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Sexta-teira, 11 de Setembro de 2009 ISERIE — Numero 36 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOGAMBIQUE 2.° SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOCAMBIQUE AVISO ‘A-matéria a publicar no «Boletim de Republica» deve ser remetida em cépia davidamente autenticada, uma or cada assunto, donde conste, além des indicagbes necessérias para esse efelto, o averbamento seguinte, assinado @ autenticado: Para publicago no «Boletim da Republica», SUMARIO Conselho de Ministros: Decreto n.* 482000: Operacionalizao Plenéno de Justiga Despentiva, Decreto n. 2000: ‘Aprova o Regulamento de Aruculaclo do Sistena de Seguranga ‘Soci Obrigatéria dos trabalnadores por conta de outrem por ont pedpria com o dos Funcionérios © Agentes do Estnda.¢ ‘com o dos trabalhadores do Banco de Mogambique, Cria a Comissio de Mediagio.¢ Arbitragem Laboeal ‘aprovado o respectivo Regulamento queé parte integrante do presente Decreto, eeeeeeee CONSELHO DE MINISTROS Decreto n.* 48/2009 ‘de 11 ca Setembro O Decreto n.* 3/2004, de 29 de Margo, criou, &luz do disposto ‘no artigo 48 da Lei n° 11/2002, de 12 de Margo, o Pleostio de Justiga Desportiva e fixou a composigio e as regras do seu. funcionament, Havendo necessidade de operacionalizar o Plenério de lustica Desportiva, ao abrigo do disposto na alfnea #) do n° 1 do artigo 204 de Constituiglo da Republica, 0 Conselho de Ministros Aecreta: Artigo 1. Os membros do Plensrio de Justiga Desportva so ‘nomeados pela entidade governamental que superintende a érea do desporto, de uma lista de personalidades com idoneidade cfvica ¢ moral proposta pelas federagbes desportivas, ouvido 0 Conselho Nacional do Desporto. Art, 2, O mandato dos membros do Plenério de Justiga Desportiva é de quatro anos, podendo ser releitos uma tnica vez Art. 3. Por Despacho Conjunto 0s Ministros que superintendem as freas das Finangas e do Desporto definirio os honortrios dos membros do Plenério de Justiga Desportiva. Ant 4. 0 Plenitio de Justiga Desportiva funciona com base num orgamento inscrito na entidade governamental que supetintende 0 desporto, _ Aprovado pelo Consetho de Ministros, aos 11 de Agosto 200. Publique-se, ‘A Primeira-Ministra, Luisa Dias Diogo. Decreto n° 49/2008 0 11 de Setembro Convindo introduzir mecanismos regulamentares da articulagdo entre o sistema de seguranga social obrigatéria dos trabalhadores por conta de outrem e por conta prépria com 0 dos funcionérios e agentes do Estado, bem como com o dos trabalhadores do Banco de Mogambique, ao abrigo do disposto na alinea,) do n.” 1 do artigo 204 da Constituigao da Repiblica, © Conselho de Ministros decreta: Artigo 1. E aprovado 0 Regulamento de Articulaso do ‘Sistema de Seguranca Social ObrigatGria dos trabalhadores por Conta de outrem e por conta prépria com o dos funcionsrios © agentes do Estado, e com 0 dos trabalhadores do Banco de ‘Mogambique, em anexo ao presente Decreto, dele fazendo parte integrante, Art. 2. O presente Decreto entra em vigor noventa diss apés. a sua publicsriio, JI DE SETEMBRO DE 2009 2. No momento da fixaglo da prestaylo,o sistema receptor deve fornecer ao sistema de origem os dados actualizados do trabalhador e seus deperdentes, bem assim a respectiva repartgio dos encargos. 3. repariglo dos encargos relativos a prestaglo referida no ‘mero 16 feitaproporcionalmente em relaco ao tempo de servigo ou perfodo contributivo prestado no sistema de origem e no sistema recepior, 4, Para efeito do disposto no niimero anterior, o sistema de crigem deve, periodicamente, remeter so sistema receptor a parte do valor da prestasio que é da sua responsabilidade com base na seguinte férmula: P.=WDxP onde: P, representa o total do valor da pensio a ser transferido pelo sistema de origem para o sistema receptor; |t- representa o tempo de servigo prestado ou de descontos cefectuados no sistema de origem; ‘T — represents 0 total de tempo de servigo prestado ou descontos efectuados em todos os sistemas que {atante o direito & pensio no sistema receptor, P-representao total da pensfo fixada pelo sistema receptor ‘coin base na sua legislaglo, ‘Axnco9 (Pagemento da prestagto) (sistema receptor éresponsivel pelo pagamento da totaidade 4a prestagio a0 bencfciéro, incluindo a percentagem a ser transferida pelo sistema de crigem nos termos do némero 4 do artigo anterior. ‘Avro 10 (Garantia do valor da prestagso) 1. 0 valor da prestagio no momento da sus atibuigdo nto pode ser infenor soma das parcelas correspondentes aos valores ‘que 0 trabalhedor teria dreito por aplicaso separada decada umn os sistemas. 2.O difereneial do valor da prestagio ser ca responsabilidade éo sistema cuja parcela de tempo de serviga ou perfodo conttibutivo for superior. ‘Anmco 11 (Atteragio da prestagao) 1. Qualquer alteragio ou extingo da prestagio deve ser ‘comunicada so sistema de origem pelo sistema receptor. 2. No caso de alteragio deve ainda ser indicada a nova epartigio do valor da pensio entre os dois sistemas. Asmco 12, (Dieposigbes finale) 1. Os procedimentos para a articulago dos sistemas referidos ‘no presente Decreto devem ser efectivados através de protocolos. ‘entre as instiruigses gestoras dos respectivos sistemas, a serem_ 27-21) ‘celebrados no prazo de sessenta dias contados da data da entrada ‘em vigor do presente Regulamento, 2. A interpretasto e esclarecimento de eventusis divides surgidas na aplicagio do presente Regulamento serio feitos por ‘espacho conjunto dos Ministros do Trabalho e das Finangas. Tornando-se necesséria a implantagio efectiva de ‘mecanismos extrajudiciais de prevengio resolucio de conflitos laborais ao abrigo do disposto no n.° 4 do artigo 181 e 269, ambos da Lei n.* 23/2007, de 1 de Agosto, o Conselho de Ministros decreta: Artigo 1. & criada a Comissio de Mediagio ¢ Arbitragem Laboral (COMAL) ¢ aprovado o respectivo Regulamento que é parte integrante do presente Decreto. Art. 2. presente Decreto entra em vigor 90 dias apés a sua Publicagao Aprovado pelo Consetho de Ministros, aos 11 de Agosto 42009, Publique-se. A Primeira-Ministra, Lufsa Dias Diogo. Regulamento da Comissfo de Mediagao e Arbitragem Laboral CAPITULO I DisposigSes gorais ‘Agnao 1 Objecto Opresente Regulamento define o modo de funcionamento da, Comissio de Medingao e Arbitragem Laboral, abreviadamente designada COMAL, e os procedimentos de medisc%o, conciliacto arbitrage laborsl. ‘Axnao2 Natureza Juridica 1. A COMAL é uma instuigio de direito pablico, dotada de ersonalidade jurfdica e autonomia administrativa, independéncia técnica e funcional, 2. ACOMAL 6tutelada pelo Ministro que superintende a érea do Trabalho e tem a sua sede na cidade de Maputo. 3. A nivel das Provincias, a COMAL & representada pelos ‘Centros de Mediagao e Arbitragem Laboral Agnio03 Ambito do splicagso 1. Opresente Regulamento aplica-se aos Centros de Mediagao Arbitragem de natureza pablice. 2, Os Centros de Mediagiio © Arbitragem Laboral privados So regidos pela Lei de Arbitragem e pelos regulamentos de cada centro. 2m~2 SERIE —NUMERO 36 CAPITULO IL ‘h) Apreciare pronunciar-se sobre os relatérios,informagbes estuture. €edados estatisticos de confltualidade laboral no pats e propor medidas tendettes & prevengio dos mesmos; secrXo1 1 Registar 08 Centzos de Mediaglo e Arbitragem Laboral ‘Composigto e natureza privada, mediante requerimento diigido 10 Presidente da COMAL. Arnaos ‘Composite da COMAL sicko 1, ACOMAL € composta pelos seguintes membros: rofos a) Presidente; ‘Antico? ») Dois membros designados pelo Ministro que superintende Orgios ees 1, Anivel central, da COMAL funcionam os seguintes Grgios: ©) Dois membros designados pelas organizagées Ee representaivas dos empregadores; 4) Presidente; 4 Dois membros designados pelas organizagdes __®) Conselho técnica; representativas dos trabathadores 6) Secretariado, 3.0 Presidente da COMAL é nomeado pelo Prmeiro-Ministro, ‘sob proposta do Ministro que superinteade a érea do Trabalho, ‘ouvidos os parceiros sociais que a integram, Axmao 5 Mandate dos membros 1. O mandato dos membros da COMAL é de quatro anos, renovével Gnica vez, 2. 0 Ministro que superintende a trea do Trabalho pode, ouvidos 28 parceios sociais da proveniéncia dos membres da COMAL, determinar « suspensio ou cessagio dos membros indicados nas aincas 8), c)¢ d) do." 1 do artigo 4 do presente Regulamento em caso de 4) Iregularidades, mé gestio ou mé conduta no desempenho as suas fangbes; +) capacidade roanifesta no desempenho das suas fungdes. 3. A suspensiio ou a cessagio de fungées do Presidente nos £2805 previstos no nimero anterior é da competéncia do Primeiro- “Ministo. Agnig06 Comptinls de COMAL Ccompste 4 COMAL: 4) Impantar, implementa, coordenar,desenvoiver ¢ leamizar metansmos Cxonjsela Se ocd coullon beri 1) Recoler,ssteraiza, compile ¢ dives nformastes spectliaadase dados estafucos 40 dasa ae rovengo eso de conto: brass 6) Presturastsrne consults aca servis plo, 2s fmpregadores, ae trbalnadare ¢ ts reepechvee nganinades representatives em matdne 4 povonee eresolgio de conftce abo 4 labora as esis, eSdigs de condua ede ce, direcivay, mani e outro strnenon part 9 plese funcionamento doe srviges de mediagto¢arrsgen pee 6 Promovere incentnar mecanismos adequtdos par @ pprética de negociagéo e resolugo pacffica de conflitos ier ‘9 Prmoverpeouiano nope de lomo om mates de ora 8) Pronunciaree sobre as polices « errtégas de ‘revenge resco de confi: aber 2. A nivel dos Centros de Mediagio e Arbitragem Laboral,« ‘COMAL estrutura-se em: 4) Directores; )Comissbes de Mediacto ¢ Arbiragem; ©) Secretaria, Antigo 8 Competéncias do Presidente ‘Compete a0 Presidente; 4) Assegurar o funcionamento éa COMAL; ) Represeatar legalmente a COMAL, bem como praticar Outros actos com vista & defesa dos interesses da COMAL; ©) Propor ao Ministro que superintende a rea do Trabalho a ‘pomeasio dos Directores dos Centros de Mediago e Arbitragem Laboral, owvidoa COMAL; <4) Admitire promover o pessoal da COMAL e dos Centrose sobre eles exercer aceo disciplinar, ) Convocare presidir as reunites da COMAL; Ji Convocar e presidir 0 Conselho Técnico da COMAL; 8) Autorizar despesas; ‘h) Preparar © submeter & aprovagdo do Ministco que supecintende a area do Trabalho o relatério anval de Contas, incluindo o balango das actividades realizadas;, ') Prestar contas da execugSo orgamental c da gestio do atriménio; JD Supervisar as actividades dos Centros de Mediagio € ‘Atbitragem Labora; 48 Blaborar 0 quadro do pessoal e submeti-lo a aprevagio da entidade competente, ouvido o Ministro que superintende a érea do wabalho, ‘Agrico9 Impedimento e auséncia Emcaso de impedimento ou auséncia, o Presidente da COMAL substtuido por um dos membros da COMAL, designado pelo Ministro que superintende a drea do Trabalho. Agno 10 ‘Comporsigo e Competéncias do Conseihe Téeniso 1,0 Conseiho téeico¢ composto por um maximo de 6 técnicos de reconhecida competéncia nas éreas relevantes, nomeados pelo Ministro que superintende a fea do Trabalho, sob proposta da Comal. 11 DE SETEMBRO DE 2009 2. Compete ao Conselho Técnico: 4) Propor medidas de politicas e estratégias a serem adoptadas pela COMAL; 2) Blaborur pareceres técnicos sobre temas relacionados com 1s actividades da COMAL; ©) Prestar apoio téenico & COMAL. ‘Axmio0 11 ‘Competencies do Secretariado 1, Compete ao Secretariado assegurar o funcionamento ‘administativo da COMAL, nomeadamente: @) Garantir a execugdo das decisdes © recomendagies cemanadas de COMAL; +) Blaborar relatorios peri6dicos do funcionamento da COMAL e dos Centros de Mediazio © Arbitragem Laboral; ©) Elaborar propostas de orgamento; 4) Blaborar planos de formago para mediadores, ébitros ¢ fancionérios; ) Assegurar a gestio financeirae patrimonial da COMAL; J Executar outras tarefes que the forem incumbidas pelo Presidente, 2. 0 Secretariado € dirigido por um Secretirio nomeado pelo Ministro que superintende a rea do Trabalho, sob proposta da COMAL 3. No exercicio das suas fungdes 0 Secretério responde perante (0 Presidente ds COMAL. ‘Awmico 12 Competinclas dos Centro ‘Compete aos Centros nomeadamente: 4) Assegarar a mediagio dos itigios; ‘)Nomear0 mediador; ) Bfectuar as comunicagdes entre as partes em liigio; 4) Assessorar e prestar consultas aos servigos piblices, 808 empregadores, aos trabalhadores © &s respectivas onganizagéesrepresenistvas em matéria de prevengio ¢ resolugio de confit Inborais; ©) Promover ¢ incentivar mecanismos adequados para a prética de negociagéeseresolugdo pactica de confitos, A) Blaborar © plano anual de actividades ¢ o respective orgamento, Agno 13, ‘Compettncias do Diector do Cantro ‘Compete a9 Director nomeadamente: 4) Assegurar o funcionamento do Centro; 4) Execuiar as decisbes e recomendagies emanadas da ‘COMAL para a sua érea de jurisdicio; ) Autorizar despesas; @) Prestar contas da exccusZo orgamental © da gestio do patriménio; ©) Blaborar 0 relatio anual de conta, incluindo o belango da actividades realizadas, subnictendo-osACOMAL.. ‘Agnoo Id Competincies das comiasbes de mediagso @ arbitragem laboral Compete is comissdes de mediagSo ¢ arbitragem laboral nomeadamente: a) Medias os litgios laborais; 5) Convocar encontros entre as partes; ©) Realizarrondas negociais. 272423), Axmioo 15 (Competéncias da secretaria) ‘Sdo competéncias da secretaria: a) Receber ¢ expedir a correspondéncia da COMAL: by Receber os pedidos de mediagto conciliagio © arbitragem; ¢) Expedir as citagdes € notificagées as partes em litigio, ‘testemunhas e declarantes; 4@ Preparar os processos de mediagdo conciliagio ¢ arbitrage: ©) Arquivar os processos de mediasfo, conciliago € acbitagem; J Criar as condigbes técnica fisias pare a realizasdo das sessdes de mediaglo, conciliagho earbtragem; #) Executar as demais actividades administrativas que concorrem para o pleno funcionamento da mediagto, conciliagdo e arbitrager secciom Funcionamento Ann00 16 Reunioes 1. A COMAL reine ordinariamente uma ver por més ¢, ‘xtrordinariamente, por inicitiva do Presidente ou 8 pedido ds pelo menos dos teryos dos seus membros. 2. A ordem do dia de cada reunio da COMAL é definida pelo Presidente, podendo qualquer dos membros apresentar propostas de pontos que julgarem pertinentes. 3. As reunides da COMAL sio convocadas pelo Presidente com pelo menos 5 dias de antecedéncis. ‘Awn00 17 ‘Quorum 1. A COMAL 86 pode deliberar validamente se estiverem Dresentes pelo menos trés membros em representagio de cada tums das organizages referidas nas alineas b),c) ed) don. 1 do artigo 4. 2. As decisdes da COMAL slo tomadas por maiona de votos {dos membros presentes, 3. Em caso de empate, o Presidente tem voto de qualidade, agnoo 18 Dover de colaboragéio Os Centros de Mediasio © Arbitragem Laboral privados deve: @)Comunicara COMAL até aoa 10 de cada més qualsquer tatérias em ltigio registadas no per‘edo antocedente; ») Colaborar com a COMAL e, em especial, fornecer ‘rimestralmente as estatisticas e outros dados que solictar no exercicio dos podetes de cocidenagio. ‘CAPETULO UI Rlogras de mediagto © arbitragem laboral seoghor Medlagéo Agno 19 Ovrigatoriedade de Meclagso Salvo os casos de providéncias cautelares, todos 0s conflitos ever ser obrigatoriamente conduzidos para mediagdo antes de ‘serem submetidos & arbitragem ou aos tribunais do trabalho. m4) ‘Axeig0 20 Inicio da Mediagéo 1. A mediagdo inicia com o pedido de uma das pates através

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