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As tribos vizinhas, sem forgas, sem brio, As armas quebrando’, lancando-as 2o rio, 15 O incenso aspiraram dos seus maracis: Medrosos das guerras que os fortes acendem, Custosos tributos ignavos Id rendem, Ans duros guerreiros sujeitos na pax 2 a 6 No centro da taba se estende um terreiro, Onde ora se aduna 0 concilio guerreiro Da tribo senhora, das tribos servis: Os velhos sentados praticam d'outrora, E 08 mogos inquietos, que a festa enamora, Derramam-se em torno dum indio infeliz. rninguém sabe: seu nome € ignoto, Sua tribo no diz: - de um povo remoto Descende por certo ~ dum povo gentils Assim ld na Grécia ao eseravo insulano ‘Tornavam distinto do vil mugulmano As linhas corretas do nobre perfil Por casos de guerra caiu prisioneiro Nas maos dos Timbiras: ~ no extenso terreiro Assola-se 0 reto', que o teve em pristo; Convidam-se as tribos dos seus arredores, Cusidosos se incumbem do vaso das cores, Dos vétios aprestos da honrosa funsio. Acerva-se a lenha da vasta fogueira, Entesa-se a corda da embira ligeira, ‘Adorna-se a maca com penas gentis®: A custo, entre as vagas do povo da aldeia Caininha o Timbira, que a turba rodeia, Garboso nas plumas de virio matiz, Entanto as mulheres com leda trigansa, Afeicas a0 rico da bérbara usanga, indio ja querem cativo acabar: Acoma the cortam, os membros the tingem, Brilhante enduape” no corpo the cingem, Sombreia-the a fronte gentil canicar’. ‘urmos Gawror (138 n Em fundos vasos d'alvacenta argila so Ferve 0 cauims Enchem-se as copas, 0 prazer comega, Reina o festim. prisionciro, cuja morte anseiam, Senrado estd, 55 O ptisioneiro, que outro sol no ocaso Jamais verd! ‘A dura corda, que The enlaga 0 colo, Mostra-Ihe o fim Da vida escura, que ser mais breve « Do que o festim! Contudo os olhos ¢’'igndbil prane Secos estos Mudos 0s labios nao descertam queixas Do coragao. 6s Mas um martirio, que encobrir nao pode, Em rugas fax ‘A mentirosa placidez do rosto Na fronte audaz! Que tens, guerreiro? Que temor ce assalta 0 No passo horrendo? Honra das tabas que nascer te viram, Folga morrendo. Folga morrendo: porque além dos Andes Revive o forte, 6 13uearaNs 75 Que soube ufano contrastar os medos Da fria morte. Rasteira grama, exposta ao sol, & chuva, Li murcha e pende: Somente ao tronco, que devassa 0s ares, “0 O rio ofende! Que foi? Tup mandou que ele cafsse, Como viveus, Eo cagador que 0 avistou prostrado Esmoreceu! 85 Que temes, 6 guerreiro? Além dos Andes Revive o forte, Que soube ufano contrastar os medos Da fria morte uu Em larga roda de novéis guerteitos 90 Ledo caminha o festival Timbira, ‘A quem do sacrificio cabe as honras. Na fronte o canitar sacode em ondas, enduape na cinta se embalanga, Na destra mao sopesa a iverapeme, 95 Orgulhoso ¢ pujante. — Ao menor passo Colac d’alvo marfim, insignia d’honra, Que Ihe orna o colo e 0 peito, ruge e freme, ‘Como que por feitico nao sabido Encantadas alias almas grandes 100 Dos vencidos Tapuias, ind chorem Serem gléria ¢ brasio d’imigos feros. 0 us Ds aro Ganon / 1107 “Eis-me aqui”, diz 20 indio prisioneiro; “Pois que fraco, sem tribo, ¢ sem familia, “As nossas matas devassaste ousado, “Morrerds morte vil da mao de um forte.” Vem a terreiro 0 misero contraério; Do colo a cinta a mugurana desce: “Dize-nos quem és, teus feitos canta, “Ou se mais te apraz, defende-te”. Comeca O Indio, que ao redor derrama os olhos, Com triste voz. que os animos comove. Vv Meu canto de morte, Guerreiros, ouvis Sou filho das selvas, Nas selvas erescis Guerseiros, descendo Da wibo Tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nascis, Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte: Meu canto de morte, Guerteiros, ouvi. Jé vi cruas brigas, De tribos imigas, Eas duras fadigas sep joeacrmaae, Da guerra proveis 130 Nas ondas mendaces Senti pelas faces Os silvos fugaces Dos ventos que amei. Andi longes terras 195 Lidei cruas guerras, Vaguei pelas serras Dos vis Aimorés; Vi lutas de bravos, Vi fortes — escravos! 140 De estranhos ignavos Calcados aos pés E 0s campos talados, E 08 arcos quebrados, E os plagas coltados 145 Jd sem maracas; E os meigos cantores, Servindo a senhores, Que vinham traidores, Com mosteas de paz, 150 Aos golpes do imigo, Meu tltimo amigo, Sem lar, sem abrigo Caiu junto a mit Com plicido rosto, 135 Sereno e composto, tbo desgosto Comigo softi. Meu pai a meu lado Ji cego € quebrado, 160 was v0 vs De penas ralado, Firmava-se em mi Nés ambos, mesquinhos, Por invios caminhos, Cobertos d’espinhos Chegamos aqui! O velho no entanto Sofrendo jé canto De fome e quebranto, 6 quitia morrer! Nao mais me contenho, Nas matas me embrenho, Das frechas que tenho Me quero valer. Entao, forasteiro, Cal prisioneiro De um trogo guerreico Com que me encontrei: 0 cru dessossego Do pai fraco e cego, Enquanto nio chego Qual seja, ~ dizeit Eu era o seu guia Na noite sombria, A.s6 alegria Que Deus Ihe deixou: Em mim se apoiava, Em mim se firmava, Em mim descansava, Que filho the sou, 1140 /L3uen- Finn 130 Ao velho coitado De penas ralado, Ji cego € quebrado, Que resta? - Morrer. Enquanto descreve 195 O gito tio breve Da vida que teve, Deixai-me viver! Nio vil, nao ignavo, Mas forte, mas bravo, 200 Serei vosso escravo: Aqui virei ter. Guerreiros, nao coro Do pranto que choros Sea vida deploro, 205 Também sei morrer. v Soltai-o! ~ diz 0 chefe. Pasma a tutbas (Os guerreiros murmuram: mal ouviram, ‘Nem péde nunca um chefe dar ral ordem! Brada segunda vez com vor mais alta, 210 Afrouxam-se as prisées, a embira cede, ‘A custo, sim; mas cede: 0 estranho € salvo, ‘Timbira, diz o indio enternecido, Solto apenas dos nés que o seguravam: Es um guerrciro ilustre, um grande chefe, 215. Tu que assim do meu mal te comoveste, Nem sofres que, transposta a natureza, Com olhos onde a luz jé nao cintila, Chore a morte do filho 0 pai cansado, 2s 230 2s Mo ‘Que somente por seu na vor conhece. ~ Es livre; parte. = E voltarei — Debalde — Sim, voltarei, morto meu pai. — Nio voltes! E bem feliz, se existe, em que no veja, Que filho tem, qual chora: és livees parte ~ Acaso tu supées que me acobardo, Que receio morret! ~ Fs livre; parte! — Ora nao partireis quero provar-te Que um filho dos Tupis vive com honra, E.com honra maior, se acaso 0 vencem, Da morte o pasto glorioso afronta. = Mentiste, que um Tupi nao chora nunca, E wu chorastel.. parte; no queremos Com carne vil enfraquecer os fortes. Sobresteve 0 Tupi: ~ arfando em ondas O rebater do coragio se ouvia Precipite. — Do rosto afogueado Gélidas bagas de suor corriam: ‘Talver que o assaltava um pensamento... Ji nfo... que na enlutada fantasia, ‘Um pesar, um martirio ao mesmo tempo, Do velho pai a moribunda imagem Quase bradar-lhe ouvia: ~ Ingrato! ingeato! Curvado o colo, taciturno e frio, Espectro dhomem, penetrou no bosque! 11a 1906 Ms 250 Bs 360 265 vl = Filho meu, onde estés? Ao vosso lado; Aqui vos trago proviso: ‘As vossas forcas restaurai perdidas, Ea caminho, ¢ ji = Tardaste muito! Nao era nado o sol, quando partiste, E frouxo 0 seu calor jf sinto agora! = Sim, demorei-me a divagar sem rumo, Perdi-me nestas matas intrincadas, Reaviei-me € torneis mas urge 0 tempos Convém partir, ¢ ja! ~ Que novos males Nos recta de softer? — que novas dores. Que outro fado pior Tupi nos guarda? — As setas da afligdo jd se esgotaram, Nem para novo golpe espago intacto Em nossos corpos resta. — Mas cu tremest = Talver do afi da caga... = Oh filho caro! Um qué misterioso aqui me fala, Aqui no corasao: piedosa fraude Seré por certo, que no mentes nuncal Nao conheces temor, e agora temes? Vejo ¢ sei: é Tupa que nos aflige, E contra 0 seu querer ndo valem brios. Parcamos!... E com mio tremula, incerta, Procura o filho, tateando as trevas Da sua noite higubre ¢ medonha, Sentindo o acte odor das frescas tintas, 270 Uma idéia fatal correu-the & mente... Do filho os membros gélides apalpa, Ea dolorosa maciez das plumas Conhece estremecendo: ~ foge, volta, Encontra sob as maos 0 duro cranio, 275. Despido ento do natural ornatol. Recua aflito e pavido, cobrindo ‘As méos ambas os olhos fulminados, Como que teme ainda 0 triste velho De ver, no mais cruel, porém mais clara, 240 Daquele exicio grande a imagem viva Ante os olhos do corpo afigurada, Nao era que a verdade conhecesse Inteira e eo cruel qual tinha sido: Mas que funesto azar correra o filho, 24s Ele o via; ele o tina ali presente: E era de repetir-se a cada instante, A dor passada, a previsio futura Eo presente tio negro, ali os tinhas Ali no coracio se concentrava, 290 Era num ponto 96, mas era a morte! = Tu prisioneiro, cu? = V6s o dissestes. = Dos indios? = Sim. = De que nagio? = Timbiras. Ea mugurana funeral rompeste, Dos falsos manités quebraste a maga... 295 — Nada fiz. aqui estou. Nada! - Emudecems Curto instance depois prossegue 0 velho: ~Tu és valente, bem o sei; confessa, Fizeste-o, certo, ou jé néo foras vivo! ~ Nada fiz; mas souberam da existéncia 300 De um pobre velho, que em mim s6 vivia... —E depois?.. — Fiseme aqui. — Fica essa taba? — Na diregio do sol, quando transmonta, — Longe? — Nao muito. — Tens razio: partamos. = E quercis i = Na diresao do ocaso. vil 405 “Por amor de um triste velho, Que ao termo fatal jé chega, ‘Vos, guerreiros, concedestes ‘A vida a um prisioneiro, Aco tio nobre vos honra, ‘310 Nem tio alta cortesia Vi eu jamais praticada Entre 0s Tupis, ~ ¢ mais foram Senhores em gentileza. “Eu porém nunca vencido, sus, Nem nos combates por armas, Nem por nobreza nos atos: Aqui venho, 0 filho trago. ‘Vs o dizeis prisioneito, 20 25 25 0 505 Seja assim como dizeis; Mandai vir a lenha, 0 fogo, A maga do sactificio E a mugurana ligeira: Em cudo o sito se cumpral E quando eu for s6 na terra, Certo acharei entre 0s vossos, Que tao gentis se revelam, Alguém que meus passos guie; Alguém, que vendo 0 meu peito Coberto de cicatrizes, ‘Tomando 2 ver de meu filho, De haver-me por pai se ufane!” Mas o chefe dos Timbiras, Os sobrolhos encrespando, Ao velho Tupl guerreiro Responde com torvo acento: — Nada farei do que dizes: E teu filho imbele e frac Aviltaria o eriunfo Da mais guerreira das tribos Derramar seu ignobil sangue: Ele chorou de cobardes Nés outros, fortes Timbiras, Sé de herdis fazemos pasto. — Do velho Tupi guerreiro A surda voz na garganta Faz. ouvie uns sons confusos, Como os rugidos de um tigre, Que pouco a pouco se assanhal ge jjucactinaas vu “Tu choraste em presenga da morte? 450 Na presenga de estranhos choraste? Nao descende 0 cobarde do forte: Pois choraste, meu filho nao és! Possas tu, descendente maldico De uma tribo de nobres guerreiros, 353 Implorando cruéis forasteiros, Seres presa de vis Aimorés. “Possas tu, isolado na terra, Sem arrimo ¢ sem patria vagando, Rejeitado da morte na guerra, 4450, Rejeitado dos homens na paz, Ser das gentes 0 espectro execrado; Nao encontres amor nas mulheres, ‘Teus amigos, se amigos tiveres, Tenham alma inconstante e falaz! 365. “N&o encontres dogura no dia, Nem as cores da aurora te ameiguem, E entre as larvas da noite sombria ‘Nunca possas descanso gozar: Nao encontres um tronco, uma pedra, 470 Posta ao sol, posta ds chuvas € aos ventos, Padecendo os maiores tormentos, ‘Onde possas a fronte pousar. “Que a reus passos a relva se torre; Marchem prados, a flor desfalesa, 375 Eo regato que limpido corre, Mais te acenda 0 vesano furor; Suas dguas depressa se tornem, Ao contacto dos labios sedentos, Lago impuro de vermes nojentos, 380 Donde fujas com asco e terror! “Sempre o céu, como um teto incendido, reste € punja teus membros malditos E oceano de pé denegrido Seja a terra 20 ignavo Tupi! 485 Miserivel, faminto, sedento, Manitds Ihe nao falem nos sonhos, E do horror os espectros medonhos “Traga sempre o cobarde apés si. “Um amigo nio tenhas piedoso 380 Que 0 teu corpo na terra embalsame, Pondo em vaso d’argila cuidoso Arco e frecha ¢ tacape a teus pés! Sé maldito, ¢ sozinho na terra; Pois que a tanta vileza chegaste, 395, Que em presenga da morte choraste, ‘Tu, cobarde, meu filho nao és.” x Isto dizendo, o miserando velho ‘A quem Tupé tamanha dor, tal fado Jé nos confins da vida reservara, 400 Vai com trémulo pé, com as méos jé frias Da sua noite escura as densas trevas Palpando, — Alarma! alarma! ~ O velho para! O grito que escutou é vor. do filho, ‘Vor de guerra que ouviu jé tantas vezes 40s Noutra quadra melhor. ~ Alarma! alarma! ge FL juen Pana — Esse momento 86 vale apagar-Ihe Os tio compridos trances, as angtistias, Que o frio coragio the arormentaram De guerreito e de pai: ~ vale, e de sobra. 440. Ele que em tanta dor se contivera, Tomado pelo sibito contraste, Desfuz-se agora em pranto copioso, Que 0 exaurido coragio remoga. A taba se alborota, os golpes descem, 415. Gritos, imprecagdes profundas soam, Emaranhada a multidao braveja, Revolve-se, enovela-se confusa, E mais revolta em mor furor se acende. E os sons dos golpes que incessantes fervem, 420 Votes, gemidos, estertor de morte ‘Vio longe pelas ermas serranias Da humana tempestade propagando Quantas vagas de povo enfurecido Contra um rochedo vivo se quebravam. 425. Era cle, 0 Tupis nem fora justo Que a fama dos Tupis - 0 nome, 2 gléria, Aturado labor de tantos anos, Derradeiro brasio da raga extinca, De um jato € por um s6 se aniquilasse. 80. ~ Bastal clama o chefe dos Timbiras, = Basta, guerreiro ilustre! assaz lutaste, E para o sacrificio & mister forgas. — © guerreiro parou, cai nos bragos Do vetho pai, que o cinge contra o peito, 435 Com lagrimas de jibilo bradando: 0 “as 0 “5 460 Sermo Camis J 18 “Este, sim, que € meu filho muito amado! “E pois que o acho enfim, qual sempre o tive, “Corram livres as lagrimas que choro, “Estas lagrimas, sim, que nao desonram.” x ‘Um velho Timbira, coberto de gloria, Guardou a meméria Do mogo guerreiro, do velho Tupi! Ea noite, nas tabas, se alguém duvidava Do que ele contava, Dizia prudente: ~ “Meninos, eu vit “Eu vio brioso no largo terreiro Cantar prisioneito Seu canty de monte, que Hunea esqucci Valente, como era, chorou sem ter pejos Parece que 0 vejo, Que 0 tenho nesthora diante de mi, “Eu disse comigo: Que infimia d'escravo! Pois nao, era um bravo; ‘Valente ¢ brioso, como ele, néo vil Ea fé que vos digo: parece-me encanto Que quem chorou tanto, Tivesse a coragem que tinha o Tupi!” Assim © Timbira, coberto de gléria, Guardava a meméria Do moso guerreiro, do velho Tupi. Ea noite nas tabas, se alguém duvidava Do que ele contava, ‘Tornava prudente: “Meninos, eu vit” NOTAS DE co ANTONIO GONGALVES DIAS @& © titulo deste poems, sradusido lieralnente da lingua up, vale tanto como seem port és dvsésemos “que hé de ser moro, e que & dign de er morc". Tabs, Aldea de indios, compost de diferentes habiagdes, a que chamavam ect, Quando suns bites se achavam folida, ou cram lvantadas para 0 abrigo de uma ou jf pet dle mules fms, comavam o nome de Tupab on Tiupabas Timbie.Tapuat, que bicam o interior de proeincidn Maro 3. Por este aco declcavam fimadas as pate. Viera far meng desta solenidade quando, em ln infoemagio a0 manarea portagus, se ocups da allang fia ente os misiondios por parte dos portugues «dos Nhenganhas de Maris [A desrisio das ceriménias, com que cles wsatam matar 0s seus pisioniro de gutta orosamente ext, ainda que nde adotamos dor autores rendo aquilo‘em que todo ou 4 malo parte concordam, Veu-e Hans Staden~ cap. 28 ~ dor uso © commer dos Tapinamble,— [Nove de Bra. cap. 171 172. Nakis Carosay Ls 1 0.138: € Lens ea. XV. CChamava-se mugurana a cotda com que s tava o prsioneio: "Et une longue conde no ne massran, ac laquelle i es acachens (lr opi) quand i doivent Bre asaommd (H Sade, p. 300). laura, exreve Ferdinand Denis, actesentando que ea fia de algodto, E ponvel que em alguna eribosfose fa dexa mata, mas comvém nota que na malor parte delas rs wo fabricarem-secondas de embira ‘A masa do icrifcio nfo era 0 mesmo que a ordiniria,etinha masa diferenga dow ornaton ‘ques he junava do exmero com qu era rabalhad, Lavra potavam todo panko = crmfagadura, come o chamavan = com deenhos e relvor a seu mode cuiosos, ¢ dla de- tava pendente uns bors de pena dlcadse de cores diferentes, sendoafalba orn de ‘monaco. "Pinar a maga do scifi, aque chamam iserapme com a qual deve set «tilled o prisionczo:pasam-the por cima um mada viscosa, evomando depois acat- ‘i dos ovos de um petro chamado Mfackukz de cor patda ecu, redutem-nas 4p, € ‘com ce calpicam toda a maga. Preprada iverspeme, c adomaéa de pens, suspendem-na ‘mum cabana inabiads, ecantam em tedor dela toda a noite” (H. Staden, op ct, p- 301). Ferdinand Denis, actescencando-he o artigo Fancts,ecreve Liverpeme, que dite fit 1152) LJues-Praan aufero e com mossios de dilerentes corer. Vasconcels the © nome de Tangspema que € 0 termo do diciontio brasilian. -Endnape. Fro de nas de que se serviam os guertcirs: dames a denominasio de ani ude de que usavam a mulheres. "sone avec de plumes dsuttuches une expe dormement deforme onde, quis atachen au bas du dos. quand wont quelque grande te: ie nom- ‘ment cmap" (H. Sten, p. 270), Vasconcelos rata do enduape sem the dar nome algun c+ Psa “Pela cinta apertam uma larg 2oma desta pene ao jclhos um lg fall a ‘modo tigico, «de to grand rod como & a deur ondndio chap de sol" (Noi Cri sas, L A, 128). CGonter E-0 nome do penacho ou coca, de que usvar ox gusrtetos de tsa up, gua cm marche para a guetta, ou se aprextavam par alguna sled d'importinca igual aes, “son aus habinue de attahersura tte um bouquet de plumes ouges quis nomen ‘Kanitare”(H. Sader) Usam de was covoar aque chamam asengetar (Lat), Os primeios portugues esreveram acangatar. que litealmente quer diner ~enfeite ow ornate da bey A snco ~ A saque, saqueade. ABkOLHO ~ Rocha & superficie das éguas, escolho; em Caramuru, ocorre na acep- «0 de espinho, AcaTes ~ Amigo de Enéias. ACENDALHA ~ Qualquer material combustivel empregado para acender Fogo. ACENTO ~ Som, canto, tom modulado. ACEPILHADO ~ Aplainado. AGHA Lasca de madeira vosca que pode servir de arma; arma parecida com machado, AgopaDo ~ Apressado, ACOMODADO = Aproptiado, correspondence. AGORAR ~ Provacar tentagies, ACULEAR ~ Armar de aguilhio ou de actleo. [ADAMASTOR — Um dos gigantes que planejacam abater Zeus no Olimpo. Para tan- {o,seus irmos procuraram escalat os efus, mas acabaram fulminados por ago concertada de Zeus ¢ Hércles, Neste faterie, Adamastor vagou pelos mares em busca de seu amor, anereida Tétis, que o ludibriou Fazendo-o beijar, em seu lugar, tum penedo. Desiludido, errou em busea de lugares mos, para que ninguém 0 ridiculariasse, Apés a vitéria sobre os gigantes, Zeus também castigou o infe- lia colosso, que, embora nao tivera parte na baalha, foi tansformad em rochedo, ‘Sua histria, narada por Camtes ex Or Lasiadas, se vornou aegoria de desventura 11561 Eeoos ADERENCIA ~ Em Propepdia, emprega-se com sentido de favor, amizade Annis ~ Outvo nome para Venez ADLTERO Lascivo ~ Referéncia ao adultésio cometido por Venus (Afrodite) com Marte (Ares), jf que a Deusa da Beleza era cada com Valeano (Hefeso) Apusto ~ Abrasado, queimado; enegecid, tisnado. [AFIGURAR ~ Prever com os olhos da imaginagio, antecipar pelo dom da poesia. Em 0 Cragua,apliase 20 canto de Matisio sobre as lérasfuuras de Gomes Freie de Andrade. ‘Aronso, MARTIN ~ Martim Afonso de Sousa (1500-1568). Navegador portugués cnviado 20 Brasil para auiliar a coloniagio do pals. Fundou, em 1532, avila de Séo Vicente (SP). Em Caremuru, nome cristo de Ararigbot AGAWIPE — Fonte do monte Helick cujadgua tinkso feito de ins aqueles que & bebiam. AGARENO ~ Descendente de Agat com Abra, maomeranos AcIRAnIRANGA ~ ver Maques. /AMiiRe ~ Segundo e dtimo chefe da Confederato dos Tamoios,sculo XVI, Rio de Janeiro. poeticamente AIMORES ~ Nome dado a indigenas que nia falavam o tpi Air = Aipim, AL~ outra coisa ‘ALABARDA ~ Antiga arma composta de longa haste terminada em ferro pontiagudo « atravessada por outro ferro em forma de meia-lus, ALABastRo ~ Espécie de mérmote m Ausuquenque — Jorge de Albuquerque Coetho, filho do primeito donatitio de Per nnambuco, Duarte Coelho e de sua esposa, D. Beatriz ou Brites de Albuquerque. Nasceu em Olinda, em 1539, Com a morte de seu irmfo Duarte de Albuquer- ‘que Coelho, cornou-se o terceiro donatério de Pernambuco. Bento Teixeira de- icou-the 2 Prosopapéia. Em Carzmuru,refere-se a Matias de Albuquerque @- 1647), governador da capicania de Pernambuco e, depois, conde de Alegrete 1 branco; brancura Lutou contra os invasores holandeses em 1630, ALBUQUERQUE VOSSO 10 — Em Pravpoptia, €ceferéncia a Jerbnime de Albuquer- ‘que; tio materno de Jorge de Albuquerque Coelho, que, junto com Duarre Coctho, participou da empresa belicosa para a reromada da capitania de Peenam buco enti nas mios dos indios. Atcanitano ~ Escarpado, ALECTO~ Uma das violentas deusis que os romanos identificavam como Paras; lan- ‘siva a discérdia entre 0s povas. ALEXANDRE ~ Rei maced6nio também conhecido como Alexandre Magno (356-323 4. C.), que herdou do pai, Filipe If, 0 domtnio sobre as cidades gregas. Derto- tou o império persa e expandiu suas conquistas até o atual Afeganisté. AL! 0 = Rio do Peloponeso, Grécia a ALJAVA = Carcés, estojo de couro em que os fndios cartegavam flechas. ANJOFAR ~ Pérola pequena. ALMECEGA ~ Arvore de boa madeira, usada para mascar e como incenso ALMEIDA, Jost INACIO DE ~ Milisar portugués,serviu como sargento-mor na Co: [nia do Sacramento. Auxilion Gomes Freire de Andrade na demarcagio do ter ritério do Rio Grande do Sul, na fase final da expedigio. Em 1756, foi prom: vido a chefe da corpo de draghes do exército portugués. ALMO ~ Bom, delicioso; benéfico, ALPENDRE DA PIScINA ~ Em Procopopéia, ineegra passagem obscura que alude & in- isporigio de or dascendentar de JerSnimo de Albuquerque irem combater m0 oriente, jd que, por injustiga do rei, do pelejar nada mais esperavam receher Aupesrre — Alping; rude, pedregoso. Aton, Jose FERNANDES Piv70 (1700-1765) ~ Militar porcugués, engenheiro e pro: fessor na Academia Militar do Rio de Janeiro, entio conhecida como Batalhto e Arciharia, Nessa condigo, escreveu dois livros ~ Exame de Arsitheirar, Lis- bboa, 1744; « Exame de Bombeiror, Madrid, 1748, Acompanhou Gomes Feite de Andrade 20 sul do Brasil, quando da demarcagio, em 1752, dos limites det sminados pelo Tratado de Madeid. No Rio de Janeiro, com a morte de Gomes Freire, Alpoim integrou a junta proviséria que governow o Rio de Janeiro des- de comego do ano de 1764 até outubro de mesmo ano, quando tomou posse 1D, AntGnio Alvares da Cunha, © Conde da Cunha, a quem Basilio dedicou uma lode em 1769, Exist uma tradigSo segundo a qual o Brigadeiro Alpoim tera pro- tegido Basilio da Gama em sta juventude. © Brigadeiro ¢ seus dois filhos par ‘icipam da parada militar do primeico canto de O Unaguai trom, Vasco FERNANDES PINTO — Militar poctugués, filho do Brigadeiro José Fer andes Pinto Alpoim. Partcipou, como renente de aritharia, da expedigio de Gomes Freire encarregada de demarcar of limites da América Portuguesa esta: usa) Ericoe belecidos pelo Tratado de Madrid (1750). A passagem presente em O Uraguai ‘configura uma digressio sentimental, em que se lamenta sua morte prematura ‘em um naufrigio. ALTERCAR = Debates, discoreer. ALTEROSO ~ De elevada aleura; majestoso. Auupin — Em Prosepoptia, empregado com o sentido de “aerescentar™ AIVARENGAS ~ Em Conféderasdo dos Tamoies,sinédoque teferente a Inicio José de Alvarenga Peixoto (1744-1792) e a Manuel Inécio da Silva Alvatenga (1749- 1814), poetas ércades brasilciras. © primeiro participou da Inconfidéncia mi- ncira, tendo publicado pouces textos. Apés a morte, sua produce foi reunida em Obras Poétcas, 1965. © segundo editou diversos textos de relevo, entre os {quais se contam O Desetor (1774) € Gleura (1799). ‘AmndstA —O mesmo que ambrosia. Manjar com que se alimentavam os deuses do (Olimpo. Tornava imortais os que o provavam. AMIUDAR ~ Tornar froqdente,reiterado. Em O Unaguai,trata-se do eeivo do uso da smetralhadora Awcunrrt — Pader Joxé dle Anchieta (1534-1597). Jesuea de origem espanhola que cesxteve no Brasil a servigo de Portugal. Tornar-se-iaconhecido como Apdstolo do Brasil, por sua atividade missionstia pretensamente incansivel e fecunda. Em. decorténcia de sua atividade de catequese, dexou diversas pegas de teatro, escritas em portugues, espanhol, atim e tupi. Patccipou da fundacio do colégio de Pi ratininga, de onde se originou a cidade de Sa0 Paulo. Axpatu2ta ~ Provincia meridional da Espanha de onde sairam as primeiras expe- digdes rumo is Améticas [ANDRADE, GOMES EREIRE DE (1685-1763) ~ Personagem central da agdo épica de (0 Unaguai, chamada Heréi em I, 6, Apés aruar na Guerra da Sucessio da Espa tha, veio para Brasil, em 1733, como Governador da Capitania do Rio de Ja- nico e Minas Gerais. Em 1752, por designio de Pombal, partiu para Sao Pedro do Rio Grande, atual Rio Grande do Sul, a fim de estabelecer 0s novos limites do Brasil, em conformidade com o Tratado de Madei (1750). Em 1754, ob 0 ‘comando de Nicolau Nheenguir, os fndios Guarani ebstaram 2 marcha do ex ito de Gomes Freie na frustrada travessia do Rio Jacu. Dois anos depois, ava~ se a Batatha de Cat a resiténcia dos indios, supostamence apoiados pelos jesuitas. Em 1758, Gomes em que os exércitos de Portugal e Espanha aniquilaram Freire feito Conde Bobadelae, no ano seguint,eetornou 20 Rio de Janeiro, ‘onde comandou a expulsio dos jesultas. Apés sua morte (1763), asumiu 0 go- ‘era0 no Rio de Jancto se irmo Jed Antdnio Freire de Andrada, que tornow o segundo Conde de Bobadels. A operacio de demarcagio do terstério no sl lo Brasil consta do opiseulo Relasdo Abreviada da Replica, que Sebastso Jost mandou circular em 1757. No séeulo XIX, foi incorporada pelo discus histo- tiogrfico de Robert Southey (Histéri de Braid), Visconde de Sio Leopoldo (nas da Provincia de Sao Pedro) ¢ Adolfo Varahagem (Histéria Geral do ra Jil, Afomte de todos fei o Didria da Bxpedigto de Gomes Freie de Andrade ds Mises do Uruguay, escrito pelo captso Jacinto Rodrigues da Cunha (Revita de Istituto Histrico © Geogrfico do Brasil, wimmeros 10 € 11, 3* sétc, 1853) [ANDURKAL ~ Lugar deserto, sem camino [ANEIXO — Adjetivo em desuso. Equivale a anexo, pres, seguro. AANGEtiM ~ Arvore nativa do Brasil, com propriedades medicinas; 0 mesmo que bracul, morcegucira pau-de-chapads. ANIILAR ~ Aniguila, [ANIMAL DF NETUNO O caval era animal consagrado a Netuno ou Poseidon ‘Anquists Pai de Enéiss. Foi amado por Aftodit, que o enganou, 20 aproximar- se dele dizendo-the ser filha de Otte, rida Friga, Por meio do refer dv farce, casou-se com ele somente mais tarde contou a Anquises quem ela rea: mente er the vaticinou que teiam um filho, mas que ele nio podia dizer « singuém que a crianga ea filha de ama deidade. Um dia, Anguises se embebedow « gabou-se de sua relagio amorosa com Afrodite, Zeus 6 puniu,fazendo-o cox, Enéiassalvou o pai durante a Guerra de Tia, afastando-o da cidade e tornan- do-o seu companheiro de peregrina, ANTAO = Santo Antio, a anacoreta (251-356), cristo que, aps doar seus bens pa pobres devvlidos,retiou-se para 0 desero. ANTEDARAR ~ Inttrompee [Avitts (Ec, IV AC) ~ Pinto grego dos mais ellebres da Amtighidade. Destruldas pelo tempo, suas obras incegram 0 ednone clsseo, grapas, em grande part, dt descrges na Hstria Natural, de Plinio (23-79), que nara como Apeles 48 tornou retratista prefer de Alexandre Magao durante as campankas mit: sex dos grogos no Oriente. ‘ApResTar — Apronvar,ultimar. 40 Eres Apnico ~ Abrigado. AQUERONTE ~ Rio do mundo subterrineo, deserito na Odissia, sendo aquele que as almas deviam atravessar para chegar a0 reino dos mortos, Um barquciro, Ca: sont, as aravessava de uma A outra margem. De acordo com a tradigio mico- lagica grega, Aqueronte era flho de Gaia e foi condenado @ viver no mundo suibterrineo por ter permitido aos gigantes heberem suas Aguas depois das lucas contra os deuses olimpicos AQUILES ~ Filho de Peleu de Tétis. Hi versdes da histéria de Aquiles que dizem ter sido cle criado ma casa de seu pal sob os culdados de Fenix ou do centaure dlissensfo Quitio, Dizem ainds algumas delat que foi a causa involuneéria de un centre seus pais que, apée a partida de Tas para o oceano, tera sido entregue 8 Quitio, que vivia no monte Peligo. Aquiles teria sido a sétima crianga gerada por Tétis, que tencou eliminar todos os tragos mortais de cada um de seus filhos, apresentando-os As chamas com o fito de purifici-los. O cagula foi salvo da in cineragio, como ocorrera com os demais irmfos, por Peleu ter acordado a tem po de salé-lo. Ao tomé-lo dos bragos de Tétis, Pleu injuriou sem querer o préprio filho, chamuscando-the os labios ¢ danificando-the um osso do pé direto. Pe- leu pedit'a Quirio que substitulseo osso danificado, o que fer © Centauro depois, de exumar o corpo do gigante Damiso, excepcional corredor. Outras narraivas afirmam ter Aquiles se banhado no rio Styx cujas Sguas faziam o corpo de qual- quer pessoa sr invulnerdvel, Na Ilfada, Aquiles €© mais bravo guetreito eo mais hbil no manuseio das armas. An, FOGO, MARE TERRA ~ Em Provopopéia, ocorre em verso que sugere que 0s fei tos de Jorge de Albuquerque Coelho causariam espanto em rodo 0 universo, re- presentado metonimicamente pelos quatro elementos bésicas que 0 compscm. Aga = Alea. ARARUTA ~ Pau-brasil ARACA ~ © mesmo que aracus, designaco comum a algumas aves galiformes de sgargenta nua © cor avermelhada, a formece corante vermelho. ARARIBA ~ Arbusto cua mad ARARIGHOIA ~ Mesmo que Aratibéia (sé. XVI) Indigena que apoiou os portugueses tna luta contra os franceses ¢ na fundasio das cidades do Rio de Jancica © de Nitersi. Revebeu © nome ctistio de Martim Afonso. ARARUNA ~ Arara-azul. a en i NR es ‘Anaser. = Ver ARCAR ~ Arquea AaGivo ~ Relativo a Argos, antiga cidade do Peloponeso, ARGONAUTA ~ Tripulance da nau Argos, de origem lendra; marinheiro, marujo, AntsTeU ~ Segundo Virgilio, perseguiu Eurdice e, durante sua fuga, teria ela side -mordida por uma sexpente, de que visia a morrer. Os deuses punicam Aristeu, so provocarem doensas em suas abelhas. Desesperado, buscou socorro em Ci- rene, sua mie, que 0 aconselhou a consular Proteu. Aproveitando-se do sono em «que Proteu mergulhata,atou-o ¢ forgou-o a responder as perguntas que Ihe fer, ‘que desagradou muitissimo a0 deus, obrigado a cedet is citcunstAncias que lhe cram desvantajosas. ARMARIA ~ Depdsito de armas, arsenal ARMIPOTENTE ~ Que possui grande poder em armas; guestero, AnNES ~ Antiga armadura compleca de um guerrero. Ano ~ Rio da Toscana, que passa por Florenga e desigua no Mediterrineo, Anguicort ~ Crestofe d’Artschau Arcisewsky, também citado como Artichofski Oficial poland que chegou a Pernambuco em 1639. com 1200 soldados. para ausiliar Mauricio de Nassau nas guetras holandesss. ARREAR — Adornar, enfeitar ARTIGO — Ocorténeia, conjunturs,situagio, em Caramuru ARUSPICE ~ Sacerdote romano que, consultando entranhas de animals, fazia previe ses, SINHA = Depress, rapidamente, ‘AspiRaR ~ Celso Cunha dé 20 verbo o sentido de “favorecet” © qualifica-o transiti- vo direto. Pode também significar “desejar 2°, mas pede, nesta segunda acepgto, tum objeto inditeto como complemento. A segunda acepei0, contudo, no pax 0ce prépria a0 contexto em que o verbo comparece em Prosopoptia. Caso seja omado na primeita acepgio, concudo, haveria um pleonasme no verso em que ‘o-verbo comparece “Asprsi com fivor..”, Pode-se interprecaro verbo aspirar como “soprat", que também pedisia um objeto direto como complemento € que se adequaria perfeitamente a0 passo em questio, 0 que implicaria a interpretacio dda metéfora conseqiente, Assenso ~ Acordo, aprovagio, assentimento. ASSENTO ~ Recesto, morada, habitagdo; porto, capical Het fre Assim GREGO £ DO LATINO ~ Em Prosepepdia,adjetivos que aludem a povos po- derosos na Antighidade, aos quais os lusitanos superariam em poder e fama, ATALAIA ~ Sentinels, vigia, ATALAIAR ~ Vigias [AvENEL — Templo de Atena ou Minerva, deusa do saber. ATENTADO = Em Provopeptia, corre no feminino, empregado com o sentido de cui- dadosa, diligent ATLANTE ~ Adas, gigante que suportava o globo do mundo. Em arquitetura, este twa de homem que suporca esfera, com fungdo estrutual, Freqientemente, corre no sentido de homem de Estado com grandes responsabilidades adminiscrativas ATORNO ~ Volta, etorno; “d’atorno”: de volta, em retorno. ArketTo ~ Habituado. ATRO ~ Negro, tenebrose, Aucouo ~ Pastor que consagrou a filha Eulina a Apolo (cf. a “Fabula do Ribet do Carmo"), AVELORIOS - Contas de vidro, migangas. Aveno — Lago que, na Enei Azevep0 — Salvador de Azevedo (séc. XVM), capitio portugués que lurou contra a assinalava a entrada para o mundo dos mortas. presenca holandess no nordeste do Brasil BACO ~ Designasio latina de Dionisio filho de Zeus ¢ Sémele. Deus do vinho, ge- ralmente associado aos impetos criatives. Barxio — Banco de areis perigo imprevisto no mat, BALDA, LOURENGO — Jesuita que se notabilizou como cura de Séo Miguel, onde, eon forme os documentos pombalinos, teria sido um dos principais mentares da rcbeligo contra 0 Tratado de Madcid. A Reporta Apologéica tsata-o como virtu 00 missionstio, Em O Unaguai, surge como objeto de stra ~ tipo vicioso, cujo maior feito de rso consste no fate de haver fecundado uma fndia por meio de oragdes, donde nasceu seu filho Baldeta, em favor de quem envenena Cacam- bo, cuja morte provoca o suicidio de Lindéia, Trata-se de uma alegoria carieata do jesulea monarcémaco. Em certo sentido, tata-se da personagem central de 0 Unaguai BALDETA ~ Personagem-simbole no projeto satirico de O Uraguai. Foi concebide por uma india estéril gragas 3s oragbes do padre Balda, seu pai. Baldeca é0 pri- meito guerrero indigena a se manifestar na butalha do canto segundo, compor- tando-se de modo covarde ¢ leviano. O inicio da guerra por meio do estilo baixo dda caricatura orienta o leitor para a verdadeira dimensio hibrida do poema. O comporcamenco de Baldeca na batalha & trago relevance para a caracerizasao de (0 Unaguai como texto préxima da sitira menipéia ou do pocma herbi-cémico, pois em pleno inicio de episédio sévio abre-se um paréntese para a estoria bur- lesca do fndio. BaNDO ~ Aniinci. BANHOLO ~ mesmo que Bagnuoli. Ver Félice, S. [BARBARA PROGENIE — Descendéncia rude. Refer@ncia aos (ndios da costa do Brasil. BARBARO — Referéncia ang indias que viviama na Capitania de Pernambuco, ajuiza- dos em Proxopaptia como faltos de civilizacio. BAROES ~ “Varom’ e “barom” so formas atcaicas de “bardo" ¢significam um “ho ‘mem varonil” Banaera — Forte da Barrera em Afogados (PE), importante ponto de disputa entre (0 defensores da Coroa portuguesa os invasores holandeses. BARRETOS ~ Ver Barreto de Meneres, Francisco. BARROCA ~ Preciplcio, despenhadeito, Basitio ~ Ver Gama, Basilio da Bastimento — Apetrecho. Brtjurind ~ Espécie de peixe [BELGA ~ Individuo do pove belga. A atual Belgica integrava o Reino dos Pats Baixos, aque se desmembrou em 1830 como efeito do Congresso de Viena. Po isto, Santa Rita Durio, em Caramuru, efere-se a “belgas’ ¢ “batavos", a0 mencionar vasio holandesa a0 nordeste brasileiro, BELGICO L4AO ~ Palses Baixos. Best QUE SEMPRE DURA ~ Em Prosopopéia, referéncia & salvagio da alma, [BERGO DO SOL ~ © lugar em que o sol nasc, ou sea, © oriente. BeRUPIRA ~ O mesmo que belapiré, beijo-pisé, cagdo-de escamas Beris ~ Também chamado Guadalquivr, io que banka 2 regio Bética, atual Ane daluzia; @ nome dado pelos conquistadores romanos } regiso da Andaluzia, Bicutea ~ Arvore nativa do Brasil; suas sementes,dleos,cascase seiva tém proprie- dades medicinais, Berea ~ Que floresce ¢ Frutifica duas vezes a0 ano, ee Bros BUsONHO ~ Indbil, inexperience Bivio ~ Caminhe dividido que condus a dois destinos diferentes Buasco, Mroust ANGELO ~ Engenkeiro militar italiano que acompanhou Gomes Freire em sua missio 20 sul do pats. Foi contratado pelo govern portugués e= pecificamente para participar da demarcagio dos novos limites do Brasil em de corréncia do Tratado de Madeid. Em O Unaguai, Blasco ¢ incorporado & ficgio ‘como estrategista milicar € como encarregado de enviar a Porrugal descrigto té- nica das circunstincias bélicas no sul do Brasil, Boca ~ Abertura, entrada. Bocamna, SERRA DA ~ Serra do atual Estado de St Palo, ramificasio da Serra cdo Mas, Bowes ~ Regito proxima ao morro de Sto Paulo, itha a0 sul do Recbncave baiano. Bow VELHO — Em Praxopoptia, a peifrasereferese a Proteu, Bowmanisa ~ Canhio, BONINA ~ Bela-margarida, calendula, Bonzo ~ Sacerdote budista, O Unaguai acusa a Companhia de Jesus de, por razéex pol 10s ctualisticas. O Papa Inocéncio XIII proibiu essa pritica. A nora ao verso 182 ido assassnado pelos jesus. Bonnactia ~ Odre, saco feito de pele para o transporte de liquide. BRAGANGA, CASA DE — Ver Joao IV, D. [BREDO — Designagio comum a virias ervass bredo-de-namorado, crsta de galo, BRIAREU ~ Gigante que centou escalar o Ciéu e teve participagio decisiva na guetra Fer concessio a rtuais do oriente ede permite mistura de procedimen- do canto III de O Unuguaiafiema que este papa ts contra os deuses. Sendo um das centimazos, possuia cingienta cabesas ¢ em brags Buc —-General holandés cnvolvido nas campankas da Companhia das Lndias Oci- dlehtss na América Portuguesa BRODIO ~ Comemoragio, festa Buta ~ Alisar por meio de free. BULCAO — Naver de famaga BuziNa — Em Prosepopias emprega-se com sentido de poesia, por divulgat os feito. Camco ~ Monte pequeno, outro. (Cana ~ Pedro Alvares Cabral (1467-1520), suposto descobridor do Brasil. Sob D. Manuel I, comandou a segunda expedigio portuguesa & nd, euja cota foi al: terada, donde resuktou a chegada a0 Brasil eons 1 CCacamno ~ Personagem gaiato no Candide de Voltaire (1758), Cacambo ressurge ‘como herbi em O Unaguai. Era cacique entze os Guarani e esposo de Lindsi referidas igualmente como membros da realeza indigena, Por um lado, vive intense estéria de amor, que pode simbolizar a supostainocéncia e sinceridade dos indios americanos, e, por outro, podem ser concebidos como agentes da alegoria politica contra a pritica do regicidio ence os jesultas. Lindsia € versio indigena da tépica ocidental das mulheres que se matam por dignidade, apro- xximando-se de duasrainhas famosas ~ Cledpatea (Antdno e Cledpara, de Shakes peare) ¢ Dido (Brida, de Virgilio). Em Respesta Apologtica, 0 suposto Lourengo Kaulen possui verso completamente diferente da estéria de Cacambo, segun- do a qual cle teria sido aprisionado pelos préprias companheiros, sob suspeita de traigdo da causa guarani junto ao exército portugués, Teria morrido de des {posto na prisio, contra a vontade do padre Balda, que tentara protegé-lo da ‘punigio que os indios the queriam impor. Cactonao — Em Ceramurs, significa filhote. CAMO ~ Personagem da mitologia grega, em particular da cidade de Tebas. Filho mais velho de Agenor, Cadmo foi destinado pelos deuses a construir na Fécida uuma cidade como a Tebas do Egito, Guisdo ao lugar determinado por uma no- villa, Cadmo, antes de comegar a construcio da cidade, quis oferecer um sacrificio 1 Palas, Pr isso, enviou seus companheiror a buscar dgua num bosque vizinho, De 1d surgiu: um dragio que os devorou a todos. Como vinganga, Cadmo ma- idade, De cada dente surgiu um iro. Depois de formado um exétcto, seus integrances tencaram mat tou o monstro, cujos dentes semeou no solo da Bu ‘Cadmo, mas acabaram por se matae uns aee outros, Sobratam apenas cine, que © sjudazam a coasteuir a cidade, A perfrae “béebara scars’ ocozee em O Une- _guai e-em Vila Rica como referéncia& descendéncia de Cadmo, na qual se in- ler Etéocese Police, irmos que se combateam até mort, frutos da. unido incesosa de Ealipo ¢Jocssa Grupo indigena que habiava, no séulo XVT, a epies dori $0 cisco até a for do Patnaib, Ficou marcado na Histéria como a tbo que devo- Cartes rou o bispo Sardinha. Em rup-guarani ezeté significa mato verdadeiro, grande, ‘Carruy ~ Irmo de Lindsia.Suegerapidamente na batlha do canco segundo, Des- fla na parada militar em homenagem ao feustrado casamento de Lindéia. Par dda im, que Se dei pi ticipa do episdio do su por uma serpent. isa Brews (CALDAS = Em Confiderato dos Temoias,reertncia a Antbnio Petera de Sousa Caldas (1762-1814), poeta c orador brasleito, Formado em diteito por Coimbra, aban- ddonou a toga para se toenar presbitero, Deixou prestigiads obra poética — publi cada, em 1820/1821, com o titulo de Poesias Sacrase Profinas~, além de wma tradugdo parcial dos Salmos de Davi de algumas caras politica ‘Canpeta ~ ver Caldeu. CCatpev ~ Eunia que habitava a regito da Caldéia, pertencente ao Estado da Babi Tonia, Apés a conquista deste pelos persas, no século VI 2.C., 0 termo passou a designar, sobrecudo, pessoas iniciadas em astrologia, interpretagdo de sonhos € ritusis misticos. Seguidores de um culto cuje deus supremo se earacterizava como fogo eterno ¢ nico, os caldeus foram apresentados como idlacras na tradiso judaico-crists, Daf a referéncia & "chama que 0 Caldew adora’ em Caramura CALIGEN = Newocito, revas Cautsinoso ~ De cscuridéo dens tenebross CCauoso ~ Relativo a calma, periodo do dia em quel ras calor; quente CCavvnunt ~ Plana roses. CAivINo ~ Joso Calvino (1509-1564), protestance uj idéias, como a da predes- tinasiodivina ea da resistencia leftima a principe, deram novos rumos 0- Iigicos politicos Reforma de Lutero. No einado de Henrique Ile a Fang, os seguidores de Calvino foram fortemente perseguidos. Apés © Conctio de “Trento, foi demonizado tno ma lieraurs como na iconogafa da épace CastALDUAS ~ Contas gross de rosro: eamindulas CCastatdo ~ Antonio Felipe Camaro (1580-1648), Poi, na lingua tap. Indio po- tiguar nacido no Rio Grande do Note. Lutou a lado dos portgueses contra 0 holandeses CCantnucd — Expécie de planta, cujo fruto tem 0 mesmo nome. Cawo ~ Pode significar tanto acampamento de exétcito, como campina ou espaco aber (Cawavitin — Cidade hiseérca paulista por onde passariaa linha imagingria do Tiatado cde Tordeslhas. Em 1502, chegaram 4 regio Gaspar de Lemos e Amético Vespicia. CCancugu ~ Espécie de onga. CCanmnpf~ Atara-da-barriga-amarela CaNUCAJARAS ~ ver Maques. (Cho De TRES GARGANTAS ~ Epfteto de Céshero, 0 clo de Hades. Guardito das portas dos Infernos, impedia que os vivos adentrstem e que os mortes dali patisem, Geralmente & descrito como tendo ers eabesas, uma serpente no lugar da cau da, e ivimeraseabegas de cobra na regio do dorse. Também faria parte da pro- sénie de Tiffo e Equidna. Caos Lmici0so ~ Os Inferno CCarena Do tupi *folha do mato’: planta usada contra males do figado. CARA ~ Do tupi, designagio comum a vivias wepadeirascultivadas pelos tubérci- los comestves. ‘CaRaMunv ~ Apodo de Diogo Alvares Correia (1475-1557), personagem histri- «ex eentral na marrativaépica de Santa Rita Durdo, Nascido em Portugal, naufragou nas cercanias do RecSncavo baiano pot volta de 1510, mas, ao contritio do que teria sucedido a seus companhciros,sobreviveu 20s sacificios indlgenas © foi assimilado pelos upinambis da regio. A mancira de Joio Ramalho, radicado na capitania de S. Vicente, Diogo Alvares exereeu papel de intermedidrio culeural centre etnias indigenas e embarcagées européias, ali aribadas em busca do pau brasil. Em 1526, navegou com a mher, a india Paraguapu, para a Frangs, onde sta mandou batizar Pa- agua, que rambém passou a chamar-se Catarina, Posteriormente, Caramura ‘conheceu os reis Henrique Il ¢ Catarina de Médi recornaria as conquistas portuguesas na Amésica ¢ auniliaria tanto @ stabeleci- :meato do primero donatirio da Bahia, Francisco Ptcta Coutinho, como & instalagio do Governo-Gerl por Tomé de Sous. Seu filhos fram armados cavalhiros¢ dram orgem fia Garcia dita Cananat~ Carapicu, pete omum no litoral brasieio; 0 mesmo que xarelet, ca val, chicharo, CCananena ~ Tipo de pete de dguastopicais subtropcas do Adintco Ocidental Mesmmo que carapic cancks = Alva CCaatsois~ Filha de Gaia ede Poseidon, viva em uma rocha prima de Messina Durante sua vida terzena, Hercules passou por seus do ios trazendo consigo fs cebanhos de Geriso de que Cartbdis ceria roubado alguns animais. Para cas- igh ‘em um monstro — uma espécie de perigoso goo. Ties veves por dia ela bebia uma ‘Zeus a atingiu com um raio¢ langou-a a0 mar, onde ela se ransformou enorme quantidade de gua, engolindo tudo que flutuava & sua volts. O verso refere 0 herdi que saiu ileso apds ser quase tragado pelo monstro. ‘Cantiis ~ Relativo ao grupo indigena pertencente aos tupis-guaranis que, nos sé- culos XVI e XVII, habitavam os tervtérios dos auais Estados de Sto Paulo, Mato Grosso do Sul, Parand, Sanea Catarina ¢ Rio Grande do Sul [Canios ~ Em Canamura,alusio 20 imperador espanhol do século XVI. Ver Car- los. ‘Cantos V (1500-1558) — Neto de Isabel e Fernando, 05 ris calico, bem como do Imperador Maximiliano I. Assumiu a Cotoa espanhola em 1516 com 0 ti tulo de Carlos I. De 1519 a 1555, foi eleito ambm, como Carlos V, impers dor do Sacto Impésie Romano Germinico. Eavolveu-se em longss guerras com os teis franceses Francisco I ¢ Henrique II pelo dominio de ceriérosialianos. ‘Cantos, $40 ~ Frei Francisco de So Carlos (1763-1829), rligioso, rador e eseritor brasileiro, Dotado de cloguéncia singular, pregou para a familia real logo apds 4 chegada da corte ao Rio de Janeiro. Tornou-se, em seguida, pregador da real capela, cargo que ocupou até a morte. Editou Oragdo Pinebre nar Extguias de D. Marie (1816) €A Assumpo: oem Compasto em Honra de Santa Vir- gem (1819) Canosa — Arvowenativa do Brasil com propriedades adstringentes CaRno Em Prompeplia,eata-se do veleulo puxado por quatro cavaloschamados Pirois, Eos, ftom ¢ Flégon Cano TRIUNeAL ~ Em Provpopeia,referncia 20 velo dirigido por Poseidon, em forma de eoncha Costus, Cenxo DE ~ Elevagio geogedfic costeira no atual Rio Grande do Sul, onde a expedicéo de Gomes Freite de Andrade, seguindo o Tatado de Madrid, langou o primeira padtso (marco de pedra) para a defini rereas portugucsas eas espanhlas, Caranura ~ Cocho CCatabura ~ Semblante,aspecto,aparéncia, (CavANEO — Personagem que inaugura a agio de O Unaguai Surge como mci - sero do tc de Fspanha. Tez a Gomes Feie de Andrade a noticia de que oexério dds limites entre as ‘astelhano estd pronto para se usir ao portugués. Juntos, marchariam contra os {ndios rebelados. ‘CaraRinna ~ Ver Médicis, Catarina de. CCaviat — Bebida indigena, preparada com mandioca corida efermentads, bem como com caju, milho e outros vege ‘CavRo — Vento noroeste. Ocotre em Prosopapta, em cujaprimeita edigho est carr, Fernando Mota ¢ Celso Cunha emendam 0 verso, substituindo earra, por Cas. |A fama dos Albuquerques estender-s-ia de um pélo a outta, jé que os dois pri- rmeiros termos — auto glacial ~ respeitam ao hemisfério norte e os dois iltimos ~ zona ardente ~, ao hemisfério sul, também chamado zona térrida (CéDRON ~ Rio de Judéia que, separando Jerusalém do monte das Oliveiras, desé- gua no mar Mort. Ceca Fonts, A~ A expressio adverbial equivalente a com cegafiria Ce11c0 = Celeste. ‘Cines ~ Designago latina de Demérer,deusa groga da natureza eda agriculeura Flha de Saturna e Cibele; itm de Jdpiter. CCenviea Genre ~ Conjunto de divindades marinhas que formavam 0 cortejo de Newuno, ‘Cenviz — Cabega. Em Provopoptia, corre com o sentido de parce posterior do pes- 040. (Cuiacra ~ Chicara CHAMAR = Invocar. Cuanrisr — Em Confederago das Tamoies, eferéncia a Guilherme Chartier. Em His- toire d'un voyage fice em la verre du Brisil (1578), Jean de Léxy narta que Char tier foi um dos pastorescalvinistas que se dispuseram a viajar para a Améries com Villegaigon CHoRRO ~ Jorro. CCivsMa ~ Multidio; grande quantidade, Cictores ~ Refesencia aos mais conhecidos ciclopes que eram filhos de Urano e de ‘Gaia: Brontes, Estérapes © Arges. Com sua ajuda, puderam os olimpicos vencer ‘os tei, f que os ciclopes concederam a Zeus 0s taios, a Poseidon, o eidente e, a Hades, umm elmo que o tornava invisvel ‘Cinane pe Utisses — Ulissia, nome dado cidade de Lisboa, jd que se era ter sido cla fiandada por Ulisse. Cia ~ Bela ninfa transformada em monstro por Circe, que estava apai Glauco, ele priprio perdido de amores por Cla. Teria Glauco pedido a Circe que The produrisse um filtro amoroso capaz de fazer com que Cila por ele se enamo- nada por rasse. Desejosa de livar-se da rival, entreranto, Circe teria langado um veneno ‘nas guas da fomte em que a ninfa se banhava rodos os dias que a transformou 1n07 Ere ‘em uma eratura com doze gareas, seis goeas e sis cabegas. Havia indmeros sees ‘caninos que Ihe salam da regiso da cincurae assustavam a todos com seus uivos «latidos, Tera se angado a0 mar, onde passou a viver. Para vingar-se de Circe, teria destruido os navios de Ulises. CineR10 ~ Povo do Ponta Enxino, a0 norte do Mar Negro, que, no século VII a.C., invadiu a Lidia, Asia Menor, Civemvaro — Ditador romano do séeulo V a.C. Notabilizou-se por coscumes aus- (Chorin — Diana, deusa da Lua, que nasceu no monte Cinto, com seis fo gémeo Apolo. (Cio — Bm Vila Rica, referéncia a Ciro 0 Jovem (V a.C.), cuja campanha para con- uistar 0 trono da Pétsia foi narrada por Xenofonce, na Ciropédia. Nessa obra, Acaspe, um dos generais de Cito, promete-Ihe nfo ceder i foxga do amor por uma belissima prisioneica chamada Pancéia. Posteriormente, o guetreiro ndo susten 1a sua palavra e cortejaa formosa mulh de genetosidade. (Cisne vinsenaNno ~ Referencia is cls de Ter6nimo de Albuquerque, irmao de Dona Beattie cunhado de Duarte Coelho. Cano Henot - Em Vila Rica, aluséo a Antbnio de Albuquerque Coelho de Car- valho (1655-1725), sucessivamente governador do Gréo-Pard, do Maranhio, do Rio de Jancizo das capitanias reunidas de Sio Paulo e Minas Gerais, Executou mas Ciro 0 perdoa em gesto de gran- «a concessio do perdio aos sublevados na chamada guesta dos emboabss. CLIciF — Donzela amada pelo Sol, que & trocou por Leueétoe. Clicie morreu de pai ‘xo; ¢ Leucétoe, abandonada pelo Sol, eransformou-se em girasol. Cuma ~ Regio, lugar, paragem. CCLIMENE — Ninfa do oceano, Ao lado de quinze outras, surge na estrofe XVI de Prosopoptia, Tratase de procedimento exteaido da poesia antiga, sobretudo de Virgilio, Gedrgieas, IV, versos 334-345. (Cuuna ~ © mesmo que erina. Co-Com 0, CCOuTIA = Espécie de maméfero carnivoro; coat, 0 mesmo que quati ‘Cosé — fndio canibal, apresentado na parada militar do canto quarto de O Uraguat. CocrTo, Reso DE— Refertncia aos Infernos. Cocito era um dos rios do Hades, que paralelo a0 Siyx, de dguas muito frias. Cot. no ~ Em Garamuru, referencia a Gongalo Coetho (€.1451-1512), navegador e cosmégrafo portugués, companheito de Américo Vespicio, nas viagens de ex- ploragao do litoral da América Portuguesa, ordenadas pelo rei D. Manuel. COLA DUFLICADA ~ Cauda, rabo, Referente a‘Tritio, em Prnsopoptia, a expressio pa- rece indicar que, em lugar das duas pernas, a divindade teria das caudas de pee, Coveitinto — Ave que habita da Bolivia ao Uruguai, no Peru eno Brasil eentr- ‘ocidental e meridional. O a CCouarsy ~ Gaspar de Coligny (1519-1572). Pastor protestante,almirante ¢ ministro de Henrique TI, rei da Franga, Foi um dos principais responsiveis pelo estabe- lecimento da Franga Antértica no territério brasileiro. Conon — Em Ginamura, referencia a Crist6vio Colombo (¢-1451-1506), navegador indo mo que batuina-de-coleira italiano que, a servigo da coroa espanhola, chegou a América em 1492, «0 inicio da conquista do continente pelos espanhdis. Coro sia — Nova Coldnia do Santissime Sacramento. Cidade fortficada & margem dircita do Estuétio do Prata, diante de Buenos Aires, fundada em 1680 a ma ddo do principe regente D. Pedro, Seria motivo de permanente disputa entre as coroas de Portugal e de Fspanha. Pelo Tratado de Madrid de 1750, deveria ser definitivamente incorporada a0 terrtério espanol, em troca dos Sete Povos das Missdes, colonizasio espanhola incrustada em territ6rio portugués. Em 1777, pelo Tratado de Santo Udefonso, » Espanha apropriou-se canto dos Sete Povos quanto da Col6nia do Sacramento, O Tratado de Badajés, de 1801, restituiu a regio missioneira a Portugal e « Espanha apropriou-se definitivamente da C lonia, hoje pertencente a0 Uraguai. Coma — Cabeleira longa e fara CCompno — Pequena clevacio de terreno; monticulo, CONCULCAR ~ Espezinhar, desprezat. Constwan ~ Mesmo que consignar. CConas ~ Rio que se encontra a sudoeste da chapada Diamantina. Foi importante posto do controle de entrada esalda do ouro proveniente de Minas Gerais de Goids, além do préprio ouro da regio. Conrextio ~ Contentamento. ‘CONTRA TROIA — Em Prosepopéia, rferéncia & protegio concedida aos gregos por Hera, que desejava, apés ter sido preterida por Paris em favor de Afrodite, ver a cidade de Priamo destrulda, Cria-se que durante o casamento de Peleu e Té 11m feo us tris jogura uma mag de ouro no meio ds convidados editsera que seria prémio da mais bela, Aten, Hera e Aftodiecamaram cada uma dels que a maga hes pertencia, Zeus entio instruiu Hermes a levé-las a0 monte Ida, onde Pitis poderia julgaro pleito. Cada uma das deusas prometeu-the procegio ¢ um pre= sente; Hera Ihe davia 3 Asia, Atena, sabedoria vitdria nos combates e, Afrodi ‘te, a mais bela mortal, Helena de Esparta, O principe troiano concedeu & deu- sa da beleza a magi, angatiando para sio édio da esposa de Zeus. CCONTRAFAZER ~ Arremedar,imicer,falsear (Coratea — Arvore nativa do Br de-ferto. (Conia ~ Abundénci ConiMA ~ Curimé, 0 mesmo que curimbati, cuja carne € aproveitada para © con- il, que fornece boa madeira e le medicinal; pau- grande quantidade sumo ¢ 0 couro para manufaruras CConneListes Jean Cornelissen Liichthord, Em 1633, xarpou do Recife com o ob- jetivo de conquistat 0 Forte dos Reis Magos. CConneias ~ Sinédoque referente a Manuel Alves Coteca, que lutou contra os expa- nhdie na eanflien da calinia de Sacrament ‘Corio ~ Atenas reunito de pessoas em circulos multdao, ‘Conucréu ~ Parte mais elevada de rorre ou de serra. Costa ~ Cliudio Manuel da Costa (1729-1789), poeta drcade brasileiro. Natural de Minas, formou-se em direito por Coimbra, onde publicou seus primeiros opi culos. Fixou residéncia em Vila Rica, em cujaculcura e administragio atuow com intensidade. Comprometido com a Inconfidéncia Mineira foi preso em 1789, tendo morrido no cércere. Suas Ofna Poticat, de 1768, costumam ser aponta- ‘dag como introducoras do Atcadismo no Brasil Costan0s ~ Costas, parte posterior do tronco humane. ‘Costas ~ Sinédoque referente familia de Duarte da Costa, segundo Governador= geral do Brasil, de 1549-1553, Cota Protesio de coura ou de malha de ferro, CoTURNO ~ Ocotre no verso “Macé de coruro e nao de soco” (Vila Rica, IX, ¥. Dy ito 6 tratase de assunto de trapédia, ¢ no de comédia, Apropriagio li- teral de verso de Os Lusiadas (X, VIM, v. 1). Na Grécia antiga, o coturno era um calgado de plataforma alta, usado na represencagio de teagédias, enquanto socos fou camancos eram usados nas farsas ¢ comédias. Covrisio, FRANCISCO PEREIRA (1549) ~ Donatirio da capitania da Bahia, en- frenrou severaresisténcia dos tupinambis, apesar do apoio que lhe prestou Diogo Alvares. Acabou morto pelos indigenas. CRASTIN ~ Matuting, relative a amanhd. (CREBRO ~ Fregliente,reterado. ‘Causo1 — Cadinko, vaso de fundigio. ‘Cusas, Bris (1507-1592) ~ Fidalgo portugués que se estabeleceu em Sto Vicente (SP), Em busca de abrigo contra incurs6es indigenas, mudou-se para a restin- 8 oposta, onde hoje se localiza a cidade de Santos. ‘Cuntiansnena — Relacionados 8 Confederacao dos Tamoias, howve dois Cunhambe- bas (ou Cunhambebes) pai e filho, Um foi o primeiro dos chefes da coligagto centre 0s indios; 0 outro se destacon como defensor da paz com os portuguese ‘Cuna — Preoeupagio,cuidado CONIA ~ Core; corte eles como em Provpeptia DAKDANIA ~ O mesmo que Tidia. DesuxaR ~ Desenhar,esbogar. Decesse ~ Morte. DEDIGNAR-SE ~ Jlga DaIDADE QUE © MAR CRIA ~ Ver Venus [DELFICAS TRMAS - Antonomésia para as filhas de Mnemésine ¢ Zeus, em nimero de nove, frutos de nove notes de amor. As musas bedcias sto as do Monte He- licko, em contraposigio As musastricias, da Piria,chamadas Prides, As mu sas também habitavam o Monte Parnazo, na Fécida, donde a designaggo muras parndcidas, Estavam sob a dependéncia de Apolo, fiho de Zeus e Leto. Na re ‘30 do Monte Helicio, Apolo ditiga seus cantos em torno da fonte Hipocre- dria, Pollmnia, 4 imisicacertmonial, Euterpe, a sia, Tepscor, a dange, Melpdmene, ata dia, Talia, a comic, Ur [Div#0s ~ Cidade grega onde se localizava famoso orsculo de Apolo, que previa © ligno de si te, Calle presidia a poesia pica, Frato, a poesia ica, Cli a Fasuro por meio da saccrdotisa Pia DELIQUIO ~ Desfalecimenco, perda de sentidos. Detuvak — Fluir, coer. Em Prospoptia, © mar, sem ser falto ao seu movimento de arrebentagso na costa, garantido por um fluir ininterrupto das 4guas, abr roqura na cinta de pedras. 1241 Eee Denranavo ~ Desbararado, espalhado. Derewin ~ Derrubas [Drnvis — Dervixe. Monge ou mendicante maometano caractetizado pos dangas vi Tentas¢ piruetas DESASSOMBRADO ~ Sereno, confiante DestiADa & Nova TERRA ~ Em Prospopéia, alude Bs terras da Peninsula Ieilica onde En Destaireno ~ Desembarago, agilidade, DesiGNo ~ Forma desusada de designio. DisMalo ~ Abacimento, sabrerudo de ordem mora Devesa ~ Mara cereada. Diss, Hennigue (?-1662) ~ Afro-descendente com participagio ativa na resstén- cia armada aos dominios neerlandeses em Pernambuco. A testa de cergos mil 8 sua extitpe haveriam de se extabelecer ‘ares compostos por negros (dal 0 verso “capitio dos etfopes valemtes", em Ce- ramurd),contibuiw para a de tas barathas de Guararapes (1648 ¢ 1649). Por seus servigos, a Coroa portuguesa criow 0 cergo dos henriques, corpo militar ativo até 1831 ea que tinham acesso rota dos invasores em diversor combate, inchsive nnegros e mulatos livres ou libertos. Diruso ~ Espathado, disperso; desbaratado. Dixtar pisrnrto — Em Prosopopdia, emproga-se para refer empresa colonizadora lusa que constantemente demandava mais terra, afim de expandir as dress cul- tivadas Diozasa ~ Quadro iluminado na parte superior por lux mével e que produ ilusio “ptiea. Dire. — Em latim, Dis Pater. Divindadeligada 20s campos que foi assimilada a Hades (Plucio), & que, como cle, sambém simbolirava a riquera gerada pela produti- vidade da terra DIM(cIA = Riqueza Doce ~ Rio que nasce na serra da Mantiqueita, perto de Ouro Preto, ¢ desembo- ca na vila de Regéncia, pednima de Vieéria (ES). DaAcito ~ Soldado de cavalaia, Dasa ~ Geralmente empregado no plural. Ninfas dos bosques, cujs vidas se at- Duane ~ Em Prosopeptia, mengso a Duarte Coelho que nasceu provavelmente em Miragaia, Portugal yem se saber exatamente «data, Foi o primeiro donatétio da CCapitania de Pernambuco. Velo a0 Brasil pela primeira vez acompanhado do ps ‘0 cosmégrafo ¢ navegador Goncalo Coelho, em 1503. Morreu em 1554 e sua mulher, Beatriz ou Brites de Albuquerque, assumiu 0 governo da Capitania, per- manecendo até 1560, Ducks - Companheito holandés do capitéo Dierick Ruiter, que invadiu Salvador ro século XVI. Desconhecem-se informes a seu respeito Dura ~ Duragio. DURAO ~ Ver, no presente volume, o ensaio “Luzes, Razdo e Fé em Caramurn” EnyRNEO — Relativo a marfim, alvo. EBLISI0, CAMPO — Local a que se destinavam as almas dos herdis. Usa-se também no plural Emaoana ~ Ver Imboaba, EMARUSCAR ~ Tornar beuseo; agastar-se, Fscurecer. EMPIReo — Lugar mais elevado do eéu, onde moravam divindades pagas. Para o cristo, espago celeste reservado aos santos « bem-aventurados. ENCHARROCO ~ Xattoco, peixe também conhecide como frango-do-mar, peixe pescadon, ENGRIMFAR-SE ~ Subir is grimpas, Eleva NaRossar — Em Prosapopdia, acorte com o sentido de agias ENHA-POve ~ Perdiz ENRISTAR = Preparar-se para o ataque. ENSAFENAR ~ Ornar com safenas. Exraeciano - Undide. ENTRESSACHAR ~ Misturar, entremear, 3c, encarapitarse EQUOREO ~ Relativo ou pertencente ao mar ato EEnIDaNO ~ Um dos cinco ros que ruravam o Hades, dentificado com 0 P6, Em suas margons, a emis Antigone Isménis, filha de Edipo de Jocasta lamentaram a ‘perda do irmfo Polinice, eujo corpo foi condenado por Creonte a icar insepulto. Enrineu —Nome dado pelos antigos ao mar que banava a provincia da Eritrea (Esid- pia) e que corresponde atualmente ao Mar Vermelho, a0 golf Pérsico ea uma parte do occano fadico. EERRIGAR ~ Mesmo que erigar Exvabo ~ Envenenado, 1176) Encos EsaoAbo ~ Desmoronade, EscORVA’- Local da arma onde a por ¢colacaday pSlvara que comunica fogo’ carga. Escupos ENCANTADOS ~ Em Prosepoptia, referencia 2s atmas docadas de vireudes sobrenatucais possuidas por herdis de épicas ancgas ESCURECER FSCURO — Ininteligiel, inarticulado. ESPINGE ~ Mariposa, EsMatTaR — Ornar,ilusrar, Espepin-st.~ Despedi EsQuirape — Provido, apatelhado, enfetado, EsQUuIPaR ~ Preparer, equipar, aparelhar EsQUivo ~ Em Provopopéia, emprega-se no sentido de éspero, rude. Estacapa~ Espago defendide e cercado por estacas stANcan ~ O verso de Prowpepéia em que ocorte o verbo alude aos fetos de Jor- ‘ge de Albuquerque Coctho, matéria do canto de Bento Teixeira, This feitos su- _peram os dos antigos gregos e romanos, 0 que hi de resultar no emudecer os poe- Superaralguém ou algum feito; reduzir em valor, cornar insgnificante ‘mas em que esses iltimos foram celebrados. Estanco ~ Monopélio. Estanbant: —Bandeira, pendio, Em Prospopéia,refere-se s insignias dos lateranos. EstaNHADO FLEMENTO —_O mar. Estanhado e prateado sto qualificativos recorrentes para a determinagio da igus, EsreMa ~ Estirpe,linhagem, Esritan ~ Punir, atormenta Esritictoios ~ Seeresio, fluxo nasal ESTREME ~ Sem mistura, puro, genuino; em “estreme de”, adquire se de livre de”. Estat vo ~ Corajoso, valente. Euro ~ Vento leste, Ver Noto EUROTAS ~ Rio localizado em Espatta, EXcITAR ~ Surg, levancas, ocoster, Exicio ~ Runa, destigio, derrox Exrento ~ Experiente FABRO ~ Aquele que fabric, arteso, operdrio, Fala ~ Arvore de grande porte, integra 0 cenério convencional da poesia pastor Fataz Falso [FALUA ~ Antiga embarcagio para recreagio, a remo ou a vela Fanat ~ Farol. FARFANTE ~ Fanfarrfo, valentio, gartido, anuscan — Farcjar, FasTosa Ect0cta ~ Em O Uragua, designa Cleépatra, que, tal como Lindéia, era rainha e suicidou-se com uma serpente. Diferentemente de Linddia,ceve funeral ‘compativel com sua condigfo régia. Lind6ia, por impiedade de Balda, ficou in sepulea e exposta as feras © as aves. Fare0Xh ~ Substantivo equivalente a ancora pequena, empregada pars fundear em- barcagses de pequeno porte, com trés ou quatro unhas. FaUce ~ Parce interior da goela de animais. E80 — Epiteco de Apolo que significa “brilhante’, “tesplandecente”, Acabou, como divindade, por idemtficar-s com Filio, 0 Sol. Viajava através do céu, todos os dias, em seu caro, partindo do lente ~ sendo ancecedido, na partda, plo cart de Aurora~,especificamente das fndiss, e chegando ao final da tarde ao ocea- Feuice ~ Forma araica de fli. Fete, . ~ Joao Vicente Sao Flix (1575-1640), Conde de Bagnuoli mais tarde comandante de Porto Calvo, nobrenapotiano que vio & América Portuguesa como sargento-morligado 3 Coroa expanhola Fenesribo ~ Des, filo, enganoso. Fees —Normalmenteempregado con sentido de err, bravo, em Prspoptia pode significa valence, descemida Fenat —Funéro, inebre, higubre Frnxanno ~ Em Carumury fires a D. Fernando Calico (1452-1516), da Espanha, ue assnou,juntamente com o rei porcugus D. Jodo Il, o Tratado de Tordesilas, em 1494, Em outa parte de Caramur, shud a Fern de S,flho de Mem-de-S4, Governador geal do Brasil. Em 1558, Fernfo morte em luta conta os fndios que hostievam a vila do Espirito Santo, na batalha de Creare FeROCiA — Carster violento; vieléncia. FrRvino ~ Entusidstco, exaltado, Frstio ~ Guirlanda, florio, -Fibias (séc. V a.C.) ~ Maior escultor grego, da época de Péticles, por quem foi pro- tegido. Executou frsos e estétuas para o Partenon, na acrépole ateniense.

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