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Processamento Primario de Petréleo Entende-se por processamento primério de petréleo a primeira etapa, ainda na fase de producao, pela qual o petré- leo passa depois que sai do reservatério e alcanca a superficie. O termo primério é usado para distingui-lo do pro- cessamento mais complexo, que o petréleo sofre na refinaria, 5.1 Introdugio ‘No teservatério de um campo produtor, o petréleo encontra-se em uma fase liquida conhecida como fase oleosa Sulsimplesmente’6leo. No entanto, ao aleangar a/superficie, os hidrocarbonetos mais leves e alguns outros gases, como o gas sulfidrico (H,S) e o diéxido de carbono (CO;), aparecem também ina fase vaporyem equilibrio termo- dindmico com a fase liquida (6le0). Isso acorre devido a queda de pressdo durante a elevagao do petréleo & super- ficie eas quedas de pressio localizadas em valvulas de controle nas instalagdes de producéo. ‘Aléfnidas fases oleosa e gasosay um campo de pettéleo'riormalimente’produz agua, aps um certo periodo de operacio do campo, seia por estar presente inicialmente no reservat6rio ou pela sua injeedo, em um processo que visa ao aumento ‘daFecuperagio do petroleo. Como seri visto adiante, na realidade,trata-se de salmoura, uma solugao aquosa rica em Sais rim de petrleo pode ter como objetivos: 0 das trés fases mencionadas anteriormente: oleosa, gasosa’e aquosay nos equipamentos 10 separador lita fa8e 612684 para reducao do teor da 4gua emulsionada e dos sais nela dissolvidos; —fratat'a Se Ga8OR para reducao do teor de égua (vapor) e de outros contaminantes, se necessétio; Difatar a guia separada do petr6te, para descarte e/ou para reinjegdo em pocos produtores. Na Figura 5.1 esté representado um esquema com as principais etapas do processamiento primario que ocorre na regido produtora de petréleo, em instalagées de superficie localizadas na terra ou no mat, denominadas inst ‘esde\produgao." Dependendo da previsio da quantidade de fluidos produzidos e de um estudo de viabilidade; técnico-econ6mica, a instalagio de superficie pode variar em complexidade, sendo que: as fais'simples consistem® apenas em vasos separadores bifésicos gas/6leo ou trifasicos gés/dleo/égua, enquanto as mais complexassalém separadores, podem incluir o tratamento ¢ a compressio do gas, 0 tratamento do éleo e o tratamento da éguay 10 para descarte como para reinjego nos pogos. Todo o sistema’ de prodigao de petr6leo comegaina cabeea'do pogo, por meio de um equipamento constituido um eonjunto de valvulas,cdenominado érvore de natal, cujo objetivo é controlar a producio dos fluidos. Nesse eq ‘mento, ocorre a maior queda de pressio entre o reservat6rio e o primeiro vaso separador, Quando dois ou mais Go aliihadds para a mesma instalacao de superficie € indicado o uso de um equipamenta, conhecido como “mani de produgao’ que reine todos 0s fluidos e equaliza a pressio de alimentacao da instalagio de processamento priméti. sistema de separacio utilizado no processamento primario do petréleo € constituido de um conjuntoide! sos Separadoré® (bifisicos ow trifisicos) em/séri¢, que pode ter varias configuracdes, que diferem entre si 64 Processamento Primirio de Petréleo 65 (Gh ___Atn proses Bana presso 0 i TFatameno do ave aren edo Taare do oie I I | [Teco] [Romeo] [vermato ] Epes | [Reta Figura 5.1 Esquema de uma instalagio de produgio complexa. de estigios utilizados, dependendo da qualidade da separagio desejada entre o gis € 0 dleo e da densidade jpetréleo produzido. Tipicamente, enquanto os que ‘€0 processamento, na mesma instalagaio iucdo, de dleos de pogos com diferentes niveis de pressio. Mesmo para petréleos muito leves, normalmente tha justificativa econémica para mais de trés estagios. \s para serem .das da instalagao, ou para serem levadas as unidades de tratamento do gis. A’corrente gasosa final € conhe- que normalmente é encaminhada a uma dnidade de processamento de'gésinatural, terra, para reduzir o teor de hidrocarbonetos mais pesados do que 0 etano, gerando entéo o gas natural para o ‘como combustivel. Uma parcela'do:gés'é usada como gasliftano processo de elevacao artificial do petré- -como gas combustivel na prépria plataforma. cfluente do tiltimo estigio de separagao possui, em sua composicéo, uma parcela de agua, dispersa produzida nos separadores trifasicos e no tratador de dleo, esse processamento na instalagio de producio visa a atender aos requisitos de exportagio do gis e do dleo, bem j20s requsitos de descarte da égua produzida, de forma que: ‘© gis natural imido deve estar disponivel em uma pressio especificada para exportacao ¢ ndo deve conter teores excessivos de H,S, CO; e H,0 (vapor); leo ndo pode conter mais do que 1 % (em volume) de agua emulsionada e de sedimentos (BS&W"*) ‘Econcentragio de sais dissolvidos na agua deve ser de, no maximo, 285 mg/L de dleo;"! 4 gua produzida deve ser tratada antes de ser descartada para atender as regulamentacdes ambientais. Por exemplo, no Brasil, de acordo com a Resolugio CONAMA 393/07, a concentracio média mensal de éleos graxas*** éimitada ao valor maximo de 29 mg/L, com valor maximo didrio de 42 mg/L, para descarte no mar"! Sistemas de Separago Liquido-vapor ‘mencionado anteriormente, 0s fluidos provenientes do reservatorio passam inicialmente por um sistema ragdo, que pode ser simples ou complexo, dependendo da capacidade de produgio e das caracteristicas do mi au se refere ao tor relevante de hidrocarbonetos mas pesados (C") que podem se condensar asi Setiments and Water: em volume de ga sediments em rlaso a0 volume total da emsio, {de leos grata na dgua produzida& conhecide como TOG, Processamento Primirio de Petréleo 65 a TFatamento dedgua_| 5.1 Es de. talaga : t 1 quem deuce] CS] CR] Cae] Coos mero de estigios utilizados, dependendo da qualidade da separacao desejada entre o gis ¢ o dleo e da densidade petréleo produzido. Tipicamente, petréleos pesados sto separados em um ou dois vasos com niveis de pressio ‘enquanto os leves podem passar por vasos separadores que operam com até trés niveis de pressao: alta, edidria e baixayo que permite a maximizacao da produgao de bled ¢ o processamento, na mesma instalagio -producio, de dleos de pocos com diferentes niveis de pressio. Mesmo para petr6leos muito leves, normalmente © ha justificativa econémica para mais de trés estigios. As correntes gasosas obtidas nos niveis de pressio, baixo. ‘cy precisam/ser comprimidas para serem tadas da instalacao, ou para serem levadas as unidades de tratamento do gis, Alcorrente gasosa final’é conie> | scomo gas:natural timido,* que normalmente é encaminhada a uma tinidade de processamento de gis natural, a terra, para reduzir o teor de hidrocarbonetos mais pesados do que o etano, gerando entio o gas natural para 0 o final como combustivel. Uma parcelaido gés¢usada como gasliftino processo de elevacao artificial do petré- 0, e como gis combustivel na prépria plataforma. © petréleo efluente do tiltimo estagio de separagio possui, em sua composigao, uma parcela de 4gua, dispersa yéleo'em forma de goticulas com didmetro entre 1 ym e 10 wm, ou seja, emulsionada, a qual deve ser removide Jéleo no equipamento denominado tratador de dleo, em que uma combinagio de varios métodos ¢ empregada: gio de compostos quimicos desemulsificantes: aquecimento e aplicacio de um campo elétricos e separagao por idade em um vaso de grande diametro. Agua produzida nos separadores trifisicos e no tratador de 6leo, por sua ver, ainda necessita sofrer um trata~ to para redugao do teor de dleo emulsionado e do éleo arrastado com a agua. “Todo esse processamento na instalacio de producio visa a atender aos requisitos de exportacio do gis e do dleo, bem aos requisitos de descarte da agua produzida, de forma que: —o gis natural imido deve estar disponivel em uma pressio especificada para exportacio e nao deve conter teores excessivos de H;S, CO, e H:0 (vapor); —o petréleo nao pode conter mais do que 1 % (em volume) de agua emulsionada e de sedimentos (BS&W"*)e acconcentracao de sais dissolvidos na agua deve ser de, no maximo, 285 mg/L de dle; a dgua produzida deve ser tratada antes de ser descartada para atender as regulamentagSes ambientais. Por exemplo, no Brasil, de acordo com a Resolugao CONAMA 393/07, a concentracio média mensal de dleos e graxas*** ¢ limitada ao valor maximo de 29 mg/L, com valor maximo didrio de 42 mg/L, para descarte no mar!" .2. Sistemas de Separagao Liquido-vapor omo mencionado anteriormente, 0s fluidos provenientes do reservatério passam inicialmente por um sistema separagao, que pode ser simples ou complexo, dependendo da capacidade de produgio e das caracteristicas do ferme Gini aqui se refere ao tor relevante de hidrocarbonetes mis pesados (C") que podem se condensi SEW ~ Base Sdiments an Water %em volame de gua esedimentos em relaio a0 volume teal da emul. © teor de Geos cgranas na goa produrda&conhecido como TOG, 66 Capinulo 5 campo. mulsificantes, para facilitar a separacio dleo-igua Nos sistemas mais simples, como o da Figura 5.2, hé apenas a remogao’de gis em dois niveis de pressio, pars! estabilizacao do dleo. O petroleo contendo agua é bombeado para uma plataforma central, de maior capacid: para a remogao de égua ‘Anesoumante ee 7 L a — i me | a = — rr Outros sistemas empregam um separador trifisico (Figura 5.3), a partir do qual o ‘a outra instalacdo que disponha do -—+ Gis ‘Separacer ils Figura 5.3 Sistema ‘com separacio tifisica Finalmente, no sista iais'eomipleto,representado na Figura 5.4, alseparasio tifisicaé feita em dois estagigs, além disso, estio presentes a etapa'de desidratagioy para remogao da gua emulsionada, e a pessaoide vapor'do petrdleo, para evitar problemas de seguranca no transporte e no armazenamento nos termin {A decisio dese projetar uma separacio bifisica ou trifsica, ou mesmo um sistema completo, €econdmica do o Sistema da Figura 5.4/0 mais comum nas plataformas de grande capacidade de produgao. Desemssiicante Aniespumante = -—r ss ae om paveleo_[ Separeor |_Oteo one cans Jf See I eaage [streets sae 4 [Fe tee Pte Letoron, Figura 5.4 Si eae tame os conn separa Cabe ressaltar que nos sist as das figuras anteriores nao estdo representados os O objetivo desse' principalmente pela Processamento Primirio de Petréleo 67 5.2.1 Equipamentos de separacio liquido-vapor (vasos separadores) A Carga que alimenta os vasos separadores'é constitu das fases liquida (leo dgua) ¢ gasosa,em intimo con- tato, A cepsio e So ‘equipamentos baseiam-se no fundamen que regex operiio unt de :quacao (5.1), e na termodinamica, especialmente no equilibrio It- ‘quido-vapor, sendo a separacao liquido-gas controlada pela pressio e pela temperatura do sistema, ~ pla v a ae al 7 6.) H Nessa equacao, v é a velocidade de sedimentacao das gotas, |p, ~ p,| é 0 valor absoluto da diferenca entre as mas- sas especificas da agua e do 6leo, ué a viscosidade da fase continua, d é 0 diametro das goticulas que sedimentario ou flotardo, e g éa aceleracio devido & forga de campo (gravitacional ou centrifuga) Para garantir a melhor separaeao possivel entre as fases, os vas0s'Separadores'sao normalmente dotados de dis- ‘POsitivos-especiais;;como, por exemplo, uma placa defletora'na entrada e um eliminador de névoa na saida do gis. Os vasos separadores sio normalmente bbaseia na proporcio liquido/gis da carga ¢ na sua le forma que: “ —0s vasos horizontais (Figura 5.5) sio normalmente maisieficientes quando é quando ha pois permitem uma ‘bem como facilitam a decantacio ‘coamento do gas" —os verticais (Figura 5.6) requerem uma easua 0 de sedimentos porventura de- altura, os vasos verticais 130 sao “Valvula oe controle -normalmente usados em platafor- Rast onan Figura 5.5 Separador bifisico horizontal, Figura 5.6 Separadorbifitico vertical) 68 Capital 5 5.2.1.1 Separadores bifisicos Nos separadores bifisicos (Figuras 5.5 e 5.6), a mistura gis-liquido, ao entrar no vaso, choca-se com um defletor de entrada, que provoca uma ateraéo brusca na dirego ¢ na velocidade dos fuidos. A parte liquida da mistura dese entio por gravidade para o fundo do vaso, onde se acumula devido a sua maior densidade, sendo retirada por com trole de nivel. O tempo de residéncia do iquido acumulado nesse vaso deve ser suficiente para que as bolhas de ga retidas na fase liquida se desprendam ¢ se desloquem para a parte superior do vaso. 0 gis separado no defletor de entrada, contendo gotas de liquido de diferentes didmetros, se desloca pels parte superior do vaso, onde as gotas maiores se chocam entre si e com as paredes do vaso, se aglutinam e caem sabre s interface gis-liquido, As gotas menores, a0 passarem pelo eliminador de névoa na saida do vaso, podem coalesce (qumentar de didmetro), vencendo a velocidade de ascensio do gas e gotejando no sentido da interface gis-liquis do. Com um teor minimo de goticulas de liquido arrastadas, 0 gis sai do vaso sob controle de pressio que atua nas Sbertura de uma vlvula posicionada na linha de saida do gés. Existem diferentes tipos de eliminadores de névos que podem ser utilizados, dependendo da eficiéncia desejada. Fuumcicona men, 5.2.1.2 Separadores trifisicos (Os vasos separadores trifasicos, mostrados esquematicamente nas Figuras 5.7 e 5.8, sio usados quando se deseis 9 separar a égua livre. contendo sais (salmoura). A salmoura: contendo certaquantdade de deo, por ser mas densa que fase leosase acumula na parte inferior de _vaso.e 6 removida por controle de nivel da interface igua-6leo. A parte oleosa passa sobre um vertedor para 2 seqio Se guinte do vaso,ondese acumula, e € removida por controle de nivel. Figura 5.7 Separador trifisico vertical “Faaa conro eure pa-oo dona Processamento Primirio de Petréleo 69 No caso do vaso vertical, a parte li quida, efluente do defletor de entra- da, éconduzida paraa segio de fundo do vaso por um tubo condutor de li- ‘quido e distribuida na fase aquosa em baixa velocidade, para no provocar turbuléncia na regido e nao prejudi- cara separagio Agua-dleo. Em principio, oidimensionamen= todos vasos separadores bifisicos ou trifisicos nlovévuma’tarefa difi- leilpdepois de estabelecidas as vazdes previstas de gas, dleo edgua. O pro- ‘blema ¢ que esses valores vio sendo flterados ao longo do tempo, pois ‘dependem da curva de produgao do ampo produtor. De maneira geral, a producao de égua vai aumentando ‘como tempo, enquanto a produgio _dei6leo ¢ gas vai diminuindo, e, por conseguinte, OS tempos de residén- ‘eiapara os diversos fluidos vio se al- ferando, com a consequente perda tficiéncia dos equipamentos de Places cosescedoras de epume ator de entada snes Figura 5.9 Dispositivos Cheanas“qubraondat ‘Alguns dispositivos empregados para mellora® a/eficignicia dos vasos separadores estio esquematizados na Fi- 5.9..As chicanas “quebra-onda’ so utilizadas nos separadores de plataformas, devido & movimentagio natu- estas. .2. Problemas operacionais nos vasos separadores sto para os vasos bifisicos como para os trifésicos, alguns problemas operacionais so comuns. Entre eles po- se citar: 1® formacao de espuma: em fungdo das caracteristicas fisico-quimicas do petréleo, das impurezas presentes ¢ da ‘queda de presséo imposta a mistura gas-liquido’ao longo do escoamento e na entrada do separador, tende a se formar certa quantidade de éspuma. Um dimensionamento adequado do vaso, com alfoitempo de residéncia, além dotuso‘de dispositivos que “quebram? a’espuma, como placas'coalescedoras inclinadas (Figura 5.9), $40 ‘medidas que reduzem a espuma formada. No entanto, apés certo tempo de operacao, € praticamente inevitavel ‘01uso de compostos quimicos redutores da tensio superficial do liquid, os antiespumantes, apesar dlo seu ele- vado custo; obstrucao’ por parafinas: as parafinas de alta massa/molar presentes no petréleo podem se depositar e, principalmente no caso dos petrdleos altamente parafinicos, causar a obstrucio dos dispositivos internos dos vasos, Gamo as placas coalescedoras e 0s eliminadores de névoa mais simples, do tipo demiister, que possuem pequenas aberturas para a passagem de liquido. Nesses casos, éinecessirio' prover 0/vasoicom bocais de admissao de solvente de limpeza; para solubilizagio das parafinas, ou mesmo de vapor d'gua, se Aisponivel na instalagao, para a fusio desses compostos; ‘areia esedimentos: em alguns campos é comum’ petr6leo chegar ao separador carreando areia esedimentos oriundos do proprio poco. Esses sedimentos sao responséveis por erosio nas vélvulas, obstrugio em internos dowvaso e reducao do tempo de residéncia do liquido devido a0 actimulo no fundo do vaso. Quando 0 vaso nndo tem dispositivos internos para a remogio de areia e sedimentos, é necessrio interromper a produgd0 ppara se fazer a limpeza, com os consequentes custos de perda de produgao, além do custo da limpezas 70 Capitulo 5 '@ \camada intermedidria de emulsio: uma parte da égua que alimenta 0 vaso separador forma com o éleo uma ‘camada de emulsio, que se acumula sobre a fase aquosa. Tal acimulo é um problema na operagao de um se- parador trifésico, porque dificulta 0 controle de nivel da interface e reduz o tempo de residéncia, tanto para o ‘leo como para a Agua, diminuindo a eficiéncia da separacao e prejudicando o tratamento do petréleo na etapa ‘Seguiinte. O aquecimento da’carga ¢ 0 uso de agentes quimicos desemulsificantes ajudam a diminuir o problema; 1 arraste: tanto pode ocorrer arraste de goticulas de liquido pelo gés como arraste de bolhas de gas pela fase ‘oleosa. O arraste de goticulas de liquido, embora sempre ocorra, pode aurentar em fungio de varios fatores, como: formagiojelevada de espuma; nivel de leo muitovalto, devido a dificuldades na saida de liquido por provavel obstrucio; eliminador de névoa inadequado; ou mesmo vazdo de operacdo acima da capacidade de projet0. O arraste de gisna fase oleosa, por outro lado, decorre do baixo tempo de residéncia (baixo nivel da fase oleosa) para a liberagao das bolhas, de placas transversais ou quebra-vortices* inadequados ou da ocor- réncia de falha no controle de nivel 5.3 Tratamento do Oleo Toda ver que dois liquidos imisciveis, como Gleo e agua, sao expostos a uma grande agitacdo, como por exempla a0 longo do percurso do petréleo desde 0 reservatdrio até a superficie, o iquido em menor proporcio, no caso ‘gua, se dispersa no outro, gerando gotas de diversos dimetros. As gotas de diémetros maiores tendem novamen- tease aglutinar ese separam como gua livre™* no separador trifasico, onde ha normalmente tempo suficiente pars ecantat. No entanto, as goticulas (entre 1 um e 10 jum) nao tem tempo suficiente para se aproximarem e coalesce- rem, permanecendo dispersas no meio oleoso, formando uma emulsto. "Assim, a dgua emulsionada que chega ao tratador se comporta como mais um componente sem no entanto, estar dissolvida, como ilustrado na Figura 5.10. O'problema é que essa’ 4guay por ser'na realidade uma solucao/saina(sal- moura), contémtambém solidos dispets08 (sedimentos), além de microrganismos como algas, bactérias e fungos. A salmoura, em muitos aspectos semelhante & agua do maryjpode alcangar teores de sais tao altos quanto 309%\(em massa), e raramente esse teor é inferior a 1,5 %, sendo muito comuns Valores faixa de 2.0% 13,08, en- quanto 0 teor de sais na agua do mar se situa na faixa de 3,0 % a 4,0 %. O teor de sais na salmoura esta muito relacionado com as formagaes rochosas de onde os petréleos sao oriundos, s'sais'Solveis em égua sio principalmente: carbonatos, sulfatos e cloretos de s6dio, potissio, célcio ¢ mag- nésio, ¢ estes siovos maiores responsaveis por problemas de corrosao (clevida aos cloretos) e incrustacio (devida 20s sulfatos e carbonatos) durante o'refino do petréleo. Entretan- to, nem todo 0 sal encontrado no leo cru esta necessariamente dissolvido em agua, pois particulas cristalinas de sais podemiser ‘encontradas na fase 6leo,e para a sua remogao é necesséria uma lavagem adequada do dleo. (Os sedimentos sio em geral oriundos das rochas (silte,"** argilas e areia), de processos de oxidacio (sulfetos e éxidos de ferro) e de Incrustagoes (carbonato de cilcio, sulfatos de cilcio, bario e estron- cio). Varios microrganismos esto frequentemente presentes nas guas geradas na produgéo, que, por determinados metabolismos, podem gerar écidos corrosivos como o sulfidrico ¢ o sulfirico, © objetivo do tratamento do éleo ¢ reduzir 0 teor de agua emulsionada no petréleo, de forma a adequi-lo as condigoes de recebimento nas refinarias: Com a remogio da gua, prati- camente todos os sais e seédimentos nela presentes também S40 Figura 5.10 Microfotografia de wma emulsio removidos. deaguaem dle. Qucbra venice dispositive colocado no fundo de um vaso para evtaraformagio de um vrtice, na sida de wm liquido, evitando o arate de goticulas de (eo pla gua ou de gis pelo dleo ‘Sagualinte Gasolina natural Unidade de }-—— Gs natural secs processamento | Etano de.gés natural | ____s ip (UPGN) j++ Gasolina naturat Gas natural Figura 5.29 Entrada e saidas tipicas de uma UPGN. Figura 5.30 Esquema de uma UPGN produzindo tan

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