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Colheita de Espeimens para anilise Laboratori Os exames complementares so uma parte essencial da pritica médica atual. Embora os exames laboratoriais em alguns Paises representem apenas 2,3% dos custos anuals com sio muito importantes na tomada de decisio clinica para médicos, assisténcia 4 sade, enfermeitos e outros profissionais de saiide. O sistema de saiide depende cada vez mais de laboratérios de andlises clinicas fidedignas, contudo, essas avaliagdes esto sujeitas a erros. As anilises no sio apenas a utilizagao de substincias quimicas e reagentes para determinar as concentragdes de varias amostras para fins de diagnéstico clinico. Um problema comum ¢ a interferéncia endégena ¢ exdgena, Espécime & uma amostra de tecidos orgdnicos, exsudatos ou excregbes que podem ser obtidas durante procedimentos diagndsticos e de tratamento. > Urina > Feze: > Sangue; > Espectoragio e outros Colheita de Especimens é 0 método de obter uma amostra de especimens para determinar dados aauxiliares de Diagnéstico. Objectivos da aprendizagem = Identificar as principais amostras usadas para exames laboratoriais, mencionando finalidade de da colheita de cada amostra: Urina; Fezes; Expectoracao; Pus ¢ Sangue; = Seleccionar o material e EPI necessérios para a colheita de cada tipo amostra: Urina; Fezes; Expectoragao; Pus e Sangue. = Prestar assisténcia de enfermagem antes, durante ¢ depois da colheita de amostras de: Sangue, Urina; Fezes; Expectoragao e piis/secregdes; * Interpretar os resultados das andlises laboratoriais de rotina: Hemograma, Bioquimica, Urina II e Teste répido para HIV e para Malaria. Objectivos da cotheita dos especimes : 1. Colectar assepticamente uma amostra para cultura; 2, Auxiliar no Diagnéstico; 3. Determinar as condigdes do paciente ¢ auxiliar no tratamento, Urina Consiste na recolha de um determinado volume de urina para a realizagao de exames de diagnéstico. Pode ser feito pelo enfermeiro ou pelo proprio utente. Finalidades: Y Uroculturas Y Andlise suméria (Tipo I); Y Urina de 24 horas. Urina 2 ~ 6 uma colbeita que nao precisa de frasco exteril apenas a limpeza do perinio (parte externa do drgio genital) , 0 frasco deve ser limpo e seco. Pede-se para a pesquisa de parasitas. Urocultura ~ 6 um exame que permite por em evidéncia a presenga de germes na urina, 0 indice de infecgdes nas vias urindrias. Digitalizada com CamScanner Cateterismo vesical — & uma técnica pouco usada e contestada porque a introducdo do cateter vesical se nao for executada com técnicas ¢ precaugdes pode provocar infecgdes Provenientes das vias urindrias baixas. $6 se usa quando 0 paciente no consegue urinar de forma auto-controlada ¢ quando hé indigo para a colheita de Urina 1 ¢ ainda nesta técnica nao é possivel obter a urina intermediéria, Precaugdes * So deve ser realizada quando a técnica do jacto médio nio € possivel; * Quando se pretende urina asséptica; * Usar técnica asséptica rigorosa inerente a uma boa algaliagdo ¢ colher a urina Colheita de Urina: Utente ja algaliado * Com luvas desinfectar a parte destinada a pungdo da sonda; ‘+ Previamente clampar a sonda com pinga apropriada ou clipe apropriado; Puncionar a sonda no local destinado e aspirar cerca de 20cc d\urina; © _Verter esta urina no frasco esterilizado. NAO colher a urina do saco pois pode nao ser recente Saco Plastico ( saco colector) Consiste na colocagdo de um saco exteril depois de uma limpeza ¢ desinfecgdo dos Srgios genitais . Este método é usado quando o paciente ndo urina sob comando ( quando sofre de incontinéncia urinaria). A desvantagem é 0 facto de nao se detectar 0 primeiro jacto da urina. Jacto intermediério — & mais aplicado nas hematirias intermediarias. E necessério uma limpeza dos orgios genitais externos. O primeiro jacto é eliminado porque nao é o que se pretende fazer a pesquisa , 0 segundo é recolhido no baldo de boca larga ou um frasco esteril. . No Homem: Expor a glande ¢ lavar a area em redor do meato com fgua ¢ sabio. v Y Remover o sabao e limpar com compressas esterilizadas, Y Instruir o doente a abrir correctamente 0 frasco esterilizado, tendo em atengao em no tocar no seu interior, nos bordos ou na tampa; Y Desperdigar a primeira porgdo de urina e, de preferéncia, sem interromper © jacto colher para o frasco uma quantidade de 20 ml de urina. Termina a micgdo para a sanita ou urinol. + NaMulher: Y Separar os grandes labios para expor 0 meato urinério; Y Lavar e limpar, usando a técnica de limpeza da frente para tras; Digitalizada com CamScanner 2 epeyogy aquourvonauna vduser ap 2 efse] v90q ap sopedosde soos Jas WOAap anb s9zaj 9p seUILIT soonod sajuato_Ns oS wMynonsdod st ered svUpioRg ap sotogdso se sin@unsip wed Soz9j ap semsoWTE nudos EN “JeUNSAIUE JeULOU ELOY v WNINsUOD 2 seIyosdes sv ops vj anb ounsaiut op samuatuaacid sowistuedroro1Ur ap as-rIEs], “OpEAg|> oad WO x9 SIPUMIOU S9Z9J SEN “SOIUDISIXO SEIU SODTUATOIEd soUNSIUEBIOsO NU {apt 9 svjost wied as-emnoaxa ‘sazay ap [esnyjno auexa Ny — Punypnonsdo.y " -ougreoge] oF seIUD as ap sortte sope|May auduras 498 waAap saluaIdioar SO “anBueS 2 oon W9) anb se sezuoud ouyssaoou 9 oduiay owsu oF SEIU Sepiqaoos WAIO} ag "eHOYIOD B sode sexo f 9p anuap sepeuumexd 49s woraq “seosayy ojuenbus sazay se seUIUIeXD s1UeLIOdK seyjos eum sod eperdepe edurey eum wos eyoyjos e ered ooseyy LIN tedurei woo wie] BU) & fepeuioous gues ap exiva PUT] — suas wopod 9 edurey wun 49} WaAap sopos suausjoadso SQ “Joapauniodunt jeusay Seordmuig exe Ise, ‘soywaumpasoid ap seany atdty jade sermedsg, sensoure wed opezytiaisa ooseiy Syyyyyys dH “Jur p ap elas exsoure v anb oupssaoou 9 sozaj sep WaBeOIs v IeIAD BIE -seysered ap wstnbsod v ered 9 — onupyispand awoxy vempnonidoy °z 9 oe,usered awexg “1 8929} ap Byfooas ap sodu stop PH vanynonido) sysered 9 sono ap esnbsad y ‘ono anges ap sesinbsad sy» * , 10a} eNpro8 ep wiasesop y seanysoip sogSury sep opmass sousexa op opSeziqeou e wsed sozay ap apepnuenb epeuuuoiop vun ap ey ‘auatoed op s9saj ap wAISOWE UIN 9190 9p op. sadns vondasse voiu99) wo omipatu ojad os wpeynsoxo | - va1gng vadns opdung Ter9tut opSiod 0 opuesipsodsap ‘o1oef wo 2 ogssaad woo eles euLIN B anb eULO) ap FeULN > SOpEISEFE SOIgE] so 1IUEY Digitalizada com CamScanner onaeds3 swoweaese7 da 9 (eae ss og v6rxag, eoveserez Nee eeee “oonsoudeip ap sairiuawiajduos saurexa 2p opdeztyeal v exed voreSerez wun woo seaIUEHIO SeIOUBISANS 9p RUJODII RU aISISUO.) voredeavz, 40d exsowy ep eHaMIO> “wiaBeuuayua ap opSeIoue seZIIe9Y tougresoqey ov equruesuy = BUI SEIEART sepinas ura o-opueysay “suaidioas ou (sexreosa) xeuoroodxa 9 aqusurepunyord sso) v ajudtoed 0 seIUILIQ, sooseyy 0 19990104 sopidsno opu 2 opeieasa 49s aAap jeusTeur o anb seu ‘24J09 Ep saque ‘oondgs-ue Was “ene tO a1UDUIOS [P10 DUDIFIY e IIDC) seuewuayua/ourenb ov seaay 9 oosexy 0 AwoyNUapl ‘oURSsodou JeuayeLL o sesedaig ‘sop se eae] ‘syeusrew ©P en124]09 eed opoigut o 9 suIexs op apeprfeUY, e aiqos aqusIoNd 0 TEIUDUQ soyuaumtpasorg S6N EIEDSEIY A ‘ourexa ap sean] Lope: 9 09884, - da 9 yay e op opSeztjea1 e vied ouesss op apepnuenb upeumuuorsp wun ap rYJoso1 eH aISISUO) ‘oySesoy90dx9 9p en19yI0-) Digitalizada com CamScanner oun at LT [e101 eurqnasnyig, our sz - 79 puruneas) IpAw sp-O1 eau) owt gp - SE ‘o1pos row p's - s*¢ orsseiog Tow 7'9 - 6'€ 380911 wlougsayas ap S210qe A oujauigaed borg ap ogseiasdiouy Testes de comp: > Grupo sanguineo. Precaugdes 1. O paciente deve estar em jejum porque as refeigdes alteram muitas determinagdes hematolégicas ¢ bioguimicas por isso as colheitas devem ser feitas nas primeiras horas da manh’ sem ter comido nada para evitar alteragdes que podem cond falsos resultados; O paciente deve estar numa sala independente onde se possa sentir tranquilo; 3. Deve estar numa posigao cémoda ( sentado ou deitado) com o brago apoiado numa mesa, cama e no lado do brago dominante do Enfermeiro/ Técnico de Saide. x Material Necessério Taga com quadrados de algodio; Frasco de lcool 70% ; Garrote; ‘Agulhas descartaveis ou esterilizadas; Seringas adequadas a agulh: Tubos com ou sem anti- coagulante; E importante imobilizar 0 paciente SOS, ler as requisigbes para decidir as quantidades de sangue e se necessério colher com anti-coagulante ou ndo. Locais a colher © Veias da prega do cotovelo( mediana, cefélica, ba escolher a mais grossa; * Veia femural; © Veia jugular externa Em casos de ndo tornar possivel podemos recorrer as veias do dorso da mao ou as dos tomozelos. "Nas veias da prega do cotovelo ~ © Enfermeiro fica no lado do brago que esté usando para a colheita, usa 0 brago dominante ( de preferéncia o direito). Na Veia femural ~ O paciente deve estar deitado em decibito dorsal na posigtio de pernas dobradas, as maos do paciente sobre os seus joclhos. Na Veia jugular externa ~ O paciente deve estar imobilizado em forma de mimia ¢ a cabeca baixada para um lado. O choro (em criangas) vai ajudar o fluxo aumentado de sangue. Precaugées: ‘© Colher o sangue na fase bacteriana da doenga; « Efectuar a colheita na altura dos picos térmicos ( no aumento da temperatura); AU aRNS a) sem se esquecer em Bibliografias Novo Manual de Enfermagem (Procedimentos e Cuidados Bésicos) 6° Edicdo; Fundamentos de Enfermagem (Conceitos, Processos e Praticas) ~ Potter Perry DE LIMA, Idelmima Lopes & MATAO, Maria Eliane Liégio ~ Manual do Técnico de Enfermagem, 9° Edigao 2011. wien Digitalizada com CamScanner DOR - CONCEITOS GERAIS Dor E uma experiéneia sen: [A dor & experimentada por praticamente todas as pessoas, ¢ ¢ ge! cuidados de satide, por parte dos daentes. pois incapacita ¢ angustia mais do q\ isolada Classificagio fisiopatolégica da dor Classifiaca-se em conformidade com os mecanismos ‘causada por lesdo dos tecidos mas a via nervosa ¢s ica. causada por leslo do sistema nervoso central ou periférico(ex: neuropatia ‘cemocional desagradivel associada a lesld real ou potencial dos tecidos. ralmente 0 motivo de procura de ue qualquer doenga fisiopatol6gicos que a originam, a dor pode ser: st intacta (ex: furtinculo) periférica) Mista: causada por lesio dos tecidos ¢ « Psicogénica: a dor é gerada por processos psiqi ‘associado. (ex: relatos de dor num paciente psicético) do sistema nervoso (ex: traumatismo) 1uicos, néo ha nenhum componente organico Tipos de dor Embora nalgumas vezes ndo seja possivel a distingio entre os tipos da dor num mesmo paciente, os principais tipos da dor séo: jos tecidos da periferia do forma de dor nociceptiva decorrente da lesto d lagdes, tenddes, tecidos de revestiment Jocalizada e a apresentar qualidade bem distinta (ex: ), Pode ser superficial ou profunda (menos distinta ‘afectadas. Exemplos: dor da artrite, queimadura, © Dor somatica: € @ corpo (pele, miisculos, articul peridsteo). Tende a ser bem rasgadura, pontada, queimadura, aperto) que a superficial), dependendo das éreas abcessos cuténeos. é a forma de dor nociceptiva deco chamada de dor surda, é 10 das visceras, srente da lesdo visceral (ex: intestinos, profunda, difusa, dificil de iscera afectada (ex:dor se relacionam sB0 de drgos ica abdominal- que aument com érgaos e proce macigos ou processos na processos obstrutivos de érglos 0c0s). anifesta nas proximidades do érgao afectado), ou .essos patoldgicos especificos (ex:dor surda abdom ‘0 obstrutivos de érgdos ocos, dor tipo jadeira (que Se ™ Vv A dor visceral pode ser verd: do local afectado através referida (que se manifesta distante sda transmissio nervosa). Principais caracteristicas da dor Os aliagd0 rr—~—~—‘(iastr ‘aa dor. Ao colher a anamnese, deve-se solicitar Para se poder fazer 0 con! da dor inicia ao observar cuid: presenga ou auséncia de comportam dos pacientes uma descrigao dos segu © Intensidade; © Evolugo; © Duragdo: © Localizagao; snes Gl ae joao (Lichinga)- Textos de apoio Curso de Ts Politécnico S& Digitalizada com CamScanner © Qualidade: * Grau de incapacitagao: © Factores agravant © Manifestagdes associadas. Intensidade Varia desde a auséncia da icio da dor do paciente € a sua capacidade de Para avaliar a intensidade da dor so usados instrumentos que podem servir para documentar a necessidade de intervengio. avaliar a eficdcia da intervengdo anterior, ¢ identificar a necessidade de utras intervengdes caso a primeira tenha sido ineficaz no alivio da dor. * Exemplos de escalas de avaliagio da dor:Escala descritiva simples da intensidade da dor. Exemplo: auséncia de dor, dor leve, dor moderada, * Escala numérica de 0-10 de le da dor. Nesta escala 0 significa auséncia de dor € 10 dor insuportavel. © paciente & solicitado a indicar o ntimero correspondente A sua dor num intervalo de 0 a 10, Exemplo: Sem: Figura 1. Escala numérica da intensidade da dor. ‘+ Escala analégica visual: é uma linha recta com 10 em de comprimento em que a extremidade da esquerda refere-se 4 expresso auséncia de dor e da direita a dor insuportvel. O Figura 2. Escala analégica da intensidade da dor. Escala de dor de faces: este instrumento possui seis (6) faces que demonstram expresses que variam desde © sofrimento do paciente até 0 dbvio. Nesta escala o paciente aponta a face que mais se identifica ou se assemelha com a intensidade da dor. Figura 3. Escala de dor de faces Instituto Politéenico S80 Joao (Lichinga) - Textos de apoio — Curso de Técnicos de Medicina Geral 47 Digitalizada com CamScanner Evolugio E varidvel, quanto a forma de instalago (brusca ou gradual); factores desencadeastes (evocada por estimulos especi ‘inea); ritmicidade (cor intermitente, periodos especificos do dia, a qualquer momento). Estes dados podem ser obtidos com base na anamnese e nalgumas vezes, através da observagio dos doentes. Duragio Dependendo da sua duragdo, a dor pode ser aguda ou crénica. * Dor aguda ~ a dor aguda ter abrupto, ¢ muitas vezes ¢ reversivel. Pode durar de uns segundos até 3 meses, no entanto, este tempo nem sempre é determinante porque muitas lesdes agudas curam dentro de algumas semanas e a maioria em tomo de 6 semanas. Manifesta-se de forma varidvel, geralmente com choros, queixas ¢ posigo antalgica (que evita a dor) Serve como sinal de alarme e acompanha-se de ansiedade ‘* Dor crénica - tem inicio mal definido, persiste apés 0 tempo determinado para a cura de uma eso ou esté associada a processos patolégicos crénicos que causam dor continua ou recorrente, ou ainda a lesio do sistema nervoso. A forma mais frequente de manifestagdo é a depressdo ¢ 0 cansago. Localizagao Pode ter localizaco especifica num tinico ponto ou em varios pontos; pode ser de facil localizagao ou difusa (dificil de localizar); pode ter ou no ter irradiago para locais diferentes da fonte principal. Para obter estes dados, deve-se pedir ao paciente que aponte o local afectado do corpo, ou seja, onde ‘a dor. Esta avaliagio pode ser reforgada com o uso de desenhos de figuras humanas em que se ita que © paciente aponte ou sombreie a area da dor. Qualidade ou auto-relato E a descrigto das caracteristicas da dor dada pelo paciente, usando as proprias palavras, sem que the oferega ajuda durante a descri¢ao. Deve-se deixar o tempo suficiente para que os pacientes deserevam a dor. Este tipo de avaliagZo € indicado para pacientes com capacidades de compreensio e verbalizacao. Exemplo: ‘* sinto um peso na cabega’’, “’sinto como se a minha barriga estivesse a queimar por dentro”, *’sinto que algo se esté a rasgar no meu peito”. Grau de incapacitagao E importante saber do paciente em que medida a dor o afectou na sua vida quotidiana, tendo em consideragdio que hd pessoas que conseguem trabalhar, estudar mesmo com dor, enquanto outras ficam incapacitadas de realizar qualquer que seja a actividade. tes Factores agravantes e a Deve-se colocar as questdes relativas a factores que agravam ou que aliviam a dor. Nestes casos deve- se proporcionar ambientes agradaveis ou eliminar os factores agravantes de dor e ofrecer ambientes que ajudam o paciente. Manifestacdes associadas Importante pesquisar acerca de outras manifestagdes, e sua relagdo com a dot. Ex: sea dor é acompanhada de incapacidade de moviment Instituto Politéenico Sdo Joao (Lichinga) - Textos de apoio ~ Curso de Técnicos de Medicina Geral 48 Digitalizada com CamScanner

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