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*Doutorem Comunicagio e profesor do ECA USP eda PUCSP Autor entre outros ds ios Allsio Especlr A Arte do Video, Miguina € Imaginario, Pre-cinemas & Pos cinemas, A ‘TdewsdoLevadaaSério,OQuartolconocasmo 28 PaiajeMediateo. O Filme-Ensaio ‘Arlindo Machado* ‘Denominamos ensaio uma certa modalidade de discurso cientifico ou filos6fico que carrega atributos amide onsiderados “iterérios’, como a subjetividade do en- foque (explicitagio do sujeito que fala), a eloguéncia da linguagem (preocupacao com a expressividade do texto) ea liberdade do pensamento (concepcio de es- crituracomo criagio, em vez de simples comunicacao de {d6ias. Toda reflexio sobre oensalo, entretanto, sempre ppensou essa "format como essencialmente “verbal isto 6, baseada no manejo da linguagem escrita.0 objetivo deste artigo ¢ discutir a possibilidade de ensaios n3o escritos, ensaios em forma de enunciados audiovisuas. Embora teoricamente seja possivel imaginar ensaios ‘em qualquer modalidade de linguagem artistica(pin- ‘ura, misica, danca, por exemplo), uma vez que sempre ‘podemos encarar a experigncia atistica como forma de Conhecimento, vamos, por comodidade, nos restringit nestetexto apenas 20 exame do ensaio cinematografco. Comecando pelos ploneiros russos (Eisenstein, Vertov), Introdutores da idéia de um cinema conceitual,tracamos ‘uma trajetéra do filme-ensaio na histéria do cinema, com énfase principalmentenas contribuicoes de Godard eBemadet Frllme-ensaio, cinema conceitual, documentério. Ha muito tempo venho perseguindo a idéia de um cinema de tipo ensaistico, que antigamente, utilizando uma expresséo de Eisenstein, eu ‘chamava de cinema conceitual e hoje tendo a chamar de flme-ensaio. Es-

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