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Robert Alexy TEORIA DA | ARGUMENTACAO JURIDICA ‘ilo orignal ‘Theo de arisen Argumetion (© Svhanp Vera rankfonam Main andy Livia Er Distbidos La Trad: Zia Hucisan Seid Sve capa: Produ Grin Dios eerados pr nga porte {aniy Liver Boe Disb La, Manes Tet, 17 Tes (1) 36-795 / 3081-169 801.0840 Fax (1) 37 3081-4169 ‘SUMARIO Preticio Preféco 82 edi InTRODUGAO 1. problema da jusicagio ds setengs iiss 1.1 Jstcagese vlonzagies juries: 12 Sobre algumas enativas de Solugs0 2. Os pensamentoshisios deste exam 5. Atco pica © ses limites 4 Do fato de uma dscussto metodlgienrevelr& neces de tums eva arguments rds racionalcontemporine FREFLEXOES SOBRE ALGUMAS TEORIAS 0 DIscURSO PRATICO 1. 0 discus prtico na flosofia moral analtic. 1. Naturaisno intuicioismo LT Naturalis 12.0 lawicionisno. . 2. OFmatviane, 21 A andi dos jlgumentor mori de Stevenson 2.2 0 problema da valdnde don arguments pesos 253 Objegies A teoria de Stevenson 3 1s 7 0 25 30 37 3. 0 discusoprtico como uma atvidade rida por ea $8 53.1 Os aliceres da lost lngistca: Wgenstein Ausun 53 3.1.1 concete de um jogo ings de Whtgensten 55 312 A Teoria do Ato do Discurso de Austin 58 32 A Teoria de Hare 61 321A Teoria de Have sabe a Linguagem da Mora... 62 322 A Teoria da Argumenagio Moral de Hare 66 323 Umacrien Teri da Argento Moral de Hate ..74 33 A Teona de Toulin 18 331A Fangio ds Bu a5 332 A andlse da arumeriagdo moral de Tulmin n 53.3.3 A Teri gral da Argumeatago de Toulmin n 53.34 Problemas da Teoria de Toobin st 3.35 Aprimoameno da enninologa a4 36 Teoria de Baer 85 34.1 A ands de Baer da Argumentagto meral 85 342 © pono de visa moral 8 5,43 Solve rita tora de Baie 89 1, A teora do Consens da Verdade de Habermas ot ‘A eica de Habermas 2 tera da corespondcia da verde 92 1 2 combina deer doa de sews coma eorada verde 93 4. Adistingso ene Agia e Dicir. 96 44 josie de atrmajbes normatvs 95 5. Agen do disearso 98 6 A situagio de discus ideal “oe 71 Dicuss xin da tern de Habermas 107 I, A Teoria da Deiborasdo Pritca da Escola de Erlangen ooo WT 1, Ooms do mda const ne 20 propo pressuposo daca consrativa ny, 3. Os prinpins dia consi ann aa 44 A stnese erica do sistema de moras. 135, 5. Ponto 3 serem lembrads. 128 IN. A Teoria da Argument de Chaim Pereiman 129 1. A tora da argumenta¢do como uma tera Ica (no sentido mais amp) 130) 2. argumenafdo como una fungi da audiccla 10 5. Demonseaio earumentsio. BI 4 conceito de audincia univer irs 16, A alse de Persian ds esttura ds sgumenagso 7. A racionalidage da angumentago. 8. Pontos que devem se embrados Noms £ESB0G0 DE UMA TEORIA GERAL D0 DISCURSO RACIONAL PRATICO 1. © problema ds jsteago de sfiragies ormatvas. 2. Teva posses de dscurso. 3. A jusifcago das regras do dscaso 4 Asregras formas do dca prio ger 1 AS regns sia 42 As regns da racionalidade 43 Repas para paar a carga da argumentaso 444s formas de argumento 445. As rer de jusificagto 44.6 As regres de ransgio 5. Oslimites do disurso pico pera Nos LUMATEORIA DE ARGUMENTAGAO JURIDICA 1 ODiscursoJuridico como um cso especial do discurso prtico sera . “ipo de dacs jurin. -Atese do caso especial ‘Trani pra uma tera de argument 1, Togas bisicos de ma teria de argument aria, A justia tema. 2 Jasieagio exter 21 Os sis grupos de vegas formas de jusiicagao externa 22 Argumenasao empiia 23 0s Cinones de interprets 23.1 AS formas do argument individais 232 Opapel dos cdnones no discus urico 138 Ma 19 im 1 186 187 189 2 wr 199 201 au au 217 a8 218 2 22s 226 27 235 24 Argumentagdo dogs au 24:1 Rumo a um eoneito de dogma juridica 2a 242 AS proposites da dogmaia juin as 243 A aplicago das proposes da dogmatic 219 244 A jstfieagdo eo exame de proposgbes dogmas 249 24S As TungSes da dopmain 282 246 Argumentagdes dogmsticas e praiasgeais. ast 25 0 Uso de Precedenes 258 25.1 A repr sob ococargo do argument. 239 252 A apleagso do precedente ma argumentsio jr. 261 26 A Aplicaco das formas especial de agumenojuico. 262 21 0 papel dos arguments prticos gras no dicursajuriica 266 I, Discurso juriice «prio geral 261 1. Arecessiade do diseursojurico do pomo de vista da natuters bo discurso pedo gral ast 2A corresponds paral ma exgénia de coreg 269 5. Acomespondénciaesttural ene ae reprase formas de dscuso Jaco €aqulas do dsr prio gra. 299 4. A necesidade de argumeatosgerisprticos no conteno da ‘pumengio juridiea m 5. Osis e»necesiade ders do dnc juice rc 272 Noms am APENDICE Tosa as ncn rons mass 293 1. As regrase formas do dlscurso prio gra 293 1. As tepas bss. 293 2 Asegras da racionlidade 294 5. Repas pra alert 0 encargo do argument 294 44 As formas de arguments. 294 5. Asrepras de ustiieagso 20s 6 Asia de transgto 296 1. As rear formas do dscurojurdico 296 1. As eras efomas de justia interna 296 Lt Formas 296 [LIA forma mais simple 296 1.1.2 forma mai geal 296 12 Regs - 296 2. Asrogra formas de jostficap externa. 21 Reps e formas de argumentao epics 22 Reps «formas de iterpretagso 22:1 Formas de inert verintica, 2.22 Formas de iterpetpo genta 22.3 Forma bss do nerpelgtotleoligica 2.214 Formas de interprets histrea,comparativa €| slstemitiea ado foram elborads 225 Regrs. 2.3 Regras de argumentastodogmaica 2 A mais perl das epras para aplicgto do pesedemc 2.5 Formas especie argumenon jridicos, 25.1 Formas 252 Rega POsFACIO sro a aucun cxncos 1. A concepedo procedural da correo praia 1. O discuro ea Boas eas 2. A necesidde ds comsniasio 3, Procedmentoe coreg 2) Concitoeeritrio de cones. >) dseuso ideal ©) Discurso real 4 Sobre ajustifcago das wera do discus A tese do caso especial. 1. A arguments jai come aiscuso prtico 8) Argumenag jridca e quests pias b) A conde da comes30 ©) Os imites do discus jurico 2. Discurso prone procediment jai. Noms {sce oe Noms. (sone Marenas 297 297 207 207 298 29k 208 299 209 299 so x01 301 508 308 31 a3 319 39 319 320 321 323 325 30 331 PREFACIO 0 primeiro senalo do Tribunal Constituional da Republica Fe eral decid, em I de fevereico de 1973 (decis rlativa 8 ps- _graduagio em Direito), que as decisbes do juiz tem de se basea na argumentag raional”! Essa exiggncia de racionalidade na argu- rmentago se estendea todos os casos em que os advogadosentram fm debate, A questio sobre a natureza dt argumentasio raconal ‘em geal, respectivamente sobre a da argumentag juriica em par ticular, no € um problema que devainteressr apenas aos teéricos 1 fildsofos do Diteito. Bla se apresenta da mesma forma insstente para os advogados patcantes e ineressa a todo cidadio que seja ‘tivo na arena pica. Da possbiidade da argumentago Juridica racionl dependem no s6o carter cienifico da jursprodénca, mas também a legitimidade das decisSesjicais (0 tema deste exame 6 a questo sobre o que se deve entender por argumenaso juriiearacional, bem como o contexto em que fla € possivel. O subtulo "A Teoria do Discurso Racional como “Teoria da jusficagsojuriica", mostra como esa questi sed aor dada. A resposta segue em dos passos. Na primeeae segunda pr tes do trabalho (ents elaborar uma teria da argumentago prética eral, na tereia,aplic esa teria 3 argumentagto juriica. Ofato dd se dedicar mais pigins 4 primeira do que & tima, se justfca pelo estabelecimento de um fondamento para tori da argumen: lag jurdica. Um aperteigoamento dessa teoria no $6 ¢ possive, ‘como também desejivel. Quando a meta desse exame tiver sido leangada, tro sido langados os alicerces para o trabalho futuro, 1 BVer0 E34, 269 a8, 14/6 ROBERT ALEX (© manuserito desta publiago foi usado como tema de dsserta 0 nt Faculdade de Direito dt Universidade Georg-August de Gotingen em 1976. Sem o estima amivel de mites pessous, cla nunca feria sido possve, Dos muitos que acompanharam soli mente 0 trabalho, quero destacr especialmente o professor Dr. Rall Dreier Em suas contnuas discusses cle me lev ater certos pen- samen(os, Mew agradecimento vai também pra o professor De. Mal teDiesselhost, cua critica me impediu de comer varios errs. Neste onto também quero agradecer ao meu pressor de losis, pofes- ‘sor Dr. Gunther Paz, Bu ficaria muito contente ve sta abordagem ‘lossfica Fosse econhecida no metodo deste exame, Finalmente, bbém devo agradecimentos & Studienstiftung der deutschen Volks, que durante muitos anos me oferecen apoio intelectual efnanceiro Gottingen, jncio de 1978 Roars ALexY PREFACIO A SEGUNDA EDIGAO ‘A nova edigdo no alterouo texto, Acrescentei um posécio, qual respond a alguns ertcos. Kiel, abril de 1990 ones AUExY INTRODUGAO 1. problema da justiicagao das sentengas juridicas 'Ninguém mais pode afirmar seriamente que a plicaglo das lis nada mais envolva do que uma inchsio logic sob conceitos supe Flores absratamente formolados Essa constatapo de Karl Laren caracterza um os poucos pon tos em que hi unanimidade dos jurists na discussto da metodo- Jogia contemporinea. Em um grande mimero de casos, a afiemagio noemativa singular que expressa um julgamento envolvendo uma ‘questo legal nto € uma concuséoligcaderivada de formulagdes ‘de normas pressupestamente valida’ tomadas junto con) afirma _6es de fatos comprovada ou pressupostamente verdadcios ara tanto hf no minim quatro motives: (1) a impreciséo da linguagem do Ditto, (2) apossibilidade de confit entre 38 nor mas’ (3) 0 fato de que possivel have casos que requetam ua regulamentagiojurdica, que nfo cabem sob nenhuma norma v4 dda existent’, bem como (8) a possbiidae, em casos especas, de ma deciso que contrariatextualmente um ett ‘Um jalgamenco jurdico U, que se baci logicamente ma form lapto das normas de dieito N,, Ny.» N, ea vaidade tenia de Ser pressopostajantamente com os axioms empiricos A, A... A, pode ser descrto como justificdvel, Quando existem julgamentos ‘que nio seguer logicamente de N,N, Ny junto 6om Ay, A, [Ag surge a questo de como esses julgamentos podem ser jas ads. Esse problema € um problema fundamental da Doutrina 6 Metedologia Juridica ‘A doutrina do Metodologia Juridica poe slucionaro problema de — ne on a a 18 + nogeer nex apresenarfegras ou procedimentes, segundo os quis pode ser de- Tmonstrada que a transigao de N,N, Nye de Ay Ay. Am para U também €admissivel quando Uno segue logicamente de N,N,N, Ay A. A, ot quando para a formulae das normassupostren te vdldas eds aniomas empiricamente aeives podem ser obtidos ‘outros axiomas com conteddo normativoN,, Ny. Nato que Use due logicamentedeN,, Ny. N,jontocomN,N,.NeAy AeA, ‘Os mais amplamentediscutidos candidatos para © papel de re as ou procedimenos para o dominio dessa tarefas sf os cones de inexperaio, io mimero desses einones € controverido. Assim sendo, Sa vigny distingue o elemento gramatial, 1gico,hstrico e sistem tico da interpretagdo. Segundo Laren existem cinco critérios de interpreta: 0 sentido literal do estatto, o iner-relaconamento

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