VIDA HISTORICA DA FAMILIA SARAIVA LEAO
Fernando Camara| OS ANTEPASSADOS DA FAMILIA
SARAIVA LEAO NA REGIAO DO
ICO E DESCENDENCIA
No século XVII, quando a colonizac&o atingia os nossog
sertées, o Governador da Bahia, Roque.da Costa Macedo, con-
cedia em 24 de janeiro de 1682, sesmarias na ribeira do Icé,
na chamada “Data dos Homens do Rio Sao Francisco”, aos
primeiros Montes chegados ao Ceara.
_, Eram de origem espanhola ¢ perseguidos pela Inquisi-
cad, gue Ihes roubara os pais, fugiram para o Brasil aportando
‘ernambuco, de onde se espalharam pelo Nordeste.
Um deles, Joéo de Montes, também conhecido por Joao
de Montes Bucarro, segundo o histortador Anténio Bezerra,
foi oficial brioso e valente, merecendo do Rei de Portugal, D.
Pedro II, a patente de Capitao do Terco dos Paulistas, em do-
cumento de 23 de dezembro de 1699.
Transferindo-se do Baixo Sao Francisco para-o Rio Gran-
de do Norte, e depois -localizando-se a uma légua e meia da
atual cidade do Ic6, Joao de Montes fundou uma -fazenda a
que deu o nome de Pillar.
Desconhecemos por completo o nome de sua esposa, mas
de seu enlace matrimonial deixou uma descendéncia de quatro
filhos. Trés deles merecem destaque:
1.°) — Francisco de Montes e Silva, falecido em 1748 aos
80 anos de idade, na Fazenda Pillar, herdada de seu pai. Era
casado com D. Experanga Pascoa é deve-se a ele a criacao da
capela, depois Igreja Matriz do Icé. que falecendo uma filha.
a falta de cemitério, foi sepultada no campo, causando isto
profundo desgosto a sua’ genitora. Para aliviar as tristezas
da esposa, Francisco de Montes erigiu a capela, que mais
tarde seria a atual Igreja Matriz do Ico.
REV. INST. .DO CEARA, FORTALEZA, 100: JAN./DEZ. 1080 3212.°) — Isabel de Montes, veio a se casar com um Feitosa,
e mais tarde esta familia entraria em luta com os Montes, na
terrivel guerra que tantas mortes trouxe para as duas tradi-
cionais familias sertanejas.
3.°) — Vitéria Leonor de Montes, minha sétima avd
materna, contrafu nupcias com o Alferes Gaspar de Sousa
Barbaiho, dos Barbalhos de Pernambuco. O dito Alferes dei-
xou testamento em Quixeramobim, datado de 13 de julho de
1710, e veio a falecer no ano seguinte, ou seja, no dia 1.° de
julho de 1711.
A fixagéio do casal Alferes Gaspar de Sousa Barbalho e
Vitéria Leonor de Montes nos sertées de Quixeramobim, pro-
porcionaria o casamento de sua filha Ponciana de Sousa Bar-
baiho com 0 Capitéo de Milicias, Paschoal Correia Vieira, fi-
gura de grande destaque na colonizac&io cearense, e natural
de Porto em Portugal, onde veio ao mundo em 1686.
Paschoal e seu irm&o Vitoriano Correia Vieira foram
os colonizadores da ribeira do Banabuiu, cuja regiéo domina-
vam, tendo deixado numerosa descendéncia.
A seu respeito, Anténio Bezerra — O Historiador, escre-
veu em Algumas Origens do Cear4, p. 141 0 seguinte:
“O Capitéo Paschoal Correia Vieira requereu e
obteve licenca do Visitador Joao Cavalcanti Bezerra,
por despacho de 27 de maio de. 1719, para erigir no
sitio uma capela a Nossa Senhora da Conceicio, e 0
cura da freguesia de Russas, Padre Francisco Gomes
da Silva, ir benzé-la, visto j4 se achar quase pronta.”
# a capela da Barra do Sitid o mais antigo templo reli-
gioso da regido centro do Estado, mais velho mesmo que a
Igreja Matriz de Quixeramobim, e hoje quate abandonado.
Do consércio de Paschoal Correia Vieira com Ponciana
de Sousa Barbalho nasceram oito filhos, um dos quais a minha
quinta avé materna, Emerenciana Correia Barbalho, nascida
em Quixeramobim no dia 15 de fevereiro de 1715, e casada
com o Ten. Cel. Matias Pereira Castelo Branco, tronco dessa
familia no Ceara.
O seu esposo era personagem de projeciio e gozava de
muito conceito no Quixeramobim do. século XVIII.
Basta dizer que por sentenca do Juiz Apolinario Gomes
Pessoa, de 28 de setembro de 1755, ele foi nomeado tutor do
322 REV. INST. D0 CEARA, FORTALEZA, 100: JAN./DEZ. 1900Unico filho de Anténio Dias Ferreira, o rico portugués fun-
dador da Fazenda Santo Anténio do Boqueiraéo, mais tarde
cidade de Quixeramobim, quando este faleceu, deixando nada
menos de vinte léguas de terras, partindo do atual municipio
de Boa Viagem até a Barra do Sitia.
Onze foram os filhos do Ten, Cel. Matias Pereira Castelo
Branco com a sua esposa, D, Esmerenciana Correia Barbalho.
mas nos ocuparemos apenas da descendéncia do seu primo-
génito.
Chamava-se Capitdo Anténio Pereira Castelo Branco e
nasceu em 9 de setembro de 1772. Veio a contrair nupcias com
D. Francisca Maria Leitao, filha do pernambucano Alexandre
de Brito Pereira e Albina Ferreira do Souveral.
D. Francisca Maria Leit&o era irm& do Ten. Cel. de
Milicias, Anténio Saraiva Ledo, tronco dessa familia no Cea-
ré e personagem ainda hoje venerada pela sua enorme prole.
¥ o Papai Saraiva da Fazenda Saco, na Barra do Sitid, onde
j& estivemos em viagem sentimental.
Da unifo conjugal do Capitao Anténio Pereira Castelo
Branco nasceram treze filhos, sendo cacula a minha terceira
avé materna, D. Tereza Anténia de Maria Seja Castelo Branco,
conhecida por Mae Teté, que se uniu em casamento ao primo
legitimo, Jo&o Batista da Costa Coelho (Pai Jodozinho da
Parafba).
Este casal deixou tradic&o pela Fazenda Santa Tereza,
em pleno sertaéo paraibano, dotada de todo conforto possivel
na época, com a Casa Grande construida por mestres vindos
do Recife, a capela e cemitério privativos da familia, estes dois
Uiltimos ainda hoje existentes, como testemunhas de um pas-
sado glorioso.
Ainda conheci, na minha infancia em Quixeramobim,
uma neta do ditoso casal, que falava francés, aprendido na
escola da fazenda com professor vindo de Pernambuco e man-
tido pelo rico fazendeiro.
D. Tereza Anténia de Maria Seja Castelo Branco se nota-
bilizou no perfodo das grandes secas pela sua dedicacio e
generosidade sem par aos retirantes de tao cruel calamidade.
Criou na Fazenda Santa Tereza uma comiss&o de socorro aos
flagelados e sob a sua orientacéo distribuia diariamente géne-
Tos aos que batiam a sua porta.
REV. INST. 00 GEARA, FORTALEZA, 100: JAN./DEZ. 1980 323Em certa ocasiao, chegou mesmo a retirar de seu corpo
parte de suas vestes para cobrir uma pobre mulher, que es-
tava em farrapos, praticamente despida.
Um seu genro vendo aumentar dia a dia o numero de
socorridos e diminuir 0 estoque de mereadorias armazenadas
tentou demové-la de tao nobre missao. Nada conseguiu. Insis-
tindo novamente no assunto, Mae Teté apenas respondeu:
O que comi, logrei,
O que dei, achei,
O que deixo, nao sei.
O feliz casal teve sete filhos, sendo dois homens e cinco
mulheres, a saber:
1°) — Dr. Anténio Benicio Saraiva Ledio Castelo Branco,
nascido em 23 de agosto de 1823, data em que a Igreja Caté-
lica comemora a festa de Sao Felipe Benicio. Dai a tradigao
do nome Benicio na familia.
Bacharelou-se em Direito na 14. Turma da Faculdade
de Olinda em 1845, contando na oportunidade apenas 22 anos
de idade.
Apesar do conforto existente na Fazenda Santa Tereza,
sempre gostou de passar férias na Fazenda Sao Jofio (hoje
distrito de Lacerda) no municipio de Quixeramobim, proprie-
dade de Lucas Luiz Saraiva Ledo, irm&o mais velho de seu
pai,
Ali conheceu D. Maria Alexandrina, natural do antigo
Frade, haje municipio de Jaguaretama, e membro da tradi-
cional Familia Bezerra de Meneses.
Com esta veio a se casar, na matriz de Santo Antonio,
conforme assentamento existente no livro n° 5, da Pardé-
quia de Quixeramobim e que transcrevo:
“Aos dezenove dias do més de agosto de mil oitocentos
e cincoenta e sete pelas oito horas da noite nesta ci-
dade de Quixeramobim, depois de preenchidas as for-
malidades de Direito, casei, e dei as bengdos nupciais
aos nubentes, o Doutor Anténio Benicio Saraiva Leaio
Castelo Branco, e Dona Maria Alexandrina Bezerra de
Meneses, esta filha legitima do Sargento Mor José Be-
zerra de Meneses, j& falecido, e de Dona Ana Bezerra
de Meneses, natural da Freguesia de Nossa Senhora da
Concei¢&o, do Riacho do Sangue e moradora nesta de
324 REV. INST. DO CEARA, FORTALEZA, 100: JAN./DEZ, 1980Santo Anténio, e o nubente filho legitimo do Sargento
Mor, Joao Batista da Costa Coelho, e de D. Tereza An-
ténia de Maria, natural da Freguesia e morador du
Catolé do Rocha, na Provincia da Parafba, sendo dis-
pensados do impedimento de quarto grau quadripli-
cado de consaguinidade lateral igual, foram teste-
munhos 0s senhores o Reverendissimo Doutor Anténio
Elias Saraiva Leio, e o Doutor Juiz de Direito Francisce
de Assis Bezerra de Meneses; do que para constar man-
dei fazer este assento, que assigno a) — O Vigario In-
terino José Jacintho Bezerra”
Tanto o oficiante do ato religioso como o Juiz que ser-
viu de testemunha eram irm&os da noiva, D. Maria Alexan-
drina Bezerra,
Como magistrado, o Dr. Anténio Benicio foi o 1.° Juiz
da Comarca de Baturité, e na politica chegou a ser eleito de-
putado provincial pelo Ceara. Com a avancada idade de 97
anos, faleceu em Baturité no dia 26 de maio de 1920, deixando
onze filhos, dos quais falaremos apenas de trés, cujos netos
aqui esto presentes:
a) — Anténio Benicio Saraiva Ledo Castelo Branco
(Toténio) esposo de sua prima Maria Abigail Furtado (Ne-
nem) e genitores, dentre outros, de:
Anténio Benicio Neto, casado com a prima Maria
Violeta Bezerra, e pais de Woodrown, Harding,
Haisse e Lace, aqui presentes.
b) — Matilde Alice, que contraindo nupcias com o pri-
mo Anténio Furtado (Furtadinho) foram os pais, dentre ou-
tros, do Bacharel em Direito, Dr. Anténio Furtado, uma das
maiores expressGes culturais que o Ceara ja produziu, casado
com Marija América Riker Furtado, ambos falecidos, e pais
de Teolinda Furtado (aqui presente com o filho Gilberto) e
outros.
c) — José Bougival Saraiva (Leao) meu avé materno
e paterno da minha esposa e prima Thereza Christina. Ele
passou, em certa ocasiao, uma temporada nesta cidade de
Orés, eo conheci nos Ultimos anos de vida, quando morou em
Quixeramobim.
Vamos prosseguir a nossa histéria, continuando a falar
nos demais irmaos do Dr. Anténio Benicio Saraiva Ledo Cas-
telo Branco:
REV. INST. DO CEARA, FORTALEZA, 100: JAN./DEZ. 1960 3252.°) — Clotilde Maria Saraiva da Natividade (Didi) que
casou com o primo Joao Anténio Saraiva Ledo, este irmao do
ilustrado cacerdote, bacharel pela Faculdade de Olinda, Padre
Dr. Anténio Elias Saraiva Ledo. Os quatro filhos deste casal
nao Ihe deram netos.
3.°) — Matilde Amélia Saraiva, segunda esposa do De-
sembargador Francisco de Assis Bezerra de Meneses. Sem des-
cendéncia,
Permito-me, descrever em répidas pinceladas a histéria
desse casamento, que caracteriza o costume de uma época
distante, quando os contratos matrimoniais eram negociados,
sem que os nubentes tivessem qualquer afeicéo entre si.
Abramos um paréntesis, e retornemos ao terceiro quar-
tel do século passado, quando era vigdrio de Quixeramobim o
Padre José Jacintho Bezerra e ali também se encontrava 9
seu cunhado, Dr. Anténio Benicio.
O padre tinha um tinico irmao, Dr. Francisco de Assis
Bezerra de Meneses, que na oportunidade exercia a magis-
tratura na entéo Provincia do Para, apés haver sido Juiz de
minha terra natal.
No Governo Imperial, 0 poder judicidrio tinha 4mbito
nacional, podendo 9 magistrado ser transferldo de uma Pro-
vincia para outra.
Ficando vitivo e com filhos menores, longe do convivio
familiar, esta situag&o causou profunda preocupacao ao seu
mano padre, que tratou logo de resolver o problema, facili-
tando-Ihe um casamento.
Escreveu ao magistrado dizendo da sua angustia, em
vé-lo sozinho, distante da familia e sem ter alguém que desse
assisténcia aos filhos. Disse, ainda, que estava disposto a aju-
dé-Jo a procurar uma nova esposa, sugerindo que ele se ca-
sasse com uma das cinco irmas do Dr. Anténio Benicio.
Este, conversado antes pelo padre José Jacinto Bezerra,
havia concordado em discutir a proposta com o seu genitor na
Paraiba.
Apesar de nao conhecer pessoalmente as jovens, o future
desembargador aceitou incontinenti a sugest&o do mano sacer-
dote e o credenciou a tratar do casamento.
Feito o pedido ao opulento fazendeiro, este aquiesceu
enviando ao futuro genro 0 nome das cinco filhas para que
escolhesse a sua esposa.
¢
326 REV. INST, DO CEARA, FORTALEZA, 100: JAN./DEZ, 1960O vitivo agradou-se mais do nome de Matilde Amélia e
ecsa foi a escolhida.
Marcada a data do casério, 0 Dr. Francisco de Assis
Bezerra de Meneses toma o navio no Pard e desembarca no
porto de Aracati.
Uma liteira j4 aguardava ali 0 ancioso noivo, que viajou
logo para a Fazenda Santa Tereza, onde chegou na véspera
do casamento.
Foi bem acolhido e hospedado na Casa-Grande de seus
futuros sogros, mas néo lhe apresentaram a noiva, 0 que 0
deixou impaciente.
No dia seguinte, pouco antes da celebrac&éo do enlace
matrimonial, 0 Major Joao Batista (Pai Jofozinho) conduz o
Dr. Francisco de Assis para uma sala vizinha, onde se encon-
travam sentadas as suas cinco filhas e pergunta ao magis-
trado qual delas era a sua noiva.
O Juiz nao titubeou e apontando para Matilde Amélia
foi taxativo: “i esta.”
O Major Joao Batista ficou surpreso. pois tinha certeza
de atte os noivos ndo se conheciam e nem haviam se encon-
trado na fazenda, Isto confirmou também sua esposa, Mée
Teté.
Nao contendo a sua curiosidade, mal acabou 0 casamento
0 sogro chama o genro e pergunta como havia adivinhado ser
aquela a sua noiva.
O Dr. Francisco de Assis Bezerra de Meneses sorriu e
respondeu: Ora! muito facil, quando eu entrei na sala foi 2
Unica que ficou corada!
Fechamos o paréntesis e vamos continuar a relacionar
os demais filhos do Major Joo Batista e de sua esposa e
prima, D. Tereza Anténia de Maria Seja:
4.°) — Auta Felismina, que contraiu nupcias com An-
ténio Gervasio Alves Pequeno e sao os avés paternos dos pri-
mos: Mario, Rui, Victor da Fonseca Saraiva, radicados no Rio
de Janeiro e também sobrinhos-netos do Proclamador da Re-
publica, Marechal Manuel Deodoro da Fonseca,
5.°) — Felismina Auta, gémea com a anterior, esposa
do primo, Major José Galdino Saraiva Leao, antigo proprie-
tario da Fazenda Jeric6, em Quixeramobim. Este casal sao os
REV. INST. ‘DO CEARA, FORTALEZA, 100: JAN./DEZ. 1980 927meus bisavés maternos e do jornalista Ciro Saraiva, e pater:
nos, da minha esposa Thereza Christina e dos primos Dr. Luiz
Carlos Saraiva e Lélio Caubi Saraiva, todos presentes neste
Encontro de Orés.
6.°) — Francisca Clara Saraiva de Maria, uniu-se em
casamento ao Sr. Pergentino Alves Pequeno, irmfo de seu
cunhado Anténio Gervasio.
Ndo deixaram descendéncla e sempre residiram na Pa-
rafba.
7.°) — Ten. Cel. Sabino Benicio Saraiva Ledo Castelo
Branco, 0 mais fovem da irmandade, nasceu no dia 30 de
dezembro de 1829. Casou-se com a prima Maria Brasileira
Saraiva de Andrade, fitha de seus tios, Licenciado Placido
Francisco de Assis Andrade (tronco da famflia Andrade no
Ceara) e de Felfcia Anténia Saraiva de Andrade.
lamentével que seus pais nao o tivessem encaminhado
aos estudos superiores em Olinda ou Salvador, como o fize-
ram em relacio ao seu irmao. Dr. Anténio Benicio, pois, o
Ten. Cel, Sabino Benfcio Saraiva Lefio era homem letrado,
aue acompanhava atentamente a vida viblica do Brasil, man-
tendo assinaturas de jornais da Parafba, Pernambuco e até
mesmo da antiea Capital da Repiiblica.
Sempre viveu na Parafba. onde nasceram os quatro fi-
Thos de seu enlace matrimonial com a prima Maria Brasileira:
a) — Jo&o Batista Saraiva Ledio (Janjoca) que casou
duas vezes e veio a falecer em 8 de dezembro de 1917, del
xando prole, apenas do primeiro casério;
b) — Sabino Benicio Saraiva Leo Filho (Bin6d) que
casou com Jiilia de Almeida Saraiva. irma de sua cunhada
Maria Clara, Faleceu em 16 de maio de 1933, deixando des-
cendéncia.
c) — Felicia Anténia, falecida inupta em 19 de. julho
de 1892. -
d) — Placido Francisco Saraiva Leéo, homem deste-
mido que soube enfrentar as investidas da familia Saldanha,
inimiga no passado de nosso cla. Era casado com Maria Clara
de Almeida Saraiva, e pais, dentre outros filhos, do patriarca
Asteclides Saraiva Le&io, presenca por demais querida nesta
5.8 Convengéo da Familia Saraiva Ledo em Orés.
328 REV. INST. 00 CEARA, FORTALEZA, 100: JAN./DEZ, 1980So netos do casal Placido Francisco e Maria Clara os
primos, Joao Olimpio Filho, Drs. Sebastiao e Placido Alves
Saraiva, Isa, Irma Inés e Douraci, todos prestigiando, hoje, 0
nosso encontro com o passado.
Encerramos aqui a nossa viagem no tempo sobre os an-
tepas:ados da Familia Saraiva Leao na regiao do Icé e os
seus descendentes.
Meus Senhores,
Como Presidente da Comissio Promotora do V Encontro
da Familia Saraiva Le&o, cabe-me, neste momento, secundar
os agradecimentos j4 manifestados por Rafael Pordeus ao
nosso estimado Prefeito Municipal, Engenheiro José Welling-
ton Costa Rolim, e as demais autoridades e convidados espe-
ciais.
Sensibiliza-me profundamente a presenga de dois ami-
gos da imprensa, que aqui se encontram com os seus famitia-
res: 0 jornalista escritor, José Caminha Alencar Araripe, Pre-
sidente da Associacio Cearense de Imprensa, Diretor do jor-
nal O POVO, e meu colega no Instituto Histérico do Ceara
e na Academia Brasileira de Histéria; o outro é o jornalista
Edmundo Vitoriano, gente boa, amigo sincero e prestativo, a
quem devo também, intimeras gentilezas.
N&o posso deixar de registrar a presenga de Ciro Saraiva,
primo e jornalista, que representa igualmente neste memora-
vel acontecimento a Uirapuru — Radio e TV Canal-8, junta-
mente com outro parente, 0 cinegrafista Sténio Saraiva.
Envaidece-nos a presenca honrosa de Luiz Furtado de
Andrade, Presidente do Banco do Estado do Ceara S/A, o
qual, pela segunda vez prestigia o Encontro da Familia Sa-
raiva Lefo.
Sinto-me feliz em participar desta confraternizacio, que
retine 0 passado ao presente, para dar-nos a esperanga de que
o futuro nos conservaraé sempre unidos.
Pela intercesséo de Santa Tereza de Avida, a Santa de
devogéo da famflia Saraiva Le&o, nos conservemos sempre
amigos, por todas as geragGes, até a consumacao dos séculos!
Orés, 20/04/1980.
(Conferéncia pronunciada na V Convencdo da Familia
Saraiva Ledo realizada na cidade de Ords em 20/4/80)
REV. INST. DO CEARA, FORTALEZA, 100: JAN./DEZ. 1980 329{LT NA CONVENGAO
DA FAMILIA SARAIVA
LEAO EM JERICO
& com grande satisfagio que nos reunimos mais uma
vez, em confraternizagéo familiar, para conhecer um pouco
de historia da familia Saraiva Ledo e as suas tradicionais pro-
priedades, existentes no municipio de Quixeramobim.
Este marcante acontecimento s6 nos foi possivel rea-
lizar gragas 4 boa vontade dos primos Anténio Augusto Sa-
raiva Leao, seus filhos Dr. Luiz Carlos Saraiva e Lélio Caubi
Saraiva, os quais, juntamente com as esposas, tudo fizeram
para que a nossa excursdo alcancasse o éxito desejado.
Nesta oportunidade, nio podemogs olvidar o nome de
outro primo, que muito se interessou pela realizagéo deste
memoravel encontro, e durante a nossa permanéncia em Qui-
xeramobim foi o verdadeiro anfitrido.
Refiro-me a Woodrown Benicio, este parente fabuloso,
que tanto venera a memoria de nossos antepassados, as tradi-
goes de familia, e encontra-se sempre disposto a participar e
colaborar conosco em todas as promogées, tal como ja aconte-
ceu em Santa Tereza, na Paraiba, depois em Morada Nova
e agora nesta centenaria Fazenda Jericé,
Sentimo-nos profundamente honrados em contar nesta
reuniao de familia com a presenga do primo Luiz Gonzaga
Furtado de Andrade, atualmente desempenhando destacada
fung&o na vida publica cearense.
Isto no o impediu de vir até aqui participar das nossas
alegrias e prestigiar a quarta reunido da familia Saraiva Leo.
O éxito deste certame muito se deve 4 divulgacio feita
em nossos meios de comunicagéo e Ciro Saraiva foi um dos
responsdveis pelo sucesso da convencao.
330 REV. INST.°DO CEARA, FORTALEZA, 100: JAN./DEZ, 1880