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\oandeus 7 Quinta-feira, 16 de Junho de 2016 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA 1 Série— N° 98 Preco deste numero - Kz: 700,00 Tha @ Sorspondencin quer ORCA quer telativa a snincio © aninalums do «Disio dda Repibliew, deve ser diisida & Imprensa [Nacional - EP, an Luanda, Rua Hearkue de Ccarsao m° 2, Cidade Ak, Caixa Postal 1306, wowimpransnscional govao - nl teleg Asteée ten AL! sere AD eee ngs, AR sae IMPRENSA NACIONAL—E.P. Rua Henrique de Carvalho n* 2 ‘e-mail: imprensanacional @imprensanacional.gov.a0 Caixa Postal N° 1306 CIRCULAR Encontrando-se neste memento os Departamentos Ministeriais, Istitutos Pblicos e demais Unidades Orgamentais ‘8 preparar as propostas pata o OGE/2017, para efeitos de cabi- menlagao orgamental para esse exercicio: ‘Vem a Imprensa Nacional E.P, recomendar a todos os Departamentos Ministeriais, Oraaos ¢ demais entidades que publicam emt e TI Série, a necessidade de inserigio atempada do custo anual deste servigo no orgamento e cabimentagio para 2017, por forma a que seja assegurada a quota financeira adequada a0 pagamento da subscrigao do Servigo Jurisnet, cumprindo-se deste modo o estipulado na Lein® 7/14” publ cada na I Série do Disio da Republica n° 98, de 26 de Maio, que obriga os orios e entidades que publicam actos lewistati- vos e normativos a subscrever aquela Plataforma Informatica de pesquisa e legislagao angolana, Asubscrigho do Heb Service — Jurisnet, propriedade da Imprensa Nacional, € destinada a todas as Entidades Publicas ¢ Privadas, ¢ obedece a um niimero minimo de 50 Acessos/ Utilizadores, com 0 valor anual de AKz: 2.100.000,00 (equivalente a AKz: 3.500,004més/utilizador) englobando a disp onibilizagéo (online) actualizada diariamente, de todos os Diarios da Republica da I, I e III Series, para além das funcionalidades de pesquisa milo VI A113 Os egos eentindes que pba os egisatvs ou ‘absctea Fife nfm Je equi «cvs de apo de ges Nosiode fom asc um cer men across deere ese NATURA ‘pres de cada Tt pb ica nos Dios (ha Republica L* © 2° eeie€ de Ke: 75.00 e para 132 sate Kz: 95.00, screcido do rexpectivo Ano Ke: 611 79850 e361 27000 Ke 18915000 Kz. 150111.00 Imposto do selo, dependendo a publicagao da | edie de dep ésitoprévioa efectuarnatesouraria si Ingrensa Nacional -E.P SUMARIO Assembleia Nacional la “96 si das Contatas Publica, que etaeleceo regime jrdicn daa for magio eexecuyto, — Revoga a Lei.” 20/10, de 7 de Setembro, [Let da Contratapao Publica, o artigo 30° da Lei n> 18/10, de 6 de Agosto, Lei do Palriménio Piblico, © Capitulo VIN do Dectelos.ein= 16.495, de 1S de Derarbra, qe aprova ms Neri do Procedienta eda Activdade Adis Tribunal Supremo Despacho n° 2:16: "Exar Gaeia Subo dis ings de Secretério Joc da C (Ciel, Administrative, Fiscal duane. Despacho a 316: xonera Abel Fano Neves Kiksaqui do orzo que avi sido nemeado por Despacho Intemo n° 97TSI14, de 16 de Abs Despacho n* 416: ‘Nonncia Jat Alita par a fang de Presidente de Ciara Cina. ‘Revogu a Ordem de Sevigo tema" 96 de 27 de Fever, Despachon." S16 "Noma Vicente Matis Félix para provers fg de ecrtiio Geral do Tribunal Supreme Despacho ny 616 "Namdia Garcia Sumo parasfingto de Sreio Dulal do Trina Pleo, Tribunal de Contas "Nomen Paula Alena Lopes de Azevedo par nga de Consors ‘no bint da Juiza Coneelieire Ana Maria Azevedo Chaves Despacho n*8:16: "Noma Adison Aust Plicarpo Cardoso para afangio de Conse de Gabinete de iz Conseco, Despacho a 916: ‘Newea Avelino David Pedeo para fngo de Cansultr de Gabinete de uz Conse Despacto n° 10165 "Noma also Pedro Eduard para afin 20 de Consiltor de Gabinete ‘luz Conse, Despachon. 116: "Nona Filipe Malenda Roque pra afaio de Chee da eee para “Aten dos Conrntox da 2* Divisio do Tribunal de Cont. 2284 DIARIO DA REPUBLICA Banco Nacional de Angola vison? 346: "tec orequsto deFundos Proprice Reausmatares qua stings inanceras devem consider no nto do aco de credo e500 decredito de conraparte, ASSEMBLEIA NACIONAL Lin 9/16 416 de Com a aprovagao da Lei n.* 20/10, de7 de Setembro, que estabelecia as bases gerais €0 regime jridico relativos a con- tratagdo publica, foi possivel unificar, no mesmo Diploma, 0 regime da contratacio de empreitadas de obras puiblicas, de aquisigao de bens ¢ servios,¢ ainda de concessdcs de obras prblicas ou de servigos ptblicos, permitindo salvaauardar os principios estabelecidos pela Constituigao da Republica de Angola para o fincionamento da acministragio do Estado, Entretanto, em Abril de 2013, foi aprovada a Lei n° 3/13, de 17 de Abril, que veio proceder a alteragao pontual & Lei n° 20/10, de 7 de Setembro, nomeadamente a0 n. °2 do artigo 41.° com 0 cbjectivo de alinhar a competéneia para autorizar a despesa com a competéncia para a nomeagao da Comissio de Avaliaga0, bem como aditando umn novo mimeo ‘20 mesmo artigo, permitindo ao Titular do Poder Executivo rar um modelo administrative constituigao e desismagao, de servigos téenicos e especializados em procedimentos de contratagao publica, cuja competéneia para autorizar a des- esa esteja sob a sua aide, Decortidos mais de cinco anos desde a publicagao da Lei nn 20/10, de 7 de Setembro, justifica-se agora uma revisio ais abrangente, com o propésito de colmatarlacimas detec- tadas ¢ de introduzit aperfeigcamentos que a experiéneia da aplicagao da lei revelou serem necessérios, ‘Norteada pelo objectivo de moderizar e simplificar os procedimentos de contratacao piiblica, destacam-se como novidades a consasragio expressa do procedimento de con- tratagdo simplificada aplicavel a celebragao de contratos de valor reduzido, bem como as situagdes materiais que jus- tificam a adopgdo de um procedimento nao concorreacial; ehiminacio da fase de qualificagio do concurso piblico, cla- rificando a diferenga entre este procedimento € o concurso limitado por prévia qualificacao, eliminagao do procedimento de negociacio, consearando, simultancamente, @ faculdade de a entidade publica contratante envertar enn qualquer pro- cedimento de contratagao publica uma fase de negociagio das propostas; eliminagao do procedimento especial deno- ‘minado «sistemas de aquisicao dinamica electrénica», tendo emeonta que pratica nacional e intemacional revelow a sua quase nula utilidade; eliminagao do procedimento especial para contratagio de servigos de consultoria, passando a estar submetidos ao regime geral de contratagao aplicvel as aquisi ses de servigos,instituigao de uni novo regime deslicado aos acordos-quadro, como instrumentos especiais de contralngio; Pore, a presente Lei vai mais longe do que alata vez foi conseanidona tradicio nacional quanto 4 unificagao euni- formizagao do regime de formagio e de execugao de contratos iiblicos, Para esse efeito, o Diploma consrega o regime de formagaio dos contratos mais relevantes na pritica admis trativa angolana; além disso, inccrporo também o reaime de ‘execugaio de contratos referentes as empreitadas, locagto € aquisigio de bens e servigos. Desse modo, comrige-se o cenit io leaislativo actual, no qual, entre os principais contratos celebrados pela Administragio Paiblica, apenas o contrato de ‘empreitada vé a sua execugio expecificamente reaulada por Ici, originando preocupantes Iacunas e uma infolerével inseau- ranga juridica no tocante aos direitos e obrigagSes assumnidos plas partes dos frequentes contratos que a Administragao celebra e que témn por objecto bens ¢ servigos, ‘Tal ndo prejuica, porem, que setenha optado por manter ‘ essencial do regime anterior de execuicio de contratos de ‘empreitada de obras publics, visto que este se trata do tinico tipo contratual cuja discplina a Lei jé vinha regulando pome- norizadamente, enicontrando-se a sti disciplna consolidada « enraizada na prtica das entidades publicas contratantes, Em consequéncia das alteragdes efectuadas ¢ atendendo 20 alargamento do ambito de aplicagdo da Lei, modificou-se 1 designagdo de «Lei da Contratagao Publica para «Lei dos Contratos Publicos», Em suma, com estenovo regime de formagao € execugao «dos contratos pblicos, pretende-se proporcionar nos seus ope- radores piiblicos ¢ privados uma aplicagao mais facil, mais tmifforme e mais coerente, com vista a promogio dos prin- cipios da prossecugao do interesse publico, da igualdade, da concorténeia, da imparcialidade, da transparéncia, da probi- «dade, da economia, da eficiéneia, da eficicia e do respeito pelo patrimsnio public, Finalmente, é de destacar que o regime juridico agora reformado incentiva ¢ estimula a participagao do empresa- iado angolano, através da concessio as entidades puiblicas ccontratantes de varios mecanismos, transversais aos diferen- tesprocedimentos, que permitem promover asta contratagao preferencial e priorizar a produeso nacional, A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposi¢es combinadas da alineab) do artigo 161°, ‘don 2 do artigo 165° e da alinea d)don.° 2 do atizo 166°, todos da Constituigao da Repiiblica de Angola, a seguinte: LEI DOS CONTRATOS PUBLICOS ‘TITULOL Prineipios Gerais CAPITULOT Disposicoes Gerais ARTIGO 1 (Object) A presente Lei estabelece 0 regime juridico da formago eexecustio dos contratos puiblicos. __ARTIGO 2 anbito de apiengno) 1. A presente Lei ¢ aplicivel a formagiio e execugio de ccontratos de empreitada de obras puiblicas, locagiio ou aqui- siglo de bens moveis e de aquisigao de servigos celebradlos por uma entidade publica contratante, bem como: a) A formagao dos demais contratos a concluir pelas entidades publicas contratantes que nao estejam sujeitos a um regime legal especial; I SERIE N° 98 ~DE 16 DE JUNHO DE 2016 258 b) A formagao dos contratos cuja coneretizacao seja efectuada por intermédio de uma Parceria Pablico-Privada ©) Sem prejuizo do disposto na alinea b) do artigo 7.° da presente Lei, esta ¢,igualmente, aplicavel 208 contrat celebrados pelos orgios de defesa, seguranga e ordem interna: 2. A execugio dos contratos publicos nifo regulados pela presente Lei aplica-s, subsidiariamente, as disposigdes previs- tas nos Titulos V ou VI, comforme as especificidades do caso. akeTIG03* rineipios seri) A formagiio € execnao dos contratos piblicos sio espe cialmente aplicaveis 0s principios da prossecugio do interesse publico, da justiga, da igualdade, da concoméncia, da impar- Cialidade, da transparéncia, da probidade, da economia, da eficiéncia eda eficacia e do respeito pelo patriménio piblico. ARTIGO4* (Bons priticas de governo scietiio a frmmagho¢execugio os contratospiblicos) 1. Os operadores econémicos que participam no processo, de formagao e ou execugio dos contratos sujeites & presente Lei, devem observar os prineipios e regras de govemo socie- tario designadamente, a prestagao regular de informagao, contabitidade orzanizada, sistemas de controlo inteno € a responsabilizagao social ¢ ambiental 2. Nos coniratos que se destinem a ter um period de vigén- cia superior ats anos, 05 candidatos ou concorrentes devem comprovar, documentalimente, no respectivo proceslimento,a dopo de priticas de bom govero societario compativeis ‘com os padres recomendados em Angola pelas instinuigoes de referéncia, bem como a publicagao de relatério anual de boas paticas de govemo societirio ou documento equivalente. ARIIGOS* Detmigoes) Para efeitos da presente Lei, entende-se por: «@) «Acordo-quartroy, contrato pelo qual uma ox mais entidades puiblicas contratantes disciplinam os termos e as condigoes aplicaveis aos contratos a celebrar com uma ot mais entidades durante um deferminado periodo de tempo, b) «AdjudicacZion, acto pelo qual o onatio competente paraa decisio de contratar aceita a nica proposta apresentada ou escolhe uma de entre as varias propostas apresentadas, ©) «Aquisigdo de bens méveis», contrato pelo qual uma entidade piblica contratante adquire bens moveis,incluindo mercadorias esemoventes, um. fomecedor, mediante © pagamento de um prego; @) «Aquasicao de servigosn, conteato pelo qual una entidade pablica contratante obtem certo resultado dotrabalho manva, intelectual ou de consultoria, mediante 0 pagamento de umn preco, ©) «Candidato», pessoa singular ou colectiva que participa na fase de qualificagao de um concurs limitado por previa qualificagto, mediante a apre- sentago de uma candidatur A «Concessito de obras piblicas, contrato pelo qual 0 co-contratante, concessionério, se obriga perante uma entidade piitica contratante, concedente, & exectigao ot d concep gto e execug4o de uma obra publica, mediante @ contrapartida da exploracao dessa obra, por um determinado periodo de tempo ¢, se assim estipulado, o direito a0 pagamento de um prego: 8) «Concesstio de servicos piblicas», contrato pelo qual 0 co-contratante, concessionsio, se obriga perante ‘una entidade publica contratante, concedente, a seit, en nome préprio e sob sua responsebili- dade, uma actividade de servigo publico, por um determinado periodo de tempo, sendo remunerado direstamente pelo concedente ou atraves da tota- lidade ou parte da actividade concedida: hy «Concorrente», pessoa singular ou colectiva que patticipa em qualquer procedimento de forma- 8 de um contrato, mediante a apresentagao de ‘uma proposta; ') «Concurso limitado por comite>, procedimento de contratagaio piblica en que a entidace publica contratante convida varias pessoas singulares ou colectivas a apresentar proposta, com base no cadasiro previsto no artigo 13. da presente Lei ou com base no conhiecimento da aptidio € da credibilidade que lhesreconhece para a execuyao do contrato pretendido; «Conese linitade por prévia qualificaction,proce- mento de contrataga0 piiblica em queaentidade publica contratante permite que qualquer inte ressado possa participar como candidato, sendo conwvidados para apresentar proposta os candidatos seleccionados na sequéncia da avaliagio da sua capacidade tecnica e financeira: 1 «Concurso piblicon, procedimento de contratagao pblica em que a entidade piiblica contratante ‘permite que qualquer interessado possa patticipar como concorrente: 2) «Contratagto simplificacka, provedimento de con- Irataglo piblica em que a entidadle piiblica con- tratante convida uma pessoa singular ou colestiva para apresentar proposta; 1m) «Bmpreitada ck obras piblicasy, contrato que tena por objecto quaisquer obras de construgio ou de concepsa0 e construgao, de reconstrugao, de ampliaedo, de alteracao ou adaptagao, de repara- 80, de conservagao, de limpeza, de restauragio, de adaptagao, de melhoria ¢ de demoligéo de bens iméveis, a realizar por conta de uma enti- dade publica contratante, mediante © pagamento de um prero, n) «Locagdio de bens moveisn, contrat pelo qual um locador se obriga a proporcionar a uma entidade piblica contratante © 2070 temporério de bens méveis, mediante retribuigao, podendo tomar a forma de aluguer, de Locagao financeira ou de locagde que envotva a opgio de compra dos bens locados; 2286 DIARIO DA REPUBLICA 0) «Propostaey, documento pelo qual o concorrente ‘manifesta entidade publica contratante a von- tade de contratare indica as eondigdes em que se dispse a fazé-lo. ARTIGO 6* (Eatidades publica contratants) Para efeitos da presente Lei, so entidades piblicas contratantes: 4) 0 Presidente da Repailica, os Orgios da Adminis- tragio Central e Local do Estado, a Assembleia ‘Nacional, os Tribunais, a Procuradoria Geral da Republica, as Instituigoes e Entidades Adiinis- trativas Independentes ¢ as Representagoes de Angola no Exterior, D) As Autarquias Locais, ©) Os Institutos Publicos; @ Os Fundos Piblicos, 6) As Associagbes Publicas, fs Empresas Pitblicas e as Empresas ccm Dominio Piiblico, conforme definidas na Lei AgtIG0 7° (Exclus de speasio) 1. Ficam excluidos do ambito de aplicagio da presente Lei, quaisquer que sejam os seus valores: «@/ Os contratos celebrados por forga de regras de uma ‘onganizagao intemacional de que a Republica de Angola € Parte; b) Os contratos de aquisicio de armamento e téenica nnilitarc policial relativos &defesa ou a seguranga do Estado c outros que scjam declarados secretos, nos termos da lei, 6) Os contratos de Loeago on aquisgho de bens imoveis, Os contratos eujo procedimento de formagio € ot uj execugao sejam regulados por ei especial, no tocante as matérias abrangidas por tal li; «@) Os contratos celebrados com empreiteiro, femece- dor debens on prestador de servigos que seja, ele préprio, uma entidade piblica contratante, salvo quando na actividade econdmica por si desen- volvida ele se submeta a Iogica do mercado ¢ da livre eoncorréncia: A Os contratos de aquisigao de servigos financeiros relativos a emissao, 4 compra e a venda ou a transferéncia de titulos ou outros prodatos finan- cciros, bem como os servigos prestados pelo Banco ‘Nacional de Angola, 2 Ficam também excluidos do mbito de aplicacio da pre- sente Lei, os contratos celebrados pelas Einpresas Pablicas © plas Empresas com Dominio Public cujo vator seja inferior acs limites definidos no AnexoT da presente Lei. 3. Naformacio ena exeeucto dos contratosreferidos nos iimeros anteriores, as entidades piblicas contratantes ficam ineuladas a observa 0s principios gerais da presente Lei € (os que rezem a actividade administrativa, salvo quando tal se oponhha a natureza ou 0 objecto do contrate, CAPITULO litica na Formacio ¢ Execusio dos Contratos Publicos ARTIGO 8° (Conta dos incionietos pico) 1. Os fincionérios eos agentes da entidade prilica contra- tante envolvides no planeamento, preparagao ou na realizagao ‘dos procedimentos de contratago piblica oun execugii dos contratos piblicos, bem como os membros da Comissao de Avaliagao, devern: 4) Exercer as suas fiangbes de forma imparcial; ) Actuat seatndo o interesse publico € de acordo com 08 objectivos, asnoimas ¢ 0s procedimentos determinacios na presente Lei, ©) Evitar conflitos de interesse, bem como a aparéncia de conflitos de interesse, no exercicio das suas fungoes; «f Bvitarapritica, participago ou apoio de actos frau dulentos ou subsumiveis nos crimes de corrupeio activa ou passiva, ©) Observar as leis, os regulamentose as nonmasrelativas 4 conduta dos funcionarios publicos e o regime _zeral de impedimentos ¢ incompatibilidades em vigor para a administragio publica: _P Guardar sigilo, tratando como confidenciais todas as informagBes obtidas no ambito do procedimento de que temem conhecimento, salvo o disposto em contrario na Lei 2. As pessoas referidas no nimero anterior que tiverem: ‘algum inferesse patrimonial, directo ou indirecto, na formacao © execuigdo dos contratos puiblicos devem, de imediato, dar ‘a conhecer a0 6rato competente para a decisto de contratar, devendo abster-se, por qualquer forma, de paticipar nesse procedimento, tomando parte em diseuss6es ot deliberacces, 3. Qualquer das pessoas referidas no n° 1 do presente artigo, durante o exercicio das suas fimgoes, sta impedida de: 4) Patticipar de qualquer forma, directa ou indirecta, em proceslimentos de contratagio piblica eu em processos de impusnacio relativos a esses procedi- ‘mentos, sobre os quaistenha um intresse financeiro 1 outro, por si ou através do seu cénjuge, filho (ou qualquer outro parente ou afin em lina recta ot ate ao terceiro gran da linha colateral, pessoa com quem viva em regime de uniao de facto ot em economia conum ou da qual seja socio ot associado comercial: ») Praticar ou deixar de praticar qualquer acto com 0 objectivo ou a expectativa de obter qualquer pagamento indevido, oferta, favor ou vantagem, para si cu para qualquer outra pessoa ou entidade, ©) Influenciar ou procurar influenciar qualquer acco ot deliberagio da Comissao de Avaliagéo ou a decisio de qualquer membro desta, para efeitos coucom a expectativa de obter qualquer pagamento indevido, oferta, favor ou vantagem pata si ou para qualquer outra pessoa ou entidade, @) Solicitar ou receber, directa ou indirectamente, qualquer pagamento indevido, aferta, favor ou ‘vantagem, para si on para qualquer outra pessoa om enticade: I SERIE N° 98 ~DE 16 DE JUNHO DE 2016 2287 ¢) Procurar ot negociar qualquer trabalho ou contrato com uma pessoa ou entidade interessada no procedimento. 4. 0 disposto na alinea e) do namero anterior ¢ também aplicivel durante os doze meses posteriores ao termo das suas finges. 5. Qualquer das pessoas referidas no n° 1 do presente artigo deve, anualmente, declarar,na fora preserita por acto nomnativo especifico do Presidente da Reptblica, os seas ren- imentos ¢ os dos membros do seu agregado familiar, bem como os seus investimentos, actives c ofertas substanciais ou beneficios dos quais possa resultar um conflito de interesses refativamente as suas fimees, 6. As declaragdes previstas no nimero anterior so confi- denciais, no podendo ser publicamente divulgadas ¢ devendo ser usadas estritamente com vista 4 fisealizacio do cumpric mento do disposto no presente artizo, 7. Sem prejuizo da responsabilidad civil ¢ criminal que couiber, aviolagio das obrigagées previstasno presente artigo sujeita 0 infractor, a processo diseiptinar, nos termos da ei, AReTIGO 9 (Conta dos interes) 1. Os interessados em procedimentos de contratacio piblica nao podem envolver-se, participar ot apoiar 4) Praticas cormuptas, tais como oferecer quaisquer vantagens patrimoniais, tendo em vista infhuencia, indevidamente, deliberagdes ou decisbes a serem ‘tomadas no procedimento, 6) Praticasfroudulentas, tais como a declaragao inten cional de factos falsos ow errados, tendo por objectivo a obtengao de deliberagbes ou decisbes avordveis em procedimentos de contratagio ot em sede de execucio de um contrato; ©) Praticas restitivas da concomréncia, traduzidas em quaisquer actos de conluio ou simulagio entre interessados, et qualquer momento do proced- mento, com vista, designadamente, estabelecer atificialmente os precos da proposta, impedir a participagto de outros interessadosno procedimento ou, por qualquer outra forma, impedir falsear ou restringir a concoméneia, Praticas criminais,tais como ameagas a pessoas ot entidades, tendo em vista coagilas a patticipar ou no, em procedimentos de contratacao, ©) Quaisquer outras praticas, étiea ou socialmente, 2. Acentidade piblica contratante que tena conbecimento de alguma das praticas previstas no mimero anterior deve: ‘a) Exchuir a proposta apresentada por esse interessado no procedimento de contratagio, notificando-o dos exactos motivos da exehusto, b) Informar ao 6raio responsivel pela reaulagao € suparvisio da contratagao publica, da pritica ‘legal comet ¢ da exclusio operada, 3, Sem prejuizo de outros procedimentos, administrativos cou criminais, a que tenha hugar, os interessados que incerrerem, ‘em alguma das praticas previstas no presente artigo podem, ainda, ser impedidos de patticipar, pelo periodo de um a ues ‘anos, noutros procedimentos de contratagao piiblica, nos ter- mos da lei 4A instrugao © decisao dos processos de aplicagao do impedimento previsto no niumero anterier, bern como a pro- mogio da inchisdo da entidade sancionada na lista referida no n° 4 do artigo 36. da presente Lei, ¢ da competéncia do ‘orgao responsavel pela reailagao € superviséo da contrata- ‘¢a0 pablica, ARTIGO 10° (@ewincin de prc ition) 1 Aquele que, por qualquer modo, tiver conhecimento da ‘ocorréncia,tentativa ou iminéncia de ocorréncia de alzuma

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