, Paulo Bonavides, Marialva Mont’Alverne. A paciéncia beneditina do Barao de Studart produziu “Datas e Fatos para a Histéria do Ceara” (v. 8, p. 103;.9, ps. 86 e 337; 10, p. 341; 39, p. 295; 35, p. 185), tomos, reunidos nos Ceara Colénia, Fortaleza, Tip. Studart, 1896, Ceara Provincia (idem) e Ceard Estado, Fortaleza, Tip. Comercial, 1924, formando um todo, verdadeiro vade-mecum, de manuseio indispensavel a quan- tos queiram saber como se processou a nossa marcha evolu- tiva. Igualmente necessério 0 seu Diciondrio Biobibliogratico Cearense, em trés volumes, respectivamente, 1910, 1913 e 1915. A sua Geografia do Gearé, de indiscutivel utilidade, vem de 1924, editada na Tip. Minerva, podendo também ser lida na Revista do Instituto do Ceard, vs. de 1923 e 1924 (ns. 37 e 38). De alto valor 6 Notas para a Hist6ria do Ceard, segunda metade do século XVIII. Lisboa, Tip. Recreio, 1892. A série de anotagées sobre Presidentes do Ceard, iniciada por Paulino e continuada pelo Dr. Cruz Abreu, alenta a Revista do Instituto e faz jus a honrosa alusdo. Tais anotagdes foram extraidas de varios volumes da mesma Revista e, em numero de quatro, condensadas em livros, fac-similadas, sob 0 mesmo titulo sem indicagao de editor e de data. Ant6nio Bezerra publicou 0 Cearé e os Cearenses Fort., Editor Assis Bezerra, 1906 (ver Revista da Academia Cearense de Letras, v. 5, ps. 146-207), e Notas de Viagem ao Norte do Ceara, 2.2 edi¢do, Lisboa, 1915, e em nova edicdo tirada na Im- prensa Universitaria do Ceara, 1965, com introdugéo de Rai- mundo Giréo e sob o titulo resumido Notas de Viagem, afora Algumas Origens, ja citado, e Rodolfo Teéfilo, Secas do Cearé. Segunda Metade do século XIX, Fortaleza, Louis C. Cholowiecki Editor, 1901, Libertacéo do Ceara, Fortaleza, Tip. Editora Limi- tada, 1914, A Sedigao do Juazeiro, S. Paulo, Monteiro Lobato, Co. Editores, 1922, segunda edicao, Fortaleza, Editora Terra do 9 Sol, 1969, Histéria da Seca do Ceara (1877-1880), Rio de Janei- ro, Imprensa Inglesa, 1922, a Seca de 1915 (nova edicao da Im- prensa Universitaria do Ceara e Seca de 1919, idem). Coordenou Tomas Pompeu de Sousa Brasil O Cearé no Comego do Século XX, substancioso guia para as pesquisas da geografia e histéria, e, posteriormente, com abundante coope- racao de Pompeu Sobrinho, organizou O Ceard no Centendrio da Independéncia do Brasil, Tip. Minerva, 12 v., em 1922 e 2.° em 1926, excelente repositério informativo. O des. Alvaro de Alencar trouxe 0 Dicionério Geogréfico, Histérico e Descritivo do Ceard, edigdo de Louis C. Cholowiecki. Fortaleza, 1903. Segunda edicéo em 1939, Tip. Minerva, Forta- leza. De Perdigaéo de Oliveira a Revista do Instituto registra, além de outras, estas investigagdes da mais estreme proficui- dade: “A Primeira Vila da Provincia”, v. 1, ps. 103-203, “A Pri- meira Freguesia da Provincia”, v. 2, ps. 221-236, “O Resumo Cronolégico para a Histéria do Cearé do Senhor Major Joao Brigido dos Santos — Ligeira Apreciagao”, v. 2, ps. 25-79, “Os Limites do Cearé — Questéo com o R. G. do Norte, A Barra do Rio Mossor6”, v. 7, ps. 5-302, "O Ceara e Seus Limites”, v. 51, ps. 201-245. Preciosos, verdadeiramente, os estudos de Carlos Studart Filho sobre ‘“‘Antigiiidades Indigenas Cearenses”, v. 41, ps. 165- 221, e 46, ps. 105-118, “A Bandeira de Pero Coelho”, v. 50, ps. 13-37, “Notas Hist6ricas sobre os Indigenas Cearenses”, v. 45, ps. 53-103, “As Tribos Indigenas Cearenses”, v. 40, p. 39, “As Fortificagdes do Ceara”, vs. 43-44, ps. 48-94 e 45, ps. 119-121, “Vias de Comunicagéo do Ceara Colonial”, v. 51, ps. 15-47, “O Ceara sob 0 Regime das Capitanias Hereditarias”, v. 52, ps.-309- 314, “Fundamentos Histéricos do Estado do Maranhao”, v. 63, Ps. 176-220, v. 64, ps. 16-60, v. 65, p. 146. Mais recentemente, publicou Estudos de Hist6ria Seiscentista, j4 citados; O Antigo Estado do Maranhéo e suas Capitanias Feudais, Fortaleza, Im- prensa Universitaria do Ceara, 1960, e A Revolugdo de 1817 no Ceard e outros Estudos, Colegio Histéria e Cultura, Editora Ins- tituto do Ceara, 1966. Igualmente, assim, a robusta série de trabalhos de Pompeu Sobrinho, o erudito e copioso socidlogo do Nordeste, cuja bi- bliogratia pode ser compulsada em Meio Século de Existéncia — 1887-1937, Fortaleza, Tip. Minerva, 1937, de Eusébio de Sousa, bem como no estudo “‘Abrangéncia e Atualidade de To- més Pompeu Sobrinho”, do prof. Francisco Alves de Andrade, introdutério & 2° ed. de Proto-historia Cearense, comemorativa do 1.° Centenario de nascimento do Autor e publicada pela 10 Universidade Federal do Ceara, 1980, podendo-se acrescentar muitos dos seus trabalhos encontrados na Revista do Instituto do Cearéd, vols. 51, ps. 107-162; 52, ps. 53-141; 53, ps. 221-235; 55, ps. 150-175; 56, ps. 153-193; 59, ps. 156-205; 60, ps. 116-184; 62, ps. 139-165; 61, ps. 161-180; 64, ps. 314-349; 68, p. 5; 77, p. 5: — e€ no Boletim da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (hoje D.N.O.C.$)}, v. 1, n.2 5, junho de 1934; ps. 239-256; v. 2, julho de 1934, ps. 24-35; v. 2, agosto de 1934, ps. 56-65, reprodu- zido na Revista do Instituto do Ceara, v. 51, 1927. Aludida Pro- to-historia Cearense é objeto da monografia n° 4 da Colegao Histéria do Ceara, orientada pelo Instituto do Ceara (12 ed., Fortaleza, Editora Instituto do Ceara, 1946). Do mesmo Autor e da mesma colegao é Pré-histéria Cearense (1.9 tomo), idem 1955; e, também, Historia das Secas (Século XX), tomo 2.°, For- taleza, Editora Instituto do Ceara, 1958, constituindo parte da monografia n.° 23 da citada Colecdo Historia do Ceard. O pri- meiro tomo é da autoria de Joaquim Alves Historia das Secas (Século XVII a XIX), editora mencionada, 1953. Dessa Colecao, contamos ainda com a Histéria da Litera- tura Cearense, de Dolor Barreira, obra que pode considerar-se magistral, pelo contetido e extensdo, com os quatro primeiros volumes ja publicados, respectivamente, em 1948, 1951, 1954 e 1962. Também com Historia Militar do Cearé, monografia n.° 15, Editora Instituto do Ceara, 1950, de Eusébio de Sousa, e Historia do Ensino do Ceard, Dep. da Imprensa Oficial, 1970, monografia n.° 22, de Placido Aderaldo Castelo. Raimundo Girdo, que continuaria a Colegao do Instituto com a Histéria Econdmica do Cearé (Editora Instituto do Ceara, 1947, com 460 paginas), tem dado a publicidade, sucessivamen- te, a Aboligao no Cearé, Fortaleza, Editora A. Batista Fontenele, 1956, 2.* edicdo, Imprensa Universitaria do Ceard, 1970, Geo- gratia Estética de Fortaleza, Imprensa Universitaria do Ceara, Biblioteca de Cultura, Série A, v. 1, Histéria da Faculdade de Direito, Imprensa Universitaria do Ceara, 1960, Pequena Hist6- ria do Cearé, 12 ed., A. Batista Fontenele, 1953, com ilustragdes do pintor Floriano, 2.° ed. Editora Instituto do Ceara, 1962, 32 ed. revista, Imprensa Universitaria, 1971, Academia Cearense de 1894, idem, 1975, além do citado Matias Beck Fundador de Fortaleza, e mais A Cidade do Pajeti, Editora Henriqueta Galeno, 1982. Renato Braga enriqueceu a bibliografia cearense com a Histéria da Comissao Gientifica de Exploracao, ilustrada, com 406 ps. de texto, edicéo da Imprensa Universitaria do Cearé, 1962, e com 0 Diciondrio Geogrético e Histérico do Ceara, do qual sairam os dois primeiros volumes, edigdes da Imprensa oh) Universitaria, respectivamente de 1964 e 1967. Obra interrom- pida com o seu falecimento. Fora do Instituto, outros estudiosos ofereceram satisfatd- rias contribuigdes, perpetuando as suas produgdes em opus- culos e, para somente citar algumas fontes, nas paginas da Revista da Academia Cearense de Letras, do Almanaque do Ceara e da Revista da Sociedade de Geografia e Historia. Sintese admirdvel da historiografia cearense e da impor- tancia, que, neste setor, assume a Revista do Instituto do Cearé, 6 a introdugdo que o prof. José Honério Rodrigues escreveu para o indice Anotado dessa Revista, por ele organizado (1959), com 391 ps. Este indice (do tomo | ao tomo LXVIII), paciente e erudita- mente anotado, representa valiosissima contribuigéo aos pes- quisadores da Historia do Ceara. Dirigida pelo Instituto do Cearé e com a supervisdo de José Aurélio Camara, comegou com pleno éxito a “Colegdo His- toria e Cultura”, que editou Histdria da Provincia do Ceara, do Cons. Tristéo Alencar Araripe (2.7 edigdo), 1958; Estudos de Historia Seiscentista, de Carlos Studart Filho, (1959); Correspon- déncia do Senador Pompeu, organizada e anotada por José Au- rélio Camara, (1960); A Revolugdo de 1817 no Cearé & Outros Estudos, (1961) e Os Aborigines do Ceard, de Carlos Studart Filho, Matias Beck — Fundador de Fortaleza de Raimundo Girao, Trés Documentos do Ceara Colonial com estudos de Pompeu Sobrinho, Raimundo Giréo e José Aurélio Camara, Imprensa Oficial, 1969. A morte de José Aurélio determinou, infelizmente, 0 nao prosseguimento dessa Colecao. Walter Pompeu tentou resumir a histéria colonial cearense com Ceara Col6énia, Fortaleza, Tip. Urania, 1929, sem vantagem, eniretanto, pois o livro é apressado e omisso, como bem o mostra Carlos Studart Filho, dissecando-o cuidadosamente. (Re- vista do Instituto do Ceard, v. 45, ps. 208-222). Em 1931, José da Cruz Filho deu-nos a Historia do Cearé — Resumo Didético, Comp. Melhoramentos de S. Paulo, livro mui- to bem feito, porém, como esta dito no subtitulo, de cardter simplesmente didatico, sem maiores desdobramentos. Pena é que nao o tenha publicado em nova edicdo aumentada. Mons. Vicente Martins, que deve ser lido com alguma cau- tela, coligiu Homens e Vultos de Sobral, 1941, sem indicagado do editor, e Diocese de Sobral, 1. vol., Fort., Tip. Brasil, 1944. Primeira edigéo de 1939 (Editora Fortaleza), segunda de 1945 (Fortaleza, Imprensa Oficial), e terceira 1966 (Imprensa Universitaria), enseja aprecidveis esclarecimentos e informes O Cearé de Anténio Martins Filho e Raimundo Girao. 12 De Hugo Victor Guimardes e Silva temos Deputados Pro- vinciais e Estaduais do Ceard, publicado em 1951 (Fortaleza, Editora Juridica Ltda.), e Chefes de Policia do Ceard, (Fortaleza, Tip. Minerva, 1943). E, ainda substancialmente, ficaram as nossas letras enri- quecidas com O Cariri, seu Descobrimento, Povoamento, Cos- tumes, Fortaleza, Rua Senador Pompeu, 483- 1950, e Juazeiro do Padre Cicero e a Revolucéo de 1914. Rio de Janeiro, Irm&os Pongetti Editores, 1938 e Efemérides do Cariri, Fortaleza, |m- prensa Universitaria, 1963, todos de Irineu Pinheiro, bem como Historia do Cariri, Colegdo Estudos e Pesquisas, 1.° v. 1964, 2.° v. 1964, 3.° v. 1967, 4.° e 5° vols., 1968; Cidade do Crato, ed. do Servigo de Documentagdo do MEC, 1955, de responsabili- dade de J. de Figueiredo Filho e Irineu Pinheiro, refertos de noticias e subsidios relativos & regido sul do Ceara. Ainda so- bre essa regiao, O Cariri, Subsidios para a Hist6ria Sul-Carl- riense, Fortaleza, Editora Fortaleza, 1940, de autoria de Anténio Martins Filho; O Folclore no Cariri, Fortaleza, Imprensa Univer- sitéria, 1962 e No Roteiro do Cariri, Recife, Arquivo Publico Es- tadual, 1952, de Mauro Mota. Em Historia de Sobral, 12 ed., Fortaleza, Pia Sociedade de S&o Paulo, 1953, e 2." ed., Fortaleza, Editora Henriqueta Galeno, 1974, de D. José Tupinambé da Frota, encontram-se bons escla- recimentos relativamente a regio norte do Estado, e bem assim em Historia da Cultura Sobralense, Sobral, 1978, do Pe. F. Sadoc de Aratijo; e quanto a regido da Ibiapaba outros po- dem ser encontrados em Diciondrio Histérico e Geogrético da Ibiapaba, Fortaleza, Editores Ramos & Pouchain, de Pedro Fer- reira, bem como em A Ibiapaba do Século XVII e uma andlise de suas condigdes sdécio-econémicas atuais, Fortaleza, Grafica Editorial Cearense, 1976, de Luciana Silveira de Aragdo e Frota, e em Estudos Ibiapabanos, Sobral, Uva, 1974, do Pe. F. Sadoc de Aratijo. Sobre Padre Cicero e Juazeiro, sio muitas, e as vezes con- trariando-se entre si, as obras publicadas no intento de explicar ou interpretar o fenémeno de ordem socioldgico-religiosa e po- litica téo discutide. Merecem referéncias principalmente Juazeiro do Cariri, Fortaleza, Tip. Minerva, 1913, de Joaquim de Alencar Peixoto; Juazeiro em Foco, Fortaleza, Editora de Autores Catélicos, 1925, do Pe. Manuel Macedo, A Sedicdo do Juazeiro, S. Paulo, Ed. Monteiro Lobato, 1922, de Rodolfo Tedfilo, Juazeiro e o Padre Cicero (Discurso na Camara de Deputados) Rio de Janeiro, Im- prensa Nacional, 1923, de Floro Bartolomeu; O Padre Cicero e a Populacéo do Nordeste, Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 13 1927, de Anténio Carlos Simoens da Silva, Mistérios de Juazei- ro, Juazeiro, Tip. de O Juazeiro, 1935, de Manuel Dinis; O Jua- zeiro do Padre Cicero — Cenas e quadros do fanatismo do Nor- deste, 3.2 ed. Séo Paulo, Ed. Melhoramentos, s/d, de M. B. Lourengo Filho; Padre Cicero — Juazeiro visto de perto, Rio de Janeiro, s/e, 1936, de Reis Vidal; Padre Cicero — o santo de Juazeiro, Rio de Janeiro, Emp. Grafica O Cruzeiro, 1940, de Edmar Morel; O Juazeiro do Padre Cicero e a Revolugéo de 1914, Rio de Janeiro, Pongetti, de Irineu Pinheiro, 1938; Apos- tolado do Embuste, Crato, Tip. Imperial, 1956, do Pe. Anténio Gomes de Aratijo; A Gléria do Padre Cicero, Juazeiro do Norte, Tip. d'O Juazeiro, 1956, de Livino de Alencar; Vida completa do Padre Cicero Romao Batista, Juazeiro do Norte, s/e e s/d, de Francisco de Assis Leite; O Padre e a Beata, Rio de Janeiro, Ed. Leitura, 1961, de Nertan Macedo; Padre Cicero — santo rebelde, Rio de Janeiro, Record, 1968, de Francisco Fernando Nascimento; Padre Cicero — Mito e Realidade, Rio de Janeiro, Civilizacao Brasileira, 1968, de Otacilio Anselmo; O Patriarca de Juazeiro, Guanabara, 1969, do Pe. Azarias Sobreira; O Padre Cicero que eu conheci, verdadeira histéria de Juazeiro do Nor- te, Rio de Janeiro, Graf. Olimpica, 1969, de Amalia Xavier de Oliveira; Floro Bartolomeu — Caudilho dos beatos e cangacei- ros, Rio de Janeiro, Grav. Lux, 1970 de Nertan Macedo; Miracle at Juazeiro, New York, Colombia Press, 1970, de Della Cava; Padre Cicero — Maértir da disciplina, Fortaleza, 1970, de D. José de Medeiros Delgado; Pretensos Milagres de Juazeiro, Petré- polis, Editora Vozes Ltda., do Pe. Helvideo Martins, 1974. Joa- quim Alves publicou Juazeiro Cidade Mistica na Revista Cla de Fortaleza, ns. 8 e 9 e na Revista do Instituto do Cearé, v. 62, ps. 73-101, trabalho de valor inestimavel. Nesta ultima revista- pode. ser lido O Padre Cicero, v 57, ps. respectivamente 268 e 229, de Fernandes Tavora. Obra do melhor mérite € Fatos e Documentos do Ceara Provincial, Fortaleza, Imprensa Universitaria do Ceard, 1970, de José Aurélio Saraiva Camara. Igualmente, Estudo sobre An- ténio Cardoso de Barros, Fortaleza, Grafica Editorial Cearense, 1972, de G. S. Nobre (Geraldo da Silva Nobre); Historia da Me- dicina no Ceard, Fortaleza, Colecéo Cultura Cearense, publica- cdo da Secretaria de Cultura e Desporto do Ceara, 1978, de Vinicius de Barros Leal; A Elite Politica do Ceard Provincial, Rio de Janeiro, Edigdes Tempo Brasileiro, 1979, de Maria Arair Pinto Paiva. Antes sairam: Vendaval da Liberdade, Rio de Ja- neiro, Ed. Civilizagéo Brasileira, 1967, de Edmar Morel; A revo- lugéo de 1930 no Ceara, Fortaleza, Imprensa Universitaria da UFC., 1970, de Otacilio Anselmo, sobre este acontecimento re- 14

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